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Hora de Praticar

Poemas
Só é meu

O país que trago dentro da alma.

Entro nele sem passaporte

Como em minha casa.

[...]

As ruas me pertencem.

Mas não há casas nas ruas.

As casas foram destruídas desde a minha infância.

Os seus habitantes vagueiam no espaço

À procura de um lar.

[...]

Só é meu

O mundo que trago dentro da alma.

BANDEIRA, M. Um poema de Chagall. In: Estrela da vida inteira: poemas traduzidos.

Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993 (fragmento).


2

Imagem em preto e branco da obra Eu e a Aldeia de Chagall.

1- A arte, em suas diversas manifestações, desperta sentimentos que atravessam fronteiras culturais.
Relacionando a temática do texto com a imagem, percebe-se a ligação entre a:

a)alegria e a satisfação na produção das obras modernistas.

b)memória e a lembrança passadas no íntimo do enunciador.

c)saudade e o refúgio encontrados pelo homem na natureza.

d)lembrança e o rancor relacionados ao seu ofício original.

e)exaustão e o medo impostos ao corpo de todo artista.


3

Quantos há que os telhados têm vidrosos

E deixam de atirar sua pedrada,

De sua mesma telha receiosos.

Adeus, praia, adeus, ribeira,

De regatões tabaquista,

Que vende gato por lebre

Querendo enganar a vista.

Nenhum modo de desculpa

Tendes, que valer-vos possa:

Que se o cão entra na igreja,

É porque acha aberta a porta.

GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore. São Paulo: Martins Fontes, 2003 (fragmento).

2-Ao organizar as informações, no processo de construção do texto, o autor estabelece sua intenção
comunicativa. Nesse poema, Gregório de Matos explora os ditados populares com o objetivo de:

a)enumerar atitudes.

b)descrever costumes.

c)demonstrar sabedoria.

d)recomendar precaução.

e)criticar comportamentos
4

O bonde abre a viagem,

No banco ninguém,

Estou só, stou sem.

Depois sobe um homem,

No banco sentou,

Companheiro vou.

O bonde está cheio,

De novo porém

Não sou mais ninguém.

ANDRADE, M. Poesias completas. Belo Horizonte: Vila Rica, 1993.

3-O desenvolvimento das grandes cidades e a consequente concentração populacional nos centros urbanos
geraram mudanças importantes no comportamento dos indivíduos em sociedade. No poema de Mário de
Andrade, publicado na década de 1940, a vida na metrópole aparece representada pela contraposição entre:

a)a solidão e a multidão.

b)a carência e a satisfação.

c)a mobilidade e a lentidão.

d)a amizade e a indiferença.

e)a mudança e a estagnação.

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