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GUIA OPERACIONAL DE

ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

Qualidade e Confiabilidade
ÍNDICE
Introdução .......................................................................................................... 3

MÉTODOS DE OPERAÇÃO DE MÁQUINAS VISANDO


ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL ................................................................... 4

1.1 ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS ......................................... 6


1. MARCHA LENTA ....................................................................................... 7
2. ESCAVAÇÃO ............................................................................................. 8
3. ESCAVAÇÃO E CARREGAMENTO .................................................... 9, 10
4. CARREGAMENTO ...................................................................................11
5. DESLOCAMENTO (TRANSPORTE)....................................................... 12

1.2 CARREGADEIRAS DE RODAS ............................................ 14


1. MARCHA LENTA ..................................................................................... 15
2. ESCAVAÇÃO ..................................................................................... 16, 17
3. CARREGAMENTO .................................................................................. 18
4. DESLOCAMENTO................................................................................... 19

1.3 CAMINHÕES..................................................................................... 20
1. MARCHA LENTA..................................................................................... 21
2. MOVIMENTAÇÃO DO VEÍCULO ...................................................... 22, 23
3. DESLOCAMENTO ............................................................................ 24, 25
4. DESCARREGAMENTO .......................................................................... 26
5. SELEÇÃO DE POTÊNCIA ...................................................................... 27

-1-
TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA
ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL .................................................................. 28

1. Instruções Básicas Para Serviços de Manutenção ..................................... 29


2. Motor ............................................................................................... 30, 31, 32
(1) Purificador de ar
(2) Sincronização do tempo de injeção de combustível
(3) Folga das válvulas
(4) Bico injetor de combustível
3. Sistema de Combustível ....................................................................... 33, 34
(1) Elemento do filtro
(2) Filtro tela
(3) Drenagem da água
4. Material Rodante (Escavadeiras Hidráulicas) ............................................. 35
5. Pneus (Carregadeiras de Rodas e Caminhões Basculantes) ............... 36, 37
6. Manutenção do Óleo ............................................................................. 38, 39
(1) Viscosidade do óleo
(2) Intervalos de troca do óleo
7. Gerenciamento Voltado Para a Economia de
Combustível (Caminhões) ........................................................................... 40

-2-
Introdução

A consciência global em relação ao aumento das concentrações de gases estufa


lançados na atmosfera, que, além de poluentes, são nocivos à camada de ozônio,
tem se tornado um assunto bastante discutido nos últimos anos. Para os clientes
da Komatsu, o consumo de combustível também é uma questão vital do ponto de
vista econômico.

Em resposta a essa questão, a Komatsu tem focado na redução das emissões de


poluentes como uma de suas maiores prioridades no desenvolvimento de seus
produtos. Além disso, pesquisas sobre métodos operacionais são conduzidas pela
empresa a fim de reduzir a emissão de poluentes, através de uma melhor eficiência
no uso do combustível.

Este guia oferece a você o conhecimento e a experiência necessários sobre os mé-


todos de operação para atingir uma economia de combustível ou meios para obter
uma melhor eficiência no uso do combustível.
A Komatsu sugere a você uma revisão dos métodos utilizados na operação de sua
máquina bem como na prática das operações de economia de combustível, de
acordo com as instruções propostas neste guia.

Tenha certeza de que o resultado será imediato. A partir de agora, o gerenciamento


do combustível está em suas mãos!

As estatísticas quanto à eficiência no uso do combustível apresentadas neste guia


poderão apresentar variações decorrentes das condições reais do local de traba-
lho, condições de cada máquina e qualificação do operador.

-3-
MÉTODOS DE OPERAÇÃO DE
MÁQUINAS VISANDO A
ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

-4-
-5-
1.1 ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS

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ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS

1. MARCHA LENTA
DICAS
• Mantenha o motor desligado sempre que possível.
• Não mantenha o motor funcionando em marcha
lenta entre uma operação e outra ou nos interva-
los de descanso.
Desligar

Só mantenha o motor funcionando em marcha


lenta em caso de absoluta necessidade
PONTO CHAVE
Evite manter o motor em marcha lenta por mais de 5 minutos sem operação. O motor em marcha lenta,
sem a utilização do equipamento de trabalho, leva a um consumo de combustível desnecessário.

DADOS DE TESTE
Economia anual no consumo
Escavadeira hidráulica da classe de 20 toneladas (PC200-7) de combustível
Consumo do motor em marcha lenta 0,76 l / h
228 l / ano
Consumo do motor no modo de auto-
desaceleração 3,30 l / h 990 l / ano

Condições: redução diária de 1 hora no funcionamento do motor em marcha lenta em 25 dias


de trabalho por mês.
O consumo de combustível aumenta ainda mais se o motor estiver funcionando na função de
autodesaceleração*1 ativada, isto é, nessa condição o motor consome aproximadamente 3,3
litros em uma hora.

OBSERVAÇÕES
*1 Utilização da função de autodesaceleração ativada:
A autodesaceleração é uma função incorporada as escavadeiras hidráulicas Komatsu (de
classe superior à de 10 toneladas).
Seu propósito é a redução automática da rotação do motor para um patamar médio quan-
do as alavancas de controle são colocadas em neutro por 4 segundos, como por exemplo,
quando a máquina está esperando um caminhão basculante. O resultado é a redução do
consumo de combustível e a atenuação do nível de ruídos.
(Exemplo)
Rotação do Motor (PC200-7)
• Em marcha lenta 980 – 1080 rpm
• Em funcionamento com o modo de autodesaceleração ativado: 1300 – 1500 rpm

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ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS

2. ESCAVAÇÃO
DICAS
• Evite o alívio da pressão hidráulica, sempre que
possível.
• Busque sempre uma escavação suave mediante
a atenuação gradativa da carga.

PONTO CHAVE
Quando a carga de uma escavação for muito grande, o equipamento de trabalho poderá parar
ainda que a alavanca de controle permaneça acionada, pois o alívio da pressão hidráulica es-
tará ocorrendo.
*1 Quando a pressão hidráulica é aliviada, a caçamba deixará de escavar, em outras palavras,o
procedimento de escavação não será possível, apesar de ainda haver consumo de combustível.

DADOS DE TESTE
Economia anual no consumo
Escavadeira hidráulica da classe de 20 toneladas (PC200-7) de combustível
Consumo de combustível quando
há alívio da pressão hidráulica 28 l / h 840 l / ano

Condições: redução diária de 6 minutos no alívio da pressão hidráulica em 25 dias de trabalho


por mês.

OBSERVAÇÕES

*1 Alívio da Pressão Hidráulica:


Significa que a válvula de alívio está aberta para o circuito do reservatório. Nessa condição, a força
do equipamento de trabalho não aumentará, permanecendo desta forma a mesma.

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ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS

3. ESCAVAÇÃO E CARREGAMENTO
DICAS
• Reduza a rotação do motor.
• Use o Modo E *1

PONTO CHAVE
Em uma mesma operação, uma rotação menor do motor resulta em menor consumo de com-
bustível.
Uma menor rotação do motor embora reduza a produtividade, compensa com um consumo de
combustível menor.

DADOS DE TESTE
Escavadeira hidráulica da classe de 20 toneladas
(Condições)
1. Carregamento de um caminhão basculante estacionado no mesmo plano do solo (altura)
2. Escavação no sentido descendente
3. Carregamento de um caminhão basculante usando ângulos de giro de 90º
4. Escavação de areia e terra

Itens Modo Índice Efeito


Aceleração
Total -
A
Tempo de Ciclo 10% menor +9%
E Total +11%
Total -
Consumo de Combustível A
10% menor -12%
(l / h)
E Total -23%
Total -
Produção A
10% menor -7%
(ton. / h)
E Total -12%
Eficiência no uso do Total -
A
combustível *² 10% menor +4%
(ton. / h) E Total +14%
A eficiência no consumo de combustível pode apresentar variações em função da natureza da areia e terra a serem escavadas.
OBSERVAÇÕES
*1. Modo E (Modo Eco):
Essa é uma função incorporada as escavadeiras hidráulicas Komatsu da classe de 20 toneladas.
Nesse modo, a utilização da potência do motor gira em aproximadamente 85% da potência total
(a função revela-se de grande proveito na redução dos custos com consumo de combustível e
atenuação de ruídos).
*2. Eficiência no uso do combustível (toneladas/litro) = Produção por litro de combustível
consumido

-9-
ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS

3. ESCAVAÇÃO E CARREGAMENTO
DICAS
• Eleve a posição de escavação.
• Realize a escavação em dois níveis.
Convencional Recomendável

Escavação da encosta toda em Escavação em duas camadas


uma única etapa sobrepostas

PONTO CHAVE
A altura da bancada deve ser a mesma ou ligeiramente maior que a altura da caçamba do ca-
minhão.
Escavando-se o nível superior da encosta e em seguida o inferior resultará em um ciclo de tra-
balho menor quando comparado com a escavação da encosta em uma única etapa.

DADOS DE TESTE
Escavadeira hidráulica da classe de 20 toneladas
(Condições)
1. Carregamento de um caminhão basculante estacionado em um plano inferior do solo
2. Escavação no sentido descendente
3. Carregamento de um caminhão basculante usando ângulos de giro de 90º
4. Escavação de areia e terra
Itens Tipo de Operação Índice Efeito
Escavação em uma única etapa -
Tempo de Ciclo
Escavação em duas camadas -12%
Consumo de Combustível Escavação em uma única etapa -
(l / h) Escavação em duas camadas -2%
Produção Escavação em uma única etapa -
(ton. / h) Escavação em duas camadas +6%
Eficiência no Consumo Escavação em uma única etapa -
de Combustível *1)
(ton. / h) Escavação em duas camadas +8%
A eficiência no uso do combustível apresenta variações em função da natureza da areia e terra que serão escavadas.

OBSERVAÇÕES
*1. Eficiência no uso do combustível (toneladas/litro) = Produção por litro de combustível
consumido

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ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS

4. CARREGAMENTO
DICAS
• Reduza o ângulo de giro.
• Fique mais próximo do caminhão

PONTO CHAVE
No carregamento de caminhões, a redução do ângulo de giro pode acelerar o tempo de ciclo,
incrementar a produtividade horária e otimizar a eficiência no uso do combustível *1)

DADOS DE TESTE
Escavadeira Hidráulica da Classe de 20 toneladas
Itens Ângulo de Giro Índice Efeito
90º -
Tempo de Ciclo
30º -4%
Consumo de Combustível 90º -
(l / h) 30º +1%
Produção 90º -
(ton. / h) 30º +4%
Eficiência no Consumo 90º -
de Combustível *1
(ton. / h) 30º +3%

OBSERVAÇÕES
*1. Eficiência no uso do combustível (toneladas por litro) = Produção por litro de combustível
consumido.

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ESCAVADEIRAS HIDRÁULICAS

5. DESLOCAMENTO
DICAS
• Desloque-se a velocidades menores.

Menor velocidade de deslocamento

PONTO CHAVE
Quanto maior for a rotação do motor, maior será a velocidade de deslocamento, o que conse-
qüentemente levará a um aumento no consumo de combustível. Por outro lado, a redução da
rotação do motor, otimiza a eficiência no uso do combustível durante o deslocamento da má-
quina.(*1 )
DADOS DE TESTE
Escavadeira hidráulica da classe de 20 toneladas
Itens Aceleração do Motor Índice Efeito
Velocidade de Total -
Deslocamento Média 10% menor -9%
(m / h) 15% menor -29%
Total -
Consumo de Combustível 10% menor -25%
(l / h)
15% menor -33%
Eficiência no Consumo Total -
de Combustível 10% menor +8%
(m / l) 15% menor +6%

OBSERVAÇÕES
*1. Eficiência no uso do Combustível = Distância Percorrida no Deslocamento / Quantidade
de Combustível Consumido

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- 13 -
1.2 CARREGADEIRAS DE RODAS

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CARREGADEIRAS DE RODAS

1. MARCHA LENTA
DICAS
• Mantenha o motor desligado, sempre que possível.
• Não mantenha o motor funcionando em marcha len-
ta entre uma operação e outra ou nos intervalos de
descanso.
Desligar

Só mantenha o motor funcionando em marcha


lenta em caso de absoluta necessidade

PONTO CHAVE
Evite manter o motor em marcha lenta, sem operação, por mais de 5 minutos. O motor em
marcha lenta, sem utilização do equipamento de trabalho, leva a um consumo de combustível
desnecessário.
DADOS DE TESTE

Carregadeira de rodas da classe de caçamba de 3,4 m³ Economia anual


de combustível
Consumo de combustível do
motor em marcha lenta 4,20 l / h
1260 l / ano

Condições: redução diária de 1 hora no funcionamento do motor em marcha lenta em 25


dias de trabalho por mês.

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CARREGADEIRAS DE RODAS

2. ESCAVAÇÃO
DICAS
• Evite o alívio da pressão hidráulica, assim como
o estol do conversor de torque.

PONTO CHAVE
Toda a vez que a areia e a terra que forem escavadas gerar uma carga excessiva, o equipamento
de trabalho não se moverá mesmo que as alavancas de controle sejam mantidas acionadas,
pois o estol do conversor de torque e o alívio da pressão hidráulica estão sendo utilizados.
Há um maior consumo de combustível na ocorrência simultânea do alívio da pressão hidráulica*1
e do estol do conversor de torque *2.

DADOS DE TESTE
Carregadeiras de rodas da classe de caçamba de 3,4 m³
Economia anual de
Consumo de combustível no carrega- combustível
mento em V a 30º 28 l / h
6450 l / ano
Consumo de combustível no alívio da pres-
são hidráulica e estol do conversor de torque 43 l / dia

Condições: redução diária de 30 minutos no alívio da pressão hidráulica e do estol do


conversor de torque em 25 dias de trabalho por mês.

OBSERVAÇÕES

*1. Alívio da pressão hidráulica:


Significa que a válvula de alívio fica aberta para o circuito do reservatório. A pressão hidráulica
não aumentará enquanto a válvula permanecer aberta.
*2. Estol do conversor de torque:
Este item refere-se à condição do conversor de torque quando uma máquina pára com o motor
ainda em funcionamento sob a ação de uma força externa.

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CARREGADEIRAS DE RODAS

2. ESCAVAÇÃO
DICAS
• Evite a patinagem dos pneus.

PONTO CHAVE
Os pneus de um carregadeira de rodas tendem a patinar quando a máquina é submetida a um
esforço excessivo durante uma operação de escavação e o motor é acelerado a fim de que a
máquina continue a se mover avante. Quando os pneus patinam, a caçamba já não é mais ca-
paz de penetrar na areia e na terra para escavá-las. O prolongamento da patinagem dos pneus
consome combustível desnecessariamente.
(1) Se a caçamba for fortemente pressionada contra o solo durante o trabalho de escavação,
as rodas dianteiras se elevarão o que, diminuindo a carga exercida sobre as rodas diantei-
ras, facilitando a patinagem das mesmas. Antes de proceder à escavação de areia e terra,
mantenha a caçamba ligeiramente erguida do solo.
(2) Quando os pneus apresentarem sinais de que irão patinar durante a escavação, solte ligei-
ramente o pedal do acelerador e pressione-o gradualmente a fim de aumentar a rotação do
motor até atingir um nível bem próximo do instante em que ocorreria a patinagem, penetran-
do nessas condições no solo e escavando a areia e a terra.
(3) Caso os pneus comecem a patinar, solte o pedal do acelerador e volte a pisá-lo gradual-
mente para escavar segundo instruções já previamente mencionadas;

Alguns modelos de carregadeiras possuem um sistema de controle de tração que poderá


ser ajustado para evitar a patinagem dos pneus durante a escavação.

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CARREGADEIRAS DE RODAS

3. CARREGAMENTO
DICAS
• Diminua o percurso de carregamento.
• Minimize o ângulo de carregamento em V.

e
od
r c urs ento
Pe ega m
r
car

L = Comprimento da Máquina
PONTO CHAVE
Ideal: Distância = 0,8 l
Ângulo = 30º
DADOS DE TESTE
Itens Distância Índice Efeito
0,8 l -8%
Tempo de Ciclo 1,0 l -
1,5 l +12%
0,8 l +1%
Consumo de Combustível
1,0 l -
(l / h)
1,5 l +1%
0,8 l +17%
Produção
1,0 l -
(ton. / h)
1,5 l -7%
Eficiência no uso do 0,8 l +16%
Combustível *1 1,0 l -
(ton. / l) 1,5 l -8%

Condições:
1. Carregamento em V a 30º
2. Percurso de deslocamento avante e à ré, em três estágios (l = comprimento total da
máquina)

OBSERVAÇÕES
*1. Eficiência no Consumo de Combustível (toneladas por litro) = Produção por Litro de
Combustível Consumido

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CARREGADEIRAS DE RODAS

4. DESLOCAMENTO
DICAS
• Desloque-se a velocidades menores.

PONTO CHAVE
A velocidade de deslocamento será maior quanto maior for a rotação do motor, resultando, re-
sultando em um aumento no consumo de combustível. Por outro lado, se você reduzir a rotação
do motor, aumentará a eficiência no uso do combustível a uma velocidade de deslocamento
ideal *1.

DADOS DE TESTE
Itens Velocidade Máx. de desloc. Índice Efeito
Consumo de 21 km/h -
Combustível 17 km/h -21%
(l / h) 14 km/h -35%
21 km/h -
Produção
17 km/h -9%
(ton / h)
14 km/h -19%
Eficiência no Consumo 21 km/h -
de Combustível *1 17 km/h +16%
(ton / l) 14 km/h +24%

Condições:
1. Operação de Carregamento e Transporte
2. Caçamba com a capacidade totalmente ocupada por areia e terra
3. Percurso de deslocamento de 95 m

OBSERVAÇÕES
*1. Eficiência no uso de Combustível (toneladas por litro) = Produção por Litro de Combustível
Consumido

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1.3 CAMINHÕES

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CAMINHÕES BASCULANTES

1. MARCHA LENTA
DICAS
• Desligue o motor sempre que possível.
• Não deixe o motor funcionando em marcha lenta
na pausa entre uma operação e outra ou nos inter-
valos de descanso.

Desligar

Evite funcionar o motor desnecessariamente em


marcha lenta
PONTO CHAVE
Evite manter o motor em marcha lenta, sem operação, por mais de 5 minutos. O motor em marcha
lenta, sem utilização do equipamento, leva a um consumo de combustível desnecessário.

DADOS DE TESTE
Caminhão da classe de 90 toneladas Economia anual de combustível

Consumo do motor em marcha lenta 8l/h 2400 l / ano

Condições: 1 hora de redução diária do funcionamento do motor em marcha lenta durante o


período de 25 dias de trabalho por mês.

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CAMINHÕES BASCULANTES

2. MOVIMENTAÇÃO DO VEÍCULO
DICAS
• Trafegue utilizando a força de impulsão (inércia)
do caminhão
PONTO CHAVE
Não há consumo de combustível se o pedal acelerador não for pressionado e o motor for
utilizado como freio ao trafegar com o caminhão.
(1) Deslocamento normal Fig. 1
Há consumo de combustível enquanto o O freio retardador
acelerador estiver pressionado. começa a funcionar Corte do
combustível

Velocidade Inicial: 30 km/h Ponto de Parada


Até o caminhão parar, há consumo de combustível
(2) Deslocamento usando a inércia do caminhão (transmissão em neutro) Fig. 2
Início do deslocamento com Em todo este trajeto não é registrada injeção de combustível
tranmissão em neutro
Corte do combustível

Velocidade Inicial: 30 km/h Ponto de Parada

Está é uma técnica de condução de máquina que permite que se percorra uma certa
distância com a transmissão em neutro, utilizando-se da força de impulsão (inércia) para
propiciar uma economia de combustível.

Quando um caminhão basculante se encontra na descida de uma rampa,


o condutor deve selecionar uma velocidade apropriada na transmissão
que garanta a segurança, sempre levando em conta a velocidade inicial
do percurso e a inclinação da rampa.

NUNCA UTILIZE NEUTRO EM DECLIVES

DADOS DE TESTE
Caminhão da classe de 90 toneladas Condições da via de transporte da carga: 100 m de des-
com carga locamento normal e 120 m trafegando com a transmissão
em neutro, usando a força de impulsão do caminhão.
Itens Índice de Consumo de Combustível (l / h) Efeito
Deslocamento -
normal (Fig.1)
Deslocamento usando a força
de impulsão do caminhão -38%
basculante (Fig. 2)

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CAMINHÕES BASCULANTES

2. MOVIMENTAÇÃO DO VEÍCULO
DICAS
• Trafegue a uma velocidade constante.
• Não acelere e desacelere freqüentemente.
PONTO CHAVE
(1) Deslocamento em velocidade constante Fig. 1

Deslocamento em velocidade constante

Desloque-se em velocidade constante para minimizar as variações na velocidade de


deslocamento, com isso reduzindo o consumo de combustível.

(2) Aceleração e desaceleração freqüentes Fig. 2

Velocidade de
Deslocamento Oscilações da velocidade de deslocamento para cima e
para baixo

Desaceleração Aceleração

Velocidade Constante

Distância (ou Tempo)

Aceleração Desaceleração Aceleração

A aceleração e a desaceleração repetitivas aumentam o consumo de combustível

DADOS DE TESTE
Caminhão basculante da classe de 90 toneladas com carga

Tipo de Deslocamento Índice de Consumo de Combustível (l / h) Efeito


Aceleração e desacelera-
ção freqüentes (Fig. 1) -
Velocidade
-13%
constante (Fig. 2)

Condições: Alternância entre o aumento e a redução da velocidade duas vezes entre 20 km/h e 30 km/h em
uma distância percorrida de 300 m.

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CAMINHÕES BASCULANTES

3. DESLOCAMENTO
DICA
• Desloque-se a velocidades menores

Deslocamento à
Recomendável velocidade baixa

Deslocamento à
Não velocidade alta
recomendável

PONTO CHAVE
A velocidade de deslocamento será maior quanto maior for a rotação do motor,
resultando em um aumento no consumo de combustível. Por outro lado, se você
reduzir a rotação do motor, aumentará a eficiência no uso do combustível durante
o deslocamento.
Um caminhão levará mais tempo para percorrer um determinado trajeto se sua ve-
locidade de deslocamento for menor, mas isso poderá ser facilmente compensado
pela redução do tempo de espera no destino do carregamento, conseqüentemen-
te gerando uma redução no consumo de combustível.

DADOS DE TESTE
Caminhão da classe de 90 toneladas com carga
Itens Índice de Consumo de Combustível (l / h) Efeito
40 km/h -

30 km/h -16%

Condições: trajeto percorrido de 100 m a uma velocidade de 30 km/h e 40 km/h respectivamente.

- 24 -
CAMINHÕES BASCULANTES

3. DESLOCAMENTO
DICA
• Por medidas de segurança, desligue o freio motor
(se disponível em sua máquina) quando estiver
trafegando em terreno plano usando a força de
impulsão (inércia) da máquina.
PONTO CHAVE
Início do trajeto com a
transmissão em neutro

Interruptor do Corte do combustível nesta distância


freio motor
desligado
Parada

Início do trajeto com a Ainda é registrado consumo de combustível


tranmissão em neutro porque o pedal acelerador permanece aplicado
Corte do combustível quando o caminhão se aproxima do ponto de
Interruptor nesta distância parada
do freio
motor ligado
Parada
A utilização do freio motor diminui o trajeto que o caminhão percorre
usando a força de impulsão do veículo

OBSERVAÇÕES
Freio motor
O freio motor funciona aplicando resistência à saída dos gases do motor. Ele é ativado com o
conversor de torque com o lockup ativado.
* Com o lockup do conversor de torque ativado, a potência de saída do motor é transmitida
diretamente à transmissão eliminando a função do conversor de torque. A função lockup pode
ser ativada e desativada mediante o emprego de um interruptor existente no interior da cabina
do operador.

Tabela de funcionamento do freio motor


Interruptor do freio Condição do
Luz do Interruptor Condição de Ativação
motor Interruptor
Ativado quando o pé do opera-
LIG Pressionado Acesa
dor solta o pedal acelerador
Ativado juntamente com o freio
DESL Solto Apagada
de serviço ou o freio retardador

-25 -
CAMINHÕES BASCULANTES

4. DESPEJO DE CARGA
DICA
• Faça sempre o despejo de uma carga com o motor
a uma rotação mais baixa

Realize operações de
despejo de cargas com o
motor a uma rotação mais
baixa para que o consumo
de combustível seja menor

PONTO CHAVE
Em uma operação de despejo de carga, a velocidade de elevação da caçamba
varia na mesma proporção da rotação do motor. Assim, quanto mais rápida se dá
a elevação da caçamba, mais combustível consome o motor.
Na operação de despejo de carga, mantendo-se a rotação do motor em 80% de
sua rotação máxima se consegue uma economia no consumo de combustível de
nada mais nada menos que 45% comparativamente ao despejo na rotação máxi-
ma do motor.

DADOS DE TESTE
Caminhão basculante da classe de 90 toneladas com carga

Itens Índice de Consumo de Combustível (l / h) Efeito


Motor na rotação
máxima -
Motor em 80% da
rotação máxima* -45%

- 26 -
CAMINHÕES BASCULANTES

5. SELEÇÃO DE POTÊNCIA
DICA
• Use o Modo de Economia para obter mais econo-
mia no consumo de combustível!
PONTO CHAVE

Esta é uma função da qual os caminhões Komatsu são dotados e que permite ao
operador a seleção da potência máxima do motor ou de 85% da mesma.
• Modo de Potência Máxima
Trata-se de um modo que possibilita ao motor atingir a sua potência máxima, maxi-
mizando, assim, a capacidade de transporte da carga. Este modo é mais adequa-
do em locais onde seja necessário o caminhão subir uma rampa carregada.
• Modo de Economia
Este modo limita a potência do motor em 85% de sua potência máxima, visan-
do economia de combustível. Além disso, os pontos de mudança de marcha
para cima e para baixo são programados em patamares inferiores a fim de
que o regime de funcionamento do motor seja mantido baixo. Sua utilização
é mais recomendada em operações em terreno plano que não exijam o motor
em potência máxima e que estejam empenhadas na obtenção da economia no
consumo de combustível.

Um tempo maior será despendido para a realização deste trabalho, entretanto,


este modo é altamente eficiente na economia de combustível, mesmo em subida
de rampas. Seu emprego é de grande valia em operações cuja meta seja a obten-
ção da redução no consumo de combustível.

DADOS DE TESTE
Caminhão da Classe de 90 Toneladas Com Carga

Itens Índice de Consumo de Combustível (l / h) Efeito


Modo P -

Modo E -11%

Condições: subida de uma rampa de 10% de inclinação ao longo de um trajeto de 200 m

-27 -
TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO
PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

- 28 -
TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL
1. Instruções Básicas Para Serviços de Manutenção
• Mantenha sua máquina sempre em boas condi-
ções, respeitando os intervalos de inspeção e
manutenção recomendados a fim de assegurar o
bom desempenho da máquina com a otimização
do consumo de combustível.
O combustível, os óleos e o líquido de arrefecimento usado para equipamento de mineração e
construção civil é tão vital quanto o alimento que nos abastece ou, no caso do corpo humano,
o sangue, o suor e as lágrimas que sustentam nosso organismo. Uma máquina não pode ficar
sem qualquer um desses aditivos, e o uso incorreto dos mesmos pode causar grandes danos à
máquina.

Manuseio de
Combustível
• Não use combustível que contenha água
• Não permita o ingresso de sujeira e poeira no combustível
• Certifique-se de estar usando o combustível especificado
• Após o término do expediente de trabalho, complete o reservatório de
combustível
• Drene a água do reservatório de combustível antes de dar a partida
Manuseio
de Óleos
• Certifique-se de promover a troca dos óleos no intervalo especificado
• Não deixe sujeira e poeira contaminarem os óleos
• Não misture óleos de viscosidades e marcas diferentes
• Sempre abasteça os óleos na quantidade especificada

Manuseio do Líquido
de Arrefecimento
Água
• Só use água que seja potável como líquido de arrefecimento
• Quando for utilizar um anticongelante, siga as instruções de uso
• O líquido de arrefecimento deve ser abastecido na quantidade espe-
cificada

Manuseio
de Filtros
• Substitua os filtros periodicamente (em locais de trabalho onde as
condições de operação sejam particularmente severas, você deve
promover a substituição desses itens a intervalos menores)
• Jamais reutilize filtros (tipo cartucho), ainda que tenham sido bem
limpados
• Nunca deixe de usar filtros genuínos Komatsu

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

2. Motor
(1) Purificador de ar
• Limpe ou substitua o elemento externo quando o
indicador de restrição do filtro de ar acusar a cor
vermelha para prevenir a obstrução do filtro.
Se o purificador de ar ficar obstruído, os gases expelidos pelo escapamento assumirão uma
coloração mais escura e a potência do motor registrará uma queda devido um menor volume de
ar admitido, sem falar no consumo de combustível que aumentará em aproximadamente 3%.

Limpeza do
Elemento Externo
Indicador de Restrição
do Filtro de Ar Sopre ar comprimido seco
2. Pressione este botão (a pressão deve ser no
para baixo após a máximo de 7 kgf/cm²)
operação de limpeza,
para zerar o indicador Nunca reutilize o elemento
de restrição interno, nem mesmo após
sua limpeza
1. Quando esta
parte assume a
cor vermelha, é
porque o purifica-
dor de ar neces-
sita de limpeza

(2) Sincronização do tempo de injeção de combustível

• Verifique a sicronização do tempo de injeção de


combustível
Não há como ocorrer uma boa combustão a não ser que o combustível seja injetado no mo-
mento correto e de acordo com a necessidade do motor (nem mais, nem menos). Na hipótese
da ocorrência de uma queda da potência do motor ou se os gases expelidos pelo escapamento
assumirem uma coloração mais escura e esses fenômenos forem acompanhados de um con-
sumo maior de combustível, confirme se a sincronização do tempo de injeção de combustível
encontra-se bem regulada ou não.

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

2. Motor
(3) Folga das válvulas
• Verifique a folga das válvulas
Um motor é dotado de válvulas que se movimentam para permitir a entrada do ar ou a saída dos
gases de escape da câmara de combustão.
Essas válvulas são ativadas por um complexo mecanismo.
Verifique a folga das válvulas a cada 2000 horas de operação.

u Efeito da folga das válvulas muito grande:


Não há admissão suficiente de ar e a queima do combustível é incompleta
Observa-se um maior enegrecimento dos gases desprendidos pelo escapamento e uma diminuição da
potência do motor.

u Efeito da folga das válvulas muito pequena:


A câmara de combustão não fecha totalmente e não se dá a queima do combustível. Há uma redução
drástica da potência de saída do motor.

Cruzeta Porca

Mecanismo de uma Válvula


Folga da válvula

Balancim
Válvula de escapamento
Haste impulsora
Válvula de admissão Válvula
Engrenagem do eixo Excêntrico
de came
Engrenagem Eixo de came
intermediária
Engrenagem do virabrequim

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

2. Motor
(4) Bico injetor

• Verifique se não há sujeira e poeira no reservató-


rio de combustível ao abastecê-lo e drene a água
do reservatório de combustível regularmente.
Um bico injetor é um dispositivo destinado à pulverização do combustível e à injeção deste com-
bustível dentro dos cilindros à alta temperatura e alta pressão. Se o combustível não for bem
pulverizado, é impossível obter uma boa combustão, o que traz como resultado a diminuição
da potência do motor, o escurecimento dos gases expelidos pelo escapamento e a elevação do
consumo de combustível.
Uma das principais causas de uma injeção insuficiente do combustível reside na contaminação
em razão da infiltração de água e poeira no combustível. Assim sendo, afim de prevenir a ocor-
rência de pane no motor, não permita o ingresso de sujeira e poeira no reservatório de combus-
tível ao abastecê-lo e drene a água do reservatório de combustível regularmente.

Padrões visuais de definição de boa e má injeção

Bico injetor Ângulo de


injeção irregular Falha na injeção

Combustível pulverizado
injetado no cilindro

Pistão Bom padrão Padrão de injeção


de injeção a desejar

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

3. Sistema de Combustível
(1) Elemento do filtro
• Substitua periodicamente o elemento do filtro de
combustível.
O elemento do filtro de combustível previne a ocorrência de panes no motor e prolonga a vida
útil do mesmo, através do suprimento de combustível limpo para o motor, após a remoção cui-
dadosa da umidade, da sujeira e da poeira contidas no combustível. Além disso, os componen-
tes principais do sistema são lubrificados pelo próprio combustível e considerando que essas
peças são de alta precisão, são muito sensíveis mesmo a menores partículas. Até traços das
mesmas podem facilmente levar ao desgaste, grimpagem ou oxidações devido à umidade. Por-
tanto, se faz necessária a substituição periódica do elemento do filtro de combustível.

A umidade, a sujeira e a
poeira são em sua maior
parte retidas pelo elemento
do filtro

(2) Filtro tela


• Limpe o filtro tela.
O bocal de abastecimento combustível conta com um filtro tela cuja função é remover corpos
estranhos relativamente grandes que possam adentrar o reservatório de combustível durante o
abastecimento. Não o remova enquanto estiver realizando o abastecimento de combustível. Tam-
bém tome a medida de limpá-lo se detectar em sua inspeção a presença de corpos estranhos.

Reservatório de
combustível Filtro tela

Filtro tela

Reservatório de
combustível
portátil de plástico

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

3. Sistema de Combustível
(3) Drenagem da água
• Complete o reservatório de combustível após o
término do expediente.
• Drene a água e os sedimentos do reservatório de
combustível por ocasião da inspeção antes de
colocar o veículo em funcionamento.
Quando, ao fim do expediente, você estaciona uma máquina com o reservatório de combustível
quase vazio, o ar aprisionado no reservatório passa por um resfriamento e se condensa sob a
forma de gotículas de água, que se misturam ao combustível. Assim sendo, complete o reserva-
tório de combustível ao término do expediente e drene a água e os sedimentos do reservatório
antes de retomar a operação, no início do dia seguinte.

Orifício do respiro

O ar se condensa
sob a forma de O ar se condensa sob a forma
gotículas de água de gotículas de água

A água se acumula no reservatório


de combustível

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

4. Material Rodante
(Escavadeiras Hidráulicas)

• Remova a lama.
O acumulo de lama no material rodante, provoca uma maior resistência ao deslocamento, o que
traz uma piora em termos de eficiência no consumo de combustível. Remova a lama do material
rodante dentro dos menores intervalos de tempo possíveis.

• Ajuste a tensão das esteiras.


Caso não seja mantida a tensão correta das esteiras, a resistência ao deslocamento será maior,
resultando em um maior consumo de combustível. O método de ajuste da tensão das esteiras
você encontra no Manual de Operação e Manutenção a sua máquina.

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

5. Pneus
(Carregadeiras de Rodas e Caminhões )
• Use pneus radiais.
Há dois tipos de pneus: o diagonal e o radial. O pneu radial tem uma resistência menor ao rola-
mento e, portanto, permite uma redução no consumo de combustível entre 5% a 10% compa-
rado ao pneu diagonal.

Estrutura de um Pneu Diagonal e de um Pneu Radial


As malhas de cada
camada se cruzam

Sentido radial das


malhas da carcaça

Pneu Diagonal Pneu Radial

Comparação de Resistência à Rolagem Exemplo comparativo do consu-


mo de combustível de um mesmo
caminhão basculante
Resistência à Rolagem

Construção de barragem (trajeto de 6,5 km)

Pneu Diagonal Pneu Radial 85

Pneu Diagonal 100

Pneu Radial
Mineração de Calcário (trajeto aproximado de 800 m)

Velocidade Pneu Radial 95

Pneu Diagonal 100

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

5. Pneus
(Carregadeiras de Rodas e Caminhões )
• Verifique a pressão do ar nos pneus durante os
procedimentos de inspeção que antecedem o
início da operação quando os mesmos ainda se
encontram frios para assegurar a pressão correta
do ar.
Um pneu suporta a carga graças à pressão interna do ar nele contido. Portanto, ele pode não
trabalhar adequadamente ou sua vida útil pode ser encurtada se a pressão interna do ar estiver
acima ou abaixo do valor especificado. Em particular, quando a pressão do ar se encontra em
um valor abaixo do especificado, os aros freqüentemente desenvolvem atrito, que é um fator
causador de problemas.

Pressão do Ar e Vida Útil do Pneu


Índice de Vida Útil Médio

Índice de Pressão do Ar (para uma


pressão normal de 100)

Pressão excessiva do ar Pressão baixa do ar

“Como dói. Não


aguento mais “Como está
tanto ar assim! quente! Mais ar
Tanto ar
assim causa um por favor!
desgaste muito Eu temo pelo
rápido
devido à patina- atrito do aro
gem dos pneus e não posso
e eu fico sem
poder mostrar
exercer meu todo o meu
trabalho”
trabalho”

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

6. Manutenção do Óleo
(1) Viscosidade do óleo
• Utilize um tipo de óleo adequado e recomendado
à temperatura ambiente de trabalho para evitar
danos ao motor.
Para que lubrifique diversos componentes do motor, o óleo necessita de uma viscosidade ade-
quada. Levando-se em conta o fato de que a viscosidade do óleo pode ser enormemente afeta-
da pelas temperaturas ambientes, o óleo, quando necessário, precisa ser trocado por um outro
tipo de óleo mais adequado à temperatura do local de trabalho. A viscosidade do óleo sendo
muito alta, as conseqüências são não apenas um maior atrito, mas também um consumo de
combustível maior, além do que,verifica-se a ocorrência da grimpagem e do rápido desgaste
dos componentes, resultando no comprometimento do motor. Por outro lado, uma viscosidade
muito baixa do óleo gera o superaquecimento do mesmo e a perda do filme de lubrificação,
fatores eventualmente causadores de um maior consumo de óleo.

Temperatura Ambiente
Fluidos Komatsu
Reservatório Tipo de Fluido Recomendados
-30 -20 -10 0 10 20 30 40 50 ºC
Komatsu
EOS0W30
Komatsu
EOS5W40
Cárter de Óleo Komatsu
do Motor Óleo Para Motor EO10W30-DH
Komatsu
EO15W40-DH
Komatsu
EO30-DH

Consulte o Manual de Operação e Manutenção de sua máquina para saber detalhadamente


as recomendações quanto à utilização de óleos.

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

6. Manutenção do Óleo
(2) Intervalo de troca do óleo
• Substitua o óleo do motor e os elementos dos
filtros periodicamente para a minimização das
panes do motor e a otimização do consumo de
combustível.
O óleo do motor reúne cinco funções: lubrificação, limpeza, resfriamento, vedação e inibição da
corrosão. Com o decorrer do tempo, essas propriedades enfraquecem ou sofrem uma deterio-
ração. Se o óleo for usado além do limite especificado para sua troca, ele perderá rapidamente
suas propriedades em razão do calor gerado e da presença de impurezas, como, por exemplo,
óxidos, carbonetos e borras, como também os efeitos dos aditivos serão reduzidos. Todos es-
ses fatores combinados resultarão em uma menor vida útil do motor, isso para não mencionar
um maior consumo de combustível.

O óleo do motor, objetivamente falando, circula no interior do motor para a lubrificação de cada
um de seus componentes, sendo uma questão de vital importância que permaneça sempre
limpo. Por esse motivo, caso um filtro de óleo, responsável pela filtragem da sujeira e das im-
purezas presentes no óleo (seja o corpo estranho proveniente do meio externo ou gerado in-
ternamente), não funcionar ,ocorrerá conseqüentemente a grimpagem dos componentes e até
mesmo a abreviação da vida útil do motor.

Sujeira e impurezas geradas internamente Sujeira e impurezas geradas do meio externo

Desgaste Impurezas, borra de óxidos


• Carbonetos Desgaste na • Impurezas geradas
• Borra superfície pela deterioração No abastecimento Pane no purificador de
deslizante do óleo do óleo ar e falta de limpeza
• Borra de óxidos

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TÉCNICAS DE MANUTENÇÃO PARA ECONOMIA DE COMBUSTÍVEL

7. Gerenciamento Voltado Para a


Economia de Combustível (Caminhões)
Mesmo sem um diário de registro de operações, é possível determinar se o consumo de com-
bustível na operação de uma máquina é alto ou baixo. Entretanto, sem ele, não é possível iden-
tificar as causas de um alto consumo de combustível.

Ainda que um caminhão esteja percorrendo a mesma via de transporte de carga, o consumo
de combustível pode variar em função da maneira como o operador conduz o equipamento e
várias outras condições, tais como o estado da máquina em matéria de manutenção e a super-
fície da via de rodagem. Assim sendo, se torna imprescindível manter um registro claro de todos
os fatores relacionados à operação de seu caminhão a fim de quando houver um aumento do
consumo de combustível, a causa da deterioração possa ser identificada para que a medida
cabível possa ser adotada.

Um Exemplo de Gerenciamento do Combustível


Volume de Carga Horas de
Nº do Data da Tempo Carga Transportada Curso de Leitura do Operação
Caminhão Operação (toneladas) Transporte Tacômetro (H)
Areia e
505 04/10/2001 Límpido terra 3640 A 8

Areia e
505 04/11/2001 Chuvoso terra 2912 A 8

(Continuação)
Distância Per-
Distância Per- Consumo Volume Horário Consumo de
corrida na Via
corrida na Via Consumo de Nome do Horário de de Carga Combustível
de Transporte
de Transporte Combustível (l) Operador Combustível Transportada por Tonelada
de Carga por
de Carga (km) (l / h) (ton. / h) (l / ton.)
Litro (km / l)
40 130 Z 16,2 455 0,036 0,31
32 102 Z 12,7 354 0,035 0,31

• Analise os registros de operação de seu caminhão basculante usando um gabarito giratório


para tacômetro e utilize os resultados da análise para treinar os operadores no sentido de
que atinjam uma maior economia de combustível.

Pontos a serem verificados

u A velocidade de deslocamento está excessivamente alta?


Confirme se a velocidade de deslocamento excedeu ou não a velocidade limite ou se o ope-
rador ultrapassou a velocidade normalmente respeitada pelos outros operadores.

u A velocidade de deslocamento oscila com muita freqüência?


Quando a velocidade de deslocamento apresenta uma oscilação muito freqüente, o mesmo
se passa com a rotação do motor.

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