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Localização:
A faixa de terra que contorna a baía de Todos os Santos, formada por mangues, baixas e
tabuleiros, é conhecida como a Região do Recôncavo
Não há ocasiões exclusivas para a realização do samba de roda, mas há aquelas nas quais
ele é indispensável.
- tradições religiosas afro-brasileiras e no catolicismo popular
- Festa dos Ibejis, Caruru de Cosme.
- Culto aos Caboclos ( viola)
- Após as festas de candomblé de rito nagô ou angola
- Nossa Senhora da Boa Morte (Cachoeira)
Samba de chula
chula (pergunta e resposta)
O samba de roda, desde antigos relatos, traz como suporte determinante tradições culturais
transmitidas por africanos escravizados no Estado da Bahia.
“O que eu sei é que partiu mais dos escravos, né? Que os primeiros habitantes da nossa
terra foram os escravos, e geralmente nos engenhos a minha mãe contava que se fazia
muito samba. De noite, quando eles terminavam o trabalho, quando iam descansar, noite de
lua, sentavam no terreiro e daí surgiam os sambas” (Maria Ana do Rosário, Saubara).
marginalização:
umas das primeiras menções a palavra samba- 1844, em Salvador, e está num relato feito
em janeiro daquele ano pelo carcereiro da prisão municipal, Joaquim José dos Santos
Vieira, ao Chefe de Polícia: : “Ontem quase 9 horas da noite, depois das prisões fechadas,
ouvi um alarme, que não podia perceber se era samba de africanos, ou de nacionais (...)
vim à guarda informar-me aonde era aquele estrondo, quando vi que era na 4a prisão desta
cadeia (...) imediatamente disse ao sargento mandasse a sentinela conter a ordem naquela
prisão: cessou o samba (...)” (Reis, 2002:130).
vinte anos após, temos a descrição de um samba no mesmo jornal. (sobre a presença das
mulheres):
“A creoula Herculana Uma chula entoou Rosa do peixe, Lourença A toada acompanhou
Caiu na roda Olegária Puxou mui bem a fieira E foi dar uma umbigada No rapaz Bastos
Pereira Este depois dum corrido Deu na creoula Clotildes A qual fez o seu peão E foi bater
na Matildes, Depois de um miudinho Que fez Antonia Dengosa Dançou Maria Libânia E
depois Maria Rosa…” O poema, aliás, segue enumerando o nome de mais 19 mulheres que
na ocasião ainda sambaram uma depois da outra.
instrumentos: Viola de machete( cada vez mais rara, pois o último artesão
conhecido de violas de samba, Clarindo dos Santos, morreu em 1980. )-
instrumento de origem portuguesa, atualmente muitas vezes substituído por
violão e cavaquinho. pandeiro, atabaque, tamborim, instrumentos de
marcação: prato e faca (tocado majoritariamente por mulheres- ligação com a
cozinha.reco reco, palmas, pares de taubuinhas
“correr a roda”
Dilma Santana, de Teodoro Sampaio, por exemplo, diz que “é obrigação da
mulher, quando ela samba mesmo, correr a roda”. A sambadeira argumenta
que “esse negócio de chegar no meio da roda, pular, pular e sair não é
samba”. Dilma lamenta que “a juventude de hoje” não esteja sambando mais
“pra correr a roda”, pois muitos estão misturando e dançando pagode como
se fosse samba de roda. Ela explica que algumas sambadeiras “chegam
assim no meio da roda, se sacodem todas no pagode e vão saindo”, o que,
no seu entendimento, está errado, sambadeira do samba da capela, de
conceição do almeida, pois no samba de roda a sambadeira “tem que correr a
roda”
Dona Dalva:
“Estou com as pernas travadas de reumatismo, a pressão circulando, a
coluna também. Mas quando toca o pinicado do samba eu acho que eu fico
boa. Eu sambo, pareço uma menina de 15 anos”.