Você está na página 1de 6

162

Um passeio pelos monumentos de Passaic, Nova Jersey*

Robert Smithson

Relato de um passeio do artista a Passaic, Nova Jersey (entre muitos deslocamentos


e expedições que realiza com Nancy Holt, Michael Heizer, Carl Andre e outros
amigos a partir de meados dos anos 60, pelo território americano); é acompanhado
de uma série de imagens fotográficas. Rosalind Krauss veria no trabalho “o começo
de um modo pós-modernista de considerar a localização do monumento na entropia,
quer dizer, o non-site, o antimonumento”.
Monumento, sítio/não sítio, imagem, entropia.

Ele riu com brandura: ‘Eu sei: Não há dores, críticos e curadores” na Galeria A. M.
saída. Não pela Barreira. Talvez isso não Sachs (uma carta que eu recebera pelo cor-
seja o que eu queria, afinal. Mas isso... reio naquela manhã me convidava para “en-
isso... – Ele olhou fixamente para o trar no jogo antes que a exposição acabasse
Monumento – Parece tudo errado al- em 4 de outubro”); Walter Schatzki estava
gumas vezes. Eu simplesmente não con- liquidando “Pinturas, desenhos, aquarelas” a
sigo explicar. É a cidade toda. Isso faz “33 1/3% de desconto” Elinor Jenkins, o “ro-
com que eu me sinta fora de controle. mântico realista”, estava expondo nas Gale-
Então fico tendo esses flashes...’ rias Barzansky, mobiliário inglês dos séculos
Henry Kuttner, Piloto brincalhão 18 e 19 à venda em Parke-Bernet, “Novas
Direções na Arte Gráfica Alemã” na Casa
Hoje em dia nossas câmeras pouco so- Goethe, e na página 29 havia a coluna de
fisticadas gravam a seu modo o nosso John Canaday com texto [sobre] Temas e
mundo apressadamente arranjado e as variações usuais. Olhei para uma repro-
pintado. dução borrada de Paisagem alegórica, de
Vladmir Nabokov, Convite para uma Samuel F. B. Morse, no topo da coluna de
decapitação Canaday; o céu era um sutil cinza de papel
de jornal; e as nuvens pareciam manchas de
No sábado, 30 de setembro de 1967, fui ao suor remanescentes de um famoso aquare-
edifício Port Authority na esquina da Rua 41 lista iugoslavo cujo nome esqueci. Uma pe-
com a Avenida 8. Comprei o New York Ti- quena estátua com o braço direito para o
mes e um livro em brochura chamado alto encarava um açude (ou seria o mar?).
Earthworks (Trabalhos de terra), de Brian W.
Edifícios “góticos”, na alegoria, tinham apa-
Aldiss. Em seguida dirigi-me à bilheteria 21 e
The Monuments of Passaic, rência evanescente, enquanto uma árvore
comprei bilhete só de ida para Passaic. Segui
1967, imagens extraídas da desnecessária (ou seria uma nuvem de fu-
então até o andar de embarque dos ônibus
série de 24 fotografias em maça?) parecia inflar-se no lado esquerdo da
preto e branco a partir de (plataforma 173) e subi no de número 30 da
negativos originais de 7,6 x Companhia de Transporte Inter-City. paisagem. Canaday se referia à imagem como
7,6cm “comparável seguramente a outras represen-
Fonte das imagens: Robert Smithson,
Sentei e abri o Times. Dei uma olhada na tações alegóricas das artes, ciências e altos
seção de arte: uma “Seleção de coleciona- ideais que as universidades fomentam”. Meus
Le paysage entropique 1960/1973.
Marseille: MAC, 1994

TEMÁTICAS • ROBERT SMITHSON 163


olhos foram tropeçando pela folha de jor- cima de uma enorme fotografia feita de
nal, passando por manchetes tais como “Su- madeira e aço, e embaixo o rio existia como
bida sazonal”, “Um serviço descuidado” e um enorme filme que nada mostrava além
“Mover uma escultura de 600 quilos pode de um vazio contínuo.
ser uma obra de arte refinada também”.
Outras pérolas de Canaday confundiram A estrada de aço que passava acima da água
minha cabeça ao passar por Secaucus. “Obras era, em parte, um gradeado aberto, ladeado
realistas, feitas de cera, de carne crua cheia de calçadas de madeira, mantido seguro por
de vermes” (Paul Thek), “O Sr. Bush e seus uma armação pesada de pilares, enquanto
colegas estão perdendo seu tempo” (Jack acima uma rede desconjuntada permanecia
Bush), “um livro, uma maçã em um pires, estendida no ar. Uma placa enferrujada res-
um pano amarrotado” (Thyra Davidson). plandecia na atmosfera afiada, dificultando sua
Fora da janela do ônibus um pavilhão da leitura. Uma data reluzia à luz do sol... 1899
Howard Johnson Motor passou depressa – Não... 1896... talvez (sob a ferrugem e o res-
uma sinfonia em laranja e azul. Na página 31 plendor lia-se Dean & Westbrook Con-
em letras maiúsculas: O ESTADO DE POLÍ- tractors, N. Y.). Eu estava completamente
CIA EMERGENTE NA AMÉRICA ESPIONA controlado pela Instamatic (ou o que os
O GOVERNO. “Nesse livro você vai apren- racionalistas chamam de câmera). O ar cris-
der... o que é um transmissor Infinity.” talino de Nova Jersey tornava definidas as
partes estruturais dos monumentos, à me-
O ônibus saiu da rodovia 3, descendo pela dida que eu tirava instantâneo após instan-
rodovia Orient, em Rutherford. tâneo. Uma barcaça parecia fixada à superfí-
cie da água enquanto vinha na direção da
Li as propagandas da quarta-capa e passei ponte, fazendo o vigia fechar os portões. Das
os olhos pelo Earthworks. A primeira frase margens do Passaic observei a ponte rodar
era: “O homem morto vagava na brisa.” Pa- sobre um eixo central, a fim de permitir que
recia que o livro era sobre uma deficiência uma forma retangular inerte passasse com
do solo, e os “trabalhos de terra” se referiam
sua carga desconhecida. A extremidade da
à manufatura do solo artificial. O céu sobre
ponte em Passaic (oeste) rodava para o sul,
Rutherford era azul-cobalto-claro, um per-
enquanto sua extremidade em Rutherford
feito dia de verão indiano, mas o céu em
(leste) rodava para o norte; essas rotações
Earthworks era “uma grande couraça preta sugeriam os movimentos limitados de um
e marrom na qual a umidade cintilava”. mundo ultrapassado. “Norte” e “Sul” paira-
O ônibus passou pelo primeiro monumen- vam sobre o rio estático de uma maneira
to. Puxei a corda e saltei em uma esquina da bipolar. Alguém poderia fazer referência a
Avenida Union com River Drive. O monu- essa ponte como sendo o “Monumento de
mento era uma ponte sobre o rio Passaic direções deslocadas”.
que ligava Bergen County e Passaic County.
Ao longo das margens do rio Passaic havia
O brilho do sol de meio-dia cinematizava o
vários monumentos menores, tais como su-
local, transformando a ponte e o rio em ima-
gem superexposta. Fotografá-lo com minha portes de concreto que sustentavam a par-
Instamatic 400 seria como fotografar uma te traseira de uma nova rodovia em pro-
fotografia. O sol se tornou uma monstruosa cesso de construção. River Drive estava
lâmpada que projetava séries destacadas de parcialmente em obras e parcialmente
stills através da minha Instamatic para den- intacta. Era difícil diferenciar a
tro de meu olho. Quando andei sobre a nova rodovia da velha estrada;
ponte, era como se estivesse andando em ambas se confundiam em um

164
caos unitário. Como era sábado, muitas cano. Na verdade, a paisagem não era paisa-
máquinas não estavam sendo usadas, pa- gem alguma, mas “um tipo particular de
recendo então criaturas pré-históricas pre- heliotipia” (Nabokov), um tipo de mundo
sas na lama, ou melhor, máquinas extintas – de cartão-postal autodestrutivo, de imorta-
dinossauros mecânicos sem pele. No limiar lidade fracassada e grandeza opressiva. Esti-
da era pré-histórica das máquinas havia ca- ve vagando em um filme de imagens que eu
sas suburbanas pré e pós-Segunda Guerra quase não conseguia imaginar, mas, justamen-
Mundial. As casas se espelhavam até perder te quando fiquei perplexo, vi uma grande
a cor. Algumas crianças atiravam pedras umas placa que explicava tudo:
nas outras perto de uma vala. “Agora você
SUAS TAXAS DE PEDÁGIO EM AÇÃO
não vai mais entrar no nosso esconderijo.
Juro!”, declarou uma menina loura que tinha Rodovia Federal Departamento de Comércio
sido atingida por uma pedra. Norte Americano

Enquanto eu andava ao longo do que resta- Recursos de Crédito Ofício de Estradas Públicas
va de River Drive, vi um monumento no 2.867.000 Recursos da Rodovia Estadual
meio do rio – uma draga com um longo cano
acoplado. O cano era sustentado em parte 2.867.000
por uma armação de pontões, enquanto o
Departamento Rodoviário Estadual de Nova Jersey
resto dele se estendia por aproximadamen-
te três quarteirões ao longo da margem do Esse panorama zero parecia conter ruínas às
rio até desaparecer dentro da terra. Era pos- avessas, isto é, todas as novas edificações que
sível ouvir detritos batendo na água que pas- eventualmente ainda seriam construídas. Tra-
sava por dentro do grande cano. ta-se do oposto da “ruína romântica” porque
as edificações não desmoronam em ruínas
Perto dali, na margem do rio, encontrava-se
depois de serem construídas, mas se erguem
uma cratera artificial que continha um tanque
em ruínas antes mesmo de serem construídas.
de água límpida, e ao lado da cratera
Essa mise-en-scène antirromântica sugere a
protuberavam seis canos largos esguichando
desacreditada ideia de tempo e muitas ou-
a água do tanque para o rio. Constituía-se
tras coisas “ultrapassadas”. Mas os subúrbios
assim uma fonte monumental, de onde saíam
existem sem passado racional e sem os “gran-
seis chaminés horizontais que pareciam estar
des eventos” da história. Ah, talvez haja umas
inundando o rio com fumaça líquida. O gran-
poucas estátuas, uma lenda e umas quinqui-
de cano estava conectado de algum modo
lharias, mas não há nenhum passado – ape-
enigmático à fonte infernal. Era como se o
nas o que passa para o futuro. Uma utopia
cano estivesse secretamente sodomizando
menos um fundo, um lugar onde máquinas
algum orifício tecnológico escondido, levan-
são ídolos, o sol se tornou vidro e a fábrica
do um monstruoso órgão sexual (a Fonte)
de concreto de Passaic (River Drive, 253) tem
ao orgasmo. Um psicanalista pode dizer que
bons negócios em PEDRA, BETUMINOSOS,
a paisagem exibia “tendências homossexuais”,
AREIA E CIMENTO. Passaic parece cheia de
mas não vou chegar a essas crassas conclu-
sões antropomórficas. Vou simplesmente afir- “buracos”, comparada com a cidade de Nova
mar: “Era isso que estava lá”. York, que parece compacta e sólida, e esses
buracos em certo sentido são os vazios mo-
Mapa em negativo Ao longodo rio em Rutherford, era possível numentais que definem, sem tentar, os tra-
mostrando a região dos ouvir a voz fantasmagórica de um sistema ços de memória de uma série de futuros
monumentos ao redor do de alto-falantes e, mais fracos, os gritos de abandonados. Esses futuros se encontram em
rio Passaic uma multidão em um jogo de futebol ameri- filmes utópicos classe B, que passam a ser

TEMÁTICAS • ROBERT SMITHSON 165


imitados pela suburbanidade. As vitrinas da EASTMAN KODAK COMPANY NÃO ABRA
revenda de automóveis City Motors procla- ESSE CARTUCHO OU AS SUAS FOTOS PO-
mam a existência da Utopia por meio de DEM SER DANIFICADAS – 12 EXPOSIÇÕES –
carros PONTIACS WIDE TRACK 1968 – FILME SEGURO – ASA 125 22 DIN.
Executivo, Bonneville, Tempestade, Grand
Prix, Firebirds, GTO, Catalina e Le Mans; Depois disso voltei a Passaic, ou será que
aquele encantamento visual marcava o fim isso era a posteridade – pois tudo o que sei
da construção da rodovia. é que aquele subúrbio sem imaginação po-
deria ter sido uma eternidade desajeitada;
Em seguida desci a rua e fui parar em meio a uma cópia barata de A cidade dos imortais.
um lote de carros usados. Devo dizer que a Mas quem sou eu para pensar essas coisas?
situação parecia uma mudança. Será que Desci por um terreno de estacionamento
estava em novo território? (Um artista in- que cobria os velhos trilhos da estrada de
glês, Michael Baldwin, diz: “Seria possível ferro, trilhos que algum dia cortaram Passaic.
perguntar se o país realmente muda – ele Esse monumental terreno de estacionamen-
não muda no mesmo sentido que um farol to dividia a cidade em duas, transformando-
de trânsito muda.”) Talvez eu tenha desliza- a em espelho e reflexo – mas o espelho fi-
do para um estádio mais baixo de futuração cava trocando de lugar com o reflexo. Não
– será que deixei para trás o verdadeiro fu- se sabia nunca de que lado do espelho se
turo a fim de avançar para um falso futuro? estava. Não havia nada de interessante ou
Sim, foi isso. A realidade ficou para trás na- mesmo estranho a respeito daquele monu-
quele ponto de minha odisseia suburbana. mento plano; contudo, ele ecoava um tipo
de ideia-clichê da infinidade; talvez os ‘se-
O centro de Passaic se avultava como um gredos do universo” sejam prosaicos do
adjetivo tolo. Cada “loja” nele era um adjeti- mesmo modo – para não dizer enfadonhos.
vo encadeado ao próximo, uma cadeia de Tudo que dizia respeito àquele local perma-
adjetivos disfarçados como lojas. Meu filme necia emaranhado em afabilidade e coberto
estava acabando, e eu ficando com fome. com carros brilhantes – um após outro, eles
Na verdade, o Centro de Passaic não era se estendiam em uma nebulosidade
um centro – era antes um típico abismo ou ensolarada. As indiferentes partes traseiras
um vácuo comum. Que ótimo lugar para dos carros reluziam, refletindo o envelheci-
uma galeria! Ou, quem sabe, uma “exposi- do sol da tarde. Tirei alguns retratos lângui-
ção de escultura a céu aberto” animasse dos, entrópicos, desse monumento resplan-
aquele lugar. decente. Se o futuro é “ultrapassado” e “fora
de moda”, então estive no futuro. Estive em
No Restaurante Golden Coach (Avenida
um planeta que tinha, desenhado sobre ele,
Central, 11) almocei e recarreguei minha
um mapa de Passaic, e um mapa bastante
Instamatic. Olhei para a caixa laranja e ama-
imperfeito. Um mapa sideral marcado com
rela de Kodak Verichrome Pan e li um aviso:
“linhas” do tamanho de ruas, e “quadrados”
LEIA ESTE AVISO

Este filme será substituído se apresentar defeito


de fabricação, selagem ou empacotamento, seja
causado por nossa negligência ou qualquer outra
falha. A não ser no caso de tais substituições, a Imagem extraída da
série de 24 fotografias
venda ou o manuseio subsequente deste filme não
em preto e branco de
têm qualquer garantia. 7,6 x 7,6cm

166
e “blocos” do tamanho de edifícios. A qual- sintomas da progressiva meningite ce-
quer momento meus pés estavam aptos a rebral: o esvaziamento do cérebro.
cair através do chão de papelão. Estou con- Luis Sullivan**
vencido de que o futuro está perdido em
algum lugar nos depósitos de lixo do passa- Agora eu deveria ter a intenção de provar a
do não histórico; está nos jornais de ontem, irreversibilidade da eternidade usando uma
nos anúncios insípidos de filmes de ficção experiência de recursos escassos para com-
científica, no falso espelho de nossos sonhos provar a entropia. Imagine com o olho de
rejeitados. O tempo transforma as metá- sua mente a caixa de areia dividida em duas
foras em coisas e as guarda em depósitos com areia preta de um lado e areia branca
frios, ou as coloca nos playgrounds celestiais do outro. Pegamos uma criança e a fazemos
dos subúrbios. correr no sentido horário dentro da caixa
completando 100 voltas, até que a areia se
Será que Passaic tomou o lugar de Roma, a misture e comece a ficar cinza; depois disso
Cidade Eterna? Se certas cidades do mundo a fazemos correr no sentido anti-horário, mas
forem colocadas lado a lado em linha reta e o resultado não será a restauração da divi-
ordenadas de acordo com o tamanho, a são original e sim grau ainda maior de cinza
começar por Roma, onde Passaic estaria e aumento da entropia.
nessa progressão impossível? Cada cidade
seria um espelho tridimensional que refleti- É claro que, se filmássemos tal experiência,
ria a cidade seguinte para a existência. Os poderíamos provar a reversibilidade da eter-
limites da eternidade parecem conter tais nidade passando o filme de trás para frente,
ideias nefandas. O último monumento era mas então, mais cedo ou mais tarde, o pró-
uma caixa de areia – ou uma maquete de prio filme iria estragar ou se perder e entrar
deserto. Sob a luz morta da tarde de Passaic, no estado de irreversibilidade. De algum
o deserto se torna um mapa de infinita de- modo, isso indica que o cinema oferece uma
sintegração e esquecimento. Esse monumen- escapatória ilusória ou temporária da disso-
to de partículas diminutas resplandecia sob lução física. A falsa imortalidade do filme dá
o sol brilhando de modo desolado, sugerin- ao espectador a ilusão de controle sobre a
do a sombria dissolução de continentes in- eternidade – mas os “superastros” estão
teiros, a secagem de oceanos – não havia desaparecendo gradualmente.
mais florestas verdes e altas montanhas –
tudo o que existia se resumia a milhões de Robert Smithson (1938-1973), um dos artistas mais ino-
grãos de areia, um vasto depósito de ossos vadores e contestadores de sua geração, foi figura de
e pedras pulverizados, formando poeira.
ponta da Land Art. Através de sua prática artística e
ensaística, seu trabalho desempenhou papel radical na
Cada grão de areia era uma metáfora morta modificação das fronteiras artísticas da cultura contem-
que se igualava à atemporalidade, e quem porânea. Ver: http://www.robertsmithson.com/
decifrasse tais metáforas seria levado atra-
vés do falso espelho da eternidade. Essa cai- Tradução Pedro Sussekind
xa de areia de algum modo se dobrava como Revisão técnica Cecilia Cotrim
cova aberta – uma cova dentro da qual as
crianças brincam alegremente.
* Publicado originalmente em Artforum, dezembro 1967:48.
...todo senso de realidade se foi. Em seu A primeira versão dessa tradução apareceu em O Nó

lugar surgiram ilusões profundamente


Górdio, jornal de metafísica, literatura e artes, ano 1, n.1,
dezembro de 2001:45-47.
instaladas, ausência de reação da pupi-
la à luz, ausência de reação do joelho – ** “Um dos maiores de todos os arquitetos”, citado em
Mobile, de Michel Butor.

TEMÁTICAS • ROBERT SMITHSON 167

Você também pode gostar