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PIOP103 – Procedimento de Operação da Planta 00
Revisão
de Blendagem
Data: 29/05/2014

IJACI BRASIL
OPERAÇÕES
COPIA INFORMÁTICA CONTROLADA – Versión impresa en papel NO CONTROLADA

PIOP 103

Procedimento de Operação da Planta de


Blendagem

Este documento e a informação nele contida é da propriedade do Grupo

TRADEBE. Reprodução ou distribuição, por qualquer meio, de forma inteira

ou parcial, não está permitida sem consentimento prévio.

Elaborado: Revisado : Aprovado :


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ÍNDICE

1.0. FINALIDADE
2.0. DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA
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3.0. RESPONSABILIDADES
4.0. ABRANGÊNCIA
5.0. DESENVOLVIMENTO
1.1. Aceitação de Resíduos na Unidade de Blendagem
5.2. Descrição do Processo Produtivo
5.2.1 Descarregamento e armazenamento de resíduos
5.2.1.1 Descarga e armazenamento de resíduos sólidos a granel
5.2.1.2 Descarga e armazenamento de resíduos pastosos a granel
5.2.1.3 Descarga e armazenamento de resíduos em tambores ou em embalagens
móveis
5.2.1.4 Descarga e armazenamento de resíduos líquidos a granel
5.3.Processo de preparação e acondicionamento no galpão de processo
5.3.1 Trituração primaria e separação
5.3.2 Trituração secundária
5.3.3 Mistura
5.3.4 Carregamento e transporte do produto pronto para o coprocessamento
2.0. DEFINIÇÕES E SIGLAS
6.1 Estrutura para Operação da Planta de Blendagem
6.0. RESULTADOS e ARQUIVOS
7.2. Treinamento
7.3. Controle dos Exames Médicos
ANEXO I
ANEXO II

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Este documento é considerado um registro oficial de treinamento e todo o pessoal afetado


deve reconhecer o seu conteúdo. É de responsabilidade do gestor nomeado para garantir que
a difusão de informações seja realizada dentro de 3 semanas a partir do recebimento deste
documento.

1.0. OBJETIVO
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A unidade de blendagem ou Unidade de Mistura e Pré-condicionamento de Resíduos –


UMPCR, visa utilizar como combustíveis alternativos, resíduos industriais (sólidos, líquidos e
pastosos), cujas características lhes faça susceptíveis de valorização energética, e que não
gerem nenhum tipo de risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo com a
legislação, regulamento ou norma técnica aplicável.

2.0 DOCUMENTAÇÃO DE REFERÊNCIA

 Manual do Sistema de Gestão Integrado


 PIOP102 – Procedimento Ijaci Operação Descarregamento de Líquidos

3.0 RESPONSABILIDADES

Este procedimento se aplica a todos os colaboradores da empresa.


Deverão ser treinadas neste procedimento: equipe SSMA, supervisores e administrativo.

4.0 ABRANGÊNCIA

Este procedimento se aplica a qualquer atividade que se realize na UMPCR.

5.0 DESENVOLVIMENTO

5.1 Aceitação de Resíduos na Unidade de Blendagem

Somente serão admitidos na UMPCR resíduos gerados por empresas que tenham suas
atividades devidamente licenciadas pelo órgão ambiental competente. Será elaborado um
procedimento para o licenciamento de novos resíduos ou tipologias de resíduos, a serem
recebidos na unidade. Este procedimento incluirá:

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 Obter uma amostra que permita a caracterização do resíduo e a verificação da sua


viabilidade para o coprocessamento;
 Licença de Operação, tanto do cliente como do transportador, assim como informações
dos processos geradores dos resíduos;
 Envio de resultados de caracterização e documentação correspondente ao órgão
ambiental competente para análise do processo de licenciamento;
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 Elaboração de ficha técnica com todas as características do resíduo, que permitam contar
com valores e informação, que sirva como referência para a verificação do atendimento de
parâmetros do processo de aceitação das próximas cargas.

Uma vez verificada a possibilidade de recebimento do resíduo na planta será feito o


planejamento das entradas destes resíduos na planta e o cumprimento do procedimento de
aceitação de resíduos para o coprocessamento. O recebimento e a checagem da
documentação e do resíduo, a descarga e o manuseio serão feitos por funcionários treinados,
onde o responsável possuirá a programação de recebimento dos resíduos. O procedimento de
aceitação de resíduos incluirá:

 Preenchimento do check-list e verificação da documentação;


 Coleta de uma amostra representativa do carregamento em contraste com as
características da amostra do resíduo admitido, conforme acordado em contrato comercial
e verificação da idoneidade técnica e ambiental do resíduo, de acordo com os processos da
planta. O veículo será pesado e conduzido à área de espera de aceitação, ou área de
manipulação de tambores, onde serão tomadas as amostras, conforme normativa
aplicável.
 Até que seja autorizado o descarregamento, os veículos serão direcionados às diferentes
áreas de descarga disponíveis, dependendo do tipo de transporte de resíduo: resíduos
sólidos ou pastosos, a granel, resíduos em tambores e resíduos líquidos a granel.
 Para as cargas em desacordo com especificações inicialmente acordadas, será elaborado
um relatório de NC (não-conformidade) e dará-se início a um procedimento para a sua
solução.

A UMPCR prevê um laboratório na planta, contando com equipamentos necessários para


determinação dos parâmetros de controle para o processo e para correta alimentação nos
fornos de cimento. Também conta com suporte de laboratórios externos para análise de
caracterização de amostras iniciais, dentro do cumprimento do protocolo de admissão de

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novos resíduos a planta, assim como para análise complementares que possam vir a ser
necessárias.
5.2. Descrição do Processo Produtivo

5.2.1 Descarregamento e armazenamento de resíduos


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5.2.1.1 Descarga e armazenamento de resíduos sólidos a granel

Os resíduos sólidos transportados a granel serão armazenados dentro do galpão de


processamento. Para sua descarga, preferencialmente os caminhões descarregarão
diretamente no interior da baia de processo, ajudando a manobra de colocação de resíduos
nos locais de armazenamento com pá carregadeira.

Também será possível a descarga a partir de baias externas, correspondentes às aberturas


laterais no galpão, dependendo da disponibilidade logística no momento da descarga,
unicamente no caso de resíduos com mínimo de risco de dispersão e projeção de material
durante a descarga.

Após definição pela equipe de operação da posição na baia onde deverá ser descarregado, o
veículo será manobrado de ré e descarregará basculando o material nas baias indicadas. Com a
pá carregadeira, será feito a colocação e organização dos resíduos dentro das zonas de
armazenamento dentro da baia.

No interior do galpão de preparação de resíduos há baias de armazenamento que permitirão a


colocação dos resíduos de forma segregada, segundo se descreve no item 6 deste documento.
Pode ser necessária a segregação de resíduos sólidos, dependendo das tipologias a receber,
que facilite a manipulação e seleção dos resíduos de forma a melhorar a operação de
blendagem.

Resíduos sólidos a serem recebidos dentro do galpão de processo:


- Sólidos trituráveis gerais (plástico, papel, papelão, madeira, têxtil, trapos, absorventes),
- Serragem, aparas de madeira, pallets.
- Sólidos trituráveis com alto PCI,
- Resíduos semi-triturados ou graneis que não requeiram pré-trituração (por exemplo,
restos de compostagem, como restos de poda),
Partidas que requeiram uma pré-seleção de frações não desejáveis dentro do processo (por
exemplo, alta presença de pedras, grandes partes metálicas, entre outros).

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5.2.1.2 Descarga e armazenamento de resíduos pastosos a granel

Os resíduos pastosos transportados a granel serão também armazenados dentro das baias de
processamento. Para sua descarga se utilizará preferencialmente uma moega, de
aproximadamente 30m³ úteis, de capacidade, colocada no interior da baia, próximo a área de
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preparação da mistura final (ver figura abaixo), alimentada diretamente pelo caminhão báscula
ou por gravidade através de uma abertura lateral no galpão. A tremonha contará com grelha
de retenção de sólidos grosseiros, passarela lateral de acesso para limpezas e manutenção, e
válvula de portão na parte inferior para a descarga.

Figura 1: Moega para descarregamento de pastosos

A altura do descarregamento na moega permitirá colocar a colher da pá carregadora por baixo,


de tal forma que será possível o traslado do resíduo diretamente ao processo, ou a uma baia
de armazenamento próxima. Para evitar a dispersão de lodo líquido pela superfície do galpão,
fora das baias, periodicamente será realizada, se constatada a necessidade, uma pré-mistura
com sólidos triturados finais, utilizando a pá carregadeira. Desta maneira o resíduo pastoso
obterá a consistência física adequada para seu posterior destino ao misturador.

No caso de resíduos pastosos com um risco mínimo de dispersão de possíveis líquidos


presentes, também será possível a descarga de caminhões desde uma baia exterior sem
moega. Esta baia estará delimitada por muros de separação, que facilitarão a contenção da
pilha formada.

Finalmente, dependendo das possibilidades logísticas no momento da descarga, também será


possível a descarga de caminhões diretamente no interior do galpão, facilitando a manobra de
colocação do resíduo na zona de armazenamento com pá carregadeira.

5.2.1.3 Descarga e armazenamento de resíduos em tambores ou em embalagens móveis

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Os resíduos transportados de forma fracionada (big bags ou em tambores) serão


descarregados com o auxilio de empilhadeira e encaminhados para descarregamento na área
específica para amostragem de tambores.

Nesta área se realizará a inspeção visual das embalagens recebidas, assim como do seu
conteúdo, a extração de amostras dentro do cumprimento do protocolo de aceitação de
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resíduos, assim como o etiquetado para seu armazenamento segregado no armazém de


tambores. A abertura dos tambores se realizará utilizando as ferramentas adequadas para tal
fim, que garantam a segurança e confiabilidade do processo e do pessoal responsável pela
operação.

Uma vez cumprido todo o protocolo de aceitação dos resíduos, os tambores serão
armazenados temporariamente no galpão de tambores, a espera de seu processamento e
gestão, ou podem ser transferidos diretamente para outras áreas onde serão esvaziados,
dependendo do tipo de resíduo contido.

Os tambores contendo resíduos pastosos serão descarregados na moega, ou na área de


pastosos descrita anteriormente, utilizando para isso a empilhadeira ou mecanismo de
descarga, para esvaziamento dos mesmos. No caso da presença de líquido nestes tambores,
será realizada uma sucção prévia no mesmo, utilizando um equipamento móvel de sucção.

Os tambores contendo resíduos líquidos deverão ser esvaziados e o produto enviado aos
tanques de armazenamento na área de coprocessamento atual. Para isso se utilizará um
equipamento móvel (tanque com equipamento de sucção incorporado), durante uma primeira
fase de funcionamento da planta, que permitirá fazer tanto a aspiração dos líquidos como seu
transporte a área de depósitos.

No extremo da mangueira de sucção se acopla um tubo metálico que tem no seu extremo uma
grelha filtrante, para evitar a passagem de materiais impróprios. Conforme a demanda
operacional e a logística da planta, será estudada a instalação de um sistema de esvaziamento
permanente, que consiste em um depósito de pequena capacidade, aproximadamente 3m³,
uma bomba de vácuo com anel líquido e uma mangueira flexível com tubo de sucção,
conectada ao depósito. Para transportar o resíduo do depósito até a área já existente dos
tanques, poderá dispor de um equipamento móvel para o translado seletivo ou instalar uma
linha de tubos fixos com bomba de impulsão.

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Os resíduos sólidos transportados em tambores ou em contêineres plásticos, assim como


tambores plásticos vazios, que possam ser triturados serão diretamente conduzidos às baias
de armazenamento de resíduos sólidos trituráveis, dentro da área de processo. A gestão
destas embalagens estará condicionada pelo seu tamanho e material assim como a melhor
opção desde uma perspectiva de gestão ambiental, prevalecendo a reciclagem e recuperação
ou reúso destes.
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Próximo ao galpão de recebimento de tambores será instalada futuramente uma prensa, (para
os tambores metálicos) que após seu descarregamento serão enviados para reciclagem como
"sucata”.

Da mesma forma que no caso de embalagens plásticas, a reutilização ou recuperação de


embalagens metálicas será uma opção alinhada com a correta gestão ambiental.

5.2.1.4 Descarga e armazenamento de resíduos líquidos a granel

Os caminhões com resíduos líquidos em granel seguirão os mesmos procedimentos de gestão,


segurança e meio ambiente adotados para todos os outros resíduos. Após a checagem,
verificação da carga e amostragem, os mesmos serão encaminhados para a área de
descarregamento de líquidos no setor de coprocessamento da empresa InterCement. Os
tanques de armazenagem estão localizados na zona de coprocessamento atual. O resíduo será
transferido para o sistema de recepção e preparação de líquidos, para sua posterior
alimentação ao forno de cimento. Para esta alimentação se conta com equipamentos para a
descarga por gravidade e por bombas para caminhões que não estejam equipados com elas.
Ressalta-se que tal procedimento já é atualmente realizado na planta de coprocessamento
existente. Especificamente para este procedimento verificar o PIOP102 – Procedimento Ijaci
Operação Descarregamento de Líquidos.

5.3 Processo de preparação e acondicionamento no galpão de processo

5.3.1 Trituração primaria e separação

Previamente ao processo de alimentação dos resíduos serão realizadas algumas operações


para facilitar a alimentação e proteger os equipamentos de trituração: abertura e
desagregação de baias de resíduo, inspeção visual e separação de elementos não desejáveis
dentro do processo (por exemplo, grandes peças metálicas e pedras).

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Os materiais serão separados e selecionados para uma pré-mistura de acordo com sua
composição química e física, que será conhecida através dos testes de avaliação realizados
pelo laboratório da planta. Essa pré-mistura, bem como toda a movimentação dos materiais na
área e o carregamento no processo será feito por operação com pá-carregadeira.

Os materiais que deverão ser triturados poderão passar pelo sistema composto por:
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- Triturador Primário TR-O1,


- Correia CT-01
- Separador de metais DSM-O1

Alimentado através de pá-carregadeira, o triturador primário ou pré-triturador tem a função


de reduzir o tamanho do material original para uma granulometria menor que 200 mm. Este
equipamento aceita materiais diversos de grandes dimensões, que não superem os 2.000 mm
permitidos. Está equipado com dois eixos de 2x110kWh, acionados através de dois motores
elétricos e conjunto hidráulico, que permite o processamento de material de diversas
qualidades, inclusive na presença de materiais ferrosos.

O material triturado passará pelo separador de metais DSM-01, através da correia CT-01. Os
metais ferrosos serão separados serão recolhidos em um contêiner de 1m³ colocado abaixo do
separador. Existirá uma área de armazenamento para estes contêineres, onde serão
carregados para posteriormente serem destinados conforme as melhores práticas ambientais.

A operação do triturador gera materiais de tamanhos e formas variadas, os quais serão


direcionados para a peneira rotativa PE-01, conduzidos por correias transportadoras CT-02 e
CT-03. A peneira PE-01 irá separar o material em duas faixas de tamanho, 0-50mm e maior que
50 mm. A faixa > 50 mm sairá da peneira através da correia transportadora CT-04 e será
conduzida pela correia transportadora CT-05 a pilha de over da peneira ou de triturado
intermediário. A fração < 50 mm tem já o tamanho adequado de produto final, e por tanto será
transportada pelas correias CT-09 e CT-10 para a correia CT-08 que alimenta a pilha de produto
triturado final.

5.3.2 Trituração secundária

A fração grossa de saída da peneira se acumulará na pilha de triturado intermediário, para ser
alimentada com pá carregadeira na tremonha e correia de alimentação ao triturador
secundário TR-02.

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O triturador secundário (o triturador schredder de 4 eixos acionado por dois motores elétricos
de 150 kW), terá a finalidade de reduzir o tamanho do material para obter a granulometria
requerida no produto final. Será incorporado uma malha que permitirá limitar a passagem de
resíduo e alcançar a granulometria esperada de < 50 mm.

Para facilitar a dosagem do material ao triturador, a tremonha de alimentação conta com uma
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comporta, e a correia será de velocidade variável.

O material de saída do triturador secundário será transportado pela correia CT-06 até a correia
CT-07, que trará a fração < 50 mm oriundo da peneira através das correias CT-09 y CT-10. A
correia CT-08 transportará estas frações para formar a pilha de material final triturado, cuja
capacidade de armazenamento se estima em 400m³. A parte desta pilha, também se disporá
de espaço adicional para armazenamento do produto triturado final.

A instalação do Triturador TR-03 será feita em uma fase posterior, após os volumes de resíduos
a serem triturados disponíveis no mercado justifique a instalação.

5.3.3 Mistura

As pilhas de materiais triturados poderão ser misturadas aos demais resíduos pastosos,
dependendo de definições de processo, para compor o produto. Uma pré-mistura será feita
com a pá carregadeira na baia de pastosos, conforme explicação anterior.

A mistura para obtenção do blend será levada ao Misturador MX-01. Constituído por um
conjunto de acionamento, recipiente de mistura e eixos com pás misturadoras, este
equipamento terá a missão de obter a homogeneização esperada e melhoria das propriedades
do produto final, através de um intenso trabalho de mistura por rotação das pás.

A partir da amostragem do produto triturado e dos resíduos pastosos disponíveis, efetuados


pelo laboratório, se determinarão as corretas proporções de mistura, que permitam obter as
características de produto esperadas frente a sua utilização como combustível alternativo.

5.3.4 Carregamento e transporte do produto pronto para o coprocessamento

Após a passagem pelo Misturador MX-O1, os resíduos sólidos prontos para o coprocessamento
serão conduzidos pelas correias transportadoras CT-11 e CT-12 para os contêineres de

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transporte e encaminhados para seu descarregamento no atual galpão de coprocessamento,


cumprindo com o procedimento de validação e controle de qualidade do produto final.

6.0 DEFINIÇÕES E SIGLAS

 NF - Nota Fiscal
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 EPI – Equipamento de proteção individual


 MTR – Manifesto (declaração) de transporte de resíduos
 Coprocessamento - Técnica de utilização de resíduos sólidos industriais a partir do
processamento desses como substituto parcial de matéria-prima e / ou de combustível no
sistema forno de produção de clínquer, na fabricação de cimento.
Consiste no reaproveitamento em fornos de cimento de resíduos descartados por outras
indústrias, que são pré-selecionados, trabalhados em plataformas de blendagem para
possam atender as especificações referentes a monitoramentos ambientais, qualidade da
mistura e consequente qualidade do cimento.
A tecnologia usa materiais pré-selecionados – com alto poder calorífico – e outros resíduos
industriais como combustíveis alternativos e matérias-primas para serem coprocessados nos
fornos das cimenteira, durante o processo em que o calcário e a argila dão origem ao
clínquer, material que, misturado com escória, calcário e gesso, será transformado em
cimento.
A segurança é absoluta e não são gerados efluentes líquidos ou sólidos durante a queima. O
processo é realizado um sistema de filtração de gases, turbilhonamento e monitoramento
on-line.
As cinzas que seriam geradas e posteriormente aterradas em um processo convencional de
incineração, no coprocessamento são totalmente incorporadas ao clínquer sem alterar suas
propriedades. Cada lote de resíduos é rigorosamente analisado antes de ir para o forno.
 Resíduo Sólido Industrial - aqueles que se apresentem nos estados sólido, semi-sólido e os
líquidos não passíveis de tratamento convencional, resultantes de atividades humanas. Fica
também estabelecido que o termo resíduo compreende um único tipo de resíduo ou mistura
(blend) de vários, para fins de coprocessamento.
 Certificados de Destruição Térmica (CDT) - documento legal comprobatório da destruição de
resíduos industriais através do coprocessamento.
 Poder calorífico - É o calor liberado pela combustão de uma substância
 Poder Calorífico Superior (PCS) - é o número de unidades de calor liberadas pela combustão
de uma unidade de massa de uma substância, em bomba calorimétrica, em atmosfera de

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oxigênio, a volume constante e sob condições especificas, de modo que toda a água
proveniente da combustão esteja no estado líquido.
 Poder Calorífico Inferior (PCI) - é o número de unidades de calor liberadas pela combustão
de uma unidade de massa de uma substância, em bomba calorimétrica, em atmosfera de
oxigênio, a volume constante e sob condições especificas, de modo que toda a água
proveniente da combustão esteja no estado de vapor.
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 Serviço de Coprocessamento de Resíduos - O grupo Camargo Correa define a atividade de


coprocessamento de resíduos como uma prestação de serviço às empresas que necessitam
destinar adequadamente os resíduos por elas gerados.
As atividades relacionadas à comercialização do serviço de coprocessamento deverão ser
coordenadas pela Gerência.

6.1 Estrutura para Operação da Planta de Blendagem

A unidade estará composta pelas seguintes áreas:

 Área de recepção. Área de controle de acesso à unidade, com uma balança de pesagem, local
de estacionamento de carros e para caminhões, estes últimos que aguardam na espera para
a liberação de descarregamento após a fiscalização;

 Galpão de processo: Local onde ocorrerá o armazenamento e o processamento dos resíduos


sólidos e pastosos. O processamento de resíduos sólidos consiste basicamente em operações
de redução de tamanho e separação, que permitam maximizar a fração combustível do
resíduo. Trata-se de operações de trituração, separação de metais, separação por tamanho, e
granulação final a fim de obter uma granulometria adequada para a utilização do resíduo
como combustível alternativo. Os resíduos pastosos ajudarão na homogeneização e na
melhoria das propriedades finais do produto triturado.

 Área de carregamento de blend sólido: Área coberta onde estarão dispostas as caçambas
que recebem o produto final (Blend) da saída do processamento, para carregamento nos
caminhões que farão o translado ao galpão de coprocessamento já existente, onde o mesmo
ficará apto para alimentação no forno de cimento;

 Galpão de tambores: Local para o armazenamento dos resíduos em tambores, prévio ao seu
processamento.

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 Áreas de amostragem e manipulação de tambores: Área para o armazenamento temporário


do resíduo para que se proceda à devida inspeção visual das embalagens que se recebem e
do seu conteúdo. Ocorrerá a coleta de amostras dando cumprimento ao protocolo de
aceitação de resíduos, assim como a devida identificação por meio de etiquetas para seu
armazenamento segregado no armazém de tambores.
Por outra parte, há uma área para a manipulação de tambores: abertura, esvaziamento e
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prensagem das embalagens.

 Área de circulação de caminhões e maquinaria : área para as manobras de carga e descarga


de caminhões e circulação da empilhadeira.

 Prédio Administrativo e Laboratório: Compõem as instalações do Escritório Administrativo:


As oficinas mecânicas; Laboratório; Vestiários e os Controles de pesagem. Também formarão
parte da instalação as unidades auxiliares da Estação Transformadora, ar comprimido, sala
controle elétrico (Centro de Controle de Motores – CCM), tratamento de gases e bolsa de
contenção de água.

 Também faz parte do Escopo da unidade de blendagem, a área de descarregamento de


líquidos e a área dos tanques, estes no local do coprocessamento já existente.

A área da UMPCR é totalmente cercada por telas, dispõe de portões e compartilha do sistema
de vigilância da empresa InterCement, com rondas periódicas diurnas e noturnas e sistema de
monitoramento por câmeras.

7.0 RESULTADOS E ARQUIVOS

As atividades de coprocessamento devem acontecer com a interação dos processos, cujas


definições se encontram no fluxograma em anexo.

7.1. Treinamento

Todo profissional de operação da área de Blendagem além da integração de SSMA deverá


receber os treinamentos específicos à operação e ter os registros disponíveis para consulta.

7.2 Controle dos Exames Médicos

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Todo o profissional deverá realizar exames específicos da área de saúde, seja para admissão,
periódicos, demissão ou troca de função. Outros exames deverão ser solicitados pelo médico
coordenador de acordo com o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO.

ANEXO I – Fluxograma Processo Produtivo


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