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Superior Tribunal de Justiça

RECURSO ESPECIAL Nº 861.296 - CE (2006/0137125-9)

RELATOR : MINISTRO FRANCISCO FALCÃO


RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL
PROCURADOR : MARIA CLÁUDIA GONDIM CAMPELLO E OUTROS
RECORRIDO : SÉRGIO BARBOSA DE SOUZA E OUTROS
ADVOGADO : PATRÍCIA PINHEIRO CAVALCANTE E OUTROS
EMENTA

TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSTO DE RENDA. ABONO


PECUNIÁRIO DE FÉRIAS. LICENÇA-PRÊMIO. APIP. NÃO-INCIDÊNCIA.
SENTENÇA CERTA E DETERMINADA. REGULAÇÃO DE RELAÇÃO JURÍDICA
CONDICIONAL. POSSIBILIDADE. ART. 333 DO CPC. TAXA SELIC. FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SÚMULA Nº 07/STJ.
I - Não foi prequestionado o art. 333 do CTN, porquanto o aludido dispositivo não
foi abordado pelo Tribunal a quo, nem tampouco foram opostos embargos de declaração
objetivando prequestioná-lo, insurgindo-se na espécie a incidência das Súmulas nºs 282 e
356 do STF.
II - Também não foi prequestionada o tema suscitado pela recorrente no sentido
de que o Tribunal a quo agravou a condenação da Fazenda Pública, em reexame
necessário, ao determinar a incidência da taxa SELIC sobre o indébito, o que é vedado pela
Súmula nº 45 do STJ. Incidência da Súmula nº 211/STJ.
III - É entendimento assente nesta Corte acerca do caráter indenizatório das
verbas percebidas pelo empregado a título de licença-prêmio, abono pecuniário de férias
não gozadas e APIP , não devendo haver a incidência do imposto de renda sobre elas.
Precedentes: AGA nº 398.091/DF, Rel. Min. FRANCIULLI NETTO, DJ de 24/06/2002,
AGA nº 388.565/SC, Rel. Min. FRANCIULLI NETTO, DJ de 24/06/2002 e REsp nº
341.321/AL, Rel. Min. GARCIA VIEIRA, DJ de 11/03/2002.
IV - O ordenamento jurídico pátrio não veda que relações jurídicas condicionais
sejam decididas pelo órgão julgador, como dispõe o art. 460, parágrafo único, do CPC.
Exige-se apenas que a sentença seja sempre certa e, em regra, determinada. No caso sub
examine, foram respeitados tais requisitos. Primeiro porque a prestação jurisdicional foi
claramente definida no julgado, imputando-se a condenação à recorrente, sendo, portanto,
certa a sentença. Ademais, o aludido julgado é determinado, visto que restou explicitado
sobre quais verbas não deve incidir o imposto de renda, ainda que se refira a valores que
serão recebidos pelos recorridos, pois, como já se falou, é permitida a regulação, pelo
Estado-Juiz, de relação jurídica condicional.
V - O que não é permitido pelo nosso sistema jurídico é a "sentença condicional",
que, no dizer do ilustre Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira, "mostra-se incompatível com
a própria função estatal de dirimir conflitos, consubstanciada no exercício da jurisdição".
Não pode o resultado do processo, se procedente ou improcedente o pedido, ficar pendente
da ocorrência de evento futuro e incerto. Precedente: REsp nº 164.110/SP, Rel. Min.
SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA, DJ de 08/05/2000.
VI - A reapreciação dos honorários advocatícios fixados segundo critérios de
eqüidade atrai a incidência da Súmula nº 07 desta Corte de Justiça, não sendo cabível o
recurso especial, porquanto importa em investigação do contexto fático-probatório.
VII - Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta parte, improvido.
ACÓRDÃO

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Vistos e relatados os autos em que são partes as acima indicadas, decide a
Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, conhecer parcialmente do
recurso especial e, nessa parte, negar-lhe provimento, na forma do relatório e notas taquigráficas
constantes dos autos, que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. Os Srs. Ministros
LUIZ FUX, TEORI ALBINO ZAVASCKI, DENISE ARRUDA e JOSÉ DELGADO votaram
com o Sr. Ministro Relator. Custas, como de lei.
Brasília(DF), 28 de novembro de 2006 (data do julgamento).

MINISTRO FRANCISCO FALCÃO


Relator

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RELATÓRIO

O EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO FALCÃO: Trata-se de recurso


especial interposto pela FAZENDA NACIONAL, com fulcro no artigo 105, inciso III, alíneas "a"
e "c", da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que
restou assim ementado, verbis:

"EMENTA: TRIBUTÁRIO. AÇÃO ORDINÁRIA. IMPOSTO DE


RENDA. VERBAS DE NATUREZA INDENIZATÓRIA. INEXIGIBILIDADE.
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL. AFASTAMENTO. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. APLICAÇÃO DO ART.20, § 3º, DO CPC. TAXA DA SELIC.
LEI Nº 9.250/95.
1. Impossibilidade de incidência de imposto de renda sobre
verbas indenizatórias, recebidas em face de férias vencidas e
licença-prêmio, não gozadas.
2. A permanência do servidor no trabalho em períodos
reservados para as férias e/ou licença-prêmio, revela a necessidade dos
serviços prestados pelo mesmo ao Órgão ao qual está vinculado.
3. Precedentes jurisprudenciais.
4. Aplicação das Sumulas 125 e 136 do eg. Superior Tribunal
de Justiça.
5. Aplicação do art. 39, § 4º, da Lei nº 9.250/95, ou seja,
utilização da taxa SELIC a partir de 01.01.1996, afastado qualquer outro
índice.
6. Compensação após o trânsito em julgado da sentença,
conforme art. 170-A do CTN.
7. Em se tratando de tributos, objeto de lançamento por
homologação, a regra é de que a contagem é de dez anos, sendo cinco anos
contados da data do fato gerador, acrescido de mais cinco anos a contar da
homologação tácita do lançamento.
8.Honorários advocatícios arbitrados no percentual de 10%
(dez por cento) sobre o valor da condenação, consoante os precedentes
desta eg. Turma.
9. Apelação da União e remessa oficial improvidas, apelação
da parte autora provida" (fls. 224).

Opostos embargos de declaração, esses foram acolhidos parcialmente, para


reconhecer a aplicação da prescrição qüinqüenal (fls. 243).
Inicialmente, sustenta a recorrente que o acórdão recorrido negou vigência ao art.
43 do CTN, aduzindo, em síntese, que incide imposto de renda sobre as verbas recebidas pelos
recorridos a título de licença-prêmio, abono pecuniário de férias não gozadas e APIP.
Alega que também houve negativa de vigência ao art. 333 do CPC, afirmando

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que competia aos autores a prova de que a conversão das licenças-prêmios e das férias em
pecúnia se deu por necessidade do serviço.
Aduz que o acórdão vergastado desrespeitou o art. 286 do CPC, argumentando
que o pedido da inicial deve ser certo e determinado, não sendo permitida a declaração de
inexistência de relação jurídica decorrente de fato subordinado a evento futuro e incerto, como na
hipótese dos autos, em que restou reconhecida a não-incidência do imposto de renda sobre as
parcelas a serem percebidas pelos recorridos.
Aponta, ainda, divergência jurisprudencial entre o acórdão recorrido e julgados de
outros tribunais, alegando que sobre o abono pecuniário de férias não gozadas e sobre os valores
convertidos a título de APIP deve incidir o imposto de renda, porquanto essas verbas possuem
natureza salarial.
Também em sede de dissídio jurisprudencial, afirma que o Tribunal a quo decidiu
de maneira contrária ao entendimento sumulado do STJ (Súmula nº 45/STJ), segundo o qual não
é possível agrava a condenação da Fazenda Pública em reexame necessário, situação verificada
pelo fato de ter sido determinada a incidência da taxa SELIC sobre o indébito, sendo que tal
providência não havia sido determinada pela sentença.
Por fim, aduz que há entendimentos jurisprudenciais no sentido de que os
honorários advocatícios fixados em face da Fazenda Pública devem ser no percentual de 5%, em
respeito ao art. 20, § 4º, do CPC.
É o relatório.

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VOTO

O EXMO. SR. MINISTRO FRANCISCO FALCÃO (RELATOR):


Inicialmente, não conheço do recurso em tela no que se refere ao alegado desrespeito ao art. 333
do CPC, por falta de prequestionamento, uma vez que o aludido dispositivo não foi abordado pelo
Tribunal a quo, nem tampouco foram opostos embargos de declaração objetivando
prequestioná-lo, insurgindo-se na espécie a incidência das Súmulas nºs 282 e 356 do STF.
Também não foi prequestionado o tema suscitado pela recorrente no sentido de
que o Tribunal a quo agravou a condenação da Fazenda Pública, em reexame necessário, ao
determinar a incidência da taxa SELIC sobre o indébito, o que é vedado pela Súmula nº 45 do
STJ. A despeito de terem sido opostos embargos de declaração buscando prequestionar a
matéria, aquela Corte permaneceu silente, inviabilizando o exame da questão, incidindo a Súmula
nº 211/STJ.
Adiante, presentes os pressupostos de admissibilidade, pelo prequestionamento
dos demais temas suscitados, conheço, em parte, do presente recurso.
Quanto à divergência apresentada, entendo que também foram atendidos os
requisitos constantes do artigo 255 do RI/STJ, também viabilizando o apelo nobre, desta feita,
pelo conduto da alínea "c" do permissivo constitucional.
A principal questão controvertida no recurso diz respeito à incidência do imposto
de renda sobre as verbas recebidas pelos recorridos a título de licença-prêmio, abono pecuniário
de férias não gozadas e APIP.
Já é entendimento assente nesta Corte acerca do caráter indenizatório das verbas
em comento, sendo que sua conversão em pecúnia não representa acréscimo patrimonial, não
devendo haver a incidência do imposto de renda sobre elas.
Sobre o assunto, confiram-se os seguintes julgados, verbis:

"RECURSO ESPECIAL. IMPOSTO DE RENDA. FÉRIAS.


LICENÇA-PRÊMIO. ABONO ASSIDUIDADE. SÚMULAS N. 83, 125 E 136
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
"O que afasta a incidência tributária não é a necessidade do
serviço, mas sim o caráter indenizatório das férias, o fato de não podermos
considerá-las como renda, ou acréscimo pecuniário" (AG n. 157.735-MG,
Rel. Min. Hélio Mosimann, DJ. de 05.03.98).
Uma vez convertidas em dinheiro as férias, licenças-prêmio e
abono-assiduidade, ainda que por opção do servidor, tal conversão,
induvidosamente, constitui-se em parcela indenizatória, mesmo porque a
conversão só é deferida se isso interessar à Administração.
(omissis)
Agravo regimental a que se nega provimento" (AGA nº
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398.091/DF, Relator Ministro FRANCIULLI NETTO, DJ de 24/06/2002, p. 291).

"RECURSO ESPECIAL. IMPOSTO DE RENDA. FÉRIAS NÃO


GOZADAS. AUSÊNCIAS PERMITIDAS AO TRABALHO. SÚMULAS N. 125 E
136 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
"O que afasta a incidência tributária não é a necessidade do
serviço, mas sim o caráter indenizatório das férias, o fato de não podermos
considerá-las como renda, ou acréscimo pecuniário" (AG n. 157.735-MG,
Rel. Min. Hélio Mosimann, DJ. de 05.03.98).
Uma vez convertidas em dinheiro as férias não gozadas e as
ausências permitidas ao trabalho, ainda que por opção do servidor, tal
conversão, induvidosamente, constitui-se em parcela indenizatória, mesmo
porque a conversão só é deferida se isso interessar à Administração.
Agravo regimental a que se nega provimento" (AGA nº
388.565/SC, Relator Ministro FRANCIULLI NETTO, DJ de 24/06/2002, p. 289).

"TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. ABONO PECUNIÁRIO


DE FÉRIAS. AUSÊNCIAS PERMITIDAS PARA TRATO DE INTERESSE
PARTICULAR (APIP). NÃO INCIDÊNCIA.
Por possuírem caráter indenizatório, as verbas pagas a título
de abono pecuniário de férias e de ausências permitidas ao trabalho (APIP)
não estão sujeitas à incidência do imposto de renda.
Recurso de Selma Wanderley Porto e Outros provido.
Recurso da Fazenda Nacional improvido" (REsp nº
341.321/AL, Relator Ministro GARCIA VIEIRA, DJ de 11/03/2002, p. 203).

No que tange à alegação de que o Tribunal a quo negou vigência ao art. 286 do
CPC, também não assiste razão à recorrente.
Segundo afirma, o julgado não pode declarar a inexistência de relação jurídica
decorrente de fato subordinado a evento futuro e incerto, como na hipótese dos autos, em que
restou reconhecida a não-incidência do imposto de renda sobre as verbas a serem percebidas
pelos recorridos, devendo ser respeitado o preceito de que o pedido da inicial deve ser certo e
determinado.
De início, esclareça-se que o ordenamento jurídico pátrio não veda que relações
jurídicas condicionais sejam decididas pelo órgão julgador, como dispõe o art. 460, parágrafo
único, do CPC, verbis:

"Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do


autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu em
quantidade superior ou em objeto diverso do que Ihe foi demandado.
Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando
decida relação jurídica condicional" (grifei).

Destarte, exige-se apenas que a sentença seja sempre certa e, em regra,

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determinada. No caso sub examine, foram respeitados tais requisitos. Primeiro porque a
prestação jurisdicional foi claramente definida no julgado, imputando-se a condenação à
recorrente, sendo, portanto, certa a sentença. Ademais, a aludida sentença também é
determinada, visto que restou explicitado sobre quais verbas não deve incidir o imposto de renda,
ainda que se refira a valores que serão recebidos pelos recorridos, pois, como já se falou, é
permitida a regulação, pelo Estado-Juiz, de relação jurídica condicional.
Na verdade, o que não é permitido pelo nosso sistema jurídico é a "sentença
condicional", que, no dizer do ilustre Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira, "mostra-se
incompatível com a própria função estatal de dirimir conflitos, consubstanciada no exercício da
jurisdição". Não pode o resultado do processo, se procedente ou improcedente o pedido, ficar
pendente da ocorrência de evento futuro e incerto.
Nesse sentido, o julgado do citado Ministro desta Corte, in verbis:

"PROCESSO CIVIL. RELAÇÃO JURÍDICA CONDICIONAL.


POSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO DO MÉRITO. SENTENÇA
CONDICIONAL. INADMISSIBILIDADE. DOUTRINA. ART. 460,
PARÁGRAFO ÚNICO, CPC. RECURSO PROVIDO.
I - Ao solver a controvérsia e pôr fim à lide, o provimento do
juiz deve ser certo, ou seja, não pode deixar dúvidas quanto à composição
do litígio, nem pode condicionar a procedência ou a improcedência do
pedido a evento futuro e incerto. Ao contrário, deve declarar a existência ou
não do direito da parte, ou condená-la a uma prestação, deferindo-lhe ou
não a pretensão.
II - A sentença condicional mostra-se incompatível com a
própria função estatal de dirimir conflitos, consubstanciada no exercício da
jurisdição.
III - Diferentemente da "sentença condicional"(ou "com
reservas", como preferem Pontes de Miranda e Moacyr Amaral Santos), a
que decide relação jurídica de direito material, pendente de condição, vem
admitida no Código de Processo Civil (art. 460, parágrafo único).
IV - Na espécie, é possível declarar-se a existência ou não do
direito de percepção de honorários, em ação de rito ordinário, e deixar a
apuração do montante para a liquidação da sentença, quando se exigirá a
verificação da condição contratada, como pressuposto para a execução"
(REsp nº 164.110/SP, Relator Ministro SÁLVIO DE FIGUEIREDO TEIXEIRA,
DJ de 08/05/2000, p. 96).

No mais, quanto aos honorários advocatícios, não deve ser acolhida a postulação.
Ocorre que os requisitos utilizados para a fixação dos honorários consistem em:
grau de zelo do profissional, lugar da prestação do serviço, natureza e importância da causa, bem
como o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
Dessa forma, não vejo como apreciar esta questão sem esbarrar, novamente, no
óbice insculpido na Súmula nº 07 STJ, uma vez que em se tratando de percentual fixado para a
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verba honorária sua análise torna-se inadmissível na via estreita do recurso especial, pois tal
fixação depende do exame de circunstâncias fáticas, ficando, outrossim, a apreciação reservada
às instâncias ordinárias.
Tais as razões expendidas, CONHEÇO PARCIALMENTE do presente recurso
especial e, nesta parte, NEGO-LHE PROVIMENTO.
É o meu voto.

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CERTIDÃO DE JULGAMENTO
PRIMEIRA TURMA

Número Registro: 2006/0137125-9 REsp 861296 / CE

Números Origem: 200381000068909 200505000401742 200600306354

PAUTA: 28/11/2006 JULGADO: 28/11/2006

Relator
Exmo. Sr. Ministro FRANCISCO FALCÃO
Presidente da Sessão
Exmo. Sr. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI
Subprocuradora-Geral da República
Exma. Sra. Dra. DEBORAH MACEDO DUPRAT DE BRITTO PEREIRA
Secretária
Bela. MARIA DO SOCORRO MELO

AUTUAÇÃO
RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL
PROCURADOR : MARIA CLÁUDIA GONDIM CAMPELLO E OUTROS
RECORRIDO : SÉRGIO BARBOSA DE SOUZA E OUTROS
ADVOGADO : PATRÍCIA PINHEIRO CAVALCANTE E OUTROS

ASSUNTO: Tributário - Imposto de Renda - Pessoa Física - Verbas Indenizatórias

CERTIDÃO
Certifico que a egrégia PRIMEIRA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na
sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão:
A Turma, por unanimidade, conheceu parcialmente do recurso especial e, nessa parte,
negou-lhe provimento, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator.
Os Srs. Ministros Luiz Fux, Teori Albino Zavascki, Denise Arruda e José Delgado
votaram com o Sr. Ministro Relator.

Brasília, 28 de novembro de 2006

MARIA DO SOCORRO MELO


Secretária

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