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Objetivos:
Apesar de, na maioria das vezes o processo de harmonizar uma melodia seja intuitivo e
baseado na experiência, os aprendizes podem aproveitar alguns princípios para auxiliar neste
processo.
Após constatar a tonalidade da música, o primeiro passo é observar a estrutura da
melodia identificando suas notas estruturais. Na maioria das vezes, principalmente em
melodias mais simples e tonais, estas notas estruturais serão baseadas em notas da tríade de
algum acorde (ou tétrade, no caso do acorde dominante). Em alguns casos, poderão se basear
em notas estranhas ao acorde. Outro ponto importante é que na grande maioria dos casos a
música ou uma sessão da música irá terminar com o acorde dominante resolvendo na tônica.
Observe alguns exemplos.
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Figura 37 - Harmonização de Asa Branca de Luiz Gonzaga baseada nas notas estruturais.
Figura 38 - Harmonização de Noite Feliz de Franz Gruber baseada nas notas estruturais.
Figura 40 - Harmonia do início da Sonata K 545 de W.A. Mozart baseada em notas estruturais
da melodia.
Figura 41 - Harmonização de Pirulito que bate, bate (folclore) baseada nas notas estruturais.
Figura 44 - Melodia do início de Pavane pour une Infante Défunte de Maurice Ravel com notas
de tensão do acorde.
II - V - I
Significa colocar antes de um acorde dominante (V) o acorde do grau II do acorde a ser
resolvido, que fará uma preparação ao V dando maior diversidade sonora. O grau II é utilizado
para este fim por que, estando situado uma 5ªJ acima do grau V, causa um movimento
harmônico marcante.
Dominante secundário
Diminuto de passagem
Significa tocar antes de algum acorde o acorde diminuto situado a um semitom a seguir..
O acorde diminuto de passagem também pode ser entendido como um dominante secundário
com a fundamental omitida.
Na música popular este termo corresponde ao acorde bII7 – acorde dominante sobre
grau II (maior com 7ª menor) abaixado em meio tom – substituindo o V7 para resolver na
tônica (meio tom abaixo).
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Neste contexto, este acorde é considerado dominante por possuir o mesmo trítono
característico do acorde dominante do grau V7. Observe isto em Dó Maior:
São acordes com as características de acorde dominante (maior e com 7ª menor) que
não resolvem no próximo acorde e nem criam expectativa de resolução. Eles atuam de modo a
enriquecer a sonoridade harmônica. O número romano da análise será o de seu grau no campo
harmônico com as devidas notas de tensão e alterações. Um exemplo comum é o I 7 e o IV7 no
blues.
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C7 | C7 | C7 | C7 | F7 | F7 | C7 | C7 | G7 | F7 | C7 | C7 |
Fonte: Elaborada pelo autor.
Basicamente, significa um acorde com tensões que pode ser considerado como uma
tríade sobre outra. Observe os exemplos:
Atividade
Tente encontrar alguns dos tipos de harmonização que estudamos na música abaixo:
Resumo
Referências