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TRANSÍSTOR BIPOLAR

Professor: FILIPE PEREIRA

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Introdução

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Breve revisão das junções PN
A junção de um material semicondutor do tipo P (com excesso de lacunas)
com um material semicondutor do tipo N (com excesso de electrões livres)
origina uma junção PN. Na zona da junção, os electrões livres do
semicondutor N recombinam-se com as lacunas do semicondutor P formando
uma zona sem portadores de carga eléctrica que se designa por zona neutra
ou zona de deplecção.

Electrões livres Lacunas


Zona neutra ou
zona de
deplecção

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Junção PN directamente e inversamente
polarizada

A junção PN está directamente polarizada


quando o potencial negativo da alimentação
está ligado ao semicondutor N e o potencial
Quando directamente polarizada
positivo da alimentação está ligado ao a junção PN conduz
semicondutor P.
A junção PN está inversamente polarizada
quando o potencial negativo da alimentação
está ligado ao semicondutor P e o potencial
positivo da alimentação está ligado ao
semicondutor N.
Quando inversamente polarizada a
junção PN não conduz.

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Principio de funcionamento
Quando polarizada directamente a junção PN conduz porque na junção PN
a zona neutra ou zona de deplecção (zona sem portadores de carga
eléctrica) estreita a resistência eléctrica diminui e a corrente eléctrica
passa.

Electrões livres Lacunas

Zona neutra ou
zona de
deplecção
estreita

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Principio de funcionamento
Quando polarizado inversamente a junção PN não conduz porque na
junção PN a zona neutra ou zona de deplecção (zona sem portadores de
carga eléctrica) alarga a resistência eléctrica aumenta significativamente e
a corrente eléctrica não passa.

Electrões livres Lacunas

Zona neutra ou zona


de deplecção alarga

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Queda de tensão

Quando a junção PN está polarizada directamente a


corrente eléctrica ao passar pela zona neutra ou zona de
deplecção, que apresenta uma certa resistência, origina uma
queda de tensão (u = R x I).
Nas junções PN de silício essa queda de tensão pode variar
entre 0,6Volt e 1Volt.
Nas junções PN de germânio essa queda de tensão pode
variar entre 0,2Volt e 0,4Volt.

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Transístor Bipolar de Junção
(BJT)

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O transístor
O transístor bipolar é um dispositivo
semicondutor de três terminais, no qual
uma pequena corrente num dos terminais
pode controlar uma corrente muito superior
que flui entre os outros dois terminais. Isto
significa que o transístor bipolar tanto pode
funcionar como amplificador (de corrente)
como interruptor. Cada um dos três
terminais está ligado a cada uma das regiões
do semicondutor que possuem diferentes
dopagens, designadas por base, emissor e
colector.

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Transístores (Panorâmica)

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Constituição
Um transístor bipolar (com polaridade NPN ou PNP) é constituído por duas
junções PN (junção base - emissor e junção base - colector) de material
semicondutor (silício ou germânio) e por três terminais designados por
Emissor (E), Base (B) e Colector (C).

Altamente Menos Menos


Camada Altamente Camada
dopado dopado que o dopado que o
mais fina dopado mais fina
Emissor e Emissor e
e menos e menos
mais dopado mais dopado
dopada dopada
que a Base que a Base

N – Material semicondutor com excesso de electrões livres


P – Material semicondutor com excesso de lacunas

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Nomenclatura

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Junções PN internas

Junção PN base - Junção PN base - Junção PN base - Junção PN base -


emissor colector emissor colector

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Princípio de Funcionamento

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Resumidamente…
Para que o transístor bipolar conduza é necessário que seja aplicada na
Base uma corrente mínima (VBE ≥ 0,7 Volt), caso contrário não haverá
passagem de corrente entre o Emissor e o Colector.

IB = 0 O transístor não conduz


(está ao corte)

Se aplicarmos uma pequena corrente na base o transístor conduz e


pode amplificar a corrente que passa do emissor para o colector.

Uma pequena corrente …origina uma grande corrente


entre a base e o emissor… entre o emissor e o colector

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Transístor Bipolar – Estrutura e Símbolos

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Transístor NPN

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Transístor PNP

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Transístor PNP

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Relação das correntes
+

Rc
Considerando o sentido convencional da
corrente e aplicando a lei dos nós
Rb IC obtemos a seguinte relação das correntes
IB
num transístor bipolar

IE = IC + IB
IE

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Representação de tensões e correntes
VCE – Tensão colector - emissor
VBE – Tensão base – emissor
VCB – Tensão colector - base

IC – Corrente de colector
IB – Corrente de base
IE – Corrente de emissor

VRE – Tensão na resistência de emissor


VRC – Tensão na resistência de colector

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Características técnicas
Utilizando o código alfanumérico do transístor podem-se obter as suas características
técnicas por consulta de um databook ou de um datasheet do fabricante.
IC É a máxima corrente de colector que o transístor pode suportar. Se este
parâmetro for excedido o componente poderá queimar.
VCEO Tensão máxima colector – emissor com a base aberta.

VCBO Tensão máxima colector – base com o emissor aberto.

VEBO Tensão máxima emissor – base com o colector aberto.

hFE ou  Ganho ou factor de amplificação do transístor.


hFE = IC / IB
Pd Potência máxima de dissipação.
fT Frequência de transição (frequência para a qual o ganho do transístor
é 1 ou seja, o transístor não amplifica mais a corrente).
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Símbolo do Transístor PNP

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Símbolo do Transístor NPN

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Zonas de funcionamento dos transístores bipolares

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Modos Operação do transístor Bipolar

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Resumindo…

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Ganho em Corrente DC
O alfa -  - representa a parte de corrente do emissor que chega ao colector.
Define-se pela razão entre a corrente contínua do colector e a corrente
contínua de emissor. Como a corrente de colector é quase igual á corrente de
emissor, o valor de alfa em corrente contínua é ligeiramente menor que 1.

O beta em corrente contínua ou também chamado de hFE (em análise dos


parâmetros h) dá-nos o ganho em corrente do transístor, uma vez que uma
pequena corrente de base dá origem a uma corrente de colector muito
maior.
A relação da corrente de base e da corrente de colector é definida por:

IC=  . IB
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Curiosidade…
Os valores típicos de α estão compreendidos entre 0.95 a 0.99, e portanto β
assume valores entre 50 e 150. Ou seja, a corrente de base é cerca de 100
vezes menor que a corrente do colector e do emissor.

O transístor pode estar em três estados:

• Ao corte: quando a corrente de base é nula

• Activo: quando se verificar: β= IC / IB e

• Saturado: quando β < (IC / IB), ou seja o circuito não consegue fornecer
corrente suficiente ao colector para que se verifique a relação de ganho.

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Relações entre α e β

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Aplicações dos Transístores

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Utilização
O transístor bipolar pode ser
utilizado:

Como interruptor electrónico.


Na amplificação de sinais.
Como oscilador.

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NPN – Funcionamento como Interruptor

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NPN – Funcionamento como Interruptor

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PNP – Funcionamento como Interruptor

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Funcionamento como Amplificador
O transístor amplifica a corrente: Uma pequena variação de corrente no circuito
Base - Emissor provoca uma grande variação na corrente do circuito Emissor -
Colector. Assim ele pode funcionar como AMPLIFICADOR.

CONTROLAR UMA CORRENTE


Neste caso, a corrente da base (da base para o
emissor) controla a corrente do colector (do
colector para o emissor), que é a que acende a
lâmpada.
Se não passar corrente da base, também não passa
do colector e a lâmpada permanece apagada: o
transístor está aberto (ou ao corte). Uma pequena
corrente leva-o à condução: entre o colector e o
emissor passa corrente, como se existisse uma
resistência de baixo valor.

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Funcionamento como Amplificador
MAIOR GANHO
Se uma corrente da base de 1mA provocar a passagem de corrente do colector de
150mA, diz-se que o transístor tem um ganho de 150 vezes. Diremos que houve uma
amplificação de corrente. Nas montagens, emissor ou base comum, à custa de pequenas
tensões ou das suas variações comandamos tensões de saída mais elevadas. Diz-se que
existe uma amplificação de tensão. Em qualquer das montagens, a potência de sinal em
jogo no circuito de entrada é sempre menor do que a do circuito de saída. Teremos
sempre uma amplificação de potência.

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Configurações Básicas dos Transístores

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Características das Configurações

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CARACTERÍSTICAS DOS TRÊS TIPOS DE MONTAGENS
Montagem Base comum
Ganho de corrente baixo (muito próximo, mas menor que 1);
Ganho de tensão elevado;
Ganho de potência moderado (na ordem de 1500);
Impedância de entrada baixa (0,5 Ω a 50 Ω);
Impedância de saída elevada (1 kΩ a 1 MΩ);
O sinal de saída está em fase com o de entrada.

Montagem Colector comum


Ganho de corrente elevado;
Ganho de tensão baixo (menor que 1);
Ganho de potência moderado (mas menor que o da base comum);
Impedância de entrada alta;
Impedância de saída baixa;
O sinal de saída está em fase com o de entrada.
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Continuação da análise…

Montagem Emissor comum


Ganho de corrente elevado;
Ganho de tensão elevado;
Ganho de potência elevado;
Impedância de entrada média (20 Ω a 5 kΩ);
Impedância de saída média (inferior à da base comum);
O sinal de saída está em oposição (desfasamento de180º) relativamente ao de
entrada.

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Características de um amplificador emissor
comum
a) IMPEDÂNCIA DE ENTRADA (ZE): por definição, ela é igual ao quociente
entre a tensão de entrada (EE = tensão CA do sinal de entrada) e a corrente de
entrada (IE = corrente CA do sinal de entrada):
ZE=EE / IE

Para o amplificador em emissor comum, a impedância de entrada está


compreendida entre 10W e 10KW.

b) IMPEDÂNCIA DE SAÍDA (Zs): por definição, ela é igual ao quociente entre a


tensão CA do sinal de saída (ES), quando a saída esta em vazio (isto é, IS = 0) e a
corrente CA do sinal de saída (IS), quando a saída está em curto-circuito (ES
=0):
ZS= ES (saída em vazio) / IS (saída em curto)

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Continuação da análise…
c) AMPLIFICAÇÃO DE CORRENTE (AI): é o quociente entre a corrente CA do
sinal de saída e a corrente CA do sinal de entrada:

AI= IS / IE

Para o amplificador em emissor comum, a amplificação de corrente está


compreendida entre 10 e 100 vezes.

d) AMPLIFICAÇÃO DE TENSÃO (AV): é o quociente entre a tensão CA do sinal


de saída e a tensão CA do sinal de entrada:

AV = ES / EE

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Continuação da análise…
e) AMPLIFICAÇÃO DE POTÊNCIA (AP): é igual ao produto entre a amplificação
de corrente e a amplificação de tensão:

AP = AI x AV

Para o amplificador em emissor comum, a amplificação de potência está


compreendida entre 1.000 e 100.000 vezes.

f) RELAÇÃO DE FASE: Num circuito amplificador em emissor comum, ocorre


um desfasamento de 180° entre a tensão do sinal de saída e a tensão do sinal
de entrada (180° = 180 graus).

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Em resumo…

A ligação em emissor comum é a mais


utilizada na prática por possuir melhores
características. Ela fornece uma
amplificação de corrente e de tensão que
resulta numa amplificação de potência
mais elevada.

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Especificações dos Transístores

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Características Eléctricas

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Curvas Características
As curvas características definem a região de operação de um transístor,
tais como: região de saturação, região de corte, região activa e região de
ruptura.

De acordo com as necessidades do projecto, essas regiões de operação


devem ser escolhidas. Quando necessitamos de um transístor como
interruptor, normalmente as regiões de corte e saturação são
seleccionadas; no caso de transístor a funcionar como amplificador, como
regra, escolhe-se a região activa.

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Malha de Entrada
A corrente de entrada IB e a tensão de entrada UBE, em conjunto com a corrente de saída IC e
a tensão de saída UCE, definem perfeitamente o estado eléctrico do transístor.
Verifique-se que a fonte de tensão UBB polariza directamente a junção BE, com RB a fazer de
resistência limitadora de corrente. Variando UBB ou RB varia - se a corrente de base. Pela
variação da corrente de base será variada a corrente de colector, uma vez que: IC=  . IB.
No circuito de entrada poderemos aplicar a lei das malhas, que estabelece que a soma
algébrica das tensões ao longo de um circuito fechado ou malha é nula, obtendo assim a
equação da malha de entrada:
- UBB + R B.IB + UBE = 0

De realçar que a tensão UBE para que a junção


BE inicia a condução é de 0,7 V
(segunda aproximação).

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Malha de Saída
Analisando o circuito de saída verifica-se que a tensão UCC da fonte polariza
inversamente ao junção BC através de RC. A tensão UCC deve conceder a
polarização inversa á junção correspondente, caso contrário o transístor não
funciona convenientemente já que, o colector não recolhe os electrões livres
injectados na base.
Analogamente poderemos aplicar a lei das malhas, obtendo a malha de saída:

- UCC + R C.IC + UCE = 0

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Características de Entrada/Saída

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Características de Entrada
A curva descrita por IB em função de UBE é idêntica á característica de
um díodo vulgar, uma vez que a junção BE comporta-se dessa forma.

Aplicando a lei de ohm ou através da


equação da malha de entrada deduz-se
que:

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Malha de saída e característica de saída
Para definirmos a curva
característica da saída,
poderemos proceder da
seguinte forma:
Variamos a tensão UBB e a
tensão UCC tal que obtemos
diferentes correntes e tensões
no transístor. Medindo IC e UCE
obtêm-se os dados necessários
ao traçado da curva
característica de IC em função
de UCE.

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Malha de saída e característica de saída
A zona de corrente constante relaciona-se com a
análise anterior acerca do comportamento de
transístor. Depois da junção BC ficar polarizada
inversamente, o colector recolhe todos os
electrões que chegam à sua camada de
depleção. A
o aumentar a tensão UCE a corrente IC
permanece constante, uma vez que, o colector
só recolhe os electrões que o emissor emite na
base. A quantidade destes electrões injectados
apenas depende do circuito de entrada (base) e
não do circuito de saída (colector). É por esta
razão que o gráfico da figura exibe uma corrente
de colector constante entre UCE superior a 1V e
inferior a 40 V.
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Malha de saída e característica de saída
Se UCE for superior a 40 V a junção BC entra em
ruptura e perde-se o comportamento normal do
transístor. Não se pretende que o transístor
funcione na zona de disrupção. Por isso, um dos
valores estipulados máximos é a tensão de
ruptura ou disrupção colector - emissor UCEmáx.
Se o transístor ultrapassar este valor ficará
danificado. De salientar pela sua importância a
potência do colector, uma vez que esta se
reflecte na temperatura da junção e por
conseguinte do transístor.
Considerando a malha de saída virá:

- UCC + R C.IC + UCE = 0  UCE = UCC - R C.IC PD = UCE x IC

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Zonas de Funcionamento
A característica da figura ao lado, tem diferentes
zonas de comportamento do transístor.
Ampliando as características de saída, para tal
bastaria efectuar mais medições de IC e UCE para
diferentes valores de IB.
A primeira é a zona média, com UCE superior a
algumas décimas de Volt, que representa a
operação normal do transístor. Nesta zona a
junção BE está polarizada directamente e a
junção BC está polarizada inversamente. Esta
zona designa-se por zona activa ou zona linear.
Nesta zona o transístor funciona como
amplificador, onde as variações do sinal de
entrada produzem variações proporcionais no
sinal de saída.
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Análise…
A terceira zona é definida por uma subida da
característica, com UCE a variar entre 0 e
algumas décimas de volt. Esta parte da
característica denomina-se por zona de
saturação. Nesta região a junção BC tem uma
tensão insuficiente para recolher todos os
electrões livres injectados na base, a corrente de
base é maior que o valor normal e o ganho de
corrente é menor que o normal, assim virá:
I C <  . IB
Nesta zona ambas as junções estão polarizadas
directamente.
As zonas de saturação e de corte são úteis em
circuitos digitais, como nos computadores,
referidos por circuitos de comutação.
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Continuação…
A segunda zona é caracterizada por ter a
corrente de base igual a zero, e uma
corrente de colector muito pequena,
próxima de zero. O desenho da
característica inferior está exagerado na
figura , aparecendo maior do que é
habitual. Esta curva inferior define a
chamada zona de corte ou bloqueio do
transístor e a sua pequena corrente de
colector designa-se por corrente de corte
ou bloqueio do colector. Nesta região
ambas as junções estão polarizadas
inversamente.

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Esquemas simplificados
Na maioria das vezes torna-se desnecessário a utilização de duas fontes de
alimentação para a polarização do transístor. Se a tensão UBB for igual á tensão
UCC, utiliza-se apenas uma fonte de tensão para a polarização do transístor.
Vejamos na figura ao lado um caso concreto.

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Polarização do Transístor
A polarização dum transístor consiste na obtenção das condições de
funcionamento correspondente ao ponto de funcionamento ou repouso.
Admitimos que são fixadas as grandezas IC, IB, UBE, UCE, correspondentes
ao ponto de funcionamento. O transístor funciona mais linearmente na
zona activa. Será então necessário estabelecer potenciais e correntes
apropriadas, usando fontes exteriores.

As grandezas do ponto de funcionamento na zona activa são limitadas


pelo valor máximo da potência dissipada no colector, representado na
figura em baixo pela respectiva hipérbole de dissipação máxima e pelos
valores máximos da tensão colector - emissor e da corrente de colector,
que delimitam as zonas dos possíveis pontos de funcionamento.

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Polarização do Transístor

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Para o transístor bipolar poder ser utilizado com interruptor, como amplificador ou
como oscilador tem que estar devidamente polarizado através de uma fonte DC.

Para o transístor estar correctamente polarizado a junção PN base – emissor deve ser
polarizada directamente e a junção base – colector deve ser polarizada
inversamente.

Regra prática:

O Emissor é polarizado com a mesma polaridade que o semicondutor que o constitui.


A Base é polarizada com a mesma polaridade que o semicondutor que a constitui.
O Colector é polarizado com polaridade contrária à do semicondutor que o constitui.

Emissor Base Colector Emissor Base Colector

P N P N P N
+ - - - + +
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Polarização
Emissor Base Colector Emissor Base Colector

P N P N P N
+ - - - + +
_ +
Rc Rc

Rb – Resistência de polarização de base


Rb Rb
Rc – Resistência de colector ou resistência de carga

+ _

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Obtenção da Recta de Carga
A análise das condições de funcionamento podem então ser divididas em
duas partes:

1. O funcionamento em corrente contínua é respeitante ao ponto de


funcionamento.
2. O funcionamento em corrente alternada é respeitante ao sinal a ser
amplificado.

Nesta fase analisaremos o ponto de funcionamento. A analise das condições


de funcionamento poderão ser realizadas recorrendo a um método gráfico
baseado na recta de carga.
Comecemos por definir os parâmetros de saída: IC; UCE. A equação da malha
de saída contém os parâmetros:

- UCC + R C.IC + UCE = 0

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Continuação…
Para definirmos uma recta será necessário obtermos dois pontos ( um no eixo dos xx ou
das tensões e outro no eixo do yy ou das correntes) , para tal iremos igualar
alternadamente a tensão e a corrente a zero, uma vez que serão os pontos de mais fácil
analise, assim:
1. Quando IC = 0 , virá:

- UCC + R C.0 + UCE = 0  UCE = UCC

Encontramos assim a coordenada ( UCC , 0 ).


2. Quando UCE = 0, teremos:

- UCC + R C.IC + 0 = 0

Definimos a segunda coordenada (0, ).

O ponto de funcionamento estará na recta de carga assim definida, como podemos


observar na seguinte figura .

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Continuação…
O ponto de funcionamento estará na recta de carga
assim definida, como podemos observar na figura
abaixo.
No gráfico pode-se visualizar que ao ponto de
funcionamento Q1 corresponde uma corrente de
base IB = 40 A. Se escolherem IB = 60 A, o ponto
de funcionamento será o Q2.
Normalmente, o ponto de funcionamento é definido
a meio da recta de carga fazendo-se UCC / 2, de
modo a permitir que por acção de uma corrente
sinusoidal de entrada, a corrente de colector possa
ter uma expedição máxima para cada um dos lados
relativamente ao ponto de funcionamento.

O ponto de funcionamento Q1 determina IC e


UCE.

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Continuação…
Na recta, podemos observar três pontos:
S – Ponto de Saturação – corresponde a um
valor muito baixo de RB,
dando origem a correntes de base e de colector S
fortes que fazem o transístor
entrar na zona de saturação e a uma tensão UCE
muito baixa;
C – Ponto de Corte – quando IB se anula, IC é
muito próxima de 0, o transístor
Q
entra na zona de corte e UCE = UCC, uma vez que
não há queda de
C
tensão em RC;
Q – Ponto de Funcionamento – é o ponto em
que o transístor funciona na
zona activa.

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Resolução de um exercício
Exemplo:
Dado o seguinte circuito, em que o ganho do transístor é hFE = 100 e em que RB pode variar,
vamos determinar:
a) A recta de Carga
b) Os valores de IB e IC e UCE, para RB = 5 kΩ, 22 k Ω, 500 k Ω
Vamos determinar o primeiro ponto, fazendo UCE = 0:
IC = 12 / 0,56 = 21,43 mA
Para o segundo, fazemos IC = 0 e vem:
UCE = 12 V
Os pontos serão dados pelas coordenadas: (0, 21,43) e (12, 0).
Para determinar IC com RB = 5 k Ω, vamos primeiro calcular IB:
IB = (3 – 0,7) / 5 = 0,46mA
IC = hFE x IB = 100 × 0,46 = 46 mA
Note-se que o valor calculado de IC (46mA) é maior do que o valor máximo que tínhamos
calculado de 21,43mA, o que é um indício de que o transístor está na saturação. Se
pretendêssemos calcular UCE, teríamos: UCE=UCC–RCxIC=12–0,56×46=-13,76 V (!!!) Um valor
negativo?

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Continuação
A questão é que com este valor de RB, o transístor está à saturação e então,
podemos considerar: UCE » 0,2 V e IC = (12-0,2) / 0,56 = 21 mA.
Já tínhamos visto que, na saturação, IC < hFE x IB
Vejamos agora o que se passa, se RB = 22 kΩ:
IB = (3 – 0,7) / 22 = 0,1 mA
IC = hFE x IB = 100 × 0,1 = 10 mA
UCE = UCC – RC x IC = 12 – 0,56 × 10 = 6,4 V
O transístor está na Zona Activa: VCE > 1 V
Finalmente, para RC = 500 kΩ, temos:
IB = (3 – 0,7) / 500 = 0,0046 mA
IC = hFE x IB = 100 × 0,0046 = 0,46 mA
UCE = UCC – RC x IC = 12 – 0,56 × 046 = 11,74 V
Estamos muito próximos da zona de Corte: se continuássemos a aumentar a
resistência, entraríamos nela. A figura ao lado mostra a recta de carga obtida com
os pontos considerados.

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Continuação
Para que o transístor funcione bem
como amplificador, o ponto de
funcionamento Q, deve estar o mais
possível afastado da saturação e do
corte, o que evitará distorções no sinal
amplificado. Para isso, deve estar a meio
da recta de carga.
Para isso, dimensionam-se os valores das
resistências, de modo a que:

UCE = UCC / 2, vindo:

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Métodos de Polarização e estabilização

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Métodos de Polarização e estabilização
O que é
polarizar um
transístor?

Definição:
Trata-se da escolha de
um ponto de
funcionamento em
repouso adequado e
estável do transístor!
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EMBALAMENTO TÉRMICO
Os transístores não suportam nas suas junções
temperaturas superiores a um determinado
limite. Essas temperaturas resultam da
passagem da corrente, fundamentalmente no
colector, a qual por sua vez também aumenta
com a temperatura, constituindo por isso um
processo cumulativo.

Se esse processo não atingir um ponto de


equilíbrio entre o calor produzido e o calor
dissipado, temos embalamento térmico.
Esta situação tem de ser evitada para não se
destruir o transístor.

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Método polarização fixa de base
Nos circuitos analisados até então temos utilizado um
tipo de polarização denominada de polarização fixa
de base. Este tipo de polarização define uma corrente
de base constante, conseguida unicamente por uma
resistência. Na montagem de Emissor Comum, pode
utilizar-se apenas uma fonte!

O aumento de hFE, como a corrente de base é fixa, faz


aumentar IC que, por sua vez, faz aumentar a Conclui-se que este
potência dissipada (UCE x IC) o que leva a um aumento circuito tem o
maior da temperatura. Em esquema, temos: inconveniente de uma
grande instabilidade,
devido à temperatura.
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Exemplo…

Este circuito, também denominado de polarização fixa, é um circuito muito utilizado


quando se deseja que o transístor funcione como interruptor, com dois pontos bem
definidos de funcionamento: corte e saturação.

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Polarização por divisor de tensão
Este é o circuito de polarização mais utilizado.
A grande vantagem desse tipo de polarização é sua estabilidade térmica
(practicamente independente de ). O nome divisor de tensão é
proveniente do divisor de tensão formado por RB1 e RB2, onde RB2
polariza directamente a junção base-emissor.

A saída do divisor de tensão neste circuito fica definida por:

Com estes valores,


podemos desenhar o
esquema equivalente e
proceder à
análise do circuito:

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Polarização por divisor de tensão
A análise do restante circuito é análoga ao elaborado para o circuito de polarização
de emissor. Assim teremos para a corrente de emissor:

Se : IC  IE

A tensão em RC será dada pela lei de Ohm:

URC = RC . IC

A tensão no colector UC em relação à massa virá:

UC = UCC – URC

Por último, calculamos a tensão colector - emissor:

UCE = UC – UE
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Polarização por divisor de tensão - Formulário
A análise do restante circuito é análoga ao elaborado para o circuito de polarização
de emissor. Assim teremos para a corrente de emissor:

Podemos simplificar
a última equação:

Vemos que IE (» IC)


não depende de hFE,
como já tínhamos
visto, acima.
Para o verificar,
vamos calcular as
correntes e UCE, para
o seguinte circuito:

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Exercício
Conhecendo o ganho do
transístor e os valores
pretendidos para UCC e IC,
para dimensionar um circuito
de polarização por divisor de
tensão, devem
aplicar-se as seguintes regras:

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Polarização com Resistência entre o
Colector e a Base
O princípio fundamental será o mesmo dos circuitos anteriores,
estabilizar o ponto de funcionamento Q. Este processo utiliza a
realimentação de uma tensão na base com vista a neutralizar qualquer
variação na corrente de colector. Neste caso, se o ganho aumentar,
devido a um aumento da temperatura, temos:

Neste circuito, como se


pode ver na figura, a
corrente que passa em RC é
a soma IB + IC. A corrente de
colector tende a manter-se
estável. Vejamos as
equações deste circuito:

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Exercício
Vamos supor que no circuito ao lado temos:

No caso do circuito de polarização com resistência de O que implica que


emissor, que vimos acima, o que impede que o aumento da RE elevado leva a
corrente do colector seja igual ao do ganho é a resistência um ICsat baixo, ou
do emissor que, por isso, convém que seja grande. Mas um seja, o transístor
valor elevado de RE leva o transístor à saturação: pode entrar
Considerando VCEsat » 0 e IE » IC, a corrente de saturação, facilmente na
neste circuito, é determinada por: saturação.

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Cuidados a tomar no uso do transístor
POLARIZAÇÕES INVERSAS

A polarização inversa tem um limite. Para a direita, acima de um determinado valor ocorre
um efeito de ruptura, quebrando a barreira de potencial e a corrente sobe quase na vertical.
A Barreira de potencial para o Si é aproximadamente 0,7V. No caso de uma junção (a que não
deveria) ficar inversamente polarizada, o potencial da barreira aumentará, impedindo ainda
mais a passagem de electrões e a corrente será pequena.

EFEITO DA TEMPERATURA NOS TRANSÍSTORES

Nos transístores a temperatura afecta basicamente os parâmetros β, VBE e a corrente de


fuga. Variando-se a temperatura do transístor, seja esta variação causada por um simples
aumento da temperatura ambiente ou pelo aumento da intensidade da corrente no colector,
o ponto de funcionamento escolhido tende deslocar-se. Temperaturas na ordem dos 200ºC
para transístores de silício e cerca de 105ºC para os transístores de germânio, nunca deverão
ser atingidas, pois danificarão os transístores. Devem ser sempre tomadas precauções,
quando se trabalha com transístores, uma vez que eles são susceptíveis a danos provocados
por sobrecargas eléctricas, calor, humidade e radiação.
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Datasheet do Transístor

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Datasheet do Transístor

Em resumo:

Se o transístor apresenta uma potência dissipação máxima de 625mW, a partir de


25°C, este valor diminuirá (com o aumento da temperatura).

Cálculos: Por cada °C acima dos 25°C, multiplicar por 5mW e o resultado, subtrai-
se ao valor da potência máxima (Neste caso é 625mW).

NOTA: Este valor varia de acordo com o tipo de fabricante do transístor!!!

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Variações do ganho em corrente (β) do Transístor

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Substituição de transístores por
equivalentes
Num circuito não se pode substituir um transístor de silício por um de
germânio ou vice – versa.

Também não se pode trocar directamente um transístor NPN por um PNP ou


vice – versa.

A letra (A, B, C…) que pode aparecer no fim do código alfanumérico indica
sempre aperfeiçoamentos ou melhorias em pelo menos um dos parâmetros,
limites ou características do transístor.

Exemplo: O BC548A substitui o BC548.


O BC548A não substitui o BC548B

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Dissipadores de calor
O uso de
dissipadores ou
radiadores externos
de calor são quase
que obrigatórios
nos transístores que
trabalham com
potências elevadas
de modo a evitar o
sobreaquecimento
do componente e a
sua possível
destruição.

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Alguns tipos de Encapsulamento

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Dimensionamento de um Amplificador

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Introdução
Um condensador é um bom isolador para a corrente contínua e um condutor (mais ou
menos bom) para a corrente alternada! Este efectua uma separação da corrente
contínua da alternada. Em C.A. O Condensador comporta-se como um condutor em
altas frequências.

Os condensadores oferecem uma certa dificuldade à passagem de corrente alternada, e


esta dificuldade recebe o nome de reactância capacitiva. A reatância capacitiva irá
diminuir, proporcionalmente com o aumento da frequência aplicada ao condensador e
ao aumento da capacidade. Ela pode ser calculada pela expressão indicada abaixo:

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Generalidades sobre amplificadores
Um andar amplificador linear é um circuito cujo sinal de saída é amplificado e tem uma
forma similar relativamente ao sinal de entrada. Quando o sinal de saída não acompanha
a forma do sinal de entrada, diz-se que o sinal está distorcido.
Existem quatro factores que podem originar que a fidelidade de um amplificador seja
deteriorada:

O sinal de entrada ser muito grande.


O ponto de funcionamento do circuito não
estar correcto.
A carga não estar adaptada ao circuito.
A característica de entrada não ser linear.

O sinal fornecido à entrada do amplificador produz um sinal de saída com uma


determinada amplitude e ao aumentar a potência do sinal de entrada, o sinal de saída
também aumenta de amplitude. No entanto, existe um limite; um sinal muito grande
pode levar o transístor a entrar em saturação ou ao corte e isso produzirá que a parte
superior do sinal de saída ou a parte inferior, ou ambas, sejam cortadas ou “ceifadas”.

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Generalidades sobre amplificadores
O ponto de funcionamento deve
ser escolhido tomando em
consideração o valor máximo da
variação requerida na saída. Essa
definição deverá ser feita
utilizando a característica de
saída, tomando em atenção as
condições de carga pois uma
carga não adaptada ( sendo muito
grande ou muito pequena )
poderá limitar a amplitude
disponível à saída devido a
mudanças na inclinação da recta
de carga. A importância da
localização do ponto de
funcionamento está realçada na
figura abaixo.

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Circuitos de amplificação com base polarizada
Após termos analisado, o transístor em corrente contínua, análise essa referente ao
ponto de funcionamento em repouso ou regime estático, passaremos agora a analisar a
amplificação de tensão de um sinal alternado.
A amplificação de tensão consiste em aplicar a um amplificador, convenientemente
polarizado num ponto de funcionamento Q, uma pequeno sinal (tensão) alternado.

Começaremos o estudo da amplificação de tensão com um circuito de polarização de


base fixa a que chamaremos amplificador de base polarizada.

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Condensador de Acoplamento
Para introduzir um sinal alternado no circuito da figura anterior, à que tomar em
consideração que não podemos alterar o ponto de funcionamento predefinido. Para tal,
teremos de utilizar um componente electrónico que consiga bloquear a corrente contínua,
de forma a esta não ser alterada, e introduza o sinal alternado a era amplificado. O
condensador desempenha essa função!
Como a reactância capacitiva do condensador é inversamente proporcional à frequência, o
condensador bloqueia efectivamente a corrente contínua e deixa passar a corrente
alternada. Quando a frequência for suficientemente alta a reactância capacitiva é muito
menor que a resistência, sendo que assim praticamente toda a tensão alternada da fonte
chegará aos terminais da resistência R.

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Condensador de Acoplamento
Porque razão se chama condensador de acoplamento?

Este condensador é designado por condensador de acoplamento uma vez que faz o
acoplamento ou transmissão do sinal alternado á resistência. Os condensadores de
acoplamento são importantes, já que permitem acoplar um sinal alternado num
amplificador sem alteração do respectivo ponto de funcionamento.

NOTA: Para que o condensador de acoplamento realize a sua função de forma adequada, a
sua reactância capacitiva á frequência mais baixa da fonte de tensão alternada deverá ser
muito menor que a resistência R. Analisemos um caso concreto: Se a frequência da fonte
alternada variar entre 20 Hz e 20 kHz, a pior situação será quando f = 20 Hz, assim dever-
se-á escolher um condensador cuja reactância capacitiva a esta frequência seja muito
menor que a resistência.

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Regras no dimensionamento
É considerado um acoplamento adequado quando á frequência mais baixa da fonte de sinal
alternado se verifique:
XC  0,1.R

A reactância capacitiva deverá ser , no máximo, 10 vezes menor que a resistência R.

Dado que qualquer circuito bem dimensionado obedece a esta regra podemos inferir que:

Na analise em corrente contínua (análise DC) o condensador comporta-se como um circuito


aberto.
Na analise em corrente alternada (análise AC) o condensador comporta-se como um curto
circuito.

Passaremos de seguida à análise do circuito esquematizado na figura seguinte. Por facilidade


na analise consideremos a junção base - emissor ideal - UBE = 0 V. O ganho em corrente
contínua  do transístor é de 100.

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Exemplo…

Em primeira análise iremos verificar os parâmetros em corrente contínua, assim e como os


condensadores não afectam a corrente contínua, uma vez que se comportam como circuitos abertos
teremos:

Com um ganho de corrente contínua  de 100, a corrente de colector será:

A tensão de colector resulta:

O ponto de funcionamento Q é definido por: IC = 3 mA ; UCE = 15 V.

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Continuação da análise…
A tensão alternada da fonte é de 100 V, como o condensador de acoplamento representa
um curto circuito para a corrente alternada, a tensão da fonte de sinal surgirá toda entre a
base e a massa. Esta tensão produz uma corrente alternada de base que se irá adicionar à
corrente contínua já existente na base. Por outras palavras, a corrente de base possui uma
componente contínua e uma componente alternada.
IB = IBQ + ib
onde :

IB - corrente total de base


IBQ - corrente contínua de base
(o índice Q refere-se ao ponto de funcionamento Q)
ib - corrente alternada de base

A figura acima ilustra este conceito. Aí encontra-se uma componente alternada, originada
pela fonte de tensão alternada, e uma componente contínua, proveniente do ponto de
funcionamento Q e com o valor anteriormente calculado de 30 A. A corrente alternada de
base adiciona-se á corrente contínua de base durante a alternância positiva e subtrai-se na
alternância negativa.
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Continuação da análise…
A tensão alternada da fonte é de 100 V, como o condensador de acoplamento representa
um curto circuito para a corrente alternada, a tensão da fonte de sinal surgirá toda entre a
base e a massa. Esta tensão produz uma corrente alternada de base que se irá adicionar à
corrente contínua já existente na base. Por outras palavras, a corrente de base possui uma
componente contínua e uma componente alternada.
IB = IBQ + ib
onde :

IB - corrente total de base


IBQ - corrente contínua de base
(o índice Q refere-se ao ponto de funcionamento Q)
ib - corrente alternada de base

A figura acima ilustra este conceito. Aí encontra-se uma componente alternada, originada
pela fonte de tensão alternada, e uma componente contínua, proveniente do ponto de
funcionamento Q e com o valor anteriormente calculado de 30 A. A corrente alternada de
base adiciona-se á corrente contínua de base durante a alternância positiva e subtrai-se na
alternância negativa.
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Continuação da análise…
A corrente alternada de base produz uma
variação amplificada na corrente de colector,
devido ao ganho de corrente. Na figura ao
lado, a corrente de colector tem uma
componente contínua de 3 mA, sobreposta a
esta corrente está a corrente alternada de
colector.

Dado que a corrente de colector percorre a


resistência deste terminal RC, origina uma
tensão alternada aos terminais desta. Se esta
tensão for subtraída á tensão de alimentação
UCC , obteremos a tensão de colector em
relação à massa , esta será a tensão de saída
para o condensador de acoplamento. Da
mesma forma, a tensão de colector terá uma
componente contínua e uma componente
alternada.
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Continuação da análise…
Mas a tensão alternada no colector do transístor está invertida 180: em relação à tensão
de entrada??
RESPOSTA

Isto verifica-se porque durante a alternância positiva da corrente de base, cresce a


corrente alternada de colector, o que origina mais tensão aos terminais da resistência de
colector, logo a tensão entre o colector e a massa ou emissor, uma vez que este se
encontra ligado á massa, será menor. Analogamente, na alternância negativa, decresce a
corrente de colector, como haverá menos tensão nos terminais de RC, aumentará assim a
tensão de colector. A saída de um amplificador em emissor comum está desfasada de
180º em relação á entrada.

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Esquema com as formas de onda no circuito
A figura abaixo apresenta as diversas formas de onda das tensões no amplificador
de base polarizada.

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Condensador de desvio ou By-Pass
Num circuito amplificador em emissor comum a entrada é realizada na base, sendo
a saída feita no colector. Em consonância com este facto, a resistência de emissor
não deverá ser percorrida pela corrente alternada para que o ponto de
funcionamento Q não seja alterado.

Para este fim, utiliza-se um condensador de desvio, que se comportará, á


semelhança do condensador de acoplamento, como um circuito aberto em corrente
contínua e um curto circuito em corrente alternada. Contudo, a finalidade será criar
uma massa para a corrente alternada.

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Condensador de desvio ou By-Pass
Num circuito amplificador em emissor comum a entrada é realizada na base, sendo
a saída feita no colector. Em consonância com este facto, a resistência de emissor
não deverá ser percorrida pela corrente alternada para que o ponto de
funcionamento Q não seja alterado.

Para este fim, utiliza-se um condensador de desvio, que se comportará, á


semelhança do condensador de acoplamento, como um circuito aberto em corrente
contínua e um curto circuito em corrente alternada. Contudo, a finalidade será criar
uma massa para a corrente alternada.
O ponto E fica
ligado à massa!

Regra no
dimensionamento XC  0,1.R
do condensador:

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Circuitos típicos de amplificação
Analisemos os vários circuitos amplificadores mais usuais

Amplificador em Emissor Comum

Circuitos Amplificadores Amplificador em Colector Comum

Amplificador em Base Comum

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Amplificador em Emissor Comum
Um amplificador de Emissor comum tem a seguinte configuração que corresponde
a um circuito de polarização por divisor de tensão, ao qual forma acrescentados três
condensadores:

Aplicando à entrada, um sinal alternado, ui, com uma


dada frequência, irá aparecer na saída, na resistência de
carga RL, o sinal uo, com a mesma frequência e um valor
amplificado. Vejamos o papel dos condensadores:
C1 impede que a tensão contínua aplicada a R2 e à
base do transístor, não apareça na entrada; por outro
lado faz com que ui chegue à base do transístor. Para
isso é preciso que a sua reactância, à frequência do
sinal seja muito baixa.
A reactância capacitiva é inversamente proporcional à
frequência e à capacidade:
Por isso, para uma dada frequência, a partir de determinado
valor de C, o valor de XC será muito baixo e o condensador
comporta-se como um curto-circuito, em corrente alternada.
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Análise aos condensadores do circuito
C2 faz o mesmo que C1, em relação às tensões contínua e alternada que aparecem no
colector do transístor: bloqueia a primeira e deixa passar a segunda, para a resistência de
carga. O condensador C3 tem outro papel: serve para curto-circuitar à terra, a tensão
alternada que aparece no emissor do transístor, mantendo a tensão contínua em RE.
Tendo isto em conta, o circuito anterior pode ser analisado separadamente do ponto de
vista da corrente contínua e do ponto de vista da corrente alternada. Assim, se
imaginarmos os condensadores como interruptores abertos, obtemos o circuito
equivalente, em corrente contínua, que já conhecemos:

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Análise aos condensadores do circuito
Se imaginarmos os condensadores como interruptores fechados, e a fonte de corrente
contínua anulada (ligada à terra), obtemos os dois esquemas seguintes em corrente
alternada, que são equivalentes:

As resistências R1 e RC aparecem ligadas à terra porque a fonte de corrente contínua


apresenta uma impedância muito baixa e representa uma terra em corrente alternada;
RE desaparece no segundo esquema porque, como se vê no primeiro, está curto-
circuitada. Como é que o sinal alternado aparece no colector?

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Análise às formas de onda
Se o transístor estiver a trabalhar na zona activa, o
sinal aplicado à base dá origem a uma variação da
corrente de base que, devido ao ganho, aparece
amplificada no colector.
Esta corrente que chega ao colector vem da terra
e é a soma de duas correntes (i1 que vem de RC e
i2, de RL). A tensão no colector é UCC – RC x i1.
Assim, quando iC aumenta, uC diminui e, por isso,
quando a tensão de entrada aumenta, aumentam
as correntes na base e no colector e diminuem uC
e uo. Como o condensador C2 não deixa chegar a
componente de corrente contínua à saída, a
tensão uo corresponde à diferença entre uC e UCC.
A figura ao lado mostra as tensões que aparecem
nos pontos mais importantes do transístor.

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Análise às formas de onda
A partir das formas de onda anteriores podemos
observar o seguinte:

1. A tensão na base do transístor é a soma da


tensão contínua em R2, UB, com o sinal de
entrada:

uB = UB + ui

2. A tensão do colector,

uC = UCC – (RC//R0) x iC

3. A tensão de saída, uo, é a tensão do colector,


sem a respectiva componente contínua. Esta
tensão aparece invertida, em relação à
tensão de entrada.

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Modelo Ebers-Moll do Transístor em C.A
Vamos definir como re a resistência em corrente alternada do díodo base – emissor:

Esta resistência depende do ponto de funcionamento da polarização do transístor e do


valor de IE. Pode ser calculada, para qualquer transístor, por uma fórmula prática:

O ganho em corrente alternada é definido por:

SIEMENS - 10-01-2010 Pré-Amplificadores Transistorizados Slide 111


Modelo Ebers-Moll do Transístor em C.A
Este ganho depende do ponto de
funcionamento da polarização do
transístor e é apresentado nas folhas de
dados com o índice em minúsculas, mas
não é muito diferente do ganho em
corrente contínua. Utilizando estes dois
parâmetros, os dois esquemas seguintes
são equivalentes, quando o transístor
funciona com pequenos sinais de
corrente alternada:

Utilizando este modelo, o circuito


equivalente para corrente alternada que
vimos no circuito anterior, fica (não
considerando a resistência de carga, RL):

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Passos para uma análise completa de um
Amplificador
Seguem-se os passos principais para a análise completa de um amplificador, assim
temos:
1. Definição do ponto de funcionamento em DC para tal define-se os
condensadores como circuitos abertos.

2. Analise em corrente alternada:


Curto circuitar os condensadores de acoplamento e condensadores de
desvio.
Imaginar as fontes de tensão contínuas como massas.
Substituir o transístor pelo modelo em  e desenhar o esquema em corrente
alternada.
Definir os parâmetros de amplificação do transístor.

Estes parâmetros do amplificador dizem respeito á impedância de entrada e ao


ganho em tensão que serão de seguida analisados
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Amplificador em Colector Comum
Em resumo, o amplificador de emissor comum pode ser representado pelos dois seguintes
esquemas equivalentes:

Observando o último circuito, vemos que:

ui = re x ie
uo = - RC x ic

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Amplificador em Colector Comum
Três conceitos importantes relacionados com os amplificadores, são:
- Ganho de Tensão, Au:

- Resistência de Entrada (Ri - resistência vista da fonte de sinal), que é igual ao quociente
entre a tensão de entrada, ui e a corrente de entrada, i1.
- Resistência de Saída (Ro - resistência vista dos terminais de saída),
igual ao quociente entre uo, com a saída esta em vazio (isto é, io = 0) e a corrente
de saída, quando a saída está em curto-circuito (uo =0).
Com estes conceitos, o amplificador pode ser representado por:

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Continuação…
Utilizando as duas expressões anteriores, vem:

Nota: o sinal menos indica que a tensão de


saída aparece em oposição de fase com a de
entrada.

A resistência de entrada é o paralelo de R1,


com R2 e com a resistência vista da base: em
re, passa a corrente ie – convertendo esta em
ib
Então:

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Continuação…
A resistência de saída é:

Num amplificador de tensão, como é o caso, convém que Ri seja o mais elevado
possível e Ro, o mais baixo possível. As razões são:

Se a fonte de sinal tiver resistência interna, com uma resistência de entrada do
amplificador relativamente baixa, parte do sinal perde-se na resistência interna da
fonte;

Por outro lado, com uma resistência de saída do amplificador relativamente


alta, existe nela, uma queda de tensão, quando a tensão amplificada se aplica a
uma carga.

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Método de análise de um amplificador
O método de análise de um amplificador, utilizando estes esquemas, é o
seguinte:

1. Com o esquema equivalente em corrente contínua, determina-se o ponto de


funcionamento (UCE e IC)e o valor de IE.

2. Sabendo a corrente IE, calcula-se re:

3. Determinam-se as resistências de entrada e de saída e o ganho de tensão,


utilizando as fórmulas acima e a tensão de saída:

uo = Au x ui

No acetato a seguir é apresentado um exemplo.


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Resolução de um exercício

(8): O sinal negativo do ganho indica o desfasamento entre uo e ui. Para


calcular o valor eficaz da tensão de saída, o sinal deixa de ter significado.

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Resolução de um exercício

(8): O sinal negativo do ganho indica o desfasamento entre uo e ui. Para


calcular o valor eficaz da tensão de saída, o sinal deixa de ter significado.

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Amplificador de Emissor Comum com
resistência de carga e fonte com
resistência interna
Quando o sinal é a tensão fornecida por uma fonte com resistência interna, temos (ver
figura abaixo):
A tensão aplicada ao amplificador ui é dada por:

Conclui-se que a tensão da fonte pode ser calculada por:

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Continuação da análise…
As equações do circuito são:

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Vejamos um exercício resolvido

O ganho é muito
menor que o anterior.
Como se disse atrás,
convém que se
verifiquem as
seguintes
desigualdades:

Ri >> Rs e Ro << RL

Analisemos o seguinte
exercício:

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Outra forma de resolução

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Amplificador de Emissor Comum com
Resistência de Emissor
Se uma parte da resistência de emissor não estiver em paralelo com o condensador,
ela aparece no esquema equivalente em corrente alternada:

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Amplificador de Emissor Comum com
Resistência de Emissor
A última fórmula indica a principal vantagem desta variante do amplificador:
o ganho, embora menor, é independente de parâmetros do transístor e,
por isso, mais estável.
Se considerarmos a resistência interna da fonte de sinal, RS, e uma resistência
de carga, RL, temos a seguinte fórmula para o ganho:

À semelhança do caso anterior, o ganho é constituído pelo produto de duas


fracções: o numerador da primeira traduz o efeito da resistência de carga e a
segunda traduz a existência da resistência interna da fonte.

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Amplificador em colector comum
O esquema do Amplificador, o esquema equivalente em corrente contínua e
o esquema equivalente em corrente alternada são os seguintes:

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Amplificador em colector comum
No último esquema, verifica-se que o colector do transístor está ligado directamente à
terra, o que justifica o nome do amplificador.
Neste amplificador, quando a tensão de entrada aumenta, aumentam ib, ic e
ie; como a tensão de saída, uo, é dada pelo produto de ie, pela resistência equivalente
ao paralelo RE // RL, também aumenta. Podemos concluir que a tensão de saída varia
em fase com a tensão de entrada:

As expressões das resistências de entrada e de saída são as seguintes:

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Amplificador em colector comum

Observando a expressão do ganho vemos que:


- É positivo, o que significa que a tensão de saída está em fase com a de entrada.
- É ligeiramente inferior a 1: no primeiro factor da expressão, se Rs<<Ri, a fracção é
aproximadamente igual à unidade e no segundo, como re é um valor muito baixo, a fracção é
praticamente igual a 1.
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Amplificador em colector comum
Este facto (Au ≈1), o de a resistência de entrada ser alta e a de saída, baixa, justifica a
aplicação deste amplificador como adaptador de impedâncias, (buffer). Se não
considerarmos as resistências da fonte e da carga (amplificador em vazio), as equações são:

Este tipo de montagem é


muito utilizado em cascata,
formando o Amplificador
Darlington que apresenta a
seguinte configuração:

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Resolução de um exercício

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Continuação
Note-se que a corrente na resistência de carga é praticamente igual a us sobre RL,
o que significa que a resistência interna da fonte é praticamente anulada pelo
amplificador.
Sem o amplificador, o circuito seria:

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Amplificador em Base Comum
As figuras seguintes mostram o esquema do Amplificador e dois esquemas equivalentes
em corrente alternada:

Quando a tensão ui aumenta, diminuem ie e ic e a tensão de saída, uo, aumenta.


Assim, a tensão de saída encontra-se em fase com a de entrada.
As equações das resistências de entrada e de saída são as seguintes:

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Amplificador em Base Comum

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Resumo das Características dos Diversos
Amplificadores
Aplicações:
•A ligação em emissor comum é a mais utilizada na prática por possuir melhores
características.
•A montagem de colector comum aplica-se quando se pretende ligar circuitos de
impedâncias diferentes.
•A ligação em base comum encontra alguma aplicação nos amplificadores de frequências
elevadas.

Características do Amplificador de Emissor Comum:

Resistência de Entrada: de 10Ω a 10 kΩ.


Resistência de Saída: de 10 kΩ a 100 kΩ.
Ganho de Tensão: de 100 a 1000.
Relação de fase: a tensão de saída encontra-se em oposição de fase, relativamente à
tensão de entrada.

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Resumo das Características dos Diversos
Amplificadores
Características do Amplificador de Colector Comum:

Resistência de Entrada: de 100 kΩ a 1 MΩ.


Resistência de Saída: de 50 Ω a 5 kΩ.
Ganho de Tensão: próximo, mas menor que 1.
Relação de fase: a saída encontra-se em fase com a entrada.

Características do Amplificador de Base Comum:

Resistência de Entrada: de 10 Ω a 100 Ω .


Resistência de Saída: de 100 kΩ a 1 MΩ.
Ganho de Tensão: de 500 a 5000.
Relação de fase: a saída encontra-se em fase com a entrada.

No seguinte quadro, estão resumidas algumas características:

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Resumo das Características dos Diversos
Amplificadores

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Resposta em frequência dos amplificadores
A resposta em frequência de um amplificador define a respectiva resposta em amplitude
pela representação gráfica do seu ganho em função da frequência. Já foi alvo de analise o
amplificador emissor comum com condensadores de acoplamento e condensadores de
desvio, tratando-se de um amplificador de corrente alternada, projectado para amplificar
sinais alternados.

A figura seguinte mostra a resposta em frequência de um amplificador de corrente


alternada. Pela analise do gráfico verificamos que na gama central de frequências o
amplificador funciona normalmente, ou seja apresenta um ganho constante.

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Resposta em frequência dos amplificadores
Verifica-se também que o ganho diminui nas baixas frequências, porque os
condensadores de acoplamento e de desvio deixam de se comportar como curto
circuitos, daqui resulta uma redução do ganho em tensão á medida que nos aproximamos
da frequência 0 Hz. Também nas altas frequências existe diminuição de ganho, uma vez
que com o aumento de frequência as capacidades internas que o transístor apresenta nas
junções começam a ter significado. Estas capacidades permitem percursos de desvio á
corrente alternada. Outra factor importante em altas frequência prende-se com a
capacidade de dispersão dos fios.

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Resposta em frequência dos amplificadores
Define-se:

f L - Frequência inferior de corte ou de canto ( do inglês Low - inferior )


f H - Frequência superior de corte ou de canto ( do inglês High - superior )

Ao intervalo entre a frequência de corte inferior e a frequência de corte superior dá-se o


nome de largura de banda do amplificador.

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Resposta em frequência dos amplificadores
As frequências em que o ganho de tensão é igual a 0,707 do valor máximo chama-se
frequência de canto ou de corte. Na figura ante f L é a frequência inferior de corte ou de
canto e f H é a frequência superior de corte ou de canto. Além destas designações
também podem ser definidas por frequências de semi-potência, já que, a potência de
carga, nestas frequências, é metade do seu valor máximo. Este valor advém da seguinte
expressão para o cálculo da potência:

Quando o ganho de tensão é 0,707 do valor máximo, a tensão de saída será, da mesma
forma, 0,707 do valor máximo. Ao elevar 0,707 ao quadrado obteremos 0,5, fazendo
com que a potência seja metade do seu valor máximo nas frequências de corte.

A banda central de um amplificador situa-se entre as frequências dadas por: 10. f L e


0,1. f H. O ganho em tensão do amplificador na banda central é aproximadamente
máximo, designando-se por Acentral ou Acen.

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Ganho de tensão
A expressão matemática aproximada para calcular o ganho de tensão de um amplificador
de corrente alternada será:

onde:
A - ganho de tensão á frequência definida
Acentral - Ganho de tensão máximo ( banda central )
f L - Frequência inferior de corte ou de canto
f H - Frequência superior de corte ou de canto
f - frequência definida

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Ganho de tensão
O ganho em potência surge, frequentemente, nas folhas de dados expresso em decibéis.
Um motivo para usar o ganho em decibéis - dB - reside no facto dos logaritmos
comprimirem os números. A expressão de transformação do ganho para é a seguinte:

Por exemplo, se um amplificador tiver um ganho de potência que varia entre 100 e 100
000 000 o ganho de potência em decibéis variará entre 20 dB a 80 dB. Desta forma, o
ganho em potência corresponde a uma notação mais compacta. Também se poderá
definir o ganho em tensão em decibéis pela seguinte expressão:

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OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!

Filipe.as.pereira@gmail.com

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