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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO - SP

PROCESSO n.º 1033955-75.2018.8.26.0001

AGRAVANTE: Reginaldo Coelho da Silva


AGRAVADO: Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São
Paulo CABESP

Reginaldo Coelho da Silva, já qualificado nos autos do


Processo em epígrafe, nã o se conformando, data máxima venia, com a r. decisã o de
fls. 104, que indeferiu a liminar em tutela antecipada, vem, por seu(a) advogado(a)
que a presente subscreve, respeitosa e tempestivamente, perante Vossa Excelência,
interpor o presente

AGRAVO DE INSTRUMENTO

com guarida no art. 1.015 do Có digo de Processo Civil, em razã o das justificativas
abaixo evidenciadas.

Priscila Pizzocaro Braga


MATR: 202008386421
DA TEMPESTIVIDADE DESTE RECURSO

O recurso deve ser considerado como tempestivo. O


patrono da parte AGRAVANTE fora intimado da decisã o atacada sendo juntado
nos autos a citaçã o no dia 19-12-2018.

DA FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO

DOS ADVOGADOS:

DO AGRAVANTE: Nome: RICARDO MANOEL CRUZ DE


ARAUJO, OAB/SP sob o nº 242.680, com escritó rio profissional sito na Rua Capitã o
Alberto Mendes Junior, 350 Sã o Paulo -SP, CEP 02335-011, endereço eletrô nico
contato@abbadvogados.com.br;

DA AGRAVADA: Nome xxx, OAB/UF sob o nº xxx.xxx,


com escritó rio profissional sito na Rua xxx, Bairro xxx, Cidade xxx, Estado xxx, CEP
xxx, endereço eletrô nico xxx.
Outrossim, requer seu regular recebimento e
processamento.
Finalmente, em cumprimento ao art. 1015 do CPC,
requer a juntada da có pia integral do Processo, eis que necessá ria à instruçã o do
presente recurso, declarada autêntica pelo seu patrono.

Local, data.
ADVOGADO(A)

Priscila Pizzocaro Braga


MATR: 202008386421
OAB/UF XXX.XXX

AGRAVANTE: Reginaldo Coelho da Silva


AGRAVADO: Caixa Beneficente dos Funcionários do Banco do Estado de São
Paulo CABESP
Origem:
Processo nº 1033955-75.2018.8.26.0001

RAZÕES DE AGRAVO
Egrégio Tribunal

Cultos Julgadores

Ab initio, cumpre esclarecer que o presente


agravo de instrumento se tornou a ú nica medida processual cabível para
salvaguardar o interesse do AGRAVANTE, já que, em que pese o costumeiro
acerto do preclaro Juízo a quo, a decisã o de fls. 104 nã o deverá prevalecer, eis
que proferido ao entendimento diverso de nosso ordenamento jurídico.

DA JUSTIÇA GRATUITA
Cumpre esclarecer que o ora agravante faz jus ao
benefício da justiça gratuita, eis que se encontra em situaçã o de hipossuficiência
financeira, foi dispensado da ú ltima empresa em que trabalhava, estando
atualmente desempregado, conforme consta em fls. 15.
Sendo assim, requer, desde logo, os benefícios da
justiça gratuita, nos termos do artigo 98 e seguintes do Có digo de Processo Civil.

BREVE SÍNTESE DOS FATOS:

Em sentença prolatada pelo Magistrado a quo as paginas 105;

Priscila Pizzocaro Braga


MATR: 202008386421
... decidindo que os documentos amealhados com a inicial nã o sã o suficientes para
conferir plausibilidade do direito invocado pela parte autora.
A permanência do autor e dependentes no plano de saú de mantido por seu ex-
empregador está condicionada à assunçã o integral do valor das mensalidades, nos termos
do que dispõ e a Lei dos Planos de Saú de, o que nã o pode ser modificado por determinaçã o
judicial, ao menos nessa fase de cogniçã o sumá ria.
Assim, como os fatos sã o controvertidos e somente podem ser melhor analisados
sob o contraditó rio, INDEFIRO a tutela provisó ria. Exclua-se a anotaçã o de urgente.
Ocorre que o seu empregador dispensou do trabalho e,
concomitante a isso, o agravante perdeu o direito de utilizar o plano de saú de em
29/11/2018, posto isso, a requerida impô s um montante absurdo de 4 mil reais
para que o agravante pudesse continuar a usufruir do plano de saú de, valor este
que está muito superior ao que pagava enquanto trabalhava na empresa.
Por estar acamado, necessitando de cirurgia de
urgência, e aguarda a reintegração do Trabalho, requerida em processo do
trabalho, onde o agravante foi dispensado em situaçã o de estabilidade, por tudo
isso pleiteou a tutela provisória de urgência até que seja procedido o seu
tratamento e decisão da Justiça Trabalhista, que dará o pretendido desta lide.
No entanto, em que pese o fato de o agravante ter
provado a urgência do procedimento médico a que deve ser submetido, por meio
de laudos e exames médicos, o juízo a quo entendeu que os documentos acostados
nã o foram suficientes para provar o direito invocado, tendo, pois, indeferido a
tutela provisó ria.
Em que pese o notá vel saber jurídico do Juízo de
primeiro grau, tal decisã o nã o merece prosperar, conforme veremos adiante.

DA DECISÃO QUE NÃO CONCEDEU A ANTECIPAÇÃO DA TUTELA PROVISÓRIA


DE URGÊNCIA
A tutela de urgência é o ato pelo qual o juiz, por meio
de decisã o interlocutó ria, adianta ao postulante, total ou parcialmente, os efeitos
do julgamento de mérito, quer em primeira instâ ncia, quer em sede de recurso, na

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evidencia o “Periculum In Mora” do conforme preconiza o artigo 300 do CPC,
senã o vejamos:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando
houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.
Como se vê, no caso em apreço está evidenciada a
probabilidade do direito, haja vista que o agravante provou, por meio de vá rios
documentos acostados ao processo, que está sofrendo com problemas
psiquiá tricos, além de uma doença chamada Hallux Valgus, que lhe causa
deformidade complexa, associada a dores, a flexo-extensã o do dedo e crepitaçã o
local, necessitando de cirurgia e tratamento. Com isso, se houver demora para a
resoluçã o da controvérsia, ou seja, garantir o direito de o agravante utilizar o plano
de saú de para poder realizar sua cirurgia e tratamento, poderá haver danos
irrepará veis à sua saú de, o que se traduz em risco ao resultado ú til do processo.
Insta salientar que a dependente do plano de saú de,
mã e do agravante, é uma idosa de 84 anos, que necessita de consultas perió dicas
em médicos especialistas.
Sendo assim, em consonâ ncia com o disposto no artigo
300 do CPC e com todo o conjunto probató rio acostado, que deixa cristalina a
situaçã o de urgência médica do agravante, requer-se a imediata concessã o da
tutela provisó ria de urgência.

DA NECESSIDADE DA REFORMA DA DECISÃO


A decisã o que revogou a concessã o da tutela de
urgência nã o deve prosperar, porque o paciente provou, por meio de laudos
médicos e exames acostados ao processo, que está enfrentando problemas de
saú de, pois sofre de Hallux Valgus, motivo pelo qual necessita de cirurgia urgente e
tratamento, caso em que a demora para a concessã o da tutela de urgência poderá
custar o resultado ú til do processo.

Priscila Pizzocaro Braga


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Foi informado que o Agravante foi dispensado em
situaçã o de Estabilidade provisó ria, que pleiteia na esfera Trabalhista, para
julgamento, em vez que se encontra Doente e em vias de se aposentar.
Sendo assim, requer-se seja mantido o plano de saú de
para o agravante até a decisã o final da lide.

DOS REQUERIMENTOS
Ante o exposto, requer-se a reforma do decisum que
indeferiu a tutela de urgência, até restabelecimento de sua saú de, num primeiro
momento e apó s julgado Trabalhista de Estabilidade provisó rio de trabalho, de
modo a evitar o “Periculum In Mora” da decisã o tardia..., para tanto faz se
necessá rio manter o agravante como beneficiá rio do plano de saú de até a
resoluçã o da lide.

Termos em que pede e espera provimento.


Sã o Paulo 30 de Abril de 2021
ADVOGADO(A)
OAB/UF XXX.XXX

Priscila Pizzocaro Braga


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