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Leite materno 4h
Refeições sólidas 8h
Café, água, suco, chá 2h
Fórmula infantil, torrada, leite 6h
-Succinilcolina: Único agente despolarizante usado até hoje, a succnilcolina é uma droga muito popular entre
os anestesistas, sendo empregada antes da intubação endotraqueal, pois tem um início e término de ação
muito rápidos (a duração de seu efeito é em torno de cinco minutos). O uso da droga facilita demais o
procedimento. Outra vantagem de sua curta ação: caso o paciente não consiga ser intubado, ele pode ser
ventilado com máscara facial por um curto período até que sua respiração espontânea retorne.
-Problema Succinilcolina: HIPERCALEMIA> risco pcte grande queimado, CTI, paraplégico/ bradicardia
(crianças) e hipertermia maligna (se houver predisposição). Por estes motivos, alguns anestesistas utilizam
somente quando houver necessidade de acesso VA rapidamente.
AGENTES NÃO DESPOLARIZANTES: ROCURÔNIO, PANCURÔNIO, VECURÔNIO, MIVACÚRIO.
-Manutenção da anestesia (maior duração de ação). A dose necessária para relaxamento da musculatura da
laringe para intubação é mais alta do que para o relaxamento muscular durante a cirurgia.
-O vecurônio/rocurônio são os agentes mais bem tolerados pcte doença cardiovascular.
-Pancurônio pode elevar a pressão arterial e provocar taquicardia, apresentando efeito prolongado (superior
a uma hora).
-MICACÚRIO>> droga de meia-vida mais curta, todavia, induz liberação de histamina, o que pode provocar
broncoconstrição.
LIGA ANESTESIOLOGIA FAG
-Descurarizar>>>reverter o efeito dos agentes não depolarizantes antes da
extubação, o anestesista geralmente administra drogas anticolinesterásicas
(piridostigmine, neostigmine)+atropina. A descurarização pode provocar
tremores musculares no pós-operatório imediato, complicação usualmente revertida com meperidina.
ANESTÉSICOS LOCAIS (AL´S)> Antagonistas canal Na+
-Ocorre perda função sensorial, motora, autônoma em um ou mais segmento corporal.
-AMINOAMIDAS: LIDOCAÍNA+PRILOCAÍNA+BUPIVACAÍNA+MEPIVACAÍNA.
-AMINOÉSTERES: TETRACAÍNA, PROCAÍNA, CLORPROCAÍNA.
-Adrenalina+ AL>>reduzir absorção AL, prolongar bloqueio neural, reduzir sangue no campo cx/ Não deve
ser utilizado anestesia: extremidades, interdigital, nariz, orelha, base pênis.
-Toxicidade AL: parestesia língua/lábios, gosto metálico, distúrbios visuais, cefaleias, escotomas/ TTO: O2+
VA, Tiopental/BZD se tiver convulsão.
-Toxicidade Bupivacaína: Alargamento QRS+ Redução atividade sistólica+ diastólica.
-Toxicidade Ropivacaína: Redução atividade sistólica miocárdica.
ANESTESIA GERAL (AG): Tem como característica a inconsciência do paciente, o qual é mantido sob
ventilação mecânica durante todo o procedimento cirúrgico. A AG é dividida em três etapas: indução,
manutenção e recuperação.
INDUÇÃO: Medicação pré-anestésica, usualmente um benzodiazepínico de ação rápida como o midazolam
(sedação venosa inicial), e pré-oxigenação com oxigênio a 100% sob máscara facial. Os agentes indutores
podem ser os anestésicos intravenosos ou os agentes inalatórios. Estes podem ser usados de forma isolada
ou combinados. Em crianças, muitos anestesistas optam somente pelos gases anestésicos. Após a
administração dos agentes indutores, a ventilação sob máscara e a administração de bloqueadores
neuromusculares são passos obrigatórios antes da obtenção definitiva da via aérea através de intubação
orotraqueal.
MANUTENÇÃO: Quando o plano anestésico-cirúrgico é alcançado, cabe ao anestesista apenas manter o
paciente neste estágio durante toda a operação; para isso, são administrados anestésicos inalatórios e novas
doses de agentes intravenosos e bloqueadores neuromusculares.
RECUPERAÇÃO: A anestesia geral atua sobre o sistema nervoso autônomo, causando depressão na atividade
do sistema nervoso simpático. Isquemia coronária, taquiarritmias e elevações da pressão arterial são
complicações que podem ocorrer quando o paciente se recupera da anestesia e é extubado; este fenômeno
se deve à transição abrupta de um estado hipoadrenérgico (ocasionado pela anestesia) para um estado
adrenérgico. Broncoaspiração/laringoespasmo são outras complicações que podem ser observadas nessa
fase. Sendo assim, é fundamental que o paciente fique por um período em observação nas salas de
recuperação anestésica.
ANESTESIA REGIONAL: BLOQUEIO NEUROEIXO, BLOQUEIO NERVO PERIFÉRICO
-BLOQUEIO NEUROEIXO: administração de anestésicos locais (com/sem opioides) em espaços anatômicos
na coluna vertebral. Esses procedimentos incluem a injeção de anestésicos no espaço subaracnoide
(raquianestesia/anestesia espinhal) ou no espaço epidural (PERIDURAL). Uma vez que o nível de consciência não é
alterado, usualmente o anestesista utiliza drogas sedativas durante toda a cirurgia, a fim de reduzir o
estresse do paciente.
LIGA ANESTESIOLOGIA FAG
RAQUIANESTESIA: Empregada com frequência em cirurgias em andar inferior de
abdome, cirurgias urológicas, cirurgias ortopédicas de membros inferiores e
cirurgias perineais. Administra-se ALs (bupivacaína, por exemplo), com ou sem
opioides, no espaço subaracnoide. Geralmente a medicação é infundida no nível de L2, utilizando-se a
mesma técnica da punção lombar. Ocorre perda sensitiva, autônoma e motora abaixo do nível desejado de
bloqueio.
-A raquianestesia usualmente é administrada em bolus (única injeção). Em cirurgias prolongadas, o ideal é
que não se tente a infusão contínua no espaço subaracnoide; nesses casos, a melhor conduta é optar pela
anestesia peridural.
-Uma complicação possível da raquianestesia é a Cefaleia Pós-Raquianestesia (CPR). Por definição, esta
cefaleia ocorre nos primeiros sete dias após a punção e geralmente desaparece em 14 dias pós-
procedimento; contudo, em raros casos, pode assumir um caráter crônico se não diagnosticada. O quadro
clínico consiste em cefaleia occipital ou frontal, bilateral, não pulsátil, que se agrava quando o paciente
assume a posição sentada ou ortostática, podendo vir acompanhada de vômitos. A diminuição da pressão
no líquor levaria a uma venodilatação compensatória e esta última ocasionaria a dor de cabeça. Além disso,
a diminuição da pressão no líquor poderia causar tração em estruturas dolorosas quando o paciente assume
a posição sentada ou ortostática.
-TTO CPR: Hidratação, administração de analgésicos, como dipirona/ibuprofeno, com ou sem cafeína, ou
mesmo o uso de opioides (tramadol, codeína, oxicodona ou morfina). Contudo, a forma mais eficaz de se
tratar a CPR é o tampão sanguíneo (blood patch) na administração no espaço epidural de aproximadamente
15 ml de sangue venoso, colhido de forma asséptica em veia superficial do membro superior (veia
antecubital, por exemplo).
OBS: Em RTU, pcte deve estar consciente, por isso, a raqui é utilizada, uma vez que o procedimento pode
ocasionar hiponatremia transoperatória.
-Contraindicação absoluta raqui: Coagulopatias, aumento PIC, Sepse, infecção sítio punção.
PERIDURAL: Injeção de AL, com ou sem opioides, no espaço epidural da coluna lombar ou torácica. Após a
localização do espaço epidural com a agulha, é inserido um cateter. Uma vez posicionado o cateter, o
anestesista pode utilizar os medicamentos de forma mais controlada, segura e em repetidas doses, o que
permite um bloqueio mais prolongado, que é necessário em cirurgias de longa duração.
-A anestesia peridural tem se mostrado um procedimento especialmente vantajoso para cirurgias vasculares
periféricas, algumas cirurgias torácicas e cirurgias gastrointestinais. O bloqueio anestésico epidural permite
uma deambulação precoce (o que reduz a incidência de trombose venosa profunda) e está associado a uma
menor frequência de íleo pós-operatório prolongado. As complicações e contraindicações da anestesia
peridural são semelhantes às descritas para a raquianestesia. Uma das complicações possíveis é a cefaleia
pós-punção lombar, que ocorre quando a dura-máter é perfurada acidentalmente.
-O hematoma peridural ocorre com maior frequência em dois momentos: na inserção e na retirada do
cateter do espaço epidural. Sendo assim, o anestesista deve respeitar um intervalo de aproximadamente 12
horas após a última dose de HBPM para puncionar o espaço epidural. A próxima dose só pode ser
administrada após cerca de duas HORAS. Neste caso, HBPM serve como medida profilática contra TVP/TEP
ao pcte.
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-O valor normal da ETCO2 está em torno de 35 a 37 mmHg (ou 5%), o gradiente entre a pressão parcial de
CO2 no sangue (PaCO2) e o ETCO2 é de aproximadamente 5 a 6 mmHg. Sabemos que este gradiente pode
aumentar em casos de hipoperfusão dos pulmões (o sangue rico em CO2 chega em quantidade insuficiente
aos alvéolos para que o gás seja eliminado), como ocorre no tromboembolismo pulmonar e na insuficiência
cardíaca congestiva.
-Em casos de aumento da resistência da via aérea, teremos uma redução da ETCO2, uma vez que a obstrução
ao fluxo costuma ser predominantemente expiratória, ou seja, vai ser eliminado menos ar rico em CO2. O
capnógrafo acaba sendo um instrumento excepcional para o diagnóstico precoce dessa complicação.
-Quando o CO2 está ausente ao término da expiração, temos três possibilidades: houve intubação do
esôfago ao invés da traqueia, o tubo está mal posicionado ou o paciente está em parada cardiorrespiratória
(situação em que o sangue não chega aos alvéolos para que o CO2 seja eliminado).
OXIGENAÇÃO: A monitorização da oxigenação inclui o valor da fração de oxigênio inspirada (FiO2) durante
a ventilação e a saturação da hemoglobina (SpO2) do paciente. Um detalhe importante: tanto a SpO2 quanto
a SpO2 combinada a ETCO2 não devem substituir uma gasometria arterial; esta última nos fornece medidas
essenciais como a pressão parcial de oxigênio e gás carbônico no sangue (PaO2 e PaCO2), além de dados
como excesso de bases, bicarbonato e pH.
TEMPERATURA: A medida da temperatura é parâmetro obrigatório a ser avaliado durante a anestesia geral.
A medida de maior validade é da temperatura corpórea central.
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ANESTÉSICOS INALATÓRIOS
-ÓXIDO NITROSO, HALONATO, ISOFLURANO, ISOFLURANO, DESOFLURANO.
OBS: Este grupo de drogas é capaz de produzir os três componentes da anestesia geral: inconsciência,
analgesia e relaxamento muscular. O único que não tem a propriedade de relaxamento muscular é o NO2.
ANESTÉSICOS VENOSOS
-TIOPENTAL, MIDAZOLAM, PROPORFOL, QUETAMINA, ETOMIDATO.
OPIOIDES
-FENTANIL, SULFENTANIL, ALFENTANIL, MORFINA, MEPERIDINA