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O método hipotético-dedutivo, foi defendido por Karl Popper, a

partir de uma crítica profunda ao indutivismo (ao


verificacionismo). Nesse método o caminho para se chegar ao
conhecimento passa pelas seguintes etapas:
- formulação de problemas;
-solução proposta através de uma conjetura;
-dedução das consequências na forma de proposições
passíveis de testes;
-testes de falsificação (tentativa de refutação, entre outros
meios, pela observação e experimentação.

Assim, de acordo com Karl Popper, " o cientista, através de


uma combinação de observação
cuidadosa, hábeis antecipações e intuição científica, alcança
um conjunto de postulados que governam os fenómenos pelos
quais está interessado, daí deduz as consequências por meio
de experimentação e, dessa maneira, refuta os postulados,
substituindo-os, quando necessários por outros."

Como se vê no esquema, ao contrário do que é defendido


pelos seguidores do método indutivo, a investigação científica
não parte da observação, mas de um problema que vai orientar
os investigadores para procurarem uma resposta - como se vê,
a observação é ela própria uma tentativa de resposta, pelo que
não é neutra, nem um ponto de partida ingénuo, capaz de dar
ao investigador acesso a um conhecimento definitivo sobre os
fenómenos estudados - ao contrário do que defendem os
verificacionistas indutivistas, a experiência é importante na
investigação científica, mas é sempre necessário proceder
a conjecturas racionais que permitam formular enunciados
universais. Essas conjeturas ficam sempre sujeitas
à refutabilidade empírica.
Para tentar explicar a dificuldade expressa no problema, são
formuladas conjeturas (hipóteses). Das hipóteses formuladas,
deduzem-se consequências que deverão ser testadas ou
falsificadas. Falsificar significa tentar tornar falsas as
consequências deduzidas das hipóteses. Enquanto no método
indutivo se procura a todo custo confirmar as hipóteses, no
método hipotético-dedutivo, pelo contrário, procuram-se
evidências empíricas para refutá-las, ou seja,  falsificá-las.
Quando não se consegue demonstrar qualquer caso capaz de
falsificar uma hipótese, tem-se a sua corroboração, ou seja, a
hipótese sobrevive aos testes e será tida como uma teoria
científica até que venha a ser refutada no futuro, nunca
perdendo a sua natureza conjectural.
De acordo com Popper, a hipótese corroborada mostra-se
válida, pois superou todos os testes, mas não definitivamente
confirmada, já que a qualquer momento poderá surgir um facto
que a invalide.
Concluindo, o método hipotético-dedutivo passa por fases
certas e não discutíveis, com a ideia de um problema, parte
para a observação cuidadosa, hábeis antecipação e intuição
científica, dedução das consequências na forma de
proposições passíveis de testes, quando não consegue mostrar
o que pode falsear a hipótese, tem-se uma corroboração.
O método se funde na observação e, hipóteses que podem ser
confundidos com o indutivo, pois também tem esse rumo de
explicação, mas o hipotétivo- dedutivo não se limita a
generalização com o empírico das observações segue o
caminho das teorias e leis. Como os resultados podem deduzir
e fazer previsões, que podem ser confirmadas ou negadas.

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