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Rev. B 02 / 2015: Procedimento
Rev. B 02 / 2015: Procedimento
Procedimento
Cópias dos registros das “não conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 14 CONTEC - Subcomissão Autora.
Pintura e Revestimentos As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Anticorrosivos Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.
Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.
1 Escopo
1.1 Esta Norma estabelece os requisitos mínimos para aplicação e qualificação, em fábrica, do
revestimento, em superfície interna de tubos de aço, soldados ou flangeados, destinados a
instalações terrestres e marítimas.
NOTA 1 Para diâmetros menores que 3 polegadas a PETROBRAS deve ser consultada.
NOTA 2 O revestimento a ser selecionado deve atender a temperatura de operação das instalações.
NOTA 3 Esta Norma não se aplica a procedimentos destinados ao revestimento interno de: válvulas,
“Drill Pipe” e DPRs (“Drill Pipe Risers”).
1.2 Esta Norma tem como objetivo estabelecer condições para aplicação de um revestimento com
funções de proteção anticorrosiva, redução de atrito e minimizar possíveis contaminações do fluido a
ser transportado.
1.4 Deve ser elaborado um Procedimento de Aplicação (PA) e um Plano de Inspeção e Teste (PIT),
para aprovação do cliente, de acordo com Anexo A.
1.5 A qualificação do procedimento de aplicação do revestimento deve ser realizada de acordo com
Anexo B.
1.6 Esta Norma não contempla a verificação de integridade dos tubos de aço.
1.7 Esta Norma se aplica a procedimentos iniciados a partir da data de sua edição.
2 Referências Normativas
ABNT NBR 10443 - Tintas e Vernizes - Determinação da Espessura da Película Seca sobre
Superfícies Rugosas - Método de Ensaio;
2
-PÚBLICO-
ASTM D4940 - Standard Test Method for Conductimetric Analysis of Water Soluble Ionic
Contamination of Blasting Abrasives;
ISO 8501-1 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Visual Assessment of Surface Cleanliness - Part 1: Rust Grades and Preparation
Grades of Uncoated Steel Substrates and of Steel Substrates after Overall Removal of
Previous Coatings;
ISO 8501-3 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Visual Assessment of Surface Cleanliness - Part 3: Preparation Grades of Welds,
Edges and other Areas with Surface Imperfections;
ISO 8502-3 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paint and Related
Products - Tests for the Assessment of Surface Cleanliness - Part 3: Assessment of Dust on
Steel Surfaces Prepared for Painting (Pressure-Sensitive Tape Method);
ISO 8502-6 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Tests for the Assessment of Surface Cleanliness - Part 6: Extraction of Soluble
Contaminants for Analysis - the Bresle method;
ISO 8502-9 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Tests for the Assessment of Surface Cleanliness - Part 9: Field Method for the
Conductometric Determination of Water-Soluble Salts;
ISO 8503-4 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Surface Roughness Characteristics of Blast-Cleaned Steel Substrates - Part 4:
Method for the Calibration of ISO Surface Profile Comparators and for the Determination of
Surface Profile - Stylus Instrument Procedure;
ISO 8503-5 - Preparation of Steel Substrates before Application of Paints and Related
Products - Surface Roughness Characteristics of Blast-Cleaned Steel Substrates - Part 5:
Replica Tape Method for the Determination of the Surface Profile;
ISO 21809-2 - Petroleum and Natural Gas Industries - External Coatings for Buried or
Submerged Pipelines Used in Pipelines Transportation Systems - Part 2: Single Layer
Fusion-Bonded Epoxy Coatings;
SSPC Guide 15 - Field Methods for Extraction and Analysis of Soluble Salts on Steel and
Other Nonporous Substrates.
3 Termos e Definições
3.1
certificado de conformidade
documento expedido pelo fabricante, referente a cada material fornecido, onde são relatados os
testes requeridos nesta Norma, com os respectivos valores típicos
3
-PÚBLICO-
3.2
certificado de qualidade
documento expedido pelo fabricante, referente a cada lote de material fornecido, onde são relatados
os testes requeridos nesta Norma, com os respectivos valores encontrados
3.3
cliente
empresa que adquire o revestimento aplicado ao tubo
3.4
colarinhos
são as extensões dos tubos a serem soldados, desde a face do “bisel” até o revestimento, localizadas
em ambas as extremidades, as quais são deixadas livres de revestimento
3.5
fabricante
empresa que produz os materiais de revestimento
3.6
FBE (“Fusion Bonded Epoxy”)
epóxi em pó termicamente curável
3.7
“holiday detector”
equipamento utilizado para detectar descontinuidade em revestimentos anticorrosivos não condutores
aplicados sobre substratos metálicos
3.8
lote
quantidade típica de produção de um determinado material de revestimento, definida pelo seu
fabricante, o qual deve informar a metodologia para a definição dele. Essa informação deve ser
enviada ao cliente em um documento em separado, apenas uma vez, salvo se houver mudanças na
sistemática de definição de lote ou alteração na quantidade típica
3.9
materiais de revestimento
matéria prima do revestimento
3.10
parâmetro Rq
parâmetro de rugosidade que corresponde a raiz quadrada da média aritmética do quadrado dos
desvios do perfil (Yi) da linha média, obtida através da seguinte fórmula:
1 N
Rq Yi 2
N i 1
Onde:
N é o número de leituras;
Yi é o desvio do perfil de rugosidade da linha média.
4
-PÚBLICO-
3.11
parâmetro RZ DIN ou Ry5
parâmetro de rugosidade de uma superfície metálica, que corresponde à média aritmética dos cinco
valores de rugosidade parcial (Ry), sendo esta a soma dos valores absolutos das ordenadas dos
pontos de maior afastamento, acima e abaixo da linha média, existentes num comprimento de
amostragem
R y (1) R y ( 2) R y ( a ) R y ( 4) R y (5)
Ry5
5
Onde:
Ry é a rugosidade parcial
3.12
PA
Procedimento de Aplicação
3.13
reinício da produção
novo início do processo de produção de revestimento após interrupção igual ou superior a 1 h
3.14
revestidor
empresa responsável pela aplicação do revestimento no tubo
3.15
turno
jornada de trabalho que não exceda 12 h
4 Condições Gerais
4.1 Na aplicação dos esquemas de revestimentos anticorrosivos previstos nesta Norma devem ser
seguidas as recomendações da PETROBRAS N-13.
O manuseio dos tubos deve ser feito de modo a se evitar danos que possam comprometer sua
integridade.
Todas as áreas do tubo revestido que entrarem em contato com os acessórios de manuseio devem
ser inspecionadas conforme descrito na seção 6 e reparadas conforme descrito na seção 8.
5
-PÚBLICO-
5.2.1 O armazenamento deve ser feito de modo a se evitar qualquer tipo de dano, contaminação ou
deterioração, que possa comprometer o desempenho do revestimento.
5.2.2 Quando solicitado pelo cliente, o revestidor deve apresentar o procedimento para
armazenamento dos tubos em fábrica.
5.2.3 Deve ser utilizada a ABNT NBR 16212 com relação ao empilhamento dos tubos nus e
revestidos em canteiro.
5.2.5 Quando os tubos revestidos permanecerem estocados por mais de 1 ano sob a ação do tempo,
o revestimento deve ter suas características originais verificadas por inspeção visual, medição de
espessura e ensaio de aderência. [Prática Recomendada]
5.3.1 O transporte dos tubos revestidos deve ser feito de forma a se evitarem danos ao revestimento.
5.3.2 Quando solicitado pelo cliente, o revestidor deve apresentar um procedimento para transporte
de tubo revestido.
Para realizar as inspeções, deve haver iluminação adequada (mín. 1 000 lux).
6.1.1 Limpeza
6.1.1.1 No caso de imperfeições superficiais como cantos vivos e defeitos de soldagem, devem ser
adotados os padrões de acabamento P3 da ISO 8501-3.
6.1.1.2 A superfície interna dos tubos deve estar isenta de contaminantes que venham a interferir na
qualidade final do revestimento. Caso ocorra, os contaminantes devem ser removidos de acordo com
a ABNT NBR 15158.
6.1.1.3 A contaminação por sais solúveis deve ser verificada de acordo com a
ISO 8502-6 e ISO 8502-9, ou pelo método descrito na subseção 4.6 da SSPC Guide 15. O valor
máximo de contaminação por sais solúveis é de 2 g/cm2, medidos por instrumento eletrônico.
6
-PÚBLICO-
6.1.2.1 Antes do jateamento, se necessário, o tubo deve ser preaquecido para remover a umidade. A
superfície do tubo deve ser mantida a uma temperatura de pelo menos 3 °C acima do ponto de
orvalho, porém abaixo de 100 °C e a umidade relativa do ar deve ser menor que 85 %, conforme
PETROBRAS N-9.
6.1.2.2 A superfície a ser revestida deve ser submetida ao jateamento abrasivo, conforme
PETROBRAS N-9, padrão mínimo Sa2 1/2 da ISO 8501-1.
6.1.2.3 O perfil de rugosidade deve ser de 70 μm a 100 μm, medido utilizando-se o método “Replica
Tape” segundo a ISO 8503-5 ou método “stylus” segundo a ISO 8503-4 e, neste caso,
considerando-se o parâmetro Rz DIN ou Ry5 e ter natureza angular. Devem ser
realizadas 3 medições em cada extremidade, defasadas de 120° entre si.
6.1.2.4 A contaminação por pó da superfície do tubo jateado não deve exceder o padrão da Figura 2
da ISO 8502-3.
6.1.2.5 Os tubos jateados, limpos e aceitos para revestimento devem ser revestidos dentro de um
período não superior a 2 horas. Adicionalmente, a superfície do tubo deve ser mantida a uma
temperatura de pelo menos 3 °C acima do ponto de orvalho. Quando houver oxidação, ou qualquer
outra contaminação o tubo deve ser novamente jateado.
a) por óleo ou graxa: deve ser verificada por meio da coleta de uma amostra do “mix” de
granalha dos equipamentos de jato. Essa amostra, de aproximadamente 100 g, deve ser
colocada dentro de um recipiente de vidro limpo, o qual deve ser completado com água
destilada. Após 3 min, deve ser verificada a existência de manchas de óleo ou gordura
na superfície da água;
b) por sais solúveis: deve ser verificada a concentração conforme ASTM D4940 com valor
máximo admissível de 40 ppm.
6.2.1 Condição 1
Aplicar demão única da tinta epóxi “Novolac”, PETROBRAS N-2912, tipo I, por meio de pistola sem
ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 150 μm.
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-PÚBLICO-
NOTA 1 A especificação do gás natural não corrosivo deve atender aos parâmetros definidos para
fluidos de baixo grau de corrosividade por meio de análises de fluidos e resíduos da
PETROBRAS N-2785.
NOTA 2 Outros produtos e métodos de aplicação podem ser utilizados, desde que aprovados pela
PETROBRAS.
6.2.2 Condição 2
Aplicar demão única da tinta epóxi “Novolac”, PETROBRAS N-2912, tipo I, por meio de pistola sem
ar. A espessura mínima de película seca deve ser de 300 μm.
NOTA Outros produtos e métodos de aplicação podem ser utilizados, desde que aprovados pela
PETROBRAS.
6.2.3 Condição 3
Revestimento com função anticorrosiva e destinado a tubos para a construção de dutos (oleodutos,
gasodutos ou aquedutos) e tubulações industriais, quando especificado no projeto.
Aplicar a tinta epóxi “Novolac”, tipos I, II ou III, PETROBRAS N-2912, por meio de pistola sem ar. A
espessura mínima de película seca deve ser de 400 μm.
NOTA 1 Esta condição tem natureza anticorrosiva sendo necessário proteger também as juntas e os
acessórios de tubulação.
NOTA 2 A tinta epóxi “Novolac”, PETROBRAS N-2912, tipos II ou III, deve resistir ao ensaio de
dobramento conforme Tabela 2.
NOTA 3 Outros produtos e métodos de aplicação podem ser utilizados, desde que aprovados pela
PETROBRAS.
Não devem ser aceitos defeitos, descritos na PETROBRAS N-13, que comprometam a integridade da
película.
As tintas devem ser inspecionadas de acordo com a PETROBRAS N-13. As tintas que não
atenderem devem ser rejeitadas.
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-PÚBLICO-
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-PÚBLICO-
8.2 As áreas onde foram fixados os painéis para testes devem ser reparadas.
A identificação nos tubos deve ser feita externamente, em posição previamente acordada entre a
PETROBRAS e a empresa aplicadora do revestimento. A identificação deve conter as seguintes
informações:
NOTA 1 A identificação original interna, feita pelo fabricante do tubo, deve ser transferida para a
superfície externa do tubo. Se durante o processo de aplicação do revestimento interno a
identificação externa for danificada, esta deve ser refeita.
NOTA 2 Para tubulações flangeadas, outras identificações podem ser utilizadas desde que
aprovadas pela PETROBRAS.
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-PÚBLICO-
10 Documentação de Produção
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-PÚBLICO-
A.1 Objetivo
O revestidor deve apresentar um PA, a ser aprovado pela PETROBRAS, contendo, no mínimo, os
seguintes itens:
a) identificação da planta;
b) documentos técnicos e normas nos quais foi baseado o PA;
c) escopo do PA;
d) tipo de revestimento;
e) lista dos instrumentos de medição, devidamente calibrados;
f) lista dos equipamentos a serem utilizados;
g) plano de recebimento, armazenamento e transporte dos materiais de revestimento e
tubos nus;
h) procedimento de aplicação do revestimento, contemplando:
— limpeza dos tubos;
— jateamento da superfície citando perfil de rugosidade, grau de preparação e
materiais utilizados;
— método de aplicação do material de revestimento;
— método de cura;
— método de preparo das extremidades do tubo;
i) procedimento para execução de reparos no revestimento aplicado;
j) sistema de identificação dos tubos revestidos;
k) plano de manuseio e armazenamento dos tubos revestidos;
l) plano de proteção das extremidades de tubos nus e revestidos, flangeados ou não;
m) empresa responsável pelos testes.
O revestidor deve apresentar um PIT, a ser aprovado pela PETROBRAS, contendo, no mínimo, os
seguintes itens:
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-PÚBLICO-
a) o procedimento de aplicação;
b) os certificados de qualidade do revestimento;
c) a dimensão e quantidade dos corpos-de-prova;
d) os critérios de aceitação e rejeição;
e) o local e o cronograma de execução dos ensaios de qualificação.
B.2 A qualificação do procedimento deve ser realizada e concluída pela empresa aplicadora, às suas
expensas e com acompanhamento de técnicos da PETROBRAS ou por profissionais por ela
credenciados, antes do início das atividades de produção do revestimento em fábrica.
B.5 Os revestimentos a serem utilizados devem ser submetidos a testes de laboratório, de modo a se
verificar se atendem aos requisitos da PETROBRAS N-2912. No caso da utilização de outros
revestimentos, estes devem ser aprovados pela PETROBRAS.
B.6 Na fase de qualificação do procedimento de aplicação, 5 tubos inteiros devem ser revestidos, em
conformidade com o procedimento de aplicação e, em cada um deles, devem ser realizados e
registrados todos os ensaios e inspeções definidos nas Tabelas 1 e 2 desta Norma, independente
das frequências estabelecidas em suas respectivas tabelas.
B.7 Os ensaios de qualificação, definidos nas Tabelas 1 e 2 desta Norma, devem ser refeitos em
outros 5 tubos inteiros, pela empresa aplicadora, sempre que houver alterações de algum dos
seguintes parâmetros:
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-PÚBLICO-
B.9 Na etapa de qualificação do revestimento, havendo defeitos, em pelo menos 1 dos 5 tubos em
teste, o técnico da PETROBRAS, ou seu representante, deve dar por encerrado o processo de
qualificação.
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ÍNDICE DE REVISÕES
REV. A
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
REV. B
Partes Atingidas Descrição da Alteração
Todas Revisadas
IR 1/1