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MANUAL DE SALVAMENTO EM ELEVADORES

Prof. Carlos Alberto Simas Junior


Revisada em Junho de 2008
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MANUAL DE SALVAMENTO EM ELEVADORES

Índice

1 – Introdução ................................................................................................... 2
1.1 - Elevadores por cabos ............................................................................ 2
1.2 – Elevadores hidráulicos .......................................................................... 2
2 - Dispositivos de segurança ........................................................................... 3
2.1 - Se você estivesse em um elevador e o cabo rompesse?....................... 3
2.2 - Cabos rompidos..................................................................................... 3
2.3 – Rompimento de vários cabos simultaneamente .................................... 3
2.4 - Dispositivos de segurança e regulador .................................................. 3
2.5 – Posicionamento em casos de queda..................................................... 4
3 – Salvamento ................................................................................................. 4

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1 – Introdução
Um elevador é um dispositivo de transporte utilizado para mover bens ou pessoas verticalmente. O
primeiro elevador foi criado em Roma no século I a.C. por um engenheiro chamado Vitrúvio.

O elevador era um sistema de carga de transporte vertical, baseado num sistema de roldanas
movidas por força humana - no qual eram empregados muitas vezes escravos, animal ou água. Em
1853 o americano Elisha Graves Otis concebe o dispositivo de segurança que entra em ação no
caso de os cabos se romperem. O primeiro elevador elétrico foi construído por Werner Von Siemens
em 1880.

Os elevadores podem ser de passageiros ou de cargas. Neste Manual iremos abordar apenas os de
passageiros, que poderão ser por cabos ou hidráulicos.

1.1 - Elevadores por cabos


Levando-se em conta o número de pessoas transportadas, a distância percorrida e o número de
elevadores no mundo, o elevador é de longe o meio de transporte mais seguro do mundo.

De modo geral podemos dividir um elevador em 5 partes sendo elas:

a) Casa de máquinas é o nome dado ao local aonde normalmente são instalados os equipamentos
de tração e o quadro de força que aciona o elevador.

b) Cabina é o nome dado ao compartimento onde é transportada a carga.

c) Contrapeso é uma parte fundamental do sistema DE ELEVADOR POR CABOS e permite que a
carga na cabina seja transportada parcialmente balanceada utilizando menos energia na operação.

d) Caixa de corrida é o nome dado ao local no interior do qual a cabina se desloca.

e) Poço é o nome do local onde ficam instalados dispositivos de segurança (pára-choques) para
proteção de limite de percurso do elevador.

1.2 – Elevadores hidráulicos


Os elevadores hidráulicos são encontrados em edifícios comerciais ou residenciais até 10
pavimentos, com modelos disponíveis que variam de 2 passageiros, para uso residencial, a
elevadores cargueiros com capacidades de várias toneladas para uso industrial. Adaptam-se
facilmente aos edifícios existentes ou em novos e arrojados projetos, apresentando várias vantagens
sobre outros tipos de elevadores, entre as quais destacamos:
- Eliminação da casa de máquinas no alto da edificação – a casa de máquinas pode ser localizada
em qualquer ponto próximo ao elevador, independente do andar.
- Economia na estrutura civil da edificação, pois as cargas envolvidas são suportadas pelo fundo do
poço do elevador.
- Resgate automático: Em caso de falta de eletricidade durante o funcionamento, a iluminação de
emergência da cabina é acionada e o elevador desce automaticamente ao piso inferior, liberando a
saída de pessoas e cargas, sem depender de fontes geradoras externas.
- Economia: O elevador hidráulico utiliza o motor somente para subir. Para descer, o sistema libera o
óleo armazenado durante a subida, resultando em uma economia substancial de eletricidade.
- Ganho de espaço: O elevador hidráulico dispensa o uso de contra pesos, e seu pistão pode ser
localizado sob a cabina ou em sua lateral.

- Os elevadores hidráulicos contam com dispositivo de série para monitoramento de peso, emitindo
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automaticamente um alarme sonoro no interior da cabina caso a capacidade do equipamento seja


excedida.
- Renivelamento: Automático caso o nível da cabina exceda 20 mm em qualquer pavimento.

Além das vantagens acima, destacamos que os elevadores hidráulicos são de funcionamento
silencioso, com acelerações e desacelerações suaves, sendo fabricados em conformidade com as
normas vigentes.

2 - Dispositivos de segurança
2.1 - Se você estivesse em um
elevador e o cabo rompesse?
Você já viu um filme de ação em que o herói entra
em um elevador, mas o vilão havia cortado os
cabos? O elevador despenca dezenas de andares
e se desfaz em uma bola de fogo graças ao
impacto. Existe até um brinquedo na Disneylândia
chamado “Torre do Terror,” onde você pode pegar
uma carona em um elevador desenfreado que cai
por 13 andares!
Felizmente, os elevadores no mundo real têm
tantos recursos de segurança que esse tipo de
coisa nunca acontece. Aqui está a estrutura:

2.2 - Cabos rompidos

Em um sistema de elevador a cabo, cabos de


aço presos a cabina giram por uma roldana. Uma
roldana é uma polia com uma superfície redonda
e com encaixes, que fica no topo do poço do
elevador. Os encaixes da roldana seguram os
cabos de aço. Então quando um motor elétrico
faz a roldana girar, os cabos também se movem.
Os cabos que levantam a cabina também estão
conectados a um contrapeso, que fica no outro
lado da roldana. A cabina e o contrapeso se
movem juntos pelos trilhos de aço.
Cada cabo de elevador é feito de vários
comprimentos de alumínio entrelaçados um ao
outro. Esses cabos rompem muito raramente, e os inspetores sempre verificam se há desgastes
neles. Mas até mesmo um cabo de aço pode romper.

2.3 – Rompimento de vários cabos simultaneamente


Quase todos os elevadores de polia têm vários cabos - entre quatro e oito no total. Mesmo se um
cabo rompesse, os cabos restantes sustentariam o carro do elevador. Na verdade, apenas um cabo
já seria o suficiente.

2.4 - Dispositivos de segurança e regulador


Mas digamos que todos os cabos tenham rompido. Então, os dispositivos de segurança do elevador
entrariam em ação. Os dispositivos são sistemas de freios na cabina do elevador que se agarram
aos trilhos que vão para cima e para baixo do poço do elevador. Alguns dispositivos se prendem aos
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trilhos, enquanto outros se dividem entre as fendas nos trilhos. Geralmente, os dispositivos de
segurança são ativados por um regulador de velocidade mecânico.
Um regulador é uma polia que gira quando o elevador se movimenta. Quando o regulador gira muito
rápido, a força centrífuga ativa o sistema de freios.
Se os dispositivos de segurança falhassem, você cairia bem rápido, mas não seria exatamente uma
queda livre. O atrito dos trilhos no poço do elevador e a pressão do ar debaixo do carro o fariam ir
bem mais devagar (no entanto, você se sentiria mais leve do que o normal). Com o impacto, a
cabina iria parar enquanto você continuaria se movendo, o que o jogaria para o chão.
Mas duas coisas amorteceriam o impacto. Primeiro, a cabina do elevador iria comprimir o ar no
fundo do poço à medida que cai, assim como um pistão comprime o ar em uma bomba de bicicleta.
A pressão do ar faria a cabina do elevador desacelerar. Segundo, a maioria dos elevadores a cabo
tem um amortecedor embutido no fundo do poço - geralmente um pistão em um cilindro cheio de
óleo. Isso também amorteceria o impacto.
Com todos esses recursos, você teria uma grande chance de sobreviver a um acidente de elevador.

2.5 – Posicionamento em casos de queda


O amortecedor foi projetado para absorver o impacto da cabines em quedas de até 3 pavimentos,
pois nesta altura a aceleração não é ainda suficiente para acionar as sapatas de freio da cabina junto
aos trilhos.
Algumas vezes você ouve que deve pular
imediatamente antes do elevador colidir, então você
estaria “flutuando” no segundo do impacto. Isso
funcionaria? Não. Mesmo se você conseguisse
calcular perfeitamente esse pulo, isso não ajudaria.
Digamos que você e o elevador estejam caindo a 44,7
m/s. Quando você pula no elevador, ainda está a cerca
de 40 m/s. Então, você atingiria o solo a 44,7 m/s,
assim como o elevador. E isso vai doer!
A melhor escolha seria se deitar no chão. Isso o
estabilizaria e distribuiria a força do impacto, assim
nenhuma parte específica do seu corpo receberia o
maior impacto da colisão. Mas ainda assim... Vai doer!

Os elevadores possuem ainda um dispositivo que trava as portas caso haja um desnível com relação
ao piso do pavimento e a cabina.

3 – Salvamento
As operações de salvamento em casos de falta de energia elétrica consistem em:

a) Desligar a força do elevador envolvido com pessoas presas no interior da cabina.


b) Identificar a quantidade de pessoas no interior da cabina.
c) Identificar a capacidade de passageiros através de placa indicativa obrigatória do fabricante
no interior da cabina, Para tal o socorrista deverá solicitar a ajuda de alguma pessoa presa no
interior da cabina.
d) Estabelecer o andar que irá realizar a retirada das pessoas no interior da cabina.
e) Ordenar a liberação das sapatas de freio pelo 2º socorrista localizado na casa de máquinas
de elevador de forma lenta e gradual.
f) Após nivelar a cabina com o piso do pavimento estabelecido a porta deverá destravar. Caso
não ocorra o socorrista deverá utilizar a chave de elevador para liberar a porta e retirar as
vítimas do interior da cabina.

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O dispositivo de construção do elevador estabelece o contrapeso a fim de amenizar o esforço dos


motores. Para tal o contrapeso vem a ter sua carga igual ao peso da cabina acrescido de metade do
valor do peso da capacidade total do equipamento, ou seja, terá o peso igual a cabina com metade
de sua carga. Logo:

- Se a quantidade de passageiros for menor que a metade da capacidade da cabina, a tendência da


cabina será subir, pois estará mais leve que o contrapeso, sendo então as vítimas retiradas pelo
andar imediatamente superior.

- Se a quantidade de passageiros for maior que a metade da capacidade da cabina, a tendência da


cabina será descer, pois estará mais pesada que o contrapeso, sendo então as vítimas retiradas
pelo andar imediatamente inferior.

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