CENTRO UNIVERSITÁRIO FAG

EDINALDO GALDINO DE OLIVEIRA

FICHAMENTO

CASCAVEL
2018
 CENTRO UNIVERSITÁRIO FAG
EDINALDO GALDINO DE OLIVEIRA

FICHAMENTO

Trabalho apresentado como requisito parcial de nota da

disciplina de Metodologia Científica do curso de Direito,
do Centro Universitário FAG.
Profº Orientador: Adriana da Silva Boeira

CASCAVEL
2018
 FICHAMENTO
Compêndio de Introdução à Ciência do Direito

Titular de Direito Civil da PUCSP, Coordenadora do Núcleo de

Pesquisa em Direito Civil Comparado nos cursos de pós-graduação

1. AUTOR em Direito. Também leciona Direito Civil Comparado, Professora

de Filosofia do Direito e Teoria Geral do Direito nos cursos de pós-
graduação (mestrado e doutorado).

DINIZ, M. H. Compêndio de Introdução á Ciência do Direito.

2. REFERÊNCIA:
18. ed. ver. e atual. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 295-301.

3. TEMA Compêndio de Introdução á Ciência do Direito.

CITAÇÕES

1 PRODUÇAO DA JURISPRUDÊNCIA

1.1 CONCEITO DE JURISPRUDÊNCIA

p.295 “E o conjunto de normas emanadas dos juízes em sua atividade

jurisdicional.”
“São os recursos ordinários e extraordinários do Supremo Tribunal
Federal que vão estabelecendo a possível uniformização das
p.296 decisões judiciais. São atos processuais pelos quais a decisão de
um juiz ou tribunal é submetida a outro tribunal de categoria
superior, com competência para reformá-la ou anulá-la.”
“[...] Havendo uma série de julgados que guardem entre si
continuidade e coerência, converte-se em fonte formal do direito.
p.297
[…] Incorporam na vida da jurídica passando a integrar o direito
vigente sob a denominação de jurisprudência.”
p.297 “Ninguém ignora, hoje em dia, que a jurisprudência modifica
incessantemente as leis de direito privado. […]” (Rui Barbosa).
2 INFLUÊNCIA DA JURISPRUDÊNCIA COMO FONTE DO DIREITO

p. 299 “A jurisprudência resulta no direito estabelecido pelas decisões

uniformes dos juízes e tribunais. […], constituída por normas
gerais e obrigatórias criadas pela prática consuetudinária do Poder
p. 299 Judiciário. […]. É norma geral como a lei, mas dela se distingue
pela sua maior flexibilidade e maleabilidade. [...]. Atua como
 norma aplicável a todos os casos que caírem sob sua égide,
enquanto não houver nova lei ou modificação na orientação
jurisprudencial.”

“A súmula, enunciado que resume uma tendência sobre

determinada matéria decidida continua e reiteradamente pelo
P.300 tribunal, constitui uma forma de expressão jurídica, por dar certeza
a certa maneira de decidir. [...] Hodiernamente, somente o Superior
Tribunal Federal poderá emitir súmula vinculante.”

“A súmula vinculante deverá ser aprovada por dois terços dos

p.301
membros do Superior Tribunal Federal.”

Requisitos materiais:
a) existência de controvérsia atual entre os órgãos judiciais;
p.301
b) natureza constitucional da controvérsia;
c) ocorrência de reiteradas decisões sobre a matéria.
“Se um juiz decidir contra a súmula, cabível será reclamação ao
Superior Tribunal Federal, que anulará o ato judicial. Assim,
p.301 parece-nos que comprometidos estariam os princípios de duplo
grau de jurisdição, do devido processo legal, da inafastabilidade do
controle judicial, do livre convencimento do julgador, da ampla
defesa etc.”

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Introdução ao Estudo do Direito

1. AUTOR É desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de

Janeiro. Ex-professor contratado de Filosofia do Direito na antiga
 Faculdade Nacional de Direito. Da Asociación Latinoamericana de
Sociologia (Buenos Aires). Do Instituto Argentino de Filosofia
Jurídica y Social (Buenos Aires). Da Sociedad de Ciencias
Criminales y Medicina Legal (Tucumán, Argentina). Da
Internationale Vereinigung für Rechts-und Sozialphilosophie. Do
Instituto Brasileiro de Filosofia.
2. REFERÊNCIA: GUSMÃO, P. D. Introdução ao Estudo do Direito. 37° ed. Rio
de Janeiro: Forense, 2006. p. 126-129.
3. TEMA Introdução ao Estudo do Direito.

CITAÇÕES

1. JURISPRUDÊNCIA

“É o conjunto uniforme e reiterado de decisões judiciais, sobre

p.126 determinada questão jurídica, das quais se pode deduzir uma
norma. [...]. Se transforma em precedente judicial.”
“A jurisprudência, como resultado da interpretação do direito,
p.127 varia no tempo e no espaço, sofrendo a influência das
transformações sociais.”
[...] Pode-se dizer a jurisprudência, como fonte formal do direito, a
regra jurídica extraída de julgados, reiterados e uniformes sobre
p.127-128
determinada questão jurídica. [“...] As decisões não podem ser
contraria ao direito vigente, pois cabe ao juiz aplicar, e não criar, o
direito.”
“A jurisprudência resulta da interpretação da lei dada por juízes,
que, como homens podem ter pontos de vista, saber, crença,

p.128 ideologias e valores diferentes, acontece modificar-se a

jurisprudência com a modificação da composição dos tribunais,
com a aposentadoria ou morte de seu membro, mudando,
consequentemente, via judicial, o direito.

“No sistema continental [...] o valor da jurisprudência como fonte

p. 128 do direito é relativa.”

“A jurisprudência, apesar de se antecipar, muitas vezes, ao

P.128 legislador, [...] contém em si o risco de insegurança jurídica,
devendo ser admitida com certas reservas.”
 “Finalmente a jurisprudência, para ser conhecida, deve ser
divulgada, pois do contrario fica perdida nos processos. [...]
Advogados e juízes fundam-se na jurisprudência publicada nos
repertórios especializados [...]. É comum, sendo ate previsto em
p.129
lei, recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça, e o
recurso extraordinário, para o Supremo Tribunal Federal, pela
inobservância da jurisprudência predominante nesses tribunais.
Portanto, a jurisprudência é, na verdade, a fonte viva do direito.”

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Introdução ao Estudo do Direito

1. AUTOR Professor Emérito da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Membro Titular da Academia Brasileira de Letras Jurídicas. Juiz
de Direito aposentado do Estado do Rio de Janeiro. Membro da
Association Internationale de Methodologie Juridique. Especialista
de Notório Saber pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
 Membro do Instituto Brasileiro de Filosofia, do Instituto dos
Advogados Brasileiros e da Academia Valenciana de Letras.

2. REFERÊNCIA: NADER, P. Introdução ao Estudo do Direito. 35°. ed. Rio de

Janeiro: Forense, 2013. p. 171-179.
3. TEMA Introdução ao Estudo do Direito

CITAÇÕES

Capítulo 17

1 JURISPRUDÊNCIA

1.1 CONCEITO

“No curso da história o vocábulo jurisprudência sofreu uma

variação semântica. De origem latina, formado por juris e
prudentia, [...] considerando muito significativa a acepção romana,
p.171 realça uma qualidade essencial ao jurista, que é a prudência. [...]
Atualmente o vocábulo e adotado para indicar os precedentes
judiciais, ou seja, a reunião de decisões judiciais, interpretadora do
direito vigente.”
“Jurisprudência em sentido amplo: E a coletânea de decisões
proferidas pelos tribunais sobre determinada matéria jurídica”.
Tal conceito comporta:
a) Jurisprudência uniforme: decisões convergentes [...];
b) Jurisprudência divergente ou contraditória: ocorre quando

p.172 não há uniformidade na interpretação do direito pelos

julgadores.

Jurisprudência no sentido estrito: conjunto de decisões uniformes

[...]. Tanto esta espécie quanto a anterior pressupõem pluralidade
de decisões. (Abelardo Torré, Introducción al Derecho, 5° ed.
Editorial Perrot, Buenos Aires, 1965, p.325.)

2 ESPÉCIES
“A jurisprudência se forma não apenas quando há lacunas na lei ou
p. 172
quando esta apresenta defeitos. [...] Assim, a jurisprudência pode
se apresentar sob três espécies:
a) Secundum legem: se limita a interpretar determinadas
 regras definidas na ordem jurídica [...].
b) Praeter legem: Se desenvolve na falta de regras específicas,
quando as leis são omissas [...].

c) Contra legem: Se forma ao arrepio da lei, [“...] surge em

face de leis anacrônicas ou injustas.”

3 PARALELO ENTRE JURISPRUDÊNCIA E COSTUME

“Na doutrina, alguns autores, levados pela semelhança existente

p. 172 entre o costume e a jurisprudência, afirmaram igualdade de
ambos.”

4 O GRAU DE LIBERDADE DOS JUÍZES

“Atualmente, quanto à margem de liberdade a ser atribuída ao

p.173
judiciário, a doutrina registra três propostas.”

4.1 A LIVRE ESTIMAÇÃO

“Norteada pelo idealismo de justiça, esta corrente preconizou uma
173
ampla liberdade para os juízes [...].”
4.2 LIMITAÇÃO À SUBSUNÇÃO
“Por esta doutrina o juiz operaria apenas com o critério rígido das
p.175 normas jurídicas, [...]. Com Esta orientação se evitaria o
subjetivismo e o arbítrio nos julgamentos, ao mesmo tempo que se
preservaria a integridade dos códigos [...].”
4.3 COMPLEMENTAÇÃO COERENTE E DEPENDENTE DO PRECEITO

“Como um ponto de equilíbrio entre os dois radicalismos, esta

p.176 constitui a posição mais aceita [...].”

“[...] O direito Positivo apresenta-se mediante normas genéricas e

p.176 abstratas que não podem ser aplicadas com automatismo.”

“[...] Nesse trabalho de atualização, em que a lei permanece

p.176 imutável e a sua compreensão é dinâmica, o Juiz colabora
decisivamente para o aperfeiçoamento da ordem jurídica.

5 A JURISPRUDÊNCIA CRIA O DIREITO?

p.177 “No Estado moderno, estruturado na clássica divisão dos três

poderes o papel dos tribunais não poderá ir além da interpretação
ou integração do Direito a ser aplicado. Se os juízes passassem a
criar o Direito, haveria uma intromissão arbitrária na área do Poder
 Legislativo.”

Na prática, reconhecemos que, a cada momento, os julgadores

introduzem novos preceitos no mundo jurídico dissimuladamente,
p.177
tal situação decorre, muitas vezes, da má ou insuficiente legislação
e da inercia do legislador, [“...]”.

6 A JURISPRUDÊNCIA VINCULA OS TRIBUNAIS?

“[...] Nos Estados de Direito codificado, a jurisprudência apenas

p.178 orienta, os juízes de instancia inferiores não têm o dever de
acompanhar a orientação hermenêutica dos tribunais superiores.”

7 PROCESSOS DE UNIFICAÇÃO DA JURISPRUDÊNCIA

“A necessidade de a ordem jurídica oferecer a certeza quanto ao

Direito vigente, de dar clara definição às normas jurídicas, para
melhor orientação de seus destinatários, faz com que a
p.178
jurisprudência divergente seja considerada um problema a
reclamar solução. O sistema jurídico brasileiro dispõe de recurso
especial para combater a jurisprudência conflitante.”

“[...] Superior Tribunal Justiça, que julgara, provocando,

p.178 naturalmente, a unificação nos procedimentos de aplicação do
Direito.”

“Matéria bastante polemica do ponto de vista doutrinário é a

súmula vinculante. Por ela, a interpretação de matéria
constitucional, aprovada por dois terços dos membros do supremo
p.179
tribunal Federal, se torna obrigatória para os demais órgãos do
Poder Judiciário, bem como para a administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal [...].”