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Lição 10 - o Ministério de Mestre Ou Doutor
Lição 10 - o Ministério de Mestre Ou Doutor
INTRODUÇÃO
Nesta lição veremos a definição do termo mestre ou doutor; veremos também qual o propósito deste dom à luz das
Escrituras; destacaremos como exemplo maior, a autoridade e os métodos de ensino de Jesus, o Mestre por excelência; e
como se deu o ensino na Igreja Primitiva; e por fim, destacaremos a importância do ensino na Escola Dominical.
2.1 A autoridade do ensino de Jesus. O que distinguia o ensino de Jesus com o ensino dos escribas e fariseus era a
autoridade com que Ele ensinava: “[...] todos se maravilhavam de sua doutrina” (Mt 7.28,29; Mc 1.21,22). A autoridade
da mensagem de Cristo era decorrente do fato de Ele exemplificar em sua própria vida. Ele viveu o que ensinou e ensinou
o que viveu! Quando Ele ensinou a orar (Mt 6.9-13; Lc 11.2-4), é porque vivia uma vida de oração e comunhão com o Pai
(Mt 14.23; 26.36). Quando ensinou sobre o perdão (Mt 6.14,15; Mc 11.25), é porque vivenciava no dia a dia a prática do
perdão (Mc 2.1-11; Lc 23.34). Por esta razão, Lucas, ao relatar o ministério do Mestre, coloca em primeiro lugar a ação e
depois o ensino: “Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo o que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar”
(At 1.1).
2.2 Os métodos de ensino de Jesus. Ninguém ensinou como Jesus. As verdades mais profundas eram reveladas com
autoridade e simplicidade e ilustrava seus ensinos com parábolas e fatos comuns do cotidiano. Seus métodos variavam de
acordo com a ocasião e a necessidade dos ouvintes. Vejamos:
2.2.1 Ele ensinou utilizando a linguagem do povo. Ele ensinou, principalmente, através de parábolas, utilizando a
linguagem do povo. Seus ensinos eram repletos de ilustrações e exemplos do dia a dia, tais como: pesca, rede, peixe; árvore,
fruto, solo, semente, etc. (Mt 13.1-58). Para descrever, por exemplo, o amor de Deus pelos pecadores, ele falou sobre o
pastor que saiu em busca de uma ovelha desgarrada; de uma mulher que perdeu uma dracma; e de um pai que esperava
ansiosamente o retorno de um filho que estava distante (Lc 15.1-24).
2.2.2 Ele ensinou alcançando o coração dos ouvintes. Os ensinos de Jesus não alcançavam só o intelecto dos ouvintes,
mas, principalmente o coração. Eles eram ministrados no poder do Espírito Santo, como um resplendor de luz que dissipava
as trevas da dúvida, implantando no seu coração profunda convicção da verdade. Um dos discípulos que o ouviram no
caminho de Emaús, disse: “Porventura não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava, e quando
nos abria as Escrituras?” (Lc 24.32).
III – O ENSINO NA IGREJA PRIMITIVA
Após a ascensão do Senhor, os apóstolos deram continuidade ao ministério de ensino da Palavra de Deus (At 4.2;
5.21,25; 18.25; 20.20), conforme Jesus lhes tinha designado (Mt 28.19,20). Vejamos:
• Uma das marcas da Igreja no primeiro século era a perseverança na doutrina dos apóstolos (At 2.42);
• Os apóstolos se dedicaram a oração, pregação e ensino da Palavra de Deus (At 5.41,42; 6.4);
• Paulo e Barnabé passaram um ano ensinando na igreja de Antioquia (At 11.26; 15.35). Lucas diz que naquela igreja
havia mestres (At 13.1);
• Paulo ficou três anos ensinando em Éfeso (At 20.20,31); em Corinto, ficou um ano e seis meses (At 18.11); e seus
últimos dias em Roma foram ocupados com o ensino da Palavra de Deus (At 28.31);
• Em suas epístolas, Paulo ensinou sobre a dedicação ao ensino da Palavra de Deus (Rm 12.7; Cl 3.16; 1Tm 3.2;
4.11,13; 2Tm 2.2,24).
4.1 Para o ensino da Bíblia. A Palavra de Deus é para o crente o que o leite materno é para uma criança recém nascida
(1Pd 2.1,2). Por isso, Jesus enviou os seus discípulos não só para pregar (Mc 16.15), mas, também, para fazer discípulos
(Mt 28.19,20). Através do ensino sistemático das Sagradas Escrituras o crente cresce forte e sadio (Cl 2.6,7; 2Tm 3.16,17).
4.2 Para refutar as heresias. Desde os tempos passados que surgiram heresias entre o povo de Deus (2Co 11.13-15; Gl
1.6-8; 2Pd 2.1-3; 1Jo 4.1-6; Ap 2.14,20). Mas, nestes dias que antecedem a Vinda de Cristo, o número de falsos ensinos
crescerá ainda mais, como está previsto nas Sagradas Escrituras (Mt 24.11,24; Mc 13.22; 1Tm 4.1-3). Eis aí a importância
dos mestres na igreja, para refutar essas heresias (1Tm 1.13; 2Tm 2.23-26; Tt 1.7-11).
CONCLUSÃO
O dom de doutor ou mestre, como os demais dons ministeriais, são de grande importância para a Igreja de Cristo.
Por intermédio dele a igreja é edificada e, através do ensino sistemático da Bíblia Sagrada, poderá crescer forte e sadia. Por
isso, o Senhor Jesus não só entregou à Igreja a missão de ensinar a Palavra de Deus, mas, também, chamou e vocacionou
alguns para serem doutores ou mestres.
REFERÊNCIAS
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
• SOUZA, Estêvam Ângelo. Os dons ministeriais na igreja. CPAD.
• RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais. CPAD.
• KALDEWAY, Jens. A forte mão de Deus. EDITORA ESPERANÇA.