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1
Pragmatismo
TEORIA SOCIAL E POLÍTICA
2
Thamy Pogrebinschi
Pragmatismo
TEORIA SOCIAL E POLÍTICA
3
Pragmatismo
© 2005, Thamy Pogrebinschi
TEORIA SOCIAL E POLÍTICA
Direitos cedidos para esta edição à
RELUME DUMARÁ EDITORA LTDA.
Rua Nova Jerusalém, 345 – Bonsucesso
CEP 21042-235 – Rio de Janeiro, RJ
Tel. (21)2564-6869 (PABX) – Fax (21)2560-1183
E-mail: relume@relumedumara.com.br
Revisão
Argemiro de Figueiredo
Editoração
Dilmo Milheiros
Capa
Simone Villas-Boas
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte.
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ.
Inclui bibliografia
ISBN 85-7316-391-7
4
Sumário
Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Introdução
VIDA E SOBREVIDAS DO CLUBE METAFÍSICO . . . . . . . . . . . . . 11
Capítulo 1
A MATRIZ FILOSÓFICA DO PRAGMATISMO . . . . . . . . . . . . . . 23
1.1. As origens do pragmatismo: Peirce, James e Dewey . . . 23
1.1.1. Antifundacionalismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.1.2. Conseqüencialismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
1.1.3. Contextualismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
Capítulo 2
PRAGMATISMO E TEORIA SOCIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
2.1. Ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
2.2. Comunicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
Capítulo 3
PRAGMATISMO E TEORIA POLÍTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123
3.1. Comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125
3.2. Democracia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
5
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Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187
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Prefácio
José Eisenberg
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Prefácio
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Introdução
VIDA E SOBREVIDAS DO
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Introdução
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Notas
1 The Metaphysical Club, p. 370-371.
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2 “It was in the earliest seventies that a knot of us Young men in Old
Cambridge, calling ourselves, half-ironically, half-defiantly “The
Metaphysical Club” – for agnosticism was then riding its high horse, and
was frowning superbly upon all metaphysics, – used to meet, sometimes
in my study, sometimes in that of William James”. Este é o testemunho de
Charles Peirce, escrito em 1907. Cf. “Pragmatism”. In: The Essential Peirce,
volume II, p. 399.
3 O próprio Peirce nos explica o motivo de sua opção: “For one who had
learned philosophy out of Kant, as the writer, along with nineteen out of
every twenty experimentalists who have turned to philosophy, had done,
and who still thought in Kantian terms most readily, praktisch and
pragmatisch were as far as the two poles, the former belonging in a region
of thought where no mind of the experimentalist type can ever make sure
of solid ground under his feet, the latter expressing relation to some definite
human purpose. Now quite the most striking feature of the new theory
was its recognition of an inseparable connection between rational cognition
and rational purpose; and that consideration it was which determined the
preference for the name pragmatism.” Cf. “What Pragmatism Is”. In: The
Essential Peirce, volume II, p. 332-333.
4Estes artigos são: “The Fixation of Belief ” e “How to Make Our Ideas
Clear”, ambos republicados posteriormente em várias coletâneas de textos
de Peirce.
5 James tornou o pragmatismo uma teoria mundialmente conhecida a partir
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Introdução
VIDA E SOBREVIDAS DO CLUBE METAFÍSICO
6 Cf. “What Pragmatism Is”. In: The Essential Peirce, volume II, p. 334-
335. De acordo com Peirce, os ‘seqüestradores’ de sua teoria seriam William
James, F.C.S. Schiller. Sobre a versão do pragmatismo deste último, ver
os seus Humanism: Philosophical Essays (1903) e “The Definition of
‘Pragmatism’ and ‘Humanism’”. In: Mind 14 (abril 1905): 235-40.
7 É muito comum o pragmatismo ser chamado de ‘movimento’, principal-
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DO PRAGMATISMO
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1.1.1. ANTIFUNDACIONALISMO
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1.1.2. CONSEQÜENCIALISMO
O conseqüencialismo, ou instrumentalismo, representa a
característica talvez mais conhecida do pragmatismo. Trata-se
da insistência de olhar para o futuro, e não para o passado. A
referência ao passado não é um dever para o pragmatista, ela
deve ser feita apenas quando for metodologicamente interes-
sante ao próprio estabelecimento do futuro. É para o futuro
que o pragmatista olha e é para lá que ele se direciona. Disto
decorre que tanto a teoria da significação, como a teoria da
verdade, levadas a cabo pelo pragmatismo, caracterizam-se pela
submissão permanente ao ‘teste’ conseqüencialista: o signifi-
cado de uma proposição, bem como a sua verdade, apenas
podem ser conhecidos se forem verificados a partir do teste de
suas conseqüências. É aqui que entra em jogo a famosa ques-
tão pragmatista, aquela que não cessa sua indagação: quais as
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1.1.3. CONTEXTUALISMO
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contexto, pois é este também que irá dar significado aos pró-
prios símbolos.72
Dewey acredita que um dos maiores problemas do pensa-
mento filosófico consiste em negligenciar o conceito de con-
texto. Se em parte isso se justifica precisamente pelo fato de
que o contexto é algo sempre tão patente que chega a não ser
notado, não significa, contudo, que ele possa ser negado. Se-
gundo Dewey, ignorar sistematicamente o contexto implica
virtualmente negá-lo. E quando isso acontece no domínio da
filosofia, ou seja, quando as análises filosóficas tendem a igno-
rar o contexto, o que se tem como resultado é a falsificação
destas análises.73
No que tange ao conteúdo e ao escopo do contexto, dois
temas devem ser considerados: o ‘pano de fundo’ (background )
e os interesses seletivos. Dewey compreende por ‘pano de fun-
do’ o conjunto do ambiente que a filosofia deve levar em con-
sideração em toda as suas iniciativas. O ‘pano de fundo’ está
sempre implícito de alguma forma e em alguma medida em
todo e qualquer pensamento; ele nunca aparece de forma ex-
plícita e é isso que faz com que o seu papel seja exatamente o
de ‘pano de fundo’. Este ‘pano de fundo’ se exerce tanto no
plano espacial como no plano temporal. O ‘pano de fundo’
temporal do pensamento é tanto intelectual como existencial.
No primeiro caso, o que há é um ‘pano de fundo’ da cultura;
e no segundo, um ‘pano de fundo’ da teoria. Sobretudo, não
há pensamento que não se apresente sobre o ‘pano de fundo’ da
tradição – as tradições são modos de interpretação, observação
e avaliação de tudo aquilo que se pensa explicitamente a respei-
to. Já o ‘pano de fundo’ espacial cobre todo o cenário contem-
porâneo dentro do qual emerge um curso de pensamento.
O segundo tema que deve ser considerado em se tratando
de contexto diz respeito ao que Dewey denomina interesses
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Notas
1 “Pragmatism as the Logic of Abduction”. In: The Essential Peirce. Selected
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me I, p. 105.
24 Idem.
25 “Philosophy’s
Search for the Immutable”. In The Essential Dewey, volu-
me I, p. 106-108.
26 “Fundamentals”. In: The Essential Dewey, volume I, p. 349.
27 Maisuma citação merece ser destacada: “The point (...) is thus to elicit
the radical difference made when the problem of values is seen to be
connected with the problem of intelligent action. If the validity of beliefs
and judgments about values is dependent upon the consequences of action
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vante, visto que apesar de terem sido inicialmente leitores de Kant, todos
os três primeiros pragmatistas buscam refutar o kantismo, especialmente
o seu transcendentalismo, sua metafísica e seu universalismo – e esta refu-
tação é uma característica crucial que distingue o pragmatismo enquanto
teoria.
35 Ver Risto Hilpinen, “Charles Sanders Peirce”. In: The Cambridge Dictionary
of Philosophy, p. 652.
36 O conceito pragmatista de crença será explicado adiante no item 1.1.3
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p. 90.
45 “Pragmatism and Humanism”. In: Pragmatism and Other Writings, p.
112.
46 “The Problem of Truth”. In: The Essential Dewey, volume II, p. 113-
114.
47 Idem, p. 114.
48 Idem.
49 “The Problem of Truth”. In: The Essential Dewey, volume II, p. 114.
50 “He [o pragmatista] will not only accept but he will explain the belief
that ‘truths present things as they really are’; for he can define what the
phrase means: Namely, that way of presenting things which is actually,
not merely potentially, effective in securing the consequences with reference
to which the things are causes. For purposes of knowledge, things ‘as they
really are’ are things as they-are-in-the-securing-of-projected-ends. Thus
pragmatism gives to the favored phrase of realism a meaning which is
neither a fatuous truism nor a dogmatic prejudice”. Cf. “The Problem of
Truth”. In: The Essential Dewey, volume II, p. 118.
51 Idem, p. 116 e segs.
52 “Events and the Future”. In: The Essential Dewey, volume I, p. 183.
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Clube Metafísico, quem pela primeira vez chamou a sua atenção para este
conceito de crença cunhado por Bain, e por isso ele (Green) seria, segun-
do Peirce, o ‘avô’ do pragmatismo. Cf. “Pragmatism”. In: The Essential
Peirce, volume II, p. 399.
55 “Some Consequences of Four Incapacities”. In: The Essential Peirce.
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como pelos ingleses Locke e Berkeley). Cf. “Pragmatism”. In: The Essential
Peirce. Selected Philosophical Writings, volume II, p. 423. Para um contras-
te mais nítido entre o pragmatismo e o pensamento humeano, vale ler o
artigo de Peirce intitulado “On the Logic of Drawing History from Ancient
Documents, Especially from Testimonies”, no qual ele intenta “melhorar
a teoria de Hume” a partir de uma prova lógico-matemática (que denomi-
na como “Hume’s Theory Improved”) acerca da inconsistência da doutrina
probabilística sobre o testemunho tal como desenvolvida por Hume ao
dissertar sobre os milagres na seção X do seu Enquiry Concerning Human
Understanding. Ressalte-se que, além de Peirce, James também admitiu
que o ceticismo humeano influenciou a elaboração do seu pragmatismo
(assim como os ingleses Locke, Berkeley, Mill e Bain). Cf. “Philosophical
Conceptions and Practical Results”. Por seu turno, Dewey também cita
Hume extensivamente ao longo de toda a sua produção intelectual, con-
firmando a indubitável influência daquele autor em sua versão do prag-
matismo.
57 “The Fixation of Belief ”. In: The Essential Peirce. Selected Philosophical
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p. 88.
67 Idem.
p. 99.
70 “Pragmatism and Common Sense”. In: Pragmatism and Other Writings,
p. 86.
71 “As good pragmatists we have to turn our face towards experience,
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207.
73 Idem, p. 210.
74“Context and Thought”. In: The Essential Dewey, volume I, p. 210 e
211.
75 Valeobservar aqui a estreita semelhança entre o pensamento de Dewey
e aquele que será posteriormente desenvolvido por Quentin Skinner no
campo da história do pensamento e da metodologia da história.
76 “Context and Thought”. In: The Essential Dewey, volume I, p. 214.
77 Idem, p. 215.
78 “The Pattern of Inquiry”. In: The Essential Dewey, volume II, p. 171.
79 Idem, p. 173-176.
80 Realistic Pragmatism, p. 27 e segs.
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SOCIAL
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2.1. Ação
O conceito de ação vem sendo amplamente associado ao
pragmatismo desde que o mesmo atingiu notoriedade, entre o
final do século XIX e o início do século XX. Com efeito, mui-
tas críticas formuladas em face do pragmatismo desde então
insistem em afirmar que ele consiste meramente na idéia de
que toda investigação, conhecimento e pensamento se dão em
nome da ação – acresça-se ainda a isto o fato de que a ação é
aqui entendida de um modo mundano, vulgar.5
Os primeiros pragmatistas já se encontravam conscientes
destas críticas e não pouparam esforços para contestá-las. Em
1905, Peirce escreveu um artigo sob a forma de um diálogo
entre um suposto entrevistador e um pragmatista, no qual tenta
revidar diretamente esse tipo de acusação:
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mas, por outro lado, ele o critica por não ter enriquecido seu
trabalho com fundamentos filosóficos oriundos do pragma-
tismo e da filosofia da vida, os quais lhe teriam possibilitado
desenvolver uma dimensão criativa de sua teoria da ação. Já
em Weber, Joas encontra um elemento sinalizador da criativi-
dade, o carisma. No entanto, de acordo com Joas, a teoria da
ação de Weber não logra se constituir como uma ação criativa,
pois além de não conferir espaço adequado para a criatividade
presente em sua crítica à burocratização, a teoria de Weber
apresenta contradições que impedem tal desenvolvimento.
Uma destas contradições é o caráter não-democrático de sua
teoria do carisma. Também em Durkheim, leitor entusiasta
do pragmatismo apesar de condená-lo pelas suas semelhanças
com o utilitarismo lógico, Joas localiza a criatividade em al-
gum lugar entre os conceitos de sagrado, ritual e efeverscência
coletiva. Além disso, Joas observa que Durkheim se aproxima
do pragmatismo ao desenvolver a idéia de um processo de
reflexão informado pelo conhecimento empírico na conside-
ração de questões morais. Contudo, se esta idéia aproxima
Durkheim do pragmatismo, ela irá também afastá-lo por ou-
tro ângulo, qual seja o das críticas que faz ao pragmatismo
por relacionar ação e consciência, que ele (Durkheim) acredi-
ta serem coisas distintas e que devem permanecer separadas.
Por fim, em Simmel a criatividade pode ser apreendida, se-
gundo Joas, a partir da influência que ele sofreu da filosofia da
vida de Bergson, que por sua vez o teria levado a avaliar as
tendências em direção à racionalização e à diferenciação na
modernidade sob uma perspectiva que ressalta a criatividade.
A conclusão de Joas é que, apesar de cada um destes autores
apresentarem em sua obra uma dimensão criativa da ação hu-
mana, eles não logram elucidá-la o suficiente e, mais do que
isto, não a integram com o conjunto de seu pensamento.19
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2.2. Comunicação
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Notas
1 Pragmatismo y Sociología, p. 20.
2 Ao que nos consta, a obra de Mead é intitulada pela primeira vez como
‘pragmatismo social’ por H. S. Thayer, em 1968, em seu Meaning and
Action: A Critical History of Pragmatism. Posteriormente, a mesma expres-
são é repetida, também para designar a obra de Mead, por Gary A. Cook
em seu George Herbert Mead: The Making of a Social Pragmatist, de 1993.
3 Estaé a opinião de Jürgen Habermas. Segundo ele, Mead deve ser consi-
derado, ao lado de Durkheim e Weber, um dos pais fundadores da socio-
logia moderna. Cf. Theory of Communicative Action, volume II, p. 1.
4Ver Richard Bernstein, “Pragmatism, Pluralism, and the Healing of
Wounds”. In: Pragmatism. A Reader, passim, e Hans Joas, Pragmatism and
Social Theory, p. 3.
5 Ver Richard Bernstein, Praxis and Action, p. 173.
6 “What Pragmatism Is”. In: The Essential Peirce, volume II, p. 341.
7 “TheDevelopment of American Pragmatism”. In: The Essential Dewey,
volume I, p. 4. Grifo nosso.
8 “Philosophy’s Search for the Immutable”. In: The Essential Dewey, Volu-
me I, p. 106.
9 “The Need for a Recovery of Philosophy”. In: The Essential Dewey, volu-
me I, p. 67.
10 “The Need for a Recovery of Philosophy”. In: The Essential Dewey, vo-
lume I, p. 67 e 68.
11 Aprincipal interpretação a que estamos nos referindo é a de Hans Joas,
exposta na conclusão de seu Pragmatism and Social Theory, intitulada
“The Creativity of Action and the Intersubjectivity of Reason – Mead’s
Pragmatism and Social Theory”, e também em seu livro George Herbert
Mead: A Contemporary Re-Examination of His Thought.
12 Ver Gary A. Cook, George Herbert Mead: The Making of a Social Pragmatist,
p. 169 a 171.
13 Ver Hans Joas, Pragmatism and Social Theory, p. 248 e 249.
14 Idem, p. 249.
15 Cf. Mind, Self, and Society, p. 7, nota 7. O grifo é nosso.
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16 Idem, p. 7.
17 Cf.Mind, Self, and Society, p. 222. Hans Joas também interpreta Mead
no sentido de enfatizar a sua defesa de um conceito não-individualista de
ação social. Ver o seu The Creativity of Action, p. 187 e segs.
18 É preciso observar que o pragmatismo de Mead, assim como sua contri-
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62 Estas boas razões podem ser tidas como tais através das características
procedimentais do processo de argumentação, de modo que os resultados
obtidos de uma maneira procedimentalmente correta desfrutem de pre-
tensão de validade.
63 The Inclusion of the Other, p. 36-37.
lítica”, Revista Novos Estudos Cebrap, nº 62, p. 116. Para uma abordagem
mais especifica sobre o conceito de justificação habermasiano e suas con-
seqüências no plano da teoria política, ver José Eisenberg, “Justificação e
Justiça: da Filosofia da Linguagem à Teoria Política”. In: Teoria Social e
Modernidade no Brasil, organizado por Leonardo Avritzer e José Maurício
Domingues, p. 185 e segs.
65 The Inclusion of the Other, p. 58.
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3.1. Comunidade
A idéia de comunidade consiste em um dos conceitos do
pragmatismo com mais reflexos na teoria política. Antecipan-
do-se em cerca de um século aos debates em torno do comu-
nitarismo que vem marcando presença constante na agenda
da teoria política contemporânea nos últimos anos, o prag-
matismo já apresentava um conceito de comunidade que, ao
ser agora resgatado pelo neopragmatismo, tem muito a con-
tribuir para os atuais debates sobre o tema.
Assim como se deu com os principais conceitos e idéias
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3.2. Democracia
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Notas
1 The Public and its Problems, p. 148.
2 Ver Matthew Festenstein, Pragmatism and Political Theory, p. 9; Richard
Bernstein, “Community in the Pragmatic Tradition”. In: The Revival of
Pragmatism: New Essays on Social Thought, Law and Culture, editado por
Morris Dickstein, p. 151-153; Alan Ryan, John Dewey and the High Tide
of American Liberalism, p. 23 e 36. Diz Bernstein sobre isso: “One of the
primary reasons why there has been a resurgence of interest in pragmatism
is precisely because it helps us to move beyond some of the false antitheses
and entrenched extremes that mark recent debates” (p. 151). Os debates
da teoria política contemporânea aos quais Bernstein se refere em especial
são aqueles travados entre comunitários e liberais, e entre os multicultura-
listas de toda sorte. Já Ryan, um dos dois principais biógrafos intelectuais
de Dewey, diz: “The revival of his [Dewey] popularity in the last few years
owes much to the fact that so many of his ideas were calculated to soothe,
or rather to answer to, anxieties that we in the 1990s share with Americans
of 1890s. (…) That, I think, does much to explain both Dewey’s early
popularity and the current revival of his reputation. The resurgence with
a concern with community, both in the work of academic philosophers
and in the programs of politicians is one instance; the debate over the
benefits and dangers of multiculturalism in politics and education is
another. The noisy and muddled discussion of the need for ‘foundations’
for our moral and political allegiances is yet another” (p. 36).
3 “Some Consequences of Four Incapacities”. In: The Essential Peirce, vo-
lume I, p. 52.
4 “The Doctrine of Chances”. In: The Essential Peirce, volume I, p. 150.
5“Grounds of Validity of the Laws of Logic: Further Consequences of
Four Incapacities”. In: The Essential Peirce, volume I, p. 81.
6 Ver Richard Bernstein, “Community in the Pragmatic Tradition”. In:
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The Revival of Pragmatism: New Essays on Social Thought, Law and Culture,
editado por Morris Dickstein, p. 142-143.
7 Mind, Self, and Society, p. 270.
8 Idem, p. 318.
9 Mind, Self, and Society, p. 327.
10 Idem, p. 327. Grifo nosso. Sobre os símbolos significantes falamos no
capítulo anterior, ao tratarmos especificamente da comunicação. Vale re-
cordar apenas que o que é relevante no símbolo significante é que o gesto
(no caso do gesto vocal, a linguagem) de um indivíduo que afeta outros
deve afetá-lo igualmente. Apenas quando o estímulo que um indivíduo
gera em outro ocasiona nele próprio a mesma resposta que gerou no ou-
tro, pode se dizer que o símbolo é um símbolo significante.
11 Não se deve entender o uso do ‘ideal’ em Mead no sentido que o idea-
lismo alemão conferiu ao termo. Trata-se simplesmente de mais um recur-
so contrafático, tão comum na teoria política normativa.
12 The Theory of Communicative Action, volume II, p. 2.
13 Idem, p. 91 e 96.
14 The Theory of Communicative Action, volume II, p. 97 e 145.
15 Idem, p. 82.
16Cf. Jürgen Habermas, “Postscript. Some Concluding Remarks”. In:
Habermas and Pragmatism, editado por Mitchell Aboulafia et alli, p. 228.
17 O conceito de ‘Grande Sociedade’ foi criado pelo teórico político britâ-
nico Graham Wallas, amigo de Walter Lippmann, este por sua vez um
grande adversário intelectual de Dewey. Tal conceito implica a idéia de
que as sociedades industriais modernas eram crescentemente abstratas e
impessoais, bem como crescentemente privavam seus membros de se en-
tenderem uns com os outros através de um contato pessoal em comunida-
des de pequena escala. Cf. Alan Ryan, John Dewey and the High Tide of
American Liberalism, p. 219. O conceito de ‘Grande Comunidade’ que
Dewey cria para se contrapor ao conceito de Wallas, como veremos nas
próximas páginas, insiste exatamente na direção oposta, qual seja na afir-
mação de que as sociedades industriais precisam ser recriadas a partir da
experiência das pequenas comunidades locais, nas quais o contato huma-
no se dá face a face.
18 The Public and its Problems, p. 149.
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19 Idem, p. 151.
20 Ver,a respeito, o capítulo II e o início do capítulo III do The Public and
its Problems, especialmente p. 54 e segs e 87 e segs.
21Ver Richard Bernstein, “Community in the Pragmatic Tradition”. In:
The Revival of Pragmatism: New Essays on Social Thought, Law and Culture,
editado por Morris Dickstein, p. 147.
22 The Community Reconstructs: The Meaning of Pragmatic Social Though,
p. 87.
23Neste sentido, afirma um outro importante estudioso contemporâneo
do pragmatismo na teoria política, Matthew Festenstein: “Para Dewey, é
um aspecto da realização da minha individualidade, em seu sentido ple-
no, que eu participe da configuração dos contextos social e político que
são significantes na minha vida: a individualidade é apenas possível em
uma ordem social canônica que incorpora o autogoverno”. Cf. Pragmatism
and Political Theory, p. 7. Vale lembrar que também Mead, conforme vi-
mos antes, afirma que a individualidade se constitui a partir da socializa-
ção. A diferença, contudo, em relação a Dewey, é que em Mead a indivi-
dualização via socialização produz sujeitos, selfs, enquanto em Dewey pro-
duz cidadãos.
24 The Public and its Problems, p. 154.
25 “The Moral Training Given by the School Community”. In: The Essential
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34 The Public and its Problems, p. 178. Observe-se que aqui o termo
‘opinião’ está sendo utilizado substituindo, de certo modo, o termo ‘co-
nhecimento’, no sentido de indicar a idéia de julgamento, de avaliação.
De acordo com Dewey, ‘conhecimento’ se refere ao que aconteceu, ao
que foi feito, ao passado, portanto. Enquanto que ‘opinião’ envolve a
idéia do que ainda há a ser feito, uma espécie de previsão do futuro –
falível, contudo.
35 Há uma passagem de Dewey neste sentido que vale ser reproduzida:
“The essential need, in others words, is the improvement of the methods
and conditions of debate, discussion and persuasion. That is the problem
of the public. We have asserted that this improvement depends essentially
upon freeing and perfecting the processes of inquiry and of dissemination
of their conclusions. Inquiry, indeed, is a work which devolves upon
experts. But their expertness is not shown in framing and executing poli-
cies, but in discovering and making known the facts upon which the former
depend”. Cf. The Public and its Problems, p. 208.
36 The Public and its Problems, p. 142. Observe-se que esta é a única passa-
gem deste livro (pelo menos a única que identificamos) na qual Dewey
fala em ‘grande comunidade’ sem utilizar letras maiúsculas no começo de
cada uma destas duas palavras. Talvez isso indique justamente que, con-
forme acreditamos, ele estivesse se referindo à comunicação como condi-
ção única para a criação de uma grande comunidade, e não da Grande
Comunidade – esta última, conforme exposto extensamente no livro em
questão, requer a satisfação de outras condições além da comunicação,
como viemos mostrando até aqui (a investigação, e mais indireta ou im-
plicitamente, a participação e a educação).
37 The Public and its Problems, p. 184. Os grifos são nossos.
38 Ver Robert B. Westbrook, John Dewey and American Democracy, p. 314.
39 The Public and its Problems, p. 218.
40 Idem, p. 219.
41Esta idéia está contida em um trecho que merece ser reproduzido:
“Publication is partial and the public which results is partially informed
and formed until the meanings it purveys pass from mouth to mouth”.
Cf. The Public and its Problems, p. 219.
42 The Public and its Problems, p. 216.
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contemplar aqui com o detalhe que mereciam: Liberalism and Social Action
e Individualism Old and New.
46 Ver, a respeito, The Public and its Problems, p. 185-194, quando Dewey
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51 Idem, p. 145-146.
53 Idem, p. 147-148.
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final do século XX por Hannah Arendt e Jürgen Habermas são, mais uma
vez, evidentes. É lastimável, contudo, que não se encontre na obra destes
dois autores nenhuma análise ou menção à contribuição de Dewey.
60 Observe-se que o que Dewey chama de ‘interesses e necessidades do
63 Cf. Graham Wallas, The Great Society (1914); Walter Lippmann, Public
Opinion (1922) e The Phanton Public (1925) – este último livro foi o que
moveu definitivamente Dewey a publicar, em 1927, o seu The Public and
its Problems, partindo do mesmo diagnóstico que os seus dois opositores,
porém encaminhando-se a uma direção completamente oposta, como res-
ta evidente.
64 Cf. “Pragmatism and Democracy: Reconstructing the Logic of John
66 Idem, p. 208. O grifo é nosso, com exceção do artigo ‘o’ cujo grifo é de
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Notas
1 “A World of Pure Experience”. Journal of Philosophy, Psychology, and
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Impresso pela gráfica Lidador.
Primeira quinzena de março de 2005.
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