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PROPOSTA DE PROVA DE EXAME

Proposta de resolução da Prova de exame de Física e Química A


11.º Ano de Escolaridade

Duração da prova: 120 minutos. Tolerância: 30 minutos

GRUPO I
1.

1.1. (B)
Como se considera o eixo Oy com origem no solo e sentido positivo ascendente: v0 tem

valor positivo, v 0 = 20,0 m s−1 , a aceleração da gravidade tem sentido negativo, o seu

valor é negativo, g = −10 m s−2 , e a posição inicial é y 0 = 3,0 m . Substituindo na equação

geral, vem:
1
y = 3,0 + 20,0 t + ( −10 ) t 2  y = 3,0 + 20,0 t − 5 t 2
2
Assim, a opção correta é a (B).

1.2. (B)
A equação das posições que traduz o movimento de ascensão e queda da bola que parte
da posição y 0 = 3,0 m e com a velocidade inicial v 0 = 20 m s−1 , considerando o eixo Oy

com origem no solo e sentido positivo ascendente é: y = 3,0 + 20,0 t − 5 t 2 cujo gráfico é

uma parábola com origem em 3,0 m.


A equação das velocidades que traduz este movimento é: v = 20 − 10 t cujo gráfico é uma

reta com origem em 20 m s−1 , e que para t = 2,0 s velocidade se anula porque, neste
instante, ocorre a inversão de sentido do movimento.

Do exposto, conclui-se que a opção correta é a (B).

1.3. (D)
A bola regressa ao ponto de partida quando y = 3,0 m . Substituindo na equação do

movimento, obtém-se:
3,0 = 3,0 + 20,0 t − 5 t 2  0 = 20,0 − 5,0 t  t = 4,0 s

o que está de acordo com a opção (D).

1.4. (C)
Como se considera desprezável a resistência do ar, há conservação de energia mecânica
durante a subida da bola. Quando a bola atinge a altura máxima, a sua energia cinética é
nula. Assim,

1
1 v2
Ep máx. = Ec inicial  m g hmáx. = 2
mv inicial  hmáx. = inicial
2 2g

Conclui-se, assim, que a altura máxima atingida pela bola é diretamente proporcional ao
quadrado do módulo da velocidade de lançamento, o que está de acordo com a opção (C).

2.

2.1.

2.2. − 0,86 J
O trabalho realizado pelas forças dissipativas quando a esfera percorre a distância d AB é:

WF = Fa dAB cos180  WF − Fa dAB


a a

É necessário calcular o valor de d AB . Como hCB = d AB sin30 , tem-se:

1,0
d AB =  d AB = 2,0 m
sin30
Assim,
WF − 0,43  2,0 = −0,86 J
a

2.3. (A)
O trabalho realizado pela força gravítica, força conservativa, não depende da trajetória
descrita e é igual ao simétrico da diferença de energia potencial entre as posições inicial e
final.
Assim,
WF = −Ep  WF = −m g h
g g

Dado que h = 1,0 m (de C para B), então,

WF = −10 m  1,0  WF = −10 m ( J) .


g g

A opção correta é a (A).

2
GRUPO II

1.

1.1. (C)
(A) Falsa. Quando a luz atinge a superfície da fibra ótica, sofre refração, mas também se
reflete.
(B) Falsa. A velocidade de propagação da luz no ar é superior à do núcleo, mas o índice de
refração da luz no ar, nar , é inferior ao índice de refração da luz do núcleo, nnúcleo . Por

definição, o índice de refração de um meio é a razão entre a velocidade da luz no vácuo


c
e a velocidade da luz nesse meio: n = . Assim, verifica-se que a velocidade de
v
propagação da luz num meio é inversamente proporcional ao índice de refração da luz
nesse meio.
(C) Verdadeira. A onda refratada tem a mesma frequência da onda incidente, porque a
frequência de uma onda é igual à frequência do emissor, não depende do meio de
propagação. A frequência da luz mantém-se constante na refração, mas o seu
comprimento de onda depende da velocidade de propagação no novo meio. Dado que
v =  f e a velocidade de propagação da luz no núcleo é inferior à do ar, conclui-se que

o comprimento de onda da onda refratada também vai ser menor.


(D) Falsa. De acordo com a lei de Snell-Descartes,

sin50
nar sin  ar = nnúcleo sin  núcleo  1,00  sin50 = nnúcleo sin30  nnúcleo =  nnúcleo = 1,53
sin30

Se o ângulo de incidência do feixe que atinge a superfície da fibra ótica for 50º, o ângulo
de refração na fibra ótica representada na figura, com índice de refração 1,42, será:

sin50
1,00  sin50 = 1,42sinnúcleo  sinnúcleo = = 0,539  núcleo = 32,6
1,42

1.2. O valor do ângulo crítico de refração entre os dois meios óticos que constituem o núcleo e o
revestimento da fibra ótica é calculado a partir da lei da refração, considerando o ângulo de
refração igual a 90º, cujo seno é igual a 1.
Assim:
nrevestimento 1,36
nnúcleo sin c = nrevestimento sin90  sin  c =  sin  c =  sin  c = 0,958   c = 73,3
nnúcleo 1,42

Assim, se a luz incidir sempre com ângulos de incidência superiores a 73,3º, propagar-se-á
integralmente através da fibra ótica.

2. De acordo com o texto apresentado, pode indicar-se qualquer uma das seguintes aplicações:
telecomunicações; medicina; engenharia.

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GRUPO III

1. (D)
Como o sistema é isolado, a variação de energia interna é nula, logo pode escrever-se:
E A + EB = 0

mA c TA + mB c TB = 0  m c (Tf − T ) + 2 m c (Tf − 2T ) = 0  Tf − T = −2 (Tf − 2T ) 

5
Tf − T = −2Tf + 4T  3Tf = 5T  Tf = T
3
A opção correta é a (D).

2.
A = 4,0 m 2

t = 12 h = 12  3600 s  t = 4,32  10 4 s

mágua = 150 kg ; cágua = 4,18  103 J kg−1 C−1

2.1. A energia disponível, Edisponível , para o aquecimento da água não é mais do que a energia

solar absorvida pelo coletor durante as 12 h.


Edisponível = Er A t  Edisponível = 800  4,0  4,32  10 4 = 1,38  108 J

A energia utilizada, E útil , no aquecimento da água, ou seja, a energia transferida como calor

para a água até esta atingir 30 ºC, é:


Eútil = mágua cágua T  Eútil = 150  4,18  103  30 = 1,88  107 J

Dado que o rendimento do sistema é


Eútil 1,88  107
=  100   =  100 = 13,6%
Edisponível 1,38  108

2.2. (C)
Como o voltímetro está ligado aos terminais da pilha eletroquímica, então, em circuito aberto,
o valor registado (9,0 V) é igual à força eletromotriz deste gerador, pelo que as opções (A)
e (D) são eliminadas.
Em circuito fechado, de acordo com a figura, a diferença de potencial entre os terminais da
pilha é igual à diferença de potencial entre os terminais da resistência R.
Assim,
Ug = UR   − ri Ι = R Ι  9,0 − ri  0,420 = 20  0,420  0,420 ri = 9,0 − 8,4 

0,60
ri = = 1,43   ri  1,4 
0,420
A opção correta é a (C).

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GRUPO IV

1.

1.1. (A)
Observando a Tabela Periódica fornecida com o formulário, verifica-se que os três
elementos são do grupo 7, ficando o manganês no 4.º período, o tecnécio no 5.º período e
o rénio no 6.º período. Num grupo da TP, os raios atómicos dos elementos aumentam à
medida que aumenta o número de camadas de eletrões de período para período.

1.2. (D)
(A) Falsa. A energia de ionização do sódio é maior do que a do potássio, porque a existência
de maior número de eletrões internos em torno do núcleo do potássio torna menor a
força atrativa entre este núcleo e um eletrão mais externo.
(B) Falsa. Os elementos pertencentes ao mesmo período da TP têm o mesmo número de
níveis de energia ocupados.
(C) Falsa.O raio do ião 19 K + é maior do que o do ião 20 Ca2+ . Estes iões são partículas

isoeletrónicas, mas a carga nuclear do cálcio é superior. O aumento da carga nuclear


determina uma maior atração dos eletrões e, consequentemente, origina partículas
com menor raio.
(D) Verdadeira. A energia de ionização do potássio é menor do que a do cálcio, porque a
carga nuclear do cálcio é maior, aumentando assim a atração entre o núcleo e um
eletrão mais externo, dado que o número de eletrões no cerne é o mesmo (igual
blindagem nuclear).

2.

2.1. (E)
m ( rénio )
% m / m (rénio ) =  100%
m ( molibdonita )

1 10−3 kg
% m / m ( rénio ) =  100% = 1,5  10−6  100% = 1,5  10−4 %
660 kg

A percentagem mássica de rénio em molibdonita é 1,5  10−4 % .

2.2. Seja X = abundância relativa de 185


Re  1 − X = abundância relativa de 187
Re

184,953 X + 186,956 (1 − X ) = 186,207  186,956 − 186,207 = (186,956 − 184,953 ) X 

 0,749 = 2,003 X  X = 0,374 = 37,4%  1 − X = 0,626 = 62,6%

A abundância relativa do rénio natural de 185Re é 37,4% e a de 187Re é 62,6%.

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GRUPO V
1.

1.1.

1.1.1. (C)
n.o. ( O ) em O 2 = 0

n.o. ( O ) em H2 O : 2  ( +1) + x = 0  x = −2

n.o. ( O ) em H2 O 2 : 2  ( +1) + 2 x = 0  x = −1

n.o. H2 O ( −2 )  n.o. H2 O2 ( −1)  n.o. O2 ( 0 ) .

1.1.2. (B)
n.o. (Mn ) em MnO−4 : x + 4  ( −2 ) = −1  x = ( +7 )

n.o. (Mn ) em Mn2+ : n.o. = ( +2 )

Variação do n.o. (Mn ) : ( +2 ) − ( +7 ) = −5

O n.o. (Mn ) diminui. Ocorre redução de Mn  o reagente MnO−4 é o reagente oxidante.

n.o. ( O ) em H2 O 2 : 2  ( +1) + 2 x = 0  x = −1

n.o. ( O ) em O 2 = 0

Variação do n.o. ( O ) : ( 0 ) − ( −1) = +1

O n.o. ( O ) aumenta. Ocorre oxidação de O  o reagente H2 O 2 é o reagente redutor.

O peróxido de hidrogénio, H2 O 2 , atua como redutor, pois o n.o. dos átomos de O

aumenta de –1, em H2 O 2 , para zero, em O2 . O peróxido de hidrogénio, H2 O 2 , ao sofrer

oxidação, reduz o MnO−4 , atuando, portanto, como redutor.

Os respetivos pares conjugados de oxidação-redução são MnO−4 ( aq) / Mn2+ ( aq) e

O2 ( g) / H2O2 ( aq) .

1.2. Como a proporção estequiométrica é 5 mol (H2O2 )  5 mol (O2 ) , ou seja, 1:1, e o

rendimento é 100%, a quantidade de H2O2 ( aq) na amostra é igual à quantidade de O2 ( g )

libertado, ou seja, igual a 0,0123 mol.

Como M (H2O2 ) = 34,02 g/mol e m = n  M :

m (H2O2 ) = 0,0123 mol  34,02 g/mol = 0,4184 g

m ( soluto )
Como cmássica = :
V ( solução )

0,4184 g
cmássica (H2O2 ) = 3
= 8,37 g dm−3
0,050 dm

6
1.3.

1.3.1 cobre < ferro <manganês < magnésio

Como o magnésio reage com um sal de manganês em solução, isto é, reduz o ião
Mn2 + ( aq ) , significa que o poder redutor do magnésio é superior ao do manganês. Como

um arame de ferro não reage com essa solução de manganês, mas reage com uma
solução de cobre(II), significa que o poder redutor do manganês é superior ao do ferro e o
ferro tem maior poder redutor do que o cobre.
Assim, a ordem crescente do poder redutor será: cobre < ferro < manganês < magnésio

1.3.2. Para proteger o ferro da corrosão por proteção catódica, coloca-se este em contacto com
um metal mais redutor, isto é, mais facilmente oxidado, como é o caso do manganês.
Assim, o manganês seria um metal apropriado para proteger o ferro da corrosão.

2.

m
2.1. Como n = ,
M
 0,00333 g  −1
( )
s Mn ( OH)2 ( s ) =  −1 
L = 3,744  10 −5 mol L−1
 88,95 g mol 

Como Mn (OH)2 ( s) Mn2+ (aq) + 2 OH− (aq) , as concentrações dos iões na solução

saturada são:
Mn2+ ( aq) = 3,744  10−5 mol/L e OH− ( aq) = 2  3,744  10−5 mol/L = 7,488  10−5 mol/L

Como Kps = Mn2+ ( aq)  OH− ( aq) 


2

( ) ( )
2
 Kps = 3,744  10−5  7,488  10−5 = 2,1 10−13

2.2. (B)
(A) Falsa. Não há nenhuma espécie gasosa no equilíbrio de solubilidade, pelo que a
variação de pressão não altera a posição de equilíbrio do sistema. Assim, a solubilidade
do sal mantém-se.
(B) Verdadeira. Quando se adiciona, a uma solução saturada de hidróxido de manganês o
hidróxido de sódio (solúvel), introduz-se na solução um ião comum, o ião OH− :

NaOH ( aq) → Na+ ( aq) + OH− ( aq)

Consequentemente, a concentração do ião OH− aumenta e o equilíbrio de solubilidade


do Mn ( OH)2 evolui no sentido da formação de maior quantidade de sólido, diminuindo

a solubilidade deste sal e provocando uma precipitação de parte do sal dissolvido.


(C) Falsa. É endotérmica. Se o produto de solubilidade do hidróxido de manganês
aumenta com a temperatura, a elevação da temperatura provoca um deslocamento do

7
equilíbrio de solubilidade no sentido direto. De acordo com o Princípio de Le Châtelier,
um aumento de temperatura provoca a evolução do sistema no sentido endotérmico.
Logo, o sentido direto é endotérmico.
(D) Falsa. Por adição de hidróxido de sódio, aumenta OH−  . De acordo com o Princípio

de Le Châtelier, o equilíbrio de solubilidade do Mn ( OH)2 evolui no sentido inverso, ou

seja, no sentido da formação de maior quantidade de sólido, e, consequentemente,


Mn2+  diminui.

Como Kps = Mn2+ ( aq)  OH− ( aq) se deve manter constante, OH−  terá de
2

aumentar relativamente ao primeiro estado de equilíbrio, até se atingir um novo estado


de equilíbrio.

GRUPO VI
1.

1.1. (C)
N2 + 3 H2 → 2 NH3

A proporção estequiométrica é de 2 mol ( NH3 formado) para 3 mol ( H2 gasto).

m (H2 ) 1,0 g
n (H2 ) = = = 0,50 mol (libertam 15 kJ)
M (H2 ) 2,0 g mol−1

Assim, 3 mol de H2 (1 mol de reação) libertam 6  15 kJ/mol = 90 kJ/mol .

1.2. No espetro fotoeletrónico observam-se três valores da energia de remoção, sendo dois
muito próximos (1,4 e 3,6 MJ/mol) e outro bastante superior (39,5 MJ/mol), e a intensidade
relativa dos picos é 2:2:3. Então, conclui-se que os sete eletrões do átomo de nitrogénio
( 7 N) se distribuem por dois níveis de energia: n = 1 ( E1 = −39,5 MJ/mol ) , com dois

eletrões, e n = 2 , dividido em dois subníveis ( E2' = −3,6 MJ/mol e E2'' = −1,4 MJ/mol ) , com

dois e três eletrões, respetivamente, pois, como a intensidade relativa dos picos é 2:2:3, é
de prever no nível n = 1 dois eletrões e no nível n = 2 dois subníveis, um com dois eletrões
e outro com três eletrões: 7 N − 1s 2 - 2s 2 2p3 .

2.

8
2.1. A equação química que traduz a reação ácido-base ocorrida é:

NH3 ( aq) + HCl ( aq) → NH4 Cl ( aq)

nsoluto
Como c = , no ponto de equivalência, a quantidade estequiometricamente
Vsolução

equivalente de HCl gasta na titulação é


37,13  10 −3 dm3  0,1010 mol dm −3 = 3,750  10 −3 mol .
Como a proporção estequiométrica entre os reagentes da reação ácido-base ocorrida é 1:1,
no ponto de equivalência n (NH3 ) = n (HCl) = 3,750  10−3 mol .

nsoluto 3,750  10−3 mol


Como c = , c (NH3 ) = = 0,1500 mol/L .
Vsolução 25,00  10−3 L

2.2.

2.2.1. (A)
A reação completa entre soluções de um ácido forte (HCl ) e de uma base fraca (NH3 )

origina água e um sal ácido em solução aquosa com pH inferior a 7, a 25 ºC (o anião


neutro Cl− e o catião ácido NH+4 são os respetivos base e ácido conjugados produzidos).

Escolheria preferencialmente o vermelho de metilo, porque tem uma zona de viragem


inferior a 7 e contida na zona da variação brusca de pH.

2.2.2 (C)
Grupo do Francisco/mL: Média: 37,05; Desvios absolutos: 0,10; 0,10; 0; Desvio médio: 0,07

Grupo da Madalena/mL: Média: 36,96; Desvios absolutos: 0,03; 0,04; 0,01; Desvio médio: 0,03

Conclusão: Os resultados da Madalena são os mais precisos (menor dispersão).

Em relação ao valor do volume 37,13 mL como referência (suposto exato):

Grupo do Francisco/mL: Erros absolutos: 0,18; 0,02; 0,08; Erro médio: 0,09 (0,24%)

Grupo da Madalena/mL: Erros absolutos: 0,20; 0,13; 0,18; Erro médio: 0,17 (0,46%)

Conclusão: Os resultados do Francisco são relativamente os mais exatos.

«Tomando como referência os resultados obtidos pelo grupo inicial de alunos, as


medições efetuadas pelo Francisco são menos precisas mas mais exatas do que as da
Madalena.»

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