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FORMAÇÃO PROFISSIONAL
FORMAÇÃO DO PEDREIRO PLENO
P R O G R A M A
Aprendendo
A Aprender
SÃO PAULO
DEZEMBRO/2000
Ilustrações:
Pedro Trench Villas Bôas Concone
Tiragem:
1.000 exemplares
Dirceu Huertas
Coordenador de Operações
Aprendendo A Aprender
José Luiz Ricca Coordenador do Programa
Paulo de Tarso Carletti Consultor
PARTICIPANTES DO PROCESSO
DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA
Aprendendo A Aprender
Organização Internacional do Trabalho CIEE
Ministério do Trabalho e Emprego FAESP/SENAR
Ministério da Educação FCESP
BNDES FESESP
CEETE Paula Souza FIESP/CIESP
CEPAM PNBE
Escola Técnica Federal de São Paulo SEBRAE
Fundação SEADE SENAC
Instituto de Cooperativismo e Associativismo SENAI
Instituto de Terras SENAT
SINDUSCON SESI
Secretaria do Governo e Gestão Estratégica Secretaria da Educação
do Estado de São Paulo do Estado de São Paulo
Força Sindical SINFAVEA/ANFAVEA
CUT ABIMAQ/SINDIMAQ
Central Geral dos Trabalhadores APARH
DIEESE Instituto UNIEMP
Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil PUC
CAT UNICAMP/CESIT
Social Democracia Sindical UNITRABALHO
Conselho de Escolas de Trabalhadores USP
PARTICIPANTES DO PROJETO
HABILIDADES BÁSICAS E ESPECÍFICAS
Secretaria da Educação CUT/CNM
do Estado de São Paulo DIEESE
CEETE Paula Souza SENAR
Instituto de Terras Conselho de Escolas de Trabalhadores
FIA/USP Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil
Prefeitura Municipal de Diadema Central Geral dos Trabalhadores
APARH Fundação Educacional do Município de Assis
SESI FIESP
SEBRAE Diretoria Estadual do MEC
SENAI Universidade Estadual Paulista/UNESP
SENAC SINDUSCON
CIEE ABIMAQ
Reconstrução, Educação, Assessoria e Pesquisa Escola Técnica Federal de São Paulo
Monitores
Andre Puccini
Elisabete Costa Dantas Strabeli
Francesco Antonio Cappo
Heloísa Helena Aragão e Ramirez
Hilda Bento Rodrigues
José Carlos Rocha
Parcerias
Associação de Mulheres do Jardim Colorado
Comunidade Menino Deus
Argamassa Quartzolit Ltda.
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI/Tatuapé
Monitores
Andre Puccini
Elisabete Costa Dantas Strabeli
Parcerias
Movimento de Moradia Paulista - MOMPA
Depósito de Material de Construção Águia de Haia
Comunidade Kolping São Francisco - Guaianazes
FORMAÇÃO DO PEDREIRO PLENO
Não fosse o mundo inteiro uma grande obra
um canteiro em constante construção...
Apresentação
Armando de Freitas
Walter Barelli
Secretário do Emprego e Relações do Trabalho
INTRODUÇÃO .............................................................................................. 19
Sumário
MÓDULO I - ASSENTADOR DE BLOCOS E TIJOLOS ................................... 25
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 99
1
Moraes, Vinícius de. O Operário em Construção. Obra poética. P.386 a 387
Cerca de 600.000 anos separam-nos dos Como observa-se neste breve relato da
primeiros homens que habitavam a história da humanidade, a moradia
Terra. O Australopiteco (o Piteco, hoje evoluiu na medida da evolução do
recriado magistralmente pela pena de homem, porque este, por sua própria
Maurício de Sousa) utilizava os fragilidade, não pode prescindir do
instrumentos que a natureza colocava abrigo, da segurança de quatro
ao seu alcance pedras, bastões ou paredes.
ossos longos de animais; como abrigo,
usava as cavernas, que enfeitava com Por toda a História, as camadas mais
pinturas de animais (pintura rupestre). oprimidas da sociedade foram as
Quando o clima tornou-se rigoroso e as responsáveis pela construção das
geleiras cobriam extensas regiões, o cidades: primeiro, em sistema de
homem já se encontrava melhor escravidão; depois, como dizia o poeta:
equipado para sobreviver. Além de criar operário em construção.
novos instrumentos como a lança,
entendeu que a vida em grupo garantia- E, assim, como a demanda da área da
lhe a sobrevivência. Em grupo caçava e construção civil é, por tradição,
com as peles, vestia-se e construía preenchida pelas classes menos
abrigos; perdendo o medo, domesticava favorecidas, esse aprendizado sempre se
os animais. deu no próprio canteiro de obras,
obedecendo a um sistema mais ou
Quando o clima tornou-se mais quente menos hierárquico.
por volta de 10.000 a.c, os vales
tornaram-se férteis e o homem, JUSTIFICATIVA
acostumado a viver em grupo e
possuidor de rebanhos, começou a A opção pela organização de um
construir (de novo em grupo) habitações itinerário formativo voltado para a área
sólidas e duráveis nas margens e vales da construção civil, visando à formação
dos rios, formando aldeias. do pedreiro pleno, nasceu da proposta
da comunidade que integra o Conselho
Estava inventado o mutirão. de Compromisso do Centro Público de
Formação Profissional de Vila Formosa.
Formação
do Pedreiro
Pleno
Módulo I
Assentador de
Blocos e Tijolos
OBJETIVO CONTEÚDOS
§ O processo da comunicação: falar,
- Reconhecer a importância da
ouvir, ler e escrever;
comunicação nas relações
interpessoais e no ambiente de § Os fatores facilitadores e
trabalho; dificultadores da comunicação;
§ As linguagens não-verbais;
- Desenvolver as capacidades de
comunicação em diferentes § O desenvolvimento do raciocínio
linguagens; lógico;
§ As quatro operações básicas da
- Desenvolver a capacidade de realizar
matemática;
estimativas e cálculos aproximados e
utilizá-los na verificação de § Unidades de medidas;
resultados de operações
§ A solução de situações-problema;
matemáticas;
§ A leitura e o entendimento de plantas
- Conhecer e utilizar baixas;
adequadamente as unidades de
§ Noções básicas de informática.
tempo, distância, líqüidos e medidas
de peso; TÉCNICAS DIDÁTICAS
- Pensar de forma criativa, As atividades em Habilidades Básicas
raciocinar, tomar decisões, resolver foram desenvolvidas de maneira que os
situações-problema, aprender a aprendizes adquirissem a percepção da
aprender. Tomar contato com importância da linguagem oral e escrita
plantas baixas e aprender a no desempenho profissional e nos
interpretá-las; relacionamentos interpessoais, a
adequação das variedades da língua às
- Conhecer e utilizar diferentes situações de comunicação,
adequadamente o computador durante uma entrevista, em situações de
como ferramenta de trabalho. trabalho, com os amigos, em casa;
quando devem optar pelo uso coloquial
Lidar com números geralmente se dá É importante ainda registrar a exploração Lidando com os
numa situação problemática. de situações de cálculo mental sem
registro escrito e sem utilização de
números...
Até para arriscarmos na loteca nos instrumentos, muito embora o uso da
vemos diante de um problema: que calculadora fosse incentivado em outras
números assinalar? quanto posso gastar? ocasiões.
Segurança e Saúde no
Trabalho: Uma questão Dicas para
de cidadania quem quer
Economia da obra
construir começa pela estrutura
3
Moraes, Vinícius de . O operário em Construção Obra Poética. p.388
OBJETIVO CONTEÚDO
Esse produto ficando por muito tempo Nesse caso, ela foi feita na masseira
estocado pode empedrar com a rústica, com tábuas cercando um recinto
umidade do ar, ficando sem sua força com piso firme. Colocou-se a porção de
cimentante. É bom verificar se a cal, embebida em água, curando o
embalagem não se encontra danificada produto.
e, o produto conseqüentemente
deteriorado. No dia seguinte, foram misturados os
demais materiais: areia e cimento,
COMO COMPRAR? colocando-se água até obter a
consistência adequada ao trabalho.
O monitor ilustrou este item fazendo
um retrospecto histórico, lembrando A proporção traço (traço mais
que desde os tempos dos faraós utilizado é: 1 parte de cimento, 3 ou 4
egípcios, a argamassa vem sendo partes de areia média lavada, com um
utilizada para unir e revestir os blocos consumo médio de 3 l/m²) a ser usada
que formam as paredes e os muros das para as argamassas depende do local
construções. onde serão aplicadas, sendo que as
paredes externas devem ser construídas
Passaram, então, a discutir a proporção com argamassa diferente daquela a ser
dos elementos que a compõem. Por usada para erguer uma parede interna.
exemplo: para cada 2 latas (de 18 litros)
de cal hidratada, usa-se 1 de cimento e Todas essas noções foram adquiridas no
9 de areia. A água, chamada de água próprio fazer, sempre motivado por
de amassamento, é posta de acordo diálogos, troca de experiências, acertos
com a prática, conforme o tijolo (mais e erros, tendo mesmo sido lembradas,
poroso ou não) e a maior ou menor durante a feitura da argamassa, as
corrida desejada para a massa. receitas de bolo, principalmente por
parte das aprendizes, que enfatizaram a
COMO MISTURAR OS MATERIAIS? qualidade dos materiais para um bom
resultado.
A mistura pode ser feita de forma
manual na masseira ou na betoneira
mecânica.
4
Moraes, Vinícius de. O Operário em Construção. Obra Poética. p.386 a 387
Formação
do Pedreiro
Pleno
Módulo II
Revestidor
de Paredes
d) DIVULGAÇÃO DA SELEÇÃO
18/10/1999
CONSTRUÇÃO
Habilidades
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
Básicas
E cada filho seu como se fosse a último
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego 5
5
Holanda, Chico Buarque de. Construção, 1971
6
Holanda, Chico Buarque de. Construção, 1971
7
Holanda, Chico Buarque de. Construção, 1971
Módulo III
Assentador
de Placas
Cerâmicas
b) NÚMERO DE VAGAS
duas turmas de 15 participantes
c) CARGA HORÁRIA
- Habilidades Básicas: 30 h
- Habilidades Específicas: 40 h
- Habilidades de Gestão: 30 h
8
Holanda, Chico Buarque de. Pedro,Pedreiro. Editora de Música Brasileira Moderna, 1996
2m 3m
Área do Área do
Quadrado Retângulo
2m 2m 2m x 2m = 2m 2m 3m x 2m =
4m 2 6m2
2m 3m
9
Holanda, Chico Buarque de. Pedro, Pedreiro, 1971
11
Holanda, Chico Buarque de. Pedro, Pedreiro
12
Texto: Nem sempre a culpa é do
pedreiro Revista do Sindicato da
Indústria da Construção. p. 108
PARCEIROS
Movimento da Moradia Paulista -
MOMPA
Comunidade Kolping São Francisco -
Guaianazes
Depósito de Material de Construção
Águia de Haia.
6 Cobertura: 9 Forro:
- estrutura de cobertura em madeira; - madeira
- estrutura de cobertura metálica;
10 Revestimento-Teto e parede:
- cobertura propriamente dita: peças
- revestimento de teto;
para cobertura;
- revestimento de paredes
- fechamento e vedações;
externas;
- lajes maciças e pré-fabricadas;
- pisos internos;
- telhados de fibrocimento.
- revestimento de degraus e
7 Instalações Hidráulicas-Cavalete soleiras;
e abrigo - contrapisos;
- abrigo e rede de gás (se necessário); - argamassas para revestimento.
- rede de água fria e quente:
tubulações;
Bibliografia
1. Quantos
anos tem/
teria seu
2. Qual a profissão
que exerce/
exercia seu
3. Trabalha ou
trabalhou
no campo?
4. Qual a
grau de
escolaridade?
5. Quais os benefícios
trabalhistas
que tem/tinha
6. Quantas horas/
dias trabalha/
trabalhava
7. Qual a
qualidade de vida
que tem/tinha
I I I
C Executar Fazer Aprumar, Assentar Assentar Assentar Assentar Assentar Assentar Apertar Fixar, Colocar Fixar
a alve- a marca- esqua- blocos blocos blocos blocos blocos blocos a alve- tacos, vergas tubula-
naria de ção da drejar, cerâ- cerâmi- de de vidro sílico- especiais naria marcos e ções e
vedação alvenaria nivelar e micos cos apa- concreto calcário (cobogós, contra- caixas
alinhar rentes modular) marcos embu-
alvenaria de es- tidas
quadrias
III II II II II II
Anexo 4
DOBRAR
COLA
Outros:
PLENO
PEDREIRO
DO
FORMAÇÃO
ENDEREÇO:
REMETENTE:
GOVERNO DO ESTADO DE
SÃO PAULO