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0 0A Emissão inicial K.M T.AGUIAR 13/10/2016
Rev.
Rev. Descrição/Description Nome/Name Visto/Checked Data/Date
HISA
Número HISA/HISA Number Rev. Nome/Name Data/Date
Projetado/
3554-303-00-00 1 Projected
Elaborado/
KM 13/10/2016
Documento Número/Document Number Rev. Executed
Verificado/
TA 13/10/2016
Checked
VIE-MO2A-CFM10-0001 0 Liberado/
Released

Folha/Sheet Cliente/Client

VERDE 8 ENERGIA S.A


1/27 Obra/Building Pedido Número/Request Number

PCH VERDE 8 13/0153


Projeto/Project Título/Title

MANUAL DE OPERAÇÃO E
TURBINA KAPLAN S JUSANTE
MANUTENÇÃO
HIDRÁULICA INDUSTRIAL S.A.
INDÚSTRIA E COMÉRCIO

ÍNDICE

1- INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
1.1- OBJETIVO ................................................................................................................. 4
1.2- SEGURANÇA ............................................................................................................ 4
2- OPERAÇÃO ..................................................................................................................... 5
2.1- GERAL ...................................................................................................................... 5
2.2- REGISTRO DE OPERAÇÃO ..................................................................................... 5
2.3- CONDIÇÕES DE CONTORNO ................................................................................. 6
2.3.1- NÍVEIS DE MONTANTE ......................................................................................... 6
2.3.2- NÍVEIS DE JUSANTE............................................................................................. 6
3- MANUTENÇÃO ................................................................................................................ 7
3.1- GERAL ...................................................................................................................... 7
3.2- CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO .................................................................................. 7
3.3- INSPEÇÃO EM GARANTIA ....................................................................................... 8
3.4- ITENS A OBSERVAR NA INSPEÇÃO ....................................................................... 8
3.5- PROVIDÊNCIAS PARA ELIMINAÇÃO DE DESGASTE ............................................ 9
3.6- ENTRADA DE CORPO ESTRANHO NAS PALHETAS DIRETRIZES ..................... 10
3.7- DESMONTAGEM DE PEÇAS ................................................................................. 11
3.8- MANCAL GUIA ........................................................................................................ 11
3.9- SEGURANÇA DA TURBINA.................................................................................... 12
3.10- LUBRIFICAÇÃO .................................................................................................. 12
3.11- GRAXAS .............................................................................................................. 12
3.12- PINTURA EM SUPERFÍCIES PREVIAMENTE PREPARADAS COM FUNDO
INTACTO ........................................................................................................................... 13
3.13- PINTURAS DANIFICADAS – ASPECTOS GERAIS............................................. 13
3.14- PARADA PROLONGADA .................................................................................... 13
3.15- UNIDADE HIDRÁULICA ...................................................................................... 14
3.15.1- BOMBAS HIDRÁULICAS ................................................................................... 15
3.15.2- FILTROS ............................................................................................................ 15
3.15.3- PRESSÃO DE PRÉ-CARGA DO ACUMULADOR ............................................. 16
3.15.4- MANUTENÇÃO E TROCA DE COMPONENTES .............................................. 16
3.16- PLANO DE MANUTENÇÃO DA TURBINA .......................................................... 17
3.17- DEFEITOS E SOLUÇÕES ................................................................................... 21
3.17.1- VAZAMENTO NO EIXO DAS PÁS DIRETRIZES ............................................... 21
3.17.2- UNIDADE HIDRÁULICA ..................................................................................... 22
3.17.3- PARADA POR DEFEITO MECÂNICO ............................................................... 22
3.17.4- PARADA POR DEFEITO ELÉTRICO ................................................................. 23
4- GERAIS .......................................................................................................................... 24
4.1- CARACTERÍSTICAS DE PROJETO ....................................................................... 24
4.2- PARÂMETROS DE CONTROLE DAS VIBRAÇÕES ............................................... 25
4.3- ASSISTÊNCIA TÉCNICA ........................................................................................ 26
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4.4- TREINAMENTO ...................................................................................................... 26


4.5- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA ......................................................................... 26

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1- INTRODUÇÃO
As considerações referentes aos procedimentos e instruções de operação e
manutenção aqui indicadas constituem uma visão geral sobre os métodos de trabalho a
serem implementados para a correta operação e manutenção da Turbina.
Este manual deverá sempre estar disponível na usina, para utilização e consulta das
pessoas da equipe de operação e manutenção da Usina.

1.1- OBJETIVO

O presente manual tem a finalidade de indicar e apresentar as informações


pertinentes às Turbinas, no que se refere à operação e manutenção deste equipamento.

1.2- SEGURANÇA

Os requisitos necessários para a realização das atividade de operação e manutenção


de forma segura deverão ser analisados especificamente para cada equipamento ou
conjunto, de modo a atender no mínimo aos seguintes pontos:
 Planejamento das atividades com base na análise preliminar de riscos e medidas de
segurança;
 As pessoas deverão ser equipadas com os Equipamentos de Proteção Individual
(EPIs) que a atividade requer, tais como: capacete, óculos, sapatos de segurança,
protetor auricular, etc;
 Delimitar e isolar áreas de manutenção (através de placas de aviso, cones, fitas de
isolamento e/ou outros sinalizadores), principalmente em áreas energizadas,
aberturas sem proteção contra quedas, partes móveis e/ou girantes, acessos restritos
em galerias, escadas, plataformas e equipamentos;
 Prever pessoal treinado para as atividade de operação, manutenção e emergências,
como combate a incêndio, quedas, choques elétricos e outros, com equipamentos de
primeiros socorros, incluindo macas e caixa de medicamentos, e meios de remoção
de feridos para assistência médica;
 Prever os meios, equipamentos, ferramentas e acessórios de segurança necessários
nas atividades de operação e manutenção;

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 Prever meios para o combate a incêndio, tendo em vista a presença de painéis


energizados, óleo lubrificante, plásticos, tintas, panos e materiais combustíveis em geral.
Este item inclui além de extintores, pessoal treinado e equipamentos pessoais de proteção;
 Nas atividades de manutenção, assegurar que: todas as travas de segurança estejam
atuadas, os equipamentos elétricos estejam desenergizados e liberados para
trabalho, os circuitos de pressão de óleo e/ou água deverão ser esvaziados ou
isolados com o fechamento dos registros, os equipamentos utilizados para a
movimentação e o içamento de componentes (olhais, eslingas, etc) deverão estar em
perfeito estado para uso;
 As atividades de operação e manutenção somente deverão ser realizadas por
profissionais treinados, autorizados, devidamente identificados e com experiência na
atividade.

2- OPERAÇÃO

2.1- GERAL

As condições de operação dos equipamentos deverão respeitar as especificações


técnicas e os dados contratuais acordados entre o Cliente e o Fornecedor.
As sequências de partida e parada da Turbina deverão ser realizadas conforme
apresentado no documento 3554-302-01-00\ VIE-MN2A-CFM10-0003, e o comissionamento
conforme apresentado no documento 3554-302-00-00\ VIE-ME2A-CFM10-0001.
A operação da Unidade Hidráulica do Regulador de Velocidade (UHRV) deverá ser
realizada conforme apresentado no documento 3554-302-02-00\ VIE-MN2A-CFM10-0001 e
no respectivo Manual da unidade.

2.2- REGISTRO DE OPERAÇÃO

O Cliente deverá manter um registro de operação de cada Unidade Geradora (UG). O


registro poderá ser manual pelos operadores ou por meio digital, a critério do Cliente.
As informações mínimas que deverão ser registradas a cada hora são as seguintes:
 Potência ativa do gerador;
 Velocidade da unidade;
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 Fator de potência (cos φ) do gerador;


 Níveis de montante e jusante;
 Abertura do distribuidor da Turbina;
 Temperatura dos mancais;
 Temperatura de óleo das unidades hidráulicas;
 Alarme atuado/ativo;
 Data e hora do registro.

2.3- CONDIÇÕES DE CONTORNO

A PCH Verde 8 é equipada com uma Casa de Força principal dotada de 3 (três)
Unidades Geradoras (UG).
A potência nominal deverá ser adequada para permitir a potência instalada da usina
em 29003 kW. Estas potências deverão ser garantidas para as quedas líquidas iguais as
descritas neste Manual. Para quedas líquidas inferiores a estes valores, as Turbinas
poderão ter sua potência limitada pela máxima abertura.

2.3.1- NÍVEIS DE MONTANTE

Os níveis operacionais de montante serão:


 NA Normal Mínimo de Montante El. 512,00 m
 NA Máx. Maximorum de Montante El. 513,00 m

2.3.2- NÍVEIS DE JUSANTE

 NA Normal de Jusante El. 494,6 m


 NA Máximo Maximorum de Jusante El. 504,60 m

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3- MANUTENÇÃO

3.1- GERAL

A confiabilidade e a segurança de operação, assim como o prazo de vida útil dos


equipamentos dependerão da aplicação rigorosa das recomendações e verificações
indicadas neste Manual.
As verificações periódicas preventivas têm como objetivo evitar falhas possíveis de
funcionamento. Em caso de falhas, será necessário efetuar os reparos dos defeitos
imediatamente, antes que possam provocar maiores danos aos equipamentos.
A Turbina está principalmente sujeita aos efeitos de desgaste pelo material arenoso
em suspensão na água, além do que, em função do baixo nível de água a jusante (canal de
fuga), ela também pode ser afetada pelo problema de cavitação quando operada em cargas
parciais.
As principais atividades de manutenção dos componentes e a periodicidade deverão
ser realizadas conforme apresentado no item 3.16- Plano de Manutenção.
Deverá ser mantido registro das atividades de manutenção, que deverá ser assinado
pelo responsável da equipe de manutenção e permanecer na Usina disponível para
consulta como histórico dos equipamentos.
A HISA deverá ser convocada para envio de representante em caso de identificação
de problema em período de garantia.

3.2- CONDIÇÕES DE OPERAÇÃO

A boa condição de operação da Turbina poderá ser acompanhada através do


Sistema Digital de Supervisão e Controle da Usina (SDSC), cujos sinais da Turbina
permitirão um bom monitoramento em relação a quaisquer condições que impliquem em
necessidade de parada.
Recomenda-se também a presença de operador e inspeções periódicas das
unidades, em função de problemas que podem não ser detectados pelo SDSC e apesar de
não representar risco de danos ao equipamento em condições normais de operação podem

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comprometer a sua vida útil em longo prazo, como exemplo: ruídos anormais, vazamentos
de água, vazamento de óleo, desgaste ou quebra de componente, etc...
As Turbinas fornecidas para a PCH Verde 8 são projetadas conforme as
características de queda e vazão informadas e não devem operar fora dos níveis máximos e
mínimos permitidos sob pena de desgaste prematuro por cavitação nas superfícies
hidráulicas.

3.3- INSPEÇÃO EM GARANTIA

A primeira inspeção em garantia para revisão das condições de operação e eventuais


desgastes ou falhas, deverá ser realizada ao completar-se 8.000 (oito mil) horas de
funcionamento ou 01 (um) ano após a entrada em operação da Turbina, valendo o que
ocorrer primeiro. E desta forma, também será esta primeira inspeção, que determinará o
intervalo de tempo entre as próximas inspeções.

3.4- ITENS A OBSERVAR NA INSPEÇÃO

A revisão consiste basicamente na inspeção do estado físico (nível de desgaste) e


condição operacional em que se encontram os itens em especial: pré-distribuidor,
distribuidor, rotor, câmara do rotor, eixo árvore, vedação do eixo, sucção, mancais, sistema
hidráulico de acionamento, lubrificação dos mancais e demais sistemas auxiliares.
Deve-se verificar também o estado das seguintes partes do distribuidor: buchas
autolubrificantes e mancais dos munhões das palhetas diretrizes e suas vedações, posição
das alavancas sobre os munhões, eixo e cilindro de regulagem, folga nos olhais dos
bieletes que ligam as alavancas com o anel de regulagem do distribuidor, e sapatas
autolubrificantes do anel de regulagem. Verificar eventual desgaste das superfícies internas
do distribuidor e das palhetas diretrizes, bem como a condição operacional de abertura e
fechamento do distribuidor, e reaperto dos todos os parafusos e porcas do sistema de
regulagem.
Verificar a condição operacional do rotor, possíveis desgastes e deformações, e o
sincronismo de abertura e fechamento das pás do rotor devem ser conferidos, caso sejam
registradas anomalias, deve-se realizar as desmontagens e correções necessárias.

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Examinar também nível de desgaste das superfícies internas da câmara do rotor e pás do
rotor, e reaperto dos todos os parafusos e porcas da câmara do rotor.
De modo geral, recomenda-se realizar a recuperação das superfícies internas
desgastadas das palhetas diretrizes, pás do rotor, câmara do rotor e distribuidor a partir de
um nível de desgaste superior a 1,5 mm, procurando desta forma, não comprometer a
eficiência da Turbina.
Nota: Para maiores informações, consultar Item 3.16- Plano de Manutenção, onde
apresentado as principais atividades de manutenção dos componentes e a periodicidade
recomendada.

3.5- PROVIDÊNCIAS PARA ELIMINAÇÃO DE DESGASTE

O aumento das folgas de projeto ocasionadas pelo desgaste e/ou erosão devido a
cavitação podem ser eliminado da seguinte forma:
Distribuidor e Câmara do Rotor:
 Efetuar a recuperação da superfície desgastada.

Palhetas Diretrizes e Rotor:


 Efetuar a recuperação e usinagem das palhetas diretrizes e do rotor para restabelecer as

folgas originais, caso necessário.


Verificar as folgas entre: rotor x câmara do rotor, palhetas diretrizes x tampas,
vedação das palhetas diretrizes, e comparar com os valores nominais indicados nos
projetos. Sendo que pequenas ranhuras ou pontos de corrosão, erosão e desgaste nos
componentes, serão eliminadas através de soldas adequada ao material utilizado na
fabricação das mesmas e posterior acabamento manual ou usinagem em máquina operatriz.
Vazamentos nos mancais das palhetas diretrizes devem ser eliminados com a
imediata substituição das vedações, e eventualmente revestimento nos munhões das
palhetas, visando manter as dimensões originais.
A recuperação dos componentes da Turbina é importante não apenas para o bom
rendimento da Turbina, mas também para manter o desgaste dentro de limites razoáveis,
para executar a recuperação das pás do rotor serão fornecidos gabaritos adequados.
Além disso, a experiência mostra que a recuperação das tolerâncias normais de
projeto, em especial nas palhetas diretrizes, tampas, rotor e câmara do rotor, permite manter

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elevados os níveis de pressão da água nas câmaras do rotor, possibilitando dessa forma
um funcionamento suave da Turbina.

3.6- ENTRADA DE CORPO ESTRANHO NAS PALHETAS DIRETRIZES

Quando o sistema distribuidor indica estar totalmente fechado, e mesmo assim a


Turbina continua a girar, pode ser sinal de que um corpo estranho se prendeu entre as
palhetas diretrizes, deslocando-as de sua posição original.
O sistema indicador de palhetas desalinhadas informará ao SDSC a condição da
“palheta diretriz desalinhada”, e também pode ser observado pelo pino de cisalhamento que
está rompido. O pino que estiver rompido indica que a alavanca deslizou sobre o eixo da
palheta diretriz, impedindo-a de girar até o ponto de contato de vedação.
Nota: O corpo estranho pode ter desalinhado a palheta diretriz, mas nem por isso
obstruindo a mesma, pois o fluxo da água pode tê-lo removido. Assim sendo, basta apenas
alinhar novamente a palheta diretriz.
Para reposicionar a alavanca na sua posição original, procede-se da seguinte
maneira:
a) Parar a turbina e aplicar freio;
b) Fechar a comporta da tomada d’água;
c) Fechar a comporta do sucção;
d) Drenar a Turbina;
e) Após esvaziar a Turbina por completo, abrir parcialmente o distribuidor para aliviar o
aperto entre as palhetas diretrizes.
f) Fechar a válvula de bloqueio na linha de acionamento do sistema de acionamento, para
evitar a pressurização do distribuidor.
g) Na parte externa do distribuidor, onde verificado o cisalhamento do pino, realizar a
retirada dos segmentos do pino e com o uso de uma alavanca tentar o reposicionar a
palheta diretriz, para isto deve-se forçar o giro da alavanca inferior / palheta diretriz até a
posição em que os furos das alavancas inferior e intermediaria fique alinhados e
permitam a instalação de um novo pino de cisalhamento.
h) Caso não se consiga movimentar a palheta pela parte externa, o objeto estranho ainda
pode estar impedindo a movimentação. Neste caso, deverá ser feita a abertura da tampa

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de inspeção do distribuidor, entrar no interior do distribuidor, fazer a retirada do objeto


que ocasionou o seu deslocamento, e girar a palheta diretriz até a posição em que os
furos das alavancas inferior e intermediaria fique alinhados e permitam a instalação de
um novo pino de cisalhamento, ficando assim o sistema distribuidor ajustado como
anteriormente, proporcionando um funcionamento normal à Turbina.
i) Conferir o correto posicionamento da instrumentação (chaves fim de curso) de indicação
de palhetas diretrizes alinhas e o sinal no SDSC.

3.7- DESMONTAGEM DE PEÇAS

Para desmontagem de peças da Turbina deve-se observar sempre:


a) Retirada de todos os instrumentos de controle.
b) Identificar as peças e respectivas posições de montagem.
c) Retirada primeiro das peças menores e em seguida as de maior porte.

3.8- MANCAL GUIA

Com as compostas da tomada d’água e do sucção fechadas e Turbina esgotada (sem


água), seguir as seguintes instruções:
Certificar que a Turbina totalmente esgotada, através dos sinais dos sensores de
pressão e manômetros do distribuidor e sucção.
Abrir e retirar as tampas dos mancais, efetuar a limpeza geral da parte interna dos
mesmos, limpar o eixo da Turbina. A limpeza deverá ser feita com querosene ou óleo diesel,
utilizando somente panos limpos.
 Limpar o reservatório de óleo dos mancais, lavando-os bem.
 Limpar bem o eixo árvore.
Após a limpeza, as peças deverão ser enxutas com um pano seco. Remontar os
casquilhos banhando-os internamente com óleo que será utilizado para lubrificação e
abastecendo o reservatório.
Deverão ser verificados também os seguintes itens:
- Utilizar apenas óleo com a viscosidade estabelecida, não misturar óleos/marcas
diferentes.

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- O reservatório da unidade hidráulica de lubrificação dos mancais (UHLM) deverá


ser cheio com óleo entre os limites de indicação de nível no visor.
- Verificar contaminação do óleo por água ou presença de partículas sólidas nos
filtros provenientes de desgaste dos mancais ou das tubulações do sistema;
- Verificar o sistema após aumento de temperatura dos mancais acima dos valores
registrados no comissionamento da unidade;
- Verificar os casquilhos dos mancais (aspecto do metal patente);
- Verificar manchas de óleo na água do poço de drenagem que podem indicar
vazamento através dos labirintos do mancal.

3.9- SEGURANÇA DA TURBINA

A lista dos itens de segurança, defeitos, sinalização e ações que deverão ser
implementadas no SDSC de modo a garantir a segurança operacional da Turbina e de seus
componentes é indicada no documento 3554-88-01-00/ VIE-DE2A-CFM10-0031.

3.10- LUBRIFICAÇÃO

Consiste essencialmente da lubrificação das graxeiras das rótulas do cilindro


hidráulico de acionamento do anel de regulação, uma vez que demais elementos dinâmicos
que sofrem atrito são autolubrificantes (buchas das palhetas diretrizes, sapatas de
deslizamento do anel de regulagem, etc.) e não necessitam de lubrificação a óleo e/ou
graxa.

3.11- GRAXAS

Aplicar graxa na lubrificação periódica das graxeiras das rótulas dos cilindros
hidráulicos.

Tabela 01 – Dados da Graxa

Especificações da Graxa Valores Típicos


Base Sabão de lítio
Ponto de gota (ºC) 199,00
Viscosidade a 40ºC (constante) 91,00
Grau de consistência NLGI 2,00

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Tabela 02 – Graxas Comerciais

Marca Tipo
ATLANTIC LITHOLINE GRASE 2
ESSO BEACON 2
IPIRANGA ISAFLEX Nº2
MOBIL MOBILGRASE MP
SHELL ALVANIA R-2
TEXACO MULTIFAC 2, MULTIFAC EP1-EP2

3.12- PINTURA EM SUPERFÍCIES PREVIAMENTE PREPARADAS COM FUNDO INTACTO

As superfícies que já foram tratadas com fundo (pintura de base), na fábrica, e que
não tenham sido danificadas, deverão ser limpas com um desengraxante e lixa. Em seguida
aplicar a respectiva tinta de acabamento.

3.13- PINTURAS DANIFICADAS – ASPECTOS GERAIS

As pinturas devem ser feitas em campo nos casos em que a pintura de base tenha
sido danificada durante o transporte ou montagem. A superfície descoberta, bem como uma
área em torno da mesma deverá ser reparada antes da aplicação da tinta de acabamento.
Em primeiro lugar deve-se remover o melhor possível os pontos de ferrugem (caso
existam) com um material abrasivo, seja manual ou mecanicamente. Em seguida, usando
um desengraxante, lavar a superfície a ser pintada e aplicar a tinta de acabamento
observando o boletim técnico da tinta e o Plano de Pintura específico, documento 3554-404-
00-00\ VIE-PP2A-GEM00-0001.

3.14- PARADA PROLONGADA

No caso de impossibilidade de operação da Turbina, recomenda-se o funcionamento


em vazio durante alguns minutos a cada semana.
Durante as paradas e operações de manutenção da unidade, o sistema de injeção de
água limpa na vedação de eixo deve ser mantido acionado para proteção das gaxetas. O
sistema de injeção de água na vedação deve ser desligado somente após ter sido drenada
a água do interior da Turbina.
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Em caso de parada prolongada da Turbina, recomenda-se realizar as atividades


periódicas mensal:
- Medir e esvaziar a água de condensação;
- Secar e proteger as partes sem proteção anticorrosiva, cobertas com o óleo, graxa
ou verniz protetor.
- Acionar a Unidade Hidráulica do Regulador de Velocidade (UHRV)
- Acionar a Unidade Hidráulica de Lubrificação dos Mancais (UHLM), executar o
sistema de injeção de óleo com alta pressão nos mancais (jacking), e a circulação de óleo
de lubrificação nos mancais, com a finalidade de minimizar riscos e dados.
- Verificação dos dispositivos de segurança elétricos.

3.15- UNIDADE HIDRÁULICA

Apresentaremos a seguir algumas considerações sobre a manutenção das unidades


hidráulicas, e para maiores informações consultar os manuais específicos das unidades.
Deve-se efetuar um controle periódico do nível de óleo. Se o nível de óleo baixar
mais que o mínimo admissível, as bombas podem aspirar ar, o que resulta em dano por
cavitação das bombas.
Caso o nível do óleo estiver acima da marca visual, verificar urgentemente a causa,
poderá ser proveniente de uma contaminação interna ao trocador de calor ou por
condensação.
A troca de óleo do sistema depende do fator de serviço e condições de operação da
unidade e é determinada por uma graduação de envelhecimento e de impurezas
contaminadas no óleo. De uma maneira geral, recomenda-se realizar a análise do óleo
entre 8.000 a 10.000 horas de operação da unidade.
Recomendações para um bom funcionamento da unidade hidráulica:
 Nunca misturar óleos de tipos diferentes;
 Em caso de equipamentos hidráulicos inativos por um longo período de tempo
(normalmente acima de 1 mês), recomenda-se filtrar o óleo, procedendo a limpeza
prévia no reservatório. Em caso contrário, pode-se inclusive retirar uma amostra
de óleo e fazer uma análise para verificar as condições de utilização;
 Realizar a limpeza periódica dos filtros;

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 Deverá ser verificado o trocador de calor da unidade e removida a incrustação das


paredes internas por varetagem;
 Para o início de funcionamento, ou depois de uma parada para manutenção geral,
após qualquer manutenção nas tubulações de interligação, que envolvam
substituição, estas devem ser previamente decapadas internamente,
neutralizadas, lavadas e fazer a circulação de óleo no sistema denominada
“flushing”.

3.15.1- BOMBAS HIDRÁULICAS

As bombas de engrenagem trabalharão bem e por longo tempo desde que o óleo
esteja nos padrões recomendados de filtragem e as trocas dos elementos sejam realizadas
entre intervalos de tempo adequado.
Deve-se ter cuidado especial com a filtragem do óleo e a correta manutenção e troca
dos elementos filtrantes, tanto de pressão quanto de retorno.

3.15.2- FILTROS

O filtro de ar deve ser limpado periodicamente, ao retirar o filtro para limpeza, é


necessário ter cuidado para que o pó acumulado ao redor do mesmo seja previamente
removido. Uma vez retirado o filtro de ar, lavá-lo com querosene, secá-lo e umedecê-lo com
algumas gotas de óleo.
Em caso normais de operação, é necessário limpar os filtros de óleo uma vez por
semana, durante as quatro primeiras semanas de funcionamento. Depois deste período, é
conveniente efetuar a limpeza dos filtros a cada 1.500 horas, ou toda vez que acusar
entupimento, isto é, restrição à passagem de óleo, com sinalização no quadro de comando
e controle, em função das condições ambientais. A limpeza do filtro deverá ser feita com
uma escova de aço e ar comprimido. Nunca fazer o uso de estopa ou qualquer outro tipo de
tela. Em caso de filtros de malha metálica com fibra sintética, recomenda-se uma limpeza de
um filtro tipo recuperável no máximo 3 vezes. Depois o qual, deve ser substituído por um
elemento novo. Recomenda-se também trocar os filtros de óleo em cada troca de óleo.
A cada troca de óleo deverá ser previsto um “flushing” (circulação de óleo através de
um filtro prensa, se possível, um filtro absoluto), para filtragem do referido óleo.
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3.15.3- PRESSÃO DE PRÉ-CARGA DO ACUMULADOR

Com a Turbina e UHRV paradas, esvaziar totalmente o circuito de óleo, através do


registro de drenagem. Em seguida, retirar as tampas protetoras da válvula do acumulador e
acoplar o carregador de nitrogênio, pressionar a válvula de verificação da pré-carga, caso
necessário acoplar o carregador a um cilindro de nitrogênio que esteja com pressão máxima
e proceder a complementação da carga de cada.
Também pode-se verificar o nível de pré-carga, abrindo-se levemente o registro de
drenagem de óleo do acumulador, localizado embaixo dos mesmos e com acesso direto ao
reservatório, e pressionando o botão da válvula isoladora de manômetro. Aguardar
acompanhando a queda de pressão até atingir o ponto onde o ponteiro do manômetro
acusar queda rápida, ponto este, que indicará a menor pressão de pré-carga existente nos
acumuladores.
Caso o nível de pré-carga esteja inferior ao permitido, providenciar o seu
reabastecimento dentro dos níveis especificados.
Nota: Fazer a verificação do nível de pré-carga a cada seis meses, ou toda vez que o reservatório
indicar nível mínimo de óleo (pode significar que o acumulador esteja absorvendo mais óleo do que o
desejável), portanto é um indício de que a pressão de pré-carga está abaixo do recomendado.

3.15.4- MANUTENÇÃO E TROCA DE COMPONENTES

Ao realizar troca de componentes no sistema hidráulico, deve-se checar os


procedimentos para partida da unidade hidráulica.
Citamos como exemplo a substituição de uma bomba hidráulica. Deve-se preencher a
carcaça da mesma através da conexão de dreno, deve-se regular a pressão de trabalho na
bomba, etc.
Se houver substituição de válvulas ou de reparos em cilindros deve-se checar a
necessidade de repetir os procedimentos de desaeração, conforme especificado no manual
da unidade hidráulica.
Os cuidados com limpeza, qualidade de óleo e filtragem são muito importantes para
utilização de servo-válvulas e bombas.

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3.16- PLANO DE MANUTENÇÃO DA TURBINA

As principais atividades de manutenção dos componentes da Turbina e a


periodicidade são indicados no Plano de Manutenção abaixo:

Intervalo de
Item Denominação Manutenção / Controles Lubrificante
Manutenção

Tubo de entrada / Realizar limpeza e inspeção


visual dos componentes
Pré-distribuidor /
Verificar bom estado da
Distribuidor / pintura
01 Anual
Câmara do rotor / Verificar eventual pontos de
desgaste
Tubo de sucção /
Verificar eventual vazamento
Eixo árvore de água

Escutar o som produzido


(choques, cavitação, atrito) Semanal
com UG em operação

Verificar desgaste e eventuais


marcas de batidas

Verificar a eventual presença


de corpos estranhos

Verificar as folgas com a


02 Rotor câmara do rotor e
centralização do rotor
Anual
Nível de óleo interno do cubo

Verificar o funcionamento do
mecanismo de abertura e
fechamento das pás

Medir tempos e comparar com


registrado em
comissionamento

Verificar desgaste da região


de vedação das palhetas
03 Tampas diretrizes Anual

Verificar eventual vazamento


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de água

Verificar os pinos de
Mensal
cisalhamento das alavancas

Verificar sincronismo de
abertura e fechamento das
palhetas diretrizes

Verificar desgaste no anel de


regulagem, bielas, elementos
de união, buchas e sapatas
autolubrificantes

04 Distribuidor Verificar abertura e


fechamento Anual
Medir tempos e comparar com
registrado em
comissionamento

Verificar o torque de aperto


dos parafusos de fixação dos
mancais e bielas

Verificar bom estado da


pintura

Análise de eventual
vazamento de água nos Mensal
munhões e mancais

Verificar a eventual presença


de corpos estranhos

Verificar eventual desgaste


05 Palhetas diretrizes Verificar alinhamento e
posicionamento das palhetas
(Ver nota 5) Anual

Verificar as folgas laterais


com as tampas

Verificar a vedação com as


palhetas diretrizes fechadas

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Análise de eventual
vazamento anormal de água
(Ver nota 2)

Verificar temperaturas de Mensal


operação (Ver nota 4)
Vedação do eixo de Água de
06 Verificar a vazão de água na
jusante (gaxeteiro) Injeção
injeção da vedação

Desmontagem e limpeza dos


componentes
Anual
Verificar o desgaste das
gaxetas e bucha do eixo

Análise de eventual
Mensal
Vedação do eixo de vazamento anormal de água
07
montante
Verificar desgaste Anual

Verificar nível de óleo

Verificar eventual vazamento


de óleo e no sistema de
lubrificação
Semanal
Verificar temperaturas de
operação (Ver nota 4)
08 Mancal guia Verificar vibração de
operação

Inspeção visual interna

Verificar eventual pontos de


Anual
desgaste do metal patente

Verificar e registrar as folgas

Graxa
Lubrificar rótulas
Cilindros hidráulicos Alvania R-2
09 Mensal
(Ver nota 1)
Verificar eventual vazamento ISO VG 68
(Ver nota 6)
de óleo

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Verificar o curso de operação

Verificar eventual desgaste e Anual


folgas

Verificar nível de óleo

Verificar eventual vazamento


Mensal
de óleo

Unidade hidráulica Verificar operação normal


ISO VG 68
10 (Ver nota 1)
(Ver nota 6)
Análise da qualidade do óleo
(Ver nota 3)
e eventual necessidade de
(Ver nota 3)
troca e/ou filtragem

Verificação da limpeza interna


Anual
do reservatório

Realizar limpeza e inspeção


visual Mensal

Verificar eventual vazamento Semanal


Tubulações, de água, óleo e ar comprimido
11 mangueiras e
conexões Verificar bom estado da
pintura
Anual
Reaperto das conexões e
uniões

Realizar limpeza e inspeção


visual
Acoplamentos
Verificar o aperto dos
12 (eixo árvore x rotor) Anual
prisioneiros e porcas
(turbina x gerador)
Verificar eventual pontos de
desgaste

Junta rotativa e Verificar eventual vazamento Semanal


13 acionamento das Reaperto das conexões e
pás do rotor Anual
uniões

Verificar as proteções das


Mensal
partes girantes
14 Proteções
Verificar bom estado da
Anual
pintura e fixação

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Verificar as indicações dos


Mensal
Instrumentação instrumentos
15
(Ver nota 1)
Realizar limpeza e inspeção
Anual
visual de corrosão

Notas:
1) Para maiores informações referentes a manutenção, consultar o manual específico do
componente/equipamento.
2) Sendo verificado vazamento excessivo de água pelo eixo da Turbina, deve-se realizar o
reaperto das gaxetas do sistema de vedação. Constatado desgaste excessivo das gaxetas,
proceder a troca das mesmas.
3) Recomenda-se a primeira filtragem e análise de óleo entre as primeiras 2.500 a 3.000 horas
de funcionamento. Deve-se trocar também os elementos filtrantes e fazer a limpeza interna
do reservatório antes de se colocar o fluido tratado e classificado. Mais tarde é suficiente
realizar um controle constante, que consiste em coletar amostras do fluido para análise
química e contagem de partículas, que servirão de referência para a troca de óleo caso se
faça necessário. De maneira geral, a troca normal do óleo deve ocorrer entre 10.000 à
12.000 horas de operação.
4) Verificar valor atual e histórico no SDSC de temperatura de operação, através do sinal do
PT-100 instalado. O aumento gradativo da temperatura de operação, pode indicar a
necessidade de realizar manutenção preventiva no equipamento.
5) Caso seja verificado desalinhamento de alguma das palhetas diretrizes, deve-se realizar o
alinhamento da mesma.
6) Especificação do óleo da UHRV ver item 4.1-.

3.17- DEFEITOS E SOLUÇÕES

A seguir são listados alguns possíveis defeitos e suas respectivas soluções.

3.17.1- VAZAMENTO NO EIXO DAS PÁS DIRETRIZES

Quando for detectado vazamento de água pelo eixo das pás diretrizes, pode estar
ocorrendo o seguinte:
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a) Alojamento de sujeira no lábio do retentor das pás diretrizes.


 Neste caso bastará desmontar o mancal da respectiva pá diretriz, limpar o eixo, o

alojamento e o próprio retentor. Após a limpeza proceder a remontagem do conjunto no


seu devido lugar, tomando o cuidado de engraxar o eixo e o retentor. Este procedimento
facilitará a montagem além de prevenir contra danos ao retentor.
b) Defeitos no retentor.
 Neste caso somente a troca do retentor poderá eliminar o vazamento de água.

3.17.2- UNIDADE HIDRÁULICA

a) A pressão de trabalho não é atingida.


 Bomba não succiona – escová-la.

 Dreno aberto – fechá-lo.

 Válvulas de alívio de pressão (limitadoras de pressão mal reguladas).

 Vazamentos pelas conexões – verificar e apertá-las.

 Tubos com vazamentos – verificar.

 Pressostato defeituoso – verificar (substituir se necessário).

 A Turbina parte, mas não estabiliza – defeito no sistema de transdutores de posição e/ou

velocidade.

3.17.3- PARADA POR DEFEITO MECÂNICO

Considera-se defeito mecânico por parte da Turbina:


Tabela 04 – Defeitos Mecânicos

Descrição do Defeito Origem


Desarma relê 86M de proteção do gerador Painel do gerador
Temperatura alta do óleo da UHRV Unidade Hidráulica do
Regulador de Velocidade
Nível de óleo baixo da UHRV (UHRV)
Temperatura alta dos mancais do gerador Mancais do gerador
Motor da bomba de óleo da UHRV não ligou Central de controle de motores
Não atingiu pressão nominal da UHRV Unidade hidráulica

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Pressão da UHRV caiu abaixo da mínima Unidade hidráulica


A velocidade da máquina não atingiu > 90% Turbina
A potência gerada não caiu abaixo de 8% na parada Regulador velocidade
Distribuidor da Turbina não fechou Turbina/regulador velocidade

Ao pressionar o botão PARTIR Turbina no painel de comando + UCP, a rotina de


verificação dos dispositivos deverá ser ativada. A partir daí, se algum destes dispositivos da
Tabela 04 não estiver em condições normais, deverá ser acionado automaticamente
FALHA na Turbina no anunciador de alarmes no painel de comando principal da unidade.
Os dispositivos deverão ser testados continuamente durante o funcionamento da Turbina.
Os defeitos descritos na Tabela 04 deverão acionar a rotina de PARADA POR
DEFEITO MECÂNICO, descrita a seguir:
 Desarma relê 86M.

 Aciona PARAR Turbina.

 Vai para a rotina de PARADA NORMAL estabelecida no regulador de velocidade.

A primeira providência a ser tomada neste caso é desarmar o relê 86M, se não foi ele
que causou a parada. Simultaneamente o comando PARAR Turbina deverá ser acionado,
conforme procedimento de segurança programado no sistema principal.

3.17.4- PARADA POR DEFEITO ELÉTRICO

Considera-se defeito elétrico por parte da Turbina:


Tabela 05 – Defeitos Elétricos

DEFEITO DESCRIÇÃO ORIGEM


Botão emergência Pressionado o botão de emergência Painel do gerador
Pêndulo centrífugo Disparo da Turbina Gerador
Falha energia Falha na fonte do RV Regulador de velocidade
Erro malha de posição Falha na malha de posição (pás Turbina/RV
das pás diretrizes diretrizes) do RV

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Nota: A respeito do gerador, painéis e do regulador de velocidade, outros defeitos


poderão ocorrer, os quais estão listados nos Manuais dos respectivos equipamentos, e que
caracterizarão parada por defeito elétrico da unidade.

Estes defeitos são considerados “graves” e causam PARADA DE EMERGÊNCIA da


Turbina. A sequência de parada é a seguinte:
 Desarma relê 86E.

 Aciona saída emergência.

 Aciona PARAR Turbina.

 Abre disjuntor do grupo.

 Vai para a rotina de PARADA DE EMERGÊNCIA estabelecida pelo fabricante do

regulador de velocidade.

4- GERAIS

4.1- CARACTERÍSTICAS DE PROJETO

Turbina Hidráulica
Parâmetro Valor
Potência nominal 9.976 kW
Potência nos bornes do gerador 9.667 kW
Rendimento da Turbina a 100% de carga (vazão e queda nominais) 92,1 %
Rendimento do gerador a 100% de carga e fator de potência de 0,9 96,9 %
Altura bruta de queda 16,5 m
Altura líquida de queda 15,64 m
Altura de sucção -6,00 m
Vazão nominal 71 m3/s
Rotação nominal 211,8 rpm
Rotação de disparo 516 rpm
Tempo de fechamento do distribuidor 10 s (*)
Tempo de fechamento do rotor 30 s (*)
Sobre velocidade máxima transitória para rejeição a plena carga 70%
Sobre pressão máxima na entrada da Turbina 35 %
24

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(*)
Os valores indicados são teóricos e poderão ser ajustados durante o comissionamento de
campo.

Unidade Hidráulica do Regulador de Velocidade


Capacidade 630 L
Viscosidade nominal do óleo ISO VG 68
DIN 51524-2 HLP 68
Tipo óleo hidráulico (recomendado) (Ref. Mobil AW 68)

Pressão normal de trabalho 150 bar


Pressão mínima de trabalho 130 bar
Pressão crítica / alarme 120 bar
Pressão mínima crítica 120 bar
Pressão gás 81 bar
Pressostato 100 bar
Temperatura de alarme do óleo 60 ºC
Temperatura de Trip do óleo 65 ºC

Unidade Hidráulica de Lubrificação dos Mancais


Capacidade 1000L
Viscosidade nominal ISO VG 46
Pressão nominal 10/ 184 bar
Vazão total de óleo 140/ 7 l/min
Temperatura de alarme do óleo 60ºC
Temperatura de Trip do óleo 65ºC

4.2- PARÂMETROS DE CONTROLE DAS VIBRAÇÕES

O controle das vibrações deverá ser medido nos mancais do equipamento, nos
sentidos axiais e radiais.

Tabela 08 – Tabela de Parâmetros de Vibrações


Intensidade de Vibração Qualidade de Funcionamento
Grau Valor Eficaz – mm/s
0,28 0 a 0,28
0,45 0,28 a 0,45 Bom
0,71 0,45 a 0,71
25

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1,12 0,71 a 1,12


1,80 1,12 a 1,80
2,80 1,80 a 2,80
Adequado
4,50 2,80 a 4,50
7,10 4,50 a 7,10
Ainda Admissível
11,20 7,10 a 11,20
18,00 11,20 a 18,00
28,00 18,00 a 28,00 Inadmissível
45,00 28,00 a 45,00
Nota: Tabela referente ao grupo G – Norma VDI 2056 “Máquinas Geradoras de Potência ou
de Propulsão” (Turbina - gerador).

4.3- ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Nossa equipe técnica qualificada encontra-se inteiramente à disposição, podendo


fornecer informações complementares e realizar serviços de manutenção quando solicitada
através do contato: Assistência Técnica
Fone: +55 (49) 3551 9203 Fax: +55 (49) 3522 1738
HISA – Hidráulica Industrial S.A www.hisa.com.br

4.4- TREINAMENTO

Está previsto o treinamento dos operadores durante o período de montagem e


comissionamento. O treinamento será dado por nossos supervisores de montagem e
técnicos diretamente nos equipamentos.

4.5- DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

Segue lista de documentos de referência para consulta:

Nº Documento N° Cliente Título

3554-00-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0001 Corte da Turbina


Tubulação de Alimentação do Pré-
3554-17-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0006
Distribuidor
3554-20-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0007 Conjunto Distribuidor

3554-30-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0042 Sistema Linha de Eixo

3554-31-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0023 Conjunto Rotor

26

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3554-41-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0043 Gaxeteiro

3554-42-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0044 Vedação de Montante

3554-81-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0020 Sistema de Index Test


Sistema de Injeção de Água na Vedação do
3554-83-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0022
Eixo
3554-85-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0029 Sistema de Acionamento Hidráulico

3554-85-01-00 VIE-DE2A-CFM10-0032 UHRV – Dimensional

3554-85-01-01 VIE-DE2A-CFM10-0033 UHRV – Esquema Hidráulico


UHRV – Esquema Elétrico – Caixa de
3554-85-01-02 VIE-DE2A-CFM10-0034
Bornes
Sistema de Interligação Elétrica da
3554-88-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0030
Instrumentação
3554-88-01-00 VIE-DE2A-CFM10-0031 Quadro de Terminais da Turbina

3554-100-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0009 Arranjo Geral – Planta Baixa

3554-101-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0010 Arranjo Geral – Cortes AA

3554-102-00-00 VIE-DE2A-CFM10-0011 Arranjo Geral – Casa de Força

3554-301-00-00 VIE-MM2A-CFM10-0001 Manual de Montagem da Turbina

3554-302-00-00 VIE-ME2A-CFM10-0001 Manual de Comissionamento da Turbina

3554-302-01-00 VIE-MN2A-CFM10-0003 Descritivo de Partida e Parada da Turbina

3554-302-02-00 VIE-MN2A-CFM10-0001 Descritivo de Funcionamento UHRV

3554-320-95-00-00 VIE-MM2A-CFM61-0001 Manual do Sistema de Ar Condicionado

3554-320-96-00-00 VIE-MM2A-CFM68-0001 Manual do Sistema de Ar Comprimido

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