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bem-vindo

ao
Sicoob
Copermec
bem-vindo ao
Sicoob
Copermec
SUMÁRIO

1 COOPERATIVISMO
1.1 Como surgiu o Cooperativismo? 7
1.2 O que é uma Cooperativa? 7
1.3 Princípios do Cooperativismo .................................................................................................................................... 8

O SICOOB COPERMEC
2.1 História do Sicoob Copermec 10
2.2 Vantagens de ser associado do Sicoob Copermec 10
2.3 Produtos Sicoob Copermec 11
2.4 Misão, Visão, Valores e Negócios do Sicoob Copermec 12

3 ESTATUTO SOCIAL
3.1 Das Disposições Iniciais 14
3.2 Dos Associados ................................................................................................................................................................ 17
3.3 Do Capital Social 20
3.4 Do Balanço, das Sobras, das Perdas e dos Fundos Sociais 24
3.5 Das Operações 24
3.6 Da Organização Social ............................................................................................................................................................. 23
3.7 Da Dissolução e da Liquidação .............................................................................................................................................. 41
3.8 Da Ouvidoria .................................................................................................................................................................... 41
3.9 Das Disposições Finais ...................................................................................................................................... 42

CÓDIGO DE ÉTICA
4.1 Aplicação .................................................................................................................................................................. 44
4.2 Objetivo .................................................................................................................................................................. 44
4.3 Cidade dos Componentes da Organização ................................................................................................................................................... 44

4
5 PRINCÍPIOS ÉTICOS
5.1 Individuais ...................................................................................................................................................................................... 46
5.2 Sistêmicos ......................................................................................................................................................................................... 47

COMPORTAMENTO ÉTICO DO PÚBLICO INTERNO


6.1 No exercício da Governança 49
6.2 No Relacionamento Interno 49
6.3 Na Administração de Conflito de Interesses 51
6.4 Na Preservação das Informações 52
6.5 No Recebimento de Presentes e Favorecimentos 53
6.6 No cumprimento de Leis, Normas e Definições Estratégicas 53
6.7 No Uso dos Ativos da Instituição 54
6.8 Na Prevenção e Tratamento de Fraudes 54
6.9 Na Administração Financeira Pessoal 55

7 COMPORTAMENTO ÉTICO DO PÚBLICO EXTERNO


7.1 No Relacionamento Geral 57
7.2 No Relacionamento entre as Entidades Integrantes do Sistema 57
7.3 No Relacionamento com os Sócios 58
7.4 No Relacionamento com os Fornecedores 58
7.5 No Relacionamento com os Concorrentes 59

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1
COOPERATIVISMO
1.1
COMO SURGIU O COOPERATIVISMO?
Em 1884, um grupo de 28 tecelões de uma fábrica da cidade de Rochdale, localizada no norte da Inglaterra, se
reuniu para combater o avanço do capitalismo e os intermediários que não obedeciam ao princípio da justiça do
trabalho. A ideia era criar um sistema econômico que tivesse como base a ajuda mútua, a solidariedade humana, a
cooperação, a honestidade e o esforço coletivo. Surgiu, então, o cooperativismo e estava formada a primeira
cooperativa do mundo.

Os princípios que direcionaram a organização dos tecelões, aos poucos, foram disseminados pelo planeta.

Na época, a Revolução Industrial estava em processo na Europa desde o século XVIII. O Estado passou a controlar o
avanço do capitalismo moderno e ocorreu um crescimento acirrado da classe proletária, que estava sujeita ao
controle dos capitalistas e a condições de trabalhos a ela impostas.

A ideia da cooperativa era promover uma ampla mudança estrutural que pudesse resultar em melhores condições
de trabalho para os proletários.

1.2
O QUE É UMA COOPERATIVA?
Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações e
necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e
democraticamente gerida.

(Conceito apresentado no Congresso Centenário da Aliança Cooperativista Internacional, em setembro de 1995,


em Manchester, na Inglaterra).

Os valores que a sociedade cooperativa se baseia são a identidade de propósitos e interesses das pessoas que a
compõem, ajuda mútua, ação em conjunto, busca de um resultado útil e comum a todos, responsabilidade,
igualdade, solidariedade, democracia e participação. Daí se dizer que o cooperativismo surgiu para promover uma
reforma social dentro do capitalismo.

Os membros das cooperativas acreditam nos valores éticos da honestidade, transparência, responsabilidade social
e preocupação pelo seu semelhante. Com o passar do tempo, elas também começaram a atuar com segurança no
setor de prestação de serviços, responsável por gerar o maior número de postos de trabalho do mercado.

A prática da democracia tem norteado a doutrina cooperativista desde o seu surgimento. A solução dos problemas
e a satisfação do interesse coletivo são alcançadas com base na troca de ideias e nas discussões entre as pessoas.

7
1.3
PRINCÍPIOS DO COOPERATIVISMO
Os princípios que devem nortear qualquer cooperativa no mundo são:

1 - Adesão voluntária e livre: As cooperativas são organizações voluntárias, abertas a todas as pessoas aptas a
utilizar os seus serviços e assumir as responsabilidades como membros, sem discriminação de sexo ou gênero,
social, racial, política e religiosa.

2 - Gestão democrática pelos membros: As cooperativas são organizações democráticas, controladas pelos seus
membros, que participam ativamente na formulação das suas políticas e na tomada de decisões.

3 - Participação econômica dos membros: Os membros contribuem equitativamente para o capital das suas
cooperativas e controlam-no democraticamente.

4 - Autonomia e independência: As cooperativas são organizações autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos
seus membros.

5 - Educação, formação e informação: As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros,
dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o
desenvolvimento das suas cooperativas.

6 - Intercooperação: As cooperativas servem de forma mais eficaz aos seus membros e dão mais força ao
movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais, nacionais e
internacionais.

7- Interesse pela comunidade: As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentado das suas
comunidades através de políticas aprovadas pelos membros.

8
2 O SICOOB
COPERMEC
2.1
HISTÓRIA DO SICOOB COPERMEC
Os avanços tecnológicos, a globalização, as distorções no sistema bancário e financeiro, penalizando
principalmente as empresas de baixa renda, fizeram com que empresários claudienses, na busca por soluções para
problemas comuns, se unissem em busca de alternativas para superar e solucionar as crises. A alternativa
encontrada foi o cooperativismo que se baseia na ajuda voluntária entre pessoas que agem de forma coletiva em
busca de um objetivo comum, o sistema ideal para o fortalecimento das indústrias.

A cooperativa de crédito tornou-se então “a solução”, convergindo esforços dos empresários locais que iniciaram o
trabalho de viabilização e constituição em 19/09/1997 da Cooperativa de Economia e Crédito Mútuo dos
Metalúrgicos de Cláudio Ltda - COPERMEC, cujas atividades tiveram início em 13/07/98. Desde Maio/2010, a
cooperativa foi autorizada pelo Banco Central e tornou-se de livre admissão, possibilitando o acesso de todas as
pessoas físicas e jurídicas aos serviços da instituição, sendo intitulada a partir daí SICOOB COPERMEC – Cooperativa
de Crédito de Livre Admissão da Região do Circuito Campos das Vertentes Ltda.

Tem desde seu início como principal finalidade: apoiar todos os seus cooperados através de empréstimos sem
burocracia, taxas acessíveis e excelentes rendimentos, facilitando a movimentação financeira dos associados e
logo, contribuindo para o desenvolvimento e crescimento sociocultural e econômico da cidade e toda região.

Trabalhamos firmemente em busca do crescimento e desenvolvimentos mútuos e por isso vamos sempre batalhar
juntos e buscar a realização dos sonhos de todos os nossos associados.

2.2
VANTAGENS DE SER ASSOCIADO DO SICOOB COPERMEC
Além de o associado ser um dos donos e poder participar das assembleias com voz ativa, há ainda outras vantagens
financeiras e pessoais:

Taxas de juros reduzidas: O Sicoob Copermec oferece linhas de crédito com taxas de juros mais baixas;

Rendimentos superiores aos de mercado: caso o associado tenha uma reserva financeira disponível, poderá
aplicá-la na cooperativa sob a forma de depósito a prazo, com rendimentos superiores aos oferecidos pelo
mercado financeiro.

Atendimento diferenciado e distribuição de sobras: o associado é atendido no Sicoob Copermec não como um
simples cliente, mas como um dos seus donos. E, o mais importante, estará fazendo negócios em uma instituição
que lhe devolverá, via rateio das sobras, juros e tarifas pagas a mais do que o devido. Sua parte nas sobras pode ser
em dinheiro ou em aquisição de mais cotas-partes, dependendo de decisão da Assembleia.

10
2.3
PRODUTOS SICOOB COPERMEC
• Conta Corrente sem tarifa de manutenção (incluindo 20 folhas de cheques todo mês sem custo adicional);
• Conta Aplicação com melhores rendimentos;
• Conta Salário;
• Cartões de Débito e Crédito (Sicoobcard);
• Cheque Especial e Conta Garantida;
• Confecção de Boletos para Cobrança;
• Domicílio Bancário;
• Custódia de Cheques (serviço de guarda de cheques pós-datados com eficiência e segurança, evitando riscos de
incêndio, roubo ou extravio);
• Pagamento de Aposentados e Pensionistas do INSS;
• Desconto de Cheques e Duplicatas;
• Plano de Saúde SAÚDE VIDA com abrangência NACIONAL (ótimos preços, confira nossa tabela);
• Plano Odontológico Belo Dente com várias coberturas, isentas de custos adicionais;
• Débito Automático (serviço sem custo adicional);
• Sicoob Previ (Plano de Previdência Complementar exclusivo para os cooperados do Sicoob com melhores
benefícios e rentabilidade);
• Seguros (Automóvel, Residencial, Vida, Empresarial, e casos especiais como máquinas e equipamentos);
• Recebimento de Boletos Bancários, Impostos Municipais, Estaduais e Federais, Guias da Previdência Social, Guias
do FGTS, Contas de Água, Luz, Telefone, entre outros;
• DDA - Débito Direto Autorizado (você recebe suas cobranças para pagamento eletronicamente sem a
necessidade de impressão de boletos);
• Sicoob Consórcio - Consórcio de Imóveis, Veículos e serviços com condições especiais e planos diferenciados;
• Cabal Vale Alimentação / Refeição - Sua empresa poderá oferecer um benefício para os funcionários utilizando os
nossos cartões Cabal.
• Cartão BNDES e Cartão BNDES Agro;
• Câmbio;
• Crédito Consignado Sicoob INSS/SIAP;
• Cotas Partes;
• Certificação Digital.

CONFIRA TODAS AS NOSSAS LINHAS DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS CRIADAS ESPECIALMENTE PARA


VOCÊ:

• Empréstimo Pessoal;
• Empréstimo para Capital de Giro;
• Crédito Rotativo;
• Empréstimo para Aquisição de Móveis e Eletros;
• Empréstimo para Construção, Reforma e Ampliação;

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• Financiamento para Pagamento de 13º Salário;
• Empréstimo para Antecipação da Restituição do IRRF;
• Financiamento com Linhas BNDES
• Financiamento IPTU;
• Financiamento IPVA;
• Financiamento para Pagamento de Salários;
• Financiamento com Garantia de Custódia de Cheques;
• Financiamento de Imóvel;
• Financiamento de Veículos;
• Financ. para Antecipação das Vendas Realizadas no Cartão;
• Financ. de Capital Social para Aumento do Patrimônio do Cooperado (PROCAPCRED / Sicoob Cotas Partes).
• Linhas de Financiamento BDMG;
• Cobrança Bancária (com o serviço de Cobrança Bancário do Sicoob Copermec, você poderá confeccionar boletos,
emitir 2ª via, acompanhar os pagamentos e emitir relatórios de cobranças a vencer ou vencidas, direto do seu
computador e sem precisar ir à cooperativa, tudo isso sem custo adicional);
• Auto Atendimento (horário de funcionamento de 06:00 às 22:00h);
• Internet Banking (você não precisa enfrentar filas e pode acessar o extrato de sua conta, efetuar pagamentos e
realizar transferências de qualquer lugar onde haja acesso à internet, inclusive fora do horário de atendimento das
agências);
• Serviço de Malote Gratuito;
• Estacionamento exclusivo para cooperados próximo à agência Matriz;
• Atendimento Personalizado com visitas de nossos gerentes em sua empresa;
• Horário de Atendimento Estendido.

E MUITO MAIS!

• Empréstimos para Aposentados e Pensionistas do INSS com as menores taxas do mercado;


• Crédito Consignado para funcionários das empresas parceiras debitado em folha de pagamento;

2.4
MISSÃO, VISÃO, VALORES E NEGÓCIOS DO SICOOB COPERMEC
Missão
Promover o desenvolvimento econômico e financeiro de forma socialmente responsável.
Visão
Estar entre as 10 maiores cooperativas de crédito de Minas Gerais de forma sustentável, sendo a principal instituição
financeira do associado.
Negócio
Oferecer soluções financeiras, com agilidade e atendimento personalizado.
Valores
Cooperação, transparência, igualdade, solidariedade, integridade, ética, comprometimento, respeito e
responsabilidade.

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3
ESTATUTO SOCIAL
3.1
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
CAPÍTULO I

DA DENOMINAÇÃO, DA SEDE, DO FORO, DA ÁREA DE AÇÃO, DO PRAZO DE DURAÇÃO


Art. 1º A Cooperativa de Crédito de Livre Admissão da Região do Circuito Campos das Vertentes Ltda. – SICOOB
COPERMEC, CNPJ nº 02.232.383/0001-59, constituída em 10 de abril de 1.997, neste Estatuto Social designada
simplesmente de Cooperativa, é instituição financeira não bancária, sociedade cooperativa de responsabilidade
limitada, de pessoas, de natureza simples e sem fins lucrativos, regida por este Estatuto Social e pela legislação
vigente, tendo:

I. Sede, administração e foro jurídico em Avenida Presidente Tancredo Neves, nº 223, Centro, CEP: 35.530-000 na
cidade de Cláudio, Estado de Minas Gerais;

II. área de ação limitada ao município sede e aos seguintes municípios: Cláudio, Carmópolis de Minas, Itaguara,
Itapecerica, Oliveira, Carmo da Mata, Rio Manso, São Francisco de Paula, Lavras, Campo Belo, Pouso Alegre, Boa
Esperança, Santa Rita do Sapucaí, Campos Gerais, Nepomuceno, Ijací, Ribeirão Vermelho, Perdões e Extrema Estado
de Minas Gerais; e;

III. prazo de duração indeterminado e exercício social com duração de 12 (doze) meses, com início em 1º de
janeiro e término em 31 de dezembro de cada ano civil.

§ 1º A área de ação da Cooperativa deverá ser homologada pela Central Sicoob Central Cecremge, sem prejuízo da
apreciação definitiva pelo Banco Central do Brasil.

§ 2º A Cooperativa poderá captar recursos dos Munícipios citados no inciso II deste artigo, de seus órgãos ou
entidades e das empresas por eles controladas, conforme a regulamentação em vigor.

CAPÍTULO II
DO OBJETO SOCIAL
Art. 2º A Cooperativa tem por objeto social, além de outras operações que venham a ser permitidas às sociedades
cooperativas de crédito:

I. o desenvolvimento de programas de poupança, de uso adequado do crédito e de prestação de serviços,


praticando todas as operações segundo a regulamentação em vigor;

II. prover, por meio da mutualidade, prestação de serviços financeiros a seus associados;

III. a formação educacional de seus associados, no sentido de fomentar o cooperativismo.

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§ 1º No desenvolvimento do objeto social, a Cooperativa deverá adotar programas de uso adequado do crédito, de
poupança e de formação educacional dos associados, tendo como base os valores e princípios cooperativistas.

§ 2º Em todos os aspectos das atividades executadas na Cooperativa devem ser rigorosamente observados os
princípios da neutralidade política e da não discriminação por fatores religiosos, raciais, sociais ou de gênero.

CAPÍTULO III
DA INTEGRAÇÃO AO SISTEMA DE COOPERATIVAS DE CRÉDITO DO BRASIL (SICOOB)
Art. 3º A Cooperativa, ao se filiar à Central Sicoob Central Cecremge, integra o Sistema de Cooperativas de Crédito
do Brasil (Sicoob), regendo-se, também por suas normas e pelas suas diretrizes sistêmicas (políticas, regimentos,
regulamentos, manuais e instruções).

Parágrafo único. A integração ao Sicoob não implica responsabilidade solidária entre as cooperativas e demais
entidades que integram o Sicoob.

Art. 4º O Sicoob é um sistema nacional de cooperativas de crédito e se caracteriza por ter um conjunto de diretrizes
e normas deliberadas pelos órgãos de administração do Sicoob Confederação, aplicáveis à própria Confederação,
às cooperativas centrais e singulares filiadas, resguardada a autonomia jurídica dessas entidades.

Art. 5º O Sicoob é integrado:

I. pela Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob Ltda. (Sicoob Confederação);

II. pelas cooperativas centrais filiadas ao Sicoob Confederação (Sistema Local);

III. pelas cooperativas singulares filiadas às cooperativas centrais mencionadas no inciso II acima;

IV. pelas instituições vinculadas ao Sicoob.

Art. 6º A marca Sicoob é de propriedade do Sicoob Confederação e seu uso observará regulamentação própria.

Art. 7º A Cooperativa, por integrar o Sicoob e estar filiada à Central Sicoob Central Cecremge, está sujeita às
seguintes regras:

I. aceitação da prerrogativa da Central Sicoob Central Cecremge representá-la nos relacionamentos mantidos
com o Banco Central do Brasil, o Sicoob Confederação, o Banco Cooperativo do Brasil S.A. (Bancoob), o Fundo
Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop) ou com quaisquer outras instituições públicas e privadas
quando relacionadas às atividades da Central Sicoob Central Cecremge;

II. aceitação e cumprimento das decisões, das diretrizes, das regulamentações e dos procedimentos instituídos
para o Sicoob e para o Sistema Local, conforme definido no art. 5º, II, deste Estatuto Social, por meio do Estatuto
Social da Central Sicoob Central Cecremge e demais normativos;

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III. acesso, pela Central Sicoob Central Cecremge ou pelo Sicoob Confederação, a todos os dados contábeis,
econômicos, financeiros e afins, bem como a todos os livros sociais, legais e fiscais, além de relatórios
complementares e de registros de movimentação financeira de qualquer natureza;

IV. assistência, em caráter temporário, mediante administração em regime de cogestão, quando adotado, pela
Central Sicoob Central Cecremge ou pelo Sicoob Confederação, formalizado por meio de instrumento próprio,
para sanar irregularidades ou em caso de risco para a solidez da própria Cooperativa, do sistema local e do Sicoob.

CAPÍTULO IV
DO SISTEMA DE GARANTIAS RECÍPROCAS

Art. 8º A Cooperativa, conforme disposições legais e normativas acerca de obrigações solidárias, aplicáveis ao
sistema de garantias recíprocas, responde solidariamente com seu patrimônio, a qualquer tempo, até que as
obrigações se cumpram, salvo prescrição extintiva legal, pela:

I. insuficiência de liquidez na centralização financeira administrada pela Central Sicoob Central Cecremge;

II. inadimplência de qualquer cooperativa de crédito filiada à Central Sicoob Central Cecremge.

Parágrafo único. A responsabilidade solidária, até o limite do prejuízo causado, poderá ser invocada diretamente
pela Central Sicoob Central Cecremge ou por qualquer outra filiada, desde que aquela que invocar não tenha dado
causa às hipóteses de insuficiência ou inadimplência referidas nos incisos anteriores.

CAPÍTULO V
DA RESPONSABILIDADE
Art. 9º A Cooperativa responde, subsidiariamente, pelas obrigações contraídas pela Central Sicoob Central
Cecremge perante terceiros, até o limite do valor das quotas-partes de capital que subscrever, perdurando essa
responsabilidade, nos casos de demissão, de eliminação ou de exclusão, até a data em que se deu o desligamento.

3.2
DOS ASSOCIADOS
CAPÍTULO I
DAS CONDIÇÕES DE ADMISSÃO

Art. 10º Podem se associar à Cooperativa todas as pessoas naturais ou Jurídicas que concordem com o presente
Estatuto Social, preencham as condições nele determinadas, tenham residência ou estejam estabelecidas em
Municípios integrantes da área de ação da Cooperativa, além de todos os demais Municípios do Estado de Minas
Gerais, e ainda os Municípios de outras Unidades da Federação.

Parágrafo único. Podem também associar-se as pessoas jurídicas, observadas as disposições da legislação em
vigor.

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Art. 11. Não podem ingressar na Cooperativa:

I. as instituições financeiras e as pessoas que exerçam atividades que contrariem os objetivos da Cooperativa
ou que com eles colidam;

II. as pessoas jurídicas que exerçam concorrência com a própria sociedade cooperativa.

Art. 12. O número de associados será ilimitado quanto ao máximo, não podendo ser inferior a 20 (vinte).

Art. 13. Para adquirir a qualidade de associado, o interessado deverá ter a sua admissão aprovada pelo Conselho de
Administração, subscrever e integralizar as quotas-partes na forma prevista neste Estatuto Social e assinar os
documentos necessários para a efetivação da associação.

§ 1º Não é exigida a complementação de capital por parte dos associados que já compõem o quadro social da
Cooperativa, na hipótese em que houver posterior aumento do capital mínimo de associação.

§ 2º Havendo posterior redução do capital mínimo, não é devida a correspondente devolução da parte excedente,
ressalvadas as hipóteses de resgate ordinário e eventual de capital, conforme previsto neste Estatuto Social.

§ 3º O Conselho de Administração poderá recusar a admissão do interessado que apresentar restrições em órgãos
de proteção ao crédito ou no Banco Central do Brasil.

§ 4º O Conselho de Administração poderá delegar à Diretoria Executiva a aprovação de admissões, observadas as


regras deste Estatuto Social.

CAPÍTULO II
DOS DIREITOS
Art. 14. São direitos dos associados:

I. tomar parte nas assembleias gerais, discutir e votar os assuntos que nelas forem tratados, ressalvadas as
disposições legais e/ou estatutárias;

II. ser votado para os cargos sociais, desde que atendidas as disposições legais e/ou regulamentares
pertinentes;

III. propor, por escrito, medidas que julgar convenientes aos interesses sociais;

IV. beneficiar-se das operações e dos serviços prestados pela Cooperativa, observadas as regras estatutárias e
os instrumentos de regulação;

V. examinar e pedir informações, por escrito, sobre documentos, ressalvados aqueles protegidos por sigilo;

VI. tomar conhecimento dos normativos internos da Cooperativa;

VII. demitir-se da Cooperativa quando lhe convier.


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§ 1º O associado que aceitar e estabelecer relação empregatícia com a Cooperativa perde o direito de votar e ser
votado, conforme previsto neste artigo, até que sejam aprovadas as contas do exercício em que ele deixou o
emprego, exceto para a Diretoria Executiva criada nos termos da Lei Complementar nº 130/2009.

§ 2º Também não pode votar e nem ser votado, o associado pessoa natural que preste serviço em caráter não
eventual à Cooperativa.

§ 3º O associado presente à Assembleia Geral terá direito a 1 (um) voto, qualquer que seja o número de suas quotas-
partes.

CAPÍTULO III
DOS DEVERES
Art. 15. São deveres dos associados:

I. satisfazer, pontualmente, os compromissos que contrair com a Cooperativa;

II. cumprir as disposições deste Estatuto Social, dos regimentos internos, das deliberações das Assembleias
Gerais, do Conselho de Administração, da Diretoria Executiva, bem como dos instrumentos de normatização
sistêmicos destinados direta ou indiretamente aos associados;

III. zelar pelos interesses morais, éticos, sociais e materiais da Cooperativa;

IV. respeitar as boas práticas de movimentação financeira, tendo sempre em vista que a cooperação é obra de
interesse comum ao qual não se deve sobrepor interesses individuais;

V. realizar suas operações financeiras preferencialmente na Cooperativa;

VI. manter suas informações cadastrais atualizadas;

VII. não desviar a aplicação de recursos específicos obtidos na Cooperativa para finalidades não propostas nos
financiamentos, permitindo, quando for o caso, ampla fiscalização da Cooperativa, do Banco Central do Brasil e das
instituições financeiras envolvidas na concessão;

VIII. responder pela parte do rateio que lhe couber relativo às perdas apuradas no exercício;

IX. comunicar, por meio do Canal de Comunicação de Indícios de Ilicitude do Sicoob, sem a necessidade de se
identificar, situações com indícios de ilicitude de qualquer natureza, relacionadas às atividades da Cooperativa.

CAPÍTULO IV
DOS CASOS DE DESLIGAMENTO DE ASSOCIADOS

SEÇÃO I
DA DEMISSÃO

18
Art. 16. A demissão do associado, que não poderá ser negada, dar-se-á unicamente a seu pedido e será formalizada
por escrito.

§ 1º O Conselho de Administração será comunicado sobre os pedidos de demissão em sua primeira reunião
subsequente à data de protocolo do pedido.

§ 2º Na ocasião da demissão deve ser adimplida qualquer obrigação existente entre o associado e a Cooperativa,
ainda que não vencida, desde que os correspondentes instrumentos prevejam a demissão como hipótese de
vencimento antecipado da operação.

§ 3º A data da demissão do associado será a data do protocolo do pedido de demissão na Cooperativa.

SEÇÃO II
DA ELIMINAÇÃO
Art. 17. A eliminação do associado é aplicada em virtude de infração legal ou estatutária.

Art. 18. Além das infrações legais ou estatutárias, o associado poderá ser eliminado quando:

I. exercer qualquer atividade considerada prejudicial à Cooperativa;

II. praticar atos que, a critério da Cooperativa, a desabonem, como emissão de cheques sem fundos em
qualquer instituição financeira, inclusão nos sistemas de proteção ao crédito, pendências registradas no Banco
Central do Brasil, atrasos constantes e relevantes em operações de crédito e operações baixadas em prejuízo na
Cooperativa;

III. deixar de honrar qualquer compromisso perante a Cooperativa, ou perante terceiro, no qual a Cooperativa
tenha prestado qualquer espécie de garantia pela qual ela seja obrigada a honrar em decorrência da inadimplência
do associado;

IV. estiver divulgando entre os demais associados e/ou perante a comunidade a prática de falsas
irregularidades na Cooperativa ou violar sigilo de operação ou de serviço prestado pela Cooperativa.

Art. 19. A eliminação do associado será decidida e registrada em ata de reunião do Conselho de Administração.

§ 1º O associado será notificado por meio de carta em que esteja descrito o que motivou a eliminação, por processo
que comprove as datas de remessa e de recebimento, no prazo de 30 (trinta) dias corridos, contados da data de
reunião do Conselho de Administração em que houve a eliminação.

§ 2º O associado que não for localizado no endereço constante na ficha cadastral será notificado por meio de edital
em jornal local de ampla circulação.

§ 3º O associado eliminado terá direito a interpor recurso, em até 30 (trinta) dias após o recebimento da carta ou da
publicação prevista nos parágrafos anteriores, com efeito suspensivo para a primeira Assembleia Geral que se
realizar.

SEÇÃO III
DA EXCLUSÃO

19
Art. 20. A exclusão do associado será feita nos seguintes casos:

I. dissolução da pessoa jurídica;

II. morte da pessoa natural;

III. incapacidade civil não suprida;

IV. deixar de atender aos requisitos estatutários de ingresso ou permanência na cooperativa.

Parágrafo único. A exclusão com fundamento no inciso IV será por ato do Conselho de Administração, observadas
as regras para eliminação de associados.

CAPÍTULO V
DAS RESPONSABILIDADES E DA READMISSÃO
Art. 21. A responsabilidade do associado por compromissos da Cooperativa perante terceiros é limitada ao valor de
suas quotas-partes.

§ 1º Em caso de desligamento do quadro social:

I. a responsabilidade descrita no caput perdurará até a aprovação das contas do exercício em que se deu o
desligamento;

II. a Cooperativa poderá promover a compensação entre o valor total do débito do associado, referente a todas
as suas operações vencidas e vincendas, e seu crédito oriundo das respectivas quotas-partes.

III. caso o valor das quotas-partes seja inferior ao total do débito do associado e haja a compensação citada no
item II deste artigo, o desligado continuará responsável pelo saldo remanescente apurado, podendo a Cooperativa
tomar todas as providências cabíveis.

§ 2º As obrigações contraídas por associados com a Cooperativa, em caso de morte, passarão aos seus herdeiros.

Art. 22. O associado que se demitiu somente poderá apresentar novo pedido de admissão ao quadro social da
Cooperativa após 01 (um) dia, contado do pagamento, pela Cooperativa, da última parcela das quotas-partes
restituídas.

Parágrafo único. A readmissão do associado que se demitiu não está condicionada ao prazo previsto no caput caso
ainda não tenham sido restituídas todas as parcelas de seu capital.

Art. 23. O associado que foi eliminado ou excluído pelo motivo expresso na Secão DA EXCLUSÃO deste Estatuto
Social, somente poderá apresentar novo pedido de admissão ao quadro social da Cooperativa após 01 (um) dia,
contado a partir do pagamento, pela Cooperativa, da última parcela das quotas-partes restituídas.

3.3
DO CAPITAL SOCIAL
20
CAPÍTULO I
DA FORMAÇÃO DO CAPITAL

SEÇÃO I
DAS CONSIDERAÇÕES GERAIS
Art. 24. O capital social da Cooperativa é dividido em quotas-partes de R$1,00 (Um real) cada uma, ilimitado quanto
ao máximo e variável conforme o número de associados, e o capital mínimo da Cooperativa não poderá ser inferior
a R$ R$2.000.000,00 (Dois milhões de reais)

Art. 25. No ato de admissão, o associado pessoa física subscreverá e integralizará, o valor mínimo de R$ 100,00 (cem
reais) equivalente a 100 (cem) quotas-partes de R$ 1,00 (um real) cada uma, integralizando, no mínimo, 50%
(cinquenta por cento) no ato da subscrição e o restante em até 2 (duas) parcelas mensais, iguais e consecutivas.

Art. 26. No ato de admissão, o associado Pessoa Jurídica subscreverá e integralizará o valor mínimo de R$100,00
(Cem reais) equivalente a 100 (cem) quotas-partes de R$ 1,00 (um real) cada uma, integralizando, no mínimo, 50%
(cinquenta por cento) no ato da subscrição e o restante em até 2 (duas) parcelas mensais, iguais e consecutivas.

§ 1º Nenhum associado poderá subscrever mais de 1/3 (um terço) do total de quotas-partes do capital social da
Cooperativa.

§ 2º As quotas-partes integralizadas responderão como garantia das obrigações que o associado assumir com a
Cooperativa, nos termos do Capítulo DAS RESPONSABILIDADES E DA READMISSÃO, deste Estatuto Social.

§ 3º A quota-parte não poderá ser cedida ou oferecida em garantia de operações com terceiros.

Art. 27. O filho ou dependente legal com idade entre 1 (um) dia de vida até 18 (dezoito) anos incompletos poderá
se associar e manter conta-corrente na Cooperativa desde que representado ou assistido pelos pais ou
representante legal, devendo subscrever e integralizar o capital social mínimo previsto no artigo anterior.

Parágrafo único. Qualquer questão omissa referente a essa matéria será decidida pelo Conselho de Administração.

SEÇÃO II
DO RELACIONAMENTO POR MEIO ELETRÔNICO

Art. 28. No ato de admissão, o associado pessoa natural que tenha por objetivo a abertura de conta de depósitos e a
manutenção desse relacionamento exclusivamente por meio eletrônico, bem como se mantenha aderente ao
respectivo pacote de serviços, subscreverá e integralizará, à vista e em moeda corrente, 100 (cem) quotas-partes de
R$ 1,00 (um real) cada uma, equivalentes a R$100,00 (cem reais).

§ 1º Considera-se relacionamento por meio eletrônico com a Cooperativa aquele determinado pelo uso dos meios
eletrônicos, assim entendidos os instrumentos e os canais remotos utilizados para comunicação e troca de
informações, sem contato presencial, entre o associado e a Cooperativa, na forma da regulamentação em vigor.

§ 2º O associado pessoa natural que realizar a abertura de conta de depósitos e a manutenção desse
relacionamento exclusivamente por meio eletrônico aderirá automaticamente ao respectivo pacote de serviços,
sendo este divulgado aos associados, conforme normas relativas ao assunto, assim como os demais pacotes
tarifários da Cooperativa.

21
§ 3º Concluído o processo de admissão, o associado que alterar seu relacionamento com a Cooperativa migrando
para outro pacote de serviços que não o pacote de serviços referente ao relacionamento por meio eletrônico,
deverá promover a complementação do seu capital social conforme a regra disposta no art. 25 deste Estatuto
Social.

CAPÍTULO II
DA REMUNERAÇÃO DO CAPITAL

Art. 29. Conforme deliberação do Conselho de Administração, o capital integralizado pelos associados poderá ser
remunerado até o valor da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos
federais.

CAPÍTULO III
DA MOVIMENTAÇÃO DAS QUOTAS-PARTES

SEÇÃO I
DA TRANSFERÊNCIA
Art. 30. As quotas-partes do associado são indivisíveis e intransferíveis a terceiros não associados da Cooperativa,
ainda que por herança, não podendo com eles ser negociada e nem dada em garantia.

SEÇÃO II
DO RESGATE ORDINÁRIO
Art. 31. Nos casos de desligamento, o associado terá direito à devolução de suas quotas-partes integralizadas,
acrescidas dos respectivos juros quando houver e das sobras que lhe tiverem sido registradas, ou reduzido das
respectivas perdas, observado, além de outras disposições deste Estatuto Social, o seguinte:

I. a devolução das quotas-partes do associado, demitido, eliminado, excluído poderá ser deliberada pelo
Conselho de Administração e será realizada após a aprovação em reunião mensal do conselho de administração, de
forma a resguardar a continuidade de funcionamento da sociedade.

a) em casos de desligamento, o valor a ser devolvido pela Cooperativa ao associado poderá ser dividido em até
12 (doze) parcelas mensais e consecutivas;

b) os herdeiros de associado falecido terão o direito de receber os valores das quotas-partes do capital e demais
créditos existentes em nome do de cujus, atendidos os requisitos legais, apurados por ocasião do encerramento do
exercício social em que se deu o falecimento, em até 12 (doze) parcelas mensais e consecutivas.

c) os valores das parcelas de devolução nunca serão inferiores aos estipulados pelo Conselho de
Administração.

SEÇÃO III
DO RESGATE EVENTUAL
Art. 32. A critério do Conselho de Administração, o capital poderá ser resgatado parcialmente quando de iniciativa
do próprio associado, respeitando a preservação do capital mínimo estabelecido por este Estatuto Social nos
artigos 24, 25 e 26, e a preservação da integridade do patrimônio líquido e de referência, conforme regulamentação
em vigor, cujos recursos devem permanecer por prazo suficiente para refletir a estabilidade inerente a sua natureza
de capital fixo da instituição.

22
SEÇÃO IV
DO RESGATE PROGRAMADO
Art. 33. O cooperado pessoa física que cumprir as disposições deste estatuto, não estiver inadimplente perante a
cooperativa, poderá solicitar o resgate de seu capital social de forma programada desde que respeitado a
preservação do capital mínimo estabelecido neste estatuto e na legislação em vigor.

§ 1º Quando completar 60 (sessenta) anos de idade e possuir pelo menos 10 (dez) anos de associação, da seguinte
forma:

I. 90% (noventa por cento) do valor integralizado poderá ser resgatado em no mínimo 84 (Oitenta e quatro)
parcelas mensais e consecutivas.

§ 2º Quando completar 35 (trinta e cinco) anos de associação, da seguinte forma:

I. 90% (noventa por cento) do valor integralizado poderá ser resgatado em no mínimo 84 (Oitenta e quatro)
parcelas mensais e consecutivas.

Art. 34. Serão observadas ainda as seguintes situações para o resgate programado das quotas-partes:

I. tornando-se inadimplente em qualquer operação, o associado perderá automaticamente o direito de


receber as parcelas do resgate programado vencidas e não pagas ou vincendas, podendo a cooperativa aplicar a
compensação prevista neste Estatuto;

II. no caso de desligamento do associado, nas formas previstas neste Estatuto, durante o período de
recebimento das parcelas do resgate programado, o saldo remanescente da conta capital e o saldo registrado em
capital a devolver serão somados, e ao resultado apurado serão aplicadas as regras para o resgate ordinário.

Parágrafo único. O associado pessoa jurídica não fará jus ao resgate eventual.

3.4
DO BALANÇO, DAS SOBRAS, DAS PERDAS E DOS FUNDOS
CAPÍTULO I
DO BALANÇO, DAS SOBRAS E DAS PERDAS
Art. 35. O balanço e os demonstrativos de sobras e perdas serão elaborados semestralmente, em 30 de junho e 31
de dezembro de cada ano, devendo, também, ser elaborados balancetes de verificação mensais.

Art. 36. As sobras, deduzidos os valores destinados à formação dos fundos obrigatórios, ficarão à disposição da
Assembleia Geral, que deliberará:

I. pela distribuição entre os associados, proporcionalmente às operações realizadas com a Cooperativa


segundo fórmula de cálculo estabelecida pela Assembleia Geral;

II. pela constituição de outros fundos ou destinação aos fundos existentes;

III. pela manutenção na conta sobras/perdas acumuladas; ou

23
IV. pela incorporação ao capital do associado, observada a proporcionalidade referida no inciso I deste artigo.

Art. 37. As perdas apuradas no exercício serão cobertas com recursos provenientes do Fundo de Reserva ou, em
caso de insuficiência, alternativa ou cumulativamente, das seguintes formas:

I. mediante compensação por meio de sobras dos exercícios seguintes, desde que a Cooperativa:

a) mantenha-se ajustada aos limites de patrimônio exigíveis na forma da regulamentação vigente;

b) conserve o controle da parcela correspondente a cada associado no saldo das perdas retidas;

c) atenda aos demais requisitos exigidos pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Sicoob.

II. mediante rateio entre os associados, considerando-se as operações realizadas ou mantidas na Cooperativa,
excetuando-se o valor das quotas-partes integralizadas, segundo fórmula de cálculo estabelecida pela Assembleia
Geral, observada a regulamentação em vigor.

CAPÍTULO II
DOS FUNDOS
Art. 38. Das sobras apuradas no exercício serão deduzidos os seguintes percentuais para os fundos obrigatórios:

I. 30% (Trinta por cento) para o Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento das
atividades da Cooperativa;

II. 10% (Dez por cento) para o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates) destinado à prestação
de assistência aos associados e a seus familiares, e aos empregados da Cooperativa.

§1º Os serviços a serem atendidos pelo Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social (Fates) poderão ser
executados mediante convênio com entidades públicas ou privadas.

§2º Os resultados das operações com não associados, resultados não operacionais, auxílios ou doações sem
destinação específica serão levados à conta do Fundo de Assistência Técnica Educacional e Social (Fates) e
contabilizados separadamente, de forma a permitir cálculo para incidência de tributos.

Art. 39 Os fundos obrigatórios constituídos são indivisíveis entre os associados, mesmo nos casos de dissolução ou
de liquidação da Cooperativa, hipótese em que serão recolhidos à União ou terão outra destinação, conforme
previsão legal.

Art. 40. Além dos fundos previstos no Capítulo DOS FUNDOS deste estatuto, a Assembleia Geral poderá criar outros
fundos, inclusive rotativos, com recursos destinados a fins específicos, fixando o modo de formação, aplicação e
liquidação.

24
3.5
DAS OPERAÇÕES
Art. 41. A Cooperativa poderá realizar operações e prestar serviços permitidos pela regulamentação em vigor.

§ 1º A captação de recursos e a concessão de créditos e garantias devem ser restritas aos associados, ressalvados a
captação de recursos dos Municípios, de seus órgãos ou entidades e das empresas por eles controladas, as
operações realizadas com outras instituições financeiras e os recursos obtidos de pessoas jurídicas, em caráter
eventual, a taxas favorecidas ou isentos de remuneração.

§ 2º Ressalvado o disposto no §1º deste artigo, é permitida a prestação de outros serviços de natureza financeira e
afins a associados e a não associados.

§ 3º As operações de depósitos à vista e a prazo e de concessão de créditos obedecerão aos normativos aprovados
pelo Conselho de Administração, pela Central Sicoob Central Cecremge e pelo Sicoob Confederação.

Art. 42. A Cooperativa pode participar do capital de outras instituições, desde que respeitadas a legislação e a
regulamentação em vigor.

3.6
DA ORGANIZAÇÃO SOCIAL
CAPÍTULO I
DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
Art. 43. A estrutura de governança corporativa da Cooperativa é composta pelos seguintes órgãos sociais:

I. Assembleia Geral;

II. Conselho de Administração;

III. Diretoria Executiva;

IV. Conselho Fiscal.

CAPÍTULO II
DA ASSEMBLEIA GERAL

SEÇÃO I
DA DEFINIÇÃO

Art. 44. A Assembleia Geral, que poderá ser ordinária ou extraordinária, é o órgão supremo da Cooperativa, tendo
poderes, nos limites da lei e deste Estatuto Social, para tomar toda e qualquer decisão de interesse social.

25
Parágrafo único. As decisões tomadas em Assembleia Geral vinculam a todos os associados, ainda que ausentes ou
discordantes e constarão de ata lavrada em livro próprio ou em folhas soltas.

SEÇÃO II
DA ATA

Art. 45. Os assuntos discutidos e deliberados na Assembleia Geral constarão de ata lavrada em livro próprio ou em
folhas soltas, a qual, lida e aprovada, será assinada ao final dos trabalhos pelo secretário e pelo presidente da
assembleia.

Parágrafo único. Devem, também, constar da ata da Assembleia Geral:

I. para os membros eleitos, nomes completos, números de CPF, nacionalidade, estado civil, profissão, carteira
de identidade (tipo, número, data de emissão e órgão expedidor da carteira de identidade), data de nascimento,
endereço completo (inclusive CEP), órgãos estatutários, cargos e prazos de mandato;

II. referência ao estatuto social reformado que será anexado à ata;

III. a declaração pelo secretário de que ata foi lavrada em folhas soltas que irá compor livro próprio, quando for o
caso, ou que ela é cópia fiel daquela lavrada em livro próprio.

SEÇÃO III
DA COMPETÊNCIA PARA A CONVOCAÇÃO
Art. 46. Assembleia Geral será normalmente convocada pelo presidente do Conselho de Administração.

§ 1º Assembleia Geral poderá, também, ser convocada pelo Conselho de Administração ou pelo Conselho Fiscal,
ou por 1/5 (um quinto) dos associados em pleno gozo de direitos, após solicitação, não atendida pelo presidente do
Conselho de Administração, no prazo de 10 (dez) dias corridos, contados a partir da data de protocolização da
solicitação.

§ 2º A Central Sicoob Central Cecremge poderá, no exercício da supervisão local, solicitar que a Cooperativa
convoque Assembleia Geral Extraordinária nos seguintes casos:

I. situações de risco no âmbito da cooperativa singular filiada;

II. fraudes e irregularidades comprovadas em Auditoria;

III. ausência de preservação dos princípios cooperativistas.

§ 3º A Central Sicoob Central Cecremge poderá, mediante decisão do respectivo Conselho de Administração,
convocar Assembleia Geral Extraordinária da Cooperativa se a solicitação prevista no § 2º não for atendida no prazo
de 10 (dez) dias corridos.

SEÇÃO IV
DO PRAZO DE CONVOCAÇÃO

26
Art. 47. A Assembleia Geral será convocada com antecedência mínima de 10 (dez) dias corridos, em primeira
convocação, mediante edital divulgado de forma tríplice e cumulativa, da seguinte forma:

I. afixação em locais apropriados das dependências comumente mais frequentadas pelos associados;

II. publicação em jornal de circulação regular;

III. comunicação aos associados por intermédio de circulares e/ou por meios eletrônicos.

§ 1º Não havendo, no horário estabelecido, quórum de instalação, a assembleia poderá realizar-se em segunda e
terceira convocações, no mesmo dia da primeira, com o intervalo mínimo de 1 (uma) hora entre a realização por
uma ou outra convocação, desde que assim conste do respectivo edital.

§ 2º Quando houver eleição do Conselho de Administração e/ou Conselho Fiscal, a Assembleia Geral deverá ser
convocada com antecedência mínima de 30 (trinta) dias.

SEÇÃO V
DO EDITAL
Art. 48. Do edital de convocação da Assembleia Geral deve conter o que segue, sem prejuízo das orientações
descritas em regulamento próprio:

I. a denominação social completa da Cooperativa, CNPJ e Número de Inscrição no Registro de Empresa (NIRE),
seguida de indicação de que se trata de edital de convocação de Assembleia Geral Ordinária e/ou Extraordinária;

II. o dia e a hora da assembleia em cada convocação, observado o intervalo mínimo de uma hora entre cada
convocação, assim como o endereço do local de realização, o qual, salvo motivo justificado, será sempre o da sede
social;

III. a sequência numérica das convocações e quórum de instalação;

IV. a ordem do dia dos trabalhos, com as devidas especificações e, em caso de reforma do Estatuto Social, a
indicação precisa da matéria;

V. o local, a data, o nome, o cargo e a assinatura do responsável pela convocação conforme Seção DA
COMPETÊNCIA PARA A CONVOCAÇÃO deste Estatuto Social.

Parágrafo único. No caso de a convocação ser feita por associados, o edital deve ser assinado, no mínimo, por 4
(quatro) dos signatários do documento que a solicitou.

SEÇÃO VI
DO QUÓRUM DE INSTALAÇÃO
Art. 49. O quórum mínimo de instalação da Assembleia Geral, verificado pelas assinaturas lançadas no livro de
presenças da assembleia, é o seguinte:

I. 2/3 (dois terços) dos associados, em primeira convocação;

II. metade mais 1 (um) dos associados, em segunda convocação;

III. 10 (dez) associados, em terceira convocação.


27
SEÇÃO VII
DO FUNCIONAMENTO

Art. 50. Os trabalhos da Assembleia Geral serão ordinariamente dirigidos pelo presidente do Conselho de
Administração.

§ 1º Na ausência do presidente do Conselho de Administração, assumirá a direção da Assembleia Geral o vice-


presidente e, na ausência deste um dos membros do Conselho de Administração, que poderá nomear um
secretário entre os demais membros deste Conselho ou um associado indicado pelos presentes na Assembleia.

§ 2º Quando a Assembleia Geral não for convocada pelo presidente do Conselho de Administração, os trabalhos
serão dirigidos pelo primeiro signatário do edital de convocação e secretariados por associado escolhido na
ocasião.

§ 3º Quando a Assembleia Geral for convocada pela Central Sicoob Central Cecremge, os trabalhos serão dirigidos
pelo representante da Central Sicoob Central Cecremge e secretariados por convidado pelo primeiro.

§ 4º O presidente da Assembleia ou seu substituto poderá escolher empregado ou associado da Cooperativa para
secretariar a Assembleia e lavrar a ata.

SUBSEÇÃO I
DA REPRESENTAÇÃO
Art. 51. Cada associado será representado na Assembleia Geral da Cooperativa pela própria pessoa natural
associada com direito a voto ou pelo representante legal da pessoa jurídica associada, com direito a votar.

§ 1º O representante da pessoa jurídica associada deverá comprovar sua qualidade de representante.

§ 2º A pessoa natural e a pessoa jurídica não poderão ser representadas por procurador.

Art. 52. Os ocupantes de cargos estatutários, bem como quaisquer outros associados não poderão votar nos
assuntos de que tenham interesse direto ou indireto, entre os quais os relacionados à prestação de contas e à
fixação de honorários, mas não ficarão privados de tomar parte nos respectivos debates.

SUBSEÇÃO II
DO VOTO

Art. 53. Em regra a votação será aberta ou por aclamação, mas a Assembleia Geral poderá optar pelo voto secreto,
atendendo inclusive a regulamentação própria.

Art. 54. As deliberações na Assembleia Geral serão tomadas por maioria de votos dos associados presentes com
direito a votar, exceto quando se tratar dos assuntos de competência exclusiva da Assembleia Geral Extraordinária,
enumerados no Capítulo DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA deste estatuto, quando serão necessários os
votos de 2/3 (dois terços) dos associados presentes.

SUBSEÇÃO III
DA SESSÃO PERMANENTE

28
Art. 55. A Assembleia Geral poderá ficar em sessão permanente até a solução dos assuntos a deliberar, desde que:

I. sejam determinados o local, a data e a hora de prosseguimento da sessão;

II. conste da respectiva ata o quórum de instalação, verificado na abertura quanto no reinício;

III. seja respeitada a ordem do dia constante do edital.

Parágrafo único. Para continuidade da Assembleia Geral é obrigatória a publicação de novo edital de convocação,
exceto se o lapso de tempo entre a suspensão e o reinício da reunião não possibilitar o cumprimento do prazo legal
para essa publicação.
SEÇÃO VIII
DAS DELIBERAÇÕES
Art. 56. É de competência da Assembleia Geral deliberar sobre:

I. alienação, doação e/ou dos bens imóveis de uso próprio da Cooperativa;

II. destituição de membros do Conselho de Administração ou do Conselho Fiscal;

III. aprovação do regulamento eleitoral e da política de governança corporativa e demais políticas de alçada da
Assembleia Geral exigidas pela regulamentação em vigor;

IV. julgar recurso do associado que não concordar com a eliminação, nos termos da Seção DA ELIMINAÇÃO
deste Estatuto Social;

V. deliberar sobre a filiação e demissão da Cooperativa à Central Sicoob Central Cecremge.

CAPÍTULO III
DA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Art. 57. Assembleia Geral Ordinária será realizada obrigatoriamente uma vez por ano, no decorrer dos 4 (quatro)
primeiros meses do exercício social, para deliberar sobre os seguintes assuntos que deverão constar da ordem do
dia:

I. prestação de contas dos órgãos de administração, acompanhada do parecer do Conselho Fiscal,


compreendendo:

a) relatório da gestão;

b) balanço;

c) relatório da auditoria externa;

d) demonstrativo das sobras apuradas ou das perdas decorrentes da insuficiência das contribuições para
cobertura das despesas da Cooperativa.

II. destinação das sobras apuradas, deduzidas as parcelas para os fundos obrigatórios, ou rateio das perdas
verificadas no exercício findo;

29
III. estabelecimento da fórmula de cálculo a ser aplicada na distribuição de sobras e no rateio de perdas com
base nas operações de cada associado realizadas ou mantidas durante o exercício, excetuando-se o valor das
quotas-partes integralizadas;

IV. eleição dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal da Cooperativa, quando for o
caso;

V. quando previsto, fixação do valor das cédulas de presença, honorários ou gratificações dos membros do
Conselho de Administração e do Conselho Fiscal e do valor global para pagamento dos honorários, gratificações
e/ou benefícios dos membros da Diretoria Executiva, quando prevista a alteração e constar no Edital de
Convocação;

VI. quaisquer assuntos de interesse social, devidamente mencionados no edital de convocação, excluídos os
enumerados no Capítulo DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA deste Estatuto Social.

Art. 58. A realização da Assembleia Geral Ordinária deverá respeitar um período mínimo de 10 (dez) dias após a
divulgação das demonstrações contábeis de encerramento do exercício.

CAPÍTULO IV
DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
Art. 59. Assembleia Geral Extraordinária será realizada sempre que necessário e poderá deliberar sobre qualquer
assunto de interesse da Cooperativa, desde que mencionado em edital de convocação.

Art. 60. É de competência exclusiva da Assembleia Geral Extraordinária deliberar sobre os seguintes assuntos:

I. reforma do Estatuto Social;

II. fusão, incorporação ou desmembramento;

III. mudança do objeto social;

IV. dissolução voluntária da sociedade e nomeação de liquidantes;

V. prestação de contas do liquidante.

Parágrafo único. São necessários os votos de 2/3 (dois terços) dos associados presentes, com direito a votar, para
tornar válidas as deliberações de que trata este artigo.

CAPÍTULO V
DOS ÓRGÃOS ESTATUTÁRIOS
Art. 61. São órgãos estatutários da Cooperativa:
I. Conselho de Administração;

II. Diretoria Executiva;

III. Conselho Fiscal.

Parágrafo único. O Conselho de Administração tem atribuições estratégicas, orientadoras, eletivas e supervisoras,
não abrangendo funções operacionais ou executivas, as quais estão a cargo da Diretoria Executiva.

30
SEÇÃO I
DAS CONDIÇÕES DE OCUPAÇÃO DOS CARGOS ESTATUTÁRIOS
Art. 62. O processo eleitoral para o preenchimento dos cargos estatutários da Cooperativa está disciplinado em
regulamento próprio aprovado em Assembleia Geral.

Art. 63. São condições para o exercício dos cargos estatutários da Cooperativa, sem prejuízo de outras previstas em
leis ou normas aplicadas às cooperativas de crédito:

I. ter reputação ilibada;

II. ser residente no País;

III. ser associado pessoa natural da Cooperativa;

IV. não participar da administração ou deter 5% (cinco por cento) ou mais do capital de empresas de fomento
mercantil ou de outras instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil, com exceção de cooperativa de crédito;

V. não estar impedido por lei especial, nem condenado por crime falimentar, de sonegação fiscal, de
prevaricação, de corrupção ativa ou passiva, de concussão, de peculato, contra a economia popular, a fé pública, a
propriedade ou o Sistema Financeiro Nacional, ou condenado a pena criminal que vede, ainda que
temporariamente, o acesso a cargos públicos;

VI. não estar declarado inabilitado ou suspenso para o exercício de cargos de conselheiro fiscal, de conselheiro
de administração, de diretor ou de sócio-administrador nas instituições financeiras e demais instituições
autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou em entidades de previdência complementar, sociedades
seguradoras, sociedades de capitalização, companhias abertas ou entidades sujeitas à supervisão da Comissão de
Valores Mobiliários;

VII. não responder, nem qualquer empresa da qual seja controlador ou administrador, por protesto de títulos,
cobranças judiciais, emissão de cheques sem fundos, inadimplemento de obrigações e outras ocorrências ou
circunstâncias análogas;

VIII. não estar declarado falido ou insolvente;

IX. não ter controlado ou administrado, nos 2 (dois) anos que antecedem a eleição, firma ou sociedade objeto de
declaração de insolvência, liquidação, intervenção, falência ou recuperação judicial;

X. não responder, nem qualquer sociedade da qual tenha sido controlador ou administrador à época dos fatos,
por processo crime, inquérito policial e outras ocorrências ou circunstâncias análogas;

XI. não responder por processo judicial ou administrativo que tenha relação com o Sistema Financeiro Nacional e
outras ocorrências ou circunstâncias análogas;

XII. não estar em exercício de cargo de cargo público eletivo.

31
§ 1º É condição adicional para exercício de cargo estatutário de administração possuir capacitação técnica
compatível com as atribuições do cargo, conforme política de sucessão de administradores, comprovada com
base na formação acadêmica, experiência profissional ou em outros quesitos julgados relevantes, por intermédio
de documentos e declaração firmada pela Cooperativa, a qual será dispensada nos casos de eleição de membro
com mandato em vigor no órgão para o qual foi eleito, na própria Cooperativa.

§2º Nenhum associado pode exercer cumulativamente cargos nos órgãos de administração e no Conselho Fiscal.

§ 3º Não podem compor o Conselho de Administração e/ou a Diretoria Executiva e/ou o Conselho Fiscal os
parentes entre si até 2º (segundo) grau em linha reta ou colateral, consanguíneos ou afins, bem como cônjuges e
companheiros.

§ 4º Os membros dos órgãos de administração e do Conselho Fiscal, bem como o liquidante, equiparam-se aos
administradores das sociedades anônimas para efeito de responsabilidade criminal.

§ 5º A condição prevista no inciso IV deste artigo aplica-se, inclusive, aos ocupantes de funções de gestão
(superintendentes, gerentes e similares) da Cooperativa.

§ 6º A condição de que trata o inciso IV deste artigo não se aplica à participação de conselheiros de cooperativas de
crédito no Conselho de Administração ou colegiado equivalente de instituições financeiras e demais entidades
controladas, direta ou indiretamente, pelas referidas cooperativas, desde que não assumidas funções executivas
nessas controladas.

§ 7º Não é admitida a eleição de representante de pessoa jurídica integrante do quadro de associados.

SEÇÃO II
DA INELEGIBILIDADE DE CANDIDATOS A ORGÃOS ESTATUTÁRIOS

Art. 64. São condições de inelegibilidade de candidatos a cargos dos órgãos estatutários, inclusive os executivos
eleitos:
I. pessoas impedidas por lei;

II. condenados à pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos;

III. condenados por crime falimentar, de sonegação fiscal, de prevaricação, de corrupção ativa ou passiva, de
concussão, de peculato, ou contra a economia popular, a fé pública, a propriedade ou o Sistema Financeiro
Nacional.

Parágrafo único. A diplomação em cargo público eletivo impede a candidatura a cargos dos órgãos estatutários.

32
SEÇÃO III
DA INVESTIDURA E DO EXERCÍCIO DOS CARGOS ESTATUTÁRIOS
Art. 65. Os membros dos órgãos estatutários, depois de aprovada sua eleição pelo Banco Central do Brasil, serão
investidos em seus cargos mediante termo de posse e permanecerão em exercício até a posse de seus substitutos.

Parágrafo único. Os eleitos serão empossados em até, no máximo, 15 (quinze) dias, contados da aprovação da
eleição pelo Banco Central do Brasil.

SEÇÃO IV
DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

SUBSEÇÃO I
DA COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Art. 66. O Conselho de Administração, eleito em Assembleia Geral, é composto por, no mínimo, 5 (cinco) e, no
máximo, 7 (sete) membros efetivos.

Parágrafo Único. Na Assembleia Geral em que foram eleitos, os membros do Conselho de Administração reunir-se-
ão à parte imediatamente e escolherão, entre os respectivos membros, o presidente e o vice-presidente do
Conselho de Administração.

SUBSEÇÃO II
DO MANDATO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Art. 67. O mandato do Conselho de Administração é de 4 (quatro) anos, sendo obrigatória, ao término de cada
período, a renovação de, no mínimo, 1/3 (um terço) de seus membros.

Parágrafo único. O mandato dos conselheiros de administração estender-se-á até a posse dos seus substitutos.

SUBSEÇÃO III
DAS REUNIÕES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Art. 68. O Conselho de Administração reunir-se-á, ordinariamente, uma vez por mês, em dia e hora previamente
marcados, e, extraordinariamente, sempre que necessário, por convocação do presidente, ou da maioria do
Conselho de Administração ou pelo Conselho Fiscal:

I. as reuniões se realizarão com a presença mínima de metade mais um dos membros;

II. as deliberações serão tomadas pela maioria simples de votos dos presentes;

III. os assuntos tratados e as deliberações resultantes serão consignados em atas.

§ 1º O presidente do Conselho de Administração votará com o fim único e exclusivo de desempatar a votação.

§ 2º Deve abster-se da discussão e votação o membro que tiver qualquer conflito de interesse em determinada
deliberação.

33
SUBSEÇÃO IV
DAS AUSÊNCIAS, DOS IMPEDIMENTOS E DA VACÂNCIA DE
CARGOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Art. 69. Constituem, entre outras, hipóteses de vacância automática do cargo de conselheiro de administração:

I. morte ou invalidez permanente;

II. renúncia;

III. destituição;

IV. incapacidade civil permanente ou provisória devidamente comprovada;

V. não comparecimento, sem a devida justificativa a 3 (três) reuniões ordinárias consecutivas ou a 6 (seis)
alternadas durante o exercício social;

VI. patrocínio, como parte ou procurador, de ação judicial contra a própria Cooperativa, salvo aquelas que
visem ao exercício do próprio mandato;

VII. desligamento do quadro de associados da Cooperativa;

VIII. diplomação pelo respectivo tribunal ou junta eleitoral em cargo público eletivo.

Parágrafo único. Para que não haja vacância automática do cargo eletivo no caso de não comparecimento a
reuniões, as justificativas para as ausências deverão ser formalizadas e registradas em ata e aceitas pelos demais
membros do Conselho de Administração.

Art. 70. Nas ausências ou impedimentos temporários iguais ou inferiores a 60 (sessenta) dias corridos, o presidente
do Conselho de Administração será substituído pelo vice-presidente.

Art. 71. Nas ausências ou impedimentos superiores a 60 (sessenta) dias corridos ou na vacância dos cargos de
presidente e de vice-presidente o Conselho de Administração designará substitutos escolhidos entre seus
membros.

Art. 72. Ficando vagos, por qualquer tempo, metade ou mais dos cargos do Conselho de Administração, deverá ser
convocada, no prazo de 30 (trinta) dias contados da ocorrência, Assembleia Geral para o preenchimento dos cargos
vagos.

Parágrafo único. Até que sejam preenchidos os cargos vagos, o quórum para instalação das reuniões será metade
mais um dos membros em exercício.

Art. 73. Os substitutos exercerão os cargos somente até o final do mandato dos substituídos.

34
SUBSEÇÃO V
DAS COMPETÊNCIAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Art. 74. Compete ao Conselho de Administração, nos limites legais e deste Estatuto Social, atendidas as decisões da
Assembleia Geral:

I. fixar a orientação geral e estratégica e os objetivos da Cooperativa, acompanhando e avaliando


mensalmente a sua execução, o desenvolvimento das operações e atividades em geral e o estado econômico-
financeiro da Cooperativa;

II. eleger, reconduzir ou destituir a qualquer tempo, por maioria simples, os diretores executivos, bem como
fixar suas atribuições e remuneração, limitados ao valor global definido pela Assembleia Geral;

III. fiscalizar a gestão dos diretores executivos, bem como conferir-lhes atribuições específicas e de caráter
eventual não previstas neste Estatuto Social;

IV. aprovar o Regimento Interno do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva;

V. propor à Assembleia Geral quaisquer assuntos para deliberação;

VI. deliberar sobre alocação e aplicação dos recursos do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social
(Fates);

VII. analisar e submeter à Assembleia Geral proposta sobre a criação de outros fundos;

VIII. deliberar sobre a criação de comitês consultivos;

IX. propor à Assembleia Geral a participação da Cooperativa no capital de instituições não cooperativas,
inclusive bancos cooperativos;

X. manifestar-se sobre o relatório da administração e a prestação de contas da Diretoria Executiva;

XI. deliberar sobre admissão e eliminação de associados, podendo aplicar, por escrito, advertência prévia;

XII. deliberar sobre a forma e o prazo de resgate das quotas-partes de associados, inclusive se o resgate for
parcial;

XIII. escolher e destituir os auditores externos, na forma da regulamentação em vigor;

XIV. acompanhar e determinar providências para saneamento dos apontamentos das áreas de Auditoria e
Controles Internos, bem como acompanhar e apurar irregularidades praticadas no âmbito da Cooperativa,
especialmente as que lhes forem encaminhadas pelo Conselho Fiscal e pela Auditoria, e determinar medidas
visando às apurações e às providências cabíveis;

35
XV. garantir que as operações de crédito e garantias concedidas aos membros de órgãos estatutários, bem
como a pessoas físicas e jurídicas que mantenham relação de parentesco ou de negócios com aqueles membros
possam observar procedimentos de aprovação e controle idênticos aos dispensados às demais operações de
crédito;

XVI. acompanhar e adotar medidas para a eficácia da cogestão, quando adotada, nos termos do convênio
firmado entre a Cooperativa e a Central Sicoob Central Cecremge a qual estiver filiada;

XVII. deliberar sobre a aquisição de bens imóveis de uso próprio da Cooperativa.

XVIII. deliberar sobre a aquisição, alienação, doação e/ou oneração de quaisquer bens móveis, bem como de
imóveis não de uso próprio;

XIX. deliberar sobre abertura e fechamento de Postos de Atendimento.

Art. 75. Compete ao presidente do Conselho de Administração:

I. representar a Cooperativa, com direito a voto, nas reuniões e nas Assembleias Gerais da Central Sicoob
Central Cecremge, do Bancoob, do Sistema OCB e outras entidades de representação do cooperativismo;

II. convocar e presidir a Assembleia Geral e as reuniões do Conselho de Administração;

III. decidir, ad referendum do Conselho de Administração, sobre matéria urgente e inadiável, submetendo a
decisão à deliberação do colegiado, na primeira reunião subsequente ao ato;

IV. designar responsável para organizar, secretariar e administrar as reuniões do Conselho de Administração;

V. aplicar as advertências estipuladas pelo Conselho de Administração

VI. tomar votos e votar, com a finalidade do desempate, nas deliberações do Conselho de Administração.

Parágrafo único. Na impossibilidade de representação pelo vice-presidente, o presidente do Conselho de


Administração poderá, mediante autorização do Conselho de Administração, com o respectivo registro em ata,
delegar a membro da Diretoria Executiva, a representação prevista no inciso I.

Art. 76. É atribuição do vice-presidente do Conselho de Administração substituir o presidente e exercer as


respectivas competências.

Parágrafo único. O presidente poderá, mediante autorização do Conselho de Administração, com o respectivo
registro em ata, delegar competências ao vice-presidente.

36
SEÇÃO V
DA DIRETORIA EXECUTIVA

SUBSEÇÃO I
DA SUBORDINAÇÃO E DA COMPOSIÇÃO
Art. 77. A Diretoria Executiva, órgão subordinado ao Conselho de Administração, é composta por 02 (dois)
diretores, sendo um Diretor Coordenador e Administrativo e um Diretor Financeiro e de Negócios.

Parágrafo único. Os membros da Diretoria Executiva não poderão ser oriundos do Conselho de Administração.

SUBSEÇÃO II
DO MANDATO DA DIRETORIA EXECUTIVA
Art. 78. O prazo de mandato dos membros da Diretoria Executiva será de 04 (quatro) anos podendo haver
recondução, a critério do Conselho de Administração.

Parágrafo único. O mandato dos Diretores Executivos estender-se-á até a posse dos seus substitutos.
SUBSEÇÃO III
DAS AUSÊNCIAS, DOS IMPEDIMENTOS E DA VACÂNCIA DA DIRETORIA EXECUTIVA
Art. 79. Nas ausências ou impedimentos temporários iguais ou inferiores a 60 (sessenta) dias corridos, o Diretor
Coordenador e Administrativo será substituído, pelo Diretor Financeiro e de Negócios, e o Diretor Financeiro e de
Negócios será substituído pelo Diretor Coordenador e Administrativo, que continuarão respondendo pelas suas
áreas, acumulando ambos os cargos.

§ 1º A diretora gestante, adotante ou que obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança, poderá se afastar
por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sendo, neste caso, substituída por outro diretor nos termos deste Estatuto
Social, diretor este que continuará respondendo pela sua área, havendo nesse caso acumulação de cargos,
cabendo-lhe dar conhecimento ao Conselho de Administração dos atos por ele praticados.

§ 2º Naquilo que couber, aplicam-se aos diretores executivos as hipóteses de vacância automática previstas na
SUBSEÇÃO IV DAS AUSÊNCIAS, DOS IMPEDIMENTOS E DA VACÂNCIA DE CARGOS DO CONSELHO DE
ADMINISTRAÇÃO, da SEÇÃO IV do CAPÍTULO V do TÍTULO V deste Estatuto Social.

Art. 80. Nas ausências ou impedimentos superiores a 60 (sessenta) dias ou com período incerto ou em caso de
vacância, o Conselho de Administração elegerá o substituto, no prazo de até 30 (trinta) dias da data da ocorrência.

SUBSEÇÃO IV
DAS COMPETÊNCIAS DA DIRETORIA EXECUTIVA
Art. 81. Compete à Diretoria Executiva:

I. adotar medidas para o cumprimento das diretrizes fixadas pelo Conselho de Administração, bem como
garantir a implementação de medidas que mitiguem os riscos inerentes à atividade da Cooperativa;

II. supervisionar as atividades relacionadas a riscos, com o apoio do gerenciamento centralizado realizado pelo
Sicoob Confederação;

37
III. elaborar orçamentos para deliberação do Conselho de Administração, bem como mantê-lo informado por
meio de relatórios mensais sobre o estado econômico-financeiro da Cooperativa e o desenvolvimento das
operações e atividades em geral;

IV. aprovar a admissão de associados, quando delegado pelo Conselho de Administração;

V. deliberar sobre a contratação de empregados e fixar atribuições, alçadas e salários, bem como contratar
prestadores de serviços;

VI. avaliar a atuação dos empregados, adotando as medidas apropriadas, e propor ao Conselho de
Administração qualquer assunto relacionado ao plano de cargos e salários e à estrutura organizacional da
Cooperativa;

VII. aprovar e divulgar normativos operacionais internos da Cooperativa;

VIII. adotar medidas para cumprimento das diretrizes fixadas no Planejamento Estratégico e para saneamento
dos apontamentos da Central Sicoob Central Cecremge e das áreas de Auditoria e Controles Internos.

Parágrafo único. As atribuições designadas a cada diretor executivo deverão evitar possível conflito de interesses,
bem como observar as normas vigentes sobre segregação obrigatória de funções por área de atuação.

Art. 82. Compete ao diretor coordenador e administrativo, o principal diretor executivo da Cooperativa:

I. representar a Cooperativa passiva e ativamente, em juízo ou fora dele, salvo a representação prevista na
Subseção DAS COMPETÊNCIAS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, deste Estatuto Social;

II. conduzir o relacionamento com terceiros no interesse da Cooperativa;

III. coordenar, junto com Diretor Financeiro e de Negócios, as atribuições da Diretoria Executiva, visando à
eficiência e transparência no cumprimento das diretrizes fixadas pelo Conselho de Administração;

IV. supervisionar as operações e as atividades e verificar, tempestivamente, o estado econômico-financeiro da


Cooperativa;

V. convocar e coordenar as reuniões da Diretoria Executiva;

VI. outorgar mandatos a empregado da Cooperativa ou a advogado, juntamente com outro diretor,
estabelecendo poderes, extensão e validade do mandato, quando for o caso;

VII. auxiliar o presidente do Conselho de Administração nos trabalhos relativos à Assembleia Geral;

VIII. dirigir os assuntos relacionados às atividades de controles internos e riscos, de forma a assegurar
conformidade com as políticas internas e exigências regulamentares;

IX. gerir os assuntos relacionados à Política de Prevenção à Lavagem de dinheiro e ao Financiamento do


Terrorismo (PLD/FT), fazendo cumprir às determinações regulamentares

X. zelar pela eficiência, eficácia e efetividade dos sistemas informatizados e de telecomunicações.

38
Art. 83. Compete ao diretor Financeiro e de Negócios:

I. assessorar o Diretor Coordenador e Administrativo nos assuntos a ele competentes;

II. gerir os assuntos relacionados à Política de Prevenção à Lavagem de dinheiro e ao Financiamento do


Terrorismo (PLD/FT), fazendo cumprir às determinações regulamentares;

III. executar as atividades operacionais no que tange à concessão de empréstimos, à oferta de serviços e a
movimentação de capital;

IV. acompanhar as operações em curso anormal, adotando as medidas e os controles necessários para
regularização;

V. elaborar as análises mensais sobre a evolução das operações, a serem apresentadas ao Conselho de
Administração;

VI. resolver os casos omissos, em conjunto com o Diretor Coordenador e Administrativo;

VII. executar outras atividades não previstas neste Estatuto Social, determinadas pelo Conselho de
Administração e/ou pela Assembleia Geral;

VIII. conduzir o relacionamento com terceiros no interesse da Cooperativa;

IX. averbar no Livro ou Ficha de Matrícula a subscrição, realização ou resgate de quota-parte, bem como as
transferências realizadas entre associados;

X. orientar e acompanhar a execução da contabilidade da Cooperativa, de forma a permitir visão permanente


da situação econômica, financeira e patrimonial;

XI. decidir, em conjunto com o Diretor Coordenador e Administrativo, sobre a admissão e a demissão de
empregados;

XII. executar as atividades relacionadas com as funções financeiras (fluxo de caixa, captação e aplicação de
recursos, demonstrações financeiras, análises de rentabilidade, de custo, de risco, etc.);

XIII. representar a Diretoria Executiva nas apresentações e na prestação de contas para o Conselho de
Administração;

XIV. supervisionar as operações e as atividades e verificar, tempestivamente, o estado econômico-financeiro


da Cooperativa.

SUBSEÇÃO V
DA OUTORGA DE MANDATO

39
Art. 84. O mandato outorgado pelos diretores a empregado da Cooperativa:

I. não poderá ter prazo de validade superior ao de gestão dos outorgantes, salvo o mandato ad judicia;

II. deverá especificar e limitar os poderes outorgados;

III. deverá constar que o empregado da Cooperativa sempre assine em conjunto com um diretor.

Art. 85. Quaisquer documentos constitutivos de obrigação da Cooperativa deverão ser assinados por 2 (dois)
diretores executivos, ressalvada a hipótese de outorga de mandato.

Parágrafo único. Em caso de vacância que impossibilite a assinatura por 2 (dois) diretores, os atos descritos no
caput deste artigo poderão ser praticados por apenas 1 (um) diretor até a posse do diretor substituto, cabendo ao
diretor remanescente dar conhecimento ao Conselho de Administração dos atos por ele praticados.

CAPÍTULO VI
DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO
SEÇÃO I
DA COMPOSIÇÃO E DO MANDATO DO CONSELHO FISCAL
Art. 86. A administração da Cooperativa será fiscalizada por Conselho Fiscal, constituído de 3 (três) membros
efetivos e 3 (três) membros suplentes, todos associados, eleitos a cada 02 (dois) anos pela Assembleia Geral.

§ 1º A cada eleição deve haver a renovação de, pelo menos, 1 (um) membro efetivo e 1 (um) membro suplente.

§ 2º O mandato dos conselheiros fiscais estender-se-á até a posse dos seus substitutos.

SEÇÃO II
DA VACÂNCIA DO CARGO DE CONSELHEIRO FISCAL
Art. 87. Constituem, entre outras, hipóteses de vacância automática do cargo de conselheiro fiscal as mesmas
hipóteses elencadas na Subseção DAS AUSÊNCIAS, DOS IMPEDIMENTOS E DA VACÂNCIA DE CARGOS DO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, deste Estatuto Social.

Parágrafo único. Para que não haja vacância automática do cargo no caso de não comparecimento a reuniões, as
justificativas para as ausências deverão ser formalizadas e registradas em ata e aceitas pelos demais membros do
Conselho Fiscal.

Art. 88. No caso de vacância, será efetivado membro suplente, obedecido o critério de maior tempo de associação
do suplente.

Art. 89. Ocorrendo 4 (quatro) ou mais vagas no Conselho Fiscal, o presidente do Conselho de Administração
convocará Assembleia Geral para o preenchimento das vagas, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de
constatação do fato.

40
SEÇÃO III
DA REUNIÃO DO CONSELHO FISCAL
Art. 90. O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, 1 (uma) vez por mês, em dia e hora previamente marcados, e,
extraordinariamente, sempre que necessário, por proposta de qualquer um de seus integrantes, observando-se
em ambos os casos as seguintes normas:

I. as reuniões se realizarão sempre com a presença de 3 (três) membros;

II. as deliberações serão tomadas pela maioria de votos dos presentes;

III. os assuntos tratados e as deliberações resultantes constarão de ata.

§ 1º Na primeira reunião, os membros efetivos do Conselho Fiscal escolherão entre si 1 (um) coordenador para
convocar e dirigir os trabalhos das reuniões e 1 (um) secretário para lavrar as atas.

§ 2º As reuniões poderão ser convocadas por qualquer de seus membros, por solicitação do Conselho de
Administração, da Diretoria Executiva ou da Assembleia Geral.

§ 3º Os membros suplentes poderão participar das reuniões e das discussões dos membros efetivos, sem direito a
voto, exceto se comparecerem, por convocação, para substituírem membros efetivos.

SEÇÃO IV
DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO FISCAL
Art. 91. Compete ao Conselho Fiscal:

I. fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos administradores e verificar o cumprimento dos seus
deveres legais e estatutários;

II. opinar sobre as propostas dos órgãos de administração, a serem submetidas à Assembleia Geral, relativas à
incorporação, à fusão ou ao desmembramento da Cooperativa;

III. analisar as demonstrações contábeis elaboradas periodicamente pela Cooperativa;

IV. opinar sobre a regularidade das contas da administração e as demonstrações contábeis do exercício social,
elaborando o respectivo parecer, que conterá, se for o caso, os votos dissidentes;

V. convocar os auditores internos e externos, sempre que preciso, para prestar informações necessárias ao
desempenho de suas funções;

VI. convocar Assembleia Geral Extraordinária nas circunstâncias previstas neste Estatuto Social;

VII. comunicar, por meio de qualquer de seus membros, aos órgãos de administração, à Assembleia Geral e ao
Banco Central do Brasil, os erros materiais, fraudes ou crimes de que tomarem ciência, bem como a negativa da
administração em fornecer-lhes informação ou documento;

VIII. aprovar o próprio regimento interno;

41
Parágrafo único. No desempenho de suas funções, o Conselho Fiscal poderá valer-se de informações constantes
no relatório da Auditoria Interna, da Auditoria Externa, do Controles Internos, dos diretores ou dos empregados da
Cooperativa, ou da assistência de técnicos externos, a expensas da Cooperativa, quando a importância ou a
complexidade dos assuntos o exigirem.

3.7
DA DISSOLUÇÃO E DA LIQUIDAÇÃO

Art. 92. Além de outras hipóteses previstas em lei, a Cooperativa dissolve-se de pleno direito:

I. quando assim deliberar a Assembleia Geral, desde que 20 (vinte) associados, no mínimo, não se disponham a
assegurar a sua continuidade;

II. pela alteração de sua forma jurídica;

III. pela redução do número de associados, para menos de 20 (vinte), ou de seu capital social mínimo se, até a
Assembleia Geral subsequente, realizável em prazo não inferior a 6 (seis) meses, não forem restabelecidos;

IV. pelo cancelamento da autorização para funcionar;

V. pela paralisação de suas atividades normais por mais de 120 (cento e vinte) dias.

Art. 93. A liquidação da Cooperativa obedece às normas legais e regulamentares próprias.

3.8
DA OUVIDORIA

Art. 94. A Cooperativa adere ao convênio para compartilhamento e utilização de componente organizacional de
ouvidoria único definido pelo Sicoob.

Art. 95. A Cooperativa tem o compromisso expresso de:

I. criar condições adequadas para o funcionamento da Ouvidoria, bem como para que sua atuação seja
pautada pela transparência, independência, imparcialidade e isenção;

II. assegurar o acesso da Ouvidoria às informações necessárias para a elaboração de resposta adequada às
demandas recebidas, com total apoio administrativo, podendo requisitar informações e documentos para o
exercício de suas atividades no cumprimento de suas atribuições.

42
3.9
DA DISPOSIÇÃO FINAL
Art. 96. Os prazos previstos neste Estatuto Social serão contados em dias corridos, excluindo-se o dia de início e
incluindo o dia final.

O presente Estatuto Social foi aprovado na Assembleia Geral de Constituição da Cooperativa, realizada em 10 de
abril de 1997, foi alterado integralmente nas Assembleias Gerais Extraordinárias de 26 de novembro de 1999 – de 24
de outubro de 2008 – de 16 de julho de 2010 – de 28 de fevereiro de 2013 - 08 de janeiro de 2016, parcialmente na
Assembleia Geral Extraordinária realizada em 03 de Março de 2016, alterado parcialmente na Assembleia Geral
Extraordinária realizada em 23 de fevereiro de 2017, alterado parcialmente na Assembleia Geral Extraordinária
realizada em 15 de agosto de 2017, alterado integralmente na Assembleia Geral Extraordinária de 21 de Março de
2019, alterado parcialmente na Assembleia Geral Extraordinária de 27 de Junho de 2019 e alterado parcialmente na
Assembleia Geral Extraordinária de 03 de Outubro de 2019.

Confere com original lavrado em livro próprio.

Cláudio (MG), 03 de Outubro de 2019.

Adarlan Rodrigues Fonseca Adriano Calasense Rabelo


Presidente do Conselho de Administração Vice-Presidente do Conselho de Administração

Marcelo Gomes Mamprim Francisco Júnior Leonardo Mitre


Diretor Coordenador e Administrativo Diretor Financeiro e de Negócios

43
4
CÓDIGO DE ÉTICA
4.1
APLICAÇÃO
O Sistema Sicoob, consciente da importância de se estabelecer padrões éticos para a condução de relações
internas e externas, instituiu o presente Código de Ética.

O Código de Ética do Sistema Sicoob é aplicável aos componentes da estrutura organizacional de todas as
entidades que compõem o Sicoob.

A adesão ao presente Código de Ética dar-se-á pelo referendo dos órgãos de administração das entidades
componentes do Sistema Sicoob.

4.2
OBJETIVO
Harmonizar os valores pessoais e profissionais de componentes da estrutura organizacional das entidades
integrantes do Sistema Sicoob com os padrões de comportamento e os valores preconizados neste Código de
Ética, os quais estão pautados em preceitos legais, éticos, morais e nos bons costumes.

4.3
CIÊNCIA DOS COMPONENTES DA ORGANIZAÇÃO
A administração das entidades integrantes do Sistema Sicoob deve garantir que todos os componentes da
estrutura organizacional, em especial conselheiros, dirigentes, funcionários, estagiários e outros sujeitos à
observância deste documento, pautem as relações profissionais mantidas interna e externamente nos preceitos
apresentados neste Código de Ética.

A ciência do contido no Código de Ética do Sistema Sicoob pelos componentes da estrutura organizacional será
evidenciada por meio da assinatura do formulário de ciência .

É de responsabilidade de cada entidade integrante do Sistema Sicoob manter a guarda do comprovante de ciência,
devidamente assinado pelos componentes das respectivas estruturas organizacionais, em local apropriado.

44
5 PRINCÍPIOS
ÉTICOS
5.1
INDIVIDUAIS
A conduta profissional de todos os componentes da estrutura organizacional das entidades integrantes do
Sistema Sicoob está referenciada nos seguintes valores:

I. transparência;

II. comprometimento;

III. respeito;

IV. ética;

V. solidariedade;

VI. cooperação;

VII. responsabilidade.

Para tal, os componentes da estrutura organizacional se referenciam nas seguintes virtudes:

I. honestidade: probidade, honradez, decência e respeito nos relacionamentos pessoais e para com os bens de
terceiros;

II. zelo: preocupação, diligência e empenho com as tarefas assumidas;

III. sigilo: sigilo com o conhecimento e manuseio de informações corporativas e de terceiros;

IV. competência: dedicação e capacitação constante para o cargo exercido;

V. prudência: cautela, precaução, ponderação e sensatez nos julgamentos e nas decisões;

VI. humildade; conhecimento das próprias limitações, modéstia e simplicidade;

VII. imparcialidade; equidade e isenção nas avaliações e julgamentos;

VIII. justiça: atitude em conformidade com o que é direito, legal e justo;

IX. fortaleza: firmeza e responsabilidade frente aos perigos inerentes à própria existência, bem como às
adversidades e desventuras; e

X. temperança: moderação, comedimento, sobriedade e parcimônia nas atitudes.

46
5.2
SISTÊMICOS
A conduta profissional de todos os componentes das entidades integrantes do Sistema Sicoob está referenciada
nos seguintes princípios:

I. respeito à quaisquer diferenças, sejam sociais, culturais, etárias, físicas, religiosas, de gênero, de raça, de
orientação sexual, de condição social e de opção político partidária, entre outras;

II. manutenção de relações de trabalhos justas e repúdio a qualquer espécie de exploração do trabalho,
inclusive do menor, salvo na condição de aprendiz a partir dos 14 (quatorze) anos;

III. manutenção de ambiente de trabalho saudável, caracterizado pela consideração, confiança mútua,
transparência e credibilidade;

IV. excelência no atendimento ao público interno e externo;

V. promoção da educação e de capacitação contínuas dos componentes da estrutura organizacional;

VI. preservação do direito à privacidade dos componentes da estrutura organizacional.

47
6
COMPORTAMENTO
ÉTICO DO
PÚBLICO INTERNO
6.1
NO EXERCÍCIO DA GOVERNANÇA
Os componentes da estrutura organizacional das entidades integrantes do Sistema Sicoob, reconhecendo a
importância de exercer a governança, se comprometem a:

I. regulamentar a prática de relacionamento ético e íntegro entre os acionistas/associados, os órgãos de


administração e fiscal, bem como a diretoria e a auditoria;

II. agir de forma a satisfazer as diferentes necessidades de informações, por meio da adoção de gestão
transparente e íntegra;

III. propiciar tratamento justo e igualitário;

IV. estimular a disseminação dos princípios éticos e os compromissos de condutas constantes deste código;

V. promover negociações honestas e justas, sem auferir vantagens indevidas por meio de manipulação, uso de
informação privilegiada e outros artifícios dessa natureza;

VI. manter canal de recepção, encaminhamento e processamento de opiniões, sugestões, reclamações, críticas
e denúncias sobre os mais variados assuntos, inclusive transgressões éticas;

VII. cumprir e promover o cumprimento do presente Código de Ética.

6.2
NO RELACIONAMENTO INTERNO
Os componentes da estrutura organizacional das entidades integrantes do Sistema Sicoob, para manter ambiente
de relacionamento interno harmônico, se comprometem a:

I. cumprir, com zelo e empenho, as atribuições sob sua responsabilidade;

II. comportar-se de forma ética, íntegra e profissional;

III. repudiar qualquer atitude que discrimine pessoas, sejam em contatos particulares ou profissionais, em
função de cor, sexo, religião, origem, classe social, natureza política, idade ou capacidade física, sendo consideradas
hostis as seguintes práticas:
a) denegrir e/ou prejudicar a reputação de componentes da estrutura organizacional de quaisquer
entidades integrantes do Sistema Sicoob;
b) tratar, com discriminação, quaisquer componentes da estrutura organizacional das entidades
pertencentes ao Sistema Sicoob, desrespeitando diferenças individuais;
c) adotar qualquer prática que, implícita ou explicitamente, indique discriminação.

IV. prevenir condutas hostis ou de intimidação, tais como:


a) constranger, depreciar ou submeter outros componentes da estrutura organizacional a qualquer tipo
de situação capaz de ferir a dignidade pessoal e profissional;

49
b) exigir de subordinados a prestação de serviços de caráter pessoal, bem como fora das condições
livremente pactuadas entre as partes;
c) assediar moralmente e/ou sexualmente qualquer componente da estrutura organizacional das
entidades pertencentes ao Sistema Sicoob;
d) desqualificar, ofender ou ameaçar, explícita ou disfarçadamente, subordinados ou pares;
e) apresentar trabalhos ou ideias de outros componentes da estrutura organizacional, sem conferir-lhes o
respectivo crédito;
f ) desrespeitar as atribuições funcionais de outrem.

V. identificar situações que não sejam aceitáveis sob o ponto de vista ético e moral, mesmo que não causem
prejuízos perceptíveis à entidade, comunicando imediatamente ao responsável pela aplicação do Código de Ética
do Sistema Sicoob ;

VI. reconhecer honestamente os erros cometidos, corrigindo e evitando-os no futuro;

VII. apresentar críticas construtivas e sugestões para aprimorar a qualidade dos processos de trabalhos;

VIII. transmitir, de forma transparente, informações oportunas, claras e precisas;

IX. fazer prevalecer os interesses coletivos sobre os pessoais e individuais;

X. colaborar para que haja respeito e predominância do espírito de equipe, da lealdade, da confiança, da
conduta compatível com os valores do Sistema Sicoob e da busca por resultados;

XI. interagir com os componentes da estrutura organizacional e prestar as informações necessárias para o
adequado desempenho das atribuições que lhes competir, favorecendo o espírito de equipe e a intercooperação;

XII. comunicar atitudes e orientações contrárias aos princípios e aos valores do Sistema Sicoob;

XIII. buscar soluções que atendam aos interesses sistêmicos;

XIV. afastar atividades particulares das rotinas diárias de trabalho, em especial aquelas que interfiram no tempo
de trabalho necessário à função assumida;

XV. manter apresentação pessoal, discreta e respeitosa, por meio do uso de vestimenta distinta e adequada,
tanto no ambiente de trabalho quanto em eventos internos e externos, em que represente a entidade ou que
possa ser identificado representante do Sistema Sicoob;

XVI. manter cortesia e eficiência nos relacionamentos;

XVII. respeitar o direito à privacidade, não monitorando pessoas, por meio de imagens, conversas e/ou por
quaisquer meios eletrônicos sem prévia e expressa autorização e comunicação;

50
XVIII. abster-se de:
a) manifestar opinião de natureza depreciativa sobre atos ou atitudes de representantes políticos do
segmento cooperativista, dirigentes e funcionários de órgão de supervisão e de auditoria externa;
b) realizar qualquer tipo de conduta ilegal ou contrária à moral e aos bons costumes, que interfira no
desempenho das funções profissionais;
c) utilizar os equipamentos necessários ao efetivo exercício das atividades profissionais para a realização de
atividades de cunho pessoal;
d) usar equipamentos ou objetos que interfiram na concentração ao executar a atividade que esteja
encarregado.

XIX. estimular os componentes da estrutura organizacional com os quais mantenha relacionamento, no


cumprimento do Código de Ética do Sistema Sicoob.Adicionalmente, componentes da estrutura organizacional
das entidades integrantes do Sistema Sicoob, exercentes de cargos de gestão devem buscar:

I. dar exemplo, ao gerir pessoas, sendo modelo de conduta ética e moral para a equipe;

II. reconhecer o mérito de cada um e propiciar a igualdade de acesso às oportunidades de desenvolvimento


profissional eventualmente existentes, segundo as características, as competências e as contribuições de cada
profissional; e

III. basear as decisões única e exclusivamente nos aspectos profissionais, afastando completamente decisões
de cunho pessoal.

6.3
NA ADMINISTRAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSES
Os componentes da estrutura organizacional das entidades integrantes do Sistema Sicoob, para evitar
conflitos de interesses, se comprometem a não:

I. acumular atividades conflitantes ou desenvolver negócios particulares que interfiram no tempo de trabalho
dedicado à entidade e nas decisões necessárias ao pleno exercício das atividades nas entidades integrantes do
Sistema Sicoob;

II. comercializar quaisquer tipos de produtos nas dependências da entidade, notadamente no horário de
expediente;

III. desenvolver atividades que concorram, direta ou indiretamente, com aquelas realizadas pelas entidades
integrantes do Sistema Sicoob;

IV. influenciar na contratação, na mesma entidade, de pessoas com vínculo conjugal e de parentes por
consanguinidade ou por afinidade até o 2º grau, em linha reta ou colateral;

V. intervir na decisão de assuntos que envolvam interesses particulares e de:

51
a) familiares (pessoa com quem mantenha vínculo conjugal, parentes consangüíneos e/ou por afinidade
até 4º grau, em linha reta ou colateral);
b) empresas das quais seja, ou tenha sido, sócio, representante, empregado, ou que tenha qualquer tipo de
interesse particular;
c) empresas com as quais mantenha relações comerciais particulares ou receba benefícios de qualquer
espécie (dividendos, vantagens, premiações, etc.);
d) empresas das quais familiares sejam, ou tenham sido, sócios, representantes, empregados, ou que
tenham qualquer tipo de interesse particular.

VI. manter relações comerciais particulares, de caráter habitual, com clientes ou fornecedores;

VII. participar de atividades cívicas e políticas de forma individual ou representando entidade integrante do
Sistema Sicoob, utilizando tempo, recursos e bens pertencentes a entidade pertencente ao Sistema Sicoob, sem
autorização prévia e expressa dos órgãos de administração.

6.4
NA PRESERVAÇÃO DAS INFORMAÇÕES
Os componentes da estrutura organizacional de entidades integrantes do Sistema Sicoob, no intuito principal de
manter sigilo sobre informações confidenciais ou privilegiadas, inclusive registros pessoais, se comprometem a:

I. não revelar ou divulgar informações da entidade, que não sejam de domínio público, sem prévio e expresso
consentimento da alçada competente;

II. conceder acesso a informações confidenciais ou privilegiadas, apenas às pessoas formalmente autorizadas
pelas alçadas competentes;

III. não usar cargo, função ou informações sobre negócios e assuntos da entidade para influenciar decisões que
venham a favorecer interesses próprios ou de terceiros;

IV. manter absoluta discrição e sigilo sobre informações relacionadas à vida privada e comercial de colegas de
trabalho, de conselheiros, de dirigentes, de associados ou de qualquer pessoa que se relacione com entidades
integrantes do Sistema Sicoob;

V. não utilizar para fins particulares e nem repassar a outrem, sem a devida autorização prévia da alçada
competente, tecnologias, marcas, metodologias e quaisquer informações pertencentes à entidade, ainda que
tenham sido obtidas ou desenvolvidas no exercício da respectiva função.

52
6.5
NO RECEBIMENTO DE PRESENTES
E FAVORECIMENTOS
Os componentes da estrutura organizacional de entidades integrantes do Sistema Sicoob, para preservar a isenção,
se comprometem a não:

I. aceitar ou oferecer, direta ou indiretamente, favores, dinheiro ou presentes de caráter pessoal, que resultem
de relacionamentos com a entidade e que possam influenciar decisões, facilitar negócios ou beneficiar terceiros;

II. dar tratamento preferencial a quem quer que seja, por interesse ou sentimento pessoal ou profissional;

III. usar o cargo para solicitar favores ou serviços pessoais a terceiros e a subordinados;

IV. deixar de comunicar, formalmente, o recebimento de brindes distribuídos a título de cortesia, propaganda,
divulgação habitual ou por ocasião de datas festivas ou comemorativas, que tenham valor comercial superior ao
montante estabelecido, por meio de normativo, pela direção da respectiva entidade;

V. realizar despesas com parceiros (refeições, transporte, hospedagem ou entretenimento, entre outros) que
impliquem em constrangimento ou compromisso de retribuição, exceto aquelas acordadas formal e previamente,
inclusive com ciência da administração da respectiva entidade.

6.6
NO CUMPRIMENTO DE LEIS, NORMAS
E DEFINIÇÕES ESTRATÉGICAS
Os componentes da estrutura organizacional de entidades integrantes do Sistema Sicoob, em preservação aos
interesses sistêmicos, se comprometem a:

I. respeitar a legislação, em especial a aplicável às atividades e aos negócios da entidade;

II. respeitar normas internas, sistêmicas e dos órgãos reguladores;

III. respeitar as disposições legais relacionadas aos aspectos tributários;

IV. respeitar as disposições legais, inclusive federais, estaduais, municipais e locais, que tenham por objetivo a
proteção e a conservação do meio ambiente;

V. favorecer o cumprimento da orientação estratégica da respectiva entidade e do Sistema Sicoob;

VI. estar orientado quanto à visão e à missão da respectiva entidade, bem como do Sistema Sicoob.

53
6.7
NO USO DOS ATIVOS DA INSTITUIÇÃO
Os componentes da estrutura organizacional de entidades integrantes do Sistema Sicoob, para preservar os ativos
da entidade, se comprometem a:

I. não utilizar quaisquer recursos físicos, lógicos ou financeiros da entidade, para fins particulares ou de forma a
gerar perdas, inclusive financeiras;

II. utilizar de forma adequada e zelar pelo patrimônio físico e tecnológico da entidade (instalações, mobiliário,
equipamentos, programas, sistemas tecnológicos, aplicativos, etc.);

III. não utilizar para fins particulares ou repassar a terceiros, salvo quando expressamente autorizado pela
administração, tecnologias, metodologias, informações e conhecimentos de propriedade, desenvolvidas ou
obtidas pela entidade;

IV. não acessar, por meio dos equipamentos pertencentes à entidade, páginas eletrônicas consideradas
inadequadas, impróprias ou que não estejam alinhadas ao objetivo social da entidade, bem como à moral e aos
bons costumes;

V. não usar aplicativos, programas, ou sistemas tecnológicos não licenciados ou não autorizados
expressamente pela entidade;

VI. cumprir as normas internas que dispõem sobre a segurança dos ativos, bem como sobre sigilo e
confidencialidade das informações da entidade.

6.8
NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO DE FRAUDES
Os componentes da estrutura organizacional de entidades integrantes do Sistema Sicoob, reconhecendo a
criticidade, a severidade e o efeito lesivo provocado por organizações criminosas, se comprometem a obedecer as
diretrizes legais, normativas e institucionais para impedir a lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores,
conforme segue:

I. conhecer e aplicar as normas e os procedimentos internos relacionados à prevenção e combate a lavagem ou


ocultação de bens, direitos e valores previstos em manuais e/ou normativos do Sistema Sicoob;

II. comunicar imediatamente, à alçada superior, toda operação que possa ser considerada suspeita, bem como
aquelas que apresentem indícios ou que estejam comprovadamente relacionadas com lavagem ou ocultação de
bens, direitos e valores;

III. abster-se da realização de atos que possam comprometer a reputação e a imagem da entidade pertencente
ao Sistema Sicoob, bem como do próprio Sistema Sicoob, não praticando e repelindo qualquer negócio ou
atividade ilícita ou que apresentem indícios de ilicitude;

54
IV. abster-se de comentar qualquer informação ou emitir opinião que possa ser utilizada pelo interlocutor para
a realização ou a participação em negócios ou atividades escusas ou questionáveis, inclusive contrárias à moral e
aos bons costumes;

V. manter-se vigilante no sentido de identificar e repelir as tentativas de uso de entidade pertencente ao


Sistema Sicoob para negócios ou práticas ilícitas, fraudes ou crimes de qualquer natureza, principalmente os
relacionados à lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;

VI. não fornecer, ceder ou repassar, por qualquer meio ou forma, documentos e informações que estejam
protegidos por sigilo bancário ou por acordo de confidencialidade, exceto quando prévia, expressa e formalmente
autorizado;

VII. não fornecer, ceder ou repassar, por qualquer meio ou forma, a quem quer que seja, senhas de uso pessoal
para acesso à rede de computadores e a sistemas de informações da entidade;

VIII. abster-se, direta ou indiretamente, em nome próprio, de firmar, contratar, controlar, custodiar, intermediar
ou representar interesses de associados, fornecedores ou terceiros; e

IX. zelar pela manutenção e integridade de todo e qualquer documento e registro interno, não permitindo, em
hipótese alguma, que sejam retirados, alterados ou destruídos, com o propósito de ocultar ou dissimular transação
ou procedimento inadequado ou em desacordo com a legislação, bem como regulamentação interna ou externa.

X. manter constantemente atualizados os cadastros que mantenha na entidade.

6.9
NA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA PESSOAL
Os componentes da estrutura organizacional de entidades integrantes do Sistema Sicoob, em função dos
reflexos prejudiciais que o desequilíbrio financeiro pode acarretar, se comprometem a não:

I. estar inadimplente no pagamento de dívidas pessoais, cumprindo, consequentemente, pontualmente


com o pagamento de suas obrigações financeiras para com terceiros;

II. realizar investimentos incompatíveis com o patrimônio e os rendimentos recebidos, de forma a mitigar
riscos de perdas financeiras que possam comprometer a vida pessoal, influenciando capacidade funcional; e

III. realizar ou obter empréstimos com colegas de trabalho ou com terceiros sem autorização legal ou
normativa para tanto.

55
7
COMPORTAMENTO
ÉTICO DO
PÚBLICO EXTERNO
7.1
NO RELACIONAMENTO GERAL
Nos relacionamentos mantidos com o público externo em geral, as entidades integrantes do Sistema Sicoob se
comprometem a:

I. manter cortesia e eficiência nos relacionamentos;

II. apresentar respostas, mesmo que negativas, de forma adequada e no prazo acordado;

III. comunicar-se de forma precisa, transparente e oportuna;

IV. zelar para que o relacionamento com o público externo seja realizado de acordo com a legislação,
normativos dos órgãos competentes, bem como com as políticas e os procedimentos internos da entidade,
eliminando qualquer situação que possa se tornar conflito de interesses;

V. ser, sempre, honesto e íntegro em todos os contatos com o público externo, inclusive com representantes
políticos, dirigentes, funcionários de órgãos de supervisão e servidores públicos.

7.2
NO RELACIONAMENTO ENTRE AS
ENTIDADES INTEGRANTES DO SISTEMA
No relacionamento entre as entidades integrantes do Sistema, estas se comprometem a:

I. cooperar no sentido de atingir todos os objetivos e metas do próprio Sistema Sicoob, competindo lealmente,
quando necessário;

II. evitar a contratação de funcionários de outras entidades integrantes do Sistema Sicoob, sem que haja prévia
consulta e autorização dos dirigentes daquelas entidades;

III. evitar mover ações judiciais em desfavor de outras entidades integrantes do Sistema Sicoob, sem que antes
a contenda tenha sido objeto de ampla discussão e esgotados todas as possibilidades de solução amigável;

IV. respeitar as regras de relacionamento estabelecidas no âmbito do Sistema Local e do Sistema Sicoob,
resguardando a autonomia e a personalidade jurídica completamente distinta de cada entidade integrante do

57
7.3
NO RELACIONAMENTO COM OS SÓCIOS
No relacionamento com os sócios, as entidades integrantes do Sistema Sicoob, se comprometem a:

I. atender com profissionalismo, respeito, cordialidade, presteza e confidencialidade;

II. oferecer as informações solicitadas de forma transparente, consistente e precisa;

III. não prestar informações ou orientações das quais não tenha conhecimento ou segurança suficientes;

IV. garantir que as informações ou orientações fornecidas foram efetivamente compreendidas;

V. oferecer canais de comunicação acessíveis e divulgá-los de maneira apropriada;

VI. zelar pela qualidade do material utilizado na divulgação de informações de interesse individual e coletivo;

VII. oferecer ambiente de atendimento limpo, organizado e aderente aos requisitos de acessibilidade
aplicáveis;

VIII. oferecer produtos e serviços que atendam às necessidades do público atendido, bem como os próprios
objetivos do Sistema Sicoob, observada a legislação, regulamentação aplicável e os recursos disponíveis.

7.4
NO RELACIONAMENTO COM FORNECEDORES
No relacionamento com fornecedores, as entidades integrantes do Sistema Sicoob se comprometem a:

I. basear-se em critérios técnicos, profissionais, éticos e nas necessidades específicas de cada entidade, na
escolha e contratação de fornecedores, não ensejando favorecimento de qualquer natureza;

II. selecionar e contratar apenas fornecedores de reconhecida idoneidade, imparcialidade, transparência e


ética;

III. não realizar negócios com fornecedores de reputação duvidosa ou que descumpram exigências legais, em
especial nos aspectos tributários, trabalhistas e previdenciários.

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7.5
NO RELACIONAMENTO COM CONCORRENTES
No relacionamento com eventuais concorrentes, as entidades integrantes do Sistema Sicoob, se comprometem
a:

I. definir planos de ação e estratégias de expansão baseadas em princípios éticos e critérios técnicos;

II. não difundir informações que possam vir a denegrir, em qualquer aspecto, a imagem ou os negócios
administrados pela concorrência; e

III. pautar o relacionamento na honestidade, integridade e justiça, bem como em consonância com a moral
e os bons costumes.

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