Aspirar…ciência

Prova modelo de Biologia e Geologia-1(11ºano)

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GRUPO I

Na rota dos lípidos

Todas as membranas biológicas apresentam a mesma organização básica, constituindo um sistema dinâmico
que se reconstrói indefinidamente e que permite o transporte contínuo de substâncias na célula. Juntamente com o
tráfego vesicular, que é um assunto importante na biologia celular da membrana, existem também rotas não-
vesiculares dentro da célula. Enquanto os lipídos são transportados como constituintes de vesículas de membrana,
organitos como mitocôndrias, plastos ou até peroxissomas adquirem os lípidos apenas por vias não-vesiculares.
Trabalhos pioneiros sobre o tráfego lipídico não-vesicular concentraram-se no retículo endoplasmático (ER). Para
resolver o enigma de todo esse tráfego não-vesicular, as proteínas de transferência de lipídios (LTPs, do inglês, lipid
tansfer protein) foram identificadas como mediadoras da transferência de lípidos através do citoplasma.
As LTP são caraterizadas em função do lípido que reconhecem, destacando-se a CERT(ceramida), a GLTP
(glicolípidos), a StAR(colesterol) entre outras. As LTP apresentam uma estrutura em forma de tampa que se abre
quando estas sofrem alterações conformacionais, permitindo que o lípido por elas transferido tenha acesso à
cavidade hidrofóbica da LTP e possa assim ser transportado por meio do citosol. Quando o complexo LTP-lípido
encontra a membrana-alvo, a proteína insere o lípido na bicamada lipídica (Figura 1). Este transporte faz-se a partir
de uma membrana rica em determinado tipo de lípido, para outra, pobre naquele lípido, que podem ser as
membranas dos organitos membranares.
A transferência dos lípidos ocorre ao acaso, o que permite supor que possam existir mecanismos de
transporte mais complexos.

Membrana do REL Membrana recetora

LTP
(Proteína transportadora de lípidos)
(Proteín
Figura 1-Esquema representativo do mecanismo de atuação das LTP.

Adaptado de https://www.shutterstock.com/es/image-illustration/

Baseado em C. Junqueira, “Organelos envolvidos na síntese e degradação de macromoléculas”, Biologia Celular e Molecular Cap.X, 9ª ed.

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1. O tipo de transporte que está na base da transferência de lípidos entre as membranas de estruturas não
vesiculares, corresponde
(A) à difusão simples e não envolve transferência de energia.
(B) a um tipo de transporte não mediado e com gasto de energia.
(C) a um tipo de transporte mediado, onde pode existir transferência de energia.
(D) a um tipo de transporte mediado sem dispêndio de energia.

2.Relativamente às LTP, podemos afirmar que são

(A) moléculas hidrofóbicas, tal como a zona apolar dos fosfolípidos e apresentam azoto na sua composição.
(B) moléculas anfipáticas, tal como os fosfolípidos e apresentam azoto na sua composição.
(C) hidrofílicas, tal como a zona polar dos fosfolípidos e não apresentam azoto na sua composição.
(D) anfipáticas, tal como todas as proteínas periféricas e apresentam azoto na sua composição.

3.As GLTP (proteína transportadora de glicolípidos) inserem os seus lípidos

(A) em qualquer uma das faces, pois a membrana é simétrica.
(B) na face interna da membrana, funcionando estes como sinalizadores.
(C) na face externa da membrana, funcionando estes como sinalizadores de substâncias nalgumas células.
(D) na face externa da membrana, junto às proteínas periféricas para reforçar a sua ligação.

4. Mitocôndrias e núcleo assemelham-se por

(A) possuírem no seu interior ácidos nucleicos e apresentarem dupla membrana.
(B) ocorrerem no seu interior todos os processos de síntese proteica e apresentarem uma dupla membrana.
(C) ocorrerem no seu interior processos da síntese proteica e de produção de energia.
(D) representarem o local onde se formam ribossomas.

5. A biossíntese dos fosfolípidos, ocorre em vias…e…de energia.

(A) anabólicas…com gasto
(B) catabólicas…com gasto
(C) anabólicas…sem gasto
(D) anabólicas…sem gasto

6.Os fundamento da teoria celular são:

(A) as células são as unidades estruturais, funcionais e hereditárias/genéticas, e é nelas que se concentra a
informação genética.
(B) as células são as unidades funcionais, podendo dividir-se quanto à organização celular em procariontes e
eucariontes.
(C) as células são as unidades estruturais e funcionais dos seres vivos, pois é através delas que se estabelecem
todas as interações com o meio.
(D) as células são as unidades reprodutoras, pois cada célula provém de uma célula preexistente.

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7. Faça corresponder cada uma das descrições relativas à microscopia expressas na coluna A ao respetivo elemento,
que consta na coluna B.

Coluna A Coluna B
A-Instrumento com poder de resolução de 1.Microscópio ótico
aproximadamente 0,15µm. 2.Objetiva
B- Forma uma imagem virtual e ampliada. 3.Ocular
C- Forma uma imagem real e ampliada.

Os avanços tecnológicos em citologia permitiram aperfeiçoar a técnica da centrifugação fracionada, que consiste em
separar os organitos em função do coeficiente de sedimentação. Os coeficientes de sedimentação de uma partícula
dependem do tamanho, da forma e densidade do meio.

8. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de

acontecimentos que ocorrem durante a centrifugação fracionada.

(A) Colocação do material (amostra e solução de sacarose) no homogeneizador.

(B) Centrifugação do sobrenadante.
(C) Isolamento do centrifugado do sobrenadante.
(D) Remoção de uma amostra de tecido.
(E) Separação e identificação dos ribossomas .

9. As LTP são proteínas muito importantes para a saúde humana, uma vez que mutações em genes que codificam
essas proteínas podem desencadear doenças graves. Um exemplo a destacar é a mutação no gene que codifica a
proteína StAR, que dá origem a uma doença congénita que interfere na síntese de esteroides, com o consequente
aumento do colesterol (precursor dos esteroides).

Explique de que forma a mutação na proteína StAR pode contribuir para o aumento da fluidez das membranas
biológicas.

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GRUPO II

O destino das Diatomáceas

No universo do fitoplâncton marinho, as diatomáceas, experimentam no fim do seu ciclo de vida condições
de stress únicas, que resultam na formação de moléculas ativas conhecidas como moléculas reativas de
oxigénio(ROM) que se acumulam no interior das células. Normalmente, as células em crescimento também
produzem baixas quantidades de ROM, que regulam vários processos metabólicos, no entanto, em quantidades
elevadas podem estar relacionadas com a morte celular programada DCP( do inglês programmed cell death) . O H2O2
é uma ROM que atua como indicador de oxidação celular.
As células abrigam várias enzimas de eliminação de ROM, as EROM, e pequenas moléculas antioxidantes,
entre elas, o NADPH, a fim de evitar o dano oxidativo e manter o equilíbrio redox.
Com o intuito de conhecer os mecanismos de resposta ao stress ambiental a nível unicelular, foi usado um
o sensor redox roGFP direcionado para várias organitos (cloroplasto, mitocôndria e núcleo) com concentrações
crescentes de H2O2.Na figura 2 os resultados que estão expressos dizem respeito somente aos cloroplastos. Nas
mitocôndrias e no núcleo apenas se verificou a formação de “subpopulações oxidadas”.

RESULTADOS
80 μM H2O2 100 μM H2O2
controlo 50 μM H2O2

Max. Red.
.
Max. Ox.
2
Tempo(min)

2
3
24
50
88
116
140
282 reduzidas oxidadas
307

roGFPOxD(%) roGFPOxD(%) roGFPOxD(%) roGFPOxD(%)

Figura 2. Distribuição de roGFP OxD em células de P. tricornutum

Legenda

(ch-roGFP) – cloroplasto (Figuras 2- letras de A a D)

As subpopulações 'oxidadas' e A cor azul representa o referencial de máxima redução e o

'reduzidas' são marcadas vermelho de máxima oxidação.
respetivamente por caixas Os referenciais foram obtidos pela adição de ditiotreitol 2
tracejadas vermelhas e azuis
μM (DTT) e 200 μM H2O2 respetivamente.
( Figuras 2 -C ).
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Sabendo que a oxidação dos cloroplastos precede a indução de morte celular (Figura 3) os investigadores
colocaram ainda a hipótese: Será a luz uma variável indutora da acumulação H2O2 no cloroplasto?
Foram assim sujeitas populações de células de diatomáceas geneticamente iguais a este fator de stress
ambiental, a luz(quadro I). Admitiu-se que as células sensíveis adquirem o comportamento de da “subpopulação
oxidada” e as resilientes a subpopulação ”reduzida”.

Quadro I
80
Luz intensa escuro % células mortas controlo

60 Reduzidas
Subpopulações Sensíveis Resilientes Sensíveis oxidadas
ROM Elevado Baixo Elevado 40

20

0
0 80 100

Tratamento com H2O2 μM

Figura 3-Relação entre o nº de células mortas e os níveis de H2O2

Células num estado metabólico mais suscetível podem acumular altos níveis de ROM e posteriormente
morrer enqaunto as células mais resilientes podem apresentar uma oxidação mais branda, aclimatar-se e assim
sobreviver. Apesar da forte oxidação no cloroplasto, somente nos primeiros 30 a 60 minutos, , o destino da
subpopulação 'oxidada' é reversível após a remoção do stress.
Baseado em Mizrachi et al, “Light-dependent single-cell heterogeneity in the chloroplast redox state regulates cell fate in a
marine diatom”(consultado em Julho 2019)

1.O controlo desta experiência implicou a adição de

(A) 2x102 μM H2O2 para redução máxima e 2 μM (DTT) máxima oxidação
(B) 2 μM (DTT) para redução máxima e 200 μM H2O2 para oxidação máxima.
(C) 2 x 102μM (DTT) para redução média e 2 μM H2O2 para oxidação média.
(D) 2 μM (DTT) para redução média e 2x 102 μM H2O2 para oxidação média.

2.Os resultados expressos na figura 2 apresentam como variável dependente,

(A) os organitos celulares (cloroplasto, mitocôndria e núcleo).
(B) a quantidade de luz.
(C) a existência de subpopulações .
(D) A concentração de H202.

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3.A resistência das diatomáceas ao stress oxidativo, permitiu chegar à conclusão que
(A) é dependente da luz e retarda a morte celular.
(B) é independente da luz, pois na ausência de luz também são formadas células resilientes.
(C) é independente da luz, pois o comportamento em organitos que não dependem diretamente da luz foi igual
ao dos cloroplastos.
(D) o mecanismo gerador da resposta é dependente da luz e irreversível.

4. Segundo a teoria darwinista, a resposta das diatomáceas ao stress ambiental, poderá estar relacionado com
(A) a eventual seleção das diatomáceas que conseguiram desenvolver resistência à oxidação, mesmo na
presença de quantidades elevadas de ROM.
(B) O facto das populações com informação genética para a resistência à presença de elevadas quantidades de
ROM não terem sido selecionadas.
(C) A impossibilidade de detetar níveis elevados de ROM devido às mutações nas EROM .
(D) A sobrevivência diferencial dos indivíduos da espécie Phaeodactylum tricornutum que se apresentavam com
níveis baixos de ROM.

5. Considere as afirmações seguintes, relativas ao destino das diatomáceas da espécie, Phaeodactylum tricornutum.
I. Foi analisada a resposta às condições adversas do meio independentemente das diatomáceas provirem de
fenómenos de reprodução sexuada ou assexuada.
II.O NADP+ é reduzido no estroma do cloroplasto de Phaeodactylum tricornutum.
III.O aceitador final, dos eletrões existente nas cristas mitocondriais, é uma molécula inorgânica.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.

(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

6.Phaeodactylum tricornutum, é um ser… e apresenta…

(A) unicelular eucarionte…uma parede celular polissacarídica tal como os fungos.
(B) unicelular procarionte…uma dupla membrana plasmática tal como as mitocôndrias e os cloroplastos das
plantas.
(C) unicelular eucarionte …pigmentos fotossintéticos principais, dos quais se destaca a clorofila a e pigmentos
acessórios.
(D) Unicelular eucarionte…um metabolismo totalmente anaeróbio, energeticamente rentável.

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7.O ciclo celular está ligado a mudanças metabólicas, incluindo oscilações redox, e verificou-se que um maior nº
de células se encontrava na fase em que ocorre
(A) síntese de precursores da duplicação do material genético e do citoplasma- fase G1 do ciclo celular.
(B) a duplicação do material genético- fase G0 ou G1.
(C) a perceção dos sinais que permite à célula tomar a decisão de se diferenciar ou ficar em estado dormente-
fase M da interfase.
(D)a separação dos cromatídios-irmãos na metáfase- na fase mitótica.

8. Faça corresponder cada uma das descrições relativas aos processos de obtenção de matéria e energia pelos
seres vivos expressas na coluna A ao respetivo processo, que consta na coluna B.
COLUNA A COLUNA B
(a).Etapa em que ocorrem reações de
oxidação-redução envolvendo o NADPH e (1).Ciclo de Calvin
produz ADP para posterior fosforilação. (2).Ciclo de krebs
(3).Glicólise
(b).Etapa em que ocorrem reações de
oxidação-redução envolvendo o NADH e
pelo menos duas descarboxilações.

(c). Etapa onde ocorrre a fosforilação de 4

moléculas de ADP.

Os investigadores verificaram que acumulação a acumulação de ROM não estava dependente da luz,
mas a acumulação de H2O2 é maior nos períodos de luminosidade.
Uma baixa concentração de NADP+ na célula leva à acumulação de grandes quantidades de H2O2 por
reação do O2 com iões H+ resultantes da fotólise da água.

9. Explique, de acordo com resultados obtidos, por que razão, um aumento de 80 para 100 μM de H2O2 ,
conduz a um aumento da atividade das EROM, mas mesmo assim fica comprometida a sobrevivência da
espécie.

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GRUPO III

Núcleo magnético

A Terra tem um núcleo interno que supostamente é composto de ferro (Fe) e 5% da sua massa total
deve-se ao níquel (Ni). Dados obtidos em estudos laboratoriais de sismologia, utilizando para o efeito ligas
de ferro puro (hcp-Fe) sugerem que este além de ser muito denso, também tem velocidades sísmicas e
densidade mais altas 10 a 30% do que as indicadas para o núcleo, indiciando que outros elementos químicos
leves também devem estar presentes.
Várias tentativas foram feitas para estimar o efeito de elementos como o S, Si, C, O e H, na
velocidade e/ou densidade, mas enquanto essas ligas de Fe podem coincidir com algumas propriedades do
núcleo interno (isto é, densidade ou velocidade) nenhum deles combina simultaneamente, velocidades P e S
e a densidade desse núcleo, havendo assim a necessidade de continuar a pesquisa. Os resultados expressos
na figura 4 reportam-se apenas ao núcleo interno.

MATERIAL E MÉTODOS

1.Foram selecionadas ligas de hcp- Fe com carbono(C), Si(sílicio) e S(enxofre) a uma pressão de 360 GPa.

2. Com base em cálculos de dinâmica molecular ab initio ,mapeou-se a propriedade elástica das ligas hcp -Fe-
C, hcp -Fe-Si e hcp -Fe-S, combinando a densidade (ρ) e as velocidades sísmicas(P e S) com o modelo de
referência preliminar da Terra (PREM) antes da fusão.

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RESULTADOS

-----PREM Fe62 C4 -----PREM -----PREM

Fe60 Si4 Fe62 S2
Fe Fe60 C2 Fe Fe
Fe 56Si8 Fe60S4
Vp(Km/s)
Vs(Km/s)
Densidade(g/cm3)

Temperatura (K) Temperatura (K)

Temperatura(K)

Fig. 4 . Representação gráfica dos valores calculados de ρ , Vp e Vs a 360 GPa em função da temperatura
Adaptado de yunguo.li et al., “Earth and Planetary Science Letters” . vol 493. Pages 118-127(consultado em Julho 2018)

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1. De acordo com os dados da Figura 4, pode concluir-se que a velocidade das ondas volumétricas,
(A) diminui com a concomitante diminuição da densidade.
(B) diminui com o concomitante ao aumento da densidade.
(C) diminui com o concomitante aumento de temperatura.
(D) aumenta com o concomitante aumento da densidade.

2.A investigação relatada situa-se abaixo da ….. e encontra-se a uma profundidade de ….aproximadamente,
(A) descontinuidade de Lehmann…2900 Km.
(B) descontinuidade de Guttenberg…2900 Km.
(C) descontinuidade de Lehmann…5150 Km.
(D) descontinuidade de Gutenberg…5150 Km.

3.A composição litológica da crosta oceânica é…e apresenta…

(A) basáltica … densidade inferior à crosta continental.
(B) granítico … densidade superior à crosta continental.
(C) arenitos de quartzo …. densidade igual à crosta continental
(D) basáltica …. densidade superior à crosta continental.

4. Considere as afirmações seguintes, relativas ao conhecimento da estrutura interna da Terra de acordo com os
dados da figura 4.
I. A litosfera tem aproximadamente um milhar de quilómetros de profundidade.
II. O hcp utilizado na experiência representa um método direto.
III. A temperatura do núcleo terrestre é inferior a 80000 K.

(A) I é verdadeira; II e III são falsas.

(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

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5. A pentlandita ((Ni,Fe)9S8) é um sulfureto de ferro e níquel que contém quantidades variáveis de cobre. Da sua
extração, podem resultar gangas minerais, que incluem o talco e outros silicatos problemáticos que devem ser
dispersos ou comprimidos.
Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir o processo de extração do níquel
duma amostra de pentlandita.

(A)- Separação do cobre por dissolução em meio ácido.

(B)- Oxidação por aquecimento para formação da liga Monel (liga de Níquel e Cobre).
(C)- Deposição do níquel metálico.
(D)- Flotação ou concentração do sulfureto por meio magnético.
(E)- Trituração do mineral.

6. O talco apresenta …branca quando … calcite.

(A) cor … é riscado pela
(B) risca … risca a
(C) cor … risca
(D) risca … é riscado pela

7. Nas jazidas de pentlandita, podem registar-se anomalias gravimétricas _______, pois este mineral tem uma
densidade _______ do que a da rocha envolvente.
(A) negativas … maior
(B) negativas … menor
(C) positivas … menor
(D) positivas … maior

8.Ao longo de uma pluma térmica, verifica-se nas proximidades do núcleo

(A) externo, um elevado gradiente geotérmico, mas um baixo grau geotérmico.
(B) externo, um baixo gradiente geotérmico, mas um elevado grau geotérmico.
(C) interno, um elevado gradiente geotérmico, mas um baixo grau geotérmico.
(D) Interno, um baixo gradiente geotérmico, mas um elevado grau geotérmico.

9.Explique por que razão o núcleo da Terra, apesar de apresentar a mesma composição química, fornece aos
geólogos informações que lhes permite admitir a existência de duas zonas totalmente individualizadas.

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GRUPO IV
Nas entranhas do Alentejo

Na região do NE alentejano, ocorrem três maciços graníticos, que se instalaram em diferentes períodos
(antemesozóicos), mas estão espacialmente associados: Portalegre, Carrascal e Nisa, (Fig.1). Os três Maciços
graníticos estão situados no limite de contacto entre as duas zonas centrais do Maciço Ibérico, a Zona Centro
Ibérica (ZCI) e a Zona de Ossa-Morena (ZOM).
Os Maciços de Portalegre e do Carrascal correspondem a intrusões pré- varriscas*, enquanto que o Maciço
de Nisa representa um plutonismo tardi-varisco. A geocronologia da região permitiu a reconstituição desta
zona alentejana, indicando os dados que o Maciço de Portalegre foi o primeiro a instalar-se resultando da
fusão parcial da crusta aos 492 Ma. O Maciço do Carrascal resulta de uma composição litológica constituída
por rochas ígneas definindo três zonas distintas, referenciadas como granitos de bordo do Carrascal (GCB),
granitos do núcleo (GCN) e das rochas máficas (RMC). Supostamente as intrusões graníticas do Maciço
Carrascal definem duas tendências distintas sem composições intermédias, correspondendo as intrusões
graníticas a duas pulsações magmáticas diferentes.
A datação do zircão, mineral existente nos granitos, pelo método de evaporação sequencial 207Pb/206Pb,
permitiu datar os eventos cronológicos das três unidades: 486 Ma para o GCB; 479 Ma para o GCN; 471 Ma
para as RMC.
O Maciço de Nisa foi o último a instalar-se e encontra-se associado a várias ocorrências
minerais,principalmente urânio, fósforo e tungsténio.
As letras A, B e C da figura 5 correspondem a cortes geológicos. Nota: A legenda da figura encontra-se na página 12.

*varisca- termo
referente a uma
orogenia que
ocorreu entre o
Devónico e o
Carbónico.

Fig. 5-Mapa geológico de enquadramento dos Maciços de Portalegre, Carrascal e Nisa (adaptado das Cartas à escala 1:50 000 e 1:500 000).
Baseado em S., Rita:Relações petrogeoquímicos dos maciços NE do Alentejo
(https://www.lneg.pt/CienciaParaTodos/edicoes_online/teses/rita_sola) Consultado em Agosto de 2019

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Filão( quartzo) Falhas

Mineralização de urânio RMC Rochas máficas(diorito) e raras
Formações de ZCI, ZCI/ZOM e ZOM ultramáficas.471 M.a
Formação de S.
GCN Granito do núcleo (biotítico de grão Maciço do
Xistos e quatzitos
Mamede médio a fino)- 479 M.a Carrascal
Formação da Calcários e Quartzitos GCB Granito do bordo(biotítico de grão
Urra conglomerados (xistos e quartzitos)
(xistos )
médio a grosseiro)-486 M.a
V v Xistos, grauvaques e Xistos e grauvaques Xx x x Granitos de Belo Horizonte(grão fino,
v quartzitos GP3
xxX biotítico-moscovítico)
Maciço de
Granito do pinheiral (Alpalhão) xxxxxx
GP2 Portalegre
Granitos das Carreiras(grão médio a
Granitodiorito x x grosseiro, biotítico-moscovítico)
Granito de Gafete Maciço de Nisa x Xx 493 M.a.
Granitos do Cigano( grão médio,
Sienogranito de grão médio a fino GP1a
xxx biotítico-moscovítico)
Granito de Quareleiros
Sienogranito de grão médio 306 a 309 M.a. Xxx X xxX Granitos de Alagoa(grão muito
xx x xx grosseiro)
Granito de Aldeia da Mata GP1
xxx x xx Granitos pré-variscos indiferenciados
Granito de Nisa xxx xxx
Sienogranito de grão muito grosseiro xx xx Vulcânicas ácidas
Granito do Crato xx x xx
xx xx
x x
x x x
Adaptado de (https://www.lneg.pt/CienciaParaTodos/edicoes_online/teses/rita_sola)
Legenda da fig. 5 x x

1.Relativamente aos granitos representados por GP1 e GP3 podemos afirmar que resultam da consolidação de
magmas em que …
(A) a percentagem de SiO2 é inferior a 50% e que GP1 apresenta evidências de um arrefecimento mais
lento que GP3.
(B)a percentagem de SiO2 é inferior a 50% e formaram-se ao mesmo tempo que os Maciços do Carrascal.
(C)a percentagem de SiO2 é superior a 60% e que GP1 apresenta evidências de um arrefecimento mais
lento que GP3.
(D)a percentagem de SiO2 é superior a 60% e são mais recentes que o Maciços do Carrascal.

2.Os granitos do Maciço de Portalegre (GP1, GP1a, GP2 e GP3) apresentam variações texturais que são
evidenciadas …
(A) por uma diferente associação mineralógica.
(B) por cristalização fracionada de um mesmo magma parental.
(C) por diferenças no tempo de tempo de arrefecimento.
(D) por resultarem de fenómenos de assimilação magmática.

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A figura 6 pretende representar dois cortes (X e Y) assinalados na figura com as letras A, B e C.

Corte X

Falha 1

Falha 3
Corte Y
Falha 2

Fig.6

Adaptado de (https://www.lneg.pt/CienciaParaTodos/edicoes_online/teses/rita_sola)

3.A Serra de S. Mamede pertence ao ZCI (fig.6 ) e está representado por um….., em que …
(A) sinclinal…no núcleo se encontram as rochas recentes.
(B) sinforma… no núcleo se encontram as rochas mais antigas.
(C) sinclinal…a dobra apresenta concavidade voltada para cima.
(D) sinforma…a dobra apresenta concavidade voltada para baixo.

4. As falhas 1 e 3 representadas na figura resultam de um esforço…. e o plano de falha apresenta-se estriado

…à direção do movimento.
(A) compressivo…perpendicularmente
(B) distensivo…perpendicularmente
(C) compressivo…paralelamente
(D) distensivo…paralelamente

5.Os cortes X e Y correspondem, respetivamente, a

(A) A e C e atravessam somente rochas ígneas.
(B) A e C e atravessam rochas magmáticas e metamórficas.
(C) A e C e atravessam rochas magmáticas, metamórficas e sedimentares.
(D) A e B e atravessam apenas rochas metamórficas.

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6. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica da

formação do Maciço do Carrascal.

(A) Hibridação de material da crusta no período Câmbrico (+/-500 Ma).

(B) Formação do equivalente vulcânico do granito de bordo do Carrascal (GBC)
(C) Formação do granito do núcleo do Carrascal (GNC).
(D) Injeção de magma em fase de cristalização fracionada e contendo cristais de anfíbola.
(E) Fusão do granito e acumulação do diorito no topo da câmara magmática.

7.Considere as seguintes afirmações referentes a recursos geológicos.

I. Os recursos de minerais existentes em Nisa contêm elementos radioativos e são considerados recursos
energéticos.
II. Os quartzitos são rochas sedimentares resultantes da litificação das areias quartzosas.
III. O Horneblendito (rocha ultramáfica) existente no Maciço do Carrascal é mais resistente a fenómenos de
meteorização química do que os quartzitos.

(A) III é verdadeira; I e II são falsas.

(B) I é verdadeira; II e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

8.Os quartzitos e os xistos são rochas

(A) metamórficas
(B) sedimentares
(C) magmáticas
(D) os quartzitos são rochas sedimentares e os xistos são metamórficas.

Através do zircão, mineral existente nos granitos, foi possível fazer a reconstituição geocronológica dos
maciços do NE alentejano, tendo-se verificado que ocorreram no local fenómenos de cristalização fracionada e de
assimilação magmática de zonas profundas da Terra e materiais crustais, em períodos temporais distintos.

9.Explique por que razão a datação realizada em rochas magmáticas apresenta maior fiabilidade do que em rochas
metamórficas ou em sedimentares.

FIM

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 Aspirar…ciência
Prova modelo de Biologia e Geologia-1(11ºano)
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Item
Grupo
Cotação em pontos
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
I 50
5 5 5 5 5 5 5 5 10
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
II 50
5 5 5 5 5 5 5 5 10
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
III 50
5 5 5 5 5 5 5 5 10
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
IV 50
5 5 5 5 5 5 5 5 10
TOTAL 200

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