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FERREIRA, Nara Torrecilha.

Desigualdade racial e educação: uma análise estatística


das políticas afirmativas no ensino superior. Educação em Revista, v. 36, e227734,
2020.

 Existe uma grande diferença entre brancos e negros em relação à escolaridade.


Entre a população branca, 25,5% possui 12 anos ou mais de estudo, por outro
lado, somente 11,6% dos negros alcança esses números. 4
 Estudantes negros se concentram nos cursos com notas de corte mais baixas e
menos disputados. 12
 Daflon, Feres Junior e Campos (2013); Ferreira (2020): Quando ações
afirmativas adotam critérios baseados somente na renda familiar, as chances de
acesso potenciais de estudantes que pertencem a grupos étnicos discriminados
caem de maneira considerável, por outro lado, as chances dos estudantes que não
pertencem a grupos discriminados têm suas chances aumentadas.
 Quando são adotadas medidas nas quais os critérios consideram também o
pertencimento étnico-racial dos estudantes “essas políticas realmente beneficiam
membros de grupos discriminados, e o objetivo da política afirmativa é,
portanto, alcançado de forma mais eficaz” (FERREIRA, 2020, p.20).
 “Não há indícios de que a reserva de vagas para escola pública seja suficiente
para a ampliação do acesso à população negra e para a diminuição da
desigualdade, já que, apesar da associação entre as variáveis existir, não é
significativa. Por outro lado, a política nacional e, mais ainda, o percentual de
vagas reservadas para negros, demonstram que a política afirmativa definida
pela Lei 12.711/2012 vem sendo efetiva”. 22
 “Só políticas desiguais para os desiguais são capazes de levar a uma igualdade
efetiva. O Brasil precisa romper a visão formalista para poder reduzir as
desigualdades e combater verdadeiramente o racismo no País”. 23

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