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Porém, recortes necessitavam ser feitos, já que o tema inicial era muito abrangente.
Logo, com base em minha vivência, observei o trajeto que fazia especificamente de casa
para a universidade. O BRT, trem e ônibus (modais que uso para o percurso) me traziam
muito estresse e esgotamento (físico e mental). A partir disso, refleti: esse vai-e-vem
diário, em condições nada adequadas dentro desses transportes precários, pode e deve
trazer muitos malefícios à nossa saúde (mental e física) e, consequentemente, ao nosso
rendimento no estudo e no trabalho.
Portanto, com isso, quero estudar como o transporte público carioca é fonte de
adoecimento mental na população que o utiliza – particularmente, a carioca e
metropolitana do Grande Rio. Como público-alvo para a pesquisa, penso que os
graduandos de Geografia do Cp2 podem ser um bom contingente a ser trabalhado, já
que são estudantes trabalhadores e geralmente utilizam esses mesmos transportes.
Assim, gostaria de confeccionar uma pesquisa a partir das percepções das pessoas
(usuários desses transportes) sobre os efeitos desse uso em sua saúde mental.
Perguntas do livro
1. Por que esse problema merece uma pesquisa e que benefício pode-se esperar da
pesquisa em relação à situação original? Já se pode vislumbrar o que seria desejável
obter como explicação, compreensão, informações após se ter estudado o problema? Em
outras palavras, você já tem em vista uma hipótese para ser explorada?
R: Merece ser pesquisado, pois parece ser uma seara da Geografia ainda muito pouco
estudada. Com essa investigação, poder-se-ia descobrir quais males mentais são
utilizados pelo uso do transporte público. Costumamos falar muito dos prejuízos físicos
pela rotina urbana, mas os psicológicos ficam em um plano invisível. E gostaria de trazê-
los à luz.
A minha hipótese paira sobre a ideia de que o transporte público é extremamente nocivo
ao nosso estado mental, trazendo malefícios à nossa saúde psicológica e influenciando
negativamente em nossas performances no trabalho e nos estudos. Ou seja, seria
interessante a aplicação de melhorias na qualidade dos transportes públicos como um
todo, pois é possível que, na ponta da linha, sua precariedade esteja sendo um dos
fatores de adoecimento mental da população urbana.
Das leituras, seria interessante, a meu ver, folhear jornais e portais de notícia locais e
regionais que possivelmente tratam desse assunto.
4. Quais são, dentre os conhecimentos que possuo, os que me ajudaram a escolher meu
problema? De que ordens são esses conhecimentos? São apenas fatuais? Encontram-se
ai conceitos, teorias, cientificas ou não?
5. Meus valores, ou seja, minha visão de mundo, minhas preferências por determinados
estados da realidade, orientaram minha escolha do problema? Como?
6. Minhas experiências de vida tiveram alguma influencia em minha escolha? Que parte
de conhecimentos, de gosto, de valorização, de curiosidade, etc., comportam e em que
medida esses elementos entraram em jogo? Que tipo de motivação me influenciou (sem
considerar o fato de dever fazer o trabalho!)?