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INTRODUÇÃO A AERODINAMICA NÃO

ESTACIONARIA

Quanto rápido se desenvolvem as cargas aerodinâmicas ?


Consideramos um aerofólio com corda c com um ângulo de
incidência inicial α. O aerofólio aumenta o ângulo por 50%, de
repente. 90% de aumento da sustentação ocorre depois que o
aerofólio se deslocou 15 cordas.
AERODINAMICA NÃO ESTACIONÁRIA
• Nesta seção se trata de forças aerodinâmicas que agem sobre a
aeronave e são resultado das vibrações da mesma.

• As vibrações da asa causam perturbações no escoamento.

• As perturbações se propagam e causam mudanças de pressão sobre a


superfície da asa, que dependem de tempo.

• A diferença de pressão entre a parte inferior e superior da superfície


afeita as vibrações mecânicas.

• Equações lineares, fundamentais são apresentadas.


• Princípios de técnicas computacionais são esquematizadas.
Suposições Fundamentais
1. Escoamento isentrópico, conservação de massa e momento.
2. Escoamento não viscoso e não rotacional.
3. Perturbações pequenas que permitem linearização em torno de um
estado de equilíbrio .
• Incógnitas de uma partícula de fluido:
- pressão, p
- densidade, ρ
- as componentes perturbadas de velocidade u, v, w
V  V  u  iˆ  vjˆ  wkˆ 1
(muitas formulações usam U∞ em vez de V)
• Operadores de derivadas parciais
  
  iˆ  ˆj  kˆ
x y z
 2
 2
 2
2     2  2  2
x y z
D 

  V 
Dt t

Escoamento isentrópico
• Isentrópia significa

p   
  2
p   
• Conservação de massa

t
 
  V  0  3
• Conservação de momentum (equação vetorial)

DV p
  4
Dt 

• Temos cinco equações e cinco incógnitas escalares.


Escoamento Não Rotacional
• Existe um potencial escalar de velocidade φ que gera

V    5
Se e somente se (Sse) V  0
• Equação de Bernoulli
p  p p  p
Cp  
1 
V 2 p M 2
2 2
 /   1
    
 V V  2 
2    1 2  t  
  1  M   1    1 6
 M 2   2  V 2
 
     
Onde a velocidade de som e o numero de Mach são

dp p V
a  M 
d  a

As cinco equações estão reduzidas às duas

1   2     
 2  t      t 2     2    0 7
2

a   

e
a 2  a2 V 2     
    8 
 1 2  t 2 
Perturbações
• Todas as perturbações são pequenas em relação aos V, p∞ e ρ∞ .
• O potencial de velocidade perturbado é

ˆ ˆ ˆ


ˆ    Vx  u  v w
x y z

• A equação de Bernoulli (8) torna-se

p  p 2 ˆ 2 ˆ
Cp    2 9
q V x V t

1
onde q V 2
2
• A equação (7) torna-se uma equação linear ( perturbações pequenas)
de potencial

1   2ˆ  2ˆ  2 ˆ

2ˆ  2  2  2V V 2
2 
0 10 
a  t xt x 

Esta é uma equação escalar com uma incógnita ˆ


que tem que cumprir condições de contorno.
Simetria e Anti-simetria
• A linearidade permite a superposição de caso simétrico ( espessura) e
anti simétrico (sustentação):
• O caso simétrico (espessura) não gera sustentação
• caso de sustentação:
- perturbações pequenas significa w(x, y, za, t) ≈ w(x, y, 0, t)
ˆ
- w  z é simétrico em relação ao z (continuo)

- ˆ e p são anti simétricos em relação ao z (descontínuos)

pl  pu 4   1   ˆ
C p 
q
   
V  x V t 
  x , y , 0 
,t  11
Condições de Contorno
• Condição de contorno no corpo ( asa, empenagem, etc. ): a
velocidade normal do fluido na superfície do corpo = velocidade normal
do corpo
ˆ  
w( x, y, 0, t )     V  z a  x, y , t  12 
z z 0 ,0  t x 

• Condições de contorno fora de corpo: continuidade de pressão


significa
 1 ˆ
 x V t  
 ,t  0 13

 x, y , 0

no bordo de fuga ( condição de Kutta )

• Condição de contorno na infinidade


Teoria das Faixas
• A asa é dividida em faixas que são desacopladas em relação à
aerodinâmica.
• As linhas divisórias são paralelas ao corrente livre de escoamento.
• Supor-se que o aerofólio e a superfície de comando tem cordas
rígidas.
• As forças aerodinâmicas são calculadas com aerodinâmica
incompressível bidimensional.
• Pode-se adicionar efeitos tridimensionais, de Mach e enflechamento.
Exemplo de Modelo para Teoria das Faixas
Seção Típica em Escoamento Incompressível Bidimensional
Formulação de Theodorsen (1935)

Thodorsen resolveu a equação de Laplace para perturbações pequenas

2ˆ  0
com as condições de contorno:
za za
w V
t x
 wa  x, t  ; para z  0,  b  x  b

e a hipótese de Kutta ( velocidades e pressão finitas e continuas no


bordo de fuga x = b.
A sustentação e o momento de arfagem finais, por exemplo:

 1  
L   b  h  V   ba   2VbC  k   h  V   b   a   
2
 
 2  
 1  1  
M   b 2 bah  Vb   a    b 2   a 2   
 2  8  
 1  1  
+2Vb  a   C  k   h  V   b   a   
2

 2  2  

onde k = ωb/V, é nomeada freqüência reduzida e C(k) é a função de


Theodorsen, ligada a circulação.

Existem pelo menos duas simplificações comuns das equações acima,


em uso especialmente em mecânica de vôo.
• Supor-se que todas as cargas aerodinâmicas podem ser calculadas com
formulas de estado estacionário, a não ser que o ângulo de ataque α é
substituído pela inclinação instantânea entre o vetor resultante de
velocidade e a linha de corda.
L  2Vb  h  V  
M   L ba   b / 2  

• A aproximação melhor, estado quase estacionário, negligencia as


influencia de vórtices da esteira, substituindo C(k) por 1 quando k tende
ao zero.
 1  
LQS   b 2  h  V   ba   2Vb  h  V   b   a   
 2  
 1  1  
M QS   b 2 bah  Vb   a    b 2   a 2   
 2  8  
 1  1  
+2Vb  a    h  V   b   a   
2

 2  2  
Forma Matricial de Formulação de Theodorsen

• A seção oscila harmonicamente em 3 graus de liberdade.

h j / b j 
  it
 j    j  e
x i , t   14 
  
 j 
onde hj, αj, βj são amplitudes complexas em seção j.

• A matriz de coeficientes de forças aerodinâmicas é definida

F  ik   q  AFC ik  x ik 


j j 15 
onde k  b / V é a frequência reduzida
 L j b j 
 
Fj  ik    M  j  16 
M 
 j 
é um vetor de momentos por unidade de envergadura.

• Expressões analíticas para

   M nc k 2    Bnc   C  k R1  S2  ik 
 AFC j  ik    2b 2j     17 
   K nc   C  k R1  S1  

onde C(k) é a função de Theodorsen


A Função de Theodorsen

C  k   F (k )  iG(k ) 
H1
2
k 
18 
H1  2
 k   iH 0  2

onde H n 2 é a função de Hankel qual se relaciona com as funções


de Bessel

H n 2  k   J  k   iYn  k 

• Para aerodinâmica estacionaria (k = 0), C(0) = (1.0,0.)


As partes real e imaginaria de C(ik) vs. 1/k são:
As Matrizes com Termos Reais do [AFCj]

• Em consequencia da hipótese de potencial linearizado de escoamento


incompressível resulta:
- centro de pressão resultando do α fica no quarto da corda, aac = -1/2
- a inclinação do coeficiente de sustentação Clα = 2π
• Matriz de massa aparente

  a T1 
 
 M nc    a   a  1/ 8 T13 
2

 
 1
T  T13 T3 /  
• Matriz aerodinâmica de amortecimento, sem circulação

0  T4 
 
 Cl 
 Bnc   0    aac  a  T16 

 2 
 
0 T17 T19 /  

• Matriz de rigidez aerodinâmica, sem circulação

0 0 0 
0 0 
 nc  
K   T15 

0 0 T18 /  
• Matrizes de coeficientes circulatórios

R1  Cl Cl  a  aac   T12 


T

 S1   0 1 T10 /  
  Cl  T11 
 S2   1   aac  a  
  2  2 

onde Ti são funções trigonométricas de locação da dobradiça c.

• Clα e aac podem ser definidos de acordo com as teorias 3-D de estado
estacionário ou de medições provenientes de túnel de vento.
• Correção Prandtl-Glauert de compressibilidade e enflechamento :
Cl
Cl  19 
1  M 2 cos 2 
[AFC] da Asa Inteira
• Para ns faixas aerodinâmicas

 d1  AFC1  ik1   0 0
 
 AFC (ik )   0 d 2  AFC2  ik2   0  20 
 
 0 0 

• onde dj é a largura da seção j e kj = kbj / bref .

• [AFC(ik)] relaciona amplitudes complexas de forças às amplitudes


complexas de deslocamento.

F ik   q  AFC ik  x ik   21


onde

  L1b1   h1 / b1 
M    
  1   1 
F    M  1   x   1 
 L b  h / b 
 2 2  2 2
   
Coeficientes de Forças Aerodinâmicas Generalizadas

• Suponha
x ik     ik 
A  22
• onde [φA] é uma matriz modal 3ns x nm de valores hj/bj, αj e βj .

• Substituição in Eq. (21) e pré-multiplicação por [φA]T resulta em

P ik   q Q ik   ik 


h s  23

onde
Qs  ik   A   AFC  ik  A 
T

é a matriz de coeficientes de forças aerodinâmicas generalizadas, não


estacionarias.
Aerodinâmica não Estacionaria, Linear, Tridimensional
• A asa oscila de maneira harmônica
za  x, y, t   za  x, y  eit 24 
• Em consequencia, as velocidades e as pressões perturbadas oscilam de
maneira harmônica também.
w  x, y,0, t   w  x, y  eit , C p  x, y,0, t   C p  x, y  eit  25
• A equação do potencial e as condições de contorno se juntam na
seguinte equação integral
w  x, y, k  1
V

8  C  ,; k , M  K  x   , y ; k , M  d d  26 
S p

• Expressões para a função núcleo K, em configurações planares, não


planares e superfícies múltiplas se acha em literatura.
• Tem que resolver a equação para uma distribuição
C p e w / V dada

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