Você está na página 1de 9

a jornada da

BRUXA
ARTISTA
com Luciana Bollina

A HEROÍNA
Os arquétipos que trabalham para
a construção do ego
Segundo a estudiosa e especialista em liderança transformacional Carol Pearson, pra gente formar o nosso ego
precisamos de 4 arquétipos: O Inocente, O Órfão, O Guerreiro e o Caridoso. É a preparação pra Jornada! A heroína
nasce quando a gente sabe quem a gente é.

O Inocente: O que vc vai ser quando crescer? Precisamos ter uma persona pra viver no mundo. Queremos ser
amados e fazer parte das coisas. Quer ser aceito e admirado. Integração e pertencimento.
O Órfão: O que vou reprimir pra conseguir ser aceito? Quais partes eu devo abandonar? Pactos de vingança
inconscientes. Não podemos ser machucados ou abandonados. Forma-se uma couraça para esconder
vulnerabilidades.
O Guerreiro: Nossos desejos. O que acreditamos ser o ideal. Vamos defender com unhas e dentes aquilo que
queremos. Essa força pode vir de forma generosa e que lida com a complexidade ou pode formar pessoas
bravas, rígidas e autoritárias. Nossa violência interior como está? Como estamos lidando com a velocidade?
O Caridoso: Senso de moralidade, coletividade, interesse pelos outros. Sai do lugar confortável pelo bem
comum. Sentido de família e complexidade. Amadurecemos. Abrimos o coração. Ele faz sacrifícios para estar
alinhado com sua alma.
A Jornada do Herói - Campbell

A jornada do herói consiste


primeiramente na realização de uma
jornada para encontrar o tesouro
representado pelo nosso verdadeiro
Ser. E ao retornar para o mundo
comum, transformar a realidade a
partir do que aprendeu.
A Jornada da heroína - Maureen Murdock
A Jornada da heroína - Maureen Murdock
“Ao notar os danos físicos e emocionais aos quais
essas mulheres incorriam nessa missão heroica, eu
concluí que a razão para elas estarem passando por
tanto sofrimento é que elas escolheram seguir um
modelo que nega quem elas realmente são.”
(MURDOCK,1990)

“essas construções de que a mulher precisa estar


sempre sorrindo e não saber controlar as emoções, têm
relação com a divisão de público e privado; o lugar da
mulher é privado, doméstico, enquanto o lugar do
homem é público e político”. (Natalia Engler)
Manawee - a integração do masculino
"Na história de Manawee, um jovem tem a intenção de se casar com duas irmãs
gêmeas, e cada uma delas representa, aqui, um aspecto das mulheres: o fora e o
dentro, a persona e a alma, o ego e o self, a materialidade e a magia, o civilizado
e o selvagem. Contudo, o pai das irmãs só vai deixar esse homem se casar com
elas se ele souber seus nomes. O cachorrinho do homem, por ter o faro aguçado,
consegue chegar até a cabana das moças para descobrir os nomes delas. Aqui,
saber os nomes das gêmeas significa conhecer a natureza total de uma mulher,
unir seus aspectos de corpo e alma. Porém, ocachorrinho se distrai pela floresta
algumas vezes. Ele representa o self instintivo do homem (e também do nosso
masculino interior), que pode ceder aos prazeres mundanos e ilusórios e se perder
no caminho da jornada da alma. Quando ele finalmente consegue voltar para seu
tutor Manawee, com os nomes das mulheres na ponta da língua, o casamento
acontece com a bênção do pai das moças e a união se faz com amor e
integralidade. Essa história nos fala de um masculino que quer aprender. Tanto o
presente nos nossos companheiros, pais, irmãos, como o nosso masculino
interior."

(Oráculo da Loba - Luciana Bollina)


Manawee - a integração do masculino
O masculino que quer trabalhar pra esse feminino que habita o
coração. O cachorro como nosso FAZER nesse mundo.

As distrações e a sociedade DROMOCRÁTICA - texto "velocidade e


Política" (1977) de Paul Virilio - a velocidade e a eficiência como
estratégias capitalistas. O excesso de informação inútil pra desviar
nosso foco do trabalho que precisa ser feito. O trabalho pra sustentar o
"deus" mercado é o mais importante para o capitalismo. O trabalho
espiritual que é o mais importante fica renegado às sombras sociais.

Estamos viciados no celular porque sentir é perigoso. Essa ordem


precisa mudar internamente. O que precisamos recuperar para ativar a
verdadeira HEROÍNA e não ficar fixadas na fantasia do EU
IDEALIZADO? Em qual sucesso estamos mirando?
A Heroína Interior e sua força
A heroína te traz a coragem para ir na direção do desconhecido e atravessar os portais
místicos da auto-revelação.
Uma heroína verdadeira reconhece as lutas que valem a pena e aceita sua vulnerabilidade.
A heroína é selvagem porque seus sentires não podem ser domesticados pelo senso comum e
adoecido da sociedade.
A heroína tem a confiança que persiste e resiste diante das provações.
A heroína é a observadora interior. Ela é a heroína da jornada. Identificação com as personas
pode atrapalhar a jornada do brilho.
A heroína é aquela que sabe que há mistério para ser revelado e aceita a busca.
Práticas da HEROÍNA - atividades físicas, fazer coisas diferentes que vc está acostumada, se
arriscar, fazer um curso de algo que vc sente muita vontade, escrever todos os dias pela manhã
o que vier à sua mente (morning pages), não se tratar com desprezo, celebrar pequenas
vitórias, ter coragem de mergulhar dentro de si e confiar que dentro é o lugar onde está tudo,
sair do vitimismo e assumir a autorresponsabilidade radical pelo amor que chega até você. Ser
mais cara de pau.
Quando eu aceito
o chamado,
recebo a ajuda
que preciso.

Você também pode gostar