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TSING, Anna. The Global Situation. Cultural Anthropology, Vol. 15, No. 3, 2000. p. 327-360.

- autora procura trabalhar a emergência do global enquanto escala de análise. Texto é dos anos
2000. Vamos ver o que ela quer dizer com as ideias de scale-making e scale ideology. (p. 330)

- Ideologias de escala: “I might begin with two analytic principles. First, I would pay close attention
to ideologies of scale, that is, cultural claims about locality, regionality, and globality; about stasis
and circulation; and about networks and strategies of proliferation. (p. 347)

- projetos (políticas) de criação de escala (scale-making): Me parece que a noção de “scale-making”


diz respeito a criação de escalas para ação política de algum (alguns) atores. Exemplos: bioregiões
(falaria, no caso brasileiro, de biomas); os “trópicos” como uma zona problema no sentido do
higienismo; o “mediterrâneo” como uma escala criada para se falar do problema da poluição da
água; o “global” criado para se falar de fenômenos como o “aquecimento global”. (p. 348). Falaria
aí também do “Porto Maravilha”, por exemplo. Mas não me parece muito em me ajudar com meu
objeto de estudo…..

- Me parece que as noções de “scale making” e “ideologies of scale” estão muito voltadas para
o problema da compreensão da escala global, embora ela possa ser aplicada em outras escalas.
O sentido de scale-making, enquanto projeto, não me parece dialogar com meu objeto
justamente pela sua categorização enquanto um “projeto”, ou seja, algo muito bem delineado,
claro e consequentemente com objetivos em “criar” aquele escala fundamentalmente para
algum tipo de intervenção (t I call "projects," that is, relatively coherent bundles of ideas and
practices as realized in particular times and places). A escolha pelo “subúrbio” não é um
“projeto”, mas sim um resultado das escalas de ação dos meus próprios interlocutores. O seu
uso no artigo sobre “turismo” dos outros dois autores revela esse tipo de diálogo. Por ser uma
categoria pouco precisa, me parece que debate sobre a “política de escalas”/ “política escalar”
é muito mais denso e operacional para compreender o subúrbio. Mas eu tenho que revisitar o
conceito quando eu tiver internet.

- esse trecho aqui tenta esclarecer um pouco qual chave de diálogo a autora quer abrir:
“Understanding the institutional proliferation of particular globalization projects requires a sense of
their cultural specificities as well as the travels and interactions through which these projects are
reproduced and taken on in new places.” (p. 347). A ideia de “scale making” é um esforço em
compreender a proliferação institucional de distintos projetos de globalização pelo mundo,
que muitas vezes vão se materializar a partir da articulação de diferentes escalas como o
“nacional” (Copa do Mundo, 2006), o regional (a porra lá dos trópicos) ou mesmo o local (ilha
de Mallorca). Não me fornece em absoluto qualquer rendimento heurístico para compreender
o subúrbio.

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