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O significado dos números

Desde os tempos mais antigos, os homens associam idéias a números e disso surgiu a gematria. A gematria então
é quando se usa os números para expressar idéias e princípios. Veremos abaixo o significado de alguns números
que aparecem no Apocalipse:

O NÚMERO 1 – veio a ser associado com o princípio de unidade ou de existência independente. Ele forma a
raiz para a palavra “unidade”.

O MÚMERO 2 – é a duplicação de 1 e representa força. No Antigo Testamento duas testemunhas eram


necessárias para confirmar qualquer fato. Jesus enviava seus discípulos de “dois em dois”. O número aparece no
Apocalipse em referência às “duas testemunhas” (11.3-12) e às duas bestas (13.1-18).

Assim podemos entender que estes números não expressam a idéia de quantidade, mas de qualidade. Por isso
não devemos nos preocupar se virão uma ou duas bestas, mas sim que devemos estar atentos as coisas que
poderão nos afastar da vontade de Deus, caso não vigiemos. Existem muitas forças em nosso tempo que tentam
afastar o adolescente da presença de Deus, por isso esteja vigilante contra as idéias e valores que contrariem a
vontade de Deus.

NÚMERO 5 – é o número do próprio homem. Em cada mão estão cinco dedos, e em cada pé, cindo dedos.
Quando o número é dobrado para “10”, este simboliza a totalidade da vida humana. Por exemplo, os dez
mandamentos foram dados como o dever total do homem para que ele fosse perfeito na sociedade. O Apocalipse
fala de “10 chifres” ( significa poder humano completo) e “dez dias” (tempo de vida completo). Os múltiplos de
dez foram usados para mostrar totalidade: 10x10x10 = 1000 (totalidade) 12x12x10x10x10 = 144000 (significa o
número completo do povo de Deus sobre a terra).

NÚMERO 6 - era o número do mal, porque estava aquém de “7”, o número da perfeição. É uma das palavras
hebraicas básicas para “pecar” , “errar o alvo”. Isto é o que o número “6” significa. Ele simboliza o mal, porque,
como o pecado, erra o alvo da perfeição. Em apocalipse 13.18 lemos sobre o número da besta: “Aqui há
sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu
número é seiscentos e sessenta e seis.” Muitos tem dito que a besta é algum político de nosso tempo, ou o líder
religioso de alguma seita, mas o autor de João ao usar o número 666, tinha em mente falar sobre alguém daquela
época. Como já vimos o número 6 é símbolo da imperfeição, maldade, malignidade e desgraça porque se
aproxima do sete, número da perfeição absoluta, esforçando-se para imitá-lo, sem jamais conseguir. Quando o
autor do texto multiplica o número 6 por 100, soma o resultado a multiplicação dele por 10 e ainda soma ao
resultado o próprio número de unidades 6 significa a malignidade elevada ao mais grau possível. E era isso que
João queria dizer, que o imperador era muitíssimo perverso, maligno, ruim e estava a serviço de Satanás.

Uma interpretação bastante aceita era a de que Domiciano, por causa da sua maldade, representava Nero. Então
grafando o nome César Nero em caracteres hebraicos e dando a cada letra o seu valor natural corrente entre os
judeus, se tem o número 666. Assim a besta foi identificada com César Nero, na pessoa de Domiciano o
imperador da época. Também hoje existe a maldade. O mal está presente e devemos tomar cuidado com ele.
Algumas pessoas usam o nome de Deus para tirar proveito próprio e enganar muita gente. Outras se
aproximam de você demonstrando amizade, quando na verdade têm intenção de afastar você de Deus e de sua
família. Como na época do texto de Apocalipse, hoje também tem muito “lobo” em pele de cordeiro.

ALGUNS SÍMBOLOS

É interessante também procurar entender um pouco sobre alguns dos símbolos usados no apocalipse. Para que
exageros não aconteçam é preciso que tenhamos sabedoria na leitura do texto. Vejamos alguns exemplos:

1. O Filho do Homem

“E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; E no meio dos sete castiçais
um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de um vestido comprido, e cingido pelos peitos com um
cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve e os seus olhos como chama
de fogo; E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua
voz como a voz de muitas águas.” (Apocalipse 1. 12-15)
a) Os sete castiçais - representam as sete igrejas que haveriam de receber a mensagem do Apocalipse;
a) As vestes - que cobriam o personagem que João viu simbolizavam a dignidade e a função se sumos
sacerdote de Jesus;
b) O cinto de ouro- simboliza a realeza de Jesus, os cabelos brancos apresentam a função de Jesus como
juiz;
c) Os olhos como chamas de fogo - simbolizam a penetrante visão e a ira consumidora de sua santidade
contra o pecado;
d) Os seus pés, semelhantes a latão ou bronze reluzente - simbolizam o poder de Jesus para acabar com os
inimigos do reino de Deus e voz de muitas águas simboliza uma voz poderosa e forte.

2. O dragão vermelho
No capítulo 12 de Apocalipse temos a narrativas de quatro batalhas de Satanás. Satanás é descrito como o
dragão vermelho que chefia o conflito contra Deus. O vermelho simboliza, a cor de sangue e de guerra, tem sete
cabeças, o que simboliza grande astúcia e ao mesmo tempo, tremenda resistência, tem dez chifres, o que
simboliza grande poder, tem sete diademas, como os que os reis usavam, significando muito poder e autoridade.
Com seu poder ele derrubou a terça parte das estrelas do céu. Satanás é um monstro hediondo, belicoso, astuto,
resistente e muito poderoso. Contudo a narrativa de que apenas a terça parte foi derrubada, significa que seu
poder é limitado.

O objetivo destes símbolos é dizer que não podemos nos descuidar em nossa vida de comunhão com o Senhor, é
preciso que estejamos atentos pois as forças que tentam nos afastar de Deus são grandes. As amizades indevidas,
os lugares duvidosos, os pensamentos maldosos, à vontade de vingança, o orgulho, a desobediência aos pais e os
valores do mundo, são forças poderosas que procuram nos afastar de Deus. Por isso esteja alerta, não dê chance,
não abra a guarda.

3. A besta
Em Apocalipse 13. 1-10 temos um relato sobre a besta que subiu do mar. Essa besta é a representação simbólica
do imperador romano que na época era Dominiciano. Suas setes cabeças representam sua tremenda resistência,
os dez chifres representam seu enorme poder, os diademas representam sua realeza e autoridade.

Nos versos seguintes de Apocalipse 13. 11-17 temos uma segunda besta que simboliza uma comissão imperial
encarregada de promover o culto ao imperador em todo o mundo dominado. Essa comissão tinha interesse na
região da Ásia Menor e seus membros eram responsáveis de erigir estátuas do imperador, multiplicar sua
imagem e espalhá-las por todo o império. Essa segunda besta representa a falsa religião. Que procura a adoração
dos homens que se divinizam.

Os símbolos sobre a besta, são um alerta para o adolescente de hoje, não para ficar com medo de qualquer
animal que passe a sua frente, mas para entender que em todas as épocas sempre surgiram pessoas que se
utilizam da religião para enganar e manipular. Essas pessoas se apresentam como representantes de Deus, mas só
estão interessados em nos usar.

Um outro texto que vale a pena destacar é o de Apocalipse 14. 9-12, onde se trata da ruína dos adoradores da
besta. Neste texto o autor tenta consolar os cristãos que naquele período sofriam perseguição e viam os
adoradores da besta (Imperador) viverem cômoda e tranqüilamente, livres de problemas.

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