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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

Febre Amarela II
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FEBRE AMARELA II

Período de incubação: varia de 3 a 6 dias, após a picada do mosquito fêmea infectado.


O período de incubação é o período entre o contato com o agente etiológico (vírus amarílico)
e a manifestação dos sintomas.

O PULO DO GATO
Dada a alta incidência em provas de concursos, é importante selecionar algumas doenças
mais importantes (dentre elas, a febre amarela) e decorar o período de incubação.

Período de transmissibilidade: o sangue dos doentes é infectante de 24 a 48 horas


antes do aparecimento dos sintomas até 3 a 5 dias após, tempo que corresponde ao período
de viremia (vírus em alta quantidade na corrente sanguínea). No mosquito Aedes aegypti,
o período de incubação é de 9 a 12 dias, após o que se mantém infectado por toda a vida.

Diagnóstico
É clínico, epidemiológico e laboratorial.
No início, o diagnóstico é mais difícil de ser feito, pois a doença apresenta sinais mais
genéricos (febre alta, calafrios e dor no corpo, como uma virose qualquer).
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Entretanto, se o dado clínico puder ser combinado com o dado epidemiológico, fica mais
fácil de diagnosticar a febre a amarela.
O diagnóstico laboratorial é feito por isolamento do vírus de amostras de sangue ou de
tecido hepático, por detecção de antígeno (partes do vírus) em tecido (imunofluorescência
e imunoperoxidase) ou por sorologia (detecção da presença dos anticorpos). Esses últimos
são métodos complementares aos primeiros e as técnicas utilizadas são: captura de IgM
(MAC – ELISA), inibição de hemaglutinação (IH), fixação do complemento (FC) e neutrali-
zação (TN).
Há alterações das aminotransferases, que podem atingir níveis acima de 2.000 unidades/
mm³, sendo a AST (TGO) mais elevada que a ALT (TGP). As bilirrubinas também se elevam
nos casos graves, especialmente a fração direta, atingindo níveis acima de 10 Ming/mm³.
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Tratamento
Não existe tratamento antiviral específico. É apenas sintomático, com cuidadosa assis-
tência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição
de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicada. Os quadros clássicos e/ou fulmi-
nantes exigem atendimento em unidade de terapia intensiva (UTI), o que reduz as complica-
ções e a letalidade (aproximadamente, 40%).
Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o apare-
cimento de manifestações hemorrágicas.

Epidemiologia
Esta doença acomete com maior frequência o sexo masculino e a faixa etária acima
dos 15 anos, em função da maior exposição profissional, relacionada à penetração em
zonas silvestres da área endêmica de FAS.
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Outro grupo de risco são pessoas não vacinadas que residem próximas aos ambientes
silvestres, onde circula o vírus, além de turistas e migrantes que adentram estes ambientes
sem estar devidamente imunizados.

Obs.: a soroconversão da febre amarela é muito alta. Isso significa que com uma dose da
vacina, a pessoa já é considerada imunizada. Cabe destacar que o calendário de
vacinação foi ampliado para todo o Brasil, não havendo mais a divisão das áreas
específicas.

Obs.: a vacinação em crianças abaixo de 9 meses é totalmente contraindicada. Nem em


surtos essa faixa etária deverá ser vacinada.

A maior frequência da doença ocorre nos meses de dezembro a maio, período com
maior índice pluviométrico, quando a densidade vetorial é elevada, coincidindo com a época
de maior atividade agrícola.
Atualmente, a reemergência do vírus no Centro-Oeste brasileiro volta a causar
preocupação.
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A febre amarela é uma doença muito antiga, tendo seu pico de óbitos na década de
1930. Em 1937, o desenvolvimento da sua vacina fez com que os casos começassem a dimi-
nuir. Entretanto, com a questão do ecoturismo e a não vacinação, o número de casos tem
aumentado.

Série Histórica da Febre Amarela

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A linha marcada por pontos representa a taxa de letalidade.


A faixa azul mostra a média da taxa de letalidade. Na década de 1980, a taxa de letali-
dade era muito alta.
Vale dizer que a taxa de letalidade decorre de inúmeros fatores, como doenças de base
e pessoas imunocomprometidas.
As barras vermelhas apresentam a quantidade de casos em humanos.
Entre 2010 e 2014, não houve casos registrados de febre amarela no Brasil.

Potenciais Fatores de Risco para Reurbanização da Febre Amarela no Brasil


• Expansão territorial da infestação do Aedes aegypti, já detectado em todas as Unida-
des Federadas. Além da febre amarela, esse mosquito também transmite a dengue.
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• Áreas infestadas por Aedes aegypti e Aedes albopictus superpostas a áreas de circu-
lação do vírus amarílico.
• Áreas urbanas infestadas por Aedes aegypti próximas de áreas de risco para febre
amarela silvestre.
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• Intenso processo migratório rural-urbano, levando à possibilidade de importação do
vírus amarílico dos ambientes silvestres para os urbanos.
• Áreas de circulação do vírus amarílico com baixas coberturas vacinais.

Orientações para Profissionais de Saúde sobre Febre Amarela Silvestre


A febre amarela no Brasil apresenta uma ocorrência endêmica, principalmente na região
amazônica. Fora da região amazônica, surtos da doença são registrados esporadicamente
quando o vírus encontra uma população de susceptíveis (pessoas não vacinadas).
A ocorrência de casos humanos tem sido compatível com o período sazonal da doença
(dezembro a maio), entretanto foram observadas epizootias em primatas não humanos
(PNH) em períodos considerados de baixa ocorrência, um indicativo de que as condições
para transmissão da febre amarela estão favoráveis e que são necessários esforços adicio-
nais para as ações de vigilância, prevenção e controle da doença.

Obs.: algumas pessoas acreditam que os macacos podem transmitir a febre amarela para
humanos, porém, isso não é correto. Mas, por causa dessa crença, as pessoas come-
çaram a matar esses animais em uma determinada região. Isso faz com que a vigilân-
cia epidemiológica fique alerta quanto ao aumento de casos da febre amarela naquela
região.

Febre Amarela e Doação de Sangue


O Ministério da Saúde recomenda que os candidatos à doação de sangue compa-
reçam ao hemocentro mais próximo para doar sangue antes de serem vacinados contra
febre amarela.
Os candidatos à doação que já tiverem sido vacinados deverão aguardar 04 (quatro)
semanas para doar sangue, a partir da data da vacinação.

Medidas de Vigilância e Controle a partir da Suspeita


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• Intensificar a vigilância de casos humanos e epizootias em PNH, notificando e investi-


gando os eventos suspeitos oportunamente;
• Realizar busca ativa de indivíduos sintomáticos;
• Orientar o sistema de saúde regional e alertar para estratégias alternativas para detec-
ção de casos por meio de estratégias que incluam: vigilância de síndromes febris
agudas com icterícia e/ou hemorragia; núcleos de vigilância epidemiológica hospitalar,
e; investigação de óbitos humanos sem causa conhecida;
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• Realizar busca ativa de PNH doentes ou mortos nas áreas de local de provável infec-
ção (LPI) e imediações;

Obs.: entre a dose da vacina e a soroconversão, tem-se o tempo de, aproximadamente, 10 dias.

• Realizar investigação e obtenção de amostras para o diagnostico etiológico;


• Realizar investigação entomológica;
• Ampliação da vacinação em todas as regiões do Brasil;
• Dose única (padrão: 0,5 Minl);
• Em situações de surto, usa-se a dose fracionada (0,1 Minl), com duração de 8 anos
de proteção;
• Ampliar o controle vetorial urbano (controle vetorial legal [Lei de Vigilância Sanitá-
ria – Lei n. 6.437/1977; controle vetorial biológico; controle químico; e educação da
população).

Vigilância Entomológica
Contínua observação e avaliação de informações originadas das características biológi-
cas e ecológicas dos vetores, nos níveis das interações com hospedeiros humanos e animais
reservatórios, sob a influência de fatores ambientais, que proporcionem o conhecimento para
detecção de qualquer mudança no perfil de transmissão das doenças, e tem por finalidade
recomendar medidas de prevenção e controle dos riscos biológicos mediante a coleta siste-
matizada de dados e sua consolidação no Sistema de Informações da Vigilância Ambiental
(ou Ecoepidemiológica) em Saúde (Gomes, 2002).
http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela-sintomas-transmissao-e-prevencao

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
ANOTAÇÕES

preparada e ministrada pela professora Fernanda Andrade Toneto Barboza.


A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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