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A INSPIRAÇÃO DAS
UNIDADE 2 ESCRITURAS SAGRADAS
Capítulo 1
Inspiração Bíblica: Definição,
Características e Relações

Capítulo 2
Inspiração: Particularidades e
Provas

Capítulo 3
A Inspiração do Antigo e
Novo Testamentos

Capítulo 4
Inspiração Bíblica e Diversas
Teorias

Capítulo 5
Inspiração Verbal Plenária
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 Inspiração – grego “THEÓPNEYSTOS” –


“soprado por Deus”.

Designa a Influência plenamente



sobrenatural de Deus, exercida pelo Espírito
Santo sobre alguns homens, divinamente
escolhidos, para uma missão específica:
transmitir, mediante a palavra escrita, a
mensagem do Criador.
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PALAVRA DE DEUS INSPIRAÇÃO


obra dotada de três características
inspiração divina, fonte
de autoridade para a fé e
Fundamentais:
prática da vivência cristã, ❖ Fonte Divina
ou seja, somente a Bíblia (Deus)
é dotada de autoridade ❖O Ser Humano
divina para a vida plena ❖A Autoridade
daqueles que desejam
viver em santidade.
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A inspiração tem sua


fonte em Deus, ou seja,
por intermédio dos
patriarcas, profetas e
discípulos, falou aos
Homens, portanto, Ele
é a origem e fonte de
inspiração, e não os
autores.
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Deus utilizou-se de
instrumentos humanos na
transmissão de Sua
mensagem. Hb. 1. 1-2

Os escritores produziram os
textos conscientemente,
utilizando-se de seus
próprios vocabulários,
experiências e estilos
literários. (I Jo 1. 1-3).
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As Escrituras Sagradas constituem-se


autoridade máxima em questões que
envolvem temas doutrinários e éticos,
são aptas para a condução do Homem
e toda a verdade. A qualidade repousa
nos textos e não nos autores.
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INSPIRAÇÃO REVELAÇÃO
Ato soberano de Desvendamento
Deus em conduzir que Deus faz de Si
os escritores mesmo, através da
sagrados no Palavra escrita –
registro de Sua tendo a pessoa de
vontade com Cristo como centro.
absoluta exatidão.
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ILUMINAÇÃOO SITUAÇÕES:
1. Os autores deveriam ter a
Capacidade, compreensão (iluminação)
concedida por Deus, de tudo o que iriam escrever.
de compreensão das
2. Os autores receberam
Sagradas Escrituras. condições, mediante uma
profunda percepção
O Homem precisa do religiosa, de entender o que
Deus queria que fosse
auxílio do Espírito escrito.
Santo.
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Sem a doutrina da verdade de Deus,


inspiração bíblica – revelada exclusivamente
essencial no processo a homens
de revelação, não completamente
seria possível existir a diferentes entre si.
certeza de que os (Josué, um general;
Amós, um boiadeiro;
registros ali contidos
Neemias, copeiro;
são genuínos e que
Lucas, médico; Pedro,
refletem a plena pescador...
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➢ Teoria da Acomodação

➢Teoria da Contradição

➢Teoria da Ignorância

➢Teoria do Conflito
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Segundo a teoria, os autores teriam


“acomodado” , “adequado”, sua
linguagem literária à realidade
espiritual vivida em seus dias,
trazendo para o texto os elementos
circundantes da época.
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Considera que a Bíblia contém


contradições que a tornam
inconsistente. Porém, o que os
críticos chamam de contradição, não
passa de aparente contradição, que
pode ser desvendada com um
razoável conhecimento
hermenêutico.
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A Bíblia não esconde a condição


cultural e intelectual dos escritores
sagrados. Para os adeptos dessa
teoria, se os escritores não tinham
intelectualidade acima da média,
seria impossível que redigissem
textos isentos de erros.
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Utilizam-se de passagens como Mt 22.29;


Mc 12.24; Jo 5.39 – Cristo e os discípulos
tinham conhecimento em níveis distintos
e conflituosos. Cristo, conhecedor dos
mistérios profundos de Deus e, os
apóstolos, mergulhados na ignorância e
tendentes às errôneas tradições dos
judeus.
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A descoberta dos manuscritos do Mar


Morto, em 1947, foi importante à
cristandade do século XX – os textos
encontrados ampliaram o entendimento dos
livros que compõem o AT e possibilitaram
maior compreensão do contexto histórico,
cultural e religioso do NT.
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 A transcrição era realizada por um copista. O


termo denota contagem e registro, podendo
significar “secretário”. (Jr 36.32; Ed 7.6).

 Os copistas primavam pela fidelidade do


conteúdo do material transcrito. Chegavam a
contar não só as palavras, mas as letras,
objetivando a integridade da cópia.
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Surgiram erros pontuais que não


comprometem o sentido pleno do texto.
Exemplo: I Rs 4.26 – II Cr 9.25

A incidência de erros nos manuscritos mais


recentes se deve a: ilegibilidade de alguns
textos a serem transcritos em virtude do tempo
de uso do texto ou de palavras
ortograficamente mal escritas, ou oriundas de
distração do copista.
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 AUTÓGRAFOS – são plenamente inspirados, pois


sobre eles incidem a ação sobrenatural de Deus em
expurgar todo e qualquer tipo de erro. As cópias
dependem da proximidade com os originais.

 AUTÓGRAFOS – inspiração original.

 CÓPIAS – inspiração reflexa (só são inspiradas,


autorizadas e divinas, à medida que reproduzem
com exatidão os autógrafos.
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 A Bíblia declara sua inspiração: II Tm 3.16; II


Pe 1.21

 Aquilo que os autores sacros escrevem,


segundo o testemunho das próprias
Escrituras, é aquilo que o próprio Deus fala:
Mt. 22.43; Sl 95. 7,8; Hb 3.7,8; Hb 10.15,16; Jr
31.33; At 4.24,25; 28.25.
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 A própria natureza de Deus.


 Declarações que as próprias Escrituras fazem a
seu respeito;
 As afirmações feitas por Jesus e Seus
apóstolos;
 As profecias que se cumpriram ao longo da
História;
 A Ciência Arqueológica;
 A História da Igreja.
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❖ Os profetas eram ❖ Atalaia – prontidão em


videntes, mensageiros realizar a obra para a
do Senhor, atalaias e qual o divino mestre o
Homens de Espírito. convoca.

❖ Mensageiro do Senhor ❖ Homem de Espírito –


– clara indicação de aponta para Àquele
sua missão a serviço da que o leva a falar. O
divindade. profeta não fala de si.
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Os profetas A função profética era


desfrutavam de vista como uma
grande escolha divina. Deus
escolhia determinadas
credibilidade entre
pessoas para serem
o povo judeu. Seus Suas porta-vozes e
textos eram plenos representantes do
de inspiração divina sobrenatural entre o
e aceitação. povo.
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Dois tipos: 2. Aqueles que, a


1. Aqueles que
despeito do ofício,
desenvolveram o foram investidos de
ministério profético autoridade divina
como ofício, ou seja, para atuarem no
foram chamados, mesmo nível dos
vocacionados e, em profetas
alguns casos, vocacionados, com foi
estudaram para isso na o caso de Amós.
Escola de Profetas
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Os profetas faziam parte de uma espécie de


rede sequencial redativa, ou seja, cada um
deles dava continuidade à redação feita pelo
seu antecessor imediato.

Essa sequência permitiu a formação e a


manutenção de um registro oficial de todos os
textos que, posteriormente, formariam o AT.
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Os apóstolos, discípulos e profetas


da Nova Aliança jamais deixaram
de qualificar seus escritos como
inspirados, dispondo-os no
mesmo nível do Antigo
Testamento.
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Essa legitimidade é comprovada em


virtude da confiança nas palavras do
próprio Jesus de que o Espírito Santo, que
lhes fora prometido, os orientaria,
lembrando-os de tudo quanto Jesus lhes
havia ensinado durante o tempo em que
permaneceu com eles, tornando seus
escritos e palavras ditas com base nestes,
infalíveis.
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 A postura da Igreja Primitiva – mesmo em meio a


uma infinidade de cartas e livros pretensiosamente
atribuídas aos apóstolos.

 Alguns desses textos já apresentavam informações


distorcidas e incertas a respeitos de Jesus e Seus
ensinamentos, por isso era fundamental que fossem
combatidas para não causarem um relevante estrago
ao conteúdo doutrinário da igreja.
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Além dos cristãos primitivos, temos o


testemunho dos pais apostólicos, dos discípulos e
dos líderes cristãos do final do século I d.C. até
meados do segundo século.

Seus escritos caracterizavam-se pela simplicidade


literária, sinceridade e convicção religiosa e
constituem-se nos mais antigos escritos do
Cristianismo depois das Sagradas Escrituras.
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❑ Sete Cartas de Inácio de Antioquia. (117 d.C.)


❑ Epístolas de Clemente de Roma. (140 d.C.)
❑ Citações de Papias de Hierápolis. (125 d.C.)
❑ Epístolas de Barnabé. (130 d.C.)
❑ Epístolas de Policarpo. (135 d.C.)
❑ Strômata de Clemente de Alexandria. (215 d.C.)
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➢ MOVIMENTO ORTODOXO

➢MOVIMENTO MODERNISTA

➢MOVIMENTO NEO-ORTODOXO
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 Surgiu para combater


❖ Início: a oposição imposta
pela religião judaica e
primórdios os diversos
da igreja. movimentos heréticos
perpetravam ensinos
alheios aos das
Sagradas Escrituras.
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Também chamado Enfatizava a ética prática,


a justiça em termos mais
de movimento amplos e o avanço da
liberal ou ciência, opondo-se
simplesmente drasticamente às rígidas
liberalismo, surgiu a ortodoxias da igreja.
Segundo alguns adeptos,
partir da teologia os ensinamentos ou
alemã. dogmas estavam
ultrapassados.
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Movimento opositor ao Nomes Importantes:


pensamento  Sören Aabye
modernista, Kierkegaard
preocupando-se em
reelaborar a ortodoxia  Rudolf Bultmann
existente (mais antiga e
 Karl Barth
rígida), tendo como
principal objetivo  Emil Brunner
reenfatizar as clássicas
doutrinas protestantes.  Reinhold Niebuhr
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Maior parte dos teólogos, passando pela


patrística (I ao VII d.C.) e período
escolástico (VII a XV d.C), defendiam que
a inspiração das Escrituras Sagradas
deveria ser compreendida a partir da
concepção ortodoxa.
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Não havia dúvidas quanto à origem


divina dos Escritos que traziam a
chancela patriarcal, profética e
apostólica, pois eram entendidas
como verdadeiro registro daquilo que
Deus desejava dar-lhes como regra de
fé e conduta.
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Discussões em torno da conciliação entre os


textos sagrados, obra exclusiva de Deus e a
participação dos autores humanos.

❑ Escola Ortodoxa – duas concepções distintas:


1. Teoria do Ditado Verbal – os escritores
redigiam apenas o que Deus lhes ordenava.
2. Teoria dos Conceitos – as habilidades e
conhecimento dos autores não foram
suprimidos.
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Sustenta que a Bíblia é meramente um


receptáculo da Palavra de Deus, isto é, ela
contém em suas páginas a suprema vontade
divina. Algumas partes não são produto da
inspiração divina. Os textos sofreram influência
dos pensamentos da época, incorporando
muito das lendas e mitos (porções profanas)
que se propagavam naquela fase histórica.
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 Devemos rejeitar essas “porções


profanas”, incorporadas ao texto bíblico.

 Os autores foram preservados pelo


Espírito Santo quanto a assuntos
referentes à salvação, mas não quanto a
temas sobre ciência, história e outras
similares.
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Essa teoria não é capaz de explicar como


os escritores sacros poderiam, em um
dado momento, estar inflamados pelo
Espírito Santo e, portanto, cheios de
conhecimentos referentes à salvação e
noutro, completamente oposto, serem
dominados por puro sentimento humano
e completa incapacidade espiritual.
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Teólogos modernistas que


ensinam que a inspiração bíblica é
tão somente um discernimento
superior das verdades morais e
religiosas por parte do Homem
natural.
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Teólogos modernistas que acreditam


que a inspiração das Escrituras
Sagradas é tão somente uma
intuição, isto é, uma intensificação e
elevação das percepções religiosas e
de seus autores.
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 Surgiu nas primeiras décadas do século XX –


transformações na Europa – as Escrituras
tornam-se a Palavra de Deus à medida que o
Homem tem um encontro pessoal com Ele.

 Duas correntes: Demitizante – com


Bultmann e Encontro Pessoal – com Karl
Barth e Emil Brunner.
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Rudolf Bultmann
imaginava que muitos dos
relatos contidos nas
páginas do Novo
Testamento eram produtos
de uma imaginação
superativa e de elementos
mitológicos que a eles
foram incorporados
durante a época de sua
redação.
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❖ Expoentes: Karl Barth e Emil Brunner.

❖ Segundo eles, em virtude dos diversos


“erros” ou “imperfeições” constantes nas
Escrituras , não se constituem registro
inspirado, dependendo, a bem da verdade, de
um elemento exterior a ela para tornar-se
Palavra de Deus.
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A teoria da Inspiração
Plenária fundamenta-se em
dois princípios essenciais: a
“verbalidade” e a
“totalidade”.
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 VERBALIDADE – considera que a inspiração


é verbal, isto é, que as palavras que se
encontram nos textos bíblicos são
provenientes do próprio Deus.

 TOTALIDADE – considera que a inspiração


divina é extensiva a todos os livros contidos
na Bíblia, desde o livro de Gênesis ao
Apocalipe.
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