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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DA BAHIA – IFBA


DEPARTAMENTO DE FÍSICA
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA

HISTÓRIA, FILOSOFIA E ENSINO DE FÍSICA

@passeicomblue

Visiones deformadas de la ciência transmitidas por la


ensenanza
Do artigo: FERNÁNDEZ, Isabel et al. Visiones deformadas de la
ciência transmitidas por la ensenanza. Ensenanza de las ciencias:
revista de investigación y experiências didácticas, v. 20, n 3, p. 477-
488, 2002

O presente trabalho mostra as visões deformadas da ciência transmitida


pelo ensino. Em seu resumo, os autores e a autora, trazem no argumento que
a visão deformada acaba por limitar a renovação no ensino de ciência, sendo
importante uma investigação didática em tais deformações.
É possível perceber que o texto reporta a importância da formação de
professores e seu caráter epistemológico. Ele e ela, exploram a questão do
ambiente em que os futuros professores são submetidos, chamando esta
questão ambiental para uma reflexão que não pode ser ignorada, sobretudo
na disseminação desse aprendizado. A renovação do ensino dentro desse
caráter epistemológico é um ponto chave, onde faz se necessário modificar a
epistemologia dos professores.
O recorte temporal feito pelos autores e pela autora, traz a relevância em
se discutir a natureza da ciência na vista de docentes, no final da década de
80. E que os registros anteriores de publicações, por exemplo, fazem um
reporte ao empírico Indutivismo. Tamanha proporção desta visão acompanha
a forte comunicação envolta dessa difusão. A comunicação esta que vincula
descobrimentos, linearidade e outros adjetivos a uma pseudo ciência. Assim
numa percepção geral, a visão dos professores acaba por ser socialmente
atribuída no contexto do senso comum.
O interesse nesses estudos, além da deformação no ensino de ciência,
também traz os questionamento diante do reducionismo. Trabalhos e análises
de textos escolares mostram tamanho disparidade do que é a ciência ou
deveria ser, de como ela realmente é. A concepção empírico indutivista logo
é apresentada, mostrando a observação e a experimentação no ensino, é
puramente livresca, onde o foco é a ânsia pelo descobrimento.
No próximo tópico, a autora e os autores traz uma concepção rígida da
atividade cientifica. Foca-se nas sequências e as etapas definidas no método
cientifico. O que há de se impressionar neste trabalho, é certamente as
referências apresentadas (inúmeras) para constatar na literatura os
argumentos apresentados.
No próximo tópico apresenta-se uma concepção aproblemática e
ahistórica da ciência. Trata-se em linhas gerais o que chamam de omissão.
Realmente diante deste método cientifico impregnado, pouco espaço se tem
para problematizar e trazer HFC no contexto. As deformações aparecem
nesta metodologia analítica que precisa seguir um rigor necessariamente
correto e sem falhas. Além da tendência acumulativa.
Particularidades a mais são trazidas no decorrer do texto dentro das
seguintes concepções: individualista e eletista da ciência, além de
descontextualizada e socialmente neutra. A questão positivista é introduzida,
como se a verdade fosse alcançável com a ciência, e literalmente para
poucos. No ensino, essa particularidade acaba por afetar os estudantes
quando o assunto é estímulo em ciência. E já que se fala em estímulo, as
questões de gênero (que poderia estar mais aprofundada no texto) também
são importantes nessa discussão.

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