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Os arquétipos são padrões primitivos e instintivos de comportamento,

representações típicas, e eles estão sempre atuando internamente na


psique. Eles vêm à superfície em determinados momentos nos
empurrando nessa ou naquela direção, segundo as necessidades de
desenvolvimento da psique. Sempre que um arquétipo vem a tona,
algo precisa ser feito, uma nova ação tem que ser empreendida Ele só
quer ser libertado e para isso o conhecemos. Quando negamos ou
reprimimos ele pode se voltar contra nós. Para liberá-los temos que
vivenciá-los profundamente no nível das emoções.
No tratamento de Osíris, a autora aborda 4 arquétipos da sexualidade
feminina:
(Vou passar um pequeno guia que venho desenvolvendo em meus
trabalhos com arquétipos + as perguntas da autora no livro)
A ESCRAVA: Imagine-se uma sacerdotisa, uma deusa ou uma dirigente
em seu reino que diante de um conflito pelo poder perde seu trono, é
violada, desvalorizada e maltratada. Iniciação. Primeira porta. Chakra
raiz. Ânus. Neste órgão guardamos as memórias mais ancestrais da
humanidade, é o lugar em que nos arraigamos a terra.
Que parte de mim se sente violada?
O que me domina?
Quem?
Sinto medo? Do que?
Por que me deixo raptar?
Posso viver sem ser submetida?
O que significa para mim agressão?
Pra onde vai minha força sendo escrava?
Onde encontro meu centro sendo escrava?
Onde deposito meu poder?
Realmente me Ignoram?
Sinto meu coração?
O que é a morte pra mim?
Estou disposta a perder meus ganhos e buscar recuperar meu poder?
Que lição foi deixada em mim ao revelar minha escrava?
A PROSTITUTA: Coloque-se no lugar de uma mulher venusiana,
voluptuosa, seios fartos e nádegas fartas. A mãe que nutre. A terra. A
abundância. Que tem em si mesma a capacidade de gozar a
sexualidade através de seu próprio corpo. O poder de cultivar-se. O
poder do conhecimento. Isso causa medo e ódio numa sociedade
reprimida e repressora. E freia a capacidade de sentir, suprimindo sua
criatividade e sua capacidade de criar a sim mesma. A prostituta se
vive dentro da vagina, porta de entrada a nosso lugar interior, o útero.
O que é pureza pra mim?
Me sinto inferior?
Me sinto usada?
Expresso meus instintos animais ao fazer amor?
Posso sentir mais prazer do que sinto hoje?
Quem me condena se me masturbo?
É condenável sentir luxúria?
Em que baseio minha reputação?
Me dá vergonha mostrar meu corpo nu?
Que lição aprendi ao revelar minha prostituta?

A MENINA MALTRATADA: Coloque-se no lugar de uma criança e sua


inocência. Espontânea, a criança entra no mundo sem medo até que
se depara com um mundo adulto que lhe cobra obediência,
dependência e submissão. Instauram então em sua mente crenças em
espíritos e demônios. Consequente medo da noite. A menina se sente
observada, perseguida e criticada. A boca é o lugar onde se localizam
as memórias da infância.

Tenho medo do desconhecido?


Quero crescer?
Me dá medo que me explorem sem eu saber?
O que me faz chorar?
Quem?
O que sinto quando choro?
Por que choro?
A sexualidade provoca choro?
Me sinto abandonada? Por quem? Companheiro, familiares?
Quando sinto que abusam de mim?
Necessito me rebelar para que me dêem atenção?
Sou obediente?
Aceito obedecer?
Me sinto submissa?
Como vivo a dependência?
Me sinto valorizada pelos outros?
Recebo castigo?
O que ganho permanecendo menina?
Que lição reconheço ao revelar minha menina maltratada?

A MÃE SEVERA: Aqui voltamos à mulher nutridora e abundante.


Acolhedora e amorosa, que quando entra no contexto familiar, não tem
a oportunidade de aparecer como indivíduo. Sua única missão e meta
é a procriação, o cuidado com os filhos e o serviço de casa. Na
maternidade deve encontrar o motivo de seu existir, como única fonte
de satisfação. Essa situação gera forte frustração na mulher que a
partir do pós parto se perde de sua essência e se sente impedida de
busca-la numa sociedade patriarcal. Ela se converte em uma mulher
má, em uma mãe severa. Este arquétipo se revela no nível do coração.

Me chamam de mandona?
Me considero impositiva?
Em que momento me sinto agressiva?
O que me desespera?
Como mãe, a quem castigo?
Como mãe, me incomoda o que vejo em meus filhosw
Quando alguém aparece como meu filho, me sinto incomodada?
Me dou conta quando surge qualquer sentimento de maldade?
Me dou conta quando controlo meus filhos?
O que ganho ao permanecer no arquétipo de mãe severa?
Por quê quero sair deste lugar?
Que lição aprendi ao revelar minha mãe severa?

Aqui temos um material valioso para aquelas que desejam empreender


um tratamento profundo no nível da sexualidade arquetípica. Sentindo
profundamente cada emoção que os arquétipos proporcionam temos a
capacidade de liberá-los conscientemente. Agradecer, dizer adeus e
nos criar constantemente. Somos tudo isso e não somos nada disso.

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