Você está na página 1de 42

Universidade de Pernambuco – UPE

Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco– FCAP


Mestrado em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável

Catarine Queiroz Soares Quintas

O SILÊNCIO DO DISCURSO DA SUSTENTABILIDADE:


promoção da saúde do professor surdo do Recife

RECIFE
2009
CATARINE QUEIROZ SOARES QUINTAS

O SILÊNCIO DO DISCURSO DA SUSTENTABILIDADE


promoção da saúde do professor surdo do Recife

Dissertação apresentada como


requisito parcial à obtenção do grau de
mestre em Gestão do Desenvolvimento
Local Sustentável pela Faculdade de
Ciências da Administração da Universidade
de Pernambuco.

Orientador: Prof. Dr. Sérgio Neves


Dantas.

RECIFE
2009
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca Leucio Lemos
Faculdade de Ciências da Administração de Pernambuco – FCAP/UPE
Q7s Quintas, Catarine Queiroz Soares

O silêncio do discurso da sustentabilidade: promoção da


saúde do professor surdo do Recife / Catarine Queiroz Soares
Quintas; orientador: Sérgio Neves Dantas. – Recife, 2009.

170 f.: il.; graf., tab. -

Dissertação (Mestrado em Gestão do Desenvolvimento Local


Sustentável). Universidade de Pernambuco, Faculdade de
Ciências da Administração de Pernambuco, Recife, 2009.

1. Desenvolvimento Sustentável. 2. Pessoas com Deficiência.


3. Surdez. 4. Sustentabilidade. I. Dantas, Sérgio Neves (orient).
II. Título.

502.131.1 CDU (1997)


Emanuella Bezerra - CRB-4/1389
CATARINE QUEIROZ SOARES QUINTAS

O SILÊNCIO DO DISCURSO DA SUSTENTABILIDADE


promoção da saúde do professor surdo do Recife

Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do grau de


mestre em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável, pela Faculdade de
Ciências da Administração da Universidade de Pernambuco.

Data da defesa: 14/12/2009. Resultado: Aprovada

_________________________________________________
Prof. Dr. Carlos Henrique Ferraz (Examinador Externo)
Faculdade Frassinetti do Recife - FAFIRE

__________________________________________________
Prof. Dr. Fernando de Aquino Fonseca Neto (Examinador Externo)
Banco Central do Brasil - BCB

__________________________________________________
Prof. Dr. Ivo Pedrosa (Examinador Interno)
Universidade de Pernambuco – UPE

ORIENTADOR

_______________________________________________

Prof. Dr. Sérgio Neves Dantas


Universidade de Pernambuco - UPE
A todos aqueles que constroem, de sua
forma, um mundo mais inclusivo e sustentável.
AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Lino Soares Quintas Neto e Marluce Queiroz Silva Soares Quintas,
pelo estímulo, incentivo e muito apoio dado ao longo da minha vida para que eu
pudesse estar concluindo mais esta etapa importante. A minha estrutura!

A minha irmã Carol, pelos livros e, principalmente, pelo compartilhamento de


alegrias, tristezas e angústias. Você é para todas as horas!

Ao meu marido Eduardo Pacheco de Aquino Fonseca,


pelo amor dedicado, pela ajuda desde o projeto, pela compreensão e
incompreensão pelos tantos momentos de ausência e sugestões de livros e artigos e
tantas conversas elucidativas. Você é para a vida inteira!

Ao meu filho, Eduardo Pacheco de Aquino Fonseca Junior,


que por ser um bebê não conseguiu entender as minhas tantas ausências e tantas,
tantas brincadeiras negadas. Você é para sempre!

A Nice,
pelo amor e cuidado dedicado ao meu filho. Sem você, com certeza, seria muito
complicado.

Aos meus amigos, que de alguma forma contribuíram para realização desse
trabalho. Em especial, a Kylzia Azevedo, que me salvou tantas vezes na minha
formação em Libras, pelas conversas que tanto me ajudaram e pelos tantos livros
emprestados. Também à Ivanise Silva Santana, pelas filmagens e companhia em
algumas entrevistas efetuadas.

A Martha Silveira,
pelo apoio de sempre e crença traduzida na carta de recomendação.

A Célia Ximenes, funcionária do Mestrado,


por sempre me receber com palavras doces e aquele carinho que só quem conhece
sabe. Alguém muito especial que tornou as idas ao Mestrado mais amáveis!

Aos professores e pesquisadores do curso de Mestrado em Gestão do


Desenvolvimento Local Sustentável da Universidade de Pernambuco, em especial
ao Dr. Ivo Pedrosa, pelas preciosas contribuições dadas na qualificação do projeto
deste trabalho de dissertação. Também, pela compreensão ao longo do curso e por
seu comportamento ético e humano. O curso de Mestrado não poderia ter outro
coordenador!

A Dra Nádia Torreão,


pelas preciosas orientações iniciais que foram a sementinha desse trabalho.

A Sérgio Dantas,
meu orientador, que desde o primeiro momento, a primeira linha escrita foi
fundamental na conclusão desse trabalho. Sem você, não seria possível. Um
agradecimento mais que especial pela disponibilidade de sempre, pela presteza,
pela leitura atenta de cada página, pelas dicas tão preciosas que o fazem presente
em cada capítulo. Obrigada por me permitir conhecer com mais profundidade esse
universo mágico e envolvente da surdez. Tive muita sorte de tê-lo como orientador!

Aos sujeitos da minha pesquisa,


que contribuíram com muito de suas vidas para que o desenvolvimento desse
trabalho fosse possível.
“[...] Temos direito a reivindicar a igualdade sempre
que a diferença nos inferioriza e temos direito de
reivindicar a diferença sempre que a igualdade nos
descaracteriza [...]”.

Boaventura de Souza Santos


RESUMO

QUINTAS, Catarine Queiroz Soares. O silêncio do discurso da sustentabilidade:


promoção da saúde do professor surdo do Recife – PE. 170 f. Dissertação
(Mestrado em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável) – Faculdade de
Ciências da Administração de Pernambuco, Recife, 2009.

Essa dissertação sobre a promoção da saúde do professor surdo analisou as


contribuições desse recorte para o alcance do desenvolvimento sustentável. Foi
adotado, para essa pesquisa, o método qualitativo, com a utilização de questionários
estruturados, não direcionados, e entrevistas semiestruturadas a fim de investigar
questões que entrecruzam trabalho e saúde, como também, a participação dos
surdos nos debates sobre inclusão social e desenvolvimento sustentável. Também
foram analisados documentos relevantes dessa temática, como as Agendas 21 e os
documentos resultantes das Conferências Internacionais de Promoção da Saúde.
Observou-se o surgimento de um movimento social, promovido pelos surdos, a fim
de legitimar a sua cultura e o seu reconhecimento como grupo social. Isso reverbera
na sustentabilidade através da promoção de valores inclusivos a partir da
ressignificação das relações interpessoais com as pessoas surdas. Esse não-
reconhecimento implica não pensar, entre outras coisas, políticas públicas
adequadas a essa população, acarretando consequências significativas tanto na
participação social dos surdos quanto na construção de uma sociedade sustentável.
Verificou-se que o grande desafio é a quebra de paradigmas, a revaloração de
crenças e comportamentos, uma vez que as representações sociais acerca da
surdez necessitam ser repensadas para se vislumbrar o desenvolvimento
sustentável.

Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável. Pessoas com deficiência. Promoção


da Saúde. Surdez. Sustentabilidade.
ABSTRACT

QUINTAS, Catarine Queiroz Soares. O silêncio do discurso da sustentabilidade:


promoção da saúde do professor surdo do Recife – PE. 170 f. Dissertação
(Mestrado em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável) – Faculdade de
Ciências da Administração de Pernambuco, Recife, 2009.

This dissertation about health promotion of deaf teacher analyzed the contributions
that cut to the achievement of sustainable development. Was adopted, for this
research, qualitative methods with the use of structured questionnaires, untargeted,
and semistructured interviews to investigate issues that intersect work and health,
but also the participation of deaf people in debates about social inclusion and
sustainable development. Were also analyzed relevant documents of this theme,
such Agendas 21 and the outcome documents of the International Conferences on
Health Promotion. Was observed the emergence of a social movement, promoted by
the deaf in order to legitimize its culture and its reconnaissance as a group social. It
reverberates in sustainability by promoting inclusive values from the redefinition of
interpersonal relationships with deaf people. This non-reconnaissance would not
think, among other things, appropriate public policies for this population, causing
significant consequences both in social participation of deaf and in building a
sustainable society. It was found that the big challenge is to break paradigms, the
reevaluation of beliefs and behaviors, since social representations of deafness need
to be rethought to envision sustainable development.

Keywords: Sustainable Development. People with disabilities. Health Promotion


Deafness. Sustainability.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 10

1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ............................................................... 16


1.1 Histórico do Conceito ......................................................................................... 16
1.2 O Desenvolvimento de que trata a Sustentabilidade ......................................... 21
1.3 Liberdade para o Desenvolvimento .................................................................... 29
1.4 E o que é o Local nessa discussão do Desenvolvimento Sustentável? .............31
1.5 Valores para o Desenvolvimento Sustentável: a dimensão invisível ................. 35
1.6 O Lugar do Surdo no Desenvolvimento Sustentável ......................................... 41
1.6.1 O Surdo na Agenda 21 Global ........................................................................ 42
1.6.2 O Surdo na Agenda 21 Brasileira ....................................................................47
1.6.3 O Surdo na Agenda 21 PE ...............................................................................48

2 DOENÇA X SAÚDE ...............................................................................................49


2.1 Doença ................................................................................................................49
2.2 Saúde ..................................................................................................................52
2.2.1 Promoção da Saúde: Contribuições das Conferências Internacionais ............59

3 SURDEZ .................................................................................................................78
3.1 Deficiência Auditiva X Surdez .............................................................................78
3.2 O Surdo tem diferença, não deficiência ..............................................................87
3.3 Língua Brasileira de Sinais .................................................................................97
3.4 Breve apresentação sobre a trajetória de Lutas e Movimentos Surdos ............101
3.5 Inclusão Social ..................................................................................................109

4 PROMOÇÃO DA SAÚDE DO PROFESSOR SURDO NA PERSPECTIVA DO


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ................................................................ 113
4.1 Trabalho e saúde dos surdos na perspectiva da sustentabilidade: questões em
questão ................................................................................................................... 113
4.2 Saúde dos Surdos: uma questão de política pública? ..................................... 123
4.3 Promoção da Saúde do Professor Surdo e Desenvolvimento Sustentável:
Aproximações e Impasses ..................................................................................... 143

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 147

REFERÊNCIAS .......................................................................................................151

APÊNDICES ............................................................................................................161
QUESTIONÁRIO APLICADO NAS ENTREVISTAS ...............................................162
ROTEIRO PARA ENTREVISTAS ...........................................................................164

ANEXOS .................................................................................................................166
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ...................................167
INTRODUÇÃO

Essa pesquisa sobre as considerações acerca da promoção da saúde do

professor surdo no discurso da sustentabilidade observa as contribuições desse

recorte para o alcance do desenvolvimento sustentável, na medida em que vai

suscitando reflexões sobre a prática de políticas da promoção da saúde.

Para que uma política pública de promoção da saúde tenha êxito, a

informação se faz mais que necessária, bem como a harmonia de ações

intersetoriais das esferas municipais, estaduais e federais. Essa descentralização

faz parte do conjunto de diretrizes aprovadas de acordo com o viés da promoção da

saúde, também a corresponsabilidade da sociedade nesse processo de construção

de cidades saudáveis.

Esta questão se torna relevante porque a saúde e desenvolvimento

sustentável são objetos recorrentes nas agendas internacionais das mais diversas

áreas, perpassando discursos como os de Educação, Meio Ambiente, Justiça etc.

Urge a necessidade de um novo pacto que integre todos os atores sociais e os mais

variados setores e ministérios. A promoção da saúde e desenvolvimento sustentável

são temas que pouco a pouco vão se integrando e tornando-se frequentes nas

discussões de programas de políticas públicas do governo e outras instituições. Mas

a surdez parece não ser um debate tão presente.

Acredita-se que a relevância social de se pesquisar sobre esse tema reside

na ressignificação das relações interpessoais com as pessoas surdas, promovendo

valores inclusivos, como respeito à diferença, ética, autonomia, a partir da política de

promoção da saúde para fins do desenvolvimento sustentável.


As três temáticas trabalhadas nessa pesquisa – saúde, surdez e

sustentabilidade – são temas que não cabem nos conceitos que as definem, sendo

incapazes de revelar todas as nuances que abordam. São temas que facilmente

apontam para o que se referem, mas, dificilmente, revelam o que representam e as

questões que envolvem.

Não se deseja vivenciar a difícil e polêmica experiência de apresentar um

caminho para se construir uma sociedade mais inclusiva e sustentável, nem

tampouco de responder a todos os questionamentos que o texto incita, visto que são

três temáticas em plena construção.

Iniciar discussões, na perspectiva do Desenvolvimento Sustentável, sobre a

surdez, é permitir-se ampliar o olhar para vários caminhos, despir-se de conceitos e

ideias já ensaiadas e entregar-se a questões puramente humanas, vivas. É permitir

se envolver com cada temática e capítulo apresentado, deixando de ser o que se é,

para estar no mundo de outro modo.

Partindo-se dessa premissa, o corpo dessa dissertação ficou estruturada em

4 capítulos, onde os 3 primeiros se propõem a fazer uma revisão de conceitos-chave

e o último, uma interface entre eles. Discorrer sobre estes conceitos vai ser

pertinente e necessário para o esclarecimento de suas concepções, do recorte que

lhes são dados nesse trabalho, da contextualização da surdez nessa retórica e para

apontar um dos caminhos que podem contribuir no processo desse tipo de

desenvolvimento.

Dessa forma, o capítulo 1, intitulado de Desenvolvimento Sustentável,

aborda as questões atreladas a esse conceito, visando esclarecer sua terminologia,

apresentando o seu histórico, o tipo de desenvolvimento a que se refere,

esclarecendo o que significa o termo “local” que, muitas vezes, é adicionado a essa
concepção de desenvolvimento. Também, reflete sobre os valores inclusivos que

são promovidos juntamente com esse processo e, por fim, aborda as presenças e

ausências das questões referentes à surdez nos documentos mais significativos

dessa discussão.

O capítulo 2 apresenta, pontualmente, os conceitos de saúde e doença,

detalhando as principais contribuições das Conferências Internacionais de Promoção

da Saúde. Considera-se relevante retomar a corriqueira discussão saúde-doença

para se averiguar a evolução do conceito de saúde, tal qual está sendo pensando

atualmente. Dessa forma, nesse capítulo, apresenta-se o avanço dos movimentos

de Promoção da Saúde e são apontadas suas principais conquistas, entre elas, a

fertilização de um terreno para se pensar as Cidades Saudáveis.

O capítulo 3 destaca a diferença entre deficiência auditiva e surdez, a partir

das questões defendidas pelos Estudos Surdos. A diferença na percepção da surdez

fica evidente quando os discursos se entrecruzam. Debate, sob essa óptica, a

surdez como diferença e não deficiência, apresentando, pontualmente, a identidade

surda e a Língua de Sinais Brasileira. Nesse capítulo, também, será apresentada

uma breve trajetória de lutas e movimentos surdos, evidenciando o debate entre

integração e inclusão social. É interessante ressaltar que o referencial que orientou o

olhar durante a pesquisa foi o dos Estudos Surdos.

No quarto capítulo, são discutidas questões relacionadas à saúde e ao

trabalho do professor surdo, fazendo-se uma interface entre as três temáticas,

procurando avaliar as contribuições desse debate para uma sociedade sustentável.

O estudo, como foi supracitado, iniciou-se com o levantamento teórico sobre

desenvolvimento sustentável, promoção da saúde e surdez, procurando

compreender melhor as questões a serem analisadas e como elas se relacionam.


O lócus da pesquisa foi uma escola estadual do Recife, a Cônego Rochael

de Medeiros, localizado em Santo Amaro, onde fica situado o Centro de Apoio ao

Surdo (CAS), onde foram abordados os sujeitos dessa pesquisa. Essa escola foi

escolhida como campo empírico por ser o local de trabalho de vários instrutores

surdos e em decorrência da facilidade de acesso da pesquisadora às dependências

do mesmo. Os sujeitos foram 8 instrutores surdos de ambos os sexos, com idade

entre 21 e 35 anos. A aproximação com os instrutores se deu informalmente,

valendo-se da relação aluna-professor estabelecida antes da pesquisa.

Para fins dessa pesquisa foram aplicados questionários estruturados, não

direcionados, com possibilidade de incluir alguma informação complementar,

procurando abordar os dados socioeconômicos dos professores surdos, bem como

questões relativas ao ambiente laboral e que entrecruzam trabalho e saúde.

Também foram realizadas entrevistas semi estruturadas, considerando que

investigar a problemática da saúde com questões fechadas e diretas comprometeria

a compreensão da componente em questão, a qual é influenciada por situações

pessoais e vivências idiossincráticas. Estas entrevistas versaram sobre modos de

vida e condições de trabalho: lazer, relacionamentos pessoais, saúde, insalubridade,

condições ambientais e psicológicas laborativas. Também porque, desta forma, seria

mais enriquecedor coletar dados sobre o grau de envolvimento e participação dos

surdos nos debates mais relevantes da atualidade, como por exemplo, sobre o

desenvolvimento sustentável e a inclusão social.

Objetivou-se, com a análise desses dados mais a observação participativa,

avaliar o discurso desses instrutores em relação às suas representações acerca do

ambiente e condições laborativas, as principais doenças acometidas pelo trabalho,

se eles são educados para sua saúde, se eles mantém, ou não, hábitos saudáveis,
se o entorno contribui, pontos negligenciados considerados como necessários e que

a legislação não contempla; o que a legislação contempla quanto à promoção da

saúde, o que é possível ser vivenciado na prática, seus conhecimentos acerca do

acesso aos serviços de saúde e das políticas públicas destinadas à promoção da

saúde do professor surdo do município do Recife. Os depoimentos, a partir dessa

coleta, que serão postos no corpo do trabalho seguirão com nomes fictícios, cada

entrevistado identificado por um nome de uma flor, sem fazer relação ao gênero a

que pertencem, a fim de preservar o seu anonimato. Vale uma ressalva de que a

coleta de dados foi realizada pela pesquisadora, em Libras, e os depoimentos foram

traduzidos para o português, a fim de manter uma unidade relativa à língua em que

está escrito o trabalho. Nos casos em que foram permitidas imagens, foi solicitada a

presença de uma terceira pessoa para documentar a entrevista através de filmagens

e fotografias. Presença autorizada pelos sujeitos da pesquisa.

Para dar início à pesquisa, foram apresentados seus objetivos e o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido. Os instrutores que concordaram em participar da

pesquisa, assinando o Termo, foram convidados a responder o questionário e, em

seguida, foi feita a entrevista semiestrutrada. É oportuno assinalar que todos os

instrutores que foram abordados, aceitaram participar da pesquisa, mostraram-se

disponíveis em relação ao tempo e às informações que foram solicitadas, revelando,

através desse comportamento, uma grande receptividade com os ouvintes e as

questões por estes colocadas.

Foi adotado o método qualitativo. Qualitativo porque parte-se do pressuposto

de que este método contempla os aspectos impulsionadores do fenômeno e a

compreensão interpretativa nas relações envolvidas. Investigar como a promoção da

saúde do professor surdo contribui para o desenvolvimento sustentável implica,


dentre outras coisas, inquirir sobre as contribuições das principais discussões de

saúde na qualidade de vida do sujeito e da sociedade, demandando uma política

para a sustentabilidade.

Foi realizada uma análise de documentos referentes ao desenvolvimento

sustentável como as Agendas 21 Global, Brasileira e de Pernambuco e a Carta da

Terra. Também, dos documentos resultantes das Conferências Internacionais de

Promoção da Saúde, como a Declaração de Ottawa, Alma-ata, Sundsvall, Adelaide,

entre outras.

Fundamental para esta pesquisa foi a observação-participante, que além dos

possíveis dados coletados nas entrevistas, concedeu respostas a perguntas de

forma recursiva e interativa (FOOTE-WHYTE, 1990, p.82). A partir dessa

observação surgiu o contexto da entrevista – ações, expressões, falas e silêncios –

podendo, assim, seu conteúdo ser compreendido e analisado.

Por fim, foram consideradas num nível sensível as imprevisíveis situações

que se configuram no cotidiano da pesquisa e acabam por torná-la tão rica e

singular. Sendo uma temática que por si só é transversal e multifacetada, sob outro

olhar, outro contexto, chegar-se-ia a resultados diferentes não obstante

complementares.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Discutir sobre o Desenvolvimento Sustentável implica trazer à tona questões

que são intrínsecas a essa discussão como a inclusão social, por exemplo.

Promover a saúde do professor surdo dentre os ditames da sustentabilidade é

promover valores inclusivos. A partir dessa tríade - saúde, surdez e sustentabilidade

– que parecia delimitar-se em seus próprios discursos, percebeu-se temas que se

misturam e perdem-se em seus limites, um dentro do outro. Fazer uma interface

entre essas temáticas, às vezes, torna o texto redundante, uma vez que parte dos

mesmos ideais.

Destaca-se que a promoção da saúde do professor surdo para um

desenvolvimento sustentável teria que envolver uma mobilização de diversos atores

sociais, ações conjuntas, intergovernamentais, intersetoriais, adequadas a uma

sociedade mais inclusiva. Dessa forma, o avanço do desenvolvimento sustentável

implica novas posturas e comportamentos, com a participação social e cidadã, em

seu sentido pleno, promovendo a participação das populações excluídas, como os

surdos, por exemplo. Sendo assim, toda a sociedade deve ser provocada de modo

que seja imbuída de novos valores sustentados na ética, no respeito à cultura do

outro, na promoção da saúde e conservação e promoção de ambientes saudáveis.

Promover a saúde do professor surdo passa a observar e considerar os

temas transversais que abarca, como a saúde, trabalho e surdez. Passa também a

considerar a influência dos seus diversos aspectos subjetivos que fazem parte do

imaginário social, reverberando nas concepções e comportamentos adotados


socialmente. Requerendo, assim, práticas mais incisivas e educativas que valorizem

a diversidade e atendam cada grupo eficientemente.

Como foram expostas, ao longo desse trabalho, as concepções que se tem

de surdez, associada à deficiência, e de saúde, arraigada na prática

hospitalocêntrica, necessitam ser repensadas urgentemente para poder se

vislumbrar a construção da sustentabilidade. Urge, portanto, a necessidade de se

educar pessoas para a criticidade de aspectos simbólicos e representações sociais

que fundamentam o comportamento social. Nessas revisitas a esses conceitos,

colocam-se questões relevantes para o planejamento de políticas públicas de

promoção da saúde.

O grande desafio é a quebra de paradigmas, é repensar o que se considera

que é do outro, é o fomento de valores para uma sociedade mais sustentável. E

mudar paradigmas não é mudar nomenclaturas nem se adequar ao que é

politicamente correto em um dado momento. Mudar paradigmas, como foi visto ao

longo da pesquisa, requer rupturas, requer transformações e revalorações de

nossas crenças e comportamentos. As transformações sociais que buscam a

inclusão social através de práticas sustentáveis são lentas.

Entende-se, portanto, que as políticas de promoção da saúde não podem

mais estar segregadas dos outros aspectos da vida, como educação, trabalho,

moradia, lazer, meios de comunicação etc. Cabendo, inclusive, adequar-se

politicamente às suas multifacetas determinadas pelas tantas Conferências

Internacionais.

Uma nova lógica de funcionamento para uma sociedade sustentável

perpassa as questões referentes à saúde. É indiscutível! A prática deve ser revista,

possibilitando condições para o desenvolvimento humano.


Pode-se, então, concluir que a busca da sustentabilidade através das

políticas de promoção da saúde não pode se limitar às práticas hospitalocêntricas,

como vem ocorrendo atualmente, porque isso representa um grande obstáculo para

o desenvolvimento da sustentabilidade. Sob essa perspectiva, insiste-se em

questionar a condição da surdez atrelada à deficiência e procurar meios de legitimar

sua cultura, a fim de reunir os diversos segmentos da sociedade, através dessas

ações. Assim, acredita-se que as políticas públicas de promoção da saúde

representariam o caminho para a sustentabilidade através da aproximação e debate

das questões assistenciais e emergenciais, presentes no âmbito da saúde, de modo

que fomentassem a promoção de novos valores e parcerias entre os vários saberes,

setores e atores sociais.

Em suma, a promoção da saúde do professor surdo com vistas à

sustentabilidade implica, necessariamente, políticas inclusivas, atreladas a uma

modificação intensa de valores e comportamentos. Valores como o respeito à

diversidade, a cultura do outro, parcerias entre sociedade e representantes políticos,

cooperação, promoção da cidadania. Não se trata apenas de fomentos de valores,

mas também de políticas de redução de desigualdades, de promoção de liberdades

e acessos, da permissão de ter alguns direitos, poderes e oportunidades. Esses

aspectos podem ser alcançados com a política de promoção da saúde para o

professor surdo, uma vez que ela perpassa vários fatores e reverbera em diversos

setores da vida humana. O desenvolvimento desses valores, através das políticas

de saúde, oferece à sustentabilidade um terreno para ser construída.

Este estudo deixou evidente que a promoção da saúde do professor surdo

requer práticas inclusivas e isto se torna uma tarefa complexa porque implica,

principalmente, na visita a diversos discursos como reconceitualização da


concepção de saúde, da legitimação da surdez enquanto cultura, e dos ideias da

sustentabilidade. Na contramão desse processo, as políticas públicas voltadas a

essa parcela da população estão arraigadas em concepções medicamentosas da

surdez e das práticas médicas que comprometem a assistência à saúde dessas

pessoas. Diante do que foi exposto, observa-se que as políticas de saúde não estão

assistindo adequadamente essa parcela da população e que muito se tem a trilhar

para a sustentabilidade. Para se promover a saúde dos trabalhadores surdos é

preciso que se compreenda o surdo em sua cultura.

Promover a saúde do professor surdo é permitir que a sua cultura exista,

seja legitimada. E, como foi visto, não basta apenas reconhecer a sua existência,

tem que conceder acessos e liberdades, tem que permitir o direito a ter direitos, tem

que permitir que, de fato, a sustentabilidade alcance todas as futuras gerações.

Promover a saúde é promover a inclusão social e promover o

desenvolvimento sustentável. Essa frase poderia ser construída de diversas formas

e não perderia a sua legitimidade: Promover a inclusão social é promover a saúde e

o desenvolvimento sustentável. Promover o desenvolvimento sustentável é

promover a saúde e a inclusão social.

Essa pesquisa, devido a sua complexidade, resultou em várias questões não

respondidas ao longo do trabalho e termina com mais algumas, as quais poderão

servir como inquietações para pesquisas posteriores. São elas: Qual a

representação do professor surdo para a constituição da identidade surda e o

resgate da cidadania desse grupo social? Quais são os discursos ouvintistas que

aprisionam os surdos na condição de deficiência? Quais são os aspectos e

discursos valorativos que dificultam o processo do desenvolvimento sustentável?


REFERÊNCIAS

ACSELRAD, Henri. Território e Poder – a política das escalas. In: FISCHER, Tânia. Gestão
do Desenvolvimento e poderes locais: marcos teóricos e avaliação. Salvador, BA: CASA
DA QUALIDADE, 2002. pp. 33-44.

ADELAIDE, Declaração de. Segunda Conferência Internacional sobre Promoção da saúde.


Políticas Saudáveis. Adelaide, Austrália, 5-9 de Abril de 1988. Disponível em:
<http://www.opas.org.br/promocao/uploadArq/Adelaide.pdf> Acesso em: 20 Dez 2007..

AKERMAN, Marco. Saúde e Desenvolvimento Local: princípios, conceitos, práticas e


cooperação técnica. São Paulo: Hucitec, 2005.

AMIRALIAN, Maria Lúcia Toledo Moraes et al. Conceituando Deficiência. Rev. Saúde
Pública. São Paulo, v.34, n.1, Feb. 2000.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-
89102000000100017&script=sci_arttext#tabela>. Acesso em 14 Ago. 2008.

ANDRADE, Luiz Odorico Monteiro de; BARRETO, Ivana Cristina de Holanda Cunha.
Promoção da Saúde e Cidades/Municípios Saudáveis: propostas de articulação entre saúde
e ambiente. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza. & MIRANDA, Ary Carvalho de. Saúde e
Ambiente Sustentável: estreitando nós. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2006. 1ª
reimpressão. pp. 151-171.

ARIZPE, Lourdes et al. Diversidade cultural, conflito e pluralismo. In: UNESCO. Informe
mundial sobre a cultura. São Paulo: Moderna, 2000. pp. 28-31.
AUGRAS, Monique. O ser da compreensão: fenomenologia da situação de
psicodiagnóstico. Petrópolis, Vozes, 2000. 9ª edição.

BANGKOK, Carta de. Sexta Conferência Global de Promoção da Saúde. A Carta de


Bangkok para a Promoção da saúde em um Mundo Globalizado. Bangkok, Tailândia. Agosto
2005. Disponível em: <http://www.cepis.org.pe/bvsdeps/fulltext/cartabangkokpor.pdf>
Acesso em: 20 Ago 2007.

BARATA, R. B. Desigualdades sociais e saúde. In: CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa


(org.). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec, 2006. pp.457-486.

BATISTA, Anália Soria; CODO, Wanderley. O Trabalho e o Tempo. In: Jacques, Maria da
Graça e Codo, Wanderlwy (orgs). Saúde Mental & Trabalho: Leituras. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2002.

BAUER, Martin W. GASKELL. Pesquisa Qualitativa: com texto, imagem e som: um manual
prático. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

BERAQUET, Maria Inalda G; GUIMARÃES, Liliana A. M; AREIAS, Maria Elenice Q. Crise


social, trabalho e saúde mental. In: GUIMARÃES, Liliana A. M. e GRUBITS, Sonia (orgs).
Série saúde mental e trabalho. Vol II. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. pp.37-54.

BINSWANGER, Hans Christoph. Fazendo a sustentabilidade funcionar. In: CAVALCANTI,


Clóvis (org.) Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas. São
Paulo: Cortez, 2001.

BOBBIO, Norberto. Igualdade e Liberdade. Trad. Carlos Nelson Coutinho. 3. ed. Rio de
Janeiro: Ediouro, 1997.

BOFF, Leonardo. Crise: Oportunidade de crescimento. Campinas: Versus, 2002.

BOHM, David. A Totalidade e a ordem implicada: Uma nova percepção da realidade. São
Paulo: Cultrix, 1992.

BRASIL, Lei Orgânica de Saúde, Lei nº 8080, de 19 de Setembro de 1990. Dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o
funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/LEI8080.pdf>. Acesso em 07 Jul 2007.

BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Agenda 21 Brasileira. Disponível em: <


http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=90
8> . Acesso em: 15 Nov 2009.
______. Agenda 21 Global. Disponível em:
<http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=18&idConteudo=
575&idMenu=9065>. Acesso em 20 Nov 2009.

BRASIL, Ministério do Meio Ambiente. Carta da Terra. 2000. Disponível em:


<http://www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/carta_terra.pdf> Acesso em: 09
Ago 2009.

BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da


Saúde. As Cartas da Promoção da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

_____. 3ª Conferência de Saúde do Trabalhador: “Trabalhar, sim! Adoecer, não!”


Brasília, Ministério da Saúde, 2005.

BRASIL, Câmara dos Deputados. Título II: Dos Direitos e Garantias Fundamentais.
Constituição da República Federativa do Brasil. 1988. Disponível em:
<http://www.camara.gov.br/sileg/MontarIntegra.asp?CodTeor=133218>. Acesso em: 17 Out
2009.

BRITO, Jussara. Saúde do Trabalhador: reflexões a partir da abordagem ergológica. In:


FIGUEIREDO, Marcelo [et al] (orgs). Labirintos do trabalho: interrogações e olhares sobre
o trabalho vivo. Rio de Janeiro: DP&A, 2004. pp.91-114.

BUSS, Paulo Marchiori. Uma introdução ao Conceito de Promoção da Saúde. In:


CZERESNIA, Dina e FREITAS, Carlos Machado de. (orgs). Promoção da Saúde:
conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. pp. 15-37.

CALHEIROS, Izabel Migueis Quintas; ARAÚJO, Janeide & SILVEIRA, Martha.


Repercussões das inovações técnico-científicas e sociais na escolha profissional. In:
OLIVEIRA, Inalda Dubeux (org.), Construindo Caminhos. Recife, Editora Universitária da
UFPE, 2000. pp.127-144.

CALLENBACH, Ernest et al. Mudança de Paradigma: do ambientalismo para o


gerenciamento ecológico. In: ______. Gerenciamento ecológico (EcoManagement); Guia
do Instituto Elmwood de Auditoria Ecológica e Negócios Sustentáveis. São Paulo:
Cultrix, 2003. pp. 86-95.

CALLIGARIS, Contardo. Cartas a um jovem terapeuta. 8ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier,


2004.

CAÑETE, Ingrid. Qualidade de Vida no Trabalho: muitas definições e inúmeros significados.


In: BITENCOURT, Claudia e cols. Gestão Contemporânea de Pessoas: novas práticas,
conceitos tradicionais. Porto Alegre: Bookman, 2004. pp. 386-406.
CANGUILHEM, Georges. O Normal e o Patológico. Tradução de Maria Thereza Redig de
Carvalho Barrocas. Revisão Técnica de Jorge Alberto Costa e Silva. Rio de Janeiro: Editora
Forense Universitária, 1978.

CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida. São Paulo: Cultrix, 2000.

______. Economia, Ecologia e Ser Humano. Palestra com Fritjof Capra realizada em
São Paulo – Brasil. 1 Digital Versatile Disc (50 min): DVD, son., color. Legendado. Port.
Realização Tv Cultura. 2004.

______. O que é sustentabilidade? Disponível em:


<http://www.abrhmt.org.br/institucional/exibir.asp?cod=40>. Acesso em:

CARIBE, Carta do. I Conferência de Promoção da Saúde do Caribe. Trinidad y Tobago. 4 de


Junho de 1993. Disponível em:
<http://www.mp.ba.gov.br/atuacao/cidadania/gesau/legislacao/internacionais/carta_caribe.pd
f>. Acesso em: 20 Ago 2007.

CAVALCANTI, Clóvis. [sd] Uma tentativa de caracterização da economia ecológica.


Disponível em: < www.scielo.br/pdf/asoc/v7n1/23541.pdf> Acesso em: 06 Abr 2007.

______. Política de governo para o desenvolvimento sustentável: uma introdução ao tema e


a esta obra coletiva. In: ______. Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável e
Políticas Públicas. São Paulo: Cortez, 2001. pp. 21-40.

CODO, Wanderley. O papel do psicólogo na organização industrial (notas sobre o “lobo


mau” em psicologia). In: LANE, Sílvia e CODO, Wanderley (orgs). Psicologia Social: o
homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1984. pp.195-202.

CORDEIRO, Joselma Cavalcanti. A Promoção da Saúde e a Estratégia de Cidades


Saudáveis: um estudo de caso em Recife-Pernambuco. Tese de Doutorado em Saúde
pública. Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Fundação Oswaldo Cruz, 2008. 263 p.

CZERESNIA, Dina. O conceito de saúde e a diferença entre prevenção e promoção.


[sd]. Disponível em:
<http://www.fo.usp.br/departamentos/social/saude_coletiva/AOconceito.pdf>. Acesso em: 15
Jun 2009.

D’AMARAL, Teresa Costa. Direitos da pessoa portadora de deficiência: uma questão de


justiça, uma realidade por construir. In: SEM limite – inclusão de portadores de deficiência
no mercado de trabalho. Rio de Janeiro: SENAC, 2002. pp. 17-35.
DANTAS, Sérgio Neves. Desenvolvimento Local em áreas do nordeste indígena: reflexões
antropológicas. In: MACIEL FILHO, Adalberto do Rego; PEDROSA, Ivo Vasconcelos;
ASSUNÇÃO, Luiz Márcio de Oliveira. Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável.
Recife: EDUPE, 2006. pp.171-202.

______. Profecia, destino, transubjetividade: movimentos da memória coletiva


Fulni-ô, Águas Belas – PE. Revista Múltipla. Brasília – DF, Ano IX, vol.11, n.17, Dez.2004.
pp. 33-54.

DAVIS, Adrian. A prevalência da surdez. In: BALLANTYNE, John; MARTIN, M.C.; MARTIN,
Antony. Surdez. 5. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. pp. 5-17.

DE JESUS, Paulo. Sobre Desenvolvimento Local e Sustentável: Algumas considerações


conceituais e suas implicações em projetos de pesquisa. In: MACIEL FILHO, Adalberto do
Rego; PEDROSA, Ivo Vasconcelos; ASSUNÇÃO, Luiz Márcio de Oliveira. Gestão do
Desenvolvimento Local Sustentável. Recife: EDUPE, 2006. pp. 17-38.

DINIZ, Débora; MEDEIROS, Marcelo; SQUINCA, Flávia. Reflexões sobre a versão em


português da Classificação Internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde.
Cadernos de Saúde Pública. São Paulo, v.23, n.10, Out.2007. pp. 2507-2510.

DOMINGOS, Tiago. Economia Ecológica: A Unificação entre Ecologia e Economia, dos


Conceitos Fundamentais à Aplicação Prática. 2004.
Disponível em: <http://extensity.ist.utl.pt/> Acesso em: 07 Abr 2007.

FERREIRA, Sérgio. Ciência e Desenvolvimento Sustentável. Disponível em:


<http://www.icb.ufmg.br/lpf/Ferreira.html> Acesso em 19 de Janeiro de 2008.

FISCHER, Tânia. Poderes Locais, Desenvolvimento e Gestão: Introdução à uma agenda. In:
______ (org.). Gestão do Desenvolvimento e poderes locais: marcos teóricos e
avaliação. Salvador, BA: CASA DA QUALIDADE, 2002. pp. 12-32.

FONSECA, Albenor Luiz de Andrade. Gozo e saúde mental. Cogito. 2002, vol.4 p.63-67.
Disponível em: <http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-
94792002000100010&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 15 Set 2007.

FONSECA, Eduardo Pacheco de Aquino. Saúde e Doença. (dig.) 2007.

FOOTE-WHYTE, William. (1990) Treinando a Observação Participante. In: ZALUAR, Alba


(org.). Desvendando Máscaras Sociais. Rio de Janeiro: Franscisco Alves.

FREIRE, Paulo. A Pedagogia da Autonomia: saberes necessário à prática educativa. 12ª


edição. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
GALASSO, Lô. Inclusão: respeito às diferenças, igualdade de direitos e eqüidade.
Disponível em: < http://www.scipione.com.br/igualdade/pdfs/artigo2.pdf>. Acesso em 21 Jan
2009.

GUIMARÃES, Liliana A. M; MARTINS, Daniela; MESSIAS, João C. C; STEPHANINI, Ignez


C. Atualizações em qualidade de vida e trabalho. In: GUIMARÃES, Liliana A. M. e
GRUBITS, Sonia (orgs). Série saúde mental e trabalho. Vol II. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2004. pp. 209-217.

GUIMARÃES, Roberto P. Desenvolvimento Sustentável: da retórica à formulação de


políticas públicas. In: BECKER, B.K. e MIRANDA, M. (orgs.). A Geografia Política do
Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: Editora da Universidade Federal do Rio de
Janeiro, 1997. pp.13-44.

______. Modernidad, medio ambiente y ética: un nuevo paradigma de desarrollo. In: Rev.
Ambiente e Sociedade, ano 1, n.2, 5-24.

HOFFMAN, Jussara. Prefácio: Inclusão: sonhar um sonho possível!. In: EDLER


CARVALHO, Rosita. Educação inclusiva: com os pingos nos “is”. Porto Alegre: Mediação,
2004. pp. 9-12.

JACARTA, Declaração de. Quarta Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde.


Novos Protagonistas para ma Nova Era: Orientando a Promoção da Saúde pelo Século XXI
adentro. 21-25 de Julho de 1997. Disponível em:
<http://www.opas.org.br/promocao/uploadArq/Jacarta.pdf>. Acesso em: 20 Ago 2007.

JARA, Carlos Julio. As dimensões intangíveis do desenvolvimento sustentável. Brasília:


Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), 2001a.

______. 2001b. O Conceito de Desenvolvimento Sustentável. Disponível em:


<www.uesb.br/fito/texto/desenvolvimento%20 sustentavel.htm> Acesso em: 19 Jan 2007.

KLEIN, Madalena. Cultura surda e inclusão no mercado de trabalho. In: THOMA, Adriana da
Silva; LOPES, Maura Corcini (orgs.). A invenção da surdez: cultura, alteridade, identidade
e diferença no campo da educação.1ª reimpressão. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2005.
pp.83-102.

KRAEMER, Maria Elizabeth Pereira. Gestão Ambiental: Um enfoque no Desenvolvimento


Sustentável. 2008. Disponível em: <http://gestaoambiental.com.br/blogga/?p=101>. Acesso
em 20 Ago 2008.

LABURTHE-TOLRA, Phillipe e WARNIER, Jean-Pierre. Etnologia-Antropologia; tradução


de Anna Hartmann Cavalcanti. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.
LALONDE, Marc. The New Perspective on the Health of Canadians: a working document.
1981. Disponível em: <http://www.hc-sc.gc.ca/hcs-sss/alt_formats/hpb-dgps/pdf/pubs/1974-
lalonde/lalonde-eng.pdf>. Acesso em: 11 Set 2009.

LEFF, Enrique. Epistemologia Ambiental. São Paulo: Cortez, 2001.

LESCURA, Yara. e MAMEDE, Marli Villela. Educação em saúde: uma abordagem para o
enfermeiro. São Paulo, Sarvier, 1990.

LIMA, Francisco José de. Ética e inclusão: o status da diferença. In MARTINS, Maria Lúcia
de Araújo Ramos et al. (orgs.). Inclusão: compartilhando saberes. Petrópolis, Rio de
Janeiro: Vozes, 2006. pp-54-66.

LINS, Luciano da Fonseca. A Psicologia Arquetípica no contexto do DLS: o mito do


governante numa dimensão do coletivo. In: MACIEL FILHO, Adalberto do Rego; PEDROSA,
Ivo Vasconcelos; ASSUNÇÃO, Luiz Márcio de Oliveira. Gestão do Desenvolvimento Local
Sustentável. Recife: EDUPE, 2006. pp. 153-170.

LOPES, Maura Corcini. Surdez & Educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

MANTOAN, Maria Tereza Eglér. O direito de ser, sendo diferente, na escola. 2002.
Disponível em: <http://www.cjf.jus.br/revista/numero26/artigo06.pdf > Acesso em: 04 Mar
2009.

MARQUES, Carlos Alberto. Implicações políticas da institucionalização da deficiência. In:


Educação & Sociedade: Revista Quadrimestral de Ciência da Educação (Cedes).
Campinas: Cedes, 1998 – V.XIX, f.I.

MAZZOTTA, Marcos José da Silveira. Trabalho Docente e Formação de Professores de


Educação Especial. São Paulo: EDU, 1993.

MENON, M. G. K.. O que a ciência pode fazer pelo desenvolvimento sustentável?. Estudos
Avançados. v. 8, n. 20. São Paulo, Jan./Apr. 1994. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40141994000100003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 25 Mar 2009.

MÉXICO, Declaração do. Quinta Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde.


Cidade do México. 5-9 de Junho de 2000. Disponível em:
<http://www.opas.org.br/promocao/uploadArq/Mexico.pdf> Acesso em: 20 Dez 2007.

MINAYO-GOMEZ, Carlos e THEDIM-COSTA, Sonia Maria da Fonseca. A construção do


campo da saúde do trabalhador: percursos e dilemas. Cadernos de Saúde Pública , Rio
de Janeiro 1997. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
311X1997000600003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 07 Abr 2007.

MIRANDA, Carlos Luis de; MATOS, Aureliano da Costa. Desenvolvimento Local


Sustentável: experiência brasileira. In: Desarrollo rural sostenible com enfoque
territorial: Políticas y Estrategias para Uruguay, Seminário Nacional. Montevideo: IICA,
2003, pp.41-78.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 9. ed. Rio
de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

MORIN, Edgar. KERN, Anne B. A Agonia Planetária. In: ______. Terra Pátria. Porto Alegre:
Sulina, 2002. pp. 65-98.

OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno de. Saberes, imaginários e representações sobre pessoas


que apresentam necessidades especiais no cotidiano escolar. In: MARTINS, Lúcia de Araújo
Ramos (et al). (orgs.). Inclusão: compartilhando saberes. Petróplis, RJ: Vozes, 2006. pp.
97-105.

OLIVEIRA, Niédja Maria Galvão Araújo e. De citação de aula ministrada no curso de


Mestrado em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável na Faculdade de Ciências
da Administração – FCAP/ UPE. 09/2007.

OMOTE, Sadao. Deficiência e Não-Deficiência: Recortes do Mesmo Tecido. Revista


Brasileira de Educação Especial. V.1, N.2, p.65-74. 1994.

OPAS. Organização Pan-Americana da Saúde. sd. Disponível em:


<http://www.opas.org.br/> Acesso em: 20 Dez 2007.

OTTAWA, Carta de. Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde nos
Países Industrializados. Disponível em:
http://www.opas.org.br/promocao/uploadArq/Ottawa.pdf

PÁDUA, José Augusto. Dois Séculos de Crítica Ambiental no Brasil. In: MINAYO, Maria
Cecília de Souza; MIRANDA, Ary Carvalho de. Saúde e ambiente sustentável: estreitando
nós. 1 ª reimpressão. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006. pp. 27-36.

PASSADOR, Luiz Henrique. A noção de regra: princípio da cultura, possibilidade de


humanidade. In: GUERRIERO, Silas (org.). Antropos e Psique: O outro e sua
subjetividade. 3. ed. São Paulo: Editora Olho d’Água, 2002(a). pp. 51-63.
______. O campo da antropologia: constituição de uma ciência do homem. In:
GUERRIERO, Silas (org.). Antropos e Psique: O outro e sua subjetividade. 3. ed. São
Paulo: Editora Olho d’Água, 2002 (b). pp. 29-

PÊCHEUX, Michel. Sobre a (des) construção das teorias lingüísticas. Cadernos de


tradição do Instituto de Letras: Porto Alegre, 1998.

PERLIN, Gládis Terezinha Taschetto. Histórias de vida surda: identidades em questão.


Porto Alegre: 1999. 93 p. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós Graduação em
Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 1999.

______. Identidades Surdas. In: SKLIAR, Carlos (org.). A surdez: um olhar sobre as
diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998. pp. 51-74.

______. O lugar da cultura surda. In: THOMA, Adriana da Silva; LOPES, Maura Corcini.
(orgs.). A invenção da surdez: cultura, alteridade, identidade e diferença no campo da
educação. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2004. pp. 73-82.

PERNAMBUCO. Agenda 21 PE. Disponível em:


<http://www.sectma.pe.gov.br/download/Agenda_21_Capitulo_2.pdf>. Acesso em 20 Nov
2009.

PIRES, José. Por uma ética da inclusão. In: MARTINS, Lúcia de Araújo Ramos et al. (orgs.).
Inclusão: compartilhando saberes. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2006. pp.29-53.

QUADROS, Ronice Müller. Um capítulo da história do SignWriting.[sd]. Disponível em: <


http://www.signwriting.org/library/history/hist010.html>. Acesso em: 20 Out 2009.

______. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas,


1997.

QUADROS, Ronice Müller; KARNOPP, Lodenir Becker. Língua de sinais brasileira:


estudos lingüísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.

QUEIROZ, Marcos de Souza. Representações sobre saúde e doença: agentes de cura e


pacientes no contexto do SUDS. Campinas, SP: Editora da UNICAMP, 1991.

RECIFE. Lei nº 17.199, de 27 de abril de 2006. Institui no âmbito da cidade do Recife a


política municipal de inclusão da pessoa com deficiência. Disponível em: <
http://www.legiscidade.com.br/lei/17199/>. Acesso em:
REIS, Edmerson dos Santos. 2001. Para se pensar o desenvolvimento sustentável.
Disponível em: <http://members.tripod.com/pedagogia/desenv_sust.htm> Acesso em 23 Mar
2008.

RIBAS, João Baptista Cintra. O Olhar. In: GUERRIERO, Silas (org.). Antropos e Psique: O
outro e sua subjetividade. 3. ed. São Paulo: Editora Olho d’Água, 2002. pp.115-130.

SÁ, Nídia Limeira. Cultura, poder e educação de surdos. São Paulo: Paulinas, 2006.

______. Inclusão social pelo trabalho: Desenvolvimento humano, trabalho decente e o


futuro dos empreendedores de pequeno porte. Rio de Janeiro: Garamond, 2003.

SACKS, Olivier W. Vendo Vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. 2ª reimpressão.
Tradução Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.

SCWARTZMAN, Simon. 1999. Consciência ambiental e desenvolvimento sustentável.


Disponível em: <http://www.schwartzman.org.br/simon/ambiente.htm> Acesso em: 19 Jan
2008.

SEGRE, Marco e FERRAZ, Flávio Carvalho. O conceito de saúde. Rev. Saúde Pública. 31
(5): 538-42, 1997.

SEN, Amartya Kumar. Desenvolvimento como liberdade. Tradução de Laura Teixeira


Motta; revisão técnica Ricardo Doniselli Mendes. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

SILVA, Andréa Karla Pereira. Teorias e Conceitos de Ecologia. De citação de aula


ministrada no curso de Mestrado em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável na
Faculdade de Ciências da Administração – FCAP/ UPE. 02/2007.

SILVA, Maria de Fátima Gomes da. Uma reflexão sobre a necessária indissociabilidade
entre sustentabilidade e interdisciplinaridade. In: MACIEL FILHO, Adalberto do Rego;
PEDROSA, Ivo Vasconcelos; ASSUNÇÃO, Luiz Márcio de Oliveira. Gestão do
Desenvolvimento Local Sustentável. Recife: EDUPE, 2006. pp.39-58.

SILVA, Tomaz Tadeu da. A Produção Social da Identidade e da Diferença. In: Identidade e
Diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis: Vozes, 2000. pp. 73-102.

______. O currículo como fetiche: a poética e a política do texto curricular. Belo Horizonte:
Autêntica, 1999.

SILVEIRA, Caio Márcio. Desenvolvimento Local: concepções, estratégias e elementos para


avaliação de processos. In: FISCHER, Tânia (org.). Gestão do Desenvolvimento e
poderes locais: marcos teóricos e avaliação. Salvador, BA: CASA DA QUALIDADE, 2002.
pp. 239-244.

SKLIAR, Carlos. Apresentação: Um olhar sobre o nosso olhar acerca da surdez e das
diferenças. In: SKLIAR, Carlos (org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre:
Mediação, 1998a. pp. 5-6.

______. Prefácio. In: BOTELHO, Paula. Segredos e silêncios na educação dos surdos.
Belo Horizonte: Autêntica, 1998. 144p.

______. Os Estudos Surdos em Educação: problematizando a normalidade. In: SKLIAR,


Carlos (org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998b. pp.7-
32.

STROBEL, Karin Lilian; FERNANDES, Sueli (elab.). Aspectos Lingüísticos da Libras.


Curitiba: SEED/ SUED/ DEE, 1998.

SUNDSVALL, Declaração de. Terceira Conferência Internacional de Promoção da Saúde –


Ambientes Favoráveis à Saúde. Sundsvall, Suécia, 9-15 de junho de 1991. Disponível em:
<http://www.opas.org.br/promocao/uploadArq/Sundsvall.pdf> Acesso em: 20 Dez 2008.

The Club Of Rome. The Story of the Clube of Rome. 199?. Disponível em:
<http://www.clubofrome.org/eng/about/4/>. Acesso em: 20 Nov 2006.

THOMA, Adriana da Silva. A inversão epistemológica da anormalidade surda na pedagogia


do cinema. In: THOMA, Adriana da Silva; LOPES, Maura Corcini (orgs). A invenção da
surdez: Cultura, alteridade, identidade e diferença no campo da educação. Santa Cruz do
Sul, RS: EDUNISC, 2005. pp. 56-72.

TORREÃO, Nádia. Questões de gênero no desenvolvimento local sustentável. In: MACIEL


FILHO, Adalberto do Rego; PEDROSA, Ivo Vasconcelos; ASSUNÇÃO, Luiz Márcio de
Oliveira. Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável. Recife: EDUPE, 2006. pp. 59-
108.

______. De citação de aula ministrada no curso de Mestrado em Gestão do


Desenvolvimento Local Sustentável na Faculdade de Ciências da Administração – FCAP/
UPE. 10 Mar 2008.

UNESCO. EPD. Educating for a sustainable future: a transdiciplinary vision for concerted
action. In: International Conference on Environment and Society: Education and Public
Awareness for Sustainable, 8-12, Dec.1997, Thassaloniki. Background paper. Paris. Unesco
Publishing, 1997.
VELHO, Gilberto. Desvio e Divergência: uma crítica da patologia social. Rio de Janeiro:
Zahar, 1989.

______. Violência, reciprocidade e desigualdade: uma perspectiva antropológica. In:


VELHO, Gilberto; ALVITO, Marcos (orgs.). Cidadania e violência. Rio de Janeiro: Editora
UFRJ: Editora FGV, 1996. pp.10-24.
APÊNDICES
APÊNDICE 02 – ROTEIRO PARA ENTREVISTAS SEMIESTRUTURADA

Identificação: __________

Antes de tudo, gostaria de agradecer a disponibilidade em contribuir com esta pesquisa.

Questões sobre o trabalho

- Desde quantos anos trabalha? Em quê?


- Sentiu alguma dificuldade para ser empregado? Qual?
- Sempre quis ser professor?
- Recebe salário fixo? Qual o seu regime de trabalho?
- O trabalho é importante para você? Por quê?
- Quais as principais limitações que você sente para exercer o seu trabalho?
- Quais as principais dificuldades vivenciadas no seu trabalho?
- O que é qualidade de vida no trabalho para você?

Questões relativas à Saúde


- Quando você adoece a quem você recorre?
- Você acha que é bem atendido?
- O serviço atende às suas necessidades?
- Quais as principais dificuldades que você encontra para usufruir desse direito básico?
- Você já procurou / já foi atendido pelo SUS?
- Tem plano de saúde? Já tentou se tornar usuário?
- Em que ponto, você acha que o serviço de saúde poderia melhorar?
- O que é saúde para você?

Questões relativas ao lazer


- O que gosta de fazer para se divertir?
- Quanto tempo dispõe para o lazer semanalmente?

Conhecimentos Gerais / Sociedade


- Você já ouviu falar em desenvolvimento sustentável? Sustentabilidade? Educação
Ambiental? O que é isso para você?
- O que é equidade para você?
- Como você percebe que a sociedade lida com a questão da surdez?
- O que você pensa sobre inclusão social?
- Você acha que a nossa sociedade é inclusiva?
- O que você acha que poderia torná-la mais inclusiva?
- Você se sente violado em seus direitos? Como? Quais?
- O que é ser surdo para você?
- Você gostaria de ser ouvinte? Por quê?
- Você acha que os surdos deveriam ser oralizados? Por quê?
- O que você pensa sobre o bilinguismo?

Considerações
- Gostaria que você comentasse um pouco sobre a relação do seu trabalho com a sua
saúde.
- Gostaria que você comentasse a minha pesquisa.
- Você quer dar alguma sugestão?
- Acha que faltou abordar algum ponto importante?
ANEXOS
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu, Catarine Queiroz Soares Quintas, RG ______, abaixo qualificada, DECLARO para fins
de participação em pesquisa, na condição de sujeito objeto da pesquisa, que me foi devidamente
esclarecida, a qual tem por finalidade fornecer dados para a dissertação intitulada: O SILÊNCIO DO
DISCURSO DA SUSTENTABILIDADE: PROMOÇÃO DA SAÚDE DO PROFESSOR SURDO DO
RECIFE - PE, trabalho este, em processo de desenvolvimento pela autora Catarine Queiroz Soares
Quintas e orientada pelo professor doutor Sérgio Neves Dantas, na Linha de Pesquisa em Formação
de pessoas para o Desenvolvimento Local Sustentável, do curso de MESTRADO PROFISSIONAL
EM GESTÃO DO DESENVOLVIMENTO LOCAL SUSTENTÁVEL da FACULDADE DE CIÊNCIAS DA
ADMINISTRAÇÃO DE PERNAMBUCO – FCAP/UPE, quanto aos seguintes aspectos:

a. que a pesquisa objetiva investigar como a promoção da saúde do professor surdo da rede pública
da cidade do Recife pode contribuir no processo de Desenvolvimento Local Sustentável;
b. que a coleta de informações da pesquisa é feita por meio de entrevista semi-estruturada que será
filmada e fotografada, e cujo roteiro encontra-se anexado a este Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, também por mim lido;
c. que estará a mim assegurada a disponibilidade para esclarecimentos sobre a metodologia
aplicada na pesquisa;
d. que estará a mim garantida a total liberdade de me recusar a participar ou retirar meu
consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalidade alguma e sem prejuízo algum
para mim;
e. que o acesso e análise dos dados coletados se farão apenas pela autora e o seu orientador;
f. que os meus dados serão identificados por um código e não pelo meu nome, respeitando assim o
meu anonimato;
g. que a informação sobre os dados da pesquisa podem ser divulgados e publicados desde que
respeitando os itens e/f;
h. que trechos filmados da entrevista podem ser apresentados para fins ilustrativos;
i. que tenho ciência de possíveis desconfortos, como, por exemplo, a apresentação e registro dos
dados, bem como a minha disponibilidade de tempo para a entrevista, com duração de
aproximadamente uma hora e a marcação de outra entrevista, caso haja necessidade de
complementação das informações coletadas;
j. que para mais esclarecimentos ou me sinta prejudicado, posso contatar a autora pelo seu email
catarinequintas@yahoo.com.br e/ou telefone (81) 9648-2135 e o seu orientador responsável pelo
email snowdantas@gmail.com e/ou telefone (81) 9600-2001;

DECLARO, portanto, que após, convenientemente, esclarecido pela autora e ter


entendido o que me foi explicado, bem como recebido uma cópia deste termo de consentimento,
consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.

Obs: Não assine esse termo se ainda tiver dúvida a respeito.

Recife, ___ de ____ de 2009

_________________________________________
Assinatura
QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE

Nome: _____________________________________________________
RG: _________________
Data de nascimento: ___ / ___ / ___
Sexo: M( ) F( )
Endereço: _________________________________ Nº.: _____ Apto.: _____
Bairro: _____________________________ Cidade: ________________________ CEP:
__________
Tel.: ______________________ Cel.: ______________________
E-mail: _______________________________________________

Assinatura do Declarante

Você também pode gostar