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21/11/2016 Estudando: 

Administração de Finanças ­ Cursos Online Grátis | Prime Cursos

Estudando: Administração de Finanças

Análise de Balanços
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – MATÉRIA DE CONTABILIDADE

Balanço Patrimonial Ativo

Ativo Circulante

Contas que representam bens e direitos. Possuem liquidez imediata, ou que
possam ser convertidas em dinheiro no curto prazo.

Contas do Ativo

­ Caixa: dinheiro disponível para uso imediato.
­ Bancos: dinheiro depositado em c.c. para livre movimentação.
­  Aplicações  financeiras:  aplicação  dos  excedentes  momentâneos  de  caixa  em  investimentos  de  liquidez
imediata.
­ Duplicatas a receber: valores a receber de clientes resultantes de vendas a prazo.
­ Estoques: valor monetário das matérias prima que serão consumidos na produção (indústria) e mercadorias
(comércio)
­  Despesas  antecipadas:  pagamento  antecipado  das  despesas  relativas  ao  exercício  seguinte  (seguro,
assinatura de jornais, etc).

Ativo Realizável a Longo Prazo

Direitos cujos vencimentos ocorrem após o término do próximo exercício fiscal. Com o passar do tempo essas
contas  são  transferidas  para  o  AC,  tais  como  adiantamentos  ou  empréstimos  a  sociedade  coligadas,  a
diretores, acionistas, etc.

Ativo Permanente

Aplicação de recursos que tem caráter permanente na empresa, que não pretende vender.

Contas do AP

Contas do Ativo Permanente

Investimentos:  aplicações  que  não  se  destinam  à  manutenção  da  atividade  da  empresa,  como  participação
permanente em sociedades coligadas ou controladas, investimento em obras de arte e imóveis não destinados
a uso próprio.

Imobilizado:  bens  corpóreos  destinados  a  manutenção  das  atividades  da  empresa,  ou  exercidos  com  esta
finalidade.

Diferido:  despesas  pré­operacionais  e  os  gastos  de  reestruturação  que  contribuirão,  efetivamente,  para  o
aumento do resultado de mais de um exercício social.

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Intangível:  os  direitos  que  tenham  por  objetivos  bens  incorpóreos  destinados  à  manutenção  da  empresa  ou
exercidos com esta finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

Balanço Patrimonial Passivo

Passivo Circulante

São  as  obrigações  a  pagar  no  curto  prazo,  ou  seja,  obrigações  cujo  vencimento  ocorrerá  até  o  termino  do
próximo exercício social.

Contas do PC

Duplicatas a pagar: compras efetuadas a prazo de fornecedores (cp)

Impostos a pagar ou a recolher: obrigações fiscais, como taxas, contribuições, ICMS, IPI, ISS, IR, etc.

Salários a pagar: salários de meses encerrados que são pagos nos meses seguintes.

Encargos Sociais: obrigação junto a agentes arrecadadores, como INSS e o FGTS.

Outras obrigações: demais obrigações, como dividendos a distribuir, energia elétrica, telefone, aluguéis, etc.

Exigível a Longo Prazo

São as obrigações a pagar cujo vencimento ocorrerá após o encerramento do próximo  exercício  social.  São


contas destes grupos: debêntures a resgatar, financiamentos junto a instituições financeiras, etc.

Resultado dos Exercícios Futuros

Compreendem  as  receitas  relativas  a  exercícios  futuros  que  já  foram  recebidas,  deduzidas  dos  respectivos
custos e despesas incorridas ou a incorrer.

Patrimônio Líquido

Representa os recursos pertencentes aos proprietários da empresa.

Contas do PL

Capital Social: recursos integralizados pelos sócios ou acionistas da empresa somado os aportes posteriores
em conjunto com os valores transferidos das contas de reservas.

Reservas  de  Capital:  acréscimos  patrimoniais  que  não  constituem  receitas  para  a  empresa,  como  ágio  na
emissão de ações, quando vendidas acima do valor patrimonial.

Reservas de lucros: lucros líquidos retidos, com intuito de manter a integralidade do capital social, expansão da
empresa,  compensação  de  redução  dos  lucros  futuros,  lucros  contábeis,  porém,  não  se  realizaram
financeiramente.

Ajustes  de  avaliação  patrimonial:  aumentos  ou  diminuições  a  valores  atribuídos  a  elementos  do  ativo  e  do
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passivo, em decorrência do valor de mercado, enquanto não computados no resultado do exercício.

Prejuízos  acumulados:  prejuízos  do  último  exercício.  No  futuro  ao  apresentar  lucro,  primeiro  deverão  ser
compensados os prejuízos acumulados, e o saldo remanescente será destinado a reservas de lucros.

Ações em tesouraria: ações adquiridas da própria empresa cujo valor deve ser deduzido do PL.

Balanço Patrimonial

Demonstrativo do Resultado do Exercício

É o relatório contábil que evidencia a formação do resultado líquido do exercício pelo confronto das receitas
com os custos e as despesas apuradas em obediência ao regime de competência
Contem as seguintes contas:

Receita operacional bruta

Compreende o valor das vendas de mercadorias, produtos ou serviços, nas condições a vista ou a prazo.

Deduções e abatimentos

Compreende as reduções da receita operacional bruta relativas a impostos sobre vendas (IPI, ICMS e ISS) e
as deduções e abatimentos (vendas canceladas, descontos concedidos, etc). Não inclui descontos financeiros
concedidos a clientes para pagamento antecipado, o que é despesa financeira.

Custo operacional

Corresponde aos gastos incorridos pela empresa na obtenção do item objeto da venda realizada.

Custos de mercadorias vendidas

Em empresas comerciais, que tem por características revenderem as mercadorias no mesmo estado que as
adquiriu dos fabricantes. Engloba os valores pagos a seus fornecedores, os fretes e seguros, quando de sua 
responsabilidade.

Custos de produtos vendidos

Em  empresas  industriais,  que  tem  por  característica  transformar  matéria­prima  em  produto.  Os  custos  dos
produtos correspondem aos gastos relativos à fabricação, composto pelo custo de matéria­prima, de mão­de­
obra e por todos os demais custos do processo.

Custos de serviços prestados

Em  empresas  prestadoras  de  serviço,  tendo  como  custos,  basicamente,  compostos  de  mão­de­obra  e  de
custos relacionados à estrutura de que a empresa dispõe para realizar os serviços.

Despesas operacionais

Correspondem  aos  gastos  decorrentes  do  funcionamento  normal  da  empresa,  exceto  aquelas  classificadas
como custos operacionais.

Despesas administrativas

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Gastos  com  a  administração  da  empresa,  incluindo  salários  dos  funcionários,  honorários  da  diretoria
administrativa, aluguéis de escritório, gastos com auditoria e consultoria contratadas, etc.

Despesas de vendas

Gastos incorridos com a geração de receitas, incluindo aqueles relativos a promoções, vendas e distribuição
de produtos, mercadorias e serviços, salários e comissões de vendedores, honorários da diretoria comercial,
aluguéis de escritório de vendas e representações, etc.

Despesas financeiras líquidas

Diferença  entre  as  receitas  e  as  despesas  financeiras.  As  despesas  financeiras  englobam  os  juros  pagos  a
instituições  financeiras  relativo  a  empréstimos,  as  comissões  bancárias,  os  impostos  sobre  operações
financeiras,  os  descontos  concedidos  a  clientes  quando  da  antecipação  dos  pagamentos,  etc.  As  receitas
financeiras  compreendem  os  juros  obtidos  pelas  aplicações  de  saldo  de  caixa,  os  descontos  obtidos  de
fornecedores, os juros cobrados por atraso de pagamento de clientes, etc.

Outras despesas operacionais

É a diferença entre as receitas operacionais e as despesas operacionais que não integram os itens anteriores.
Incluem  receitas  de  aluguéis,  de  transações  eventuais  (venda  de  sucatas),  de  participação  de  sociedades
coligadas ou controladas, etc.

Resultados não operacionais

Correspondem  os  ganhos  e  as  perdas  de  capital,  sendo  resultantes  de  operações  relacionadas  à  baixa  por
obsolescência ou à venda de bens ou direito do ativo permanente.

Provisão para a contribuição social e IR

A  contribuição  social  e  o  IR  tem  como  base  o  lucro  real,  no  caso  de  empresas  que  fizeram  opção  por  esse
modo de tributação.

Participações e contribuições

Compreendem as parcelas do resultado distribuídas aos empregados, administradores, debenturistas e outros
interessados  que  tenham  direito  de  participação  no  lucro  da  empresa.  Já  as  contribuições  compreendem  as
parcelas do resultado destinadas a instituições, como fundos de assistência ou previdência dos funcionários.

Lucro ou prejuízo líquido do exercício

O lucro líquido é a parcela do lucro remanescente do exercício social. Todo ele, ou parte dele, será transferido
para  a  conta  reservas  de  lucro,  e  em  eventual  prejuízo,  para  prejuízos  acumulados,  constante  do  PL  no
Balanço de Pagamento. A parcela não retida pela empresa é distribuída a seus acionistas ou proprietários.

Notas Explicativas

As  demonstrações  contábeis  serão  complementadas  por  notas  explicativas  necessárias  aos  esclarecimentos
da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

Devem indicar:

a)  Os  principais  critérios  de  avaliação  de  elementos  patrimoniais,  especialmente  os  estoques,  depreciação,
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amortização e exaustão, dentre outros.

b) Os investimentos em outras sociedades, quando relevantes.

c) O aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações.

d)  Os  ônus  reais  constituídos  sobre  os  elementos  do  ativo,  as  garantias  prestadas  a  terceiros  e  outras
responsabilidades eventuais ou contingentes

e) As taxas de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo

f) A quantidade, as espécies e as classes das ações do capital social

g) As opções de compra de ações outorgadas e exercidas n exercícios

h) Os ajustes dos exercícios anteriores

i)  Os  eventos  subseqüentes  à  data  de  encerramento  do  exercício  que  tenham,  ou  possam  vir  a  ter,  efeito
relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia.

ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTO

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONTAS DO BALANÇO PATRIMONIAL

Ativo

Ativo Circulante

Contas  que  representam  bens  e  direitos.  Possuem  liquidez  imediata,  ou  que  possam  ser  convertidas  em
dinheiro no curto prazo.

Ativo Realizável a Longo Prazo

Direitos cujos vencimentos ocorrem após o término do próximo exercício fiscal. Com o passar do tempo essas
contas  são  transferidas  para  o  AC,  tais  como  adiantamentos  ou  empréstimos  a  sociedade  coligadas,  a
diretores, acionistas, etc.

Ativo Permanente

Aplicação de recursos que tem caráter permanente na empresa, que não pretende vender.

Passivo

Passivo Circulante

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São  as  obrigações  a  pagar  no  curto  prazo,  ou  seja,  obrigações  cujo  vencimento  ocorrerá  até  o  termino  do
próximo exercício social.

Exigível a Longo Prazo

São as obrigações a pagar cujo vencimento ocorrerá após o encerramento do próximo exercício social. São
contas destes grupos: debêntures a resgatar, financiamentos junto a instituições financeiras, etc.

Resultado dos Exercícios Futuros

Compreendem  as  receitas  relativas  a  exercícios  futuros  que  já  foram  recebidas,  deduzidas  dos  respectivos
custos e despesas incorridas ou a incorrer.

Patrimônio Líquido

Representa os recursos pertencentes aos proprietários da empresa.

Balanço Patrimonial

Demonstrativo do Resultado do Exercício

É o relatório contábil que evidencia a formação do resultado líquido do exercício pelo confronto das receitas
com os custos e as despesas apuradas em obediência ao regime de competência.

Notas Explicativas

As  demonstrações  contábeis  serão  complementadas  por  notas  explicativas  necessárias  aos  esclarecimentos
da situação patrimonial e dos resultados do exercício.

PRINCIPAIS PRINCÍPIOS

Princípio do registro pelo valor original:

Estabelece que todos os registros de movimentações e transações são efetuados pelo seu valor de entrada,
ou seja, o seu valor original.

Princípio da competência:

As  receitas  e  as  despesas  devem  ser  incluídas  na  apuração  do  resultado  do  exercício  em  que  ocorrem,
independentemente do seu recebimento ou de seu pagamento.

Convenção da consistência:

Uma  vez  adotado  determinado  procedimento  (entre  todos  os  possíveis),  ele  não  deverá  ser  alterado  com
freqüência, sob pena de prejudicar a comparação dos dados contábeis no tempo.

PRINCIPAIS USUÁRIOS

 Fornecedores

Interessam­se em conhecer a liquidez da empresa, ou seja, sua capacidade de quitar as obrigações em dia

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visando manter o fornecimento de bens e serviços.

Clientes

Interessam­se  em  conhecer,  por  exemplo,  a  situação  de  liquidez  no  curto  prazo  do  fornecedor.  Inclui
compradores de bens que demandem longo prazo de execução ou compradores que têm forte dependência
de um mesmo fornecedor.

Instituições Financeiras

Buscam  conhecer  as  condições  financeiras  da  empresa  em  relação  à  sua  capacidade  de  gerar  caixa  para
pagamento de juros e amortização do principal de dívidas.

Concorrentes

Buscam conhecer a empresa em seus pontos fortes e fracos. As demonstrações contábeis de um concorrente
contribuem  para  a  auto­avaliação  de  uma  empresa  levando­a  a  aproveitar  oportunidades  e  se  precaver  de
ameaças.

Acionistas atuais e potenciais

Buscam  identificar  a  capacidade  que  as  empresas  nas  quais  pretendem  aplicar  seus  recursos  têm  de
remunerá­los  adequadamente.  São  importantes  para  eles,  por  exemplo,  os  indicadores  relacionados  a
dividendos, rentabilidade sobre o capital próprio e lucro por ação.

Os próprios administradores

Buscam monitorar o desempenho da empresa reflexo de sua gestão.

ALGUNS CONCEITOS DO BALANÇO PATRIMONIAL

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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS OU ANÁLISE DE BALANÇOS

A análise de balanços, também chamada das demonstrações contábeis, proporciona um exame a respeito da
posição atual e da evolução da situação econômica e financeira da empresa, bem como a comparação dela
com outras.

A finalidade da análise de balanços é auxiliar os usuários a otimizarem suas decisões em relação à empresa.
Para tanto, eles combinam um conjunto de indicadores obtido a partir das demonstrações contábeis de uma
empresa e as comparam com seus períodos anteriores, com indicadores de outras empresas do mesmo setor,
bem  como  com  os  indicadores  do  próprio  setor.  Isso  lhes  permite  tirar  conclusões  a  respeito  da  empresa  e,
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assim, estar suficientemente informados para tomar decisões.

As  técnicas  mais  simples  utilizadas  para  análise  de  balanços  são  a  análise  vertical,  e  a  horizontal.  Outra
medida tradicional de avaliação é a realizada por meio de índices econômico ­ financeiros.

Análise Vertical:

A análise vertical consiste em uma comparação da representatividade, em percentual, da conta com o grupo
de  contas  a  que  pertence.  Para  o  Balanço  de  Pagamento,  o  cálculo  da  participação  relativa  das  contas  do
ativo  é  feito  por  meio  da  divisão  do  valor  de  cada  conta  pelo  valor  total  do  ativo,  multiplicando  por  cem,
aplicando­se o mesmo procedimento para as contas do passivo. Obrigatoriamente o total do ativo e o total do
passivo terão um total de 100%. Normalmente não usamos casas depois da vírgula, arredondando os valores
percentuais.  Para  o  DRE  o  cálculo  é  feito  por  meio  da  divisão  do  valor  de  cada  conta  pelo  valor  da  receita
operacional líquida, que, nesse caso, tem o percentual igual a 100.

Análise Horizontal:

A análise horizontal evidencia a evolução das contas das demonstrações contábeis ao longo dos anos. Para
isso, o número­índice­base é igual a 100 e é estabelecido para os valores de cada conta das demonstrações
mais antigas. Nos números índices dos mais recentes são calculados de acordo com a seguinte equação:

É preciso ter cuidado com o cálculo e com a análise por meio de números­índices em situações em que, por
exemplo, a empresa tenha apresentado prejuízo e, nos anos seguintes, tenha apresentado lucros, ou seja, na
demonstração  antiga,  uma  conta  estiver  sem  valor  (neste  caso,  deve­se  analisar  a  conta  em  números
absolutos, ema vez que não é possível a divisão por zero).

Índices Econômicos Financeiros

A  análise  de  índices  ajuda  a  revelar  a  condição  global  de  uma  empresa.  Auxiliam  analistas  e  investidores  a
determinar se a empresa está sujeita ao risco d insolvência e se está indo bem em relação ao seu setor de
atividade ou aos seus concorrentes. Os investidores consultam os índices para avaliar melhor o desempenho e
o  crescimento  da  empresa.  Conseqüentemente,  índices  financeiros  medíocres  geralmente  levam  a  custos
mais elevados de financiamento, enquanto bons índices muitas vezes significam que os investidores estarão
dispostos  a  colocar  recursos  à  disposição  da  companhia  com  custos  mais  razoáveis.  Os  bancos  usam  os
índices para determinar se concedem crédito e, em caso positivo, qual o seu valor.

Os  credores  preocupam­se  quando  uma  empresa  não  gera  lucros  suficientes  para  fazer  os  pagamentos
periódicos de juros sobre as dívidas existentes. Também ficam apreensivos em relação às empresas que têm
os mais altos índices de endividamento, já que uma tendência ao dec1ínio nos negócios pode levar a empresa
à  insolvência.  Os  analistas  de  títulos  constantemente  monitoram  os  diferentes  índices  financeiros  das
companhias por meio de
planilhas eletrônicas computadorizadas. Por meio dessa análise, podem detectar os pomos fortes e fracos de
diferentes empresas.

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Os  dirigentes  utilizam  os  índices  financeiros  para  monitorar  as  operações,  a  segurandose  de  que  suas
empresas estão usando os recursos disponíveis de forma eficaz, e para evitar a insolvência. A idéia édescobrir
se a posição financeira e operacional da empresa está melhorando com o passar do tempo e se seus índices
globais estão melhores ou piores que os índices dos concorrentes.

Quando  esses  índices  ficam  abaixo  de  certos  padrões,  é  responsabilidade  do  dirigente  retomar  o  controle
antes que surjam problemas sérios.

A  análise  do  índice  permite­nos  um  melhor  entendimento  das  relações  entre  o  balanço  patrimonial  e  o
demonstrativo de resultado. Por exemplo, para calcular o retorno do investimento da empresa, precisamos do
valor do ativo total do balanço patrimonial e do lucro líquido do demonstrativo de resultado. Além disso, alguns
indicadores  podem  indicar  o  grau  de  eficácia  com  que  os  ativos  estão  sendo  usados  e  se  a  estrutura  de
financiamento  é  das  melhores.  Sem  dúvida,  o  uso  dos  índices  financeiros  é  um  instrumento  importante  no
planejamento financeiro moderno.

Os índices econômico­financeiros são obtidos por meio da relação entre as contas ou grupos de contas das
demonstrações contábeis e podem ser agrupadas de diferentes maneiras. As mais comuns são:

1) Índices de Liquidez;

Ograu  de  liquidez  de  um  ativo  depende  da  rapidez  com  que  ele  é  transformado  em  caixa  sem  incorrer  em
perda substancial. A administração da liquidez consiste em equiparar os prazos das dívidas com os prazos dos
ativos e outros fluxos de caixa a fim de evitar a insolvência técnica. A mensuração da liquidez é importante. A
questão  central,  entretanto,  é  a  da  capacidade  de  a  empresa  gerar  caixa  suficiente  para  pagar  seu:
fornecedores e credores.

Em  essência,  os  índices  de  liquidez  testam  o  grau  de  solvência  da  empresa.  Medem  a  capacidade  de
pagamento das dívidas de empresa. Assim, servem para evidenciar a capacidade da empresa em pagar suas
obrigações de acordo com seus bens e direitos. Mede a existência ou não de solidez financeira para pagar os
compromissos com terceiros. Mede em unidades monetárias a quantidade de recursos que a empresa possui
para pagar suas dívidas.

2) Índices de atividades;

Os  índices  de  atividade  determinam  a  rapidez  com  que  uma  empresa  pode  gerar  caixa  se  houver
necessidade.  Evidentemente,  quanto  mais  rápido  uma  empresa  puder  converter  os  estoques  e  contas  a
receber em caixa, melhor para ela. Os seguintes índices e cálculos consideram o ano tendo 360 dias.

Mede a velocidade dos elementos patrimoniais, o tempo que uma empresa demora, em média, para receber
duplicatas de clientes, pagar fornecedores e renovar estoque, além de medir os giros destas contas.

3) Índices de Endividamento;

Uma Empresa pode tomar dinheiro emprestado a curto prazo, principalmente para financiar se capital de giro,
ou  a  longo  prazo,  sobretudo  para  comprar  instalações  ou  equipamentos.  Quando  a  empresa  se  endivida  a
longo  prazo,  compromete­se  a  efetuar  pagamentos  periódicos  de  juros  –  e  liquidar  o  principal  na  data  do
vencimento.  Para  fazer  isso,  deve  gerar  lucro  suficiente  para  cobrir  os  pagamentos  das  dívidas.  Uma  forma
para descobrir o grau de endividamento de uma empresa é analisar vários índices de endividamento.

4) Índices de Lucratividade.

Os  investidores,  acionistas  e  administradores  financeiros  prestam  bastante  atenção  à  rentabilidade  das
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21/11/2016 Estudando: Administração de Finanças ­ Cursos Online Grátis | Prime Cursos

empresas. A análise da lucratividade começa pelo exame da maneira pela qual os ativos foram empregados.
Os bons dirigentes usam com eficiência seus ativos. Por meio do aumento da produtividade, eles são capazes
de reduzir ou controlar as despesas. As taxas de retorno alcançadas por qualquer empresa são importantes se
seus  dirigentes  pretendem  atrair  capitais  e  contratar  financiamentos  bem  sucedidos  para  o  crescimento  da
empresa.

Se as taxas de retorno para uma dada empresa ficarem abaixo do nível aceitável, o seu índice P/L (índice de
mercado) e o valor de sua ação despencarão – eis por que a mensuração do desempenho do lucro é crucial
para qualquer empresa.

Vejamos os índices:

1) ÍNDICES DE LIQUIDEZ

Evidencia  quanto  à  empresa  tem  de  bens  e  direitos  de  curto  prazo  para  cada  unidade  monetária  de
obrigações  de  curto  prazo.  Nem  sempre  mede  a  verdadeira  liquidez  de  uma  empresa.  Obviamente,  uma
empresa com grandes reservas de caixa e de títulos negociáveis é mais líquida que outra que possua grandes
estoques e tenha títulos a
receber com prazos muitos variáveis.

Evidencia  quanto  à  empresa  tem  de  bens  e  direitos  mais  rapidamente  conversíveis  em  dinheiro  para  cada
unidade  monetária  de  obrigações  de  curto  prazo.  Eliminando  a  categoria  de  circulantes  menos  líquidos,  os
estoques,  e  concentrando­se  em  ativos  mais  facilmente  conversíveis  em  caixa,  o  índice  de  liquidez  seca
determina se uma empresa pode cumprir suas obrigações com credores, se as vendas caíres drasticamente.

2) ÍNDICES DE ATIVIDADE

Evidencia, em média, quanto tempo a empresa leva para receber o montante de vendas,em dias. Encontrando
o PMC de uma empresa ficamos sabendo quantos dias ela deverá esperar antes que suas contas a receber
se transformem em caixa. Assim como outros índices, o período médio de cobrança deve ser examinado em
conjunto com outras informações. Se a política da empresa é conceder crédito aos clientes por 38 dias, então
um período (PMC) de 45,8 dias, por exemplo, implica que a empresa tem problemas para cobrar no prazo e
deve rever sua política de crédito. Ao contrário, se a política atual da empresa é conceder 55 dias de prazo
aos seus clientes, então, os 45,8 dias de média indicam que a política de cobrança da empresa é eficiente.

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Indica  quanto  tempo,  em  média,  a  empresa  demora  a  pagar  os  fornecedores.  Apesar  de  ser  calculado  de
modo similar ao cálculo do índice do período médio de cobrança, neste caso, é necessário estimar o montante
de compras anuais a prazo, o que não é informado nas demonstrações contábeis. Para isso, consideram­se
as  compras  a  prazo  como  uma  porcentagem  do  custo  dos  produtos  vendidos  (compras  anuais  a  prazo  =
custos de produtos vendidos x percentual estimado de compras a prazo) Alternativamente, esse valor pode ser
obtido pela equação: compras anuais = custos de produtos vendidos – estoque inicial + estoque final. Índice é
indicado em dias.

Indica o número de dias, em média, que os estoques levam para serem renovados. Informam quantos dias a
empresa, em média, leva para converter seus estoques em caixa. O giro do estoque é importante para uma
empresa  porque  os  estoques  são  os  ativos  circulantes  menos  líquidos.  Como  a  empresa  tem  fundos  (CG)
imobilizados nos estoques, é vantajoso para ela vender o mais rápido possível para liberar o caixa para
outros  usos.  Geralmente  um  alto  giro  de  estoque  é  considerado  um  uso  eficaz  desses  ativos.  Estes  índices
devem ser comparados com a média do setor antes de qualquer interpretação a ser feita, porque os índices
podem  variar  bastante  de  setor  para  setor.  Companhias  que  vendem  bens  perecíveis,  geralmente  têm  um
baixo índice de conversão (do estoque em caixa) enquanto que um fabricante de escavadeiras o seu período
de conversão é bem maior.

3) ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO

Indica a relação percentual entre o capital de terceiros de curto e longo prazos e o Ativo Total. Demonstra em
outras palavras, quanto do Ativo Total é financiado por recursos de terceiros. Quanto maior este índice, maior
a dependência de capital de terceiros.

Indica  quanto  do  Ativo  Permanente  é  financiado  pelo  Patrimônio  Líquido,  evidenciando  maior  ou  menor
dependência de capital de terceiros. Maior ou menor imobilização do Patrimônio Líquido.

4) ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE

Indica a relação entre o lucro bruto e a receita operacional líquida. As margens de lucro bruto mostram o grau

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de eficiência da administração de uma empresa para usar materiais e mão de obra no processo de produção.
Quando  os  custos  de  materiais  e  de  mão  de  obra  sobrem  rapidamente,  é  possível  que  a  margem  de  lucro
bruto se reduza, a
menos que a empresa possa transferir esses custos aos clientes aumentando o preço.

Indica  a  relação  entre  o  lucro  operacional  e  receita  operacional  líquida.  Mostra  o  grau  de  sucesso  da
administração da empresa nos negócios, gerando seu lucro operacional.

Indica  a  relação  entre  o  lucro  operacional  e  receita  operacional  líquida.  A  margem  de  lucro  líquida  é  aquela
oriunda  de  todas  as  fases  de  um  negócio.  Em  outras  palavras,  esse  índice  compara  o  lucro  líquido  com  as
vendas. Algumas empresas têm margens líquidas acima de 20%, e outras, margens líquidas baixas, em torno
de  3%  a  5%.  O  nível  dessas  margens  varia  de  setor  para  setor.  Em  geral,  as  companhias  mais  bem
administradas registram maiores margens relativas de lucro porque seus recursos são administrados com mais
eficiência. Do ponto de vista do investidor, é vantajoso para uma empresa manter as margens de lucro acima
da média do setor e, se possível, demonstrar uma tendência de melhora. Quanto mais uma empresa mantiver
baixas as suas despesas – qualquer que seja seu nível de vendas ­, maior será seu índice da margem de lucro
líquido.

O índice de retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) mede a taxa de retorno dos acionistas. Os analistas de
mercado de capiatais, tanto quanto os acionistas, se interessam muito por este índice. Em geral quanto maior
o retorno, mais atraente é a ação. Esse índice é uma forma de avaliar a rentabilidade e a taxa de retorno da
empresa, que podem também ser comparadas às outras ações.

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