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Manual de Arrefecimento MTE-Thomson
Manual de Arrefecimento MTE-Thomson
ARREFECIMENTO
1
INTRODUÇÃO
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VISÃO GERAL
Um dos pontos mais delicados dos mo- − Energia cinética (queda d’água,
tores atuais é a manutenção do funciona- automóvel em movimento)
mento a uma temperatura ideal, pelo maior • Energia Térmica (raios solares, com-
tempo possível, independentemente das bustão);
exigências a que esteja sendo submetido.
• Energia Elétrica (corrente elétrica);
Esse é o trabalho executado pelo sistema
de arrefecimento. • Energia Química (reação de um ácido);
Antigamente, a preocupação era manter • Energia Acústica (som, música);
a temperatura do motor tão próximo da • Energia Luminosa (sol, lâmpada elé-
temperatura ambiente quanto fosse possí- trica);
vel, pois se acreditava que a elevação da • Energia Radiante (radioatividade);
temperatura era prejudicial ao funciona- A energia pode ser transferida de uma
mento. A esse processo dava-se o nome forma para outra. Teoricamente, essa trans-
de “sistema de refrigeração”, pois sua fun- ferência é integral, ou seja, a energia “obtida”
ção era simplesmente baixar a temperatura. é exatamente igual à energia “aplicada”. Os
As evoluções tecnológicas levaram o motor motores transferem a energia gerada pela
a funcionar melhor, mantendo uma tempe- combustão em energia mecânica, em
ratura mais elevada e constante, para que movimento circular, com torque.
as dilatações dos diversos materiais aconte-
E o que vem a ser “TORQUE”?
çam conforme os cálculos da engenharia.
A evolução dos sistemas alterou a função TORQUE é a capacidade do motor, de
básica de baixar a temperatura para: gerar movimento com FORÇA DE TORÇÃO.
“Fazer o motor aquecer-se o mais Assim, o funcionamento de um motor re-
rapidamente possível, para atingir a sulta em: 25 a 35%, aproximadamente, ener-
temperatura ideal de funcionamento, gia transferida para as rodas, para impulsio-
manter essa temperatura e distribuí-la nar o veículo, 65 a 75%, energia aproveitada
por todo o motor. Assim, o sistema pelo próprio motor para vencer os atritos das
passou a ser chamado de Sistema de peças móveis internas, sendo que a maior
arrefecimento”. parte transforma-se em CALOR, que tam-
bém é uma forma de energia, que os siste-
O motor é uma máquina que transforma
mas atuais aproveitam.
energia em movimento...mas o que é
“ENERGIA”? Além do calor provocado pelos atritos
internos, a queima dos combustíveis atinge
ENERGIA é tudo aquilo que pode ser
temperaturas em torno de 2000ºC.
transformado em trabalho e pode ter várias
formas. Por exemplo: Lembre-se que:
• Energia Mecânica: Todas as formas de • A água ferve a 100 ºC;
energia relacionadas ao movimento • O alumínio do cabeçote funde-se a
dos corpos, com a capacidade de colo- 660ºC;
cá-los em movimento ou deformá-los, • O ferro fundido do bloco a 1500ºC...
através de uma das seguintes formas: considere a importância do sistema de
− Energia potencial gravitacional arrefecimento...
− Energia potencial elástica (mola
comprimida)
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A Importância do Controle da tata-se que a temperatura sofre variações,
Temperatura no Motor dependendo da distância que se encontra
do radiador. Conseqüentemente, o motor
O motor precisa manter uma tempera-
funciona com pontos internos de tempera-
tura constante e ideal, mesmo quando sub-
tura superiores a 100ºC, sem a formação
metido a grandes esforços. É composto por
de bolhas de vapor, que causariam a sepa-
peças de materiais diferentes, com coefi-
ração da água mais fria, da água fervente.
cientes de dilatação diferentes e que fun-
Onde existem bolhas de vapor, a água não
cionam em atrito constante. Este atrito, em
pode entrar, pois o vapor isola esses pontos.
conjunto com a queima do combustível, ge-
ra muito calor, o que causa dilatação e, por- Assim, dentro do motor, há água fervendo
tanto, menores folgas, calculadas para que na parte mais afastada do radiador, e água
a funcionalidade não seja prejudicada. mais fria na parte mais próxima da circulação
da bomba d’água. A engenharia de motores
dedica-se a estudar primariamente a forma-
Motores Arrefecidos a Ar
ção de bolhas de vapor dentro das galerias
São os motores com menos peças mó- de arrefecimento do motor e as diferenças
veis, que produzem menos atritos e portanto, internas de temperatura e, secundariamente,
menos calor. Como exemplo, os motores de a temperatura do líquido de arrefecimento.
motocicletas, do fusca e da kombi e motores
estacionários, possuindo aletas nos cabeço- Condutividade Elétrica da Água
tes, para dissipar o calor.
Entre as propriedades da água, uma de-
Motores Arrefecidos a Água las é a de possuir a capacidade de conduzir
eletricidade. Esta propriedade pode ser
A grande maioria dos motores de veícu- maior ou menor, dependendo dos tipos e
los é arrefecida a água, que circula dentro quantidades de minerais, naturalmente con-
dos sistemas de arrefecimento. A água é tidos na água. (Não se encontra, na nature-
formada basicamente por oxigênio e hidro- za, água completamente pura).
gênio, mas contém outros elementos, de Quando a água, que possui uma deter-
menor importância. minada capacidade de conduzir eletricidade,
é misturada a outros elementos químicos,
Reação da Água Sob Pressão essa capacidade pode ser modificada para
Na pressão atmosférica, a água congela- mais ou para menos, dependendo da reação
se a 0º e ferve a 100ºC (ao nível do mar, ou se- ou da associação dos elementos que pas-
ja, altitude zero). Se for mantida a uma pressão sam a fazer parte dessa nova mistura.
maior, o ponto de ebulição (temperatura de fer- No motor, onde existe tensão elétrica de
vura da água) também aumentará. Por exem- corrente contínua circulando normalmente,
plo, a uma pressão de 3,5 libras/pol2, 1/4 atm a mistura pode se tornar condutora, criando
(pressão relativa), que geralmente é utilizada um campo magnético elevado e interferindo
pelos motores, o ponto de ebulição da água nos componentes eletrônicos do motor. Essa
passa a ser de aproximadamente 106ºC. capacidade de condução mais elevada de
Considerando-se as dimensões, as pres- eletricidade pode ocorrer logo após o funcio-
sões, a velocidade de circulação e a exten- namento do motor ou depois de algum tem-
são das galerias internas de um motor, cons- po, em razão das diferentes temperaturas
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e pressões existentes no interior do motor. abreviação de “Potencial Hidrogeniônico”
Com estas diferenças, os materiais da (identificação de sua capacidade para mo-
mistura passam por uma reação química vimentar os íons de hidrogênio). O “pH”
e alteram suas composições, podendo possui uma escala de 0 a 14.
combinar-se ou repelir os outros compo- Uma solução com pH 7 é considerada
nentes, causando alterações em seu com- neutra. Com pH menor são ácidas, aumen-
portamento e na capacidade de condução tando sua intensidade à medida que se
de eletricidade. afastam de 7 e se aproximam de 0. Com
Essas alterações geram problemas de pH maior são alcalinas, aumentando sua
funcionamento irregular nos motores dos alcalinidade à medida que se afastam de
veículos equipados, por exemplo, com 7 e se aproximam de 14.
injeção eletrônica, causando oscilações,
marcha lenta irregular, falhas nas acelera- Verificação do pH de uma Solução
ções, etc. Mesmo que se faça um exame
minucioso, dificilmente estes problemas O ph de uma solução pode ser verifi-
são detectados, gerando custos, aborreci- cada usando-se um medidor digital ou uma
mentos e perda de tempo. fita de verificação, com capacidade de me-
dição e análise de 0 a 14.
O Que é uma Solução? Com o medidor digital, coloque a haste
do sensor na solução e o mostrador indica-
É uma mistura homogênea de duas ou rá o valor de pH dessa solução.
mais substâncias, em quantidade que po-
Com a fita de verificação, de aproxi-
dem variar conforme o limite de solubilidade.
madamente 5 cm, mergulhe metade na
A substância presente em maior quantidade
solução e retire-a, sem balançar para tirar
na solução é chamada de solvente, e com
o excesso de líquido. A cor da parte molha-
menor quantidade, de soluto.
da da fita mudará. Compare esta nova cor
com a tabela de padrão de cores existente
O “pH” de uma Solução na embalagem da fita.
Uma solução pode ser ácida, neutra ou
alcalina. Essa propriedade chama-se “pH”,
Ao preparar a solução, ocorre uma reação química na mistura, que aumenta sua
temperatura imediatamente, em 3 ou 4ºC, formando micro-bolhas de ar. Por isso,
recomenda-se preparar a solução num recipiente fora do sistema do veículo,
deixá-la repousar durante algumas horas e entorná-la vagarosamente dentro do
sistema, para eliminar gradualmente o ar das galerias internas do motor.
7
Reação de uma Solução com pH lição a 197ºC (sob pressão atmosférica) e
não Neutro que se mistura perfeitamente à água, além
de possuir qualidades antioxidantes, que
Uma solução com pH não neutro con-
mantém todo o sistema limpo, impedindo
duz eletricidade com maior intensidade,
a formação de crostas que dificultam a cir-
devido à combinação com o hidrogênio. Se
culação do líquido de arrefecimento, en-
o pH for ácido (menor que 7) a solução
grossam as paredes dos componentes cuja
terá mais facilidade para conduzir materiais
temperatura precisam arrefecer e deposi-
ferrosos, e se for alcalina (maior que 7),
tam-se nos sensores e interruptores térmi-
para conduzir materiais não ferrosos. Nas
cos, modificando suas reações.
duas situações, há um aumento da capa-
cidade de conduzir elementos metálicos, A água, misturada ao etileno glicol em
que aumentam a capacidade de condução proporções ideais, ferve a 118 ou 119ºC,
de eletricidade e ficam eletrodepositados reduzindo a possibilidade de formação de
nas galerias internas, diminuindo a capa- vapor no interior das galerias do sistema,
cidade de fluxo e prejudicando o arrefeci- possibilitando que os componentes atuem
mento do motor. Os componentes do motor de forma mais efetiva.
de onde foram retiradas as partículas metá- Outra função do aditivo é sua atuação
licas (bomba d’água, cabeçote, etc.) apre- no ponto de congelamento da água (conge-
sentam uma corrosão chamada “corrosão la-se a 0ºC). Quando a água se congela
galvânica”, causada pela eletrólise. seu volume aumenta, pressionando os ele-
Uma solução alcalina (pH maior que mentos internos do motor. Com aditivo o
7) facilita a eletro decomposição (corrosão congelamento da água ocorre a aproxima-
galvânica) de alguns componentes de alu- damente – 25ºC.
mínio que contenham partículas de cobre
em sua composição, retirando-as e depo- Quantidade de Aditivo Misturado à
sitando-as em outros componentes. Água
Uma solução ácida (pH menor que 7) A quantidade de aditivo misturado à
facilita a eletro decomposição (corrosão gal- água é determinada pelo fabricante do
vânica) de alguns componentes de ligas que sistema de arrefecimento, mas na maioria
contenham partículas de ferro, retirando-as dos veículos a proporção é, em média,
e depositando-as em outros componentes. 60% de água e 40% de aditivo. Essa de-
terminação precisa ser observada, senão
Os Aditivos na Água do Sistema o sistema de arrefecimento não funcionará
adequadamente. Assim, não basta sim-
Como conseqüência da evolução dos
plesmente adicionar uma quantidade de
motores e dos sistemas de arrefecimento,
aditivo que altere a cor da água. É preciso
há necessidade de uma quantidade de
que a quantidade de aditivo seja a reco-
aditivos especiais misturados à água do
mendada.
radiador. Por isso, esta água passou a
chamar-se “Solução de Arrefecimento” ou A melhor maneira para saber a quan-
“Líquido de Arrefecimento”. tidade de aditivo existente em uma solução,
é examinando-se a DENSIDADE dessa
Os aditivos geralmente são à base de
solução.
etileno glicol, um produto que entra em ebu-
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Densidade da Solução
A densidade da água é de 1000g/ml uma mistura, é necessário saber sua densi-
(gramas por mililitro). Quando o aditivo é dade e a temperatura. O peso específico
misturado à água, a densidade aumenta de uma mistura varia conforme sua tempe-
de maneira proporcional à quantidade de ratura. Na tabela abaixo, a medição inicia-
aditivo e à temperatura. Logo, para verifi- se com uma proporção de 50% de água e
car a quantidade de aditivo existente em 50% de aditivo.
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Verifique a letra indicada no nível de O número indicado na escala representa
líquido do flutuador. No exemplo mostrado o percentual de aditivo existente na água
na figura abaixo, a letra “C”. (no exemplo, 20%). O índice ideal é 40%
de aditivo.
Características Ideais de um
Líquido de Arrefecimento
Em sua maioria, os sistemas de arrefe-
cimento comportam entre 5 e 8 litros de lí-
quido, variando conforme o tipo de motor. Esta
quantidade de líquido não é suficiente para
controlar a temperatura do motor. Assim, são
adicionados alguns aditivos à água, trans-
formando-a em líquido de arrefecimento.
Para que uma mistura de água + aditivo
possua as condições ideais de arrefecimento,
Verifique a indicação do termômetro na
deve apresentar as seguintes características:
linha de nível da mistura, até alcançar a
mesma letra indicada no flutuador (letra “C”). • 60% de água destilada e desminera-
lizada e 40% de aditivo ou conforme
as instruções do fabricante do veículo,
indicadas no Manual do Proprietário;
• pH de 7,5 a 8,5 na temperatura am-
biente, e no máximo, 8 a 9 na tempe-
ratura de funcionamento do motor
(85 a 95ºC);
• Capacidade de conduzir eletricidade,
de 0,3 Volts no máximo, em qualquer
temperatura;
• O tempo máximo de utilização de um
líquido de arrefecimento no motor é
de um ano ou 30.000 km.
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FUNCIONAMENTO DO SISTEMA
Tampa
Pressurizada de Sensor de
Respiro Temperatura
Sensor de
(Sistema de Injeção)
Temperatura do
MÁX Válvula Termostática Painel
MÍN
Câmaras
Reservatório Eletro- D’água
de Expansão Ventilador
Radiador
Bomba
D’água
Sentido de Circulação do
Interruptor Térmico do Líquido de Arrefecimento
Ventilador
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Enquanto o motor está frio, o líquido circula lume em função da temperatura) permitindo
somente em suas galerias internas, para que o líquido passe para o radiador, abaixan-
aquecer-se rapidamente. Ao atingir a tempe- do a temperatura e mantendo a pressão no
ratura especificada, a válvula abre-se através sistema. Quando o motor esfria, a válvula
da ação da cera expansiva (aumenta seu vo- fecha-se novamente.
Cera Expansiva
Cera Expansiva
Considerando que cada motor funciona válvula possui uma temperatura calibrada,
a uma temperatura específica, as válvulas indicada por um código, onde a abertura e o
termostáticas também são específicas. Cada fechamento já estão pré-determinados.
Mínimo
8 mm
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Tipos de Válvulas Termostáticas não baixavam a temperatura da água. Os
dutos eram verticais, e a água aquecida en-
As válvulas termostáticas podem ser de
trava pela parte superior, atravessava os du-
dois tipos:
tos de cima para baixo e saíam pela parte
• Tipo com By-Pass: Possui um pe- inferior. Assim, ou o motor funcionava abaixo
queno flange com mola na parte infe- da temperatura ideal ou superaquecido.
rior que direciona, a uma certa tem-
peratura, todo o líquido de arrefe-
Capas
cimento para o radiador. Entrada
• Tipo “Refil”: Alguns veículos utilizam
válvulas termostáticas em carcaças
de alumínio ou plásticas. Na maioria,
é possível trocar somente o “refil”,
com maior economia e otimização de
estoques. Saída Aletas Dutos
Observação:
• Dependendo do projeto, algumas
válvulas possuem um entalhe, um Os radiadores atuais são mais estreitos,
furo ou um “jingle pin”. Estes re- possuem poucas fileiras horizontais de du-
cursos são utilizados para aumen- tos, confeccionados com materiais mais fi-
tar o fluxo de líquido de arrefeci- nos, permitindo que o líquido permaneça
mento na fase fria, eliminar bolhas mais tempo dentro deles, fazendo a troca
de ar, entre os vários compartimen- de calor com mais eficiência. Com dutos
tos existentes dentro do motor. horizontais, os radiadores são também mais
baixos e mais largos, permitindo uma confi-
Radiador guração de veículos com perfil de carroçaria
O radiador é o componente do sistema que mais aerodinâmica.
recebe o líquido aquecido e o devolve ao mo-
tor com uma temperatura mais baixa. Está Interruptor Térmico Lâmpada −
posicionado geralmente à frente do motor, de Alarme
forma a receber o fluxo de ar causado pelo
Com as mesmas características de fun-
movimento do ventilador. O radiador possui
cionamento do interruptor térmico do venti-
dutos internos para a circulação do líquido de
lador, este componente acende e apaga
arrefecimento, providos de aletas que direcio-
uma lâmpada ou aciona uma cigarra inter-
nam o fluxo de ar e auxiliam a dissipar o calor,
mitentemente no painel de instrumentos,
diminuindo a temperatura do líquido.
para indicar excesso de temperatura.
Existem vários tipos de radiadores, mas
a constituição é sempre de dutos e aletas.
No passado, o conceito era que quanto
maior fosse o radiador, melhor funcionaria.
Os veículos tinham grandes radiadores fei-
tos de cobre e latão, que realmente demora-
vam a aquecer-se, mas uma vez aquecidos,
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Bomba D’Água
A bomba d’água está posicionada, na eficiência do motor. Sua função é criar pres-
maioria dos veículos, junto ao bloco do são para impulsionar o líquido de arre-
motor, sendo acionada pela correia da ár- fecimento para que circule por todas as ga-
vore de manivelas. Acompanhando a rota- lerias do motor e do radiador.
ção do motor, pode absorver até 15% da
Tampa
Bomba D’Água Rolamento
Anel de
Corpo da
Flange Rolamento Vedação
Bomba
Cônico Rotor
Selo
Eixo
Vedador
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Tipos de Interruptores Térmicos Funcionamento
do Ventilador Utiliza a tecnologia do Disco Bimetálico,
Os interruptores térmicos do ventilador que proporciona uma alta precisão no acio-
podem ser de dois tipos: namento e um tamanho reduzido do com-
• Tipo Simples: Possui dois terminais e ponente. Com o aumento da temperatura e
apenas uma temperatura de aciona- as dilatações térmicas diferentes, ocorre o
mento. É utilizado em veículos sem ar deslocamento do Disco Bimetálico, na tem-
condicionado. peratura desejada, de forma instantânea.
• Tipo Duplo: Possui três ou quatro ter-
minais e duas temperaturas de acio-
namento. É utilizado em veículos
com ar condicionado.
Desligado Ligado
Sensor de Temperatura
Este componente mede a temperatura do Ambos possuem um termistor interno
motor e a indica ao painel de instrumentos, do tipo NTC (Coeficiente de Temperatura
ou o módulo de Injeção Eletrônica. Negativa), que reage de maneira inversa-
Termistor Termistor
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mente proporcional à da temperatura. As- • Cada motor possui um sensor ou
sim, sua resistência ôhmica é alta, quando plug específico. Portanto cuidado
a temperatura é baixa e vice-versa. na aplicação e no aperto exces-
O termistor é um componente cerâmico sivo durante na instalação.
cuja característica é reduzir sua resistência
ôhmica devido ao aumento da temperatura, Sensor – Interruptor Duplex
possibilitando medir e controlar a tempera-
Este componente possui duas funções:
tura do motor, com precisão.
Indicar a temperatura através do ponteiro do
medidor no painel de instrumentos, e acender
e apagar intermitentemente uma lâmpada ou
acionar intermitentemente um alarme.
• O terminal G indica o sensor localiza-
do no painel de instrumentos.
• O terminal W indica o interruptor.
Terminal
Terminal
Interruptor
Sensor
(W)
(G)
Disco
O sensor de temperatura da injeção ele- Bimetálico
trônica ou “plug eletrônico”, (designação
destinada a facilitar a aplicação) envia as
informações relativas a estas variações de
resistência, em função da temperatura, pa- Termistor
ra o módulo de controle eletrônico (ECM),
o que é extremamente importante para o Reservatório de Expansão
gerenciamento da injeção. Com esta infor-
mação, o sistema computadorizado contro- A função deste reservatório é permitir
la a dosagem de combustível, ponto da que o nível de líquido de arrefecimento per-
ignição, sensor lambda, ventilador do radia- maneça inalterado, quando frio (volume me-
dor, etc. nor) ou quando aquecido (volume maior).
Observação: O abastecimento do sistema é feito atra-
vés do bocal deste reservatório. Cuidado
• O sensor de temperatura também é
para não ultrapassar a marca MAX.
utilizado como “Partida a Frio” nos
Tampa
veículos com motores a álcool. O
Pressurizada e
sensor envia uma indicação de varia- Respiro
ção de resistência ôhmica a um relê, Do Motor
Nível MÁXIMO
e este comanda a bomba de injeção
de gasolina para a partida do motor.
• Geralmente, o sensor do indicador Nível MÍNIMO
no painel de instrumentos possui Reservatório
um terminal e o plug eletrônico, de Expansão
Para o Motor
dois terminais.
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Tampa do Reservatório de Expansão
Além de fechar o reservatório de expansão, esta tampa também mantém a pressão do
sistema, através de uma válvula que se abre, dando passagem ao excesso de pressão. O
controle da pressão faz com que:
• O líquido tenha uma circulação completa, atingindo todos os pontos do motor;
• Tenha um ponto de ebulição mais elevado;
• Impede a formação de vapor no interior do motor;
• Permite a entrada de ar atmosférico quando a temperatura do líquido abaixa.
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MANUTENÇÃO DO SISTEMA
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Observe a abertura da válvula, acom- Após 15 minutos (+ de 100ºC) retire a
panhando o aumento da temperatura no válvula do recipiente aquecido e coloque-a
termômetro, enquanto agita o líquido de num recipiente com água limpa à tempera-
arrefecimento, para manter a uniformidade tura ambiente e observe seu fechamento, à
da temperatura. medida que se esfria. Caso permaneça na
posição aberta, substitua a válvula.
Aberta
40º 100º
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TESTE 1 (com Multímetro): Com o líquido • Os testes 1 e 2 somente verificam
ainda frio, conectar as pontas de prova de se o interruptor está funcionando.
um multímetro aos terminais do interruptor, Um estudo mais detalhado poderá
conforme indicado na figura abaixo. Quando ser realizado em equipamentos es-
o líquido atingir a temperatura especificada pecíficos.
(100ºC), a leitura deverá ser: Com a fonte de calor desativada, quan-
• Peça desligada: valor da resistência do a temperatura atingir a temperatura
infinito (circuito aberto); especificada (40ºC), o multímetro deverá
• Peça ligada: Valor da resistência ze- indicar circuito novamente aberto.
ro (circuito fechado). ATENÇÃO: Antes de substituir o
interruptor térmico do radiador,
verifique se o circuito elétrico está
funcionando corretamente. Feche
o circuito entre os terminais e veri-
fique se o ventilador funciona. Se
não funciona, repare, primeiramen-
te, o circuito elétrico do ventilador.
Observações:
• Nunca realize os testes 1 e 2 ao
mesmo tempo.
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Com uma chave de 29 mm, aperte no Após a sangria, complete o nível de líqui-
máximo 1/4 de volta, ou com um torquíme- do de arrefecimento do sistema. Feche com-
tro em 3 kgm. Cuidado para não apertar pletamente e verifique se não há vazamentos.
demais.
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Tabela de Curvas Características R (Ohms) x T (ºC)
K = 1000
* DUPLEX. Este é um componente com dupla função:
• Sensor de temperatura do painel (Terminal G)
• Interruptor de temperatura /Indicador de superaquecimento, acionando uma lâmpada ou a cigarra
(alarme).
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Teste do Sensor de Temperatura
do Sistema de Injeção/Ignição –
Plug Eletrônico
(Ohms)
Coloque o sensor em um recipiente com
líquido de arrefecimento, de forma que sua
cápsula fique submersa. Aqueça o líquido
e acompanhe a variação da temperatura
com um termômetro e da resistência, com Plug Eletrônico 4050
um multímetro.
(Ohms) (Ohms)
Duplex 3061
Sensor 3025
Terminal G
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Tabela de Curvas Características de Injeção Eletrônica (Plugue Eletrônico)
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Instale o reservatório de expansão e a ba de pressão, complete o nível (se neces-
mangueira inferior e feche os dispositivos sário) e tampe o reservatório de expansão.
de drenagem. Abasteça com líquido de ar- Funcione o motor até atingir a tempera-
refecimento novo e verifique a existência tura normal de funcionamento. Observe se
de vazamentos do sistema. há formação de bolhas de ar no reser-
vatório de expansão. Se existirem, abra os
Abastecimento e Sangria do Sistema drenos de sangria cuidadosamente para
Prepare o líquido de arrefecimento, mistu- permitir a saída de ar do sistema.
rando água desmineralizada e aditivo, na Cuidado: Para executar este proce-
quantidade e proporção indicadas pelo fabri- dimento, use equipamentos de prote-
cante do veículo e deixe-o repousar por, no ção para as mãos e rosto, pois o líqui-
mínimo, uma hora. do estará entre 80 e 100ºC.
Se o sistema dispuser de drenos de san- Pare o motor, complete o nível de líquido
gria, abra-os. Se não dispuser, desconecte no reservatório de expansão e verifique se
a mangueira superior do radiador. há vazamentos.
Abasteça vagarosamente o sistema, pe-
lo bocal de abastecimento do reservatório Mangueiras, Conexões e Braçadeiras
de expansão, até que o excesso de líquido
comece a sair pelos drenos ou pela man- As mangueiras, conexões e braçadeiras
gueira superior do radiador. devem ser inspecionadas periodicamente
quanto a vazamentos. Com o motor desli-
Feche os drenos, na seqüência de saída
gado e frio, aperte as mangueiras manual-
de líquido (caso exista mais de um), ou re-
mente, verificando se não há rachaduras,
instale a mangueira superior do radiador.
enrijecimentos ou flexibilidade exagerada.
Complete o abastecimento até o nível MAX
Inspecione o aperto dos parafusos das
no reservatório de expansão.
conexões e das braçadeiras.
Instale uma bomba de pressão e aplique
Caso seja detectada alguma anormalida-
1 bar de pressão no sistema. Retire a bom-
de, substituir a mangueira e suas conexões.
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DIAGNÓSTICO DE FALHAS DO SISTEMA
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27
ATENÇÃO: Este diagnóstico de falhas não esgota o assunto. Podem haver
outras não citadas aqui. Qualquer dúvida entre em contato com o SIM - Serviço
de Informações MTE-Thomson pelo fone 0800-704-7277.
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Tabela de Capacidades dos Sistemas de Arrefecimento
Legendas:
S/A: Sem aquecedor
C/A: Com aquecedor
C/AC: Com ar condicionado
C/TA: Com transmissão automática
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DIAGRAMAS ELÉTRICOS
Observação:
• Nesta primeira edição, foram incluídos os diagramas para a linha GM.
• Diagramas para as outras linhas estarão disponíveis em breve.
• Para a solução de quaisquer dúvidas, consulte o SIM - Serviço de Informações
MTE-Thomson pelo fone 0800-704-7277.
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BIBLIOGRAFIA
Fuel Injection
Hellamex SA, Naucalpan, México
Internet
Diversos
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POSTOS AUTORIZADOS
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TECNOLOGIA E PRECISÃO EM CONTROLE DE TEMPERATURA