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Batera
Batera
mais um monte de opções que o mercado oferece para abafar os tambores e chegar
a um som desejado.
Não sou contra o uso desses acessórios, mas muita gente não sabe os princípios de
afinação e simplesmente chega colocando fita e gel em tudo, cobertor até o talo no
bumbo pra tentar chegar a algum lugar.
Por isso estou postando pela terceira vez um tópico que fiz já há vários anos, uns
quatro pelo menos, sobre afinação. Nas duas primeiras vezes o tópico foi caindo e
sumiu, bem, posto ele novamente agora, e se vocês gostarem quem sabe os
moderadores fixem-no.
Espero ajudá-los.
Forte abraço!
Fala galera!!!
Bom, estou aqui repostando meus artigos sobre afinação, para quem não sabe,
esses artigos foram postados no fórum
Batera há mais ou menos um ano atrás sem nenhuma pretensão de minha parte,
acabaram virando tópicos fixos e depois sumiram com uma atualização do fórum,
eu não os tinha salvado em meu computador, mas graças ao amigo lhorG_evaD,
também aqui do fórum, consegui recuperá-los. Estou aqui repostando-os, mas não
como estavam antes, divididos em
quatro artigos, agora reuni tudo, reescrevi algumas partes, adicionei outras, fiz
novas fotos, todas baseadas na minha bateria pessoal e não mais retiradas da
internet, como já disse, posto então tudo reunido, em um só texto.
Vou tomar como padrão para tentar explicar as variantes do tamanho dos
tambores um bumbo de 22 x 16, acho que o mais comum entre os kit´s de bateria
atualmente. Por motivos didáticos, não influencia o tipo de pele
usada nem a qualidade da madeira, tampouco tipos de aros, etc. Levemos em conta
que estamos pensando num mesmo material para todos os exemplos dados, ou seja,
foquemo-nos apenas na dimensão e profundidade do tambor.
A espessura do casco também influencia o som, quanto mais fino o casco mais
ressoa o som do tambores (o casco vibra mais fácil, por isso), quanto mais grosso,
mais seco, mas não vou levar em conta nos exemplos a seguir a espessura do casco,
retomando, cascos finos soam mais graves e ressoantes e cascos grossos, mais
agudos e secos, cascos rugosos absorvem mais os harmônicos e cascos lisos o
contrário, tal qual a ação de um abafador interno.
Tamanho: 22 x 16
Tom: Tom padrão
Ressonância: Ressonância padrão
Volume: Volume padrão
Tamanho: 22 x 18
Tom: Tom padrão
Ressonância: Ressonância maior que o bumbo de 22 x 16.
Volume: Volume menor que o bumbo de 22 x 16
Tamanho: 20 x 16
Tom: Tom mais agudo que o tom padrão
Ressonância: Ressonância menor que o bumbo de 22 x 16.
Volume: Volume padrão
Tamanho: 22 x 16
Tom: Tom padrão
Ressonância: Ressonância padrão
Volume: Volume padrão
Tamanho: 24 x 16
Tom: Tom mais grave que o bumbo de 22 x 16
Ressonância: Ressonância maior que o bumbo de 22 x 16.
Volume: Volume padrão
Tom 12 x 09
Surdo 16 x 16
Bumbo 22 x 16
Caixa 13 x 05
Terá um tom mais grave, com a mesma ressonância e volume do kit padrão;
Já o kit:
Terá um tom mais agudo, com a mesma ressonância e volume do kit padrão;
Falando da profundidade, o kit:
Terá o mesmo tom do kit padrão, porém com mais ressonância e menos volume do
que o kit padrão;
Enquanto o kit:
Terá o mesmo tom do kit padrão, porém com menos ressonância e mais volume do
que o kit padrão;
Portanto antes de procurar a afinação dos seus tambores, pense em qual é o timbre
natural deles, pois uma caixa de 13 x 05 não tem a mesma ressonância de uma de
13 x 03 ou 13 x 07, e não dá, para na afinação, chegar-se muito próximo do timbre
natural de um tambor de outro tamanho, mesmo usando-se peles diferentes e
afinações diferentes, cada tambor varia em uma gama fechada, para você
conseguir que uma caixa de
13 x 07 seja tão seca quanto uma de 13 x 03 você precisa aumentar a afinação, ou
seja, apertar mais a pele de batedeira, mas assim você estará trabalhando
praticamente fora da gama sonora da caixa e mesmo assim o volume não será igual
ao de uma 13 x 03, assim como o inverso é verdadeiro, uma caixa de 13 x 03 nunca
terá corpo igual ao de uma 13 x 07, para isso você tem de descer a afinação, ou
seja, afrouxar a pele de
batedeira, mesmo assim o som não fica semelhante ao da caixa citada.
Antes de comprar uma bateria procure levar em conta sua pegada, o local em que
você toca, o tipo de som que realmente busca em uma bateria, para não levar gato
por lebre e não ter que trabalhar com a bateria em uma afinação que foge da gama
sonora dos tambores, ou seja, em uma
afinação que não soa natural, nem agradável.
Quando nova, a pele tem pouca elasticidade, se você pegar a pele e olhá-la de lado,
verá que ela tem sua superfície perfeita, se sustentá-la com sua mão apoiada ao
centro, verá que a deformidade provocada é mínima.
Já uma pele usada, mesmo sem estar com sua porosidade totalmente gasta pode
estar comprometida. Se olhando-a de lado for possível identificar uma bolsa, um
"afundado", é hora de trocar de pele, sustentando-a com a mão será possível
identificar o quando essa pele, que a uma primeira olhada parecia nova, está
danificada.
Pele boa:
Pele ruim:
Quando a pele perde sua elasticidade ela perde também sua
característica sonora, e portanto, tem de se subir a afinação para aproximá-la de
seu estado original, e esta atitude vai se tornando cada vez mais freqüente, até que
a pele chega ao seu ponto máximo, estando no "talo" e não trazendo mais som de
qualidade ao tambor.
Bumbo
Em minha opinião, a assinatura do baterista é a caixa, seguida
do bumbo e depois do chimbal. No entanto, sempre começo a afinar a bateria pelo
bumbo, pois apesar dele estar em segundo na minha lista de prioridades, é ele que
tem a menor gama em termos de volume e ressonância, visto que o batedor do
pedal atinge sempre um local pré- determinado o que já impede grandes variações
sonoras quando se trata de escolher o locar a se tocar no tambor, por isso,
independente do estilo, o baterista acaba sem muitas opções para o bumbo, que
não pode ressoar
demais, não pode ficar com pouco volume, pois senão é encoberto pelo grave do
baixo e aí, adeus cozinha.
O bumbo é um dos tambores da bateria, apesar de muitas vezes não se visto assim,
e sim apenas como um suporte para os tons ou onde se gera um grave que marca a
música junto com baixo.
Bom, esse pensamento não é de todo errado, e o baixo, por mais grave que seja,
ressoa, em qualquer nota. Fale para o seu baixista abafar o som do baixo dele,
provavelmente ele vai falar que se ele abafar ele vai matar o som, eu penso assim
para o bumbo e a bateria em geral também.
Pense no bumbo não mais como um suporte para tons, mas como um tambor, que
deve ressoar.
Divida-o em três partes, são elas:
Casco e parafusos
Pele batedeira
Pele resposta
Lembre que este procedimento é padrão para todos os tambores, mas não vou
repeti-lo aqui, entretanto, quando você for afinar a caixa, tons, surdos, etc. Siga
com esse procedimento antes de tudo. Verificado os barulhos, coloque ambas as
peles, tanto a de batedeira quanto a de resposta, aperte os parafusos com as mãos,
até o máximo que
conseguir, é a partir daí que vamos afinar o tambor. Lembrando que se deve
afinar em cruz, independente da quantidade de parafusos de afinação que seu
tambor possui, confira abaixo na ilustração como proceder.
Um bumbo com pele de resposta sem furo soará muito mais
ressonante, e a pele de resposta terá papel muito mais importante na afinação do
que quando furada, particularmente adoro bumbo sem furo na pele de resposta, os
técnicos de som é que não gostam, pois é mais trabalhoso para microfonar,
veremos isso mais a frente. Com a pele de resposta sem furo e se o tambor for
fechado, ou seja, não tiver furação para tons, a pressão dentro do tambor será
maior, fazendo com que você
reaprenda a usar o bumbo, pois a pressão do pirulito será diferente!
A pele de batedeira vai controlar o ataque do bumbo e a resposta, a ressonância!
Tente na pele batedeira buscar o som mais grave e com maior kick possível, para
isso, parta do zero, e com a pele frouxa vá apertando até que os parafusos fiquem
firmes e a pele o mais
solta possível, para o bumbo, não importa se a pele fique muito frouxa, o que
importa é que os parafusos fiquem firmes, para que eles não se percam com a
vibração do tambor.
Feito isso vamos à pele de resposta, após afinar a batedeira iguale a tensão da pele
de resposta e depois de uma apertada a mais, como uma volta em casa parafuso de
afinação, sempre batendo no bumbo e ouvindo cada mudança que você faz, é
muito importante que se bata no bumbo com o pedal, como se fosse tocar, por isso
recomendo que peça para que alguém lhe ajude, pisando no bumbo enquanto você
o afina, assim é mais
fácil conseguir o som que procura, afinando-o da posição de quem vai ouví-lo, de
frente!
Para um som comprimido e seco, a pele de resposta geralmente fica uma ou duas
notas acima da pele de batedeira, ou seja, um
pouco mais apertada, um pouco mais aguda!
Para um som mais aberto e ressoante, comece também pela pele de batedeira, tente
nela buscar o som mais agudo e ressoante que lhe agradar, depois parta para a
resposta, ela geralmente deverá ficar na mesma tensão que a batedeira.
Caixa
Vamos partir para aquele que é considerado como o tambor mais complicado de se
afinar, a caixa!
O mesmo princípio dos outros tambores serve para a caixa, afinal, a caixa é um
tambor, e os tambores são feitos para ressoar, por isso concentre-se na afinação
sem pensar em abafar, pelo menos de início.
A caixa é o tambor mais marcante da bateria, e como, junto com o bumbo, é mais
tocado, deve estar em sintonia com ele, ou seja, um bumbo grave e comprimido,
bem seco e com bastante kick não combina de forma alguma com uma caixa aguda
e ressoante, assim como o contrário é verdade, pelo menos, essa é a minha opinião,
mas como no mundo da música a fronteira é a imaginação, crie e invente o seu som
a vontade, não
se prenda muito a regras pré-estabelecidas, esse ideal de casamento do som de
bumbo e caixa eu adquiri ao longo do tempo, de tanto ouvir e testar combinações
diferentes.
Antes de começarmos a afinar, pensemos primeiro porque a caixa é considerada
por muitos como, "o mais difícil tambor da bateria a ser afinado"? Bom, o que ele
tem de diferente de um surdo, um tom ou um bumbo? Uma esteira, e um
dispositivo que a aciona e regula sua tensão!
Já que esse é o complicador, vamos acabar com ele?
Já que ela está sem a esteira, podemos confundir a caixa com um tom, um tom
raso, mas não deixa de ser um tom, e vamos afiná-la pensando não como caixa,
mas sim como tom!
Como já dito, a pele batedeira vai dar o punch, e a de resposta vai definir o tom do
tambor!
Comecemos pela pele de resposta, para um som mais grave, procure conseguir
com ela a mais baixa, mais grave afinação possível. Para um som mais agudo
procure uma afinação mais alta para a pele de resposta, lembrando que quanto
mais esticada a pele de resposta mais sensível será o som da esteira. Feito isso
vamos agora para a pele de batedeira, para um
som mais ressoante, mais cheio, busque uma afinação mais baixa (grave), para um
som mais comprimido e fechado uma afinação mais alta (aguda), o meio termo
muitas vezes é a opção mais usada, principalmente quando não vai microfonar a
caixa ou quando se usa uma equalização flat e sem compressor e quando se quer
conseguir o timbre natural da caixa!
Afinado o tambor é hora de colocar o "complicador", a esteira.
Verifique primeiro o estado dela, se houver fios soltos, o ideal é trocar a esteira,
mas como nem sempre essa é uma opção viável, se não for possível uma nova
esteira, simplesmente arranque o fio solto com um alicate, lembrando que quanto
mais fios tiver sua esteira, mais som de esteira sua caixa vai produzir, isso significa
um som mais cheio e agradável
aos ouvidos, que soa mais suave, quanto menos fios tiver a esteira, mais ataque e
violência terá o som.
Abafar ou não? A reposta é: precisa ou não? Segue aqui a mesma regra já citada
anteriormente para os outros tambores, adicionando que, se optar por abafar o
som da caixa, pode ser usado também um simples pedaço fita adesiva dobrada em
forma de sanfona, ou ainda um pedaço de feltro colado à pele batedeira. Só é
importe lembrar que não se deve exagerar para não matar o som do tambor, pois
uma caixa muito seca, ou
completamente seca como alguns bateristas usam soa agradável acusticamente,
mas quando microfonada ela fica com um som morto, é necessário que sua caixa
ressoe, por menos que seja, pois isso é o que dá vida a ela, a caixa deve sempre
ressoar, ou não produzirá som!
Tom/Surdo
A pele batedeira vai dar o punch, e a de resposta vai definir o tom do tambor!
Repetirei aqui o que já falei anteriormente, comecemos pela pele de resposta, para
um som mais grave, procure conseguir com ela a mais baixa, mais grave afinação
possível. Para um som mais agudo procure uma afinação mais alta para a pele de
resposta. Feito isso vamos agora para a pele de batedeira, para um som mais
ressoante, mais cheio, busque uma afinação mais alta (aguda), para um som mais
comprimido e fechado uma afinação mais baixa (grave), vale lembrar que tons
furados são mais secos que os tons sem furo, assim como surdos com pés são menos
ressoantes que surdos suspensos, essa diferença existe e é perfeitamente audível,
mas não vai fazer diferença significante na sua afinação, apesar de ser uma boa
informação para você.
Lembre que até o bag de baquetas, quando preso ao surdo, influi no som final, pois
este fica mais abafado, vibra menos, particularmente, em shows eu uso o bag preso
ao surdo, mas para gravar não, não gosto que nada altere o som de meus
tambores.
Para afinar os tons e surdos é muito importante levar em conta o tamanho dos
tambores, tanto em largura, quanto em profundidade. Como já dito, quanto mais
largo for o tom/surdo (tamanho da pele), mais grave ele será, e quanto mais
profundo ele for, mais ressoante e menos volumoso ele soará. É
importante levar isso em conta junto com o estilo musical e modo como você toca,
para que você não tenha que tocar forte ou fraco demais para obter o tipo de som
que você quer.
Microfonação
Muita gente se pergunta como microfonar, a resposta é simples:
Quanto mais perto o microfone estiver da pele batedeira, mais
definido será o som. Quanto mais próximo do centro da pele estiver o microfone,
mais seco será o som. Quanto mais longe estiver o mic da pele, menos definido e
mais grave soa o som, eu gosto mais dessa opção, pois penso que assim capta-se
com mais eficiência a alma do tambor, o som que se ouve quando se toca a bateria
sem mics, o som que o baterista ouve. Se
você não quer tomar um susto com o som que ouvirá quando gravar seu kit de
bateria, opte por colocar os mics mais distantes da pele de batedeira, entretanto se
for usar e abusar de efeitos na mixagem e pós-produção do disco utilize os mics
mais próximos, pois assim os efeitos serão potencializados.
Para bumbos sem furo, procure microfonar com dois microfones, um na batedeira
e outro na resposta, assim você consegue pegar tanto o kick da batida do pirulito
na pele quanto o grave que se segue a essa batida, se não houver essa possibilidade
dê preferência por microfonar na frente do
bumbo, microfonando a pele de resposta, pois se microfonar só a pele de batedeira
o bumbo não terá peso algum.
O uso de dois microfones é útil para dar mais vida à caixa. Por ser um instrumento
que depende diretamente da esteira para que seu som característico seja emitido, é
legal microfonar a esteira, principalmente se você usa muito de notas fantasmas na
caixa e gosta que cada toque, por mais leve que seja possa ser transmitido a quem
ouve.
Entretanto, uma caixa com uma afinação impecável fica muito bem registrada com
apenas um microfone, a grande vantagem de se usar dois, é ter mais opções para se
trabalhar o som da caixa na mixagem do disco.
Penso que os tons e surdos são os tambores em que surgem menos dúvidas na hora
de microfonar.
Em geral, vale a regra, quanto mais próximo o microfone estiver da pele batedeira,
mais ressoante será o som captado, quanto mais próximo do centro da pele estiver
o microfone, mais seco será o som. Quanto mais longe estiver o mic da pele, menos
definido e mais grave soa o som captado.
Overs para os pratos. Para microfonar os pratos, usa-se microfones overs, não me
aprofundarei em detalhes técnicos para não fugir do assunto principal em foco
nem me alongar, mas basicamente, o ideal é posicionar os overs na altura das
orelhas do baterista, um de cada lado, pois ali será
captado o som que se ouve ao tocar, e assim não há susto com o resultado final. Há
a opção de se microfonar toda a bateria com overs, opção essa muito usada em gigs
de jazz, pois é o som mais natural que se pode captar.
Eu também opto pela microfonação com dois overs na altura dos ouvidos do
baterista além de um mic para o bumbo, que pode ser tanto dinâmico quanto
condenser, pois sem ele o bumbo fica "sumido" com uma microfonação feita
apenas com dois overs na altura dos ouvidos.
Será que deu pra sanar parte das dúvidas de todos? Bom, qualquer problema
sintam-se livre para mandarem-me PM ou tirarem suas dúvidas no e-mail
esalutti@yahoo.com.br (esse também é meu MSN).
Bumbos: Kick com ressonância média. Batedeira quase solta e resposta numa
afinação média-baixa, sem abafadores, um pouco de compressor e reverb na mesa
Caixa: Pressão acústica, pouca sobra. Batedeira com afinação alta, resposta numa
afinação média-alta, abafada com fita silver-tape por baixo da pele batedeira,
largura de uma tira e meia de fita cruzando a lateral da pele, caixa sem
compressor na mesa, a fita está fazendo essa função, um pouco de reverb.
Tons: Mesma afinação da caixa, porém sem fita e com um pouco de compressor na
mesa, reverb também.
Surdos: Mesma afinação e configuração de mesa que os bumbos.
Gente, esses exemplos aí são apenas para servirem como base, infelizmente não
tenho como responder pra galera que quiser saber como tal baterista afina, ou
equaliza. Na verdade até dá, mas não posso me comprometer com vocês, pois não
teria tempo hábil de responder à todos. Portanto não escrevam pedindo que eu
descubra determinada afinação que determinado baterista usou em tal show. No
mais estou aberto para dúvidas.