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Apostila TJ - SP 2014
Apostila TJ - SP 2014
SUMÁRIO
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Português
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Português
Interpretar x Compreender
INTERPRETAR é COMPREENDER é
•• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, •• Intelecção, entendimento, percepção
inferir. do que está escrito.
•• APARECE ASSIM NA PROVA •• APARECE ASSIM NA PROVA
•• Através do texto, infere-se que... •• é sugerido pelo autor que
•• É possível deduzir que... •• De acordo com o texto, é correta ou
•• O autor permite concluir que errada a afirmação
•• Qual é a intenção do autor ao afirmar •• O narrador afirma
que
Procedimentos
Enunciados Possíveis
“Qual é a ideia central do texto?”
“O texto se volta, principalmente, para”
Observação de
1. Fonte bibliográfica;
2. Autor;
3. Título;
4. Identificação do “tópico frasal”;
5. Identificação de termos de aparecimento frequente (comprovação do tópico);
6. Procura, nas alternativas, das palavras-chave destacadas no texto.
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EXEMPLIFICANDO
Banho de mar é energizante?
Embora não existam comprovações científicas, muitos especialistas acreditam que os banhos
de mar tragam benefícios à saúde. “A água marinha, composta por mais de 80 elementos
químicos, alivia principalmente as tensões musculares, graças à presença de sódio em sua
composição, por isso pode ser considerada energizante”, afirma a terapeuta Magnólia Prado de
Araújo, da Clínica Kyron Advanced Medical Center, de São Paulo. “Além disso, as ondas do mar
fazem uma massagem no corpo que estimula a circulação sanguínea periférica e isso provoca
aumento da oxigenação das células”, diz Magnólia.
Existe até um tratamento, chamado talassoterapia (do grego thalasso, que significa mar), surgido
em meados do século IX na Grécia, que usa a água do mar como seu principal ingrediente.
Graças à presença de cálcio, zinco, silício e magnésio, a água do mar é usada para tratar doenças
como artrite, osteoporose e reumatismo. Já o sal marinho, rico em cloreto de sódio, potássio e
magnésio, tem propriedades cicatrizantes e antissépticas. Todo esse conhecimento, no entanto,
carece de embasamento científico. “Não conheço nenhum trabalho que trate desse tema com
seriedade, mas intuitivamente creio que o banho de mar gera uma sensação de melhora e
bem-estar”, diz a química Rosalinda Montoni, do Instituto Oceanográfico da USP.
Revista Vida Simples.
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Identificação da Ideia Central – Português – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
1. Ideia central = palavra-chave 1º e 2º períodos.
Campo Lexical
EXEMPLIFICANDO
Trecho do discurso do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, pronunciado quando da
declaração de guerra ao regime Talibã.
“Essa atrocidade (o atentado de 11/09, em NY) foi um ataque contra todos nós, contra pessoas
de todas e nenhuma religião. Sabemos que a Al-Qaeda ameaça a Europa, incluindo a Grã-
Bretanha, e qualquer nação que não compartilhe de seu fanatismo. Foi um ataque à vida e aos
meios de vida. As empresa aéreas, o turismo e outras indústrias foram afetadas, e a confiança
econômica sofreu, afetando empregos e negócios britânicos. Nossa prosperidade e padrão de
vida requerem uma resposta aos ataques terroristas.”
Gabarito: 1. C 2. E
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Português
Estratégia Linguística
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1. Palavras Desconhecidas = Paráfrases e Campo Semântico
EXEMPLIFICANDO
1. Como o “interior” é uma região mais ampla e tem população rarefeita, a expressão “se
dissemina” está sendo empregada com o sentido de “se atenua”, “se dissolve”.
Como regra, a epidemia começa nos grandes centros e se dissemina pelo interior. A incidência
nem sempre é crescente; a mudança de fatores ambientais pode interferir em sua escalada.
( ) Certo ( ) Errado
2. Supondo que a palavra “eclético” seja desconhecida para o leitor, a melhor estratégia de que
ele pode valer-se para tentar detectar o seu significado será
O sucesso deveu-se ao caráter eclético de sua administração. Pouco se lhe dava que lhe
exigissem sua opinião. Sua atitude consistia sempre em tomar uma posição escolhida entre as
diversas formas de conduta ou opinião manifestadas por seus assessores.
a) aproximá-la de outras palavras da língua portuguesa que tenham a mesma terminação
como “político” e “dinâmico”.
b) considerá-la como qualificação de profissionais que atuam na administração de alguma
empresa.
c) associá-la às palavras “sucesso” e “caráter”, de forma a desvendar o seu sentido correto,
“que ofusca, que obscurece os demais”.
d) observar o contexto sintático em que ela ocorre, ou seja, trata-se de um adjunto adnominal.
e) atentar para a paráfrase feita no segundo período.
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Estratégia Linguística – Português – Prof. Carlos Zambeli
3. Seria mantida a coerência entre as ideias do texto caso o segundo período sintático fosse
introduzido com a expressão Desse modo, em lugar de “De modo geral”
Na verdade, o que hoje definimos como democracia só foi possível em sociedades de tipo
capitalista, mas não necessariamente de mercado. De modo geral, a democratização das
sociedades impõe limites ao mercado, assim como desigualdades sociais em geral não
contribuem para a fixação de uma tradição democrática.
( ) Certo ( ) Errado
5. Do fragmento Foi o outro grande poeta chileno, infere-se que houve apenas dois grandes
poetas no Chile.
Há cem anos nasceu o poeta mais popular de língua espanhola, com uma obra cuja força
lírica supera todos os seus defeitos. Sem dúvida, há um “problema Pablo Neruda”. Foi o outro
grande poeta chileno, seu contemporâneo Nicanor Parra (depois de passar toda uma longa vida
injustamente à sombra de Neruda), quem o formulou com maliciosa concisão.
( ) Certo ( ) Errado
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3. Marcadores Linguísticos
•• expressões que indicam soma ou alternância: não só... mas também, ou, etc.;
•• expressões de acréscimo, de progressão, de continuidade ou de inclusão: até, além disso,
desde, etc.;
•• preposições: até (inclusão ou limite), com (companhia ou matéria), de (diversas relações:
tempo, lugar, causa, etc.), desde (tempo, lugar, etc.), entre (intervalo, relação, etc.), para
(lugar, destinatário, etc.), etc.;
•• Exemplos matemáticos: lançado do alto / lançado para o alto; números de 12 a 25 /
números entre 12 e 25.
EXEMPLIFICANDO
7. Assinale a alternativa que encontra suporte no texto.
Profetas do possível
Até que ponto é possível prever o futuro? Desde a Antiguidade, o desafio de antecipar o dia de
amanhã tem sido o ganha-pão dos bruxos, dos místicos e dos adivinhos. Ainda hoje, quando
o planeta passa por mudanças cada vez mais rápidas e imprevisíveis, há quem acredite que
é possível dominar as incertezas da existência por meio das cartas do tarô e da posição dos
astros. Esse tipo de profecia nada tem a ver com a Ciência. Os cientistas também apontam seus
olhos para o futuro, todavia de uma maneira diferente. Eles avaliam o estágio do saber de
sua própria época para projetar as descobertas que se podem esperar. Observam a natureza
para reinventá-la a serviço do homem.
Superinteressante
a) O articulador “até” indica o limite de previsibilidade do futuro.
b) A partir da Antiguidade, prever a sorte passou a ser a ocupação de místicos de toda ordem.
c) Profecias e Ciência são absolutamente incompatíveis.
d) Além das cartas de tarô e da posição dos astros, os crédulos atuais buscam saber o futuro
por meio da consulta a bruxos.
e) Os cientistas não só observam a natureza – como o fazem os místicos –, mas também
buscam moldá-la às necessidades humanas, considerando o estágio atual do conhecimento.
Gabarito: 1. E 2. E 3. E 4. D 5. C 6. A 7. E
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Estratégia Linguística – Português – Prof. Carlos Zambeli
•• Tempos verbais
•• Expressões restritivas
•• Expressões totalizantes
•• Expressões enfáticas
Tempos Verbais
1. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-
sucedidos na profissão.
O emprego das formas verbais grifadas acima denota
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
a) hipótese passível de realização.
b) fato real e definido no tempo.
c) condição de realização de um fato.
d) finalidade das ações apontadas no segmento.
e) temporalidade que situa as ações no passado.
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Expressões Restritivas
( ) Certo ( ) Errado
a) não tenta investigar nem o eurocentrismo, como o faria um historiador, nem a presença
das sociedades europeias em solo americano, como o faria um antropólogo.
b) não quer reconstituir nada do que ocorreu em solo americano, visto que recentemente
certos historiadores, ao contrário de outros, tentam contar a história do descobrimento da
América do modo como foi visto pelos nativos.
c) não pretende retraçar nenhum perfil − dos vencidos ou dos vencedores − nem a trajetória
dos europeus na conquista da América.
d) não busca continuar a tradição de pesquisar a estrutura dos mundos indígenas e do mundo
europeu, nem mesmo o universo dos colonizadores da América.
e) não se concentra nem na construção de uma sociedade europeia na colônia − quer
observada do ponto de vista do colonizador, quer do ponto de vista dos nativos −, nem no
resgate dos mundos indígenas.
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Estratégia Linguística – Português – Prof. Carlos Zambeli
Expressões Totalizantes
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a) existiria uma dúzia de exceções dentre todas as espécies de plantas selvagens que seriam
monopólio das grandes civilizações.
b) tão poucas dentre as 200.000 espécies de plantas selvagens são utilizadas como alimento
pelos homens em todo o planeta.
c) algumas áreas da Terra mostraram-se mais propícias ao desenvolvimento agrícola, que
teria possibilitado o surgimento de civilizações.
d) a maior parte das plantas é utilizada apenas como madeira pelos homens e não lhes fornece
alimento com suas frutas e raízes.
e) tantas áreas no mundo não possuem nenhuma planta selvagem de grande potencial para
permitir um maior desenvolvimento de sua população.
Expressões Enfáticas
7. A afirmativa correta, em relação ao texto, é
Será a felicidade necessária?
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é pesada. Diante da pergunta
"Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas do inquirido. O primeiro é procurar uma
definição para felicidade, o que equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação
de gozar de boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se, em
busca de uma resposta.
Nesse processo, depara-se com armadilhas. Caso se tenha ganhado um aumento no emprego
no dia anterior, o mundo parecerá belo e justo; caso se esteja com dor de dente, parecerá feio
e perverso. Mas a dor de dente vai passar, assim como a euforia pelo aumento de salário, e se
há algo imprescindível, na difícil conceituação de felicidade, é o caráter de permanência. Uma
resposta consequente exige colocar na balança a experiência passada, o estado presente e a
expectativa futura. Dá trabalho, e a conclusão pode não ser clara.
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam felizes. É uma tendência
que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos 1960. É irrelevante que entrem na
faculdade, que ganhem muito ou pouco dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão.
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É
esperar, no mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for suficiente,
que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a abrigar. Se ainda for pouco, que
atinja o enlevo místico dos santos. Não dá para preencher caderno de encargos mais cruel para
a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo. Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
a) A expectativa de muitos, ao colocarem a felicidade acima de quaisquer outras situações da
vida diária, leva à frustração diante dos pequenos sucessos que são regularmente obtidos,
como, por exemplo, no emprego.
b) Sentir-se alegre por haver conquistado algo pode significar a mais completa felicidade, se
houver uma determinação, aprendida desde a infância, de sentir-se feliz com as pequenas
coisas da vida.
c) As dificuldades que em geral são encontradas na rotina diária levam à percepção de que a
alegria é um sentimento muitas vezes superior àquilo que se supõe, habitualmente, tratar-
se de felicidade absoluta.
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Estratégia Linguística – Português – Prof. Carlos Zambeli
d) A possibilidade de que mais pessoas venham a sentir-se felizes decorre de uma educação
voltada para a simplicidade de vida, sem esperar grandes realizações, que acabam levando
apenas a frustrações.
e) Uma resposta provável à questão colocada como título do texto remete à constatação de
que felicidade é um estado difícil de ser alcançado, a partir da própria complexidade de
conceituação daquilo que se acredita ser a felicidade.
Geralmente, a alternativa correta (ou a mais viável) é construída por meio de palavras e de
expressões “abertas”, isto é, que apontam para “possibilidades”, “hipóteses”: provavelmente,
é possível, futuro do pretérito do indicativo, modo subjuntivo, futuro do pretérito (-ria) etc.
EXEMPLIFICANDO
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I – de acordo com o segundo período, a evolução da estrutura cerebral da fala está diretamente
relacionada ao fato de esta ser atribuída tão somente aos humanos.
II – os seres cujos caminhos tornaram-se distintos durante o processo evolutivo possuem
ambos função cerebral relacionada à fala.
III – a estrutura cerebral dos primatas e dos humanos, em relação à fala, teria um ponto em
comum.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
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Português
Inferência
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Ao ligar as duas informações por meio de “mas”, comunica também, de modo implícito, sua
crítica ao ensino superior, pois a frase transmite a ideia de que nas faculdades não se aprende
muita coisa.
Além das informações explicitamente enunciadas, existem outras que se encontram
subentendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve captar tanto
os dados explícitos quanto os implícitos.
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Inferência – Português – Prof. Carlos Zambeli
Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indicadores linguísticos como
a) certos advérbios:
Os convidados ainda não chegaram à recepção.
b) certos verbos:
O desvio de verbas tornou-se público.
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c) as orações adjetivas explicativas (isoladas por vírgulas):
Os políticos, que só querem defender seus interesses, ignoram o povo.
d) expressões adjetivas:
Os partidos “de fachada” acabarão com a democracia no Brasil.
Costuma-se acreditar que , quando se relatam dados da realidade, não pode haver nisso
subjetividade alguma e que relatos desse tipo merecem a nossa confiança porque são reflexos
da neutralidade do produtor do texto e de sua preocupação com a verdade objetiva dos fatos.
Mas não é bem assim. Mesmo relatando dados objetivos, o produtor do texto pode ser
tendencioso e ele, mesmo sem estar mentindo, insinua seu julgamento pessoal pela seleção
dos fatos que está reproduzindo ou pelo destaque maior que confere a certos pormenores. A
essa escolha dos fatos e à ênfase atribuída acertos tipos de pormenores dá-se o nome de viés.
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Português
ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
COMPREENSÃO DE TEXTOS
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(1) Observação da fonte bibliográfica: o conhecimento prévio de quem escreveu o texto
constitui-se numa estratégia de compreensão, visto que facilita a identificação da intenção
textual. Ao reconhecermos o autor do texto – Roberto Pompeu de Toledo, importante jornalista
brasileiro, cuja trajetória se marca pelo fato de escrever matérias especiais para importantes
veículos e comunicação – bem como o veículo de publicação – Veja –, podemos afirmar que se
trata de um artigo.
(2) Observação do título: o título pode constituir o menor resumo possível de um texto. Por
meio dele, certas vezes, identificamos a ideia central do texto, sendo possível, pois, descartar
afirmações feitas em determinadas alternativas. O título em questão – Será a felicidade
necessária? –, somado ao fato de nomear um artigo, permite-nos inferir que o texto será uma
resposta a tal questionamento, a qual evidenciará o ponto de vista do autor.
Convite à Filosofia
Quando acompanhamos a história das ideias éticas, desde a Antiguidade clássica até nossos
dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o problema da violência e dos meios
para evitá-la, diminuí-la, controlá-la.
Diferentes formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões
de conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação do grupo
social.
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
Conclusão
Resposta correta = a mais completa (alternativa com maior número de palavras-chave
encontradas no texto).
Optar pela alternativa mais completa, quando duas parecerem corretas.
EXEMPLIFICANDO
Centenas de cães e gatos são colocados para adoção mensalmente em Porto Alegre.
Cerca de 450 animais de estimação, entre cães e gatos, aguardam um novo dono em Porto
Alegre. Trata-se do contingente de animais perdidos, abandonados ou nascidos nas ruas
e entregues ao Gabea (Grupo de Apoio ao Bem-Estar Animal) e ao CCZ (Centro de Controle
de Zoonose), órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde. Destes, cerca de 120 animais são
adotados. Os outros continuam na espera por um lar.
O Sul. (adaptado)
Conforme o texto,
a) em Porto Alegre, cães e gatos são abandonados pelos seus donos. (3)
b) animais de estimação, entre eles cães e gatos nascidos nas ruas, são entregues ao Gabea.
(4)
c) um contingente de animais de estimação – entre eles cães e gatos – nasce nas ruas,
perdem-se de seus donos ou são por eles abandonados nas ruas de Porto Alegre. (6)
d) o CCZ propicia a adoção dos animais abandonados nas ruas de Porto Alegre. (4)
e) 120 animais de estimação são adotados mensalmente em Porto Alegre. (3)
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ANÁLISE DE ALTERNATIVAS/ITENS
Parte II
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
EXTRAPOLAÇÃO
Ocorre quando o leitor sai do contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
normalmente porque já conhecia o assunto devido à sua bagagem cultural.
PRECONCEITOS
EXEMPLIFICANDO
8Canudo pela Internet
O ensino a distância avança e já existem mais de 30 mil cursos oferecidos na rede, de graduação
e pós-graduação até economia doméstica.
Passados nove anos de sua graduação em filosofia, a professora Ida Thon, 54 anos, enfiou na
cabeça que deveria voltar a estudar. Por conta do trabalho no Museu Nacional do Calçado,
na cidade gaúcha de Novo Hamburgo, onde mora, resolveu ter noções de museologia. Mas
para isso deveria contornar uma enorme dificuldade: o curso mais próximo ficava a 1.200
quilômetros de distância, em São Paulo.
REDUÇÃO
É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um ou outro aspecto, esquecendo-se de
que o texto é um conjunto de ideias.
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EXEMPLIFICANDO
CONTRADIÇÃO
É comum as alternativas apresentarem ideias contrárias às do texto, fazendo o candidato
chegar a conclusões equivocadas, de modo a errar a questão.
Só contradiga o autor se isso for solicitado no comando da questão.
Exemplo: “Indique a alternativa que apresenta ideia contrária à do texto”.
EXEMPLIFICANDO
O que podemos experimentar de mais belo é o mistério. Ele é a fonte de toda a arte e ciência
verdadeira. Aquele que for alheio a essa emoção, aquele que não se detém a admirar as colinas,
sentindo-se cheio de surpresa, esse já está, por assim dizer, morto e tem os olhos extintos. O
que fez nascer a religião foi essa vivência do misterioso – embora mesclado de terror. Saber
que existe algo insondável, sentir a presença de algo profundamente racional e radiantemente
belo, algo que compreenderemos apenas em forma muito rudimentar – é esta a experiência
que constitui a atitude genuinamente religiosa. Neste sentido, e unicamente neste sentido,
pertenço aos homens profundamente religiosos.
(Albert Einstein – Como vejo o mundo)
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Português – Análise de Alternativas/Itens – Prof. Carlos Zambeli
3. O texto afirma que a experiência do mistério é um elemento importante para a arte, não para a
ciência.
( x ) Certo ( ) Errado
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Português
1. O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. Com
a palavra grifada, o autor
a) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
b) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
c) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
d) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes considerada.
e) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se afirma.
2. Por que, enfim, tantas reservas em relação ao consumo? O primeiro foco de explicação para essa
antipatia reside no fato de que nossa economia fechada sempre encurralou os consumidores
no país. A falta de um leque efetivo de opções de compra tem deixado os consumidores à
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mercê dos produtores no Brasil. Não por acaso, os apologistas do consumo entre nós têm
sido basicamente aqueles que podem exercer seu inchado poder de compra sem tomar
conhecimento das fronteiras nacionais. O resto da população, mantida em situação vulnerável,
ignora os benefícios de uma economia baseada no consumo.
A expressão “Não por acaso”, ao iniciar o período, indica
a) justificativa.
b) ênfase.
c) indagação.
d) concessão.
e) finalidade.
3. (FCC) A Companhia das Índias Orientais − a primeira grande companhia de ações do mundo,
criada em 1602 − foi a mãe das multinacionais contemporâneas.
O segmento isolado pelos travessões constitui, no contexto, comentário que
a) busca restringir o âmbito de ação de uma antiga empresa de comércio.
b) especifica as qualidades empresariais de uma companhia de comércio.
c) contém informações de sentido explicativo, referentes à empresa citada.
d) enumera as razões do sucesso atribuído a essa antiga empresa.
e) enfatiza, pela repetição, as vantagens oferecidas pela empresa.
4. (FCC) A gênese da música do Rio Grande do Sul também pode ser vista como reflexo dessa
multiplicidade de referências. Há influências diretas do continente europeu, e isso se mistura à
valiosa contribuição do canto e do batuque africano, mesmo tendo sido perseguido, vigiado,
quase segregado.
O segmento destacado deve ser entendido, considerando-se o contexto, como
a) uma condição favorável à permanência da música popular de origem africana.
b) uma observação que valoriza a persistente contribuição africana para a música brasileira.
c) restrição ao sentido do que vem sendo exposto sobre a música popular brasileira.
d) a causa que justifica a permanência da música de origem africana no Brasil.
e) as consequências da presença dos escravos e sua influência na música popular brasileira.
5. A média universal do Índice de Desenvolvimento Humano aumentou 18% desde 1990. Mas
a melhora estatística está longe de animar os autores do Relatório de 2010. [...] O cenário
apresentado pelo Relatório não é animador. [...] Os padrões de produção e consumo atuais são
considerados inadequados. Embora não queira apresentar receitas prontas, o Relatório traça
caminhos possíveis. Entre eles, o reconhecimento da ação pública na regulação da economia
para proteger grupos mais vulneráveis. Outro aspecto ressaltado é a necessidade de considerar
pobreza, crescimento e desigualdade como temas interligados. "Crescimento rápido não
deve ser o único objetivo político, porque ignora a distribuição do rendimento e negligencia a
sustentabilidade do crescimento", informa o texto.
O trecho colocado entre aspas indica que se trata de
a) comentário pessoal do autor do texto sobre dados do Relatório.
a) insistência na correção dos dados apresentados pelo Relatório.
c) repetição desnecessária de informação já citada no texto.
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Português – Compreensão Gramatical do Texto – Prof. Carlos Zambeli
6. O sonho de voar alimenta o imaginário do homem desde que ele surgiu sobre a Terra. A inveja
dos pássaros e as lendas de homens alados, como Dédalo e Ícaro (considerado o primeiro mártir
da aviação), levaram a um sem-número de experiências, a maioria fatal.
(considerado o primeiro mártir da aviação) Os parênteses isolam
a) citação fiel de outro autor.
b) comentário explicativo.
c) informação repetitiva.
d) retificação necessária.
e) enumeração de fatos.
5. (FCC) Diariamente tomamos decisões (comprar uma gravata, vender um apartamento, demitir
um funcionário, poupar para uma viagem, ter um filho, derrubar ou plantar uma árvore),
ponderando custos e benefícios.
O segmento entre parênteses constitui
a) transcrição de um diálogo, que altera o foco principal do que vem sendo exposto.
b) constatação de situações habituais, com o mesmo valor de mercado, vivenciadas pelas
pessoas.
c) reprodução exata das palavras do jornalista americano citado no texto, referentes à rotina
diária das pessoas.
d) interrupção intencional do desenvolvimento das ideias, para acrescentar informações
alheias ao assunto abordado.
e) sequência explicativa, que enumera as eventuais decisões que podem ser tomadas
diariamente pelas pessoas.
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Português
Denotação X Conotação
DENOTAÇÃO CONOTAÇÃO
palavra com significação restrita palavra com significação ampla
palavra com sentido comum do dicionário palavra cujos sentidos extrapolam o sentido comum
palavra usada de modo automatizado palavra usada de modo criativo
linguagem comum linguagem rica e expressiva
EXEMPLIFICANDO
Para exemplificar esses dois conceitos, eis a palavra cão:
sentido denotativo quando designar o animal mamífero quadrúpede canino;
sentido conotativo quando expressar o desprezo que desperta em nós uma pessoa de mau
caráter ou extremamente servil.
(Othon M.Garcia)
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Um detalhe!
As aspas podem indicar que uma palavra está sendo empregada diferentemente do
seu sentido do dicionário!
Eu sempre “namorei” meus livros!
A “bateria” do meu filho não termina nunca! Esse menino não dorme.
Sinônimos X Antônimos
A semântica é a parte da linguística que estuda o significado das palavras, a parte significativa
do discurso. Cada palavra tem seu significado específico, porém podemos estabelecer relações
entre os significados das palavras, assemelhando-as umas às outras ou diferenciando-as
segundo seus significados.
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Conotação e Denotação – Português – Prof. Carlos Zambeli
Sinônimos
Palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.
Antônimos
Palavras que possuem significados opostos, contrários. Pode originar-se do acréscimo de
um prefixo de sentido oposto ou negativo.
Exemplos:
mal X bem
ausência X presença
fraco X forte
claro X escuro
subir X descer
cheio X vazio
possível X impossível
simpático X antipático
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4. O texto se estrutura a partir de antíteses, ou seja, emprego de palavras ou expressões de sentido
contrário. O par de palavras ou expressões que não apresentam no texto essa propriedade
antitética é
Toda saudade é a presença da ausência
de alguém, de algum lugar, de algo enfim
Súbito o não toma forma de sim
como se a escuridão se pusesse a luzir
Da própria ausência de luz
o clarão se produz,
o sol na solidão.
Toda saudade é um capuz transparente
que veda e ao mesmo tempo traz a visão do que não se pode ver
porque se deixou pra trás
mas que se guardou no coração.
(Gilberto Gil)
a) presença / ausência
b) não / sim
c) ausência de luz / clarão
d) sol / solidão
e) que veda / traz a visão
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Português
Elementos Referenciais
Estabelecem uma relação de sentido no texto, formando um elo coesivo entre o que está
dentro do texto e fora dele também. À retomada feita para trás dá-se o nome de anáfora e a
referência feita para a frente recebe o nome de catáfora.
Observe:
Mecanismos
1. REPETIÇÃO
“Oito pessoas morreram (cinco passageiros de uma mesma família e dois tripulantes, além
de uma mulher que teve ataque cardíaco) na queda de um avião bimotor Aero Commander,
da empresa J. Caetano, da cidade de Maringá (PR). O avião prefixo PTI-EE caiu sobre quatro
sobrados da Rua Andaquara.”
A palavra AVIÃO foi repetida, principalmente por ele ter sido o veículo envolvido no acidente,
que é a notícia propriamente dita.
2. REPETIÇÃO PARCIAL
“Estavam no avião o empresário Silvio Name Júnior [...] Gabriela Gimenes Ribeiro e o marido
dela, João Izidoro de Andrade. Andrade é conhecido na região como um dos maiores
compradores de cabeças de gado do Sul do país.”
Na retomada de nomes de pessoas, a repetição parcial é o mais comum mecanismo coesivo.
Costuma-se, uma vez citado o nome completo de alguém, repetir somente o seu sobrenome.
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1. A sequência em negrito (globalização do olho da rua. É a globalização do bico. É a globalização
do dane-se.) caracteriza a globalização a partir da desestruturação do mundo do trabalho. Do
ponto de vista dos recursos da linguagem é correto afirmar que, no contexto, ocorre uma
a) gradação, com a suavização das dificuldades.
b) contradição, entre os modos de sobrevivência do desempregado.
c) ênfase, com a intensificação da afirmativa inicial.
d) retificação, pela correção gradual das informações iniciais.
3. ELIPSE
É a omissão de um termo que pode ser facilmente deduzido pelo contexto.
“Três pessoas que estavam nas casas atingidas pelo avião ficaram feridas. Elas não sofreram
ferimentos graves. Apenas escoriações e queimaduras.”
Na verdade, foram omitidos, no trecho sublinhado, o sujeito (As três pessoas) e um verbo
(sofreram): (As três pessoas sofreram apenas escoriações e queimaduras).
2. Aproveitei os feriados da semana passada para curtir algumas releituras que há muito vinha
adiando. [...] Com chuva, o Rio é uma cidade como outra qualquer: não se tem muita coisa a
fazer. [...] O melhor mesmo é aproveitar o tempo ― que de repente fica enorme e custa a passar
― revisitar os primeiros deslumbramentos, buscando no passado um aumento de pressão nas
caldeiras fatigadas que poderão me levar adiante. [...] Leituras antigas, de um tempo em que
estava longe a ideia de um dia escrever um livro. Bem verdade que, às vezes, vinha a tentação
de botar para fora alguma coisa.
I – As expressões “releituras”, “revisitar” e “Leituras antigas” deixam claro que os livros que o
narrador pretende ler já foram obras lidas por ele no passado.
II – Nas expressões “há muito” e “Bem verdade”, pode-se depreender a elipse do substantivo
“tempo” e do verbo flexionado “É”.
III – É possível inferir uma relação de causa e consequência entre as orações conectadas pelos
dois-pontos.
Quais afirmativas estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.
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4. PRONOMES
A função gramatical do pronome é justamente a de substituir ou acompanhar um nome. Ele
pode, ainda, retomar toda uma frase ou toda a ideia contida em um parágrafo ou no texto todo.
“Estavam no avião Márcio Artur Lerro Ribeiro, seus filhos Márcio Rocha Ribeiro Neto e Gabriela
Gimenes Ribeiro; e o marido dela, João Izidoro de Andrade.”
O pronome possessivo seus retoma Márcio Artur Lerro Ribeiro; o pronome pessoal (d)ela
retoma Gabriela Gimenes Ribeiro.
3. “... que lhe permitem que veja a origem de todos os seres e de todas as coisas para que possa
transmiti-las aos ouvintes”.
Em transmiti-las, -las é pronome que substitui
a) a origem de todos os seres.
b) todas as coisas.
c) aos ouvintes.
d) todos os seres.
Pronomes Demonstrativos
ESSE = assunto antecedente.
“A seca é presença marcante no Sul. Esse fenômeno é atribuído a ‘El Niña’.”
4. "Um relatório da Associação Nacional de Jornais revelou que, nos últimos doze meses, foram
registrados no Brasil 31 casos de violação à liberdade de imprensa. Destes, dezesseis são
decorrentes de sentença judicial - em geral, proferida por juízes de primeira instância.”
Nesse segmento do texto, o pronome demonstrativo sublinhado se refere a
a) relatórios.
b) jornais.
c) meses.
d) casos.
e) atentados.
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5. ADVÉRBIOS
Palavras que exprimem circunstâncias, principalmente as de lugar, tempo, modo, causa...
“Em São Paulo, não houve problemas. Lá, os operários não aderiram à greve.”
6. EPÍTETOS
Palavras ou grupos de palavras que, ao mesmo tempo que se referem a um elemento do texto,
qualificam-no.
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6. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o melhor exemplo de que a reforma do Poder Judiciário
não está estagnada. Dez anos atrás, época em que ainda se discutia a criação do conselho, ao
qual cabia o epíteto “órgão de controle externo do Judiciário”, a existência de um órgão nesses
moldes, para controlar a atuação do Poder Judiciário, gerava polêmica.
O vocábulo “epíteto” introduz uma expressão que qualifica e explica a função do CNJ.
( ) Certo ( ) Errado
7. NOMES DEVERBAIS
São derivados de verbos e retomam a ação expressa por eles. Servem, ainda, como um resumo
dos argumentos já utilizados.
“Uma fila de centenas de veículos paralisou o trânsito da Avenida Assis Brasil, como sinal de
protesto contra o aumento dos impostos. A paralisação foi a maneira encontrada...”
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Mecanismos
PRIORIDADE-RELEVÂNCIA
Ex.: Em primeiro lugar, Antes de mais nada, Primeiramente, Finalmente...
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2. “Por outro lado, sua eficiência macroeconômica deixa muito a desejar, menos pela incapacidade
das instituições do que pela persistência de incentivos adversos ao crescimento.”
Em “do que pela”, a eliminação de “do” prejudica a correção sintática do período.
( ) Certo ( ) Errado
CONDIÇÃO, HIPÓTESE
Ex.: se, caso, desde que...
ADIÇÃO, CONTINUAÇÃO
Ex.: Além disso, ainda por cima, também, não só...mas também ...
DÚVIDA
Ex.: talvez, provavelmente, possivelmente...
CERTEZA, ÊNFASE
Ex.: certamente, inquestionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com certeza...
FINALIDADE
Ex.: a fim de, com o propósito de, para que...
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ESCLARECIMENTO
Ex.: por exemplo, isto é, quer dizer...
RESUMO, CONCLUSÃO
Ex.: em suma, em síntese, enfim, portanto, dessa forma, dessa maneira, logo, então...
6. Mariza saiu de casa atrasada e perdeu o ônibus. As duas orações do período estão unidas pela
palavra “e”, que, além de indicar adição, introduz a ideia de
a) Oposição.
b) Condição.
c) Consequência.
d) Comparação.
e) União.
7. “A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a
rua, não sabe o que vai encontrar diretamente;”.
A expressão sublinhada indica a presença de uma
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a) retificação.
b) conclusão.
c) oposição.
d) explicação.
e) enumeração.
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Português
Polissemia
Polissemia significa (poli = muitos; semia = significado) “muitos sentidos”. Contudo, assim que
se insere no contexto, a palavra perde seu caráter polissêmico e assume significado específico,
isto é, significado contextual.
Os vários significados de uma palavra, em geral, têm um traço em comum. A cada um deles dá-
se o nome de acepção.
•• A cabeça une-se ao tronco pelo pescoço.
Contexto!
O contexto determina a acepção de dada palavra polissêmica. Palavras como “flor”, “cabeça”,
“linha”, “ponto”, “pena”, entre outras, assumem, em variados contextos, novas acepções.
CONTEXTO ACEPÇÃO
Adoro flor vermelha! parte de uma planta
“Última flor do Lácio” descendente
Vagava à flor da água. superfície
Ela é uma flor de pessoa. amável
Ele não é flor que se cheire. indigno, falso
Está na flor da idade. juventude
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1. O efeito de sentido da charge é provocado pela combinação de informações visuais e recursos
linguísticos. No contexto da ilustração, a frase proferida recorre à
a) polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão “rede social” para transmitir a
ideia que pretende veicular.
b) ironia para conferir um novo significado ao termo “outra coisa”.
c) homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o espaço da população pobre e o
espaço da população rica.
d) personificação para opor o mundo real pobre ao mundo virtual rico.
e) antonímia para comparar a rede mundial de computadores com a rede caseira de descanso
da família.
Exemplos:
•• Edgar ocupa um alto posto na Casa. = cargo
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Polissemia e Figuras de Linguagem – Português – Prof. Carlos Zambeli
Figuras De Linguagem
Algumas Figuras de
Som
Aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
•• “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.”
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Onomatópéia: consiste na reprodução de um som ou ruído natural.
•• “Não se ouvia mais que o plic-plic-plic da agulha no pano.” (Machado de Assis)
Construção
Elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.
•• “Em nossa vida, apenas desencontros.”
2. Pleonasmo é uma figura de linguagem que tem como marca a repetição de palavras ou de
expressões, aparentemente desnecessárias, para enfatizar uma ideia. No entanto, alguns
pleonasmos são considerados “vícios de linguagem” por informarem uma obviedade e não
desempenharem função expressiva no enunciado. Considerando essa afirmação, assinale a
alternativa em que há exemplo de pleonasmo vicioso.
a) “E então abriu a torneira: a água espalhou-se”
b) “O jeito era ir comprar um pão na padaria.”
c) “Matá-la, não ia; não, não faria isso.”
d) “Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim.”
e) “Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus...”
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Polissemia e Figuras de Linguagem – Português – Prof. Carlos Zambeli
Pensamento
Antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo
sentido.
“Nasce o Sol, e não dura mais que um dia
Depois da Luz se segue à noite escura
Em tristes sombras morre a formosura
Em contínuas tristezas, a alegria.”
3. No trecho "...dão um jeito de mudar o mínimo para continuar mandando o máximo", a figura
de linguagem presente é chamada
a) Metáfora.
b) Hipérbole.
c) Hipérbato.
d) Anáfora.
e) Antítese.
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Hipérbato: inversão ou deslocamento de palavras ou orações dentro de um período.
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
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Polissemia e Figuras de Linguagem – Português – Prof. Carlos Zambeli
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Palavras
Metáfora: A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica
subentendido.
“Meninas são bruxas e fadas,
Palhaço é um homem todo pintado de piadas!
Céu azul é o telhado do mundo inteiro,
Sonho é uma coisa que fica dentro do meu travesseiro!”
(Teatro Mágico)
Catacrese: Na falta de um termo específico para designar conceito ou objeto, toma-se outro
por empréstimo. Devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado
em sentido figurado.
•• O pé da mesa estava quebrado.
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Português
Tipologia Textual
O que é isso?
É a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: narração, descrição,
dissertação, exposição, argumentação, informação e injunção.
Narração
Modalidade na qual se contam um ou mais fatos – fictício ou não - que ocorreram em
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Há uma relação de anterioridade
e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado.
Exemplo:
COMPRAR REVISTA
Parou, hesitante; em frente à banca de jornais. Examinou as capas das revistas, uma por uma.
Tirou do bolso o recorte, consultou-o. Não, não estava incluída na relação de títulos, levantada
por ordem alfabética. Mas quem sabe havia relação suplementar, feita na véspera? Na dúvida,
achou conveniente estudar a cara do jornaleiro. Era a mesma de sempre. Mas a talvez ocultasse
alguma coisa, sob a aparência habitual. O jornaleiro olhou para ele, sem transmitir informação
especial no olhar, além do reconhecimento do freguês. Peço? Perguntou a si mesmo. Ou é
melhor sondar a barra?”
Carlos Drummond de Andrade
A primeira vez que vi o mar eu não estava sozinho. Estava no meio de um bando enorme de
meninos. Nós tínhamos viajado para ver o mar. No meio de nós havia apenas um menino que
já o tinha visto. Ele nos contava que havia três espécies de mar: o mar mesmo, a maré, que é
menor que o mar, e a marola, que é menor que a maré. Logo a gente fazia ideia de um lago
enorme e duas lagoas. Mas o menino explicava que não. O mar entrava pela maré e a maré
entrava pela marola. A marola vinha e voltava. A maré enchia e vazava. O mar às vezes tinha
espuma e às vezes não tinha. Isso perturbava ainda mais a imagem. Três lagoas mexendo,
esvaziando e enchendo, com uns rios no meio, às vezes uma porção de espumas, tudo isso
muito salgado, azul, com ventos.
Fomos ver o mar. Era de manhã, fazia sol. De repente houve um grito: o mar! Era qualquer
coisa de largo, de inesperado. Estava bem verde perto da terra, e mais longe estava azul. Nós
todos gritamos, numa gritaria infernal, e saímos correndo para o lado do mar. As ondas batiam
nas pedras e jogavam espuma que brilhava ao sol. Ondas grandes, cheias, que explodiam com
barulho. Ficamos ali parados, com a respiração apressada, vendo o mar...
(Fragmento de crônica de Rubem Braga, Mar, Santos, julho, 1938)
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1. O texto é construído por meio de
a) perfeito encadeamento entre os dois parágrafos: as explicações sobre o mar, no primeiro,
harmonizam-se com sua visão extasiada, no segundo.
b) violenta ruptura entre os dois parágrafos: o primeiro alonga-se em explicações sobre o mar
que não têm qualquer relação com o que é narrado no segundo.
c) procedimentos narrativos diversos correspondentes aos dois parágrafos: no primeiro, o
narrador é o autor da crônica; no segundo, ele dá voz ao menino que já vira o mar.
d) contraste entre os dois parágrafos: as frustradas explicações sobre o mar para quem nunca
o vira, no primeiro, são seguidas pela arrebatada visão do mar, no segundo.
e) inversão entre a ordem dos acontecimentos em relação aos dois parágrafos: o que é
narrado no primeiro só teria ocorrido depois do que se narra no segundo.
Descrição
Quase todo mundo conhece os riscos de se ter os documentos usados de forma indevida por
outra pessoa, depois de tê-los perdido ou de ter sido vítima de assalto. Mas um sistema que
começou a ser implantado na Bahia pode resolver o problema em todo o país. A tecnologia
usada atualmente para a emissão de carteiras de identidade na Bahia pode evitar esse tipo de
transtorno. A foto digital, impressa no documento, dificulta adulterações. A principal novidade
do sistema é o envio imediato das impressões digitais, por computador, para o banco de dados
da Polícia Federal em Brasília. Dessa forma, elas podem ser comparadas com as de outros
brasileiros e estrangeiros cadastrados. Se tudo estiver em ordem, o documento é entregue em
cinco dias. Ao ser retirada a carteira, as digitais são conferidas novamente.
Internet: <www.g1.globo.com> (com adaptações).
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Tipologia Textual – Português – Prof. Carlos Zambeli
Dissertação
A dissertação é um texto que analisa, interpreta, explica e avalia dados da realidade. Esse tipo
textual requer um pouco de reflexão, pois as opiniões sobre os fatos e a postura crítica em
relação ao que se discute têm grande importância.
O texto dissertativo é temático, pois trata de análises e interpretações; o tempo explorado é
o presente no seu valor atemporal; é constituído por uma introdução onde o assunto a ser
discutido é apresentado, seguido por uma argumentação que caracteriza o ponto de vista do
autor sobre o assunto em evidência e, por último, sua conclusão.
Exposição
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias, explica e avalia e reflete Não faz defesa
de uma ideia, pois tal procedimento é característico do texto dissertativo. O texto expositivo
apenas revela ideias sobre um determinado assunto. Por meio da mescla entre texto expositivo
e narrativo, obtém-se o que conhecemos por relato.
Ex.: aula, relato de experiências, etc.
Em todo o continente americano, a colonização europeia teve efeito devastador. Atingidos pelas
armas, e mais ainda pelas epidemias e por políticas de sujeição e transformação que afetavam
os mínimos aspectos de suas vidas, os povos indígenas trataram de criar sentido em meio à
devastação. Nas primeiras décadas do século XVII, índios norte-americanos comparavam a uma
demolição aquilo que os missionários jesuítas viam como “transformação de suas vidas pagãs e
bárbaras em uma vida civilizada e cristã.”
Argumentação
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“Perguntamo-nos qual é o valor da vida humana.Alguns setores da sociedade acreditam que
a vida do criminoso não tem o mesmo valor da vida das pessoas honestas. O problema é que
o criminoso pensa do mesmo modo: se a vida dele não vale nada, por que a vida do dono da
carteira deve ter algum valor? Se provavelmente estará morto antes dos trinta anos de idade
(como várias pesquisas comprovam), por que se preocupar em não matar o proprietário do
automóvel que ele vai roubar?”
Andréa Buoro et al. Violência urbana – dilemas e desafios. São Paulo: Atual, 1999, p. 26 (com
adaptações).
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a totalidade do universo, toda a sociedade,
a história, a concepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende a
todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, o aspecto festivo do mundo inteiro,
em todos os seus níveis, uma espécie de segunda revelação do mundo.
3. Embora o texto seja essencialmente argumentativo, seu autor se vale de estruturas narrativas
para reforçar suas opiniões.
( ) Certo ( ) Errado
Informação
O texto informativo corresponde aquelas manifestações textuais cujo emissor (escritor) expõe
brevemente um tema, fatos ou circunstâncias a um receptor (leitor). Em outras palavras,
representam as produções textuais objetivas, normalmente em prosa, com linguagem clara e
direta (linguagem denotativa), que tem como objetivo principal transmitir informação sobre
algo, isento de duplas interpretações.
Assim, os textos informativos, diferente dos poéticos ou literários (que utilizam da linguagem
conotativa), servem para conhecer de maneira breve informações sobre determinado tema,
apresentando dados e referências, sem interferência de subjetividade, desde sentimentos,
sensações, apreciações do autor ou opiniões. O autor dos textos informativos é um transmissor
que se preocupa em relatar informações da maneira mais objetiva e verossímil.
Injuntivo/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acontecimentos e
comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria,
empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro
do presente do modo indicativo.
Ex.: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, bula de remédio, convenções, regras
e eventos.
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Português
Gênero Textual
É o nome que se dá às diferentes formas de linguagem empregadas nos textos. Estas formas
podem ser mais formais ou mais informais, e até se mesclarem em um mesmo texto, porém
este será nomeado com o gênero que prevalecer!
Os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como
mecanismo de organização das atividades sociocomunicativas do dia a dia. Sendo assim,
gêneros textuais são tipos especificos de textos de qualquer natureza, literários ou não-
literários, cujas modalidades discursivas são como formas de organizar a linguagem.
Editorial
É um tipo de texto utilizado na imprensa, especialmente em jornais e revistas, que tem por
objetivo informar, mas sem obrigação de ser neutro, indiferente.
A objetividade e imparcialidade não são características dessa tipologia textual, já que o redator
demonstra a opinião do jornal sobre o assunto narrado.
Os acontecimentos são relatados sob a subjetividade do repórter, de maneira que evidencie
a posição da empresa que está por trás do canal de comunicação, pois os editoriais não são
assinados por ninguém.
Assim, podemos dizer que o editorial é um texto mais opinativo do que informativo.
Ele possui um fato e uma opinião. O fato informa o que aconteceu e a opinião transmite a
interpretação do que aconteceu.
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1. O título do texto refere-se
a) ao reflexo do custo da terceirização da colheita da cana no preço do etanol.
b) aos problemas ambientais resultantes da expansão da cultura de cana.
c) aos preços não competitivos do etanol brasileiro no mercado internacional.
d) às precárias condições de trabalho dos trabalhadores rurais na colheita da cana.
e) ao aumento dos lucros obtidos pelos empresários que investem na produção da cana.
Artigos
São os mais comuns. São textos autorais – assinados –, cuja opinião é de inteira responsabilidade
de quem o escreveu. Seu objetivo é o de persuadir o leitor.
É um texto dissertativo que apresenta argumentos sobre o assunto abordado, portanto, o
escritor além de expor seu ponto de vista, deve sustentá-lo através de informações coerentes e
admissíveis.
I – Depreende-se, pela leitura do texto, que querer ser milionário é ruim, pois esse desejo
impossibilita o homem de amar o trabalho.
II – Para o autor, as chances de sucesso em uma profissão dependem da paixão com que ela é
exercida.
III – É consenso atribuir-se o sucesso à paixão pela atividade que se realiza.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e III.
e) Apenas II e III.
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Gêneros Textuais – Português – Prof. Carlos Zambeli
Notícias
Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas, devido, em
parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deteriorando. O grito de
alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o quadro passará por uma
detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do estrago. O fino suporte
de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação desde que especialistas
em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu do Louvre numa declaração
por escrito.
Fonte: http://www.italiaoggi.com.br (acessado em 13/11/07)
Crônica
Fotografia do cotidiano, realizada por olhos particulares. Geralmente, o cronista apropria-se de
um fato atual do cotidiano, para, posteriormente, tecer críticas ao status quo, baseadas quase
exclusivamente em seu ponto de vista. A linguagem desse tipo de texto é predominantemente
coloquial.
Características da crônica
•• Narração curta;
•• Descreve fatos da vida cotidiana;
•• Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
•• Possui personagens comuns;
•• Segue um tempo cronológico determinado;
•• Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
•• Linguagem simples.
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por um site da internet. O nome do teste era
tentador: “O que Freud diria de você”. Uau. Respondi a todas as perguntas e o resultado foi o
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a marcaram até os doze anos, depois disso você
buscou conhecimento intelectual para seu amadurecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que
aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o pai da
psicanálise, e ele acertou na mosca.
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre, 2008 (adaptado).
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4. Quanto às influências que a internet pode exercer sobre os usuários, a autora expressa uma
reação irônica no trecho “Fiquei radiante: eu havia realizado uma consulta paranormal com o
pai da psicanálise”.
( ) Certo ( ) Errado
Ensaio
É um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e
reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal. Consiste também
na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico,
político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em
formalidades.
O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão, um
filósofo espanhol o definiu como "a ciência sem prova explícita".
Texto Literário
É uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e
características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. Uma
das características distintivas dos textos literário é a sua função poética, em que é possível
constatar ritmo e musicalidade, organização específica das palavras e um elevado nível de
criatividade.
Madrugada na aldeia
Madrugada na aldeia nervosa, com as glicínias escorrendo orvalho, os figos prateados de
orvalho, as uvas multiplicadas em orvalho, as últimas uvas miraculosas.
O silêncio está sentado pelos corredores, encostado às paredes grossas, de sentinela.
E em cada quarto os cobertores peludos envolvem o sono: poderosos animais benfazejos,
encarnados e negros.
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Gêneros Textuais – Português – Prof. Carlos Zambeli
Antes que um sol luarento dissolva as frias vidraças, e o calor da cozinha perfume a casa
com lembrança das árvores ardendo, a velhinha do leite de cabra desce as pedras da rua
antiquíssima, antiquíssima, e o pescador oferece aos recém-acordados os translúcidos peixes,
que ainda se movem, procurando o rio.
(Cecília Meireles. Mar absoluto, in Poesia completa.
Peça Publicitária
Modo específico de apresentar informação sobre produto, marca, empresa, ideia ou política,
visando a influenciar a atitude de uma audiência em relação a uma causa, posição ou atuação.
A propaganda comercial é chamada, também, de publicidade. Ao contrário da busca de
imparcialidade na comunicação, a propaganda apresenta informações com o objetivo principal
de influenciar o leitor ou ouvinte. Para tal, frequentemente, apresenta os fatos seletivamente
(possibilitando a mentira por omissão) para encorajar determinadas conclusões, ou usa
mensagens exageradas para produzir uma resposta emocional e não racional à informação
apresentada Costuma ser estruturado por meio de frases curtas e em ordem direta, utilizando
elementos não verbais para reforçar a mensagem.
7. O anúncio publicitário a seguir é uma campanha de um adoçante, que tem como seu slogan a
frase “Mude sua embalagem”.
A palavra “embalagem”, presente no slogan da campanha, é altamente expressiva e substitui a
palavra
a) vida.
b) corpo.
c) jeito.
d) história.
e) postura.
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Piada
8. “Dois amigos conversam quando passa uma mulher e cumprimenta um deles, que fala:
Eu devo muito a essa mulher...
Por quê? Ela é sua protetora?
Não, ela é a costureira da minha esposa.”
Na piada acima, o efeito de humor
a) deve-se, principalmente, à situação constrangedora em que ficou um dos amigos quando a
mulher o cumprimentou.
b) constrói-se pela resposta inesperada de um dos amigos, revelando que não havia entendido
o teor da pergunta do outro.
c) é provocado pela associação entre uma mulher e minha esposa, sugerindo ilegítimo
relacionamento amoroso.
d) firma-se no aproveitamento de distintos sentidos de uma mesma expressão linguística,
devo muito.
e) é produzido prioritariamente pela pergunta do amigo, em que se nota o emprego malicioso
da expressão sua protetora.
Gráficos e Tabelas
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Gêneros Textuais – Português – Prof. Carlos Zambeli
Charge
É um estilo de ilustração que tem por finalidade satirizar algum acontecimento atual com
uma ou mais personagens envolvidas. A palavra é de origem francesa e significa carga, ou
seja, exagera traços do caráter de alguém ou de algo para torná-lo burlesco. Apesar de ser
confundida com cartum, é considerada totalmente diferente: ao contrário da charge, que tece
uma crítica contundente, o cartum retrata situações mais corriqueiras da sociedade. Mais do
que um simples desenho, a charge é uma crítica político-social mediante o artista expressa
graficamente sua visão sobre determinadas situações cotidianas por meio do humor e da sátira.
10. A relação entre o conjunto da charge e a frase “Brasil tem 25 milhões de telefones celulares”
fica clara porque a imagem e a fala do personagem sugerem o(a)
a) sentimento de vigilância permanente.
b) aperfeiçoamento dos aparelhos celulares.
c) inadequação do uso do telefone.
d) popularização do acesso à telefonia móvel.
e) facilidade de comunicação entre as pessoas.
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QUADRINHOS
Hipergênero, que agrega diferentes outros gêneros, cada um com suas peculiaridades.
Gabarito: 1. D 2. D 3. B 4. C 5. C 6. E 7. B 8. D 9. B 10. D 11. A
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Português
Coesão
A coesão textual refere-se à microestrutura de um texto. Ela ocorre por meio de relações
semânticas e gramaticais.
No caso de textos que utilizam linguagem verbal e não verbal (publicidade, por exemplo), a
coesão ocorre também por meio da utilização de
•• cores
•• formas geométricas
•• fontes
•• logomarcas
•• etc
Moldura = bolas
de futebol
Cantos =
local de
escanteio +
bola
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O pai e seu filhinho de 5 anos caminham por uma calçada.
Repentinamente, o garoto vê uma sorveteria e fala:
– Pai, eu já sarei do resfriado, né?
– Você não vai tomar sorvete! – responde o pai.
A resposta do pai não corresponde coesivamente à pergunta do filho, mas nem por isso é
incoerente. Depreende-se que o pai conhecia o objetivo do filho.
Anáfora
Retoma algo que já foi dito antes!
Edgar é um excelente professor. Ele trabalha aqui na Casa do Concurseiro, ensinando
Conhecimentos Bancários. Essa matéria é muito relevante para concursos nacionais.
Catáfora
O termo ou expressão que faz referência a um termo subsequente, estabelecendo com ele uma
relação não autônoma, portanto, dependente.
A Tereza olhou-o e disse: – Edgar, você está cansado?
Coerência
Fatores de Coerência
•• encadeamento
•• conhecimento da linguagem utilizada
•• equilíbrio entre o número de informações novas e a reiteração delas
•• possibilidade de inferência
•• aceitabilidade
•• intertextualidade
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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
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É fácil de notar se quando falta coerência a um texto.
“Havia um menino muito magro que vendia amendoins numa esquina de uma das avenidas de
São Paulo. Ele era tão fraquinho, que mal podia carregar a cesta em que estavam os pacotinhos
de amendoim. Um dia, na esquina em que ficava, um motorista, que vinha em alta velocidade,
perdeu a direção. O carro capotou e ficou de rodas para o ar. O menino não pensou duas vezes.
Correu para o carro e tirou de lá o motorista, que era um homem corpulento. Carregou o até a
calçada, parou um carro e levou o homem para o hospital. Assim, salvou lhe a vida.”
(Platão & Fiorin)
Vícios De Linguagem
BARBARISMO
Desvio na grafia, na pronúncia ou na flexão de uma palavra. Divide-se em
Cacografia – má grafia ou má flexão de uma palavra: flexa – em vez de flecha / deteu – em vez
de deteve.
Cacoépia – erro de pronúncia: marvado – em vez de malvado.
Silabada – erro de pronúncia quanto à acentuação tônica das palavras: púdico – em vez de
pudico / rúbrica – em vez de rubrica.
Estrangeirismo – emprego desnecessário de palavras estrangeiras, quando elas já foram
aportuguesadas: stress – em vez de estresse.
SOLECISMO
É qualquer erro de sintaxe. Pode ser
•• de concordância: Haviam muitos erros – em vez de Havia ...
•• de regência: Assistimos o filme – em vez de Assistimos ao filme.
•• de colocação: Escreverei-te logo – em vez de Escrever-te-ei...
AMBIGUIDADE OU ANFIBOLOGIA
Duplo sentido que ocorre em função da má construção da frase:
Carlos disse ao colega que seu irmão morreu. (irmão de quem?)
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Português – Confronto e Reconhecimento de Frases Corretas e Incorretas – Prof. Carlos Zambeli
ECO
Repetição de uma vogal formando rima:
O irmão do alemão prendeu a mão no fogão.
CACOFONIA
Som estranho que surge da união de sílabas diferentes, pela proximidade de duas palavras:
Ela tinha dezoito anos. (latinha)
GERUNDISMO
Locução verbal na qual o verbo principal apresenta-se no gerúndio. Seu uso no português
brasileiro é recente, é considerado por muitos como vício de linguagem, uma vez que seu uso é
demasiadamente impreciso:
“A senhora pode estar respondendo algumas perguntas?”
Gabarito: 1. E
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Português
Funções da Linguagem
6
contexto
5
referente
1 4
emissor, 7 receptor
destinador canal de comunicação ou
ou remetente destinatário
3
mensagem
2
código
O linguista russo Roman Jakobson caracterizou seis funções da linguagem. Cada uma delas está
estreitamente ligada a um dos seis elementos que compõem o ato de comunicação.
Referente
FUNÇÃO REFERENCIAL
Mensagem
FUNÇÃO POÉTICA
Emissor Receptor
FUNÇÃO FUNÇÃO
EXPRESSIVA Canal de Comunicação CONATIVA
FUNÇÃO FÁTICA
Código
FUNÇÃO METALINGUÍSTICA
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Emissor: o que emite a mensagem.
Receptor: o que recebe a mensagem.
Mensagem: o conjunto de informações transmitidas.
Código: a combinação de signos utilizados na transmissão de uma mensagem. A comunicação
só se concretizará, se o receptor souber decodificar a mensagem.
Canal de Comunicação: veículo por meio do qual a mensagem é transmitida (TV, rádio, jornal,
revista...)
Contexto: a situação a que a mensagem se refere, também chamado de referente.
O emissor, ao transmitir uma mensagem, sempre tem um objetivo: informar algo, ou
demonstrar seus sentimentos, ou convencer alguém a fazer algo, etc; consequentemente, a
linguagem passa a ter uma função, que são as seguintes:
•• Função Referencial
•• Função Metalinguística
•• Função Conativa
•• Função Fática
•• Função Emotiva
•• Função Poética
Numa mensagem, é muito difícil encontrarmos uma única dessas funções isolada. O que ocorre,
normalmente, é a superposição de várias delas.
Função referencial – busca transmitir informações objetivas, a fim de informar o receptor.
Predomina nos textos de caráter científico, didático e jornalístico.
Exemplo: Pesquisas já demonstraram que o universo vocabular de nossos estudantes, mesmo
de nível universitário, é pobre.
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Funções da Linguagem – Português – Prof. Carlos Zambeli
Função fática – tem por objetivo prolongar o contato com o receptor. Utiliza interjeições,
repetições, expressões sem valor semântico e, quando escrita, faz uso de recursos gráficos
como diferentes tipos de letras e variadas diagramações. É usada na linguagem coloquial,
especialmente nos diálogos.
•• POIS É...
•• ENTÃO... É melhor você
•• É FOGO. começar a ler
•• Ô. o Estadão.
•• NEM FALE.
EXEMPLIFICANDO
O princípio de que o Estado necessita de instrumentos para agir com rapidez em situações
de emergência está inscrito no arcabouço jurídico brasileiro desde a primeira Constituição,
de 1824, dois anos após a Independência, ainda no Império. A figura do decreto-lei, sempre
à disposição do Poder Executivo, ficou marcada no regime militar, quando a caneta dos
generais foi acionada a torto e a direito, ao largo do Congresso, cujos poderes eram sufocados
pela ditadura. Com a redemocratização, sacramentada pela Constituição de 1988, sepultou-
se o decreto-lei, mas não o seu espírito, reencarnado na medida provisória. Não se discute
a importância de o Poder Executivo contar com dispositivos legais que permitam ao governo
baixar normas, sem o crivo imediato do Congresso, que preencham os requisitos da “relevância
e urgência”. O problema está na dosagem, que, se exagerada, como ocorre atualmente, sufoca
o Poder Legislativo.
O Globo, 19/3/2008 ( com adaptações)
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1. A função da linguagem predominante no texto é
a) metalinguística.
b) poética.
c) expressiva.
d) apelativa.
e) referencial.
3. O texto abaixo utiliza uma linguagem emotiva, que pode ser comprovada especialmente na
opção pela subjetividade voltada para o narrador.
“Então, aproveite bem o seu dia. Extraia dele todos os bons sentimentos possíveis. Não deixe
nada para depois. Diga o que tem para dizer. Demonstre. Seja você mesmo. Não guarde lixo
dentro de casa. Nem jogue seu lixo no ambiente. Não cultive amarguras e sofrimentos. Prefira
o sorriso. Dê risada de tudo, de si mesmo. Não adie alegrias nem contentamentos nem sabores
bons. Seja feliz. Hoje. Amanhã é uma ilusão. Ontem é uma lembrança. Só existe o hoje.”
( ) Certo ( ) Errado
4. HISTÓRIA MANJADA
GALÃ CANASTRÃO
TIROS E PERSEGUIÇÕES
EFEITOS GRATUITOS
MAIS TIROS E PERSEGUIÇÕES
FINAL PREVISÍVEL
Conheça outro jeito de fazer cinema.
Cine Conhecimento.
No canal PLUS.
Além de exibir filmes de diversos países, o programa traz análises, comentários, curiosidades e
detalhes da produção. Não perca! Tem sempre um bom filme para você!
(Revista Monet)
Pelos sentidos e pelas estruturas linguísticas do texto, é correto concluir que o emprego de
“Conheça” e “Não perca” indica que a função da linguagem predominante no texto é a
a) metalinguística.
b) poética.
c) conativa.
d) expressiva.
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Funções da Linguagem – Português – Prof. Carlos Zambeli
5. No slogan CELULAR: Não Fale no Trânsito, uma característica da função conativa da linguagem
é
a) a objetividade da informação transmitida.
b) a manutenção da sintonia entre a STTU e o público-alvo.
c) o esclarecimento da linguagem pela própria linguagem
d) o emprego do verbo no modo imperativo
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Português
Variação Linguística
Tanto a língua escrita quanto a oral apresentam variações condicionadas por diversos fatores:
regionais, sociais, intelectuais etc.
A língua escrita obedece a normas gramaticais e será sempre diferente da língua oral, mais
espontânea, solta, livre, visto que acompanhada de mímica e entonação, que preenchem
importantes papéis significativos. Mais sujeita a falhas, a linguagem empregada coloquialmente
difere substancialmente do padrão culto.
É aquela ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que se apresenta com
terminologia especial. Caracteriza-se pela obediência às normas gramaticais. Mais comumente
usada na linguagem escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, mais
estável, menos sujeita a variações.
É aquela usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase sempre rebelde
à norma gramatical e é carregada de vícios de linguagem (solecismo - erros de regência e
concordância; barbarismo - erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia;
pleonasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, que ressalta o caráter
oral e popular da língua.
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1. Com frequência, a transgressão à norma culta constitui uma marca do registro coloquial da
língua. Nesses casos, parece existir, de um lado, a norma culta e, de outro, a “norma” coloquial
– e esta muitas vezes se impõe socialmente, em detrimento da primeira. Um exemplo de
transgressão à norma culta acontece numa das alternativas abaixo. Assinale-a.
a) Nós éramos cinco e brigávamos muito…
b) estrada lamacenta que o governo não conservava…
c) Miguel fazia muita falta, embora cada um de nós trouxesse na pele a marca de sua
autoridade.
d) Você assustou ele falando alto.
e) Se um de nós ia para o colégio, os outros ficavam tristes.
2. Considere as afirmações.
I – A letra de “Saudosa Maloca” pode ser considerada como realização de uma “linguagem
artística” do poeta, estabelecida com base na sobreposição de elementos do uso popular ao
uso culto.
II – Uma dessas sobreposições é o emprego do pronome oblíquo de terceira pessoa “se” em
lugar de “nos” (Só se conformemo), diferentemente do que prescreve a norma culta.
III – A letra de “Saudosa Maloca” apresenta linguagem inovadora, visto que, sem abandonar a
linguagem formal, dirige-se diretamente ao leitor.
Estão corretas
a) apenas I.
b) apenas II.
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Português – Variação Linguística – Prof. Carlos Zambeli
c) apenas III.
d) apenas I e II.
e) I, II e III.
4. Gíria
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais. Esses grupos utilizam a gíria como
meio de expressão do cotidiano, para que as mensagens sejam decodificadas apenas pelo
próprio grupo. Assim, a gíria é criada por determinados segmentos da comunidade social que
divulgam o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de comunicação de
massa, como a televisão e o rádio, propagam os novos vocábulos; às vezes, também inventam
alguns. A gíria que circula pode acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no
vocabulário de pequenos grupos ou cair em desuso.
3. Nas orações a seguir, as gírias sublinhadas podem ser substituídas por sinônimos.
“… e beijava tudo que era mulher que passasse dando sopa.”
“… o Papa de araque…”
“… numa homenagem também aos salgueirenses que, no Carnaval de 1967, entraram pelo
cano.”
Indique que opção equivale, do ponto de vista do sentido, a essas expressões.
a) distraidamente, falso, saíram-se mal.
b) reclamando, falso, obstruíram-se.
c) distraidamente, esperto, saíram-se vitoriosos.
d) reclamando, falso, deram-se mal.
e) distraidamente, esperto, obstruíram-se.
5. Linguagem Regional
Regionalismos ou falares locais são variações geográficas do uso da língua padrão, quanto
às construções gramaticais, empregos de certas palavras e expressões e do ponto de vista
fonológico. Há, no Brasil, por exemplo, falares amazônico, nordestino, baiano, fluminense,
mineiro, sulino.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
“Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem — ou é o homem
arruinado, ou o homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum.
Nenhum! — é o que digo. O senhor aprova? Me declare tudo, franco — é alta mercê que me
faz: e pedir posso, encarecido. Este caso — por estúrdio que me vejam — é de minha certa
importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o senhor, assisado e instruído, que acredita
na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe minha valia. Já sabia, esperava
por ela — já o campo!
Ah, a gente, na velhice, carece de ter uma aragem de descanso. Lhe agradeço. Tem diabo
nenhum. Nem espírito. Nunca vi. Alguém devia de ver, então era eu mesmo, este vosso
servidor. Fosse lhe contar... Bem, o diabo regula seu estado preto, nas criaturas, nas mulheres,
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nos homens. Até: nas crianças — eu digo. Pois não é o ditado: “menino — trem do diabo”? E
nos usos, nas plantas, nas águas, na terra, no vento... Estrumes... O diabo na rua, no meio do
redemunho... “
(Guimarães Rosa. Grande Sertão: Veredas.)
4. O texto de Guimarães Rosa mostra uma forma peculiar de escrita, denunciada pelos recursos
linguísticos empregados pelo escritor. Entre as características do texto, está
a) o emprego da linguagem culta, na voz do narrador, e o da linguagem regional, na voz da
personagem.
b) a recriação da fala regional no vocabulário, na sintaxe e na melodia da frase.
c) o emprego da linguagem regional predominantemente no campo do vocabulário.
d) a apresentação da língua do sertão fiel à fala do sertanejo.
e) o uso da linguagem culta, sem regionalismos, mas com novas construções sintáticas e
rítmicas.
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Português
Sintaxe do período
•• “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons.” (Martin Luther
King)
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4. Conclusivas: Expressam ideia de conclusão ou uma ideia consequente do que se disse
antes. São elas: logo, portanto, por isso, por conseguinte, assim, de modo que, em vista
disso então, pois (depois do verbo) etc.
•• “Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se
chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente
viver.” (Dalai Lama)
•• “Não faças da tua vida um rascunho, pois poderás não ter tempo de passá-la a limpo.”
(Mario Quintana)
•• “Prepara, que agora é a hora do show das poderosas.” (Chico Buarque #sqn)
1. Causais: Expressam ideia de causa, motivo ou a razão do fato expresso na oração principal.
São elas: porque, porquanto, posto que, visto que, já que, uma vez que, como, etc.
•• “Que eu possa me dizer do amor (que tive): que não seja imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito enquanto dure.” (Vinicius de Morais)
•• “Como arroz e feijão, é feita de grão em grão nossa felicidade.” (Teatro Mágico)
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Sintaxe do Período – Português – Prof. Carlos Zambeli
3. Condicionais: Expressam ideia de condição ou hipótese para que o fato da oração principal
aconteça. São elas: se, caso, exceto se, a menos que, salvo se, contanto que, desde que,
etc.
“Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres, enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...” (Mario Quintana)
•• “A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria
inventado a roda..” (Mario Quintana)
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.” (Fernando Pessoa)
•• “Os homens estimam-vos conforme a vossa utilidade, sem terem em conta o vosso
valor” (Balzac)
6. Concessivas: Expressam ideia de que algo que se esperava que acontecesse, contrariamente
às expectativas, não acontece. São elas: embora, conquanto, ainda que, se bem que,
mesmo que, apesar de que, etc.
•• “A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida.” (Vinicius de
Moraes)
•• “É sempre amor, mesmo que mude. É sempre amor, mesmo que alguém esqueça o que
passou.” (Bidê ou balde)
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7. Finais: Expressam ideia de finalidade. São elas: a fim de que, para que, que, etc.
9. Integrantes: Introduzem uma oração que integra ou completa o sentido do que foi expresso
na oração principal. São elas: que, se.
•• “Mas o carcará foi dizer à rosa que a luz dos cristais vem da lua nova e do girassol.”
(Natiruts)
•• “Eu não quero que você esqueça que eu gosto muito de você” (Natiruts)
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Português
Ortografia
Os Porquês
1. Por que
Por qual motivo / Por qual razão / O motivo pelo qual / Pela qual
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3. porque = pois
•• Ele foi embora, porque foi demitido daqui.
4. porquê = substantivo
Usado com artigos, pronomes adjetivos ou numerais.
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Homônimos
Vocábulos que se pronunciam da mesma forma, e que diferem no sentido.
•• Homônimos perfeitos: vocábulos com pronúncia e grafia idênticas (homófonos e
homógrafos).
São: 3ª p. p. do verbo ser.
•• Eles são inteligentes.
São: sadio.
•• O menino, felizmente, está são.
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Ortografia – Português – Prof. Carlos Zambeli
•• Homônimos imperfeitos: vocábulos com pronúncia igual (homófonos), mas com grafia
diferente (heterógrafos).
Cessão: ato de ceder, cedência
Seção : corte, subdivisão, parte de um todo
Sessão: Espaço de tempo em que se realiza uma reunião
Parônimos
Vocábulos ou expressões que apresentam semelhança de grafia e pronúncia, mas que diferem
no sentido.
Cavaleiro: homem a cavalo
Cavalheiro: homem gentil
Censo: recenseamento
Senso: juízo
Descriminar: inocentar
Discriminar: distinguir, diferenciar
Eminente: excelente
Iminente: sobranceiro; que está por acontecer
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Empossar: dar posse
Empoçar: formar poça
Flagrante: evidente
Fragrante: perfumado
Ratificar: confirmar
Retificar: corrigir
Tráfego: trânsito
Tráfico: negócio ilícito
Ao encontro de: a favor, para junto de. Ir ao encontro dos anseios do povo.
De encontro a: contra. As medidas vêm de encontro aos interesses do povo.
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Português
Substantivo (nome)
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo é a classe gramatical de palavras
variáveis, as quais denominam os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos
também nomeiam:
•• lugares: Brasil, Rio de Janeiro...
•• sentimentos: amor, ciúmes ...
•• estados: alegria, fome...
•• qualidades: agilidade, sinceridade...
•• ações: corrida, leitura...
Destaque zambeliano
Concretos:
os que indicam elementos reais ou imaginários com existência própria, independentes
dois sentimentos ou julgamentos do ser humano.
•• Deus, fada, espírito, mesa, pedra.
Abstratos:
os que nomeiam entes que só existem na consciência humana, indicam atos,
qualidades e sentimentos.
•• vida (estado), beleza (qualidade), felicidade (sentimento), esforço (ação).
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Sobrecomuns
Quando um só gênero se refere a homem ou mulher.a criança, o monstro, a vítima, o
anjo.
Comuns de dois gêneros
Quando uma só forma existe para se referir a indivíduos dos dois sexos.
•• o artista, a artista, o dentista, a dentista...
Artigo
Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele está sendo empregado de
maneira definida ou indefinida. Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o
número dos substantivos.
Detalhe zambeliano 1
Substantivação!
•• Os milhões foram desviados dos cofres públicos.
Detalhe zambeliano 2
Artigo facultativo diante de nomes próprios.
•• Cláudia não veio. / A Cláudia não veio.
Detalhe zambeliano 3
Artigo facultativo diante dos pronomes possessivos.
•• Nossa banca é fácil.
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Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Português – Prof. Carlos Zambeli
Adjetivo
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto
adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Detalhe zambeliano!
•• Os concurseiros dedicados estudam comigo.
Locução adjetiva
•• Carne de porco (suína)
•• Curso de tarde (vespertino)
•• Energia do vento (eólica)
•• Arsenal de guerra (bélico)
Pronome
Pessoais
•• a 1ª pessoa: aquele que fala (eu, nós), o locutor;
•• a 2ª pessoa: aquele com quem se fala (tu, vós) o locutário;
•• a 3ª pessoa: aquele de quem se fala (ele, ela, eles, elas), o assunto ou referente.
As palavras EU, TU, ELE, NÓS, VÓS, ELES são pronomes pessoais. São denominados desta forma
por terem a característica de substituírem os nomes, ou seja, os substantivos.
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•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição da Ana.
•• Vou imprimir uma apostila da Casa do concurseiro para dar no dia da inscrição dela.
“Não sei, apenas cativou-me. Então, tu tornas-te eternamente responsável por aquilo que
cativa. Tu podes ser igual a todos outros no mundo, mas para mim serás único.”
Indefinidos
Algum material pode me ajudar. (afirmativo)
Material algum pode me ajudar. (negativo).
Outros pronomes indefinidos:
tudo, todo (toda, todos, todas), algo, alguém, algum (alguma, alguns, algumas), nada, ninguém,
nenhum (nenhuma, nenhuns, nenhumas), certo (certa, certos, certas), qualquer (quaisquer), o
mesmo (a mesma, os mesmos, as mesmas),outrem, outro (outra, outros, outras), cada, vários
(várias).
Demonstrativos
Este, esta, isto – perto do falante.
ESPAÇO � Esse, essa, isso – perto do ouvinte.
Aquele, aquela, aquilo – longe dos dois.
Este, esta, isto – presente/futuro
TEMPO � Esse, essa, isso – passado breve
Aquele, aquela, aquilo – passado distante
Este, esta, isto – vai ser dito
DISCURSO �
Esse, essa, isso – já foi dito
RETOMADA
Edgar e Zambeli são dois dos professores da Casa do Concurseiro. Este é ensina Português;
aquele, Matemática.
Possessivos
•• Aqui está a minha carteira. Cadê a sua?
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Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Português – Prof. Carlos Zambeli
Verbos
As formas nominais do verbo são o gerúndio, infinitivo e particípio. Não apresentam flexão de
tempo e modo, perdendo desta maneira algumas das características principais dos verbos.
Tempo e Modo
As marcas de tempo verbal situam o evento do qual se fala com relação ao momento em que se
fala. Em português, usamos três tempos verbais: presente, passado e futuro.
Os modos verbais, relacionados aos tempos verbais, destinam-se a atribuir expressões
de certeza, de possibilidade, de hipótese ou de ordem ao nosso discurso. Essas formas são
indicativo, subjuntivo e imperativo.
O modo indicativo possui seis tempos verbais: presente; pretérito perfeito, pretérito imperfeito
e pretérito mais-que-perfeito; futuro do presente e futuro do pretérito.
O modo subjuntivo divide-se em três tempos verbais: presente, pretérito imperfeito e futuro.
O modo imperativo apresenta-se no presente e pode ser afirmativo ou negativo.
Advérbio
É a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio.
É a palavra invariável que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
O advérbio pode ser representado por duas ou mais palavras: locução adverbial (à direita,
à esquerda, à frente, à vontade, em vão, por acaso, frente a frente, de maneira alguma, de
manhã, de súbito, de propósito, de repente...)
•• Lugar: longe, junto, acima, atrás…
•• Tempo: breve, cedo, já, dentro, ainda…
•• Modo: bem, mal, melhor, pior, devagar, (usa, muitas vezes, o sufixo-mente).
•• Negação: não, tampouco, absolutamente…
•• Dúvida: quiçá, talvez, provavelmente, possivelmente…
•• Intensidade: muito, pouco, bastante, mais, demais, tão…
•• Afirmação: sim, certamente, realmente, efetivamente…
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Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando o segundo
ao primeiro, ou seja, o regente e o regido.
Regência verbal: Entregamos aos alunos nossas apostilas no site.
Conjunções
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos semelhantes
de uma mesma oração.
As conjunções podem ser classificadas em coordenativas e subordinativas
•• Edgar tropeçou e torceu o pé.
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Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Português – Prof. Carlos Zambeli
No primeiro caso temos duas orações independentes, já que separadamente elas têm sentido
completo: período é composto por coordenação.
No segundo caso, uma oração depende sintaticamente da outra. O verbo “espero” fica sem
sentido se não há complemento.
Coordenadas – aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas, explicativas.
Subordinadas – concessivas, conformativas, causais, consecutivas, comparativas, condicionais,
temporais, finais, proporcionais.
Curiosidade
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre no início da oração:
as outras (porém, todavia, contudo, etc.) podem vir no início ou no meio.
Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a resposta.
Numeral
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico. Ex.: cinco, dois, duzentos mil
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada. Ex.: primeiro, segundo, centésimo
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão. Ex.: meio, terço, três quintos
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, indicando quantas vezes a
quantidade foi aumentada. Ex.: dobro, triplo, quíntuplo, etc.
Interjeição
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Classifique a classe gramatical das palavras destacadas (substantivo, adjetivo, advérbio)
A cerveja que desce redondo.
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Emprego das Classes de Palavras/Morfologia – Português – Prof. Carlos Zambeli
www.acasadoconcurseiro.com.br 103
Português
Concordância Verbal
Regra geral
O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa.
“A renúncia progressiva dos instintos parece ser um dos fundamentos do desenvolvimento da
civilização humana.” (Freud)
Os concurseiros dedicados adoram esta matéria nas provas.
•• As alunas dedicadas estudaram esse assunto complicado ontem.
1. Se
a) Pronome apassivador – o verbo (VTD ou VTDI) concordará com o sujeito passivo.
•• Compraram-se alguns salgadinhos para a festa.
•• Estuda-se esse assunto na aula.
•• Exigem-se referências do candidato.
•• Emplacam-se os carros novos em três dias.
•• Entregou-se um brinde aos alunos durante o intervalo.
2. Pronome de tratamento
O verbo fica sempre na 3ª pessoa (= ele/eles).
•• Vossa Excelência merece nossa estima. Sua obra é reconhecida por todos.
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3. Haver
No sentido de “existir ou ocorrer” ou indicando “tempo” ficará na terceira pessoa do singular. É
impessoal, ou seja, não possui sujeito.
•• Nesta sala, há bons e maus alunos.
•• Avisaram agora que a sala está desarrumada porque houve um simulado antes.
•• Há pessoas que não valorizam a vida.
•• Deve haver aprovações desde curso.
•• Devem existir aprovações desde curso.
4. Fazer
Quando indica “tempo”, “temperatura” ou “fenômenos da natureza”, também é impessoal e
deverá ficar na terceira pessoa do singular.
•• Faz 3 dias que vi essa aula no site do curso.
•• Fez 35 graus em Recife!
•• Faz frio na serra gaúcha.
•• Deve fazer 15 dias já que enviei o material.
6. Mais de um
O verbo permanece no singular:
•• Mais de um aluno da Casa passou neste concurso.
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Concordância Verbal e Nominal – Português – Prof. Carlos Zambeli
7. Que x Quem
QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome
relativo.
•• Fui eu que falei. (eu falei) Fomos nós que falamos. (nós falamos)
QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular
ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).
•• Fui eu quem falei/ falou. Fomos nós quem falamos/falou.
1. É preciso que se _________ os acertos do preço e se ___________ as regras para não _____
mal-entendidos. ( faça- façam/ fixe- fixem/ existir – existirem)
5. ______vários dias que não se ________casamentos aqui; ________ alguma coisa estranha
no local. (faz- fazem/ realiza - realizam/ deve haver- devem haver)
11. Convém que se ______nos problemas do casamento e que não se ____ partido da sogra.
(pense – pensem / tome – tomem)
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13. __________aos bêbados todo auxílio. (prestou-se - prestaram–se)
14. Não se ____ boas festas de casamento como antigamente. (faz –fazem)
17. Convém que se ________ às ordens da sogra e que se _________ os prometidos. (obedeça
– obedeçam / cumpra – cumpram)
19. Uma pesquisa de psicólogos especializados _______ que a maioria dos casamentos não se
_______ depois de 2 anos. (revelou / revelaram – mantém / mantêm)
20. A maior parte dos maridos _____ pela esposa durante as partidas de futebol.
(é provocada / são provocados)
Concordância Nominal
Regra geral
Os artigos, os pronomes, os numerais e os adjetivos concordam com o substantivo a que eles
se referem.
Casos especiais
Adjetivo + substantivos de gênero diferente: concordância com o termo mais próximo.
•• Aquele professor ensina complicadas regras e conteúdos.
complicados conteúdos e regras.
•• Notei caídas as camisas e os prendedores.
•• Notei caída a camisa e os prendedores.
•• Notei caído o prendedor e a camisa.
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Concordância Verbal e Nominal – Português – Prof. Carlos Zambeli
Substantivos de gêneros diferentes + adjetivo: concordância com o termo mais próximo ou uso
do masculino plural.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageado.
•• A Casa do Concurseiro anunciou a professora e o funcionário homenageados.
•• A Casa do Concurseiro anunciou o funcionário e a professora homenageada.
3. Anexo
•• Seguem anexos os valores do orçamento.
•• As receitas anexas devem conter comprovante.
4. Obrigado – adjetivo
•• “Muito obrigada”, disse a nova funcionária pública!
5. Só
•• “O impossível é só questão de opinião e disso os loucos sabem, só os loucos sabem.”
(Chorão)
•• “Eu estava só, sozinho! Mais solitário que um paulistano, que um canastrão na hora
que cai o pano”
•• “Bateu de frente é só tiro, porrada e bomba.” (Valesca Popozuda)
Observação!
A locução adverbial a sós é invariável.
6. Bastante
Adjetivo = vários, muitos
Advérbio = muito, suficiente
•• Entregaram bastantes problemas nesta repartição.
•• Trabalhei bastante.
•• Tenho bastantes razões para estudar na Casa do Concurseiro!
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7. TODO, TODA – qualquer
•• TODO O , TODA A – inteiro
•• “Todo verbo é livre para ser direto ou indireto.” (Teatro Mágico)
•• Todo o investimento deve ser aplicado nesta empresa.
9. Meio
Adjetivo = metade
Advérbio = mais ou menos
•• Comprei meio quilo de picanha.
•• Isso pesa meia tonelada.
•• O clima estava meio tenso.
•• Ana estava meio chateada.
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Concordância Verbal e Nominal – Português – Prof. Carlos Zambeli
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Português
DICA ZAMBELIANA
•• as preposições essenciais são: a, ante, após, com, contra, de, desde, em, entre,
para, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
•• No caso de você hesitar em classificar em verbo como transitivo direto ou
indireto,lembre-se de que SÓ os diretos têm passiva.
•• É bom lembrar que os pronomes oblíquos O, A, OS, AS funcionam como objeto
direto.
2. Aspirar
a) respirar, cheirar – é VTD.
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3. Assistir
a) ver – é VTI.
•• Só a menina estava perto e assistiu a tudo estarrecida.
b) ajudar – é VTD.
•• Assistindo a criatura que morria, perdeu-lhe o ódio!
4. Agradar
a) ser agradável, contentar – é VTI.
•• O governo estadual tomou medidas que agradaram à população.
5. Esquecer/lembrar
a) quando desacompanhados de pronome oblíquo, são VTD
•• Esqueci aqueles cadernos.
•• Lembramos o problema.
6. Implicar
a) acarretar, causar – é VTD.
•• Várias crendices implicam comportamentos e gestos especiais para a passagem do ano.
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Regência Verbal e Nominal – Português – Prof. Carlos Zambeli
7. Pagar/perdoar
a) Paga-se o que se deve. Perdoa-se alguma coisa.
•• O prefeito paga suas contas. Só perdoou a briga porque eram amigas!
8. Preferir
Prefere-se A a B ( não "mais A do que B”)
•• Prefiro leite a café.
9. Atender
a) VTD – quando se refere a pessoas
•• Atendemos os clientes!
11. Responder
VTI = responde-se A alguma coisa.
•• Você já respondeu ao meu bilhete?
12. Informar
•• Informou os colegas DE/SOBRE sua decisão.
13. Querer
a) VTD = no sentido de “desejar”
•• “ Eu quero uma casa no campo...”
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b) VTI = no sentido de “ gostar de, amar, querer bem”
•• Ele quer a seus colegas.
14. Chegar/ ir
VI – não precisa de complemento; ao significarem deslocamento de um lugar a outro, por meio
de movimento próprio, são regidos pela preposição "a".
•• Cheguei ao colégio!
15. Visar
a) VTD – quando significa “mirar”
•• O caçador visou a testa do animal!
Regência Nominal
É o nome da relação existente entre um substantivo, adjetivo ou advérbio transitivos e seu
respectivo complemento nominal. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição.
Deve-se considerar que muitos nomes seguem exatamente a mesma regência dos verbos
correspondentes. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime
dos nomes cognatos.
Por exemplo, obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos
pela preposição a:
Obedecer a algo/a alguém; obediência a algo/a alguém; obediente a algo/a alguém;
obedientemente a algo/a alguém.
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Português
Colocação Pronominal
Emprego
2) Formas de tratamento
a) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo,
la, los, las,e os verbos perdem aquelas terminações.
Queria vendê-la para o Pedro Kuhn.
b) o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão, -õe, assumem a
forma no, na, nos, nas.
André Vieira e Pedro Kuhn enviaram-nas aos alunos.
c) O/A X Lhe
A Casa do Concurseiro enviou a apostila aos alunos nesta semana.
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Colocação
É o emprego dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em
relação ao verbo na frase.
Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo
(mesóclise) e depois do verbo (ênclise).
PRÓCLISE
a) Com palavras ou expressões negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem, de modo
algum.
Nada me emociona.
Ninguém te viu, Edgar.
b) Com conjunções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, logo, que,
caso...
Quando me perguntaram, respondi que te amava!
Se lhe enviarem o bilhete, avise que nos lembramos dela.
c) Advérbios
Aqui se estuda de verdade.
Sempre me esforcei para passar no concurso.
Se houver vírgula depois do advérbio, a próclise não existirá mais.
Aqui, estuda-se muito!
d) Pronomes
Alguém me perguntou isso? (indefinido)
A questão que te tirou do concurso foi anulada!!! (relativo)
Aquilo me emocionou muito. (demonstrativo)
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Português – Colocação Pronominal – Prof. Carlos Zambeli.
MESÓCLISE
Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.
Convidar-me-ão para a festa.
Entregá-lo-ia a você, se tivesse tempo.
Dar-te-ei a apostila de Português do Zambeli.
ÊNCLISE
Com o verbo no início da frase.
Entregaram-me as apostilas do curso.
Com o verbo no imperativo afirmativo.
Edgar, retire-se daqui!
AUX + PARTICÍPIO:
O pronome deve ficar depois do verbo auxiliar. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá
ficar antes do verbo auxiliar.
Havia-lhe contado aquele segredo.
Não lhe havia enviado os cheques.
Tenho-lhe contado a verdade.
Não lhe tenho contado a verdade.
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Infinitivo
Quero-lhe dizer o que aconteceu.Quero dizer-lhe o que aconteceu.
Gerúndio
Estou lhe dizendo a verdade.
Ia escrevendo-lhe o e-mail.
Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do
verbo principal.
Infinitivo
Não lhe vou dizer aquela história.
Não quero dizer-lhe meu nome.
Gerúndio
Não lhe ia dizendo a verdade.
Não ia dizendo-lhe a verdade.
Vou-lhe confessar. Estou-lhe telefonando.
Vou confessar-lhe. Estou telefonando-lhe.
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Português – Colocação Pronominal – Prof. Carlos Zambeli.
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Português
Crase
Ocorre crase
1. Substitua a palavra feminina por outra masculina correlata; em surgindo a combinação AO,
haverá crase.
•• Eles foram à praia.
•• O menino não obedeceu à professora.
•• Sou indiferente às críticas!
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4. Na indicação de horas determinadas: deve-se substituir a hora pela expressão “meio-dia”;
se aparecer AO antes de “meio-dia”, devemos colocar o acento, indicativo de crase no A.
•• Ele saiu às duas horas e vinte minutos. (ao meio dia)
•• Ele está aqui desde as duas horas. (o meio-dia).
5. Antes de nome próprio de lugares, deve-se colocar o verbo VOLTAR; se dissermos VOLTO
DA, haverá acento indicativo de crase; se dissermos VOLTO DE, não ocorrerá o acento.
•• Vou à Bahia. (volto da). Vou a São Paulo (volto de).
Observação:
Se o nome do lugar estiver acompanhado
de uma característica (adjunto
adnominal), o acento será obrigatório.
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Crase – Português – Prof. Carlos Zambeli
Crase Opcional
2. Antes de verbos.
•• Estou disposto a colaborar com ele.
•• Produtos a partir de R$ 1,99.
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6. Quando o A estiver no singular e a palavra a que ele se refere estiver no plural.
•• Refiro-me a pessoas que são competentes.
•• Entregaram tudo a secretárias do curso.
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Crase – Português – Prof. Carlos Zambeli
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Português
Pontuação
Emprego da Vírgula
Na ordem direta da oração (sujeito + verbo + complemento(s) + adjunto adverbial), NÃO use
vírgula entre os termos. Isso só ocorrerá ao deslocarem-se o predicativo ou o adjunto adverbial.
•• As pessoas desta turma enviaram as dicas de Português aos colegas no domingo.
•• Na páscoa, preciso comer também alface, rúcula, brócolis, cenoura, tomate, chocolate!
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3. Para separar o adjunto adverbial deslocado.
Observação: Se o adjunto adverbial for pequeno, a utilização da vírgula não é necessária, a não
ser que se queira enfatizar a informação nele contida.
•• Ontem comemoramos o seu aniversário.
•• As indústrias não querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão
dos lucros altos.
Entre as orações
1. Para separar orações coordenadas assindéticas.
•• ”Não me falta cadeira, não me falta sofá, só falta você sentada na sala, só falta você
estar.” (Arnaldo Antunes)
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Pontuação – Português – Prof. Carlos Zambeli
2. As orações coordenadas devem sempre ser separadas por vírgula. Orações coordenadas
são as que indicam adição (e, nem, mas também), alternância (ou, ou ... ou, ora ... ora),
adversidade (mas, porém, contudo...), conclusão (logo, portanto...) e explicação (porque,
pois).
•• Todos os alunos gostarão dessa dica, no entanto não há chances de ser cobrada na
prova.
3. Para separar orações coordenadas sindéticas ligadas por “e”, desde que os sujeitos sejam
diferentes.
•• As pessoas assistiam ao protestos pacificamente, e a polícia respeitava a todos.
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b) Explicativas: Explicações ou afirmações adicionais ao antecedente já definido plenamente
(com vírgula). Encerram uma qualidade inerente ao substantivo.
•• Os cachorros, que são peludos, devem ser bem tratados neste canil.
Emprego do Ponto-e-Vírgula
1. Para separar orações que contenham várias enumerações já separadas por vírgula ou que
encerrem comparações e contrastes.
•• Os jogadores estavam suados, nervosos, procurando a vitória; os espectadores
gritavam, incentivavam o time, exigiam resultados; o treinador angustiava-se, projetava
substituições.
3. Para alongar a pausa de conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
etc.), substituindo, assim, a vírgula.
•• Gostaria de estudar hoje; todavia, só chegarei perto dos livros amanhã.
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Direito Penal
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Direito Processual Penal
TÍTULO X
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
§ 3º É punido com reclusão, de três a Art. 291. Fabricar, adquirir, fornecer, a título
quinze anos, e multa, o funcionário público oneroso ou gratuito, possuir ou guardar
ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de maquinismo, aparelho, instrumento ou
emissão que fabrica, emite ou autoriza a qualquer objeto especialmente destinado à
fabricação ou emissão: falsificação de moeda:
I – de moeda com título ou peso inferior ao Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa.
determinado em lei; Emissão de título ao portador sem permissão
II – de papel-moeda em quantidade supe- legal
rior à autorizada. Art. 292. Emitir, sem permissão legal, nota,
§ 4º Nas mesmas penas incorre quem bilhete, ficha, vale ou título que contenha
desvia e faz circular moeda, cuja circulação promessa de pagamento em dinheiro ao
não estava ainda autorizada. portador ou a que falte indicação do nome da
pessoa a quem deva ser pago:
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Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa. II – importa, exporta, adquire, vende, troca,
cede, empresta, guarda, fornece ou restitui
Parágrafo único. Quem recebe ou utiliza à circulação selo falsificado destinado a
como dinheiro qualquer dos documentos controle tributário; (Incluído pela Lei nº
referidos neste artigo incorre na pena de 11.035, de 2004)
detenção, de quinze dias a três meses, ou
multa. III – importa, exporta, adquire, vende,
expõe à venda, mantém em depósito,
guarda, troca, cede, empresta, fornece,
porta ou, de qualquer forma, utiliza em
CAPÍTULO II proveito próprio ou alheio, no exercício de
DA FALSIDADE DE TÍTULOS E OUTROS atividade comercial ou industrial, produto
PAPÉIS PÚBLICOS ou mercadoria: (Incluído pela Lei nº 11.035,
de 2004)
Falsificação de papéis públicos
a) em que tenha sido aplicado selo que se
Art. 293. Falsificar, fabricando-os ou alterando- destine a controle tributário, falsificado;
os: (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004)
I – selo destinado a controle tributário, b) sem selo oficial, nos casos em que
papel selado ou qualquer papel de emissão a legislação tributária determina a
legal destinado à arrecadação de tributo; obrigatoriedade de sua aplicação. (Incluído
(Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004) pela Lei nº 11.035, de 2004)
II – papel de crédito público que não seja § 2º Suprimir, em qualquer desses papéis,
moeda de curso legal; quando legítimos, com o fim de torná-los
novamente utilizáveis, carimbo ou sinal
III – vale postal; indicativo de sua inutilização:
IV – cautela de penhor, caderneta de Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
depósito de caixa econômica ou de outro
estabelecimento mantido por entidade de § 3º Incorre na mesma pena quem usa,
direito público; depois de alterado, qualquer dos papéis a
que se refere o parágrafo anterior.
V – talão, recibo, guia, alvará ou qualquer
outro documento relativo a arrecadação § 4º Quem usa ou restitui à circulação,
de rendas públicas ou a depósito ou caução embora recibo de boa-fé, qualquer dos
por que o poder público seja responsável; papéis falsificados ou alterados, a que se
referem este artigo e o seu § 2º, depois de
VI – bilhete, passe ou conhecimento de conhecer a falsidade ou alteração, incorre
empresa de transporte administrada pela na pena de detenção, de seis meses a dois
União, por Estado ou por Município: anos, ou multa.
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa. § 5º Equipara-se a atividade comercial,
§ 1º Incorre na mesma pena quem: para os fins do inciso III do § 1o, qualquer
(Redação dada pela Lei nº 11.035, de 2004) forma de comércio irregular ou clandestino,
inclusive o exercido em vias, praças
I – usa, guarda, possui ou detém qualquer ou outros logradouros públicos e em
dos papéis falsificados a que se refere este residências. (Incluído pela Lei nº 11.035, de
artigo; (Incluído pela Lei nº 11.035, de 2004) 2004)
136 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito processual Penal – Crimes Contra a Fé Pública – Prof. Joerberth Nunes
www.acasadoconcurseiro.com.br 137
Falsificação de documento particular (Redação Falsidade material de atestado ou certidão
dada pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência
§ 1º Falsificar, no todo ou em parte, atestado
Art. 298. Falsificar, no todo ou em parte, ou certidão, ou alterar o teor de certidão
documento particular ou alterar documento ou de atestado verdadeiro, para prova de
particular verdadeiro: fato ou circunstância que habilite alguém
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa. a obter cargo público, isenção de ônus ou
de serviço de caráter público, ou qualquer
Falsificação de cartão (Incluído pela Lei nº outra vantagem:
12.737, de 2012) Vigência
Pena – detenção, de três meses a dois anos.
Parágrafo único. Para fins do disposto no
caput, equipara-se a documento particular § 2º Se o crime é praticado com o fim de
o cartão de crédito ou débito. (Incluído pela lucro, aplica-se, além da pena privativa de
Lei nº 12.737, de 2012) Vigência liberdade, a de multa.
Falsidade ideológica Falsidade de atestado médico
Art. 299. Omitir, em documento público ou Art. 302. Dar o médico, no exercício da sua
particular, declaração que dele devia constar, ou profissão, atestado falso:
nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou
diversa da que devia ser escrita, com o fim de Pena – detenção, de um mês a um ano.
prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a Parágrafo único. Se o crime é cometido com
verdade sobre fato juridicamente relevante: o fim de lucro, aplica-se também multa.
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se Reprodução ou adulteração de selo ou peça
o documento é público, e reclusão de um a três filatélica
anos, e multa, se o documento é particular.
Art. 303. Reproduzir ou alterar selo ou peça
Parágrafo único. Se o agente é funcionário filatélica que tenha valor para coleção, salvo
público, e comete o crime prevalecendo-se quando a reprodução ou a alteração está
do cargo, ou se a falsificação ou alteração é visivelmente anotada na face ou no verso do
de assentamento de registro civil, aumenta- selo ou peça:
se a pena de sexta parte.
Pena – detenção, de um a três anos, e multa.
Falso reconhecimento de firma ou letra
Parágrafo único. Na mesma pena incorre
Art. 300. Reconhecer, como verdadeira, no quem, para fins de comércio, faz uso do selo
exercício de função pública, firma ou letra que ou peça filatélica.
o não seja:
Uso de documento falso
Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa, se
o documento é público; e de um a três anos, e Art. 304. Fazer uso de qualquer dos papéis
multa, se o documento é particular. falsificados ou alterados, a que se referem os
arts. 297 a 302:
Certidão ou atestado ideologicamente falso
Pena – a cominada à falsificação ou à alteração.
Art. 301. Atestar ou certificar falsamente, em
razão de função pública, fato ou circunstância Supressão de documento
que habilite alguém a obter cargo público,
isenção de ônus ou de serviço de caráter Art. 305. Destruir, suprimir ou ocultar, em
público, ou qualquer outra vantagem: benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo
alheio, documento público ou particular
Pena – detenção, de dois meses a um ano. verdadeiro, de que não podia dispor:
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Direito processual Penal – Crimes Contra a Fé Pública – Prof. Joerberth Nunes
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa, se o Fraude de lei sobre estrangeiro
documento é público, e reclusão, de um a cinco
anos, e multa, se o documento é particular. Art. 309. Usar o estrangeiro, para entrar ou
permanecer no território nacional, nome que
não é o seu:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
CAPÍTULO IV
DE OUTRAS FALSIDADES Parágrafo único. Atribuir a estrangeiro falsa
qualidade para promover-lhe a entrada em
Falsificação do sinal empregado no contraste de território nacional: (Incluído pela Lei nº
metal precioso ou na fiscalização alfandegária, 9.426, de 1996)
ou para outros fins
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Art. 306. Falsificar, fabricando-o ou alterando-o, (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996)
marca ou sinal empregado pelo poder
Art. 310. Prestar-se a figurar como proprietário
público no contraste de metal precioso ou na
ou possuidor de ação, título ou valor
fiscalização alfandegária, ou usar marca ou sinal
pertencente a estrangeiro, nos casos em que a
dessa natureza, falsificado por outrem:
este é vedada por lei a propriedade ou a posse
Pena – reclusão, de dois a seis anos, e multa. de tais bens: (Redação dada pela Lei nº 9.426,
de 1996)
Parágrafo único. Se a marca ou sinal
falsificado é o que usa a autoridade pública Pena – detenção, de seis meses a três anos,
para o fim de fiscalização sanitária, ou e multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de
para autenticar ou encerrar determinados 1996)
objetos, ou comprovar o cumprimento de
Adulteração de sinal identificador de
formalidade legal:
veículo automotor (Redação dada pela Lei
Pena – reclusão ou detenção, de um a três anos, nº 9.426, de 1996)
e multa.
Art. 311. Adulterar ou remarcar número de
Falsa identidade chassi ou qualquer sinal identificador de
veículo automotor, de seu componente ou
Art. 307. Atribuir-se ou atribuir a terceiro falsa equipamento: (Redação dada pela Lei nº 9.426,
identidade para obter vantagem, em proveito de 1996)
próprio ou alheio, ou para causar dano a
outrem: Pena – reclusão, de três a seis anos, e multa.
(Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996)
Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
multa, se o fato não constitui elemento de crime § 1º Se o agente comete o crime no exercício
mais grave. da função pública ou em razão dela, a pena
é aumentada de um terço. (Incluído pela
Art. 308. Usar, como próprio, passaporte, título Lei nº 9.426, de 1996)
de eleitor, caderneta de reservista ou qualquer
documento de identidade alheia ou ceder a § 2º Incorre nas mesmas penas o funcionário
outrem, para que dele se utilize, documento público que contribui para o licenciamento
dessa natureza, próprio ou de terceiro: ou registro do veículo remarcado ou
adulterado, fornecendo indevidamente
Pena – detenção, de quatro meses a dois anos, material ou informação oficial. (Incluído
e multa, se o fato não constitui elemento de pela Lei nº 9.426, de 1996)
crime mais grave.
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CAPÍTULO V IV – exame ou processo seletivo previstos
(Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011) em lei: (Incluído pela Lei nº 12.550 de 2011)
MATERIAL COMPLEMENTAR
140 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito processual Penal – Crimes Contra a Fé Pública – Prof. Joerberth Nunes
www.acasadoconcurseiro.com.br 141
4. Art. 301, CP: Certidão ou atestado ideologicamente falso
•• afasta, neste caso, a incidência do art. 299, CP
•• par. 1º: não confundir com o art. 297, CP
142 www.acasadoconcurseiro.com.br
Direito Penal
www.acasadoconcurseiro.com.br 143
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas infração de dever funcional, cedendo a
pedido ou influência de outrem:
Art. 315. Dar às verbas ou rendas públicas
aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena – detenção, de três meses a um ano, ou
multa.
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
Facilitação de contrabando ou descaminho
Concussão
Art. 318. Facilitar, com infração de dever
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta funcional, a prática de contrabando ou
ou indiretamente, ainda que fora da função descaminho (art. 334):
ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida: Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
multa.
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Prevaricação
Excesso de exação
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar,
§ 1º Se o funcionário exige tributo ou indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo
contribuição social que sabe ou deveria contra disposição expressa de lei, para satisfazer
saber indevido, ou, quando devido, interesse ou sentimento pessoal:
emprega na cobrança meio vexatório ou
gravoso, que a lei não autoriza: Pena – detenção, de três meses a um ano, e
multa.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e
multa. Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária
e/ou agente público, de cumprir seu dever de
§ 2º Se o funcionário desvia, em proveito vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico,
próprio ou de outrem, o que recebeu de rádio ou similar, que permita a comunicação
indevidamente para recolher aos cofres com outros presos ou com o ambiente externo:
públicos:
Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
Condescendência criminosa
Corrupção passiva
Art. 320. Deixar o funcionário, por indulgência,
Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para de responsabilizar subordinado que cometeu
outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora infração no exercício do cargo ou, quando
da função ou antes de assumi-la, mas em razão lhe falte competência, não levar o fato ao
dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa conhecimento da autoridade competente:
de tal vantagem:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
multa.
Advocacia administrativa
§ 1º A pena é aumentada de um terço,
se, em consequência da vantagem ou Art. 321. Patrocinar, direta ou indiretamente,
promessa, o funcionário retarda ou deixa de interesse privado perante a administração
praticar qualquer ato de ofício ou o pratica pública, valendo-se da qualidade de funcionário:
infringindo dever funcional.
Pena – detenção, de um a três meses, ou multa.
§ 2º Se o funcionário pratica, deixa de
praticar ou retarda ato de ofício, com Parágrafo único. Se o interesse é ilegítimo:
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
Pena – detenção, de três meses a um ano, além qualquer outra forma, o acesso de pessoas
da multa. não autorizadas a sistemas de informações
ou banco de dados da Administração
Violência arbitrária Pública;
Art. 322. Praticar violência, no exercício de II – se utiliza, indevidamente, do acesso
função ou a pretexto de exercê-la: restrito.
Pena – detenção, de seis meses a três anos, § 2º Se da ação ou omissão resulta dano à
além da pena correspondente à violência. Administração Pública ou a outrem:
Abandono de função Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos,
e multa.
Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos
casos permitidos em lei: Violação do sigilo de proposta de concorrência
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou Art. 326. Devassar o sigilo de proposta de
multa. concorrência pública, ou proporcionar a terceiro
o ensejo de devassá-lo:
§ 1º Se do fato resulta prejuízo público:
Pena – Detenção, de três meses a um ano, e
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
multa.
Funcionário público
§ 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido
na faixa de fronteira: Art. 327. Considera-se funcionário público,
para os efeitos penais, quem, embora
Pena – detenção, de um a três anos, e multa. transitoriamente ou sem remuneração, exerce
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou cargo, emprego ou função pública.
prolongado § 1º Equipara-se a funcionário público
quem exerce cargo, emprego ou função em
Art. 324. Entrar no exercício de função pública entidade paraestatal, e quem trabalha para
antes de satisfeitas as exigências legais, ou empresa prestadora de serviço contratada
continuar a exercê-la, sem autorização, depois ou conveniada para a execução de atividade
de saber oficialmente que foi exonerado, típica da Administração Pública.
removido, substituído ou suspenso:
§ 2º A pena será aumentada da terça parte
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou quando os autores dos crimes previstos
multa. neste Capítulo forem ocupantes de cargos
Violação de sigilo funcional em comissão ou de função de direção ou
assessoramento de órgão da administração
Art. 325. Revelar fato de que tem ciência em direta, sociedade de economia mista,
razão do cargo e que deva permanecer em empresa pública ou fundação instituída
segredo, ou facilitar-lhe a revelação: pelo poder público.
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou
multa, se o fato não constitui crime mais grave.
CAPÍTULO II
§ 1º Nas mesmas penas deste artigo incorre DOS CRIMES PRATICADOS
quem:
POR PARTICULAR CONTRA A
I – permite ou facilita, mediante atribuição, ADMINISTRAÇÃO EM GERAL
fornecimento e empréstimo de senha ou
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Usurpação de função pública Parágrafo único. A pena é aumentada
da metade, se o agente alega ou insinua
Art. 328. Usurpar o exercício de função pública: que a vantagem é também destinada ao
Pena – detenção, de três meses a dois anos, e funcionário.
multa. Corrupção ativa
Parágrafo único. Se do fato o agente aufere Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem
vantagem: indevida a funcionário público, para determiná-
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício:
multa. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
Resistência multa.
Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, Parágrafo único. A pena é aumentada de
mediante violência ou ameaça a funcionário um terço, se, em razão da vantagem ou
competente para executá-lo ou a quem lhe promessa, o funcionário retarda ou omite
esteja prestando auxílio: ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.
Pena – detenção, de dois meses a dois anos.
Descaminho
§ 1º Se o ato, em razão da resistência, não
se executa: Art. 334. Iludir, no todo ou em parte, o
pagamento de direito ou imposto devido
Pena – reclusão, de um a três anos. pela entrada, pela saída ou pelo consumo de
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem mercadoria.
prejuízo das correspondentes à violência. Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Desobediência § 1º Incorre na mesma pena quem:
Art. 330. Desobedecer a ordem legal de I – pratica navegação de cabotagem, fora
funcionário público: dos casos permitidos em lei;
Pena – detenção, de quinze dias a seis meses, e II – pratica fato assimilado, em lei especial,
multa. a descaminho;
Desacato III – vende, expõe à venda, mantém em
Art. 331. Desacatar funcionário público no depósito ou, de qualquer forma, utiliza em
exercício da função ou em razão dela: proveito próprio ou alheio, no exercício
de atividade comercial ou industrial,
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, ou mercadoria de procedência estrangeira
multa. que introduziu clandestinamente no País
ou importou fraudulentamente ou que
Tráfico de Influência sabe ser produto de introdução clandestina
Art. 332. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para no território nacional ou de importação
si ou para outrem, vantagem ou promessa de fraudulenta por parte de outrem;
vantagem, a pretexto de influir em ato praticado IV – adquire, recebe ou oculta, em proveito
por funcionário público no exercício da função: próprio ou alheio, no exercício de atividade
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e comercial ou industrial, mercadoria de
multa. procedência estrangeira, desacompanhada
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
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I – omitir de folha de pagamento da empresa e nos mesmos índices do reajuste dos
ou de documento de informações previsto benefícios da previdência social.
pela legislação previdenciária segurados
empregado, empresário, trabalhador
avulso ou trabalhador autônomo ou a este
equiparado que lhe prestem serviços; CAPÍTULO II-A
DOS CRIMES PRATICADOS
II – deixar de lançar mensalmente nos títulos
próprios da contabilidade da empresa as POR PARTICULAR CONTRA A
quantias descontadas dos segurados ou as ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
devidas pelo empregador ou pelo tomador ESTRANGEIRA
de serviços;
Corrupção ativa em transação comercial
III – omitir, total ou parcialmente, receitas internacional
ou lucros auferidos, remunerações pagas
ou creditadas e demais fatos geradores de Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou
contribuições sociais previdenciárias: indiretamente, vantagem indevida a funcionário
público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato
multa. de ofício relacionado à transação comercial
§ 1º É extinta a punibilidade se o agente, internacional:
espontaneamente, declara e confessa as Pena – reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) anos, e
contribuições, importâncias ou valores e multa.
presta as informações devidas à previdência
social, na forma definida em lei ou Parágrafo único. A pena é aumentada de
regulamento, antes do início da ação fiscal. 1/3 (um terço), se, em razão da vantagem
ou promessa, o funcionário público
§ 2º É facultado ao juiz deixar de aplicar a estrangeiro retarda ou omite o ato de ofício,
pena ou aplicar somente a de multa se o ou o pratica infringindo dever funcional.
agente for primário e de bons antecedentes,
desde que: Tráfico de influência em transação comercial
internacional
I – (VETADO) A
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para
II – o valor das contribuições devidas, si ou para outrem, direta ou indiretamente,
inclusive acessórios, seja igual ou inferior vantagem ou promessa de vantagem a pretexto
àquele estabelecido pela previdência de influir em ato praticado por funcionário
social, administrativamente, como sendo público estrangeiro no exercício de suas
o mínimo para o ajuizamento de suas funções, relacionado a transação comercial
execuções fiscais. internacional:
§ 3º Se o empregador não é pessoa jurídica Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e
e sua folha de pagamento mensal não multa.
ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos
Parágrafo único. A pena é aumentada
e dez reais), o juiz poderá reduzir a pena de
da metade, se o agente alega ou insinua
um terço até a metade ou aplicar apenas a
que a vantagem é também destinada a
de multa.
funcionário estrangeiro.
§ 4º O valor a que se refere o parágrafo
Funcionário público estrangeiro
anterior será reajustado nas mesmas datas
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
Art. 337-D. Considera-se funcionário público Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
estrangeiro, para os efeitos penais, quem, ainda
que transitoriamente ou sem remuneração, Autoacusação falsa
exerce cargo, emprego ou função pública Art. 341. Acusar-se, perante a autoridade, de
em entidades estatais ou em representações crime inexistente ou praticado por outrem:
diplomáticas de país estrangeiro.
Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário multa.
público estrangeiro quem exerce cargo,
emprego ou função em empresas Falso testemunho ou falsa perícia
controladas, diretamente ou indiretamente, Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou
pelo Poder Público de país estrangeiro ou calar a verdade como testemunha, perito,
em organizações públicas internacionais. contador, tradutor ou intérprete em processo
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou
em juízo arbitral:
CAPÍTULO III Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e
DOS CRIMES CONTRA A multa.
ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA § 1º As penas aumentam-se de um sexto a
um terço, se o crime é praticado mediante
Reingresso de estrangeiro expulso
suborno ou se cometido com o fim de
Art. 338. Reingressar no território nacional o obter prova destinada a produzir efeito em
estrangeiro que dele foi expulso: processo penal, ou em processo civil em
que for parte entidade da administração
Pena – reclusão, de um a quatro anos, sem pública direta ou indireta.
prejuízo de nova expulsão após o cumprimento
da pena. § 2º O fato deixa de ser punível se, antes
da sentença no processo em que ocorreu
Denunciação caluniosa o ilícito, o agente se retrata ou declara a
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação verdade.
policial, de processo judicial, instauração de Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro
investigação administrativa, inquérito civil ou ou qualquer outra vantagem a testemunha,
ação de improbidade administrativa contra perito, contador, tradutor ou intérprete, para
alguém, imputando-lhe crime de que o sabe fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade
inocente: em depoimento, perícia, cálculos, tradução ou
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa. interpretação:
§ 1º A pena é aumentada de sexta parte, Pena – reclusão, de três a quatro anos, e multa.
se o agente se serve de anonimato ou de Parágrafo único. As penas aumentam-se de
nome suposto. um sexto a um terço, se o crime é cometido
§ 2º A pena é diminuída de metade, se a com o fim de obter prova destinada a
imputação é de prática de contravenção. produzir efeito em processo penal ou em
processo civil em que for parte entidade da
Comunicação falsa de crime ou de contravenção administração pública direta ou indireta.
Art. 340. Provocar a ação de autoridade, Coação no curso do processo
comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de
contravenção que sabe não se ter verificado:
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Art. 344. Usar de violência ou grave ameaça, § 1º Se ao crime não é cominada pena de
com o fim de favorecer interesse próprio ou reclusão:
alheio, contra autoridade, parte, ou qualquer
outra pessoa que funciona ou é chamada Pena – detenção, de quinze dias a três meses, e
a intervir em processo judicial, policial ou multa.
administrativo, ou em juízo arbitral: § 2º Se quem presta o auxílio é ascendente,
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa, descendente, cônjuge ou irmão do
além da pena correspondente à violência. criminoso, fica isento de pena.
Art. 345. Fazer justiça pelas próprias mãos, para Art. 349. Prestar a criminoso, fora dos casos de
satisfazer pretensão, embora legítima, salvo coautoria ou de receptação, auxílio destinado a
quando a lei o permite: tornar seguro o proveito do crime:
Pena – detenção, de quinze dias a um mês, Pena – detenção, de um a seis meses, e multa.
ou multa, além da pena correspondente à Art. 349-A. Ingressar, promover, intermediar,
violência. auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho
Parágrafo único. Se não há emprego de telefônico de comunicação móvel, de
violência, somente se procede mediante rádio ou similar, sem autorização legal, em
queixa. estabelecimento prisional.
Art. 346. Tirar, suprimir, destruir ou danificar Pena: detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
coisa própria, que se acha em poder de terceiro Exercício arbitrário ou abuso de poder
por determinação judicial ou convenção:
Art. 350. Ordenar ou executar medida privativa
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e de liberdade individual, sem as formalidades
multa. legais ou com abuso de poder:
Fraude processual Pena – detenção, de um mês a um ano.
Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência Parágrafo único. Na mesma pena incorre o
de processo civil ou administrativo, o estado funcionário que:
de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de
induzir a erro o juiz ou o perito: I – ilegalmente recebe e recolhe alguém a
prisão, ou a estabelecimento destinado a
Pena – detenção, de três meses a dois anos, e execução de pena privativa de liberdade ou
multa. de medida de segurança;
Parágrafo único. Se a inovação se destina II – prolonga a execução de pena ou de
a produzir efeito em processo penal, ainda medida de segurança, deixando de expedir
que não iniciado, as penas aplicam-se em em tempo oportuno ou de executar
dobro. imediatamente a ordem de liberdade;
Favorecimento pessoal III – submete pessoa que está sob sua guarda
Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de ou custódia a vexame ou a constrangimento
autoridade pública autor de crime a que é não autorizado em lei;
cominada pena de reclusão: IV – efetua, com abuso de poder, qualquer
Pena – detenção, de um a seis meses, e multa. diligência.
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
Art. 352. Evadir-se ou tentar evadir-se o Art. 357. Solicitar ou receber dinheiro ou
preso ou o indivíduo submetido a medida de qualquer outra utilidade, a pretexto de influir
segurança detentiva, usando de violência contra em juiz, jurado, órgão do Ministério Público,
a pessoa: funcionário de justiça, perito, tradutor,
intérprete ou testemunha:
Pena – detenção, de três meses a um ano, além
da pena correspondente à violência. Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.
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Desobediência a decisão judicial sobre perda financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no
ou suspensão de direito exercício seguinte, que não tenha contrapartida
suficiente de disponibilidade de caixa:
Art. 359. Exercer função, atividade, direito,
autoridade ou múnus, de que foi suspenso ou Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
privado por decisão judicial: Ordenação de despesa não autorizada
Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou Art. 359-D. Ordenar despesa não autorizada por
multa. lei:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
CAPÍTULO IV Prestação de garantia graciosa
DOS CRIMES CONTRA AS FINANÇAS
Art. 359-E. Prestar garantia em operação de
PÚBLICAS crédito sem que tenha sido constituída contra
garantia em valor igual ou superior ao valor da
Contratação de operação de crédito
garantia prestada, na forma da lei:
Art. 359-A. Ordenar, autorizar ou realizar
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
operação de crédito, interno ou externo, sem
prévia autorização legislativa: Não cancelamento de restos a pagar
Pena – reclusão, de 1 (um) a 2 (dois) anos. Art. 359-F. Deixar de ordenar, de autorizar ou
de promover o cancelamento do montante de
Parágrafo único. Incide na mesma pena
restos a pagar inscrito em valor superior ao
quem ordena, autoriza ou realiza operação
permitido em lei:
de crédito, interno ou externo:
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)
I – com inobservância de limite, condição
anos.
ou montante estabelecido em lei ou em
resolução do Senado Federal; Aumento de despesa total com pessoal no
último ano do mandato ou legislatura
II – quando o montante da dívida
consolidada ultrapassa o limite máximo Art. 359-G. Ordenar, autorizar ou executar ato
autorizado por lei. que acarrete aumento de despesa total com
pessoal, nos cento e oitenta dias anteriores ao
Inscrição de despesas não empenhadas em
final do mandato ou da legislatura:
restos a pagar
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Art. 359-B. Ordenar ou autorizar a inscrição em
restos a pagar, de despesa que não tenha sido Oferta pública ou colocação de títulos no
previamente empenhada ou que exceda limite mercado
estabelecido em lei:
Art. 359-H. Ordenar, autorizar ou promover
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) a oferta pública ou a colocação no mercado
anos. financeiro de títulos da dívida pública sem
que tenham sido criados por lei ou sem que
Assunção de obrigação no último ano do estejam registrados em sistema centralizado de
mandato ou legislatura liquidação e de custódia:
Art. 359-C. Ordenar ou autorizar a assunção Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
de obrigação, nos dois últimos quadrimestres
do último ano do mandato ou legislatura, cuja
despesa não possa ser paga no mesmo exercício
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
MATERIAL COMPLEMENTAR
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•• parágrafo 2º : corrupção passiva privilegiada
•• não confundir com art. 333, CP
•• art. 3º, II, lei 8137/90 : princípio da especialidade
7. Art. 318, CP : facilitação de contrabando ou descaminho (IMPORTANTE)
•• exceção à teoria monista : art. 29, CP (art. 334, CP e art. 334-A, CP)
•• sujeito ativo : somente o funcionário público que agir com infração do dever funcional
•• crime próprio
8. Art. 319, CP : prevaricação (IMPORTANTE)
•• dolo de fazer ou deixar de fazer alguma coisa com o objetivo de satisfazer sentimento ou
interesse pessoal
•• consuma-se com a omissão
•• crime próprio
•• nas condutas omisssivas, não se admite a tentativa, enquanto nas condutas comissivas, é
perfeitamente possível.
•• não confundir com os crimes dos arts. 317, parágrafo 2º, CP e art. 320, CP
9. Art. 320, CP : Condescendência Criminosa (IMPORTANTE)
•• crime próprio
•• não confundir com prevaricação, art. 319, CP
•• elemento subjetivo do tipo : por indulgência
10. Art. 321, CP : Advocacia Administrativa (IMPORTANTE)
•• crime próprio
•• núcleo do tipo : “patrocinar” : favorecer, advogar interesse perante a administração pública
•• art. 3º, III, lei 8137/90 : princípio da especialidade
11. Art. 327, CP : conceito legal de funcionário público (IMPORTANTE)
•• conceito mais amplo do que o conceito de funcionário público no Direito Administrativo
•• crimes funcionais próprios : a ausência da qualidade de funcionário público torna o fato
atípico : art. 319, CP; art. 320, CP
•• crimes funcionais impróprios : a ausência da qualidade de funcionário público não torna
o fato atípico : art. Art. 312, CP, o qual pode ser art. 168, CP,uma vez não sendo o autor
funcionário público
12. Art. 328, CP: Usurpação de Função Pública
•• núcleo do tipo : apoderar-se
•• os crimes do capítulo II são de particulares contra a Administração Pública
•• parágrafo único : forma qualificada
13. Art. 329, CP : Resistência (IMPORTANTE)
•• deve ser mediante grave ameaça ou violência
•• crime formal
•• sujeito passivo : Estado, funcionário público que executa o ato ou o terceiro que o auxilia
•• resistência passiva : art. 330, CP
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Direito Penal – Crimes Contra a Administração Pública – Prof. Joerberth Nunes
•• parágrafo 2º, CP : concurso de crimes com o crime de lesões leves, graves ou gravíssimas ou
homicídio; a simples ameaça, se este for o meio executório restará absorvida.
14. Art. 330, CP : Desobediência
•• ordem legal;
•• pode ser omissivo ou comissivo
15. Art. 331, CP : Desacato (IMPORTANTE)
•• é desacatar funcionário público em razão de sua função, ainda que fora dela, porém devido
à função
•• pode ser por meio de qualquer ato;
•• deve ser na presença do funcionário público, sob pena de ser outro crime, nos termos do
art. 138, 139, 140, c/c art. 141, II, CP
16. Art. 332, CP : Tráfico de Influência (IMPORTANTE)
•• crime formal
•• objeto material : qualquer vantagem ou promessa de vantagem
•• diferenciar do art. 357, CP
17. Art. 333, CP : Corrupção ativa (IMPORTANTE)
•• núcleo do tipo : “oferecer” ou “prometer”
•• crime formal
•• não confundir com o crime do art. 317, CP
18. Art. 334, CP : Descaminho
•• descaminho : iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido na
entrada ou saída de mercadoria permitida
•• princípio da insignificância
19. Art. 334-A, CP : Contrabando
•• contrabando : ingressou exportação no país de mercadoria ilegal
20. Art. 337-A : sonegação de contribuição previdenciária (IMPORTANTE)
•• suprimir : eliminar; reduzir : diminuir
•• parágrafo 2º : perdão judicial
21. Art. 339, CP : Denunciação Caluniosa
•• atribuir a alguém (determinado) a prática de um crime. No que à contravenção, vide art.
339, parágrafo 2º, CP
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•• imputação de fato preciso e determinado
22. Art. 340, CP :Falsa Comunicação de Crime ou Contravenção
•• o agente comunica falsamente a prática de crime ou contravenção, sem, no entanto,
atribuir a terceiro determinado
23. Art. 341, CP : Auto-Acusação Falsa
•• núcleo do tipo : atribuir a si a autoria de crime inexistente ou praticado por terceiro
•• pode haver concurso de crimes com o art. 339, CP
24. Art. 342, CP : Falso Testemunho ou Falsa Perícia
•• núcleo do tipo : “fazer afirmação falsa”, “negar” ou “calar a verdade” (reticência)
•• crime de mão própria
•• ver parágrafo 1º e parágrafo 2º (retratação, como forma de extinção da punibilidade, art.
107, CP)
•• não confundir com o crime do art. 138, CP
25. Art. 343, CP : Suborno
•• se for contra perito, contador, tradutor ou intérprete oficial, haverá o crime do art. 333, CP,
eis que se trata de funcionários públicos
•• objeto material : dinheiro ou qualquer vantagem
26. Art. 344, CP : Coação no curso do Processo
•• meios de execução : violência ou grave ameaça
27. Art. 348, CP : Favorecimento Pessoal
•• ver parágrafos
28. Art. 349, CP : Favorecimento Real
•• não confundir com art. 180, CP
29. Art. 350, CP : Exercício Arbitrário ou Abuso de Poder :
•• diferenciar do crime de Abuso de Autoridade da lei 4898/65
30. Art. 359-A a H : Crimes contra as Finanças Públicas
•• leitura atenta (IMPORTANTE)
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Direito Processual Penal
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Direito Processual Penal
Sujeitos Processuais
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Art. 256. A suspeição não poderá ser Art. 261. Nenhum acusado, ainda que ausente
declarada nem reconhecida, quando a parte ou foragido, será processado ou julgado sem
injuriar o juiz ou de propósito der motivo defensor.
para criá-la.
Parágrafo único. A defesa técnica,
quando realizada por defensor público ou
CAPÍTULO II dativo, será sempre exercida através de
manifestação fundamentada.
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Art. 262. Ao acusado menor dar-se-á curador.
Art. 257. Ao Ministério Público cabe: (
Art. 263. Se o acusado não o tiver, ser-lhe-á
I - promover, privativamente, a ação penal nomeado defensor pelo juiz, ressalvado o seu
pública, na forma estabelecida neste direito de, a todo tempo, nomear outro de sua
Código; e confiança, ou a si mesmo defender-se, caso
II - fiscalizar a execução da lei. tenha habilitação.
Art. 258. Os órgãos do Ministério Público Parágrafo único. O acusado, que não for
não funcionarão nos processos em que o juiz pobre, será obrigado a pagar os honorários
ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou do defensor dativo, arbitrados pelo juiz.
parente, consangüíneo ou afim, em linha reta Art. 264. Salvo motivo relevante, os advogados
ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e e solicitadores serão obrigados, sob pena de
a eles se estendem, no que Ihes for aplicável, multa de cem a quinhentos mil-réis, a prestar
as prescrições relativas à suspeição e aos seu patrocínio aos acusados, quando nomeados
impedimentos dos juízes. pelo Juiz.
Art. 265. O defensor não poderá abandonar
o processo senão por motivo imperioso,
CAPÍTULO III comunicado previamente o juiz, sob pena de
DO ACUSADO E SEU DEFENSOR multa de 10 (dez) a 100 (cem) salários mínimos,
sem prejuízo das demais sanções cabíveis.
Art. 259. A impossibilidade de identificação
do acusado com o seu verdadeiro nome ou § 1º A audiência poderá ser adiada se, por
outros qualificativos não retardará a ação penal, motivo justificado, o defensor não puder
quando certa a identidade física. A qualquer comparecer.
tempo, no curso do processo, do julgamento § 2º Incumbe ao defensor provar o
ou da execução da sentença, se for descoberta impedimento até a abertura da audiência.
a sua qualificação, far-se-á a retificação, por Não o fazendo, o juiz não determinará
termo, nos autos, sem prejuízo da validade dos o adiamento de ato algum do processo,
atos precedentes. devendo nomear defensor substituto, ainda
Art. 260. Se o acusado não atender à intimação que provisoriamente ou só para o efeito do
para o interrogatório, reconhecimento ou ato.
qualquer outro ato que, sem ele, não possa ser Art. 266. A constituição de defensor independe-
realizado, a autoridade poderá mandar conduzi- rá de instrumento de mandato, se o acusado o
lo à sua presença. indicar por ocasião do interrogatório.
Parágrafo único. O mandado conterá, além Art. 267. Nos termos do art. 252, não funciona-
da ordem de condução, os requisitos men- rão como defensores os parentes do juiz.
cionados no art. 352, no que Ihe for aplicá-
vel.
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Direito Processual Penal – Sujeitos Processuais – Prof. Joerberth Nunes
CAPÍTULO IV CAPÍTULO VI
DOS ASSISTENTES DOS PERITOS E INTÉRPRETES
Art. 268. Em todos os termos da ação pública, Art. 275. O perito, ainda quando não oficial,
poderá intervir, como assistente do Ministério estará sujeito à disciplina judiciária.
Público, o ofendido ou seu representante legal,
ou, na falta, qualquer das pessoas mencionadas Art. 276. As partes não intervirão na nomeação
no Art. 31. do perito.
Art. 269. O assistente será admitido enquanto Art. 277. O perito nomeado pela autoridade
não passar em julgado a sentença e receberá a será obrigado a aceitar o encargo, sob pena
causa no estado em que se achar. de multa de cem a quinhentos mil-réis, salvo
escusa atendível.
Art. 270. O co-réu no mesmo processo não
poderá intervir como assistente do Ministério Parágrafo único. Incorrerá na mesma multa
Público. o perito que, sem justa causa, provada
imediatamente:
Art. 271. Ao assistente será permitido propor
meios de prova, requerer perguntas às a) deixar de acudir à intimação ou ao
testemunhas, aditar o libelo e os articulados, chamado da autoridade;
participar do debate oral e arrazoar os recursos b) não comparecer no dia e local designados
interpostos pelo Ministério Público, ou por ele para o exame;
próprio, nos casos dos arts. 584, § 1º, e 598.
c) não der o laudo, ou concorrer para
§ 1º O juiz, ouvido o Ministério Público, que a perícia não seja feita, nos prazos
decidirá acerca da realização das provas estabelecidos.
propostas pelo assistente.
Art. 278. No caso de não-comparecimento do
§ 2º O processo prosseguirá independen- perito, sem justa causa, a autoridade poderá
temente de nova intimação do assistente, determinar a sua condução.
quando este, intimado, deixar de compare-
cer a qualquer dos atos da instrução ou do Art. 279. Não poderão ser peritos:
julgamento, sem motivo de força maior de- I – os que estiverem sujeitos à interdição de
vidamente comprovado. direito mencionada nos ns. I e IV do art. 69
Art. 272. O Ministério Público será ouvido do Código Penal;
previamente sobre a admissão do assistente. II – os que tiverem prestado depoimento no
Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, processo ou opinado anteriormente sobre o
o assistente, não caberá recurso, devendo, objeto da perícia;
entretanto, constar dos autos o pedido e a III – os analfabetos e os menores de 21
decisão. anos.
Art. 280. É extensivo aos peritos, no que Ihes for
aplicável, o disposto sobre suspeição dos juízes.
CAPÍTULO V
DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA Art. 281. Os intérpretes são, para todos os
efeitos, equiparados aos peritos.
Art. 274. As prescrições sobre suspeição
dos juízes estendem-se aos serventuários e
funcionários da justiça, no que Ihes for aplicável.
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Material Complementar
1. PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL: ART. 251, CPP;
2. DAS CAUSAS DE IMPEDIMENTO DOS JUÍZES: ART. 252, CPP
2.1. relação entre o juiz e o objeto da causa
3. DAS CAUSAS DE SUSPEIÇÃO: ART. 254, CPP
3.1. relação entre o juiz e a matéria em debate
3.2. parentesco consanguíneo e por afinidade: arts. 1591, 1592, 1595, CPC
4.. JUÍZOS COLETIVOS. ART. 253, CPP
5. CAUSAS DE MANUTENÇÃO OU CESSAÇÃO DO IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO: ART. 255,
CPP
6. ANIMOSIDADE POR MÁ-FÉ DA PARTE: ART. 256, CPP
7. FUNÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: ART. 257, CPP E ART. 129, CF
8. CAUSAS DE IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO: ART. 257, CPP
9. ACUSADO E SEU DEFENSOR: ART. 259 A 267, CPP
10. INDISPONIBILIDADE DO DIREITO DE DEFESA: ART. 261, CPP
11. PRINCÍPIO DA NÃO AUTOINCRIMINAÇÃO: ART. 260, CPP
12. ASSISTENTE DA ACUSAÇÃO: ART. 268 A 273, CPP
13. ASSISTÊNCIA DO CORRÉU: ART. 270,CPP
14. ATRIBUIÇÕES DO ASSISTENTE: ART. 271, CPP
15. DA OITIVA DO MINISTÉRIO PÚBLICO E A ADMISSÃO DO ASSISTENTE: ART. 272, CPP
16. DA DECISÃO DO JUIZ NA HABILITAÇÃO DO ASSISTENTE
17. DOS FUNCIONÁRIOS DA JUSTIÇA: ART. 274, CPP: DA DESNECESSIDADE DO ARTIGO, EIS QUE,
SEGUNDO A DOUTRINA, ESTES FUNCIONÁRIOS ATOS DECISÓRIOS.
18. PERITOS E INTÉRPRETES: ART. 275 A 281, CPP
19. PERITO: É A PESSOA QUE POSSUI ESPECIALIDADE EM DETERMINADO ASSUNTO, O QUAL
SERVE COMO AUXILIAR DA JUSTIÇA.
20. INTÉRPRETE: É A PESSOA QUE SERVE COMO AUXILIAR DA JUSTIÇA DE IDIOMAS E OUTRA
DFORMAS DE COMUNICAÇÃO, NA BUSCA DE RELAÇÃO ENTRE O OUVIDO, O JUIZ E ÁS
PARTES.
21. SUSPEIÇÃO DOS PERITOS E INTÉRPRETES: ART. 280, CPP E ART. 281, CPP
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Direito Processual Penal
Citação e Intimação
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Art. 359. O dia designado para funcionário sua residência e profissão, se constarem do
público comparecer em juízo, como acusado, processo;
será notificado assim a ele como ao chefe de
sua repartição. III – o fim para que é feita a citação;
Art. 360. Se o réu estiver preso, será IV – o juízo e o dia, a hora e o lugar em que
pessoalmente citado. o réu deverá comparecer;
Art. 361. Se o réu não for encontrado, será V – o prazo, que será contado do dia da
citado por edital, com o prazo de 15 (quinze) publicação do edital na imprensa, se houver,
dias. ou da sua afixação.
Art. 362. Verificando que o réu se oculta para Parágrafo único. O edital será afixado à
não ser citado, o oficial de justiça certificará porta do edifício onde funcionar o juízo
a ocorrência e procederá à citação com hora e será publicado pela imprensa, onde
certa, na forma estabelecida nos arts. 227 a houver, devendo a afixação ser certificada
229 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - pelo oficial que a tiver feito e a publicação
Código de Processo Civil. provada por exemplar do jornal ou certidão
do escrivão, da qual conste a página do
Parágrafo único. Completada a citação com jornal com a data da publicação.
hora certa, se o acusado não comparecer,
ser-lhe-á nomeado defensor dativo. Art. 366. Se o acusado, citado por edital, não
comparecer, nem constituir advogado, ficarão
Art. 363. O processo terá completada a sua suspensos o processo e o curso do prazo
formação quando realizada a citação do prescricional, podendo o juiz determinar a
acusado. produção antecipada das provas consideradas
urgentes e, se for o caso, decretar prisão
I – (revogado); preventiva, nos termos do disposto no art. 312.
II – (revogado). § 1º (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 1º Não sendo encontrado o acusado, será § 2º (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
procedida a citação por edital.
Art. 367. O processo seguirá sem a presença do
§ 2º (VETADO) acusado que, citado ou intimado pessoalmente
§ 3º (VETADO) para qualquer ato, deixar de comparecer sem
motivo justificado, ou, no caso de mudança de
§ 4º Comparecendo o acusado citado por residência, não comunicar o novo endereço ao
edital, em qualquer tempo, o processo juízo.
observará o disposto nos arts. 394 e
seguintes deste Código. Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro,
em lugar sabido, será citado mediante carta
Art. 364. No caso do artigo anterior, no I, o rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de
prazo será fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 prescrição até o seu cumprimento.
(noventa) dias, de acordo com as circunstâncias,
e, no caso de no II, o prazo será de trinta dias. Art. 369. As citações que houverem de ser
feitas em legações estrangeiras serão efetuadas
Art. 365. O edital de citação indicará: mediante carta rogatória. (Redação dada pela
I – o nome do juiz que a determinar; Lei nº 9.271, de 17.4.1996)
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Direito Processual Penal – Citação e Intimação – Prof. Joerberth Nunes
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Direito Processual Penal
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defesa, oferecer documentos e justificações, arroladas pela acusação e pela defesa, nesta
especificar as provas pretendidas e arrolar ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste
testemunhas, qualificando-as e requerendo sua Código, bem como aos esclarecimentos dos
intimação, quando necessário. peritos, às acareações e ao reconhecimento de
pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida,
§ 1º A exceção será processada em o acusado. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de
apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 2008).
deste Código.
§ 1º As provas serão produzidas numa
§ 2º Não apresentada a resposta no prazo só audiência, podendo o juiz indeferir as
legal, ou se o acusado, citado, não constituir consideradas irrelevantes, impertinentes ou
defensor, o juiz nomeará defensor para protelatórias.
oferecê-la, concedendo-lhe vista dos autos
por 10 (dez) dias. § 2º Os esclarecimentos dos peritos
dependerão de prévio requerimento das
Art. 397. Após o cumprimento do disposto partes.
no art. 396-A, e parágrafos, deste Código, o
juiz deverá absolver sumariamente o acusado Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até
quando verificar: 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e
8 (oito) pela defesa.
I – a existência manifesta de causa
excludente da ilicitude do fato; § 1º Nesse número não se compreendem
as que não prestem compromisso e as
II – a existência manifesta de causa referidas.
excludente da culpabilidade do agente,
salvo inimputabilidade; § 2º A parte poderá desistir da inquirição
de qualquer das testemunhas arroladas,
III – que o fato narrado evidentemente não ressalvado o disposto no art. 209 deste
constitui crime; ou Código.
IV – extinta a punibilidade do agente. Art. 402. Produzidas as provas, ao final da
Art. 398. (Revogado pela Lei nº 11.719, de audiência, o Ministério Público, o querelante
2008). e o assistente e, a seguir, o acusado poderão
requerer diligências cuja necessidade se
Art. 399. Recebida a denúncia ou queixa, o origine de circunstâncias ou fatos apurados na
juiz designará dia e hora para a audiência, instrução.
ordenando a intimação do acusado, de seu
defensor, do Ministério Público e, se for o caso, Art. 403. Não havendo requerimento de
do querelante e do assistente. diligências, ou sendo indeferido, serão
oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte)
§ 1º O acusado preso será requisitado minutos, respectivamente, pela acusação e
para comparecer ao interrogatório, pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez),
devendo o poder público providenciar sua proferindo o juiz, a seguir, sentença.
apresentação.
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo
§ 2º O juiz que presidiu a instrução deverá previsto para a defesa de cada um será
proferir a sentença. individual.
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, § 2º Ao assistente do Ministério Público,
a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) após a manifestação desse, serão
dias, proceder-se-á à tomada de declarações concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-
do ofendido, à inquirição das testemunhas
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Direito Processual Penal – Procedimento Comum e Ordinário – Prof. Joerberth Nunes
se por igual período o tempo de Art. 405. Do ocorrido em audiência será lavrado
manifestação da defesa. termo em livro próprio, assinado pelo juiz e
pelas partes, contendo breve resumo dos fatos
§ 3º O juiz poderá, considerada a relevantes nela ocorridos.
complexidade do caso ou o número de
acusados, conceder às partes o prazo § 1º Sempre que possível, o registro dos
de 5 (cinco) dias sucessivamente para a depoimentos do investigado, indiciado,
apresentação de memoriais. Nesse caso, ofendido e testemunhas será feito pelos
terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a meios ou recursos de gravação magnética,
sentença. estenotipia, digital ou técnica similar,
inclusive audiovisual, destinada a obter
Art. 404. Ordenado diligência considerada maior fidelidade das informações.
imprescindível, de ofício ou a requerimento
da parte, a audiência será concluída sem as § 2º No caso de registro por meio
alegações finais. audiovisual, será encaminhado às partes
cópia do registro original, sem necessidade
Parágrafo único. Realizada, em seguida, de transcrição.
a diligência determinada, as partes
apresentarão, no prazo sucessivo de 5
(cinco) dias, suas alegações finais, por
memorial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o
juiz proferirá a sentença.
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MATERIAL COMPLEMENTAR:
1. Procedimento:
•• conceito: é o meio pelo qual o processo desenvolve-se. É sinônimo de rito.
2. Espécies: Art. 394 e par. 1º, CPP
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Direito Penal Direito Processual Penal
7. Da não apresentação de defesa pelo réu citado: art. 396, par. 2º, CPP
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Direito Processual Penal – Procedimento Comum e Ordinário – Prof. Joerberth Nunes
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Direito Processual Penal
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MATERIAL COMPLEMENTAR
1. CONCEITO: É uma espécie de procedimento comum estabelecido no art. 531 ao art. 540 do
CPP
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Direito Processual Penal
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos e secreto, com mandato de quatro anos e
Territórios, e os Estados criarão: competência para, na forma da lei, celebrar
casamentos, verificar, de ofício ou em face
I – juizados especiais, providos por juízes de impugnação apresentada, o processo
togados, ou togados e leigos, competentes de habilitação e exercer atribuições
para a conciliação, o julgamento e a conciliatórias, sem caráter jurisdicional,
execução de causas cíveis de menor além de outras previstas na legislação.
complexidade e infrações penais de
menor potencial ofensivo, mediante § 1º Lei federal disporá sobre a criação de
os procedimentos oral e sumariíssimo, juizados especiais no âmbito da Justiça
permitidos, nas hipóteses previstas em lei, Federal.
a transação e o julgamento de recursos por
turmas de juízes de primeiro grau; § 2º As custas e emolumentos serão
destinados exclusivamente ao custeio dos
II – justiça de paz, remunerada, composta de serviços afetos às atividades específicas da
cidadãos eleitos pelo voto direto, universal Justiça.
Lei nº 9.099/1995
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido Art. 62. O processo perante o Juizado Especial
por juízes togados ou togados e leigos, tem orientar-se-á pelos critérios da oralidade,
competência para a conciliação, o julgamento informalidade, economia processual e
e a execução das infrações penais de menor celeridade, objetivando, sempre que possível,
potencial ofensivo, respeitadas as regras de a reparação dos danos sofridos pela vítima e a
conexão e continência. aplicação de pena não privativa de liberdade.
Parágrafo único. Na reunião de processos, Seção I
perante o juízo comum ou o tribunal do DA COMPETÊNCIA E DOS ATOS
júri, decorrentes da aplicação das regras
de conexão e continência, observar-se- PROCESSUAIS
ão os institutos da transação penal e da
Art. 63. A competência do Juizado será
composição dos danos civis.
determinada pelo lugar em que foi praticada a
Art. 61. Consideram-se infrações penais de infração penal.
menor potencial ofensivo, para os efeitos desta
Art. 64. Os atos processuais serão públicos e
Lei, as contravenções penais e os crimes a que a
poderão realizar-se em horário noturno e em
lei comine pena máxima não superior a 2 (dois)
anos, cumulada ou não com multa.
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qualquer dia da semana, conforme dispuserem Seção II
as normas de organização judiciária. DA FASE PRELIMINAR
Art. 65. Os atos processuais serão válidos
sempre que preencherem as finalidades para Art. 69. A autoridade policial que tomar
as quais foram realizados, atendidos os critérios conhecimento da ocorrência lavrará
indicados no art. 62 desta Lei. termo circunstanciado e o encaminhará
imediatamente ao Juizado, com o autor do fato
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade e a vítima, providenciando-se as requisições dos
sem que tenha havido prejuízo. exames periciais necessários.
§ 2º A prática de atos processuais em outras Parágrafo único. Ao autor do fato que, após
comarcas poderá ser solicitada por qualquer a lavratura do termo, for imediatamente
meio hábil de comunicação. encaminhado ao juizado ou assumir o
compromisso de a ele comparecer, não se
§ 3º Serão objeto de registro escrito imporá prisão em flagrante, nem se exigirá
exclusivamente os atos havidos por fiança. Em caso de violência doméstica, o
essenciais. Os atos realizados em audiência juiz poderá determinar, como medida de
de instrução e julgamento poderão ser cautela, seu afastamento do lar, domicílio
gravados em fita magnética ou equivalente. ou local de convivência com a vítima.
Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no Art. 70. Comparecendo o autor do fato e
próprio Juizado, sempre que possível, ou por a vítima, e não sendo possível a realização
mandado. imediata da audiência preliminar, será
Parágrafo único. Não encontrado o acusado designada data próxima, da qual ambos sairão
para ser citado, o Juiz encaminhará as peças cientes.
existentes ao Juízo comum para adoção do Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer
procedimento previsto em lei. dos envolvidos, a Secretaria providenciará sua
Art. 67. A intimação far-se-á por correspondência, intimação e, se for o caso, a do responsável civil,
com aviso de recebimento pessoal ou, tratando- na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei.
se de pessoa jurídica ou firma individual, Art. 72. Na audiência preliminar, presente o
mediante entrega ao encarregado da recepção, representante do Ministério Público, o autor
que será obrigatoriamente identificado, do fato e a vítima e, se possível, o responsável
ou, sendo necessário, por oficial de justiça, civil, acompanhados por seus advogados, o Juiz
independentemente de mandado ou carta esclarecerá sobre a possibilidade da composição
precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo dos danos e da aceitação da proposta de
de comunicação. aplicação imediata de pena não privativa de
Parágrafo único. Dos atos praticados liberdade.
em audiência considerar-se-ão desde Art. 73. A conciliação será conduzida pelo Juiz
logo cientes as partes, os interessados e ou por conciliador sob sua orientação.
defensores.
Parágrafo único. Os conciliadores são
Art. 68. Do ato de intimação do autor do auxiliares da Justiça, recrutados, na
fato e do mandado de citação do acusado, forma da lei local, preferentemente entre
constará a necessidade de seu comparecimento bacharéis em Direito, excluídos os que
acompanhado de advogado, com a advertência exerçam funções na administração da
de que, na sua falta, ser-lhe-á designado Justiça Criminal.
defensor público.
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Direito Processual Penal – Procedimento Comum Sumaríssimo (Lei nº 9.099/1995) – Prof. Joerberth Nunes
Art. 74. A composição dos danos civis será § 3º Aceita a proposta pelo autor da infração
reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz e seu defensor, será submetida à apreciação
mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de do Juiz.
título a ser executado no juízo civil competente.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério
Parágrafo único. Tratando-se de ação penal Público aceita pelo autor da infração, o
de iniciativa privada ou de ação penal Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou
pública condicionada à representação, o multa, que não importará em reincidência,
acordo homologado acarreta a renúncia ao sendo registrada apenas para impedir
direito de queixa ou representação. novamente o mesmo benefício no prazo de
cinco anos.
Art. 75. Não obtida a composição dos danos
civis, será dada imediatamente ao ofendido § 5º Da sentença prevista no parágrafo
a oportunidade de exercer o direito de anterior caberá a apelação referida no art.
representação verbal, que será reduzida a 82 desta Lei.
termo.
§ 6º A imposição da sanção de que trata o
Parágrafo único. O não oferecimento da § 4º deste artigo não constará de certidão
representação na audiência preliminar não de antecedentes criminais, salvo para os
implica decadência do direito, que poderá fins previstos no mesmo dispositivo, e não
ser exercido no prazo previsto em lei. terá efeitos civis, cabendo aos interessados
propor ação cabível no juízo cível.
Art. 76. Havendo representação ou tratando-se
de crime de ação penal pública incondicionada, Seção III
não sendo caso de arquivamento, o Ministério DO PROCEDIMENTO SUMARIÍSSIMO
Público poderá propor a aplicação imediata
de pena restritiva de direitos ou multas, a ser Art. 77. Na ação penal de iniciativa pública,
especificada na proposta. quando não houver aplicação de pena,
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a pela ausência do autor do fato, ou pela não
única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a ocorrência da hipótese prevista no art. 76
metade. desta Lei, o Ministério Público oferecerá ao
Juiz, de imediato, denúncia oral, se não houver
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar necessidade de diligências imprescindíveis.
comprovado:
§ 1º Para o oferecimento da denúncia,
I – ter sido o autor da infração condenado, que será elaborada com base no termo de
pela prática de crime, à pena privativa de ocorrência referido no art. 69 desta Lei, com
liberdade, por sentença definitiva; dispensa do inquérito policial, prescindir-
se-á do exame do corpo de delito quando a
II – ter sido o agente beneficiado materialidade do crime estiver aferida por
anteriormente, no prazo de cinco anos, pela boletim médico ou prova equivalente.
aplicação de pena restritiva ou multa, nos
termos deste artigo; § 2º Se a complexidade ou circunstâncias
do caso não permitirem a formulação da
III – não indicarem os antecedentes, a denúncia, o Ministério Público poderá
conduta social e a personalidade do agente, requerer ao Juiz o encaminhamento das
bem como os motivos e as circunstâncias, peças existentes, na forma do parágrafo
ser necessária e suficiente a adoção da único do art. 66 desta Lei.
medida.
§ 3º Na ação penal de iniciativa do ofendido
poderá ser oferecida queixa oral, cabendo
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ao Juiz verificar se a complexidade e as § 1º Todas as provas serão produzidas
circunstâncias do caso determinam a na audiência de instrução e julgamento,
adoção das providências previstas no podendo o Juiz limitar ou excluir as que
parágrafo único do art. 66 desta Lei. considerar excessivas, impertinentes ou
protelatórias.
Art. 78. Oferecida a denúncia ou queixa,
será reduzida a termo, entregando-se cópia § 2º De todo o ocorrido na audiência será
ao acusado, que com ela ficará citado e lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelas
imediatamente cientificado da designação partes, contendo breve resumo dos fatos
de dia e hora para a audiência de instrução e relevantes ocorridos em audiência e a
julgamento, da qual também tomarão ciência sentença.
o Ministério Público, o ofendido, o responsável
civil e seus advogados. § 3º A sentença, dispensado o relatório,
mencionará os elementos de convicção do
§ 1º Se o acusado não estiver presente, Juiz.
será citado na forma dos arts. 66 e 68 desta
Lei e cientificado da data da audiência de Art. 82. Da decisão de rejeição da denúncia
instrução e julgamento, devendo a ela ou queixa e da sentença caberá apelação, que
trazer suas testemunhas ou apresentar poderá ser julgada por turma composta de
requerimento para intimação, no mínimo três Juízes em exercício no primeiro grau de
cinco dias antes de sua realização. jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
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Direito Processual Penal – Procedimento Comum Sumaríssimo (Lei nº 9.099/1995) – Prof. Joerberth Nunes
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Art. 90. As disposições desta Lei não se aplicam Art. 94. Os serviços de cartório poderão ser
aos processos penais cuja instrução já estiver prestados, e as audiências realizadas fora da
iniciada. sede da Comarca, em bairros ou cidades a
ela pertencentes, ocupando instalações de
Art. 90-A. As disposições desta Lei não se prédios públicos, de acordo com audiências
aplicam no âmbito da Justiça Militar. previamente anunciadas.
Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territórios
representação para a propositura da ação penal criarão e instalarão os Juizados Especiais no
pública, o ofendido ou seu representante legal prazo de seis meses, a contar da vigência desta
será intimado para oferecê-la no prazo de trinta Lei.
dias, sob pena de decadência.
Parágrafo único. No prazo de 6 (seis)
Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as meses, contado da publicação desta Lei,
disposições dos Códigos Penal e de Processo serão criados e instalados os Juizados
Penal, no que não forem incompatíveis com Especiais Itinerantes, que deverão dirimir,
esta Lei. prioritariamente, os conflitos existentes
nas áreas rurais ou nos locais de menor
concentração populacional. (Redação dada
pela Lei nº 12.726, de 2012)
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS COMUNS Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de
sessenta dias após a sua publicação.
Art. 93. Lei Estadual disporá sobre o Sistema
de Juizados Especiais Cíveis e Criminais, sua
organização, composição e competência.
MATERIAL COMPLEMENTAR
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Direito Processual Penal – Procedimento Comum Sumaríssimo (Lei nº 9.099/1995) – Prof. Joerberth Nunes
Linha do Processo
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Direito Processual Penal
Direito Penal
Espécies de Procedimentos
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Procedimento Sumaríssimo Lei nº 9.095/1995
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Audiência Preliminar
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Direito Processual Penal
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem XXXVIII – é reconhecida a instituição do
distinção de qualquer natureza, garantindo- júri, com a organização que lhe der a lei,
se aos brasileiros e aos estrangeiros assegurados:
residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à a) a plenitude de defesa;
segurança e à propriedade, nos termos b) o sigilo das votações;
seguintes:
.... c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos
crimes dolosos contra a vida;
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Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá § 8º A testemunha que comparecer
o Ministério Público ou o querelante sobre será inquirida, independentemente da
preliminares e documentos, em 5 (cinco) dias. suspensão da audiência, observada em
qualquer caso a ordem estabelecida no
Art. 410. O juiz determinará a inquirição das caput deste artigo.
testemunhas e a realização das diligências
requeridas pelas partes, no prazo máximo de 10 § 9º Encerrados os debates, o juiz proferirá
(dez) dias. a sua decisão, ou o fará em 10 (dez) dias,
ordenando que os autos para isso lhe sejam
Art. 411. Na audiência de instrução, proceder- conclusos.
se-á à tomada de declarações do ofendido, se
possível, à inquirição das testemunhas arroladas Art. 412. O procedimento será concluído no
pela acusação e pela defesa, nesta ordem, prazo máximo de 90 (noventa) dias.
bem como aos esclarecimentos dos peritos, às
acareações e ao reconhecimento de pessoas e Seção II
coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado DA PRONÚNCIA, DA IMPRONÚNCIA E
e procedendo-se o debate. DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
§ 1º Os esclarecimentos dos peritos
Art. 413. O juiz, fundamentadamente,
dependerão de prévio requerimento e de
pronunciará o acusado, se convencido da
deferimento pelo juiz.
materialidade do fato e da existência de indícios
§ 2º As provas serão produzidas em uma suficientes de autoria ou de participação.
só audiência, podendo o juiz indeferir as
§ 1º A fundamentação da pronúncia limitar-
consideradas irrelevantes, impertinentes ou
se-á à indicação da materialidade do fato
protelatórias.
e da existência de indícios suficientes de
§ 3º Encerrada a instrução probatória, autoria ou de participação, devendo o
observar-se-á, se for o caso, o disposto no juiz declarar o dispositivo legal em que
art. 384 deste Código. julgar incurso o acusado e especificar as
circunstâncias qualificadoras e as causas de
§ 4º As alegações serão orais, concedendo- aumento de pena.
se a palavra, respectivamente, à acusação e
à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, § 2º Se o crime for afiançável, o juiz
prorrogáveis por mais 10 (dez). arbitrará o valor da fiança para a concessão
ou manutenção da liberdade provisória.
§ 5º Havendo mais de 1 (um) acusado, o
tempo previsto para a acusação e a defesa § 3º O juiz decidirá, motivadamente, no caso
de cada um deles será individual. de manutenção, revogação ou substituição
da prisão ou medida restritiva de liberdade
§ 6º Ao assistente do Ministério Público, anteriormente decretada e, tratando-se
após a manifestação deste, serão de acusado solto, sobre a necessidade
concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando- da decretação da prisão ou imposição de
se por igual período o tempo de quaisquer das medidas previstas no Título
manifestação da defesa. IX do Livro I deste Código.
§ 7º Nenhum ato será adiado, salvo Art. 414. Não se convencendo da materialidade
quando imprescindível à prova faltante, do fato ou da existência de indícios
determinando o juiz a condução coercitiva suficientes de autoria ou de participação, o
de quem deva comparecer. juiz, fundamentadamente, impronunciará o
acusado.
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Direito Processual Penal – Procedimento Especial do Tribunal do Júri – Prof. Joerberth Nunes
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer de crime diverso dos referidos no § 1º do art.
a extinção da punibilidade, poderá ser 74 deste Código e não for competente para
formulada nova denúncia ou queixa se o julgamento, remeterá os autos ao juiz que o
houver prova nova. (Incluído pela Lei nº seja. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
Parágrafo único. Remetidos os autos do
Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá processo a outro juiz, à disposição deste
desde logo o acusado, quando: (Redação dada ficará o acusado preso. (Incluído pela Lei nº
pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
I – provada a inexistência do fato; (Redação Art. 420. A intimação da decisão de pronúncia
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) será feita: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
2008)
II – provado não ser ele autor ou partícipe
do fato; (Redação dada pela Lei nº 11.689, I – pessoalmente ao acusado, ao defensor
de 2008) nomeado e ao Ministério Público; (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008)
III – o fato não constituir infração penal;
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) II – ao defensor constituído, ao querelante
e ao assistente do Ministério Público, na
IV – demonstrada causa de isenção de pena forma do disposto no § 1º do art. 370 deste
ou de exclusão do crime. (Redação dada Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
Parágrafo único. Não se aplica o disposto Parágrafo único. Será intimado por edital
no inciso IV do caput deste artigo ao caso o acusado solto que não for encontrado.
de inimputabilidade prevista no caput do (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
art. 26 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal, salvo Art. 421. Preclusa a decisão de pronúncia, os
quando esta for a única tese defensiva. autos serão encaminhados ao juiz presidente
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº
11.689, de 2008)
Art. 416. Contra a sentença de impronúncia
ou de absolvição sumária caberá apelação. § 1º Ainda que preclusa a decisão de
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) pronúncia, havendo circunstância
superveniente que altere a classificação do
Art. 417. Se houver indícios de autoria ou de crime, o juiz ordenará a remessa dos autos
participação de outras pessoas não incluídas na ao Ministério Público. (Incluído pela Lei nº
acusação, o juiz, ao pronunciar ou impronunciar 11.689, de 2008)
o acusado, determinará o retorno dos autos
ao Ministério Público, por 15 (quinze) dias, § 2º Em seguida, os autos serão conclusos
aplicável, no que couber, o art. 80 deste Código. ao juiz para decisão. (Incluído pela Lei nº
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
Art. 418. O juiz poderá dar ao fato definição
jurídica diversa da constante da acusação,
embora o acusado fique sujeito a pena mais
grave. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
2008)
Art. 419. Quando o juiz se convencer, em
discordância com a acusação, da existência
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Seção III Seção IV
DA PREPARAÇÃO DO PROCESSO DO ALISTAMENTO DOS JURADOS
PARA JULGAMENTO EM PLENÁRIO (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
Art. 425. Anualmente, serão alistados
Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do pelo presidente do Tribunal do Júri de 800
Tribunal do Júri determinará a intimação do (oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos)
órgão do Ministério Público ou do querelante, jurados nas comarcas de mais de 1.000.000
no caso de queixa, e do defensor, para, no (um milhão) de habitantes, de 300 (trezentos)
prazo de 5 (cinco) dias, apresentarem rol de a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de
testemunhas que irão depor em plenário, 100.000 (cem mil) habitantes e de 80 (oitenta)
até o máximo de 5 (cinco), oportunidade em a 400 (quatrocentos) nas comarcas de menor
que poderão juntar documentos e requerer população. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
diligência. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de de 2008)
2008) § 1º Nas comarcas onde for necessário,
Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos poderá ser aumentado o número de jurados
de provas a serem produzidas ou exibidas no e, ainda, organizada lista de suplentes,
plenário do júri, e adotadas as providências depositadas as cédulas em urna especial,
devidas, o juiz presidente: (Redação dada pela com as cautelas mencionadas na parte final
Lei nº 11.689, de 2008) do § 3º do art. 426 deste Código. (Incluído
pela Lei nº 11.689, de 2008)
I – ordenará as diligências necessárias para
sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato § 2º O juiz presidente requisitará às
que interesse ao julgamento da causa; autoridades locais, associações de classe
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) e de bairro, entidades associativas e
culturais, instituições de ensino em geral,
II – fará relatório sucinto do processo, universidades, sindicatos, repartições
determinando sua inclusão em pauta da públicas e outros núcleos comunitários
reunião do Tribunal do Júri. (Incluído pela a indicação de pessoas que reúnam as
Lei nº 11.689, de 2008) condições para exercer a função de jurado.
Art. 424. Quando a lei local de organização (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
judiciária não atribuir ao presidente do Tribunal Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicação
do Júri o preparo para julgamento, o juiz das respectivas profissões, será publicada pela
competente remeter-lhe-á os autos do processo imprensa até o dia 10 de outubro de cada
preparado até 5 (cinco) dias antes do sorteio a ano e divulgada em editais afixados à porta
que se refere o art. 433 deste Código. (Redação do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Deverão ser remetidos, § 1º A lista poderá ser alterada, de ofício ou
também, os processos preparados até o mediante reclamação de qualquer do povo
encerramento da reunião, para a realização ao juiz presidente até o dia 10 de novembro,
de julgamento. (Redação dada pela Lei nº data de sua publicação definitiva. (Incluído
11.689, de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º Juntamente com a lista, serão
transcritos os arts. 436 a 446 deste Código.
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
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III – em igualdade de condições, os § 1º O sorteio será realizado entre o 15º
precedentemente pronunciados. (Incluído (décimo quinto) e o 10º (décimo) dia útil
pela Lei nº 11.689, de 2008) antecedente à instalação da reunião.
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º Antes do dia designado para o primeiro
julgamento da reunião periódica, será § 2º A audiência de sorteio não será adiada
afixada na porta do edifício do Tribunal do pelo não comparecimento das partes.
Júri a lista dos processos a serem julgados, (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
obedecida a ordem prevista no caput deste
artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de § 3º O jurado não sorteado poderá ter o seu
2008) nome novamente incluído para as reuniões
futuras. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
§ 2º O juiz presidente reservará datas na 2008)
mesma reunião periódica para a inclusão
de processo que tiver o julgamento adiado. Art. 434. Os jurados sorteados serão convocados
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) pelo correio ou por qualquer outro meio hábil
para comparecer no dia e hora designados para
Art. 430. O assistente somente será admitido se a reunião, sob as penas da lei. (Redação dada
tiver requerido sua habilitação até 5 (cinco) dias pela Lei nº 11.689, de 2008)
antes da data da sessão na qual pretenda atuar.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Parágrafo único. No mesmo expediente de
convocação serão transcritos os arts. 436
Art. 431. Estando o processo em ordem, o
a 446 deste Código. (Incluído pela Lei nº
juiz presidente mandará intimar as partes, o
11.689, de 2008)
ofendido, se for possível, as testemunhas e os
peritos, quando houver requerimento, para a Art. 435. Serão afixados na porta do edifício
sessão de instrução e julgamento, observando, do Tribunal do Júri a relação dos jurados
no que couber, o disposto no art. 420 deste convocados, os nomes do acusado e dos
Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de procuradores das partes, além do dia, hora e
2008) local das sessões de instrução e julgamento.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
Seção VII
DO SORTEIO E DA CONVOCAÇÃO Seção VIII
DOS JURADOS DA FUNÇÃO DO JURADO
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 432. Em seguida à organização da pauta, Art. 436. O serviço do júri é obrigatório. O
o juiz presidente determinará a intimação do alistamento compreenderá os cidadãos maiores
Ministério Público, da Ordem dos Advogados de 18 (dezoito) anos de notória idoneidade.
do Brasil e da Defensoria Pública para (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
acompanharem, em dia e hora designados, o
sorteio dos jurados que atuarão na reunião § 1º Nenhum cidadão poderá ser excluído
periódica. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de dos trabalhos do júri ou deixar de ser
2008) alistado em razão de cor ou etnia, raça,
credo, sexo, profissão, classe social ou
Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far- econômica, origem ou grau de instrução.
se-á a portas abertas, cabendo-lhe retirar as (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
cédulas até completar o número de 25 (vinte
e cinco) jurados, para a reunião periódica § 2º A recusa injustificada ao serviço do
ou extraordinária. (Redação dada pela Lei nº júri acarretará multa no valor de 1 (um)
11.689, de 2008) a 10 (dez) salários mínimos, a critério do
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Art. 445. O jurado, no exercício da função § 2º Aplicar-se-á aos jurados o disposto
ou a pretexto de exercê-la, será responsável sobre os impedimentos, a suspeição e as
criminalmente nos mesmos termos em que o incompatibilidades dos juízes togados.
são os juízes togados. (Redação dada pela Lei nº (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
Art. 449. Não poderá servir o jurado que:
Art. 446. Aos suplentes, quando convocados, (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
serão aplicáveis os dispositivos referentes às
dispensas, faltas e escusas e à equiparação de I – tiver funcionado em julgamento anterior
responsabilidade penal prevista no art. 445 do mesmo processo, independentemente
deste Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, da causa determinante do julgamento
de 2008) posterior; (Incluído pela Lei nº 11.689, de
2008)
Seção IX II – no caso do concurso de pessoas, houver
DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL DO integrado o Conselho de Sentença que
JÚRI E DA FORMAÇÃO DO CONSELHO julgou o outro acusado; (Incluído pela Lei nº
DE SENTENÇA 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) III – tiver manifestado prévia disposição
para condenar ou absolver o acusado.
Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
(um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte
e cinco) jurados que serão sorteados dentre Art. 450. Dos impedidos entre si por parentesco
os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão ou relação de convivência, servirá o que houver
o Conselho de Sentença em cada sessão de sido sorteado em primeiro lugar. (Redação dada
julgamento. (Redação dada pela Lei nº 11.689, pela Lei nº 11.689, de 2008)
de 2008)
Art. 451. Os jurados excluídos por impedimento,
Art. 448. São impedidos de servir no mesmo suspeição ou incompatibilidade serão
Conselho: (Redação dada pela Lei nº 11.689, de considerados para a constituição do número
2008) legal exigível para a realização da sessão.
I – marido e mulher; (Incluído pela Lei nº (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008) Art. 452. O mesmo Conselho de Sentença
II – ascendente e descendente; (Incluído poderá conhecer de mais de um processo, no
pela Lei nº 11.689, de 2008) mesmo dia, se as partes o aceitarem, hipótese
em que seus integrantes deverão prestar
III – sogro e genro ou nora; (Incluído pela
novo compromisso. (Redação dada pela Lei nº
Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
IV – irmãos e cunhados, durante o cunhadio;
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) Seção X
V – tio e sobrinho; (Incluído pela Lei nº DA REUNIÃO E DAS SESSÕES DO
11.689, de 2008) TRIBUNAL DO JÚRI
VI – padrasto, madrasta ou enteado. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 453. O Tribunal do Júri reunir-se-á para as
§ 1º O mesmo impedimento ocorrerá em sessões de instrução e julgamento nos períodos
relação às pessoas que mantenham união e na forma estabelecida pela lei local de
estável reconhecida como entidade familiar. organização judiciária. (Redação dada pela Lei
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) nº 11.689, de 2008)
190 www.acasadoconcurseiro.com.br
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Art. 454. Até o momento de abertura dos § 2º Se o acusado preso não for conduzido,
trabalhos da sessão, o juiz presidente decidirá o julgamento será adiado para o primeiro
os casos de isenção e dispensa de jurados e o dia desimpedido da mesma reunião,
pedido de adiamento de julgamento, mandando salvo se houver pedido de dispensa de
consignar em ata as deliberações. (Redação comparecimento subscrito por ele e seu
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) defensor. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
Art. 455. Se o Ministério Público não 2008)
comparecer, o juiz presidente adiará o Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa,
julgamento para o primeiro dia desimpedido deixar de comparecer, o juiz presidente, sem
da mesma reunião, cientificadas as partes e as prejuízo da ação penal pela desobediência,
testemunhas. (Redação dada pela Lei nº 11.689, aplicar-lhe-á a multa prevista no § 2º do art. 436
de 2008) deste Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689,
Parágrafo único. Se a ausência não for de 2008)
justificada, o fato será imediatamente Art. 459. Aplicar-se-á às testemunhas a serviço
comunicado ao Procurador-Geral de Justiça do Tribunal do Júri o disposto no art. 441 deste
com a data designada para a nova sessão. Código. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) 2008)
Art. 456. Se a falta, sem escusa legítima, for do Art. 460. Antes de constituído o Conselho de
advogado do acusado, e se outro não for por Sentença, as testemunhas serão recolhidas
este constituído, o fato será imediatamente a lugar onde umas não possam ouvir os
comunicado ao presidente da seccional da depoimentos das outras. (Redação dada pela
Ordem dos Advogados do Brasil, com a data Lei nº 11.689, de 2008)
designada para a nova sessão. (Redação dada Art. 461. O julgamento não será adiado se a
pela Lei nº 11.689, de 2008) testemunha deixar de comparecer, salvo se uma
§ 1º Não havendo escusa legítima, o das partes tiver requerido a sua intimação por
julgamento será adiado somente uma vez, mandado, na oportunidade de que trata o art.
devendo o acusado ser julgado quando 422 deste Código, declarando não prescindir
chamado novamente. (Incluído pela Lei nº do depoimento e indicando a sua localização.
11.689, de 2008) (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, o § 1º Se, intimada, a testemunha não
juiz intimará a Defensoria Pública para o comparecer, o juiz presidente suspenderá
novo julgamento, que será adiado para o os trabalhos e mandará conduzi-la ou
primeiro dia desimpedido, observado o adiará o julgamento para o primeiro dia
prazo mínimo de 10 (dez) dias. (Incluído desimpedido, ordenando a sua condução.
pela Lei nº 11.689, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo § 2º O julgamento será realizado mesmo
não comparecimento do acusado solto, do na hipótese de a testemunha não ser
assistente ou do advogado do querelante, que encontrada no local indicado, se assim for
tiver sido regularmente intimado. (Redação certificado por oficial de justiça. (Incluído
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º Os pedidos de adiamento e as Art. 462. Realizadas as diligências referidas nos
justificações de não comparecimento arts. 454 a 461 deste Código, o juiz presidente
deverão ser, salvo comprovado motivo de verificará se a urna contém as cédulas dos 25
força maior, previamente submetidos à (vinte e cinco) jurados sorteados, mandando
apreciação do juiz presidente do Tribunal do que o escrivão proceda à chamada deles.
Júri. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
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Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 Art. 468. À medida que as cédulas forem
(quinze) jurados, o juiz presidente declarará sendo retiradas da urna, o juiz presidente as
instalados os trabalhos, anunciando o processo lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério
que será submetido a julgamento. (Redação Público poderão recusar os jurados sorteados,
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º O oficial de justiça fará o pregão,
certificando a diligência nos autos. (Incluído Parágrafo único. O jurado recusado
pela Lei nº 11.689, de 2008) imotivadamente por qualquer das partes
será excluído daquela sessão de instrução e
§ 2º Os jurados excluídos por impedimento
julgamento, prosseguindo-se o sorteio para
ou suspeição serão computados para a
a composição do Conselho de Sentença
constituição do número legal. (Incluído pela
com os jurados remanescentes. (Incluído
Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 464. Não havendo o número referido no
Art. 469. Se forem 2 (dois) ou mais os acusados,
art. 463 deste Código, proceder-se-á ao sorteio
as recusas poderão ser feitas por um só
de tantos suplentes quantos necessários, e
defensor. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de
designar-se-á nova data para a sessão do júri.
2008)
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 1º A separação dos julgamentos somente
Art. 465. Os nomes dos suplentes serão
ocorrerá se, em razão das recusas, não for
consignados em ata, remetendo-se o expediente
obtido o número mínimo de 7 (sete) jurados
de convocação, com observância do disposto
para compor o Conselho de Sentença.
nos arts. 434 e 435 deste Código. (Redação dada
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 466. Antes do sorteio dos membros § 2º Determinada a separação dos
do Conselho de Sentença, o juiz presidente julgamentos, será julgado em primeiro lugar
esclarecerá sobre os impedimentos, a suspeição o acusado a quem foi atribuída a autoria
e as incompatibilidades constantes dos arts. 448 do fato ou, em caso de co-autoria, aplicar-
e 449 deste Código. (Redação dada pela Lei nº se-á o critério de preferência disposto no
11.689, de 2008) art. 429 deste Código. (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008)
§ 1º O juiz presidente também advertirá
os jurados de que, uma vez sorteados, Art. 470. Desacolhida a argüição de
não poderão comunicar-se entre si e impedimento, de suspeição ou de
com outrem, nem manifestar sua opinião incompatibilidade contra o juiz presidente do
sobre o processo, sob pena de exclusão do Tribunal do Júri, órgão do Ministério Público,
Conselho e multa, na forma do § 2º do art. jurado ou qualquer funcionário, o julgamento
436 deste Código. (Redação dada pela Lei não será suspenso, devendo, entretanto,
nº 11.689, de 2008) constar da ata o seu fundamento e a decisão.
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
§ 2º A incomunicabilidade será certificada
nos autos pelo oficial de justiça. (Redação Art. 471. Se, em conseqüência do impedimento,
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) suspeição, incompatibilidade, dispensa ou
recusa, não houver número para a formação
Art. 467. Verificando que se encontram na urna do Conselho, o julgamento será adiado para o
as cédulas relativas aos jurados presentes, o juiz primeiro dia desimpedido, após sorteados os
presidente sorteará 7 (sete) dentre eles para a suplentes, com observância do disposto no art.
formação do Conselho de Sentença. (Redação 464 deste Código. (Redação dada pela Lei nº
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) 11.689, de 2008)
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a acusação, sustentando, se for o caso, a I – à decisão de pronúncia, às decisões
existência de circunstância agravante. (Redação posteriores que julgaram admissível a
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) acusação ou à determinação do uso de
algemas como argumento de autoridade
§ 1º O assistente falará depois do Ministério que beneficiem ou prejudiquem o acusado;
Público. (Incluído pela Lei nº 11.689, de (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de
§ 2º Tratando-se de ação penal de interrogatório por falta de requerimento,
iniciativa privada, falará em primeiro lugar em seu prejuízo. (Incluído pela Lei nº
o querelante e, em seguida, o Ministério 11.689, de 2008)
Público, salvo se este houver retomado a
titularidade da ação, na forma do art. 29 Art. 479. Durante o julgamento não será
deste Código. (Incluído pela Lei nº 11.689, permitida a leitura de documento ou a exibição
de 2008) de objeto que não tiver sido juntado aos autos
com a antecedência mínima de 3 (três) dias
§ 3º Finda a acusação, terá a palavra a úteis, dando-se ciência à outra parte. (Redação
defesa. (Incluído pela Lei nº 11.689, de dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
2008)
Parágrafo único. Compreende-se na
§ 4º A acusação poderá replicar e a defesa proibição deste artigo a leitura de jornais ou
treplicar, sendo admitida a reinquirição de qualquer outro escrito, bem como a exibição
testemunha já ouvida em plenário. (Incluído de vídeos, gravações, fotografias, laudos,
pela Lei nº 11.689, de 2008) quadros, croqui ou qualquer outro meio
Art. 477. O tempo destinado à acusação e à assemelhado, cujo conteúdo versar sobre
defesa será de uma hora e meia para cada, e a matéria de fato submetida à apreciação
de uma hora para a réplica e outro tanto para e julgamento dos jurados. (Incluído pela Lei
a tréplica. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de nº 11.689, de 2008)
2008) Art. 480. A acusação, a defesa e os jurados
§ 1º Havendo mais de um acusador ou poderão, a qualquer momento e por intermédio
mais de um defensor, combinarão entre si do juiz presidente, pedir ao orador que indique
a distribuição do tempo, que, na falta de a folha dos autos onde se encontra a peça
acordo, será dividido pelo juiz presidente, por ele lida ou citada, facultando-se, ainda,
de forma a não exceder o determinado aos jurados solicitar-lhe, pelo mesmo meio,
neste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.689, de o esclarecimento de fato por ele alegado.
2008) (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
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destas questões, para ser respondido após Art. 488. Após a resposta, verificados os votos
o segundo quesito. (Incluído pela Lei nº e as cédulas não utilizadas, o presidente
11.689, de 2008) determinará que o escrivão registre no termo a
votação de cada quesito, bem como o resultado
§ 6º Havendo mais de um crime ou mais de do julgamento. (Redação dada pela Lei nº
um acusado, os quesitos serão formulados 11.689, de 2008)
em séries distintas. (Incluído pela Lei nº
11.689, de 2008) Parágrafo único. Do termo também
constará a conferência das cédulas não
Art. 484. A seguir, o presidente lerá os quesitos
utilizadas. (Incluído pela Lei nº 11.689, de
e indagará das partes se têm requerimento ou
2008)
reclamação a fazer, devendo qualquer deles,
bem como a decisão, constar da ata. (Redação Art. 489. As decisões do Tribunal do Júri serão
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) tomadas por maioria de votos. (Redação dada
Parágrafo único. Ainda em plenário, o pela Lei nº 11.689, de 2008)
juiz presidente explicará aos jurados o Art. 490. Se a resposta a qualquer dos quesitos
significado de cada quesito. (Redação dada estiver em contradição com outra ou outras já
pela Lei nº 11.689, de 2008) dadas, o presidente, explicando aos jurados
Art. 485. Não havendo dúvida a ser esclarecida, em que consiste a contradição, submeterá
o juiz presidente, os jurados, o Ministério novamente à votação os quesitos a que se
Público, o assistente, o querelante, o defensor referirem tais respostas. (Redação dada pela Lei
do acusado, o escrivão e o oficial de justiça nº 11.689, de 2008)
dirigir-se-ão à sala especial a fim de ser Parágrafo único. Se, pela resposta dada
procedida a votação. (Redação dada pela Lei nº a um dos quesitos, o presidente verificar
11.689, de 2008) que ficam prejudicados os seguintes, assim
§ 1º Na falta de sala especial, o juiz o declarará, dando por finda a votação.
presidente determinará que o público se (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
retire, permanecendo somente as pessoas Art. 491. Encerrada a votação, será o termo a
mencionadas no caput deste artigo. que se refere o art. 488 deste Código assinado
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) pelo presidente, pelos jurados e pelas partes.
§ 2º O juiz presidente advertirá as partes (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
de que não será permitida qualquer
intervenção que possa perturbar a livre Seção XIV
manifestação do Conselho e fará retirar da DA SENTENÇA
sala quem se portar inconvenientemente. (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 492. Em seguida, o presidente proferirá
Art. 486. Antes de proceder-se à votação de cada
sentença que: (Redação dada pela Lei nº 11.689,
quesito, o juiz presidente mandará distribuir aos
de 2008)
jurados pequenas cédulas, feitas de papel opaco
e facilmente dobráveis, contendo 7 (sete) delas I – no caso de condenação: (Redação dada
a palavra sim, 7 (sete) a palavra não. (Redação pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
a) fixará a pena-base; (Incluído pela Lei nº
Art. 487. Para assegurar o sigilo do voto, o 11.689, de 2008)
oficial de justiça recolherá em urnas separadas
as cédulas correspondentes aos votos e as não b) considerará as circunstâncias agravantes
utilizadas. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de ou atenuantes alegadas nos debates;
2008) (Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008)
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XI – a verificação das cédulas pelo juiz IV – resolver as questões incidentes que
presidente; (Redação dada pela Lei nº não dependam de pronunciamento do júri;
11.689, de 2008) (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
XII – a formação do Conselho de Sentença, V – nomear defensor ao acusado, quando
com o registro dos nomes dos jurados considerá-lo indefeso, podendo, neste caso,
sorteados e recusas; (Redação dada pela Lei dissolver o Conselho e designar novo dia
nº 11.689, de 2008) para o julgamento, com a nomeação ou a
constituição de novo defensor; (Redação
XIII – o compromisso e o interrogatório,
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
com simples referência ao termo; (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008) VI – mandar retirar da sala o acusado que
dificultar a realização do julgamento, o qual
XIV – os debates e as alegações das partes
prosseguirá sem a sua presença; (Redação
com os respectivos fundamentos; (Redação
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
VII – suspender a sessão pelo tempo
XV – os incidentes; (Redação dada pela Lei
indispensável à realização das diligências
nº 11.689, de 2008)
requeridas ou entendidas necessárias,
XVI – o julgamento da causa; (Redação dada mantida a incomunicabilidade dos jurados;
pela Lei nº 11.689, de 2008) (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
XVII – a publicidade dos atos da instrução VIII – interromper a sessão por tempo
plenária, das diligências e da sentença. razoável, para proferir sentença e para
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) repouso ou refeição dos jurados; (Redação
Art. 496. A falta da ata sujeitará o responsável a dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
sanções administrativa e penal. (Redação dada IX – decidir, de ofício, ouvidos o Ministério
pela Lei nº 11.689, de 2008) Público e a defesa, ou a requerimento de
qualquer destes, a argüição de extinção
Seção XVI de punibilidade; (Redação dada pela Lei nº
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE 11.689, de 2008)
DO TRIBUNAL DO JÚRI X – resolver as questões de direito suscitadas
(Incluído pela Lei nº 11.689, de 2008) no curso do julgamento; (Redação dada
pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 497. São atribuições do juiz presidente do
Tribunal do Júri, além de outras expressamente XI – determinar, de ofício ou a requerimento
referidas neste Código: (Redação dada pela Lei das partes ou de qualquer jurado, as
nº 11.689, de 2008) diligências destinadas a sanar nulidade ou a
suprir falta que prejudique o esclarecimento
I – regular a polícia das sessões e prender os da verdade; (Redação dada pela Lei nº
desobedientes; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
11.689, de 2008)
XII – regulamentar, durante os debates, a
II – requisitar o auxílio da força pública, intervenção de uma das partes, quando
que ficará sob sua exclusiva autoridade; a outra estiver com a palavra, podendo
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) conceder até 3 (três) minutos para cada
III – dirigir os debates, intervindo em aparte requerido, que serão acrescidos ao
caso de abuso, excesso de linguagem ou tempo desta última. (Incluído pela Lei nº
mediante requerimento de uma das partes; 11.689, de 2008)
(Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
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MATERIAL COMPLEMENTAR
1. Conceito: é um procedimento especial para o processo nos crimes dolosos contra a vida
(art. 121 a 128, CP).
2. Linha do processo comum ordinário
3. Tipos de Procedimento
4. Fundamentos: art. 406 a 497, CPP
5. 1ª fase: Judicium acusattionis: art. 406 a 421, CPP
6. 2ª fase: Judicium causae: art.422 a 497, CPP
7. Da resposta do réu: art. 406, CPP
8. Da manifestação da acusação: art.409, CPP
9. Da audiência de instrução: art. 411, CPP
10. Do prazo para encerramento da fase da acusação: art. 412, CPP
11. Da decisão de pronúncia :art. 413, CPP
12. Da decisão de impronúncia: art. 414, CPP
13. Da decisão de absolvição sumária: art.415, CPP
14. Da decisão de desclasificação: art. 419,CPP
15. Da intimação da decisão de pronúncia: art. 420, CPP
16. Da preparação do processo para o julgamento em plenário: arts. 422 e 423, CPP
17. Do Alistamento dos jurados: arts. 425 e 426, CPP
18. Do desfaoramento: arts.427 e 428, CPP
19. Da organização da Pauta :arts. 429 a 431, CPP
20. Do sorteio e convocação dos jurados: arts. 432 a 435, CPP (25 jurados)
21. da função do jurado: arts. 436 a art. 446, CPP (ver casos de isenção do serviço do júri)
22. Da composição do Tribunal do Júri: art. 447, CPP
23. Casos de impedimento de jurados: art. 448, CPP (ver outros casos em que não poderá servir
de jurado: art.49, CPP)
24. Da Reunião da Sessão do Tribunal do Júri: art. 453 a 472, CPP
25. Do Conselho de sentença: art. 463, CPP
26. Número mínimo de jurados para a sessão de instrução e julgamento :art. 463, CPP
27. Recusa dos jurados: art. 468, CPP
28. Da Instrução em Plenário: arts. 473 a 475, CPP
29. Dos debates: arts. 476 a 481, CPP
30. Dos quesitos e da sentença :arts. art. 482 a 490 e art. 492, CPP
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Linha do Processo
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Direito Processual Penal
Direito Penal
Espécies de Procedimentos
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SUMARÍSSIMO
PROCEDIMENTOS
ESPECIAL
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PLENÁRIO
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Direito Processual Penal
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela III – o militar da ativa que, de acordo com
Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, a lei, tomar posse em cargo, emprego ou
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função pública civil temporária, não eletiva, força de compromissos internacionais e de
ainda que da administração indireta, guerra.
ressalvada a hipótese prevista no art. 37,
inciso XVI, alínea "c", ficará agregado ao
respectivo quadro e somente poderá,
enquanto permanecer nessa situação, ser CAPÍTULO III
promovido por antiguidade, contando-se- DO PODER JUDICIÁRIO
lhe o tempo de serviço apenas para aquela
promoção e transferência para a reserva, Seção II
sendo depois de dois anos de afastamento, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
contínuos ou não, transferido para a
reserva, nos termos da lei; Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-
se de onze Ministros, escolhidos dentre
IV – ao militar são proibidas a sindicalização
cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de
e a greve;
sessenta e cinco anos de idade, de notável saber
V – o militar, enquanto em serviço ativo, jurídico e reputação ilibada.
não pode estar filiado a partidos políticos;
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo
VI – o oficial só perderá o posto e a patente Tribunal Federal serão nomeados pelo
se for julgado indigno do oficialato ou com Presidente da República, depois de
ele incompatível, por decisão de tribunal aprovada a escolha pela maioria absoluta
militar de caráter permanente, em tempo do Senado Federal.
de paz, ou de tribunal especial, em tempo
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
de guerra;
precipuamente, a guarda da Constituição,
VII – o oficial condenado na justiça comum cabendo-lhe:
ou militar a pena privativa de liberdade
I – processar e julgar, originariamente:
superior a dois anos, por sentença
transitada em julgado, será submetido ao a) a ação direta de inconstitucionalidade de
julgamento previsto no inciso anterior; lei ou ato normativo federal ou estadual e a
ação declaratória de constitucionalidade de
VIII – aplica-se aos militares o disposto no
lei ou ato normativo federal; (Redação dada
art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV,
pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem
como, na forma da lei e com prevalência b) nas infrações penais comuns, o
da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, Presidente da República, o Vice-Presidente,
alínea "c"; os membros do Congresso Nacional, seus
próprios Ministros e o Procurador-Geral da
IX – (Revogado pela Emenda Constitucional
República;
nº 41, de 19.12.2003)
c) nas infrações penais comuns e nos crimes
X – a lei disporá sobre o ingresso nas Forças
de responsabilidade, os Ministros de Estado
Armadas, os limites de idade, a estabilidade
e os Comandantes da Marinha, do Exército
e outras condições de transferência do
e da Aeronáutica, ressalvado o disposto
militar para a inatividade, os direitos, os
no art. 52, I, os membros dos Tribunais
deveres, a remuneração, as prerrogativas
Superiores, os do Tribunal de Contas da
e outras situações especiais dos militares,
União e os chefes de missão diplomática de
consideradas as peculiaridades de suas
caráter permanente; (Redação dada pela
atividades, inclusive aquelas cumpridas por
Emenda Constitucional nº 23, de 1999)
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lei. (Transformado do parágrafo único em IX – confederação sindical ou entidade de
§ 1º pela Emenda Constitucional nº 3, de classe de âmbito nacional.
17/03/93)
§ 1º O Procurador-Geral da República
§ 2º As decisões definitivas de mérito, deverá ser previamente ouvido nas ações
proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, de inconstitucionalidade e em todos os
nas ações diretas de inconstitucionalidade processos de competência do Supremo
e nas ações declaratórias de Tribunal Federal.
constitucionalidade produzirão eficácia
contra todos e efeito vinculante, § 2º Declarada a inconstitucionalidade por
relativamente aos demais órgãos do Poder omissão de medida para tornar efetiva
Judiciário e à administração pública direta norma constitucional, será dada ciência
e indireta, nas esferas federal, estadual e ao Poder competente para a adoção das
municipal. (Redação dada pela Emenda providências necessárias e, em se tratando
Constitucional nº 45, de 2004) de órgão administrativo, para fazê-lo em
trinta dias.
§ 3º No recurso extraordinário o recorrente
deverá demonstrar a repercussão geral das § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal
questões constitucionais discutidas no caso, apreciar a inconstitucionalidade, em tese,
nos termos da lei, a fim de que o Tribunal de norma legal ou ato normativo, citará,
examine a admissão do recurso, somente previamente, o Advogado-Geral da União,
podendo recusá-lo pela manifestação de que defenderá o ato ou texto impugnado.
dois terços de seus membros. (Incluída pela § 4º (Revogado pela Emenda Constitucional
Emenda Constitucional nº 45, de 2004) nº 45, de 2004)
Art. 103. Podem propor a ação direta de Seção III
inconstitucionalidade e a ação declaratória
de constitucionalidade: (Redação dada pela DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-
I – o Presidente da República; se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
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dada pela Emenda Constitucional nº 45, de § 1º A lei disciplinará a remoção ou a
2004) permuta de juízes dos Tribunais Regionais
Federais e determinará sua jurisdição e
c) der a lei federal interpretação divergente sede. (Renumerado do parágrafo único,
da que lhe haja atribuído outro tribunal. pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Parágrafo único. Funcionarão junto ao § 2º Os Tribunais Regionais Federais
Superior Tribunal de Justiça: (Redação dada instalarão a justiça itinerante, com a
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) realização de audiências e demais funções
I – a Escola Nacional de Formação e da atividade jurisdicional, nos limites
Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo- territoriais da respectiva jurisdição,
lhe, dentre outras funções, regulamentar os servindo-se de equipamentos públicos
cursos oficiais para o ingresso e promoção e comunitários. (Incluído pela Emenda
na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Constitucional nº 45, de 2004) § 3º Os Tribunais Regionais Federais
II – o Conselho da Justiça Federal, cabendo- poderão funcionar descentralizadamente,
lhe exercer, na forma da lei, a supervisão constituindo Câmaras regionais, a fim de
administrativa e orçamentária da Justiça assegurar o pleno acesso do jurisdicionado
Federal de primeiro e segundo graus, à justiça em todas as fases do processo.
como órgão central do sistema e com (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
poderes correicionais, cujas decisões terão de 2004)
caráter vinculante. (Incluído pela Emenda Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais
Constitucional nº 45, de 2004) Federais:
Seção IV I – processar e julgar, originariamente:
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS
a) os juízes federais da área de sua
FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e
da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal:
e de responsabilidade, e os membros do
I – os Tribunais Regionais Federais; Ministério Público da União, ressalvada a
competência da Justiça Eleitoral;
II – os Juízes Federais.
b) as revisões criminais e as ações rescisórias
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais de julgados seus ou dos juízes federais da
compõem-se de, no mínimo, sete juízes, região;
recrutados, quando possível, na respectiva
região e nomeados pelo Presidente da República c) os mandados de segurança e os "habeas-
dentre brasileiros com mais de trinta e menos data" contra ato do próprio Tribunal ou de
de sessenta e cinco anos, sendo: juiz federal;
I – um quinto dentre advogados com mais d) os habeas-corpus, quando a autoridade
de dez anos de efetiva atividade profissional coatora for juiz federal;
e membros do Ministério Público Federal
e) os conflitos de competência entre juízes
com mais de dez anos de carreira;
federais vinculados ao Tribunal;
II – os demais, mediante promoção de
II – julgar, em grau de recurso, as causas
juízes federais com mais de cinco anos de
decididas pelos juízes federais e pelos juízes
exercício, por antigüidade e merecimento,
alternadamente.
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Direito Processual Penal – Habeas Corpus – Prof. Joerberth
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de Justiça, em qualquer fase do inquérito (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
ou processo, incidente de deslocamento de 2004)
de competência para a Justiça Federal.
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Direito Processual Penal – Habeas Corpus – Prof. Joerberth
Art. 654. O habeas corpus poderá ser impetrado da lei, e o juiz providenciará para que o
por qualquer pessoa, em seu favor ou de paciente seja tirado da prisão e apresentado
outrem, bem como pelo Ministério Público. em juízo.
§ 1º A petição de habeas corpus conterá: Art. 657. Se o paciente estiver preso, nenhum
motivo escusará a sua apresentação, salvo:
a) o nome da pessoa que sofre ou está
ameaçada de sofrer violência ou coação e I – grave enfermidade do paciente;
o de quem exercer a violência, coação ou
ameaça; Il – não estar ele sob a guarda da pessoa a
quem se atribui a detenção;
b) a declaração da espécie de
constrangimento ou, em caso de simples III – se o comparecimento não tiver sido
ameaça de coação, as razões em que funda determinado pelo juiz ou pelo tribunal.
o seu temor; Parágrafo único. O juiz poderá ir ao local
c) a assinatura do impetrante, ou de em que o paciente se encontrar, se este
alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder ser apresentado por motivo de
não puder escrever, e a designação das doença.
respectivas residências. Art. 658. O detentor declarará à ordem de quem
§ 2º Os juízes e os tribunais têm o paciente estiver preso.
competência para expedir de ofício ordem Art. 659. Se o juiz ou o tribunal verificar que
de habeas corpus, quando no curso de já cessou a violência ou coação ilegal, julgará
processo verificarem que alguém sofre ou prejudicado o pedido.
está na iminência de sofrer coação ilegal.
Art. 660. Efetuadas as diligências, e interrogado
Art. 655. O carcereiro ou o diretor da prisão, o paciente, o juiz decidirá, fundamentadamente,
o escrivão, o oficial de justiça ou a autoridade dentro de 24 (vinte e quatro) horas.
judiciária ou policial que embaraçar ou
procrastinar a expedição de ordem de habeas § 1º Se a decisão for favorável ao paciente,
corpus, as informações sobre a causa da prisão, será logo posto em liberdade, salvo se por
a condução e apresentação do paciente, ou outro motivo dever ser mantido na prisão.
a sua soltura, será multado na quantia de
§ 2º Se os documentos que instruírem
duzentos mil-réis a um conto de réis, sem
a petição evidenciarem a ilegalidade da
prejuízo das penas em que incorrer. As multas
coação, o juiz ou o tribunal ordenará que
serão impostas pelo juiz do tribunal que julgar
cesse imediatamente o constrangimento.
o habeas corpus, salvo quando se tratar de
autoridade judiciária, caso em que caberá ao § 3º Se a ilegalidade decorrer do fato de não
Supremo Tribunal Federal ou ao Tribunal de ter sido o paciente admitido a prestar fiança,
Apelação impor as multas. o juiz arbitrará o valor desta, que poderá
ser prestada perante ele, remetendo, neste
Art. 656. Recebida a petição de habeas
caso, à autoridade os respectivos autos,
corpus, o juiz, se julgar necessário, e estiver
para serem anexados aos do inquérito
preso o paciente, mandará que este Ihe seja
policial ou aos do processo judicial.
imediatamente apresentado em dia e hora que
designar. § 4º Se a ordem de habeas corpus for
concedida para evitar ameaça de violência
Parágrafo único. Em caso de desobediência,
ou coação ilegal, dar-se-á ao paciente salvo-
será expedido mandado de prisão contra
conduto assinado pelo juiz.
o detentor, que será processado na forma
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§ 5º Será incontinenti enviada cópia da Parágrafo único. A decisão será tomada
decisão à autoridade que tiver ordenado a por maioria de votos. Havendo empate,
prisão ou tiver o paciente à sua disposição, se o presidente não tiver tomado parte na
a fim de juntar-se aos autos do processo. votação, proferirá voto de desempate; no
caso contrário, prevalecerá a decisão mais
§ 6º Quando o paciente estiver preso em favorável ao paciente.
lugar que não seja o da sede do juízo ou
do tribunal que conceder a ordem, o alvará Art. 665. O secretário do tribunal lavrará
de soltura será expedido pelo telégrafo, a ordem que, assinada pelo presidente do
se houver, observadas as formalidades tribunal, câmara ou turma, será dirigida, por
estabelecidas no art. 289, parágrafo único, ofício ou telegrama, ao detentor, ao carcereiro
in fine, ou por via postal. ou autoridade que exercer ou ameaçar exercer
o constrangimento.
Art. 661. Em caso de competência originária
do Tribunal de Apelação, a petição de habeas Parágrafo único. A ordem transmitida por
corpus será apresentada ao secretário, que telegrama obedecerá ao disposto no art.
a enviará imediatamente ao presidente do 289, parágrafo único, in fine.
tribunal, ou da câmara criminal, ou da turma,
que estiver reunida, ou primeiro tiver de reunir- Art. 666. Os regimentos dos Tribunais
se. de Apelação estabelecerão as normas
complementares para o processo e julgamento
Art. 662. Se a petição contiver os requisitos do pedido de habeas corpus de sua competência
do art. 654, § 1o, o presidente, se necessário, originária.
requisitará da autoridade indicada como
coatora informações por escrito. Faltando, Art. 667. No processo e julgamento do habeas
porém, qualquer daqueles requisitos, o corpus de competência originária do Supremo
presidente mandará preenchê-lo, logo que Ihe Tribunal Federal, bem como nos de recurso
for apresentada a petição. das decisões de última ou única instância,
denegatórias de habeas corpus, observar-se-á,
Art. 663. As diligências do artigo anterior não no que Ihes for aplicável, o disposto nos artigos
serão ordenadas, se o presidente entender que anteriores, devendo o regimento interno do
o habeas corpus deva ser indeferido in limine. tribunal estabelecer as regras complementares.
Nesse caso, levará a petição ao tribunal, câmara
ou turma, para que delibere a respeito.
Art. 664. Recebidas as informações, ou
dispensadas, o habeas corpus será julgado na
primeira sessão, podendo, entretanto, adiar-se
o julgamento para a sessão seguinte.
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Direito Processual Penal – Habeas Corpus – Prof. Joerberth
MATERIAL COMPLEMENTAR
1. CONCEITO: É UMA AÇÃO PENAL CONSTITUCIONAL COM RITO PRÓPRIO ONDE DESEJA-SE
PRESEVAR O DIREITO LIVRE LOCOMOÇÃO (DIREITO À LIBERDADE)
2. NATUREZA JURÍDICA: AÇÃO DE CONHECIMENTO
3. ESPÉCIES:
•• LIBERATÓRIO OU REPRESSIVO
•• PREVENTIVO
4. DIREITO LÍQUIDO E CERTO: ART. 5º,LXVIII, CF
5. HIPÓTESES DE CABIMENTO: ART. 647, CPP
6. COMPETÊNCIA PARA O PROCESSO E JULGAMENTO: ART. 650, CPP: VER ARTS. 102,
105, 108,109, CF E A COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE JUSTIÇA NAS CONSTITUIÇÕES
ESTADUAIS)
7. SUJEITO ATIVO E PASSIVO:
•• ATIVO: QUALQUER PESSOA (IMPETRANTE E PACIENTE)
•• PASSIVO: AUTORIDADE OU NÃO (IMPETRADO)
8. ART. 654,PAR. 1º,CPP: PETIÇÃO DO HABEAS CORPUS
9. PROCESSAMENTO: ART. 660 E PARÁGRAFOS AO ART. 665, CPP
10. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA E LEITURA DAS SÚMULAS DO STF
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Direito Processual Penal
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
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em uma única instância; (Redação dada b) o crime político;
pela Emenda Constitucional nº 22, de 1999)
III – julgar, mediante recurso extraordinário,
j) a revisão criminal e a ação rescisória de as causas decididas em única ou última
seus julgados; instância, quando a decisão recorrida:
l) a reclamação para a preservação de sua a) contrariar dispositivo desta Constituição;
competência e garantia da autoridade de
suas decisões; b) declarar a inconstitucionalidade de
tratado ou lei federal;
m) a execução de sentença nas causas de
sua competência originária, facultada a c) julgar válida lei ou ato de governo local
delegação de atribuições para a prática de contestado em face desta Constituição.
atos processuais; d) julgar válida lei local contestada em
n) a ação em que todos os membros da face de lei federal. (Incluída pela Emenda
magistratura sejam direta ou indiretamente Constitucional nº 45, de 2004)
interessados, e aquela em que mais da § 1º A argüição de descumprimento
metade dos membros do tribunal de de preceito fundamental, decorrente
origem estejam impedidos ou sejam direta desta Constituição, será apreciada pelo
ou indiretamente interessados; Supremo Tribunal Federal, na forma da
o) os conflitos de competência entre o lei. (Transformado do parágrafo único em
Superior Tribunal de Justiça e quaisquer § 1º pela Emenda Constitucional nº 3, de
tribunais, entre Tribunais Superiores, ou 17/03/93)
entre estes e qualquer outro tribunal; § 2º As decisões definitivas de mérito,
p) o pedido de medida cautelar das ações proferidas pelo Supremo Tribunal Federal,
diretas de inconstitucionalidade; nas ações diretas de inconstitucionalidade
e nas ações declaratórias de
q) o mandado de injunção, quando a constitucionalidade produzirão eficácia
elaboração da norma regulamentadora contra todos e efeito vinculante,
for atribuição do Presidente da República, relativamente aos demais órgãos do Poder
do Congresso Nacional, da Câmara dos Judiciário e à administração pública direta
Deputados, do Senado Federal, das e indireta, nas esferas federal, estadual e
Mesas de uma dessas Casas Legislativas, municipal. (Redação dada pela Emenda
do Tribunal de Contas da União, de um Constitucional nº 45, de 2004)
dos Tribunais Superiores, ou do próprio
Supremo Tribunal Federal; § 3º No recurso extraordinário o recorrente
deverá demonstrar a repercussão geral das
r) as ações contra o Conselho Nacional de questões constitucionais discutidas no caso,
Justiça e contra o Conselho Nacional do nos termos da lei, a fim de que o Tribunal
Ministério Público; (Incluída pela Emenda examine a admissão do recurso, somente
Constitucional nº 45, de 2004) podendo recusá-lo pela manifestação de
dois terços de seus membros. (Incluída pela
II – julgar, em recurso ordinário: Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
a) o habeas-corpus, o mandado de Art. 103. Podem propor a ação direta de
segurança, o habeas-data e o mandado inconstitucionalidade e a ação declaratória
de injunção decididos em única instância de constitucionalidade: (Redação dada pela
pelos Tribunais Superiores, se denegatória Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
a decisão;
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Direito Processual Penal – Revisão Criminal – Prof. Joerberth Nunes
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(Redação dada pela Emenda Constitucional Estados, do Distrito Federal e Territórios,
nº 23, de 1999) quando a decisão for denegatória;
c) os habeas corpus, quando o coator b) os mandados de segurança decididos em
ou paciente for qualquer das pessoas única instância pelos Tribunais Regionais
mencionadas na alínea a, ou quando o Federais ou pelos tribunais dos Estados,
coator for tribunal sujeito à sua jurisdição, do Distrito Federal e Territórios, quando
Ministro de Estado ou Comandante da denegatória a decisão;
Marinha, do Exército ou da Aeronáutica,
ressalvada a competência da Justiça c) as causas em que forem partes Estado
Eleitoral; (Redação dada pela Emenda estrangeiro ou organismo internacional, de
Constitucional nº 23, de 1999) um lado, e, do outro, Município ou pessoa
residente ou domiciliada no País;
d) os conflitos de competência entre
quaisquer tribunais, ressalvado o disposto III – julgar, em recurso especial, as causas
no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal decididas, em única ou última instância,
e juízes a ele não vinculados e entre juízes pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
vinculados a tribunais diversos; tribunais dos Estados, do Distrito Federal e
Territórios, quando a decisão recorrida:
e) as revisões criminais e as ações rescisórias
de seus julgados; a) contrariar tratado ou lei federal, ou
negar-lhes vigência;
f) a reclamação para a preservação de sua
competência e garantia da autoridade de b) julgar válido ato de governo local
suas decisões; contestado em face de lei federal; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
g) os conflitos de atribuições entre 2004)
autoridades administrativas e judiciárias
da União, ou entre autoridades judiciárias c) der a lei federal interpretação divergente
de um Estado e administrativas de outro ou da que lhe haja atribuído outro tribunal.
do Distrito Federal, ou entre as deste e da Parágrafo único. Funcionarão junto ao
União; Superior Tribunal de Justiça: (Redação dada
h) o mandado de injunção, quando a pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
elaboração da norma regulamentadora for I – a Escola Nacional de Formação e
atribuição de órgão, entidade ou autoridade Aperfeiçoamento de Magistrados, cabendo-
federal, da administração direta ou indireta, lhe, dentre outras funções, regulamentar os
excetuados os casos de competência do cursos oficiais para o ingresso e promoção
Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da na carreira; (Incluído pela Emenda
Justiça Militar, da Justiça Eleitoral, da Justiça Constitucional nº 45, de 2004)
do Trabalho e da Justiça Federal;
II – o Conselho da Justiça Federal, cabendo-
i) a homologação de sentenças lhe exercer, na forma da lei, a supervisão
estrangeiras e a concessão de exequatur administrativa e orçamentária da Justiça
às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Federal de primeiro e segundo graus,
Constitucional nº 45, de 2004) como órgão central do sistema e com
II – julgar, em recurso ordinário: poderes correicionais, cujas decisões terão
caráter vinculante. (Incluído pela Emenda
a) os "habeas-corpus" decididos em Constitucional nº 45, de 2004)
única ou última instância pelos Tribunais
Regionais Federais ou pelos tribunais dos
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Direito Processual Penal – Revisão Criminal – Prof. Joerberth Nunes
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: a) os juízes federais da área de sua
jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e
I – os Tribunais Regionais Federais; da Justiça do Trabalho, nos crimes comuns
II – os Juízes Federais. e de responsabilidade, e os membros do
Ministério Público da União, ressalvada a
Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais competência da Justiça Eleitoral;
compõem-se de, no mínimo, sete juízes,
recrutados, quando possível, na respectiva b) as revisões criminais e as ações rescisórias
região e nomeados pelo Presidente da República de julgados seus ou dos juízes federais da
dentre brasileiros com mais de trinta e menos região;
de sessenta e cinco anos, sendo: c) os mandados de segurança e os habeas-
I – um quinto dentre advogados com mais data contra ato do próprio Tribunal ou de
de dez anos de efetiva atividade profissional juiz federal;
e membros do Ministério Público Federal d) os habeas-corpus, quando a autoridade
com mais de dez anos de carreira; coatora for juiz federal;
II – os demais, mediante promoção de e) os conflitos de competência entre juízes
juízes federais com mais de cinco anos de federais vinculados ao Tribunal;
exercício, por antigüidade e merecimento,
alternadamente. II – julgar, em grau de recurso, as causas
decididas pelos juízes federais e pelos juízes
§ 1º A lei disciplinará a remoção ou a estaduais no exercício da competência
permuta de juízes dos Tribunais Regionais federal da área de sua jurisdição.
Federais e determinará sua jurisdição e
sede. (Renumerado do parágrafo único,
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
§ 2º Os Tribunais Regionais Federais
instalarão a justiça itinerante, com a
realização de audiências e demais funções
da atividade jurisdicional, nos limites CAPÍTULO VII
territoriais da respectiva jurisdição, DA REVISÃO
servindo-se de equipamentos públicos
e comunitários. (Incluído pela Emenda Art. 621. A revisão dos processos findos será
Constitucional nº 45, de 2004) admitida:
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do condenado ou de circunstância que § 1º O requerimento será instruído com
determine ou autorize diminuição especial a certidão de haver passado em julgado
da pena. a sentença condenatória e com as peças
necessárias à comprovação dos fatos
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em arguidos.
qualquer tempo, antes da extinção da pena ou
após. § 2º O relator poderá determinar que se
apensem os autos originais, se daí não
Parágrafo único. Não será admissível a advier dificuldade à execução normal da
reiteração do pedido, salvo se fundado em sentença.
novas provas.
§ 3º Se o relator julgar insuficientemente
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo instruído o pedido e inconveniente ao
próprio réu ou por procurador legalmente interesse da justiça que se apensem os
habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo autos originais, indeferi-lo-á in limine,
cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. dando recurso para as câmaras reunidas ou
Art. 624. As revisões criminais serão processadas para o tribunal, conforme o caso (art. 624,
e julgadas: parágrafo único).
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Direito Processual Penal – Revisão Criminal – Prof. Joerberth Nunes
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MATERIAL COMPLEMENTAR
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Direito Processual Penal – Recursos em Geral – Prof. Joerberth Nunes
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Direito Processual Penal – Recursos em Espécie – Prof. Joeberth Nunes
Recursos em Espécie
Linha do Processo
Recursos em Espécie
TÍTULO II
Dos Recursos em Geral
CAPÍTULO II
DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou
sentença:
I – que não receber a denúncia ou a queixa;
II – que concluir pela incompetência do juízo;
III – que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição;
IV – que pronunciar o réu; (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008)
V – que conceder, negar, arbitrar, cassar ou julgar inidônea a fiança,
indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la, conceder
liberdade provisória ou relaxar a prisão em flagrante; (Redação dada
pela Lei nº 7.780, de 22.6.1989)
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Recursos em Espécie
VI – (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
VII – que julgar quebrada a fiança ou perdido o seu valor;
VIII – que decretar a prescrição ou julgar, por outro modo, extinta a
punibilidade;
IX – que indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra
causa extintiva da punibilidade;
X – que conceder ou negar a ordem de habeas corpus;
XI – que conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
XII – que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
XIII – que anular o processo da instrução criminal, no todo ou em parte;
XIV – que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir;
XV – que denegar a apelação ou a julgar deserta;
XVI – que ordenar a suspensão do processo, em virtude de questão
prejudicial;
Recursos em Espécie
XVII – que decidir sobre a unificação de penas;
XVIII – que decidir o incidente de falsidade;
XIX – que decretar medida de segurança, depois de transitar a sentença em
julgado;
XX – que impuser medida de segurança por transgressão de outra;
XXI – que mantiver ou substituir a medida de segurança, nos casos do art. 774;
XXII – que revogar a medida de segurança;
XXIII – que deixar de revogar a medida de segurança, nos casos em que a lei
admita a revogação;
XXIV – que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
Art. 582. Os recursos serão sempre para o Tribunal de Apelação, salvo nos casos
dos números V, X e XIV.
Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do
Tribunal de Apelação.
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Direito Processual Penal – Recursos em Espécie – Prof. Joeberth Nunes
Recursos em Espécie
Art. 583. Subirão nos próprios autos os recursos:
I – quando interpostos de oficio;
II – nos casos do art. 581, I, III, IV, VI, VIII e X;
III – quando o recurso não prejudicar o andamento do processo.
Parágrafo único. O recurso da pronúncia subirá em traslado, quando,
havendo dois ou mais réus, qualquer deles se conformar com a decisão ou
todos não tiverem sido ainda intimados da pronúncia.
Art. 584. Os recursos terão efeito suspensivo nos casos de perda da fiança, de
concessão de livramento condicional e dos ns. XV, XVII e XXIV do art. 581.
§ 1º Ao recurso interposto de sentença de impronúncia ou no caso do no
VIII do art. 581, aplicar-se-á o disposto nos arts. 596 e 598.
§ 2º O recurso da pronúncia suspenderá tão-somente o julgamento.
§ 3º O recurso do despacho que julgar quebrada a fiança suspenderá
unicamente o efeito de perda da metade do seu valor.
Recursos em Espécie
Art. 585. O réu não poderá recorrer da pronúncia senão depois
de preso, salvo se prestar fiança, nos casos em que a lei a admitir.
Art. 586. O recurso voluntário poderá ser interposto no prazo de cinco dias.
Parágrafo único. No caso do art. 581, XIV, o prazo será de vinte dias,
contado da data da publicação definitiva da lista de jurados.
Art. 587. Quando o recurso houver de subir por instrumento, a parte indicará,
no respectivo termo, ou em requerimento avulso, as peças dos autos de que
pretenda traslado.
Parágrafo único. O traslado será extraído, conferido e concertado no prazo
de cinco dias, e dele constarão sempre a decisão recorrida, a certidão de
sua intimação, se por outra forma não for possível verificar-se a
oportunidade do recurso, e o termo de interposição.
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Recursos em Espécie
Art. 588. Dentro de dois dias, contados da interposição do recurso,
ou do dia em que o escrivão, extraído o traslado, o fizer com vista ao
recorrente, este oferecerá as razões e, em seguida, será aberta vista ao
recorrido por igual prazo.
Parágrafo único. Se o recorrido for o réu, será intimado do prazo na pessoa
do defensor.
Art. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao
juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho,
mandando instruir o recurso com os traslados que lhe parecerem necessários.
Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária,
por simples petição, poderá recorrer da nova decisão, se couber recurso,
não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente
de novos arrazoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em traslado.
Recursos em Espécie
Art. 590. Quando for impossível ao escrivão extrair o traslado no
prazo da lei, poderá o juiz prorrogá-lo até o dobro.
Art. 591. Os recursos serão apresentados ao juiz ou tribunal ad quem, dentro
de cinco dias da publicação da resposta do juiz a quo, ou entregues ao Correio
dentro do mesmo prazo.
Art. 592. Publicada a decisão do juiz ou do tribunal ad quem, deverão os autos
ser devolvidos, dentro de cinco dias, ao juiz a quo.
CAPÍTULO III
DA APELAÇÃO
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias:
I – das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por
juiz singular;
II – das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz
singular nos casos não previstos no Capítulo anterior;
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III – das decisões do Tribunal do Júri, quando:
a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão
dos jurados;
c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de
segurança;
d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos.
§ 1º Se a sentença do juiz-presidente for contrária à lei expressa ou divergir
das respostas dos jurados aos quesitos, o tribunal ad quem fará a devida
retificação.
§ 2º Interposta a apelação com fundamento no no III, c, deste artigo, o
tribunal ad quem, se lhe der provimento, retificará a aplicação da pena ou
da medida de segurança.
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§ 3º Se a apelação se fundar no no III, d, deste artigo, e o tribunal
ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente
contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a
novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda
apelação.
§ 4º Quando cabível a apelação, não poderá ser usado o recurso em
sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra.
Art. 594. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 595. (Revogado pela Lei nº 12.403, de 2011).
Art. 596. A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja
posto imediatamente em liberdade.
Parágrafo único. A apelação não suspenderá a execução da medida de
segurança aplicada provisoriamente.
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Art. 597. A apelação de sentença condenatória terá efeito suspensivo
salvo o disposto no art. 393, a aplicação provisória de interdições de direitos e
de medidas de segurança (arts. 374 e 378), e o caso de suspensão condicional
de pena.
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se
da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo
legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que
não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não
terá, porém, efeito suspensivo.
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze
dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público.
Art. 599. As apelações poderão ser interpostas quer em relação a todo o
julgado, quer em relação a parte dele.
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Art. 600. Assinado o termo de apelação, o apelante e, depois dele, o
apelado terão o prazo de oito dias cada um para oferecer razões, salvo nos
processos de contravenção, em que o prazo será de três dias.
§ 1º Se houver assistente, este arrazoará, no prazo de três dias, após o
Ministério Público.
§ 2º Se a ação penal for movida pela parte ofendida, o Ministério Público
terá vista dos autos, no prazo do parágrafo anterior.
§ 3º Quando forem dois ou mais os apelantes ou apelados, os prazos serão
comuns.
§ 4º Se o apelante declarar, na petição ou no termo, ao interpor a
apelação, que deseja arrazoar na superior instância serão os autos
remetidos ao tribunal ad quem onde será aberta vista às partes,
observados os prazos legais, notificadas as partes pela publicação oficial.
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Art. 601. Findos os prazos para razões, os autos serão remetidos à
instância superior, com as razões ou sem elas, no prazo de 5 (cinco) dias, salvo
no caso do art. 603, segunda parte, em que o prazo será de trinta dias.
§ 1º Se houver mais de um réu, e não houverem todos sido julgados, ou
não tiverem todos apelado, caberá ao apelante promover extração do
traslado dos autos, o qual deverá ser remetido à instância superior no
prazo de trinta dias, contado da data da entrega das últimas razões de
apelação, ou do vencimento do prazo para a apresentação das do apelado.
§ 2º As despesas do traslado correrão por conta de quem o solicitar, salvo
se o pedido for de réu pobre ou do Ministério Público.
Art. 602. Os autos serão, dentro dos prazos do artigo anterior, apresentados
ao tribunal ad quem ou entregues ao Correio, sob registro.
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Art. 603. A apelação subirá nos autos originais e, a não ser no Distrito
Federal e nas comarcas que forem sede de Tribunal de Apelação, ficará em
cartório traslado dos termos essenciais do processo referidos no art. 564, III.
Arts. 604 a 606. (Revogados pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
CAPÍTULO IV
DO PROTESTO POR NOVO JÚRI
Art. 607. (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
Art. 608. (Revogado pela Lei nº 11.689, de 2008)
CAPÍTULO V
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS RECURSOS EM SENTIDO ESTRITO
E DAS APELAÇÕES, NOS TRIBUNAIS DE APELAÇÃO
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de
Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência
estabelecida nas leis de organização judiciária.
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Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda
instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade,
que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de
acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão
restritos à matéria objeto de divergência
Art. 610. Nos recursos em sentido estrito, com exceção do de habeas corpus, e nas
apelações interpostas das sentenças em processo de contravenção ou de crime a que
a lei comine pena de detenção, os autos irão imediatamente com vista ao procurador-
geral pelo prazo de cinco dias, e, em seguida, passarão, por igual prazo, ao relator, que
pedirá designação de dia para o julgamento.
Parágrafo único. Anunciado o julgamento pelo presidente, e apregoadas as
partes, com a presença destas ou à sua revelia, o relator fará a exposição do feito
e, em seguida, o presidente concederá, pelo prazo de 10 (dez) minutos, a palavra
aos advogados ou às partes que a solicitarem e ao procurador-geral, quando o
requerer, por igual prazo.
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Art. 611. (Revogado pelo Decreto-Lei nº 552, de 25.4.1969)
Art. 612. Os recursos de habeas corpus, designado o relator, serão julgados na
primeira sessão.
Art. 613. As apelações interpostas das sentenças proferidas em processos por crime a
que a lei comine pena de reclusão, deverão ser processadas e julgadas pela forma
estabelecida no Art. 610, com as seguintes modificações:
I – exarado o relatório nos autos, passarão estes ao revisor, que terá igual prazo
para o exame do processo e pedirá designação de dia para o julgamento;
II – os prazos serão ampliados ao dobro;
III – o tempo para os debates será de um quarto de hora.
Art. 614. No caso de impossibilidade de observância de qualquer dos prazos
marcados nos arts. 610 e 613, os motivos da demora serão declarados nos autos.
Art. 615. O tribunal decidirá por maioria de votos.
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§ 1º Havendo empate de votos no julgamento de recursos, se o
presidente do tribunal, câmara ou turma, não tiver tomado parte na votação,
proferirá o voto de desempate; no caso contrário, prevalecerá a decisão mais
favorável ao réu.
§ 2º O acórdão será apresentado à conferência na primeira sessão seguinte à do
julgamento, ou no prazo de duas sessões, pelo juiz incumbido de lavrá-lo.
Art. 616. No julgamento das apelações poderá o tribunal, câmara ou turma proceder
a novo interrogatório do acusado, reinquirir testemunhas ou determinar outras
diligências.
Art. 617. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos
arts. 383, 386 e 387, no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena,
quando somente o réu houver apelado da sentença.
Art. 618. Os regimentos dos Tribunais de Apelação estabelecerão as normas
complementares para o processo e julgamento dos recursos e apelações.
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CAPÍTULO VI
DOS EMBARGOS
Art. 619. Aos acórdãos proferidos pelos Tribunais de Apelação, câmaras ou turmas,
poderão ser opostos embargos de declaração, no prazo de dois dias contados da sua
publicação, quando houver na sentença ambiguidade, obscuridade, contradição ou
omissão.
Art. 620. Os embargos de declaração serão deduzidos em requerimento de que
constem os pontos em que o acórdão é ambíguo, obscuro, contraditório ou omisso.
§ 1º O requerimento será apresentado pelo relator e julgado,
independentemente de revisão, na primeira sessão.
§ 2º Se não preenchidas as condições enumeradas neste artigo, o relator
indeferirá desde logo o requerimento.
CAPÍTULO VII
DA REVISÃO
Art. 621. A revisão dos processos findos será admitida:
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I – quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da
lei penal ou à evidência dos autos;
II – quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou
documentos comprovadamente falsos;
III – quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do
condenado ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da
pena.
Art. 622. A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da
pena ou após.
Parágrafo único. Não será admissível a reiteração do pedido, salvo se fundado em
novas provas.
Art. 623. A revisão poderá ser pedida pelo próprio réu ou por procurador legalmente
habilitado ou, no caso de morte do réu, pelo cônjuge, ascendente, descendente ou
irmão.
Art. 624. As revisões criminais serão processadas e julgadas:
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I – pelo Supremo Tribunal Federal, quanto às condenações por ele
proferidas;
II – pelo Tribunal Federal de Recursos, Tribunais de Justiça ou de Alçada, nos
demais casos.
§ 1º No Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Federal de Recursos o processo e
julgamento obedecerão ao que for estabelecido no respectivo regimento interno.
§ 2º Nos Tribunais de Justiça ou de Alçada, o julgamento será efetuado pelas
câmaras ou turmas criminais, reunidas em sessão conjunta, quando houver mais
de uma, e, no caso contrário, pelo tribunal pleno.
§ 3º Nos tribunais onde houver quatro ou mais câmaras ou turmas criminais,
poderão ser constituídos dois ou mais grupos de câmaras ou turmas para o
julgamento de revisão, obedecido o que for estabelecido no respectivo regimento
interno.
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Art. 625. O requerimento será distribuído a um relator e a um revisor,
devendo funcionar como relator um desembargador que não tenha pronunciado
decisão em qualquer fase do processo.
§ 1º O requerimento será instruído com a certidão de haver passado em julgado a
sentença condenatória e com as peças necessárias à comprovação dos fatos
arguidos.
§ 2º O relator poderá determinar que se apensem os autos originais, se daí não
advier dificuldade à execução normal da sentença.
§ 3º Se o relator julgar insuficientemente instruído o pedido e inconveniente ao
interesse da justiça que se apensem os autos originais, indeferi-lo-á in limine,
dando recurso para as câmaras reunidas ou para o tribunal, conforme o caso (art.
624, parágrafo único).
§ 4º Interposto o recurso por petição e independentemente de termo, o relator
apresentará o processo em mesa para o julgamento e o relatará, sem tomar parte
na discussão.
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§ 5º Se o requerimento não for indeferido in limine, abrir-se-á vista dos
autos ao procurador-geral, que dará parecer no prazo de dez dias. Em seguida,
examinados os autos, sucessivamente, em igual prazo, pelo relator e revisor,
julgar-se-á o pedido na sessão que o presidente designar.
Art. 626. Julgando procedente a revisão, o tribunal poderá alterar a classificação da
infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo.
Parágrafo único. De qualquer maneira, não poderá ser agravada a pena imposta
pela decisão revista.
Art. 627. A absolvição implicará o restabelecimento de todos os direitos perdidos em
virtude da condenação, devendo o tribunal, se for caso, impor a medida de segurança
cabível.
Art. 628. Os regimentos internos dos Tribunais de Apelação estabelecerão as normas
complementares para o processo e julgamento das revisões criminais.
Art. 629. À vista da certidão do acórdão que cassar a sentença condenatória, o juiz
mandará juntá-la imediatamente aos autos, para inteiro cumprimento da decisão.
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Recursos em Espécie
Art. 630. O tribunal, se o interessado o requerer, poderá reconhecer o
direito a uma justa indenização pelos prejuízos sofridos.
§ 1º Por essa indenização, que será liquidada no juízo cível, responderá a União, se
a condenação tiver sido proferida pela justiça do Distrito Federal ou de Território,
ou o Estado, se o tiver sido pela respectiva justiça.
§ 2º A indenização não será devida:
a) se o erro ou a injustiça da condenação proceder de ato ou falta imputável ao
próprio impetrante, como a confissão ou a ocultação de prova em seu poder;
b) se a acusação houver sido meramente privada.
Art. 631. Quando, no curso da revisão, falecer a pessoa, cuja condenação tiver de ser
revista, o presidente do tribunal nomeará curador para a defesa.
CAPÍTULO VIII
DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Arts. 632. a 636. Revogados pela Lei nº 3.396, de 2.6.1958:
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Art. 637. O recurso extraordinário não tem efeito suspensivo, e uma vez
arrazoados pelo recorrido os autos do traslado, os originais baixarão à primeira
instância, para a execução da sentença.
Art. 638. O recurso extraordinário será processado e julgado no Supremo Tribunal
Federal na forma estabelecida pelo respectivo regimento interno.
CAPÍTULO IX
DA CARTA TESTEMUNHÁVEL
Art. 639. Dar-se-á carta testemunhável:
I – da decisão que denegar o recurso;
II – da que, admitindo embora o recurso, obstar à sua expedição e seguimento
para o juízo ad quem.
Art. 640. A carta testemunhável será requerida ao escrivão, ou ao secretário do
tribunal, conforme o caso, nas quarenta e oito horas seguintes ao despacho que
denegar o recurso, indicando o requerente as peças do processo que deverão ser
trasladadas.
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Recursos em Espécie
Art. 641. O escrivão, ou o secretário do tribunal, dará recibo da petição à
parte e, no prazo máximo de cinco dias, no caso de recurso no sentido estrito,
ou de sessenta dias, no caso de recurso extraordinário, fará entrega da carta,
devidamente conferida e concertada.
Art. 642. O escrivão, ou o secretário do tribunal, que se negar a dar o recibo,
ou deixar de entregar, sob qualquer pretexto, o instrumento, será suspenso
por trinta dias. O juiz, ou o presidente do Tribunal de Apelação, em face de
representação do testemunhante, imporá a pena e mandará que seja extraído
o instrumento, sob a mesma sanção, pelo substituto do escrivão ou do
secretário do tribunal. Se o testemunhante não for atendido, poderá reclamar
ao presidente do tribunal ad quem, que avocará os autos, para o efeito do
julgamento do recurso e imposição da pena.
Recursos em Espécie
Art. 643. Extraído e autuado o instrumento, observar-se-á o disposto
nos arts. 588 a 592, no caso de recurso em sentido estrito, ou o processo
estabelecido para o recurso extraordinário, se deste se tratar.
Art. 644. O tribunal, câmara ou turma a que competir o julgamento da carta,
se desta tomar conhecimento, mandará processar o recurso, ou, se estiver
suficientemente instruída, decidirá logo, de meritis.
Art. 645. O processo da carta testemunhável na instância superior seguirá o
processo do recurso denegado.
Art. 646. A carta testemunhável não terá efeito suspensivo.
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Direito Processual Penal
TÍTULO II
DOS PROCESSOS ESPECIAIS
CAPÍTULO VI
DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO DE AUTOS EXTRAVIADOS OU DESTRUÍDOS
Art. 541. Os autos originais de processo penal extraviados ou destruídos, em primeira ou segunda
instância, serão restaurados.
§ 1º Se existir e for exibida cópia autêntica ou certidão do processo, será uma ou outra
considerada como original.
§ 2º Na falta de cópia autêntica ou certidão do processo, o juiz mandará, de ofício, ou a
requerimento de qualquer das partes, que:
a) o escrivão certifique o estado do processo, segundo a sua lembrança, e reproduza o que
houver a respeito em seus protocolos e registros;
b) sejam requisitadas cópias do que constar a respeito no Instituto Médico-Legal, no Instituto
de Identificação e Estatística ou em estabelecimentos congêneres, repartições públicas,
penitenciárias ou cadeias;
c) as partes sejam citadas pessoalmente, ou, se não forem encontradas, por edital, com o prazo
de dez dias, para o processo de restauração dos autos.
§ 3º Proceder-se-á à restauração na primeira instância, ainda que os autos se tenham extraviado
na segunda.
Art. 542. No dia designado, as partes serão ouvidas, mencionando-se em termo circunstanciado os
pontos em que estiverem acordes e a exibição e a conferência das certidões e mais reproduções do
processo apresentadas e conferidas.
Art. 543. O juiz determinará as diligências necessárias para a restauração, observando-se o seguinte:
I – caso ainda não tenha sido proferida a sentença, reinquirir-se-ão as testemunhas podendo
ser substituídas as que tiverem falecido ou se encontrarem em lugar não sabido;
II – os exames periciais, quando possível, serão repetidos, e de preferência pelos mesmos
peritos;
III – a prova documental será reproduzida por meio de cópia autêntica ou, quando impossível,
por meio de testemunhas;
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IV – poderão também ser inquiridas sobre os atos do processo, que deverá ser restaurado, as
autoridades, os serventuários, os peritos e mais pessoas que tenham nele funcionado;
V – o Ministério Público e as partes poderão oferecer testemunhas e produzir documentos,
para provar o teor do processo extraviado ou destruído.
Art. 544. Realizadas as diligências que, salvo motivo de força maior, deverão concluir-se dentro de
vinte dias, serão os autos conclusos para julgamento.
Parágrafo único. No curso do processo, e depois de subirem os autos conclusos para sentença,
o juiz poderá, dentro em cinco dias, requisitar de autoridades ou de repartições todos os
esclarecimentos para a restauração.
Art. 545. Os selos e as taxas judiciárias, já pagos nos autos originais, não serão novamente cobrados.
Art. 546. Os causadores de extravio de autos responderão pelas custas, em dobro, sem prejuízo da
responsabilidade criminal.
Art. 547. Julgada a restauração, os autos respectivos valerão pelos originais.
Parágrafo único. Se no curso da restauração aparecerem os autos originais, nestes continuará o
processo, apensos a eles os autos da restauração.
Art. 548. Até à decisão que julgue restaurados os autos, a sentença condenatória em execução
continuará a produzir efeito, desde que conste da respectiva guia arquivada na cadeia ou na
penitenciária, onde o réu estiver cumprindo a pena, ou de registro que torne a sua existência
inequívoca.
TÍTULO II
Dos Processos Especiais
CAPÍTULO VI
DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO DE AUTOS EXTRAVIADOS OU DESTRUÍDOS
Art. 541. Os autos originais de processo penal extraviados ou destruídos, em primeira ou segunda
instância, serão restaurados.
§ 1º Se existir e for exibida cópia autêntica ou certidão do processo, será uma ou outra
considerada como original.
§ 2º Na falta de cópia autêntica ou certidão do processo, o juiz mandará, de ofício, ou a
requerimento de qualquer das partes, que:
a) o escrivão certifique o estado do processo, segundo a sua lembrança, e reproduza o que
houver a respeito em seus protocolos e registros;
b) sejam requisitadas cópias do que constar a respeito no Instituto Médico-Legal, no Instituto
de Identificação e Estatística ou em estabelecimentos congêneres, repartições públicas,
penitenciárias ou cadeias;
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Direito Processual Penal – Procedimento Especial – Prof. Joerberth Nunes
c) as partes sejam citadas pessoalmente, ou, se não forem encontradas, por edital, com o prazo
de dez dias, para o processo de restauração dos autos.
§ 3º Proceder-se-á à restauração na primeira instância, ainda que os autos se tenham extraviado
na segunda.
Art. 542. No dia designado, as partes serão ouvidas, mencionando-se em termo circunstanciado os
pontos em que estiverem acordes e a exibição e a conferência das certidões e mais reproduções do
processo apresentadas e conferidas.
Art. 543. O juiz determinará as diligências necessárias para a restauração, observando-se o
seguinte:
I – caso ainda não tenha sido proferida a sentença, reinquirir-se-ão as testemunhas podendo
ser substituídas as que tiverem falecido ou se encontrarem em lugar não sabido;
II – os exames periciais, quando possível, serão repetidos, e de preferência pelos mesmos
peritos;
III – a prova documental será reproduzida por meio de cópia autêntica ou, quando impossível,
por meio de testemunhas;
IV – poderão também ser inquiridas sobre os atos do processo, que deverá ser restaurado, as
autoridades, os serventuários, os peritos e mais pessoas que tenham nele funcionado;
V – o Ministério Público e as partes poderão oferecer testemunhas e produzir documentos,
para provar o teor do processo extraviado ou destruído.
Art. 544. Realizadas as diligências que, salvo motivo de força maior, deverão concluir-se dentro de
vinte dias, serão os autos conclusos para julgamento.
Parágrafo único. No curso do processo, e depois de subirem os autos conclusos para sentença,
o juiz poderá, dentro em cinco dias, requisitar de autoridades ou de repartições todos os
esclarecimentos para a restauração.
Art. 545. Os selos e as taxas judiciárias, já pagos nos autos originais, não serão novamente cobrados.
Art. 546. Os causadores de extravio de autos responderão pelas custas, em dobro, sem prejuízo da
responsabilidade criminal.
Art. 547. Julgada a restauração, os autos respectivos valerão pelos originais.
Parágrafo único. Se no curso da restauração aparecerem os autos originais, nestes continuará o
processo, apensos a eles os autos da restauração.
Art. 548. Até à decisão que julgue restaurados os autos, a sentença condenatória em execução
continuará a produzir efeito, desde que conste da respectiva guia arquivada na cadeia ou na
penitenciária, onde o réu estiver cumprindo a pena, ou de registro que torne a sua existência
inequívoca.
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Direito Processual Civil
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Direito Processual Civil
Do Juiz
Arts. 125 a 138 do CPC
Características
O juiz é mero agente de um dos sujeitos processuais, que é o Estado; não participa dos interesses
contrapostos e, sim, comanda a atividade processual desinteressadamente e imparcialmente.
Ele não está no processo em nome próprio, mas na condição de órgão do Estado, que não se
coloca em pé de igualdade com as partes, nem atua em defesa de interesses próprios, e sim em
benefício geral.
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II ‒ recusar, omitir ou retardar, sem justo parentes destes, em linha reta ou na
motivo, providência que deva ordenar de colateral até o terceiro grau;
ofício, ou a requerimento da parte. III ‒ herdeiro presuntivo, donatário ou
Parágrafo único. Reputar-se-ão verificadas empregador de alguma das partes;
as hipóteses previstas no nº II só depois IV ‒ receber dádivas antes ou depois de
que a parte, por intermédio do escrivão, iniciado o processo; aconselhar alguma
requerer ao juiz que determine a das partes acerca do objeto da causa,
providência e este não lhe atender o pedido ou subministrar meios para atender às
dentro de 10 (dez) dias. despesas do litígio;
V ‒ interessado no julgamento da causa em
DOS IMPEDIMENTOS favor de uma das partes.
E DA SUSPEIÇÃO Parágrafo único. Poderá ainda o juiz
declarar-se suspeito por motivo íntimo.
Art. 134. É defeso ao juiz exercer as suas funções
no processo contencioso ou voluntário: Art. 136. Quando dois ou mais juízes forem
parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta
I ‒ de que for parte;
e no segundo grau na linha colateral, o primeiro,
II ‒ em que interveio como mandatário da parte, que conhecer da causa no tribunal, impede que
oficiou como perito, funcionou como órgão o outro participe do julgamento; caso em que o
do Ministério Público, ou prestou depoimento segundo se escusará, remetendo o processo ao
como testemunha; seu substituto legal.
III ‒ que conheceu em primeiro grau de Art. 137. Aplicam-se os motivos de impedimento
jurisdição, tendo-lhe proferido sentença ou e suspeição aos juízes de todos os tribunais. O
decisão; juiz que violar o dever de abstenção, ou não
IV ‒ quando nele estiver postulando, como se declarar suspeito, poderá ser recusado por
advogado da parte, o seu cônjuge ou qualquer qualquer das partes (art. 304).
parente seu, consanguíneo ou afim, em linha Art. 138. Aplicam-se também os motivos de
reta; ou na linha colateral até o segundo grau; impedimento e de suspeição:
V ‒ quando cônjuge, parente, consanguíneo ou I ‒ ao órgão do Ministério Público, quando
afim, de alguma das partes, em linha reta ou, na não for parte, e, sendo parte, nos casos
colateral, até o terceiro grau; previstos nos nºs I a IV do art. 135;
VI ‒ quando for órgão de direção ou de II ‒ ao serventuário de justiça;
administração de pessoa jurídica, parte na
III ‒ ao perito;
causa.
IV ‒ ao intérprete.
Parágrafo único. No caso do nº IV, o
impedimento só se verifica quando o § 1º A parte interessada deverá arguir o
advogado já estava exercendo o patrocínio impedimento ou a suspeição, em petição
da causa; é, porém, vedado ao advogado fundamentada e devidamente instruída, na
pleitear no processo, a fim de criar o primeira oportunidade em que lhe couber
impedimento do juiz. falar nos autos; o juiz mandará processar
o incidente em separado e sem suspensão
Art. 135. Reputa-se fundada a suspeição de
da causa, ouvindo o arguido no prazo de
parcialidade do juiz, quando:
5 (cinco) dias, facultando a prova quando
I ‒ amigo íntimo ou inimigo capital de necessária e julgando o pedido.
qualquer das partes;[
§ 2º Nos tribunais caberá ao relator
II ‒ alguma das partes for credora ou processar e julgar o incidente.
devedora do juiz, de seu cônjuge ou de
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Direito Processual Civil
Auxiliares da Justiça
O juízo é composto pelo juiz, detentor do poder jurisdicional, e pelos auxiliares da justiça que,
sob a direção e em conjunto com o magistrado, realizam a prestação jurisdicional, mediante
a necessária formação e desenvolvimento do processo. Os auxiliares da justiça, ou do juízo
consoante refere o art. 139 do Código de Processo Civil, são responsáveis, portanto, pelos
demais atos necessários ao desfecho da causa que não sejam de responsabilidade exclusiva do
juiz.
Art. 139. São auxiliares do juízo, além de outros, cujas atribuições são determinadas pelas normas
de organização judiciária, o escrivão, o oficial de justiça, o perito, o depositário, o administrador e o
intérprete.
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Art. 142. No impedimento do escrivão, o juiz convocar-lhe-á o substituto, e, não o havendo,
nomeará pessoa idônea para o ato.
Excluindo-se o juiz, o escrivão é o mais importante dos elementos que compõe o juízo. Sua
função recebe o nome de Ofício de Justiça, consoante art. 140 do Código de Processo Civil.
O cartório é o estabelecimento por ele dirigido no qual podem servir outros funcionários
subalternos, como os escreventes, cuja função é regulada pelas normas de organização
judiciária.
As funções do escrivão são variadas, sendo algumas autônomas, como, por exemplo a
documentação, certificação, movimentação dos autos etc. e outras vinculadas à ordem judicial,
tais como as citações e as intimações. O art. 141 do Código de Processo Civil enumera suas
atribuições de forma não exaustiva, prevendo seu inciso II outras funções prescritas nas normas
da organização judiciária.
OFICIAL DE JUSTIÇA
Além da prática de atos internos, de responsabilidade do escrivão, faz-se indispensável a
existência do oficial de justiça, responsável pela execução dos procedimentos que tenham
repercussão externa ao juízo.Os oficiais de justiça são os mensageiros e executores de ordens
judiciais.
Art. 143. Incumbe ao oficial de justiça:
I – fazer pessoalmente as citações, prisões, penhoras, arrestos e mais diligências próprias do
seu ofício, certificando no mandado o ocorrido, com menção de lugar, dia e hora. A diligência,
sempre que possível, realizar-se-á na presença de duas testemunhas;
II – executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
III – entregar, em cartório, o mandado, logo depois de cumprido;
IV – estar presente às audiências e coadjuvar o juiz na manutenção da ordem.
V – efetuar avaliações.
Art. 144. O escrivão e o oficial de justiça são civilmente responsáveis:
I – quando, sem justo motivo, se recusarem a cumprir, dentro do prazo, os atos que Ihes impõe
a lei, ou os que o juiz, a que estão subordinados, Ihes comete;
II – quando praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
DO PERITO
Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será
assistido por perito, segundo o disposto no art. 421.
§ 1º Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos
no órgão de classe competente, respeitado o disposto no Capítulo Vl, seção Vll, deste Código.
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Auxiliares da Justiça – Direito Processual Civil – Prof. Giuliano Tamagno
§ 2º Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar, mediante
certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos.
§ 3º Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que preencham os requisitos
dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz.
Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que Ihe assina a lei, empregando toda a
sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco) dias, contados da intimação ou
do impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la (art.
423).
Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos
prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias
e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.
O perito é o profissional que, face aos seus conhecimentos técnicos e
científicos, é chamado para auxiliar o juiz no descobrimento da verdade sobre determinado
fato.
O perito é, portanto, pessoa estranha ao quadro de funcionários permanentes da justiça,
escolhido pelo juiz para atuar, mediante remuneração cujo ônus recai às partes na forma do
art. 33 do Código de Processo Civil (salvo nas hipóteses de assistência judiciária gratuita).
DO DEPOSITÁRIO E DO ADMINISTRADOR
Art. 148. A guarda e conservação de bens penhorados, arrestados, seqüestrados ou arrecadados
serão confiadas a depositário ou a administrador, não dispondo a lei de outro modo.
Art. 149. O depositário ou administrador perceberá, por seu trabalho, remuneração que o juiz
fixará, atendendo à situação dos bens, ao tempo do serviço e às dificuldades de sua execução.
Parágrafo único. O juiz poderá nomear, por indicação do depositário ou do administrador, um
ou mais prepostos.
Art. 150. O depositário ou o administrador responde pelos prejuízos que, por dolo ou culpa,
causar à parte, perdendo a remuneração que lhe foi arbitrada; mas tem o direito a haver o que
legitimamente despendeu no exercício do encargo.
O art. 148 do Código de Processo Civil determinou que a guarda e a conservação dos bens
penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados serão confiados ao depositário ou
administrador, que deverá zelar por sua guarda e conservação, evitando que se extraviem ou se
deteriorem. Quando a natureza do bem exigir a continuidade de uma atividade, o depositário
assume papel de administrador na forma do artigo 677 do Diploma Processual Civil. Depositário,
portanto, possui uma função preponderantemente de guarda e conservação. Por sua vez, o
administrador, além das responsabilidades de depositário, tem a incumbência complementar
de manter em atividade e produção o estabelecimento penhorado.
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DO INTÉRPRETE
Art. 151. O juiz nomeará intérprete toda vez que o repute necessário para:
I – analisar documento de entendimento duvidoso, redigido em língua estrangeira;
II – verter em português as declarações das partes e das testemunhas que não conhecerem o
idioma nacional;
III – traduzir a linguagem mímica dos surdos-mudos, que não puderem transmitir a sua vontade
por escrito.
Art. 152. Não pode ser intérprete quem:
I – não tiver a livre administração dos seus bens;
II – for arrolado como testemunha ou serve como perito no processo;
III – estiver inabilitado ao exercício da profissão por sentença penal condenatória, enquanto
durar o seu efeito.
Art. 153. O intérprete, oficial ou não, é obrigado a prestar o seu ofício, aplicando-se-lhe o disposto
nos arts. 146 e 147.
Intérprete é o profissional que traduz para o vernáculo, de modo que todos os interessados no
pleito entendam, o que a parte, assistente, testemunha ou outra pessoa exprimiu no processo.
[32] Sua natureza é semelhante à do perito, pois auxilia o juiz quando este julgar necessário
e não possa fazê-lo ele próprio face a limitações de ordem técnica. O art. 151 do Código de
Processo Civil disciplina as três hipóteses de nomeação de intérprete.
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Direito Processual Civil
Atos Processuais
Forma é o conjunto de solenidades que se devem observar para que o ato jurídico seja
plenamente eficaz.
É através da forma que a declaração de vontade adquire realidade e se torna ato jurídico
processual.
Quanto à forma, os atos jurídicos em geral costumam ser classificados em solenes ou não
solenes.
Solenes são aqueles para os quais a lei prevê uma determinada forma como condição de
validade.
E não solenes, os atos de forma livre, isto é, que podem ser praticados independentemente de
qualquer solenidade e que se provam por quaisquer dos meios de convencimento admitidos
em direito.
Os atos processuais são solenes porque, via de regra, se subordinam à forma escrita, a termos
adequados, a lugares e tempo expressamente previstos em lei.
A regra geral é a forma livre dos atos (107 CC)
PRINCÍPIO IMPORTANTE: O princípio da instrumentalidade do processo instituído de forma
genérica no art. 244 do CPC preceitua que nenhuma nulidade seja declarada sem que exista um
efetivo prejuízo.
Para o Código, portanto, as formas que prescrevem são relevantes, mas sua inobservância não
é causa de nulidade, a não ser que dela tenha decorrido a não consecução da finalidade do ato.
Quando, todavia, o texto legal cominar, expressamente, a pena de nulidade para a inobservância
de determinada forma, como no caso das citações (art.247), não incide a regra liberal do art.
154, de maneira que o ato não produzirá eficácia jurídica, ainda que a ciência da in ius vocacio
tenha efetivamente chegado ao réu.
Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei
expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, Ihe preencham a
finalidade essencial.
Parágrafo único. Os tribunais, no âmbito da respectiva jurisdição, poderão disciplinar a prática
e a comunicação oficial dos atos processuais por meios eletrônicos, atendidos os requisitos de
autenticidade, integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infra-Estrutura de Chaves
Públicas Brasileira - ICP - Brasil.
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§ 2º Todos os atos e termos do processo podem ser produzidos, transmitidos, armazenados e
assinados por meio eletrônico, na forma da lei.
Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
Il – que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em
divórcio, alimentos e guarda de menores.
Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito
às partes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer
ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do
desquite.
Art. 157. Só poderá ser junto aos autos documento redigido em língua estrangeira, quando
acompanhado de versão em vernáculo, firmada por tradutor juramentado.
Atos das partes são aqueles praticados por autor, réu, terceiros intervenientes e Ministério
Público, regra geral produzem efeitos imediatamente (cuidado com a desistência da ação, que
produz efeito só depois de homologada pelo juiz – 158 §Ú).
O principal ato da parte autora é a petição inicial, que rompe a inércia, provocando o judiciário
acerca de uma questão controvertida, esperando uma decisão estatal.
Nos atos do réu, destaca-se a defesa, denominada contestação, onde o réu deve arguir toda
matéria invocada a seu favor.
Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por sentença.
Art. 159. Salvo no Distrito Federal e nas Capitais dos Estados, todas as petições e documentos que
instruírem o processo, não constantes de registro público, serão sempre acompanhados de cópia,
datada e assinada por quem os oferecer.
§ 2º Os autos suplementares só sairão de cartório para conclusão ao juiz, na falta dos autos
originais.
Art. 160. Poderão as partes exigir recibo de petições, arrazoados, papéis e documentos que
entregarem em cartório.
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Processo Civil – Da forma dos Atos Processuais Atualizado – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 161. É defeso lançar, nos autos, cotas marginais ou interlineares; o juiz mandará riscá-las,
impondo a quem as escrever multa correspondente à metade do salário mínimo vigente na sede do
juízo.
Os atos do juiz, apresentados no art. 162 do CPC, não são taxativos, sendo um rol exemplificativo,
ao passo que no curso do processo o juiz pode praticar outros atos como inspeção judicial,
inquirição de testemunha.
Sentença: antes da lei 11.232/2005 sentença era “ato pelo qual o juiz põe termo ao processo”
pois até então o processo se encerrava com a sentença. Hoje em dia, o conceito foi alterado, e
sentença é somente mais uma fase do processo sendo o seu conceito inscupido no =1º do art.
162 “sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269
desta lei” ou seja, a sentença não encerra mais o processo, pois com o advento do sincretismo
processual não se faz mais necessário um processo de execução de sentença, mas sim o
mero cumprimento da sentença em uma nova fase, dentro do mesmo processo, denominada
cumprimento de sentença. Ressalvo que o processo de execução ainda existe, mas se destina
basicamente a fazer a execução de títulos executivos extrajudiciais.
Terminativa é aquela que não resolve o mérito do processo, aplicando o art. 267 do CPC,
produzindo a coisa julgada formal.
Definitiva é a sentença que resolve o mérito, aplicando o art. 269 do CPC, produzindo, por sua
vez, coisa julgada material.
Requisitos da sentença não são importantes por hora, devendo ser estudado em apartado.
Decisão interlocutória, prevista no Art. 162 §2º é um ato de cunho decisório, que o juiz se faz
valer para resolver alguma questão incidental.
Exemplo: o Advogado da parte autora requer a oitiva de uma testemunha, o juiz indefere o
pedido por entender já provado tal fato.
Tal ato é uma sentença? Obviamente que não. Tem cunho decisório? Sim, ele decidiu que não
ouvirá mais testemunhas, então é decisão interlocutória.
Por possuir cunho decisório, cabe recurso, denominado AGRAVO, previsto no art. 522 do CPC.
Macete: todo ato do juiz com conteúdo decisório que não se enquadre como sentença, é uma
decisao interlocutória.
DESPACHOS – tem a finalidade de dar andamento ao processo. Não cabe recurso.
§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269
desta Lei.
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§ 2º Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão
incidente.
Art. 164. Os despachos, decisões, sentenças e acórdãos serão redigidos, datados e assinados
pelos juízes. Quando forem proferidos, verbalmente, o taquígrafo ou o datilógrafo os registrará,
submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.
Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita
eletronicamente, na forma da lei.
Art. 165. As sentenças e acórdãos serão proferidos com observância do disposto no art. 458; as
demais decisões serão fundamentadas, ainda que de modo conciso.
Art. 167. O escrivão numerará e rubricará todas as folhas dos autos, procedendo da mesma forma
quanto aos suplementares.
Parágrafo único. Às partes, aos advogados, aos órgãos do Ministério Público, aos peritos e às
testemunhas é facultado rubricar as folhas correspondentes aos atos em que intervieram.
Art. 168. Os termos de juntada, vista, conclusão e outros semelhantes constarão de notas datadas
e rubricadas pelo escrivão.
Art. 169. Os atos e termos do processo serão datilografados ou escritos com tinta escura e indelével,
assinando-os as pessoas que neles intervieram. Quando estas não puderem ou não quiserem firmá-
los, o escrivão certificará, nos autos, a ocorrência.
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Processo Civil – Da forma dos Atos Processuais Atualizado – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 170. É lícito o uso da taquigrafia, da estenotipia, ou de outro método idôneo, em qualquer juízo
ou tribunal.
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Direito Processual Civil
DO TEMPO
Art. 172. Os atos processuais realizar-se-ão em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º Serão, todavia, concluídos depois das 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o
adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
§ 2º A citação e a penhora poderão, em casos excepcionais, e mediante autorização expressa
do juiz, realizar-se em domingos e feriados, ou nos dias úteis, fora do horário estabelecido neste
artigo, observado o disposto no art. 5º , inciso XI da Constituição Federal.
§ 3º Quando o ato tiver que ser praticado em determinado prazo, por meio de petição, esta
deverá ser apresentada no protocolo, dentro do horário de expediente, nos termos da lei de
organização judiciária local.
Art. 173. Durante as férias e nos feriados não se praticarão atos processuais.
Excetuam-se:
I – a produção antecipada de provas (art. 846);
II – a citação, a fim de evitar o perecimento de direito; e bem assim o arresto, o sequestro,
a penhora, a arrecadação, a busca e apreensão, o depósito, a prisão, a separação de corpos,
a abertura de testamento, os embargos de terceiro, a nunciação de obra nova e outros atos
análogos.
Parágrafo único. O prazo para a resposta do réu só começará a correr no primeiro dia útil
seguinte ao feriado ou às férias.
Art. 174. Processam-se durante as férias e não se suspendem pela superveniência delas:
I – os atos de jurisdição voluntária bem como os necessários à conservação de direitos, quando
possam ser prejudicados pelo adiamento;
II – as causas de alimentos provisionais, de dação ou remoção de tutores e curadores, bem
como as mencionadas no art. 275;
III – todas as causas que a lei federal determinar.
Art. 175. São feriados, para efeito forense, os domingos e os dias declarados por lei.
DO LUGAR
Art. 176. Os atos processuais realizam-se de ordinário na sede do juízo. Podem, todavia, efetuar-
se em outro lugar, em razão de deferência, de interesse da justiça, ou de obstáculo argüido pelo
interessado e acolhido pelo juiz.
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Direito Processual Civil
Prazo é o lapso de tempo que um ato processual pode ser validamente praticado. É delimitado
pelos termos inicial e final.
Para melhor didática, vamos classificar os prazos processuais quanto:
•• Origem;
•• Consequência processual;
•• Possibilidade de dilação.
Próprios são aqueles destinados às partes para a prática de determinado ato. Uma vez não
observados, ensejam a perda da possibilidade (preclusão temporal).
Impróprios, são aqueles destinados ao juiz, que a não observância não representa nenhuma
sanção. Essa consequência fere a garantia da razoável duração do processo (art. 5º, LXXVII, CF).
Dilatórios são aqueles que podem ser ampliados ou reduzidos de acordo com a convenção das
partes. Por exemplo, prazo que o advogado continuará a representar o cliente após a revogação
(45), prazo de suspensão do processo por convenção das partes (art. 265, II).
Peremptórios são fixados em lei de forma imperativa, não permitem alteração, NEM COM A
CONCORDÂNCIA DO JUIZ. Por exemplo, prazo para contestar, recorrer.
ATENÇÃO: Qualquer que seja a natureza do prazo, o juiz pode prorrogá-lo por até 60 dias nas
comarcas onde for difícil o transporte (art. 182).
Em casos de calamidade, a prorrogação não tem limite (art. 182, parágrafo único).
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Curso dos prazos
Via de regra, todo prazo é contínuo, não se interrompendo nos feriados, mesmo os prolongados
como natal, semana santa e carnaval (art. 178).
O recesso e as férias (coletivas) do judiciário no fim do ano suspendem os prazos (art. 179).
Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo criado pela parte (retirada indevida dos
autos de secretaria), pela morte de uma das partes, interdição, impedimento (art. 180).
Os prazos são contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento (art. 184),
sendo a INTIMAÇÃO o marco inicial do prazo (art. 240).
O prazo começa a fluir no primeiro dia útil subsequente ao dia da publicação.
Art. 241. Começa a correr o prazo:
I – quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de
recebimento;
II – quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do
mandado cumprido;
III – quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de recebimento
ou mandado citatório cumprido;
IV – quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou rogatória, da
data de sua juntada aos autos devidamente cumprida;
V – quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz.
Quando o último dia cair num final de semana, transfere-se o marco final para segunda-feira.
Computar-se-á em quadruplo o prazo para contestar, e em dobro para recorrer quando a parte
for a Fazenda Pública ou o Ministério Público (art. 188).
Entende-se por Fazenda Pública:
UNIÃO, ESTADO, DISTRITO FEDERAL, TERRITÓRIOS, MUNICÍPIOS, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES
PÚBLICAS.
Quanto à Defensoria Pública, todos os prazos serão em dobro (art. 5º, § 5º da Lei nº 1.060/1950
– Estados, e art. 89, I, Lei Complementar nº 80/1994 – União).
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Direito Processual Civil
A comunicação dos atos processuais se dá através de carta rogatória, carta de ordem, carta
precatória, citação e intimação.
•• A carta rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. É similar à
carta precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional. A carta rogatória tem
por objetivo a realização de atos e diligências processuais no exterior, como, por exemplo,
audição de testemunhas. Ela não possui fins executórios.
•• A carta precatória é um instrumento utilizado pela Justiça quando existem indivíduos em
comarcas diferentes. É o pedido que um juiz envia a outro de outra comarca. Assim, um
juiz deprecante envia carta precatória para o juiz deprecado para citar/intimar o réu ou
intimar testemunha a comparecer aos autos. É uma competência funcional horizontal, não
havendo hierarquia entre deprecante e deprecado.
•• A carta de ordem é um instrumento processual pelo qual uma autoridade judiciária
determina a outra hierarquicamente inferior a prática de determinado ato processual
necessário à continuação do processo que se encontra no tribunal. Ambas autoridades
judiciárias precisam ser obrigatoriamente do mesmo Tribunal e estado.
•• Citação: ato pelo qual o juiz chama à juízo o réu ou interessado a fim de se defender (213).
Pode ser pessoal ou através de representante e procurador, se o réu for incapaz. É ato
indispensável à relação processual que deve ser estabelecida: AUTOR – JUIZ – RÉU.
CITAÇÃO
Exceção à citação:
Art. 217. Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I ‒ a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso; (Inciso II renumerado pela Lei nº
8.952, de 13.12.1994)
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II ‒ ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consanguíneo ou afim, em linha reta, ou na
linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes; (Inciso III
renumerado pela Lei nº 8.952, de 13.12.1994);
III ‒ aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas; (Inciso IV renumerado pela Lei nº 8.952,
de 13.12.1994);
IV ‒ aos doentes, enquanto grave o seu estado. (Inciso V renumerado pela Lei nº 8.952, de
13.12.1994);
O art. 221 do CPC prevê as seguintes modalidades de citação:
•• Por correio;
•• Por oficial de justiça;
•• por Edital;
•• por meio eletrônico.
É a forma mais rápida e eficaz das citações, já que pode ser feita em qualquer lugar do país.
Entretanto, a lei permite ao autor optar pela citação por mandado sempre que o desejar, sendo
que no seu silêncio far-se-á a citação por carta.
Importante dizer que a citação por correio não será admitida nas ações de estado; quando a
ré for pessoa incapaz; quando a ré for pessoa de direito público; nos processos de execução;
quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência,
conforme disposição do art. 222 do CPC.
A carta será registrada e o funcionário deverá exigir que o destinatário assine o recibo. O prazo
para contestação terá início da juntada aos autos do aviso de recebimento cumprido.
A citação por mandado é realizada por oficial de justiça, que deverá encontrar o réu, cientificá-
lo do mandado e emitir certidão sobre suas diligências.
O mandado de citação deverá preencher os requisitos do art. 225 do CPC.
Caso a diligência seja bem sucedida, o prazo para contestação começará a correr da juntada aos
autos do mandado cumprido, salvo quando existir vários réus, hipótese em que o prazo terá
início da juntada aos autos do último mandado cumprido (art. 241, III do CPC).
A citação será feita pelo próprio oficial do juízo quando o réu residir na mesma comarca ou
em comarca contígua, de fácil comunicação, e nas comarcas da mesma região metropolitana,
caso contrário, a citação far-se-á por carta precatória, espécie de citação por mandado, mas
realizada por oficial de justiça que não está subordinado ao juízo que a ordenou.
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Comunicação dos Atos Processuais – Direito Processual Civil – Prof. Giuliano Tamagno
A citação por hora certa só deve ser realizada em situações bens específicas, é ficta, pois será
entregue a uma pessoa próxima ao réu.
Esse tipo de citação só será realizada se o oficial, após procurado o réu por mais de três vezes
em seu domicílio ou residência, não o encontrar. Além disso é necessário que haja fundada
suspeita de que ele esteja ocultando-se para não ser citado (art. 227 do CPC). Tais requisitos
são cumulativos.
O oficial deverá informar, na certidão, as ocasiões em que procurou o réu e os motivos que o
levam a desconfiar da ocultação do citando.
O juiz analisará a desconfiança do oficial e, se entender que não é fundada, mandará realizar
novo ato citatório. Constatada a ocultação, o oficial intimará qualquer pessoa da família, ou,
em sua falta, um vizinho, comunicando que no dia seguinte voltará para efetuar a citação na
hora estipulada.
Nada impede que o oficial intime outra pessoa que tenha contato com o réu, tal como um
colega de trabalho.
No dia designado, o oficial volta ao local e, se o réu estiver presente, realiza a citação
diretamente (não será mais citação por hora certa). Do contrário, o oficial dará por feita a
citação, caso constate a ocultação.
Nesse caso, a contrafé será entregue a pessoa da família ou ao vizinho e será lavrada a certidão,
sendo necessário que o escrivão envie ao réu a carta dando-lhe ciência de todo o ocorrido.
A expedição da mencionada carta é indispensável para a validade da citação, porém não é
necessário que seja entregue ao destinatário.
A contagem do prazo para resposta começará a fluir da juntada aos autos do mandado de
citação, e não da expedição da carta. Se o prazo da resposta transcorrer in albis, o juiz nomeará
curador especial para dar continuidade ao processo.
A citação por edital é forma de citação ficta que se aperfeiçoa pela publicação de editais que,
por seu conhecimento geral, faz presumir que se tornem conhecidos pelo réu. Por essa razão, tal
forma de citação é usada em situações excepcionais como, por exemplo, quando desconhecido
ou incerto o réu; quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar; e nos
casos expressos em lei, conforme preleciona o art. 231 do CPC.
Para que se dê a citação por edital quando ignorado o local em que se encontrar o réu, é
necessário que o citando tenha sido procurado em todos os endereços que constam dos autos
e que não haja meios de localizá-lo.
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São requisitos da citação por edital, segundo o art. 232 CPC:
“I ‒ a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos incisos
I e II do artigo antecedente;
II ‒ a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão;
III ‒ a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão oficial e pelo
menos duas vezes em jornal local, onde houver;
IV ‒ a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias,
correndo da data da primeira publicação;
V ‒ a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos
disponíveis.”
O edital deverá conter o nome das partes, o ato que deve ser praticado pelo réu, o prazo para
sua realização e as consequências jurídicas de sua omissão.
Se o prazo para resposta transcorrer in albis, o juiz nomeará curador especial para dar
continuidade ao processo.
Intimação
Determina o art. 234 do CPC que “intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e
termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa”.
A intimação dos atos e termos processuais é necessária quando o interessado não toma ciência
diretamente, como ocorre com as decisões prolatadas em audiência, em que a parte já sai
intimada.
A intimação das partes é quase sempre feita na pessoa do advogado. Porém, há certos casos
em que a lei exige que a intimação seja feita pessoalmente, como acontece na intimação para
dar andamento ao processo, em 48 horas, sob pena de extinção do feito sem resolução do
mérito.
As intimações serão pessoais quando se tratar de decisão judicial para que a parte cumpra
determinado ato para qual não se exige capacidade postulatória, TAMBÉM É NECESSÁRIA A
INTIMAÇÃO PESSOAL NO CASO DO MP (246).
Art. 200. Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial ou requisitados por carta,
conforme hajam de realizar-se dentro ou fora dos limites territoriais da comarca.
Art. 201. Expedir-se-á carta de ordem se o juiz for subordinado ao tribunal de que ela emanar; carta
rogatória, quando dirigida à autoridade judiciária estrangeira; e carta precatória nos demais casos.
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DAS CARTAS
Art. 202. São requisitos essenciais da carta de ordem, da carta precatória e da carta rogatória:
I - a indicação dos juízes de origem e de cumprimento do ato;
II - o inteiro teor da petição, do despacho judicial e do instrumento do mandato conferido ao
advogado;
III - a menção do ato processual, que Ihe constitui o objeto;
IV - o encerramento com a assinatura do juiz.
§ 1o O juiz mandará trasladar, na carta, quaisquer outras peças, bem como instruí-la com mapa,
desenho ou gráfico, sempre que estes documentos devam ser examinados, na diligência, pelas
partes, peritos ou testemunhas.
§ 2o Quando o objeto da carta for exame pericial sobre documento, este será remetido em
original, ficando nos autos reprodução fotográfica.
§ 3º A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode ser expedida por meio
eletrônico, situação em que a assinatura do juiz deverá ser eletrônica, na forma da lei.
Art. 203. Em todas as cartas declarará o juiz o prazo dentro do qual deverão ser cumpridas,
atendendo à facilidade das comunicações e à natureza da diligência.
Art. 204. A carta tem caráter itinerante; antes ou depois de Ihe ser ordenado o cumprimento,
poderá ser apresentada a juízo diverso do que dela consta, a fim de se praticar o ato.
Art. 205. Havendo urgência, transmitir-se-ão a carta de ordem e a carta precatória por telegrama,
radiograma ou telefone.
Art. 206. A carta de ordem e a carta precatória, por telegrama ou radiograma, conterão, em
resumo substancial, os requisitos mencionados no art. 202, bem como a declaração, pela agência
expedidora, de estar reconhecida a assinatura do juiz.
Art. 207. O secretário do tribunal ou o escrivão do juízo deprecante transmitirá, por telefone, a
carta de ordem, ou a carta precatória ao juízo, em que houver de cumprir-se o ato, por intermédio
do escrivão do primeiro ofício da primeira vara, se houver na comarca mais de um ofício ou de uma
vara, observando, quanto aos requisitos, o disposto no artigo antecedente.
§ 1o O escrivão, no mesmo dia ou no dia útil imediato, telefonará ao secretário do tribunal ou ao
escrivão do juízo deprecante, lendo-lhe os termos da carta e solicitando-lhe que Iha confirme.
§ 2o Sendo confirmada, o escrivão submeterá a carta a despacho.
Art. 208. Executar-se-ão, de ofício, os atos requisitados por telegrama, radiograma ou telefone.
A parte depositará, contudo, na secretaria do tribunal ou no cartório do juízo deprecante, a
importância correspondente às despesas que serão feitas no juízo em que houver de praticar-se
o ato.
Art. 209. O juiz recusará cumprimento à carta precatória, devolvendo-a com despacho motivado:
I - quando não estiver revestida dos requisitos legais;
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II - quando carecer de competência em razão da matéria ou da hierarquia;
III - quando tiver dúvida acerca de sua autenticidade.
Art. 210. A carta rogatória obedecerá, quanto à sua admissibilidade e modo de seu cumprimento,
ao disposto na convenção internacional; à falta desta, será remetida à autoridade judiciária
estrangeira, por via diplomática, depois de traduzida para a língua do país em que há de praticar-se
o ato.
Art. 211. A concessão de exeqüibilidade às cartas rogatórias das justiças estrangeiras obedecerá ao
disposto no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Art. 212. Cumprida a carta, será devolvida ao juízo de origem, no prazo de 10 (dez) dias,
independentemente de traslado, pagas as custas pela parte.
DAS CITAÇÕES
Art. 213. Citação é o ato pelo qual se chama a juízo o réu ou o interessado a fim de se defender.
Art. 214. Para a validade do processo é indispensável a citação inicial do réu.
§ 1o O comparecimento espontâneo do réu supre, entretanto, a falta de citação.
§ 2o Comparecendo o réu apenas para arguir a nulidade e sendo esta decretada, considerar-
se-á feita a citação na data em que ele ou seu advogado for intimado da decisão.
Art. 215 Far-se-á a citação pessoalmente ao réu, ao seu representante legal ou ao procurador
legalmente autorizado.
§ 1o Estando o réu ausente, a citação far-se-á na pessoa de seu mandatário, administrador,
feitor ou gerente, quando a ação se originar de atos por eles praticados.
§ 2o O locador que se ausentar do Brasil sem cientificar o locatário de que deixou na localidade,
onde estiver situado o imóvel, procurador com poderes para receber citação, será citado na
pessoa do administrador do imóvel encarregado do recebimento dos aluguéis.
Art. 216 A citação efetuar-se-á em qualquer lugar em que se encontre o réu.
Parágrafo único. O militar, em serviço ativo, será citado na unidade em que estiver servindo se
não for conhecida a sua residência ou nela não for encontrado.
Art. 217. Não se fará, porém, a citação, salvo para evitar o perecimento do direito:
I - a quem estiver assistindo a qualquer ato de culto religioso;
II - ao cônjuge ou a qualquer parente do morto, consangüíneo ou afim, em linha reta, ou na
linha colateral em segundo grau, no dia do falecimento e nos 7 (sete) dias seguintes;
III - aos noivos, nos 3 (três) primeiros dias de bodas;
IV - aos doentes, enquanto grave o seu estado.
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Art. 218. Também não se fará citação, quando se verificar que o réu é demente ou está
impossibilitado de recebê-la.
§ 1o O oficial de justiça passará certidão, descrevendo minuciosamente a ocorrência. O juiz
nomeará um médico, a fim de examinar o citando. O laudo será apresentado em 5 (cinco) dias.
§ 2o Reconhecida a impossibilidade, o juiz dará ao citando um curador, observando, quanto à
sua escolha, a preferência estabelecida na lei civil. A nomeação é restrita à causa.
§ 3o A citação será feita na pessoa do curador, a quem incumbirá a defesa do réu.
Art. 219. A citação válida torna prevento o juízo, induz litispendência e faz litigiosa a coisa; e, ainda
quando ordenada por juiz incompetente, constitui em mora o devedor e interrompe a prescrição.
§ 1o A interrupção da prescrição retroagirá à data da propositura da ação.
§ 2o Incumbe à parte promover a citação do réu nos 10 (dez) dias subseqüentes ao despacho
que a ordenar, não ficando prejudicada pela demora imputável exclusivamente ao serviço
judiciário.
§ 3o Não sendo citado o réu, o juiz prorrogará o prazo até o máximo de 90 (noventa) dias.
§ 4o Não se efetuando a citação nos prazos mencionados nos parágrafos antecedentes, haver-
se-á por não interrompida a prescrição.
§ 5º O juiz pronunciará, de ofício, a prescrição.
§ 6o Passada em julgado a sentença, a que se refere o parágrafo anterior, o escrivão comunicará
ao réu o resultado do julgamento.
Art. 220. O disposto no artigo anterior aplica-se a todos os prazos extintivos previstos na lei.
Art. 221. A citação far-se-á:
I - pelo correio;
II - por oficial de justiça;
III - por edital.
IV - por meio eletrônico, conforme regulado em lei própria.
Art. 222. A citação será feita pelo correio, para qualquer comarca do País, exceto:
a) nas ações de estado;
b) quando for ré pessoa incapaz;
c) quando for ré pessoa de direito público;
d) nos processos de execução;
e) quando o réu residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
f) quando o autor a requerer de outra forma.
Art. 223. Deferida a citação pelo correio, o escrivão ou chefe da secretaria remeterá ao citando
cópias da petição inicial e do despacho do juiz, expressamente consignada em seu inteiro teor a
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advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, comunicando, ainda, o prazo para a resposta
e o juízo e cartório, com o respectivo endereço.
Parágrafo único. A carta será registrada para entrega ao citando, exigindo-lhe o carteiro, ao
fazer a entrega, que assine o recibo. Sendo o réu pessoa jurídica, será válida a entrega a pessoa
com poderes de gerência geral ou de administração.
Art. 224. Far-se-á a citação por meio de oficial de justiça nos casos ressalvados no art. 222, ou
quando frustrada a citação pelo correio.
Art. 225. O mandado, que o oficial de justiça tiver de cumprir, deverá conter:
I - os nomes do autor e do réu, bem como os respectivos domicílios ou residências;
II - o fim da citação, com todas as especificações constantes da petição inicial, bem como
a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos
disponíveis;
III - a cominação, se houver;
IV - o dia, hora e lugar do comparecimento;
V - a cópia do despacho;
VI - o prazo para defesa;
VII - a assinatura do escrivão e a declaração de que o subscreve por ordem do juiz.
Parágrafo único. O mandado poderá ser em breve relatório, quando o autor entregar em
cartório, com a petição inicial, tantas cópias desta quantos forem os réus; caso em que as
cópias, depois de conferidas com o original, farão parte integrante do mandado.
Art. 226. Incumbe ao oficial de justiça procurar o réu e, onde o encontrar, citá-lo:
I - lendo-lhe o mandado e entregando-lhe a contrafé;
II - portando por fé se recebeu ou recusou a contrafé;
III - obtendo a nota de ciente, ou certificando que o réu não a apôs no mandado.
Art. 227. Quando, por três vezes, o oficial de justiça houver procurado o réu em seu domicílio ou
residência, sem o encontrar, deverá, havendo suspeita de ocultação, intimar a qualquer pessoa da
família, ou em sua falta a qualquer vizinho, que, no dia imediato, voltará, a fim de efetuar a citação,
na hora que designar.
Art. 228. No dia e hora designados, o oficial de justiça, independentemente de novo despacho,
comparecerá ao domicílio ou residência do citando, a fim de realizar a diligência.
§ 1o Se o citando não estiver presente, o oficial de justiça procurará informar-se das razões da
ausência, dando por feita a citação, ainda que o citando se tenha ocultado em outra comarca.
§ 2o Da certidão da ocorrência, o oficial de justiça deixará contrafé com pessoa da família ou
com qualquer vizinho, conforme o caso, declarando-lhe o nome.
Art. 229. Feita a citação com hora certa, o escrivão enviará ao réu carta, telegrama ou radiograma,
dando-lhe de tudo ciência.
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Art. 230. Nas comarcas contíguas, de fácil comunicação, e nas que se situem na mesma região
metropolitana, o oficial de justiça poderá efetuar citações ou intimações em qualquer delas
Art. 231. Far-se-á a citação por edital:
I - quando desconhecido ou incerto o réu;
II - quando ignorado, incerto ou inacessível o lugar em que se encontrar;
III - nos casos expressos em lei.
§ 1o Considera-se inacessível, para efeito de citação por edital, o país que recusar o cumprimento
de carta rogatória.
§ 2o No caso de ser inacessível o lugar em que se encontrar o réu, a notícia de sua citação será
divulgada também pelo rádio, se na comarca houver emissora de radiodifusão.
Art. 232. São requisitos da citação por edital:
I - a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias previstas nos ns. I e II
do artigo antecedente;
II - a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão;
III - a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no órgão oficial e pelo
menos duas vezes em jornal local, onde houver;
IV - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 (sessenta) dias,
correndo da data da primeira publicação;
V - a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar sobre direitos
disponíveis.
§ 1o Juntar-se-á aos autos um exemplar de cada publicação, bem como do anúncio,
de que trata o no II deste artigo.
§ 2o A publicação do edital será feita apenas no órgão oficial quando a parte for beneficiária da
Assistência Judiciária.
Art. 233. A parte que requerer a citação por edital, alegando dolosamente os requisitos do art. 231,
I e II, incorrerá em multa de 5 (cinco) vezes o salário mínimo vigente na sede do juízo.
Parágrafo único. A multa reverterá em benefício do citando.
DAS INTIMAÇÕES
Art. 234. Intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e termos do processo, para
que faça ou deixe de fazer alguma coisa.
Art. 235. As intimações efetuam-se de ofício, em processos pendentes, salvo disposição em
contrário.
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Art. 236. No Distrito Federal e nas Capitais dos Estados e dos Territórios, consideram-se feitas as
intimações pela só publicação dos atos no órgão oficial.
§ 1o É indispensável, sob pena de nulidade, que da publicação constem os nomes das partes e
de seus advogados, suficientes para sua identificação.
§ 2o A intimação do Ministério Público, em qualquer caso será feita pessoalmente.
Art. 237. Nas demais comarcas aplicar-se-á o disposto no artigo antecedente, se houver órgão de
publicação dos atos oficiais; não o havendo, competirá ao escrivão intimar, de todos os atos do
processo, os advogados das partes:
I - pessoalmente, tendo domicílio na sede do juízo;
II - por carta registrada, com aviso de recebimento quando domiciliado fora do juízo.
Parágrafo único. As intimações podem ser feitas de forma eletrônica, conforme regulado em
lei própria.
Art. 238. Não dispondo a lei de outro modo, as intimações serão feitas às partes, aos seus
representantes legais e aos advogados pelo correio ou, se presentes em cartório, diretamente pelo
escrivão ou chefe de secretaria.
Parágrafo único. Presumem-se válidas as comunicações e intimações dirigidas ao endereço
residencial ou profissional declinado na inicial, contestação ou embargos, cumprindo às partes
atualizar o respectivo endereço sempre que houver modificação temporária ou definitiva.
Art. 239. Far-se-á a intimação por meio de oficial de justiça quando frustrada a realização pelo
correio.
Parágrafo único. A certidão de intimação deve conter:
I - a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando possível, o
número de sua carteira de identidade e o órgão que a expediu;
II - a declaração de entrega da contrafé;
III - a nota de ciente ou certidão de que o interessado não a apôs no mandado.
Art. 240. Salvo disposição em contrário, os prazos para as partes, para a Fazenda Pública e para o
Ministério Público contar-se-ão da intimação.
Parágrafo único. As intimações consideram-se realizadas no primeiro dia útil seguinte, se
tiverem ocorrido em dia em que não tenha havido expediente forense.
Art. 241. Começa a correr o prazo:
I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos do aviso de
recebimento;
II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos autos do
mandado cumprido;
III - quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de recebimento
ou mandado citatório cumprido;
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Direito Processual Civil
Processo e Procedimento
Art. 270. Este Código regula o processo de conhecimento (Livro I), de execução (Livro II), cautelar
(Livro III) e os procedimentos especiais (Livro IV).
Art. 271. Aplica-se a todas as causas o procedimento comum, salvo disposição em contrário deste
Código ou de lei especial.
Art. 272. O procedimento comum é ordinário ou sumário.
Parágrafo único. O procedimento especial e o procedimento sumário regem-se pelas
disposições que Ihes são próprias, aplicando-se-lhes, subsidiariamente, as disposições gerais
do procedimento ordinário.
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos
da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da
verossimilhança da alegação e:
I − haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou
II − fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do
réu.
§ 1º Na decisão que antecipar a tutela, o juiz indicará, de modo claro e preciso, as razões do seu
convencimento.
§ 2º Não se concederá a antecipação da tutela quando houver perigo de irreversibilidade do
provimento antecipado.
§ 3º A efetivação da tutela antecipada observará, no que couber e conforme sua natureza, as
normas previstas nos arts. 588, 461, §§ 4º e 5º, e 461-A.
§ 4º A tutela antecipada poderá ser revogada ou modificada a qualquer tempo, em decisão
fundamentada.
§ 5º Concedida ou não a antecipação da tutela, prosseguirá o processo até final julgamento.
§ 6º A tutela antecipada também poderá ser concedida quando um ou mais dos pedidos
cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso.
§ 7º Se o autor, a título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar,
poderá o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar em
caráter incidental do processo ajuizado.
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Do Procedimento Sumário
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§ 2º Havendo necessidade de produção de Art. 280. No procedimento sumário não são
prova oral e não ocorrendo qualquer das admissíveis a ação declaratória incidental e a
hipóteses previstas nos arts. 329 e 330, I e intervenção de terceiros, salvo a assistência, o
II, será designada audiência de instrução recurso de terceiro prejudicado e a intervenção
e julgamento para data próxima, não fundada em contrato de seguro.
excedente de trinta dias, salvo se houver
determinação de perícia. Art. 281. Findos a instrução e os debates orais,
o juiz proferirá sentença na própria audiência
Art. 279. Os atos probatórios realizados em ou no prazo de dez dias.
audiência poderão ser documentados mediante
taquigrafia, estenotipia ou outro método hábil
de documentação, fazendo-se a respectiva
transcrição se a determinar o juiz.
Parágrafo único. Nas comarcas ou varas
em que não for possível a taquigrafia,
a estenotipia ou outro método de
documentação, os depoimentos serão
reduzidos a termo, do qual constará apenas
o essencial.
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Do Procedimento Ordinário
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I – nas ações universais, se não puder § 1º São requisitos de admissibilidade da
o autor individuar na petição os bens cumulação:
demandados;
I – que os pedidos sejam compatíveis entre
II – quando não for possível determinar, de si;
modo definitivo, as conseqüências do ato
ou do fato ilícito; II – que seja competente para conhecer
deles o mesmo juízo;
III – quando a determinação do valor da
condenação depender de ato que deva ser III – que seja adequado para todos os
praticado pelo réu. pedidos o tipo de procedimento.
Art. 287. Se o autor pedir que seja imposta ao § 2º Quando, para cada pedido,
réu a abstenção da prática de algum ato, tolerar corresponder tipo diverso de procedimento,
alguma atividade, prestar ato ou entregar coisa, admitir-se-á a cumulação, se o autor
poderá requerer cominação de pena pecuniária empregar o procedimento ordinário.
para o caso de descumprimento da sentença ou Art. 293. Os pedidos são interpretados
da decisão antecipatória de tutela (arts. 461, § restritivamente, compreendendo-se,
4º, e 461-A). entretanto, no principal os juros legais.
Art. 288. O pedido será alternativo, quando, Art. 294. Antes da citação, o autor poderá
pela natureza da obrigação, o devedor puder aditar o pedido, correndo à sua conta as custas
cumprir a prestação de mais de um modo. acrescidas em razão dessa iniciativa.
Parágrafo único. Quando, pela lei ou pelo
DO INDEFERIMENTO
contrato, a escolha couber ao devedor, o
juiz Ihe assegurará o direito de cumprir a DA PETIÇÃO INICIAL
prestação de um ou de outro modo, ainda
Art. 295. A petição inicial será indeferida:
que o autor não tenha formulado pedido
alternativo. I – quando for inepta;
Art. 289. É lícito formular mais de um pedido em II – quando a parte for manifestamente
ordem sucessiva, a fim de que o juiz conheça do ilegítima;
posterior, em não podendo acolher o anterior.
III – quando o autor carecer de interesse
Art. 290. Quando a obrigação consistir em processual;
prestações periódicas, considerar-se-ão elas
incluídas no pedido, independentemente de IV – quando o juiz verificar, desde logo, a
declaração expressa do autor; se o devedor, decadência ou a prescrição (art. 219, § 5º);
no curso do processo, deixar de pagá-las ou V – quando o tipo de procedimento,
de consigná-las, a sentença as incluirá na escolhido pelo autor, não corresponder à
condenação, enquanto durar a obrigação. natureza da causa, ou ao valor da ação; caso
Art. 291. Na obrigação indivisível com em que só não será indeferida, se puder
pluralidade de credores, aquele que não adaptar-se ao tipo de procedimento legal;
participou do processo receberá a sua parte, Vl – quando não atendidas as prescrições
deduzidas as despesas na proporção de seu dos arts. 39, parágrafo único, primeira
crédito. parte, e art. 284.
Art. 292. É permitida a cumulação, num único Parágrafo único. Considera-se inepta a
processo, contra o mesmo réu, de vários petição inicial quando:
pedidos, ainda que entre eles não haja conexão.
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Andamento (caminho)
Petição é deferida (art. 285)
⟶
⟶Petição apresenta vícios sanáveis (art. 284)
Petição Inicial ⟶
⟶ Indefere a Petição Inicial (art. 295)
Sentença liminar de mérito (art. 285-A)
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DA RESPOSTA DO RÉU III – inépcia da petição inicial;
IV – perempção;
Art. 297. O réu poderá oferecer, no prazo de 15
(quinze) dias, em petição escrita, dirigida ao juiz V – litispendência;
da causa, contestação, exceção e reconvenção. Vl – coisa julgada;
Art. 298. Quando forem citados para a ação VII – conexão;
vários réus, o prazo para responder ser-lhes-á
comum, salvo o disposto no art. 191. Vlll – incapacidade da parte, defeito de
representação ou falta de autorização;
Parágrafo único. Se o autor desistir da ação
quanto a algum réu ainda não citado, o IX – convenção de arbitragem;
prazo para a resposta correrá da intimação X – carência de ação;
do despacho que deferir a desistência.
Xl – falta de caução ou de outra prestação,
Art. 299. A contestação e a reconvenção que a lei exige como preliminar.
serão oferecidas simultaneamente, em peças
§ 1º Verifica-se a litispendência ou a
autônomas; a exceção será processada em
coisa julgada, quando se reproduz ação
apenso aos autos principais.
anteriormente ajuizada.
DA CONTESTAÇÃO § 2º Uma ação é idêntica à outra quando
tem as mesmas partes, a mesma causa de
Art. 300. Compete ao réu alegar, na contestação,
pedir e o mesmo pedido.
toda a matéria de defesa, expondo as razões de
fato e de direito, com que impugna o pedido do § 3º Há litispendência, quando se repete
autor e especificando as provas que pretende ação, que está em curso; há coisa julgada,
produzir. quando se repete ação que já foi decidida
por sentença, de que não caiba recurso.
Art. 301. Compete-lhe, porém, antes de discutir
o mérito, alegar: § 4º Com exceção do compromisso arbitral,
o juiz conhecerá de ofício da matéria
I – inexistência ou nulidade da citação; enumerada neste artigo.
II – incompetência absoluta;
PRELIMINAR MÉRITO
↓ ↓
Art. 301 CPC Todo fato não impugnado é incontroverso.
Exceções:
Quando faltar documento essencial a Petição inicial
Quando for direito indisponível
Pelo conjunto da defesa o fato está impugnado.
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Art. 302. Cabe também ao réu manifestar-se III – por expressa autorização legal, puderem
precisamente sobre os fatos narrados na petição ser formuladas em qualquer tempo e juízo.
inicial. Presumem-se verdadeiros os fatos não
impugnados, salvo: DAS EXCEÇÕES
I – se não for admissível, a seu respeito, a Art. 304. É lícito a qualquer das partes argüir,
confissão; por meio de exceção, a incompetência (art.
112), o impedimento (art. 134) ou a suspeição
II – se a petição inicial não estiver (art. 135).
acompanhada do instrumento público que
a lei considerar da substância do ato; Art. 305. Este direito pode ser exercido em
qualquer tempo, ou grau de jurisdição, cabendo
III – se estiverem em contradição com a à parte oferecer exceção, no prazo de quinze
defesa, considerada em seu conjunto. (15) dias, contado do fato que ocasionou a
Parágrafo único. Esta regra, quanto ao ônus incompetência, o impedimento ou a suspeição.
da impugnação especificada dos fatos, não Parágrafo único. Na exceção de
se aplica ao advogado dativo, ao curador incompetência (art. 112 desta Lei), a petição
especial e ao órgão do Ministério Público. pode ser protocolizada no juízo de domicílio
Art. 303. Depois da contestação, só é lícito do réu, com requerimento de sua imediata
deduzir novas alegações quando: remessa ao juízo que determinou a citação.
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DA INCOMPETÊNCIA Parágrafo único. Não pode o réu, em seu
próprio nome, reconvir ao autor, quando
Art. 307. O excipiente argüirá a incompetência este demandar em nome de outrem.
em petição fundamentada e devidamente
instruída, indicando o juízo para o qual declina. Art. 316. Oferecida a reconvenção, o autor
reconvindo será intimado, na pessoa do seu
Art. 308. Conclusos os autos, o juiz mandará procurador, para contestá-la no prazo de 15
processar a exceção, ouvindo o excepto dentro (quinze) dias.
em 10 (dez) dias e decidindo em igual prazo.
Art. 317. A desistência da ação, ou a existência
Art. 309. Havendo necessidade de prova de qualquer causa que a extinga, não obsta ao
testemunhal, o juiz designará audiência de prosseguimento da reconvenção.
instrução, decidindo dentro de 10 (dez) dias.
Art. 318. Julgar-se-ão na mesma sentença a
Art. 310. O juiz indeferirá a petição inicial ação e a reconvenção.
da exceção, quando manifestamente
improcedente. DA REVELIA
Art. 311. Julgada procedente a exceção, os Art. 319. Se o réu não contestar a ação, reputar-
autos serão remetidos ao juiz competente. se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo autor.
Art. 315. O réu pode reconvir ao autor no Parágrafo único O revel poderá intervir no
mesmo processo, toda vez que a reconvenção processo em qualquer fase, recebendo-o no
seja conexa com a ação principal ou com o estado em que se encontrar. (Incluído pela Lei
fundamento da defesa. nº 11.280, de 2006)
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CAPÍTULO IV
DAS PROVIDÊNCIAS PRELIMINARES
Art. 323. Findo o prazo para a resposta do réu, o escrivão fará a conclusão dos autos. O juiz, no
prazo de 10 (dez) dias, determinará, conforme o caso, as providências preliminares, que constam
das seções deste Capítulo.
Seção I
DO EFEITO DA REVELIA
Art. 324. Se o réu não contestar a ação, o juiz, verificando que não ocorreu o efeito da revelia,
mandará que o autor especifique as provas que pretenda produzir na audiência. (Redação dada
pela Lei nº 5.925, de 1º/10/1973)
Seção II
DA DECLARAÇÃO INCIDENTE
Art. 325. Contestando o réu o direito que constitui fundamento do pedido, o autor poderá requerer,
no prazo de 10 (dez) dias, que sobre ele o juiz profira sentença incidente, se da declaração da
existência ou da inexistência do direito depender, no todo ou em parte, o julgamento da lide (art.
5º).
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Produção de provas (Arts. 322 a 341)
Objeto das provas: FATOS
⟶ Autor = fato constitutivo de seu direito
A quem cabe provar (ônus) ⟶
Réu = fato impeditivo/modificativo/extintivo
do direito do autor.
Podemos considerar prova como o meio pelo qual se procura demonstrar que certos fatos,
expostos no processo, ocorreram conforme o descrito.
MEIOS DE PROVA
Os elementos trazidos ao processo para orientar o juiz na busca da verdade dos fatos são
chamados de meios de prova.
O Código de Processo Civil elenca como meios de prova o depoimento pessoal (Arts. 342
a 347), exibição de documentos ou coisa (Arts. 355 a 363), prova documental (Arts. 364
a 399), confissão (Arts. 348 a 354), prova testemunhal (Arts. 400 a 419), inspeção judicial
(Arts. 440 a 443) e prova pericial (Arts. 420 a 439).
Porém, os meios de provas citados pelo Código de Processo Civil não são os únicos
possíveis, como elucida o art. 332 do CPC:
“Art. 332. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não
especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda
a ação ou a defesa”.
ÔNUS DA PROVA
O ônus da prova é o encargo, atribuído pela lei a cada uma das partes, de demonstrar
a ocorrência dos fatos de seu próprio interesse para as decisões a serem proferidas no
processo
O art. 333 do Código de Processo Civil institui as regras gerais de caráter genérico sobre a
distribuição do encargo probatório as partes.
O instituto do ônus da prova possui três princípios prévios:
•• O juiz não pode deixar de proferir uma decisão;
•• As partes possuem a iniciativa da ação da prova, ou seja, possuem o encargo de
produzir as provas para o julgamento do juiz;
•• Princípio da persuasão racional, (deve se ater ao alegado e comprovado nos autos e
não segundo sua convicção pessoal).
Quanto ao ônus da prova, consideramos o fato provado independentemente de que
provou, pois cada parte deve provar os fatos relacionados com seu direito, sendo
indiferente a sua posição no processo.
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MOMENTOS DA PROVA
De modo geral, podemos considerar como três os momentos da prova:
REQUERIMENTO: A princípio a Petição Inicial (por parte do autor) e a Contestação (por
parte do réu);
DEFERIMENTO: No saneamento do processo o juiz decidirá sobre a realização de exame
pericial e deferirá as provas que deverão ser produzidas na audiência de instrução e
julgamento;
PRODUÇÃO: A prova oral é produzida na audiência de instrução e julgamento, porém
provas documentais, por exemplo, podem ser produzidas desde a Petição Inicial até o final
da instrução.
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§ 1º A parte será intimada pessoalmente, II – a finalidade da prova, indicando os fatos
constando do mandado que se presumirão que se relacionam com o documento ou a
confessados os fatos contra ela alegados, coisa;
caso não compareça ou, comparecendo, se III – as circunstâncias em que se funda o
recuse a depor. requerente para afirmar que o documento
§ 2º Se a parte intimada não comparecer, ou a coisa existe e se acha em poder da
ou comparecendo, se recusar a depor, o juiz parte contrária.
Ihe aplicará a pena de confissão. Art. 357. O requerido dará a sua resposta nos
Art. 344. A parte será interrogada na forma 5 (cinco) dias subseqüentes à sua intimação.
prescrita para a inquirição de testemunhas. Se afirmar que não possui o documento ou a
Parágrafo único. É defeso, a quem ainda coisa, o juiz permitirá que o requerente prove,
não depôs, assistir ao interrogatório da por qualquer meio, que a declaração não
outra parte. corresponde à verdade.
Art. 345. Quando a parte, sem motivo Art. 358. O juiz não admitirá a recusa:
justificado, deixar de responder ao que Ihe I – se o requerido tiver obrigação legal de
for perguntado, ou empregar evasivas, o exibir;
juiz, apreciando as demais circunstâncias e II – se o requerido aludiu ao documento
elementos de prova, declarará, na sentença, se ou à coisa, no processo, com o intuito de
houve recusa de depor. constituir prova;
Art. 346. A parte responderá pessoalmente III – se o documento, por seu conteúdo, for
sobre os fatos articulados, não podendo comum às partes.
servir-se de escritos adrede preparados; o
juiz Ihe permitirá, todavia, a consulta a notas Art. 359. Ao decidir o pedido, o juiz admitirá
breves, desde que objetivem completar como verdadeiros os fatos que, por meio do
esclarecimentos. documento ou da coisa, a parte pretendia
provar:
Art. 347. A parte não é obrigada a depor de
fatos: I – se o requerido não efetuar a exibição,
nem fizer qualquer declaração no prazo do
I – criminosos ou torpes, que Ihe forem art. 357;
imputados;
II – se a recusa for havida por ilegítima.
II – a cujo respeito, por estado ou profissão,
deva guardar sigilo. Art. 360. Quando o documento ou a coisa
estiver em poder de terceiro, o juiz mandará
Parágrafo único. Esta disposição não se citá-lo para responder no prazo de 10 (dez) dias.
aplica às ações de filiação, de desquite e de
anulação de casamento. Art. 361. Se o terceiro negar a obrigação de
exibir, ou a posse do documento ou da coisa,
DA EXIBIÇÃO o juiz designará audiência especial, tomando-
DE DOCUMENTO OU COISA lhe o depoimento, bem como o das partes e,
se necessário, de testemunhas; em seguida
Art. 355. O juiz pode ordenar que a parte exiba proferirá a sentença.
documento ou coisa, que se ache em seu poder.
Art. 362. Se o terceiro, sem justo motivo, se
Art. 356. O pedido formulado pela parte recusar a efetuar a exibição, o juiz lhe ordenará
conterá: que proceda ao respectivo depósito em cartório
I – a individuação, tão completa quanto ou noutro lugar designado, no prazo de 5 (cinco)
possível, do documento ou da coisa; dias, impondo ao requerente que o embolse das
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despesas que tiver; se o terceiro descumprir a bem como a seus parentes consangüíneos
ordem, o juiz expedirá mandado de apreensão, ou afins até o terceiro grau; ou lhes
requisitando, se necessário, força policial, tudo representar perigo de ação penal;
sem prejuízo da responsabilidade por crime de IV – se a exibição acarretar a divulgação
desobediência. de fatos, a cujo respeito, por estado ou
Art. 363. A parte e o terceiro se escusam de profissão, devam guardar segredo;
exibir, em juízo, o documento ou a coisa: V – se subsistirem outros motivos graves
I – se concernente a negócios da própria que, segundo o prudente arbítrio do juiz,
vida da família; justifiquem a recusa da exibição.
II – se a sua apresentação puder violar dever Parágrafo único. Se os motivos de que
de honra; tratam os ns. I a V disserem respeito só a
III – se a publicidade do documento uma parte do conteúdo do documento,
redundar em desonra à parte ou ao terceiro, da outra se extrairá uma suma para ser
apresentada em juízo.
Confissão “a rainha das provas”– prevista nos arts. 348 a 354 do CPC
É a admissão em juízo da verdade de um fato que beneficia a parte em contrário. (Art. 348)
Não se confunde com o reconhecimento da procedência do pedido (Art. 269, II)
Não se aplica em direito disponível, e pode ser aplicada pelo juiz no caso de negativa de
depoimento da parte devidamente intimada para tal ato.
Pode ser Espontânea ou provocada (Art. 349 do CPC).
A confissão não prejudica os litisconsortes (Art. 350).
É irretratável, salvo quando produzida com erro dolo ou coação (Art. 352).
Se o processo, estiver andando, a ação cabível é Anulatória, se já transitou em julgado,
ação rescisória. (Art. 352, I e II do CPC).
Art. 348. Há confissão, quando a parte admite a verdade de um fato, contrário ao seu interesse e
favorável ao adversário. A confissão é judicial ou extrajudicial.
Art. 349. A confissão judicial pode ser espontânea ou provocada. Da confissão espontânea, tanto
que requerida pela parte, se lavrará o respectivo termo nos autos; a confissão provocada constará
do depoimento pessoal prestado pela parte.
Parágrafo único. A confissão espontânea pode ser feita pela própria parte, ou por mandatário
com poderes especiais.
Art. 350. A confissão judicial faz prova contra o confitente, não prejudicando, todavia, os
litisconsortes.
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Parágrafo único. Nas ações que versarem trata este artigo; mas, uma vez iniciada,
sobre bens imóveis ou direitos sobre passa aos seus herdeiros.
imóveis alheios, a confissão de um cônjuge Art. 353. A confissão extrajudicial, feita por
não valerá sem a do outro. escrito à parte ou a quem a represente, tem
Art. 351. Não vale como confissão a admissão, a mesma eficácia probatória da judicial; feita
em juízo, de fatos relativos a direitos a terceiro, ou contida em testamento, será
indisponíveis. livremente apreciada pelo juiz.
Art. 352. A confissão, quando emanar de erro, Parágrafo único. Todavia, quando feita
dolo ou coação, pode ser revogada: verbalmente, só terá eficácia nos casos em
I – por ação anulatória, se pendente o que a lei não exija prova literal.
processo em que foi feita; Art. 354. A confissão é, de regra, indivisível, não
II – por ação rescisória, depois de transitada podendo a parte, que a quiser invocar como
em julgado a sentença, da qual constituir o prova, aceitá-la no tópico que a beneficiar
único fundamento. e rejeitá-la no que Ihe for desfavorável.
Cindir-se-á, todavia, quando o confitente Ihe
Parágrafo único. Cabe ao confitente o aduzir fatos novos, suscetíveis de constituir
direito de propor a ação, nos casos de que fundamento de defesa de direito material ou de
reconvenção.
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Os suspeito tem o seu valor de prova reduzido, por motivos de terem interesse no mérito
da ação (art. 405, § 3º) e seu depoimento é dispensado de compromisso (art. 415)
Incumbe às partes, no prazo que o juiz fixará ao designar a data da audiência, depositar
em cartório o rol de testemunhas, precisando-lhes o nome, profissão, residência e o local
de trabalho; omitindo-se o juiz, o rol será apresentado até 10 (dez) dias antes da audiência
(art. 407).
Só pode substituir a testemunha que:
a) falecer;
b) que, por enfermidade, não estiver em condições de depor;
c) que, tendo mudado de residência, não for encontrada pelo oficial de justiça.
São inquiridos em sua residência, ou onde exercem a sua função todos aqueles do (art. 411
do CPC)
O juiz inquirirá as testemunhas separada e sucessivamente; primeiro as do autor e depois
as do réu, providenciando de modo que uma não ouça o depoimento das outras. (art. 413
do CPC).
É lícito à parte contraditar a testemunha, argüindo-lhe a incapacidade, o impedimento ou a
suspeição. Se a testemunha negar os fatos que Ihe são imputados, a parte poderá provar a
contradita com documentos ou com testemunhas, até três, apresentada no ato e inquiridas
em separado. Sendo provados ou confessados os fatos, o juiz dispensará a testemunha, ou
Ihe tomará o depoimento, observando o disposto no art. 405, § 4º. (art. 414 do CPC)
O juiz pode ordenar, de ofício ou a requerimento da parte:
I – a inquirição de testemunhas referidas nas declarações da parte ou das testemunhas;
II – a acareação de duas ou mais testemunhas ou de alguma delas com a parte, quando,
sobre fato determinado, que possa influir na decisão da causa, divergirem as suas
declarações. (art. 418 do CPC)
Art. 400. A prova testemunhal é sempre admissível, não dispondo a lei de modo diverso. O juiz
indeferirá a inquirição de testemunhas sobre fatos:
I – já provados por documento ou confissão da parte;
II – que só por documento ou por exame pericial puderem ser provados.
Art. 401. A prova exclusivamente testemunhal só se admite nos contratos cujo valor não exceda o
décuplo do maior salário mínimo vigente no país, ao tempo em que foram celebrados.
Art. 402. Qualquer que seja o valor do contrato, é admissível a prova testemunhal, quando:
I – houver começo de prova por escrito, reputando-se tal o documento emanado da parte
contra quem se pretende utilizar o documento como prova;
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II – o credor não pode ou não podia, moral § 3º São suspeitos:
ou materialmente, obter a prova escrita da I – o condenado por crime de falso
obrigação, em casos como o de parentesco, testemunho, havendo transitado em
depósito necessário ou hospedagem em julgado a sentença;
hotel.
II – o que, por seus costumes, não for digno
Art. 403. As normas estabelecidas nos dois de fé;
artigos antecedentes aplicam-se ao pagamento
e à remissão da dívida. III – o inimigo capital da parte, ou o seu
amigo íntimo;
Art. 404. É lícito à parte inocente provar com
testemunhas: IV – o que tiver interesse no litígio.
I – nos contratos simulados, a divergência § 4º Sendo estritamente necessário, o juiz
entre a vontade real e a vontade declarada; ouvirá testemunhas impedidas ou suspeitas;
mas os seus depoimentos serão prestados
II – nos contratos em geral, os vícios do independentemente de compromisso
consentimento. (art. 415) e o juiz Ihes atribuirá o valor que
Art. 405. Podem depor como testemunhas todas possam merecer.
as pessoas, exceto as incapazes, impedidas ou Art. 406. A testemunha não é obrigada a depor
suspeitas. de fatos:
§ 1º São incapazes: I – que Ihe acarretem grave dano, bem
I – o interdito por demência; como ao seu cônjuge e aos seus parentes
II – o que, acometido por enfermidade, consangüíneos ou afins, em linha reta, ou
ou debilidade mental, ao tempo em que na colateral em segundo grau;
ocorreram os fatos, não podia discerni-los; II – a cujo respeito, por estado ou profissão,
ou, ao tempo em que deve depor, não está deva guardar sigilo.
habilitado a transmitir as percepções; Art. 407. Incumbe às partes, no prazo que o
III – o menor de 16 (dezesseis) anos; juiz fixará ao designar a data da audiência,
IV – o cego e o surdo, quando a ciência do depositar em cartório o rol de testemunhas,
fato depender dos sentidos que Ihes faltam. precisando-lhes o nome, profissão, residência
e o local de trabalho; omitindo-se o juiz, o rol
§ 2º São impedidos: será apresentado até 10 (dez) dias antes da
I – o cônjuge, bem como o ascendente audiência.
e o descendente em qualquer grau, ou Parágrafo único. É lícito a cada parte
colateral, até o terceiro grau, de alguma das oferecer, no máximo, dez testemunhas;
partes, por consangüinidade ou afinidade, quando qualquer das partes oferecer mais
salvo se o exigir o interesse público, ou, de três testemunhas para a prova de cada
tratando-se de causa relativa ao estado da fato, o juiz poderá dispensar as restantes.
pessoa, não se puder obter de outro modo
a prova, que o juiz repute necessária ao Art. 408. Depois de apresentado o rol, de que
julgamento do mérito; trata o artigo antecedente, a parte só pode
substituir a testemunha:
II – o que é parte na causa;
I – que falecer;
III – o que intervém em nome de uma
parte, como o tutor na causa do menor, o II – que, por enfermidade, não estiver em
representante legal da pessoa jurídica, o condições de depor;
juiz, o advogado e outros, que assistam ou III – que, tendo mudado de residência, não
tenham assistido as partes. for encontrada pelo oficial de justiça.
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Art. 409. Quando for arrolado como testemunha conselheiros dos Tribunais de Contas dos
o juiz da causa, este: Estados e do Distrito Federal;
I – declarar-se-á impedido, se tiver X – o embaixador de país que, por lei ou
conhecimento de fatos, que possam influir tratado, concede idêntica prerrogativa ao
na decisão; caso em que será defeso à agente diplomático do Brasil.
parte, que o incluiu no rol, desistir de seu Parágrafo único. O juiz solicitará à
depoimento; autoridade que designe dia, hora e local a
II – se nada souber, mandará excluir o seu fim de ser inquirida, remetendo-lhe cópia
nome. da petição inicial ou da defesa oferecida
Art. 410. As testemunhas depõem, na audiência pela parte, que arrolou como testemunha.
de instrução, perante o juiz da causa, exceto: Art. 412. A testemunha é intimada a comparecer
I – as que prestam depoimento à audiência, constando do mandado dia, hora
antecipadamente; e local, bem como os nomes das partes e a
natureza da causa. Se a testemunha deixar
II – as que são inquiridas por carta; de comparecer, sem motivo justificado, será
III – as que, por doença, ou outro motivo conduzida, respondendo pelas despesas do
relevante, estão impossibilitadas de adiamento.
comparecer em juízo (art. 336, parágrafo § 1º A parte pode comprometer-
único); se a levar à audiência a testemunha,
IV – as designadas no artigo seguinte. independentemente de intimação;
presumindo-se, caso não compareça, que
Art. 411. São inquiridos em sua residência, ou desistiu de ouvi-la.
onde exercem a sua função:
§ 2º Quando figurar no rol de testemunhas
I – o Presidente e o Vice-Presidente da funcionário público ou militar, o juiz o
República; requisitará ao chefe da repartição ou ao
II – o presidente do Senado e o da Câmara comando do corpo em que servir.
dos Deputados; § 3º A intimação poderá ser feita pelo
III – os ministros de Estado; correio, sob registro ou com entrega em
IV – os ministros do Supremo Tribunal mão própria, quando a testemunha tiver
Federal, do Superior Tribunal de Justiça, residência certa.
do Superior Tribunal Militar, do Tribunal Art. 413. O juiz inquirirá as testemunhas
Superior Eleitoral, do Tribunal Superior do separada e sucessivamente; primeiro as do
Trabalho e do Tribunal de Contas da União; autor e depois as do réu, providenciando de
V – o procurador-geral da República; modo que uma não ouça o depoimento das
outras.
Vl – os senadores e deputados federais;
Art. 414. Antes de depor, a testemunha será
Vll – os governadores dos Estados, dos qualificada, declarando o nome por inteiro,
Territórios e do Distrito Federal; a profissão, a residência e o estado civil, bem
Vlll – os deputados estaduais; como se tem relações de parentesco com a
parte, ou interesse no objeto do processo.
IX – os desembargadores dos Tribunais de
Justiça, os juízes dos Tribunais de Alçada, os § 1º É lícito à parte contraditar a
juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho testemunha, argüindo-lhe a incapacidade,
e dos Tribunais Regionais Eleitorais e os o impedimento ou a suspeição. Se a
testemunha negar os fatos que Ihe são
imputados, a parte poderá provar a
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contradita com documentos ou com método idôneo de documentação, será assinado
testemunhas, até três, apresentada no ato pelo juiz, pelo depoente e pelos procuradores,
e inquiridas em separado. Sendo provados facultando-se às partes a sua gravação.
ou confessados os fatos, o juiz dispensará a § 1º O depoimento será passado para a
testemunha, ou Ihe tomará o depoimento, versão datilográfica quando houver recurso
observando o disposto no art. 405, § 4º. da sentença ou noutros casos, quando o juiz
§ 2º A testemunha pode requerer ao juiz o determinar, de ofício ou a requerimento
que a escuse de depor, alegando os motivos da parte.
de que trata o art. 406; ouvidas as partes, o § 2º Tratando-se de processo eletrônico,
juiz decidirá de plano. observar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º do
Art. 415. Ao início da inquirição, a testemunha art. 169 desta Lei.
prestará o compromisso de dizer a verdade do Art. 418. O juiz pode ordenar, de ofício ou a
que souber e Ihe for perguntado. requerimento da parte:
Parágrafo único. O juiz advertirá à I – a inquirição de testemunhas referidas nas
testemunha que incorre em sanção penal declarações da parte ou das testemunhas;
quem faz a afirmação falsa, cala ou oculta
a verdade. II – a acareação de duas ou mais
testemunhas ou de alguma delas com a
Art. 416. O juiz interrogará a testemunha parte, quando, sobre fato determinado, que
sobre os fatos articulados, cabendo, primeiro à possa influir na decisão da causa, divergirem
parte, que a arrolou, e depois à parte contrária, as suas declarações.
formular perguntas tendentes a esclarecer ou
completar o depoimento. Art. 419. A testemunha pode requerer ao juiz
o pagamento da despesa que efetuou para
§ 1º As partes devem tratar as testemunhas comparecimento à audiência, devendo a parte
com urbanidade, não Ihes fazendo pagá-la logo que arbitrada, ou depositá-la em
perguntas ou considerações impertinentes, cartório dentro de 3 (três) dias.
capciosas ou vexatórias.
Parágrafo único. O depoimento prestado
§ 2º As perguntas que o juiz indeferir serão em juízo é considerado serviço público.
obrigatoriamente transcritas no termo, se a A testemunha, quando sujeita ao regime
parte o requerer. da legislação trabalhista, não sofre, por
Art. 417. O depoimento, datilografado ou comparecer à audiência, perda de salário
registrado por taquigrafia, estenotipia ou outro nem desconto no tempo de serviço.
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I – a prova do fato não depender do dos quesitos aos autos dará o escrivão ciência à
conhecimento especial de técnico; parte contrária.
II – for desnecessária em vista de outras Art. 426. Compete ao juiz:
provas produzidas; I – indeferir quesitos impertinentes;
III – a verificação for impraticável. II – formular os que entender necessários
Art. 421. O juiz nomeará o perito, fixando de ao esclarecimento da causa.
imediato o prazo para a entrega do laudo. Art. 427. O juiz poderá dispensar prova pericial
§ 1º Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) quando as partes, na inicial e na contestação,
dias, contados da intimação do despacho de apresentarem sobre as questões de fato
nomeação do perito: pareceres técnicos ou documentos elucidativos
I – indicar o assistente técnico; que considerar suficientes
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20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e Art. 439. A segunda perícia rege-se pelas
julgamento. disposições estabelecidas para a primeira.
Parágrafo único. Os assistentes técnicos Parágrafo único. A segunda perícia não
oferecerão seus pareceres no prazo comum substitui a primeira, cabendo ao juiz
de 10 (dez) dias, após intimadas as partes apreciar livremente o valor de uma e outra.
da apresentação do laudo.
DA AUDIÊNCIA
Art. 434. Quando o exame tiver por objeto a DE MODO GERAL
autenticidade ou a falsidade de documento,
ou for de natureza médico-legal, o perito será Art. 444. A audiência será pública; nos casos
escolhido, de preferência, entre os técnicos de que trata o art. 155, realizar-se-á a portas
dos estabelecimentos oficiais especializados. fechadas.
O juiz autorizará a remessa dos autos, bem
como do material sujeito a exame, ao diretor do Art. 445. O juiz exerce o poder de polícia,
estabelecimento. competindo-lhe:
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Art. 448. Antes de iniciar a instrução, o juiz § 3º Quem der causa ao adiamento
tentará conciliar as partes. Chegando a acordo, responderá pelas despesas acrescidas.
o juiz mandará tomá-lo por termo. Art. 454. Finda a instrução, o juiz dará a palavra
Art. 449. O termo de conciliação, assinado pelas ao advogado do autor e ao do réu, bem como
partes e homologado pelo juiz, terá valor de ao órgão do Ministério Público, sucessivamente,
sentença. pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um,
prorrogável por 10 (dez), a critério do juiz.
DA INSTRUÇÃO § 1º Havendo litisconsorte ou terceiro, o
E JULGAMENTO prazo, que formará com o da prorrogação
um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo
Art. 450. No dia e hora designados, o juiz grupo, se não convencionarem de modo
declarará aberta a audiência, mandando diverso.
apregoar as partes e os seus respectivos
advogados. § 2º No caso previsto no art. 56, o opoente
sustentará as suas razões em primeiro lugar,
Art. 451. Ao iniciar a instrução, o juiz, ouvidas seguindo-se-lhe os opostos, cada qual pelo
as partes, fixará os pontos controvertidos sobre prazo de 20 (vinte) minutos.
que incidirá a prova.
§ 3º Quando a causa apresentar questões
Art. 452. As provas serão produzidas na complexas de fato ou de direito, o debate
audiência nesta ordem: oral poderá ser substituído por memoriais,
I – o perito e os assistentes técnicos caso em que o juiz designará dia e hora para
responderão aos quesitos de o seu oferecimento.
esclarecimentos, requeridos no prazo e na Art. 455. A audiência é una e contínua. Não
forma do art. 435; sendo possível concluir, num só dia, a instrução,
II – o juiz tomará os depoimentos pessoais, o debate e o julgamento, o juiz marcará o seu
primeiro do autor e depois do réu; prosseguimento para dia próximo.
Art. 456. Encerrado o debate ou oferecidos os
III – finalmente, serão inquiridas as
memoriais, o juiz proferirá a sentença desde
testemunhas arroladas pelo autor e pelo
logo ou no prazo de 10 (dez) dias.
réu.
Art. 457. O escrivão lavrará, sob ditado do juiz,
Adiamento: termo que conterá, em resumo, o ocorrido
na audiência, bem como, por extenso, os
Art. 453. A audiência poderá ser adiada: despachos e a sentença, se esta for proferida no
I – por convenção das partes, caso em que ato.
só será admissível uma vez; § 1º Quando o termo for datilografado, o
Il – se não puderem comparecer, por juiz Ihe rubricará as folhas, ordenando que
motivo justificado, o perito, as partes, as sejam encadernadas em volume próprio.
testemunhas ou os advogados. § 2º Subscreverão o termo o juiz, os
advogados, o órgão do Ministério Público e
§ 1º Incumbe ao advogado provar o
o escrivão.
impedimento até a abertura da audiência;
não o fazendo, o juiz procederá à instrução. § 3º O escrivão trasladará para os autos
cópia autêntica do termo de audiência.
§ 2º Pode ser dispensada pelo juiz a
produção das provas requeridas pela parte § 4º Tratando-se de processo eletrônico,
cujo advogado não compareceu à audiência. observar-se-á o disposto nos §§ 2º e 3º do
art. 169 desta Lei.
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SENTENÇA (Arts. 458 a 475)
Recentemente o legislador modificou o conceito de sentença contido no §1º do art. 162 do Código de
Processo Civil onde constava a seguinte redação: “Sentença é o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo,
decidindo ou não o mérito da causa.”
A partir da Lei 11.232/2005 o conceito de sentença no processo civil passa a ser o seguinte: “Sentença é o ato
do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei.”
RELATÓRIO
Trata-se de síntese onde constará o registro das principais ocorrências durante a tramitação
do processo, tais como qualificação das partes; suma do pedido constante da petição
inicial; resposta do réu; parecer do Ministério Público, se for o caso; e os demais fatos
relevantes que ocorreram no processo.
Exceção: Art. 38 da Lei nº 9.099/1995, concernente aos juizados especiais cíveis.
Admite-se, também, a validade das decisões em que o magistrado se reporta ao relatório
feito em outra decisão do processo, desde que isso, igualmente, não gere nenhum prejuízo
às partes.
Trata-se de síntese onde constará o registro das principais ocorrências durante a tramitação
do processo, tais como qualificação das partes; suma do pedido constante da petição
inicial; resposta do réu; parecer do Ministério Público, se for o caso; e os demais fatos
relevantes que ocorreram no processo.
Exceção: Art. 38 da Lei nº 9.099/1995, concernente aos juizados especiais cíveis.
Admite-se, também, a validade das decisões em que o magistrado se reporta ao relatório
feito em outra decisão do processo, desde que isso, igualmente, não gere nenhum prejuízo
às partes.
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FUNDAMENTAÇÃO
Esta é uma garantia constitucional, insculpida no art. 93, IX da Carta Magna, onde
estabelece que toda decisão judicial deve ser motivada, sendo sua ausência penalizada
pela nulidade, pois trata-se de vício gravíssimo, que pode ser conhecido de ofício ou
através de ajuizamento de ação rescisória.
A exigência de motivação das decisões judiciais decorre da necessidade de as partes
conhecerem os motivos que levaram o magistrado a formar o seu convencimento diante
das provas produzidas na fase de instrução do processo.
Nesta etapa o magistrado resolve inicialmente as questões de fato postas que ainda não
foram resolvidas em momento pretérito.
Ainda, na fundamentação o magistrado deve analisar a constitucionalidade ou
inconstitucionalidade de ato normativo, por requerimento das partes ou de ofício, por
tratar-se de questão de direito, o que produzirá efeitos apenas entre as partes.
Por outro lado, é importante lembrar que o teor constante da fundamentação bem como
os motivos da sentença não faz coisa julgada, nos termos do art. 469 do CPC. Desta forma,
todo este conteúdo pode ser revisto em outros processos sem configurar litispendência.
DISPOSITIVO
Trata-se de elemento conclusivo e fundamental da sentença, em que o órgão jurisdicional
estabelece um preceito em resposta ao pedido formulado pelo autor da demanda. Não
existe sentença judicial sem dispositivo.
Diferentemente do relatório e da fundamentação o dispositivo é a parte da sentença
em que incide diretamente a coisa julgada e os respectivos efeitos, que serão tratados
posteriormente.
De acordo com o princípio da congruência, disposto no art. 460 da codificação processual
civil, o juiz não poderá proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida.
Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida,
bem como condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que Ihe foi
demandado.
Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando decida relação jurídica
condicional.
Ultra petita é a decisão que concede algo além do que foi pedido pelo autor, ou seja, o juiz
excede os limites constantes da petição inicial.
Extra petita, pois neste caso o magistrado concede pretensão divergente do pedido não
formulado.
Citra petita é aquela que deixa de analisar o pedido formulado pelo autor na petição inicial,
ou seja, há uma omissão quanto ao exame da questão.
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Art. 461. Na ação que tenha por objeto o § 1º Tratando-se de entrega de coisa
cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, determinada pelo gênero e quantidade, o
o juiz concederá a tutela específica da obrigação credor a individualizará na petição inicial, se
ou, se procedente o pedido, determinará lhe couber a escolha; cabendo ao devedor
providências que assegurem o resultado prático escolher, este a entregará individualizada,
equivalente ao do adimplemento. no prazo fixado pelo juiz.
§ 1º A obrigação somente se converterá em § 2º Não cumprida a obrigação no prazo
perdas e danos se o autor o requerer ou se estabelecido, expedir-se-á em favor do
impossível a tutela específica ou a obtenção credor mandado de busca e apreensão ou
do resultado prático correspondente. de imissão na posse, conforme se tratar de
§ 2º A indenização por perdas e danos dar- coisa móvel ou imóvel.
se-á sem prejuízo da multa (art. 287). § 3º Aplica-se à ação prevista neste artigo o
§ 3º Sendo relevante o fundamento da disposto nos §§ 1º a 6º do art. 461.
demanda e havendo justificado receio de Art. 462. Se, depois da propositura da ação,
ineficácia do provimento final, é lícito ao algum fato constitutivo, modificativo ou
juiz conceder a tutela liminarmente ou extintivo do direito influir no julgamento da
mediante justificação prévia, citado o réu. lide, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, de
A medida liminar poderá ser revogada ou ofício ou a requerimento da parte, no momento
modificada, a qualquer tempo, em decisão de proferir a sentença.
fundamentada.
Art. 463. Publicada a sentença, o juiz só poderá
§ 4º O juiz poderá, na hipótese do parágrafo alterá-la: I - para Ihe corrigir, de ofício ou a
anterior ou na sentença, impor multa diária requerimento da parte, inexatidões materiais,
ao réu, independentemente de pedido do ou Ihe retificar erros de cálculo;
autor, se for suficiente ou compatível com a
obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o II – por meio de embargos de declaração.
cumprimento do preceito. Art. 464 REVOGADO
§ 5º Para a efetivação da tutela específica
ou a obtenção do resultado prático Art. 465 REVOGADO
equivalente, poderá o juiz, de ofício ou Art. 466. A sentença que condenar o réu no
a requerimento, determinar as medidas pagamento de uma prestação, consistente
necessárias, tais como a imposição de multa em dinheiro ou em coisa, valerá como título
por tempo de atraso, busca e apreensão, constitutivo de hipoteca judiciária, cuja inscrição
remoção de pessoas e coisas, desfazimento será ordenada pelo juiz na forma prescrita na
de obras e impedimento de atividade Lei de Registros Públicos.
nociva, se necessário com requisição de
força policial. Parágrafo único. A sentença condenatória
produz a hipoteca judiciária:
§ 6º O juiz poderá, de ofício, modificar o
valor ou a periodicidade da multa, caso I – embora a condenação seja genérica;
verifique que se tornou insuficiente ou II – pendente arresto de bens do devedor;
excessiva.
III – ainda quando o credor possa promover
Art. 461-A. Na ação que tenha por objeto a a execução provisória da sentença.
entrega de coisa, o juiz, ao conceder a tutela
Art. 466-A. Condenado o devedor a emitir
específica, fixará o prazo para o cumprimento
declaração de vontade, a sentença, uma vez
da obrigação.
transitada em julgado, produzirá todos os
efeitos da declaração não emitida.
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Art. 466-B. Se aquele que se comprometeu a concluir um contrato não cumprir a obrigação, a outra
parte, sendo isso possível e não excluído pelo título, poderá obter uma sentença que produza o
mesmo efeito do contrato a ser firmado.
Art. 466-C. Tratando-se de contrato que tenha por objeto a transferência da propriedade de coisa
determinada, ou de outro direito, a ação não será acolhida se a parte que a intentou não cumprir a
sua prestação, nem a oferecer, nos casos e formas legais, salvo se ainda não exigível.
COISA JULGADA
Trata-se de garantia constitucional expressa no art. 5º XXXVI da Constituição da República,
onde o poder constituinte originário assegurou aos jurisdicionados a segurança jurídica
necessária à imutabilidade das decisões emanadas do Poder Judiciário, em que já não
caiba interposição de recurso.
A coisa julgada é a imutabilidade da parte dispositiva da sentença. Contudo, somente a
chamada coisa julgada material é amparada pelo manto da imutabilidade, haja vista que
quanto à coisa julgada formal ainda há possibilidade de rediscussão da matéria.
A coisa julgada formal é a imutabilidade da decisão judicial restrita aos limites do processo
em que foi proferida, em decorrência do esgotamento das vias recursais ou pelo decurso do
prazo, o que levará a impossibilidade de rediscussão da matéria dentro dos limites daquele
processo, a exemplo do indeferimento da petição inicial, onde o autor poderá ajuizar novo
procedimento posteriormente.
Por exemplo: “A” cobra indenização de “B”, mas o advogado de “A” não apresenta ao juiz
procuração para representá-lo no processo. O juiz profere sentença extinguindo o processo
“sem julgamento de mérito”. “A” não recorre no prazo previsto pela lei e a sentença transita
em julgado. A coisa julgada formal impede que o juiz modifique a sentença naquele mesmo
processo, se descobrir que a procuração havia sido apresentada ou se o advogado vier a
apresentá-la posteriormente. No entanto, providenciada a procuração, “A” pode iniciar um
novo processo para cobrar indenização de “B”.
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Já a coisa julgada material produz efeitos para além dos limites daquele processo em que
foi produzida a sentença, ou seja, a imutabilidade se opera dentro e fora do processo,
tornando-se inalterável.
Para tanto, deverão estar presentes quatro pressupostos: a decisão deve ser jurisdicional;
o provimento deverá versar sobre mérito da causa; o mérito deve ter sido analisado em
cognição exauriente; tenha havido a preclusão máxima. (transito em julgado)
Por exemplo, “A” cobra indenização de “B” por acidente de trânsito, mas no curso do
processo não consegue apresentar qualquer prova de que “B” seja culpado. O juiz julga o
pedido improcedente (nega a indenização pedida), “A” não recorre no prazo previsto pela
lei e a sentença transita em julgado. Assim, tem-se a coisa julgada material.
Art. 467. Denomina-se coisa julgada material poderá a parte pedir a revisão do que foi
a eficácia, que torna imutável e indiscutível a estatuído na sentença;
sentença, não mais sujeita a recurso ordinário
ou extraordinário. II – nos demais casos prescritos em lei.
Art. 468. A sentença, que julgar total ou Art. 472. A sentença faz coisa julgada às partes
parcialmente a lide, tem força de lei nos limites entre as quais é dada, não beneficiando, nem
da lide e das questões decididas. prejudicando terceiros. Nas causas relativas ao
estado de pessoa, se houverem sido citados no
Art. 469. Não fazem coisa julgada: processo, em litisconsórcio necessário, todos os
interessados, a sentença produz coisa julgada
I – os motivos, ainda que importantes para em relação a terceiros.
determinar o alcance da parte dispositiva
da sentença; Art. 473. É defeso à parte discutir, no curso
do processo, as questões já decididas, a cujo
Il – a verdade dos fatos, estabelecida como respeito se operou a preclusão.
fundamento da sentença;
Art. 474. Passada em julgado a sentença de
III – a apreciação da questão prejudicial, mérito, reputar-se-ão deduzidas e repelidas
decidida incidentemente no processo. todas as alegações e defesas, que a parte
Art. 470. Faz, todavia, coisa julgada a resolução poderia opor assim ao acolhimento como à
da questão prejudicial, se a parte o requerer rejeição do pedido.
(arts. 5º e 325), o juiz for competente em razão Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de
da matéria e constituir pressuposto necessário jurisdição, não produzindo efeito senão depois
para o julgamento da lide. de confirmada pelo tribunal, a sentença:
Art. 471. Nenhum juiz decidirá novamente as I – proferida contra a União, o Estado,
questões já decididas, relativas à mesma lide, o Distrito Federal, o Município, e as
salvo: respectivas autarquias e fundações de
I – se, tratando-se de relação jurídica direito público;
continuativa, sobreveio modificação no II – que julgar procedentes, no todo ou em
estado de fato ou de direito; caso em que parte, os embargos à execução de dívida
ativa da Fazenda Pública (art. 585, VI).
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§ 1º Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, haja ou
não apelação; não o fazendo, deverá o presidente do tribunal avocá-los.
§ 2º Não se aplica o disposto neste artigo sempre que a condenação, ou o direito controvertido,
for de valor certo não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos, bem como no caso de
procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor.
§ 3º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em
jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do
tribunal superior competente.
Liquidação de Sentença
Antes de 2005 era um procedimento autonomo, comecava por uma peticao inicial e
acabava com uma sentenca.
Atualemente eh um simples incidente processual. Nao eh autonomo, mas sim um fase do
processo
SUMULA 344 STJ; A liquidacao por forma diversa da estabelecida na sentenca nao ofende
a coisa julgada’
Cabimento: (art. 475-A)
Art. 475-A. Quando a sentença não determinar o valor devido, procede-se à sua liquidação.
§ 1º Do requerimento de liquidação de sentença será a parte intimada, na pessoa de seu
advogado.
§ 2º A liquidação poderá ser requerida na pendência de recurso, processando-se em autos
apartados, no juízo de origem, cumprindo ao liquidante instruir o pedido com cópias das peças
processuais pertinentes.
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§ 3º Nos processos sob procedimento II – o exigir a natureza do objeto da
comum sumário, referidos no art. 275, liquidação.
inciso II, alíneas ‘d’ e ‘e’ desta Lei, é defesa
a sentença ilíquida, cumprindo ao juiz, se Art. 475-D. Requerida a liquidação por
for o caso, fixar de plano, a seu prudente arbitramento, o juiz nomeará o perito e fixará o
critério, o valor devido. prazo para a entrega do laudo.
Parágrafo único. Apresentado o laudo,
LIQUIDAÇÃO POR CÁLCULOS sobre o qual poderão as partes manifestar-
Art. 475-B. Quando a determinação do valor se no prazo de dez dias, o juiz proferirá
da condenação depender apenas de cálculo decisão ou designará, se necessário,
aritmético, o credor requererá o cumprimento audiência
da sentença, na forma do art. 475-J desta LIQUIDAÇÃO POR ARTIGOS
Lei, instruindo o pedido com a memória
discriminada e atualizada do cálculo. Art. 475-E. Far-se-á a liquidação por artigos,
§ 1º Quando a elaboração da memória do quando, para determinar o valor da condenação,
cálculo depender de dados existentes em houver necessidade de alegar e provar fato
poder do devedor ou de terceiro, o juiz, a novo.
requerimento do credor, poderá requisitá- Art. 475-F. Na liquidação por artigos, observar-
los, fixando prazo de até trinta dias para o se-á, no que couber, o procedimento comum
cumprimento da diligência. (art. 272).
§ 2º Se os dados não forem, Art. 475-G. É defeso, na liquidação, discutir
injustificadamente, apresentados pelo de novo a lide ou modificar a sentença que a
devedor, reputar-se-ão corretos os cálculos julgou.
apresentados pelo credor, e, se não o forem
pelo terceiro, configurar-se-á a situação Art. 475-H. Da decisão de liquidação caberá
prevista no art. 362. agravo de instrumento.
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www.acasadoconcurseiro.com.br 305
II – a sentença penal condenatória § 2º A caução a que se refere o inciso III do
transitada em julgado; caput deste artigo poderá ser dispensada:
III – a sentença homologatória de concilia- I – quando, nos casos de crédito de natureza
ção ou de transação, ainda que inclua maté- alimentar ou decorrente de ato ilícito, até o
ria não posta em juízo; limite de sessenta vezes o valor do salário-
mínimo, o exeqüente demonstrar situação
IV – a sentença arbitral; de necessidade;
V – o acordo extrajudicial, de qualquer II - nos casos de execução provisória em que
natureza, homologado judicialmente; penda agravo perante o Supremo Tribunal
VI – a sentença estrangeira, homologada Federal ou o Superior Tribunal de Justiça
pelo Superior Tribunal de Justiça; (art. 544), salvo quando da dispensa possa
VII – o formal e a certidão de partilha, manifestamente resultar risco de grave
exclusivamente em relação ao inventariante, dano, de difícil ou incerta reparação.
aos herdeiros e aos sucessores a título § 3º Ao requerer a execução provisória, o
singular ou universal. exequente instruirá a petição com cópias
Parágrafo único. Nos casos dos incisos II, IV autenticadas das seguintes peças do
e VI, o mandado inicial (art. 475-J) incluirá a processo, podendo o advogado declarar a
ordem de citação do devedor, no juízo cível, autenticidade, sob sua responsabilidade
para liquidação ou execução, conforme o pessoal:
caso. I – sentença ou acórdão exeqüendo;
II – certidão de interposição do recurso não
EXECUÇÃO PROVISÓRIA dotado de efeito suspensivo;
Art. 475-O. A execução provisória da sentença III – procurações outorgadas pelas partes;
far-se-á, no que couber, do mesmo modo que a
IV – decisão de habilitação, se for o caso;
definitiva, observadas as seguintes normas:
V – facultativamente, outras peças proces-
I – corre por iniciativa, conta e responsabili-
suais que o exeqüente considere necessá-
dade do exeqüente, que se obriga, se a sen-
rias.
tença for reformada, a reparar os danos que
o executado haja sofrido; Art. 475-P. O cumprimento da sentença efetuar-
II – fica sem efeito, sobrevindo acórdão que se-á perante:
modifique ou anule a sentença objeto da I – os tribunais, nas causas de sua
execução, restituindo-se as partes ao estado competência originária;
anterior e liquidados eventuais prejuízos II – o juízo que processou a causa no
nos mesmos autos, por arbitramento; primeiro grau de jurisdição;
III – o levantamento de depósito em III – o juízo cível competente, quando se
dinheiro e a prática de atos que importem tratar de sentença penal condenatória,
alienação de propriedade ou dos quais de sentença arbitral ou de sentença
possa resultar grave dano ao executado estrangeira.
dependem de caução suficiente e idônea,
arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos Parágrafo único. No caso do inciso II do
próprios autos. caput deste artigo, o exeqüente poderá
optar pelo juízo do local onde se encontram
§ 1º No caso do inciso II do caput deste bens sujeitos à expropriação ou pelo do
artigo, se a sentença provisória for atual domicílio do executado, casos em
modificada ou anulada apenas em parte, que a remessa dos autos do processo será
somente nesta ficará sem efeito a execução. solicitada ao juízo de origem.
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Art. 475-Q. Quando a indenização por ato § 3º Se sobrevier modificação nas condições
ilícito incluir prestação de alimentos, o juiz, econômicas, poderá a parte requerer,
quanto a esta parte, poderá ordenar ao devedor conforme as circunstâncias, redução ou
constituição de capital, cuja renda assegure o aumento da prestação.
pagamento do valor mensal da pensão.
§ 4º Os alimentos podem ser fixados
§ 1º Este capital, representado por imóveis, tomando por base o salário-mínimo.
títulos da dívida pública ou aplicações
financeiras em banco oficial, será inalienável § 5º Cessada a obrigação de prestar
e impenhorável enquanto durar a obrigação alimentos, o juiz mandará liberar o capital,
do devedor. cessar o desconto em folha ou cancelar as
garantias prestadas.
§ 2º O juiz poderá substituir a constituição
do capital pela inclusão do beneficiário Art. 475-R. Aplicam-se subsidiariamente ao
da prestação em folha de pagamento de cumprimento da sentença, no que couber, as
entidade de direito público ou de empresa normas que regem o processo de execução de
de direito privado de notória capacidade título extrajudicial.
econômica, ou, a requerimento do devedor,
por fiança bancária ou garantia real, em
valor a ser arbitrado de imediato pelo juiz.
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Direito Processual Civil
Recursos em Espécie
Definição:
São meios de impugnação de decisões judiciais voluntários, internos à relação processual
em que se forma o ato judicial atacado, aptos a obter deste a anulação, a reforma ou
aprimoramento.
Um dos meios através dos quais é possível requerer a revisão de determinado ato judicial.
É distinto de ação rescisória e habeas corpus, que são ações autônomas.
Características:
1. São interpostos na mesma relação jurídica; não cria um processo/ação nova. Isso os
diferencia do habeas corpus etc.
2. Natureza voluntária: decorre da vontade da parte insatisfeita. Recorrer da decisão é
um ônus da parte insatisfeita.
3. Para caracterizar recurso não é necessário que o órgão que irá reexaminar seja outro,
embora esta seja a regra.
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Suspensivo
Impede a eficácia da decisão (os efeitos)
•• Consiste na qualidade atribuída aos recursos para a partir de determinado
momento, impedir a produção dos efeitos próprios da decisão (provimento)
impugnada.
•• Pode operar:
PELA LEI – a lei atribui efeito suspensivo a alguns recursos (é automático)
PELO JUIZ – em determinadas circunstancias o judiciário vai atribuir efeito suspensivo ao
recurso.
c) Interesse recursal
Elementos:
•• Utilidade: de alguma forma o recurso será útil para o recorrente, ou seja, melhorar
na situação do recorrente
•• Necessidade: o recurso é o caminho apropriado para atingir esta melhora?
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DESISTÊNCIA
•• É unilateral
•• atinge o recurso já interposto
•• pode ser:
•• Expressa: exterioração inequívoca de vontade- petição
•• Tácita: deixar de requerer
•• efeito: torna inadmissível o recurso
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Art. 511, § 2º; pagamento a menos; a parte será intimada a complementar no prazo de 5
dias.
Exceções:
•• Pessoa: Ministério público, união, beneficiário da justiça gratuita etc.
•• Espécie de recurso: embargo de declaração etc.
Art. 496. São cabíveis os seguintes recursos: como dia de início aquele em que transitar
(Redação dada pela Lei nº 8.038, de 25/5/1990) em julgado a decisão por maioria de votos.
I – apelação; Art. 499. O recurso pode ser interposto pela
parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo
II – agravo; (Redação dada pela Lei nº 8.950, Ministério Público.
de 13/12/1994)
§ 1º Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo
III – embargos infringentes; de interdependência entre o seu interesse
IV – embargos de declaração; de intervir e a relação jurídica submetida à
apreciação judicial.
V – recurso ordinário;
§ 2º O Ministério Público tem legitimidade
Vl – recurso especial; (Incluído pela Lei nº para recorrer assim no processo em que é
8.038, de 25/5/1990) parte, como naqueles em que oficiou como
Vll – recurso extraordinário; (Incluído pela fiscal da lei.
Lei nº 8.038, de 25/5/1990) Art. 500. Cada parte interporá o recurso,
VIII – embargos de divergência em recurso independentemente, no prazo e observadas as
especial e em recurso extraordinário. exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor
(Incluído pela Lei nº 8.950, de 13/12/1994) e réu, ao recurso interposto por qualquer deles
poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo
Art. 497. O recurso extraordinário e o recurso fica subordinado ao recurso principal e se rege
especial não impedem a execução da sentença; pelas disposições seguintes:
a interposição do agravo de instrumento não
obsta o andamento do processo, ressalvado o I – será interposto perante a autoridade
disposto no art. 558 desta Lei. competente para admitir o recurso
principal, no prazo de que a parte dispõe
Art. 498. Quando o dispositivo do acórdão para responder;
contiver julgamento por maioria de votos e
julgamento unânime, e forem interpostos II – será admissível na apelação, nos
embargos infringentes, o prazo para embargos infringentes, no recurso
recurso extraordinário ou recurso especial, extraordinário e no recurso especial;
relativamente ao julgamento unânime, ficará III – não será conhecido, se houver
sobrestado até a intimação da decisão nos desistência do recurso principal, ou se for
embargos. ele declarado inadmissível ou deserto.
Parágrafo único. Quando não forem Parágrafo único. Ao recurso adesivo se
interpostos embargos infringentes, o prazo aplicam as mesmas regras do recurso
relativo à parte unânime da decisão terá
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Apelação
O Recurso Padrão
CABIMENTO
contra sentença. Art. 513
Decisões que implicam os Arts 267 ou 269 do CPC.
A quem é dirigida?
Ao Juiz de 1º grau;
Objetivo:
A reforma ou invalidação da sentença;
Prazo:
15 dias – art. 508 CPC.
Efeitos:
Via de regra, devolutivo e Suspensivo – Art. 520 do CPC
Porque “ via de regra”? O efeito suspensivo é regra geral. Contudo, nas hipóteses dos
incisos I a VII do art. 520 do CPC, o recurso será ordinariamente recebido somente no
efeito devolutivo.
São elas:
I – homologar a divisão ou a demarcação;
II – condenar à prestação de alimentos;
IV – decidir o processo cautelar;
V – rejeitar liminarmente embargos à execução ou julgá-los improcedentes;
VI – julgar procedente o pedido de instituição de arbitragem.
VII – confirmar a antecipação dos efeitos da tutela;
Julgamento:
Tribunal de Justiça Estadual (para ações desta competência) o Tribunal Regional Federal
para ações de sua competência.
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EXCEÇÕES (1)
casos que preveem recurso próprio que não a apelação:
1º – Lei nº 9.099/1995: juizado especial, art 41: recurso inominado (turma recursal irá
analisar, e não o tribunal)
2º – Execuções fiscais: embargos infringentes. A própria lei estabelece os procedimentos.
SÚMULA IMPEDITIVA DE RECURSO (2) Art. 518, §1º do CPC
“o juiz não receberá a apelação se a sentença estiver em conformidade com súmula do STJ
ou STF.”
Objetivo é encerrar o processo, não prolongar em vão.
Art. 513. Da sentença caberá apelação (arts. sempre que possível prosseguirá o
267 e 269). julgamento da apelação
Art. 514. A apelação, interposta por petição Art. 516. Ficam também submetidas ao tribunal
dirigida ao juiz, conterá: as questões anteriores à sentença, ainda não
I – os nomes e a qualificação das partes; decididas.
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recebida só no efeito devolutivo, quando VI – julgar procedente o pedido de
interposta de sentença que: instituição de arbitragem.
I – homologar a divisão ou a demarcação; II VII – confirmar a antecipação dos efeitos da
– condenar à prestação de alimentos; tutela;
III - (Revogado pela Lei nº 11.232, de 2005) Art. 521. Recebida a apelação em ambos os
efeitos, o juiz não poderá inovar no processo;
IV – decidir o processo cautelar; recebida só no efeito devolutivo, o apelado
V – rejeitar liminarmente embargos à poderá promover, desde logo, a execução
execução ou julgá-los improcedentes; provisória da sentença, extraindo a respectiva
carta.
DO AGRAVO
Conceito: Recurso cabível contra decisão interlocutória proferida no curso do processo.
Prazo: 10 dias a contra da intimação da decisão recorrida – cuidado com a exceção!
Efeito: Via de regra devolutivo, mas pode ser atribuído suspensivo.
Juízo de retratação: SIM
Modalidades: Instrumento, Retido e Interno.
DO AGRAVO RETIDO
Prazo: 10 dias. Artigo 522, CPC
Efeitos: Devolutivo – sua devolução é diferida e condicional, pois, ele só existe se houver
apelação e sua apelação for conhecida – seu julgamento fica subordinado à existência da
apelação e reiteração do pedido);
Juízo a quo: 1º grau. Juízo ad quem: 2º grau, mas, somente se houver apelação. Art. 524
CPC.
Interposição: 1º grau. Arts. 522 e 523 do CPC.
Objetivo: Evitar a preclusão. Cabe agravo retido sobre decisão interlocutória, todas as
vezes que não for cabível o agravo por instrumento. O agravo retido é independente de
preparo. Na Audiência de Instrução e Julgamento o agravo é retido e oral, devendo ser
proposto imediatamente.
O agravo retido possui esta denominação porque obedece a um regime de retenção e é
condicionado à apelação.
Após a sentença não faz sentido ter agravo retido, porque, este sobe junto com a apelação.
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DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Prazo: 10 dias.
Efeito: Devolutivo imediato.
Juízo a quo: 1º grau.
Juízo ad quem: Tribunal de Justiça, art. 524 CPC.
Efeito suspensivo: Não, em regra, exceto nos casos do 558 e nos casos que possam resultar
lesão grave e de difícil reparação à parte. Arts. 527, IIII do CPC e 558 do CPC.
É denominado agravo de instrumento porque é instruído com cópias dos documentos
obrigatórios e facultativos.
Problema: Todos acham que seu caso é urgente, assim, na prática, o agravo de instrumento
ficou como regra e o retido como exceção.
Art. 522. Das decisões interlocutórias caberá § 1º Não se conhecerá do agravo se a parte
agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma não requerer expressamente, nas razões
retida, salvo quando se tratar de decisão ou na resposta da apelação, sua apreciação
suscetível de causar à parte lesão grave e pelo Tribunal.
de difícil reparação, bem como nos casos
de inadmissão da apelação e nos relativos § 2º Interposto o agravo, e ouvido o
aos efeitos em que a apelação é recebida, agravado no prazo de 10 (dez) dias, o juiz
quando será admitida a sua interposição por poderá reformar sua decisão.
instrumento. § 3º Das decisões interlocutórias proferidas
Parágrafo único. O agravo retido independe na audiência de instrução e julgamento
de preparo. caberá agravo na forma retida, devendo
ser interposto oral e imediatamente, bem
Art. 523. Na modalidade de agravo retido como constar do respectivo termo (art.
o agravante requererá que o tribunal dele 457), nele expostas sucintamente as razões
conheça, preliminarmente, por ocasião do do agravante.
julgamento da apelação.
§ 4º (Revogado pela Lei nº 11.187, de 2005)
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Art. 524. O agravo de instrumento será dirigido II – converterá o agravo de instrumento em
diretamente ao tribunal competente, através de agravo retido, salvo quando se tratar de
petição com os seguintes requisitos: decisão suscetível de causar à parte lesão
grave e de difícil reparação, bem como nos
I – a exposição do fato e do direito; casos de inadmissão da apelação e nos
II – as razões do pedido de reforma da relativos aos efeitos em que a apelação é
decisão; recebida, mandando remeter os autos ao
juiz da causa;
III – o nome e o endereço completo dos
advogados, constantes do processo. III – poderá atribuir efeito suspensivo ao
recurso (art. 558), ou deferir, em antecipação
Art. 525. A petição de agravo de instrumento de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
será instruída: recursal, comunicando ao juiz sua decisão;
I – obrigatoriamente, com cópias da decisão IV – poderá requisitar informações ao juiz
agravada, da certidão da respectiva intima- da causa, que as prestará no prazo de 10
ção e das procurações outorgadas aos advo- (dez) dias;
gados do agravante e do agravado;
V – mandará intimar o agravado, na mesma
II – facultativamente, com outras peças que oportunidade, por ofício dirigido ao seu
o agravante entender úteis. advogado, sob registro e com aviso de
recebimento, para que responda no prazo
§ 1º Acompanhará a petição o comprovante
de 10 (dez) dias (art. 525, § 2º), facultando-
do pagamento das respectivas custas e
lhe juntar a documentação que entender
do porte de retorno, quando devidos,
conveniente, sendo que, nas comarcas sede
conforme tabela que será publicada pelos
de tribunal e naquelas em que o expediente
tribunais.
forense for divulgado no diário oficial, a
§ 2º No prazo do recurso, a petição será intimação far-se-á mediante publicação no
protocolada no tribunal, ou postada órgão oficial;
no correio sob registro com aviso de
VI – ultimadas as providências referidas
recebimento, ou, ainda, interposta por
nos incisos III a V do caput deste artigo,
outra forma prevista na lei local.
mandará ouvir o Ministério Público, se for o
Art. 526. O agravante, no prazo de 3 (três) dias, caso, para que se pronuncie no prazo de 10
requererá juntada, aos autos do processo de (dez) dias.
cópia da petição do agravo de instrumento e do
Parágrafo único. A decisão liminar, proferida
comprovante de sua interposição, assim como
nos casos dos incisos II e III do caput deste
a relação dos documentos que instruíram o
artigo, somente é passível de reforma no
recurso.
momento do julgamento do agravo, salvo
Parágrafo único. O não cumprimento se o próprio relator a reconsiderar.
do disposto neste artigo, desde que
Art. 528. Em prazo não superior a 30 (trinta)
argüido e provado pelo agravado, importa
dias da intimação do agravado, o relator pedirá
inadmissibilidade do agravo.
dia para julgamento.
Art. 527. Recebido o agravo de instrumento no
Art. 529. Se o juiz comunicar que reformou
tribunal, e distribuído incontinenti, o relator:
inteiramente a decisão, o relator considerará
I – negar-lhe-á seguimento, liminarmente, prejudicado o agravo.
nos casos do art. 557;
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Objetivo
A prevalência do voto vencido na apelação.
São dirigidos ao relator do recurso de apelação.
Será julgado pelo mesmo tribunal que decidiu a apelação.
Contudo, por uma composição maior e diferente dos membros que decidiram a apelação.
O projeto do CPC de 1973 havia retirado o recurso, mas na revisão ele foi reincorporado,
voltando-se o sistema de 1939, herdado do direito português.
É recurso existente unicamente no sistema brasileiro, não encontrando similares no direito
comparado atualmente (nem em Portugal foi mantido).
Cabimento
Só é cabível:
Efeitos
Devolutivo: Só pode ser devolvida a matéria que foi objeto da divergência no julgamento
do recurso de apelação.
Suspensivo: possui mesmo sendo omisso o CPC; aplicação do art. 497; mas é limitado
tão somente ao objeto dos embargos infringentes (somente a parte não unânime; se
houver parte unânime esta transitará em julgado, exceto para os fins de recurso especial e
extraordinário – Art. 498)
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Procedimento
Prazo: 15 dias (Art. 508)
Contrarrazões: no prazo de 15 dias
Documentos: Pode ser acompanhado de documentos, desde que sejam novos (Art. 398)
Depende de preparo.
Requisitos formais iguais aos outros recursos (petição, razões, tempestividade,
legitimidade e interesse (parte sucumbente), cabimento etc)
Petição dirigida ao Relator (ou redator do acórdão vencedor – 556)
Corre nos próprios autos (e não em autos independentes como o agravo de instrumento)
Art. 530. Cabem embargos infringentes quando o acórdão não unânime houver reformado, em grau
de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado procedente ação rescisória. Se o desacordo
for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto da divergência.
Art. 531. Interpostos os embargos, abrir-se-á vista ao recorrido para contra-razões; após, o relator
do acórdão embargado apreciará a admissibilidade do recurso.
Art. 532. Da decisão que não admitir os embargos caberá agravo, em 5 (cinco) dias, para o órgão
competente para o julgamento do recurso.
Art. 533. Admitidos os embargos, serão processados e julgados conforme dispuser o regimento do
tribunal.
Art. 534. Caso a norma regimental determine a escolha de novo relator, esta recairá, se possível,
em juiz que não haja participado do julgamento anterior.
Cabimento
Cabem embargos de declaração quando:1. houver, na sentença ou no acórdão, obscuridade
ou contradição.2. for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal.
Decisão interlocutória: Cabem contra toda e qualquer decisão judicial omissa, inclusive
contra decisões interlocutórias.
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Prazo
Cinco (5) dias, não havendo previsão legal para contrarrazões.
Preparo
Não depende de preparo.
Encaminhamento
É dirigido ao prolator da decisão, da sentença ou do acórdão embargado.
Decisão: É o prolator da decisão, sentença ou acórdão que decidirá sobre os embargos.
Forma: escrita.
Sustentação oral: Não é admitida.
Pauta para julgamento: Não depende. Será sempre decidido na sessão imediatamente
seguinte à interposição, independentemente de pauta.
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Recurso Ordinário – Art. 539 e 540 CPC
FINALIDADE
Permitir a reapreciação de decisões proferidas em ações de competência originária dos
Tribunais.
CABIMENTO
As ações de mandado de segurança, habeas data e mandado de injunção, quando julgadas
em única instância pelos Tribunais Superiores (STJ, TST e TSE) desafiam, normalmente,
recurso extraordinário para o STF, se atendidos os requisitos do Art. 102, III, da Constituição.
Se forem denegadas, haverá possibilidade de recurso ordinário para a Suprema Corte.
Nessas hipóteses, independente da matéria debatida no recurso (se constitucional ou
infraconstitucional) o caso é de recurso ordinário e não extraordinário
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Recurso Especial e Recurso Extraordinário – Arts. 541 a 546 do CPC
Cabimento
Art. 496. São cabíveis os seguintes recursos:
VIII – embargos de divergência em recurso especial e em recurso extraordinário
Conceito
Recursos ordinários são aqueles que objetivam permitir que o tribunal reexamine a
matéria, pois não está conformado com a decisão que foi proferida. Serve para discutir a
justiça da decisão.
Recursos extraordinários latu sensu serve para impedir que as decisões judiciais contrariem
a Constituição Federal ou as leis federais, mantendo a uniformidade em todo o país. Quem
apresenta esse recurso não tem o condão de reexaminar a justiça da matéria, só cabem
quando preenchidas as condições da C.F
Requisitos Específicos
Tempestividade
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Preparo
Prequestionamento
Só cabem Resp e Rext de causas já decididas, disso advém duas consequencias:
Só cabe em ações judiciais, nunca administrativas.
É preciso que a questão a ser ventilada já tenha sido suscitada e decidida anteriormente.
Não há dispositivo legal que exija expressamente, mas a jurisprudência do STJ e do STF é
uníssona.
Sumula 98 do STJ avisa que caso a matéria tenha sido suscitada mas o julgador não se
manifestou, NÃO CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO, mas sim embargos de declaração, até
que a matéria seja julgada.
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Repercussão Geral
A Emenda Constitucional 45 trouxe ao §3º do art. 102 da CF um novo requisito de
admissibilidade do Rext. – a repercussão geral.
Tal objetivo foi de reduzir o numero de recursos extraordinários, limitando-se a situações
que sejam relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que
transcendam os interesses daquelas partes
Somente o STF pode dizer se é o caso ou não de Rep. Geral, nunca em juízo de
admissibilidade.
O procedimento está no art. 323 a 325 do Regimento Interno do STF.
Diz a CF que a inexistência de repercussão geral deve ser reconhecida por pelo menos 8
(oito) ministros para que o Rext não seja admitido.
Art. 541. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal,
serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições
distintas, que conterão:
I – a exposição do fato e do direito;
Il – a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III – as razões do pedido de reforma da decisão recorrida.
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publicada no Diário Oficial e valerá como recursos especiais até o pronunciamento
acórdão. definitivo do Superior Tribunal de Justiça.
Art. 543-B. Quando houver multiplicidade § 2º Não adotada a providência descrita
de recursos com fundamento em idêntica no § 1º deste artigo, o relator no Superior
controvérsia, a análise da repercussão geral será Tribunal de Justiça, ao identificar que sobre
processada nos termos do Regimento Interno a controvérsia já existe jurisprudência
do Supremo Tribunal Federal, observado o dominante ou que a matéria já está afeta ao
disposto neste artigo. colegiado, poderá determinar a suspensão,
nos tribunais de segunda instância, dos
§ 1º Caberá ao Tribunal de origem selecionar recursos nos quais a controvérsia esteja
um ou mais recursos representativos da estabelecida.
controvérsia e encaminhá-los ao Supremo
Tribunal Federal, sobrestando os demais até § 3º O relator poderá solicitar informações,
o pronunciamento definitivo da Corte. a serem prestadas no prazo de quinze
dias, aos tribunais federais ou estaduais a
§ 2º Negada a existência de repercussão respeito da controvérsia.
geral, os recursos sobrestados considerar-
se-ão automaticamente não admitidos. § 4º O relator, conforme dispuser o
regimento interno do Superior Tribunal
§ 3º Julgado o mérito do recurso de Justiça e considerando a relevância da
extraordinário, os recursos sobrestados matéria, poderá admitir manifestação de
serão apreciados pelos Tribunais, Turmas pessoas, órgãos ou entidades com interesse
de Uniformização ou Turmas Recursais, na controvérsia.
que poderão declará-los prejudicados ou
retratar-se. (Incluído pela Lei nº 11.418, de § 5º Recebidas as informações e, se for o
2006). caso, após cumprido o disposto no § 4º
deste artigo, terá vista o Ministério Público
§ 4º Mantida a decisão e admitido o recurso, pelo prazo de quinze dias.
poderá o Supremo Tribunal Federal, nos
termos do Regimento Interno, cassar ou § 6º Transcorrido o prazo para o Ministério
reformar, liminarmente, o acórdão contrário Público e remetida cópia do relatório aos
à orientação firmada. (Incluído pela Lei nº demais Ministros, o processo será incluído
11.418, de 2006). em pauta na seção ou na Corte Especial,
devendo ser julgado com preferência
§ 5º O Regimento Interno do Supremo sobre os demais feitos, ressalvados os que
Tribunal Federal disporá sobre as envolvam réu preso e os pedidos de habeas
atribuições dos Ministros, das Turmas e de corpus.
outros órgãos, na análise da repercussão
geral. (Incluído pela Lei nº 11.418, de 2006). § 7º Publicado o acórdão do Superior
Tribunal de Justiça, os recursos especiais
Art. 543-C. Quando houver multiplicidade de sobrestados na origem:
recursos com fundamento em idêntica questão
de direito, o recurso especial será processado I – terão seguimento denegado na hipótese
nos termos deste artigo. de o acórdão recorrido coincidir com a
orientação do Superior Tribunal de Justiça;
§ 1º Caberá ao presidente do tribunal ou
de origem admitir um ou mais recursos
representativos da controvérsia, os quais II – serão novamente examinados pelo
serão encaminhados ao Superior Tribunal tribunal de origem na hipótese de o acórdão
de Justiça, ficando suspensos os demais
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Art. 549. Distribuídos, os autos subirão, no prazo Art. 554. Na sessão de julgamento, depois
de 48 (quarenta e oito) horas, à conclusão do de feita a exposição da causa pelo relator, o
relator, que, depois de estudá-los, os restituirá à presidente, se o recurso não for de embargos
secretaria com o seu "visto" . declaratórios ou de agravo de instrumento,
dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente
Parágrafo único. O relator fará nos autos e ao recorrido, pelo prazo improrrogável de
uma exposição dos pontos controvertidos 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de
sobre que versar o recurso. sustentarem as razões do recurso.
Art. 550. Os recursos interpostos nas causas de Art. 555. No julgamento de apelação ou de
procedimento sumário deverão ser julgados no agravo, a decisão será tomada, na câmara ou
tribunal, dentro de 40 (quarenta) dias. turma, pelo voto de 3 (três) juízes.
Art. 551. Tratando-se de apelação, de embargos § 1º Ocorrendo relevante questão de
infringentes e de ação rescisória, os autos serão direito, que faça conveniente prevenir
conclusos ao revisor. ou compor divergência entre câmaras ou
§ 1º Será revisor o juiz que se seguir turmas do tribunal, poderá o relator propor
ao relator na ordem descendente de seja o recurso julgado pelo órgão colegiado
antigüidade. que o regimento indicar; reconhecendo
o interesse público na assunção de
§ 2º O revisor aporá nos autos o seu "visto", competência, esse órgão colegiado julgará
cabendo-lhe pedir dia para julgamento. o recurso.
§ 3º Nos recursos interpostos nas causas de § 2º Não se considerando habilitado a
procedimentos sumários, de despejo e nos proferir imediatamente seu voto, a qualquer
casos de indeferimento liminar da petição juiz é facultado pedir vista do processo,
inicial, não haverá revisor. devendo devolvê-lo no prazo de 10 (dez)
Art. 552. Os autos serão, em seguida, dias, contados da data em que o recebeu;
apresentados ao presidente, que designará dia o julgamento prosseguirá na 1a (primeira)
para julgamento, mandando publicar a pauta no sessão ordinária subseqüente à devolução,
órgão oficial. dispensada nova publicação em pauta.
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do Supremo Tribunal Federal, ou de Tribunal Art. 559. A apelação não será incluída em pauta
Superior. antes do agravo de instrumento interposto no
mesmo processo.
§ 1º-A Se a decisão recorrida estiver em
manifesto confronto com súmula ou com Parágrafo único. Se ambos os recursos
jurisprudência dominante do Supremo houverem de ser julgados na mesma sessão,
Tribunal Federal, ou de Tribunal Superior, o terá precedência o agravo.
relator poderá dar provimento ao recurso.
Art. 560. Qualquer questão preliminar suscitada
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, não no julgamento será decidida antes do mérito,
devolvidos os autos no prazo, nem solicitada deste não se conhecendo se incompatível com
expressamente sua prorrogação pelo juiz, o a decisão daquela.
presidente do órgão julgador requisitará o
processo e reabrirá o julgamento na sessão Parágrafo único. Versando a preliminar
ordinária subseqüente, com publicação em sobre nulidade suprível, o tribunal, havendo
pauta. necessidade, converterá o julgamento em
diligência, ordenando a remessa dos autos
§ 1º Da decisão caberá agravo, no prazo ao juiz, a fim de ser sanado o vício.
de cinco dias, ao órgão competente para
o julgamento do recurso, e, se não houver Art. 561. Rejeitada a preliminar, ou se com ela
retratação, o relator apresentará o processo for compatível a apreciação do mérito, seguir-
em mesa, proferindo voto; provido o se-ão a discussão e julgamento da matéria
agravo, o recurso terá seguimento. principal, pronunciando-se sobre esta os juízes
vencidos na preliminar.
§ 2º Quando manifestamente inadmissível
ou infundado o agravo, o tribunal Art. 562. Preferirá aos demais o recurso cujo
condenará o agravante a pagar ao agravado julgamento tenha sido iniciado.
multa entre um e dez por cento do valor Art. 563. Todo acórdão conterá ementa.
corrigido da causa, ficando a interposição
de qualquer outro recurso condicionada ao Art. 564. Lavrado o acórdão, serão as suas
depósito do respectivo valor. conclusões publicadas no órgão oficial dentro
de 10 (dez) dias.
Art. 558. O relator poderá, a requerimento do
agravante, nos casos de prisão civil, adjudicação, Art. 565. Desejando proferir sustentação oral,
remição de bens, levantamento de dinheiro poderão os advogados requerer que na sessão
sem caução idônea e em outros casos dos quais imediata seja o feito julgado em primeiro lugar,
possa resultar lesão grave e de difícil reparação, sem prejuízo das preferências legais.
sendo relevante a fundamentação, suspender o
Parágrafo único. Se tiverem subscrito o
cumprimento da decisão até o pronunciamento
requerimento os advogados de todos os
definitivo da turma ou câmara.
interessados, a preferência será concedida
Parágrafo único. Aplicar-se-á o disposto para a própria sessão.
neste artigo as hipóteses do art. 520.
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Direito Processual Penal
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Preciso de Advogado? SENTENÇA
Existe intervenção de terceiro?
•• Requisitos: dispensado o relatório
•• Não se admite sentença ilíquida
•• É ineficaz a sentença que ultrapasse a
DOS ATOS PROCESSUAIS alçada
•• Juiz leigo produz faz o parecer o juiz
•• Públicos togado homologa (ou não)
•• Horário noturno •• Sentença homologatória não cabe
•• Instrumentalidade das formas recurso
•• Nulidades
RECURSO INOMINADO
DO PEDIDO
•• Prazo:
•• Petição inicial •• Efeito:
•• Pedido genérico •• Preparo:
•• Audiência de conciliação – 15 dias •• Destinatário:
•• Resposta do réu
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
CITAÇÃO
•• Casos de: obscuridade, contradição,
•• Correio ou Oficial de Justiça omissão ou dúvida.
•• Não se fará por edital •• Prazo: 5 dias
•• Forma: escrita ou oral
•• Efeito: suspende o prazo para
interposição de recurso
AUDIÊNCIA
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Juizado Especial Cível – Direito Processual Penal – Prof. Giuliano Tamagno
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Direito ProcessualPenal
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Direito Constitucional
Artigos de 05 a 11 e 92 a 100
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Direito Constitucional
TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
DESTINATÁRIOS DO ART. 5º:
I – homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
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II – ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
DIREITO DE OPINIÃO
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem;
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Artigos 05 a 11 e 92 a 100 – Direito Constitucional – Prof. André Vieira
DIREITO DE EXPRESSÃO
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação,
independentemente de censura ou licença;
INVIOLABILIDADE DO DOMICÍLIO
XI – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante
o dia, por determinação judicial;
DIA NOITE
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO
XV – é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa,
nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens;
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ASSOCIAÇÃO
XVII – é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII – a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX – as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado;
XX – ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI – as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
PROPRIEDADE
Justa
Prévia
Em dinheiro
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PROPRIEDADE INTELECTUAL
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PRINCÍPIO DA LEGALIDADE - ANTERIORIDADE
XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
CRIMES
Considerações
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PENAS
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL
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XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;
EXTRADIÇÃO
Considerações
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LIX – será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo
legal;
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade
ou o interesse social o exigirem;
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PRESO
LXI – ninguém será PRESO senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;
PRISÃO
PRESO
LXIII – o PRESO será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado,
sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado;
LXIV – o PRESO tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial;
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PRISÃO
Legislativo
Executivo
Judiciário
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
LXVIII – conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de
atribuições do Poder Público;
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;
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LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;
LXXII – conceder-se-á habeas data:
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante,
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter
público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial
ou administrativo;
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
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LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos
necessários ao exercício da cidadania.
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§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm APLICAÇÃO IMEDIATA.
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta CONSTITUIÇÃO NÃO EXCLUEM OUTROS
DECORRENTES DO REGIME E DOS PRINCÍPIOS POR ELA ADOTADOS, ou dos tratados
internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.
§ 3º Os tratados e convenções internacionais SOBRE DIREITOS HUMANOS que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos
dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão.
Considerações
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CAPÍTULO II
DOS DIREITOS SOCIAIS
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia,
o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
http://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI115826,41046-PEC+determina+que
+direito+social+e+essencial+a+busca+da+felicidade
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,direito-a-felicidade,675592,0.htm
__________________________________________________________________
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
DESTINATÁRIOS DO ART. 7º:
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(D – DOMÉSTICO / SP – SERVIDOR PÚBLICO)
I – ( D ) ( SP ) relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos
termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II – ( D ) ( SP ) seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III – ( D ) ( SP ) fundo de garantia do tempo de serviço;
IV – ( D ) ( SP ) salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas
necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde,
lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe
preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
V – ( D ) ( SP ) piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI – ( D ) ( SP ) irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII – ( D ) ( SP ) garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem
remuneração variável;
VIII – ( D ) ( SP ) décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da
aposentadoria;
IX – ( D ) ( SP ) remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X – ( D ) ( SP ) proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI – ( D ) ( SP ) participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e,
excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII – ( D ) ( SP ) salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda
nos termos da lei;
XIII – ( D ) ( SP ) duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV – ( D ) ( SP ) jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;
XV – ( D ) ( SP ) repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI – ( D ) ( SP ) remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta
por cento à do normal;
XVII – ( D ) ( SP ) gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que
o salário normal;
XVIII – ( D ) ( SP ) licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de
cento e vinte dias;
XIX – ( D ) ( SP ) licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
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SEÇÃO II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui-rão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração
pública direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIn 2.135-4)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios institui-rão conselho de
política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados
pelos respectivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19 de 1998) (Vide
ADIn 2.135-4)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV,
VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer
requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir.
< 645,00
NUNCA INFERIOR AO MÍNIMO,
para os que percebem remuneração
variável;
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ANTES DA EC 72
SIDRA FLA
EMPREGADO DOMÉSTICO
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EMPREGADO DOMÉSTICO
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Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
I – a lei não poderá exigir autorização
do Estado para a fundação de sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente,
vedadas ao Poder Público a interferência e a
intervenção na organização sindical;
II – é vedada a criação de mais de uma
organização sindical, em qualquer grau,
representativa de categoria profissional
ou econômica, na mesma base territorial,
que será definida pelos trabalhadores ou
empregadores interessados, não podendo ser
inferior à área de um Município;
III – ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,
inclusive em questões judiciais ou administrativas;
IV – a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional,
será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical
respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
V – ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI – é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII – o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII – é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a
cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o
final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de
colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.
Considerações
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Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade
de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e
deliberação.
E OU E
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Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante
destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.
Assegurada
Finalidade
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ORGANOGRAMA DO PODER JUDICIÁRIO
Art. 101
11 Ministros
Art. 103-B
15 membros
2o grau
Art. 125 §3 Art. 125 Lei 9.099/95 Lei 10.259/01 Art. 106 a 110 Art. 115 a 116 Art. 120 e 121
efetivo > 20 mil Juíz Est.: Juíz Fed.: 7 juízes 7 juízes 7 juízes
valor até 40 valor até 60 (no mínimo) (no mínimo)
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sal. mín sal. mín
1o grau
PODER JUDICIÁRIO
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Julgamento de Autoridades
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CAPÍTULO III
DO PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:
I – o Supremo Tribunal Federal;
I – A o Conselho Nacional de Justiça;
II – o Superior Tribunal de Justiça;
III – os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV – os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI – os Tribunais e Juízes Militares;
VII – os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm
sede na Capital Federal.
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
nacional.
Cuidado!
(...) (...)
CNJ
(...) (...)
STF
(...) (...)
TRIBUNAIS SUPERIORES
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Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da
Magistratura, observados os seguintes princípios:
I – ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público
de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-
se, nas nomeações, à ordem de classificação;
Cargo inicial
Ingresso
OAB
Requisitos
Prazo
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Entrância Instância
≠
Promoção dos Magistrados
Forma de promoção
Critério
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Classificação das Comarcas
O território do Rio Grande do Sul, para efeitos da administração da justiça, é dividido atualmente
em ____________ comarcas. Cada comarca pode abranger um ou mais municípios.
Entrância
Entrância
para
entrância
Juíz
de
1 grau
o
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III – o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antiguidade e merecimento,
alternadamente, apurados na última ou única entrância;
IV – previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados,
constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou
reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados;
V – o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento
do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos
demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme
as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e
outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco
por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer
caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;
Subsídio
Residirá
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VIII – o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público,
fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho
Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa;
VIII-A – a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância
atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II;
IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às
próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
X – as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as
disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;
XI – nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído
órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício
das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno,
provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal
pleno;
XII – a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos
e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense
normal, juízes em plantão permanente;
XIII – o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial
e à respectiva população;
XIV – os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de
mero expediente sem caráter decisório;
XV – a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição.
Considerações
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Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez
anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação
das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder
Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
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Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I – vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III – irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I – exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II – receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III – dedicar-se à atividade político-partidária.
IV – receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V – exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Institucionais
Garantias do
judiciário
Funcionais
ou de órgãos
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Considerações
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Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo
órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do
Poder Público.
Reserva de plenário
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Juizados especiais
II – justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e
secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos,
verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer
atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação.
Justiça de paz
§ 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal.
§ 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos
às atividades específicas da Justiça.
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Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
§ 1º Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados
conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I – no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,
com a aprovação dos respectivos tribunais;
II – no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais
de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.
§ 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias
dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará,
para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei
orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste
artigo.
§ 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo
com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes
necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
§ 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de
despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos
suplementares ou especiais.
Proposta orçamentária
§ 1o
§ 2o
§ 3o
§ 4o
§ 5o
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Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais,
em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação
dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas
nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim.
§ 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários,
vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e
indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de
sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais
débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo.
§ 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade
ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos
na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor
equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo, admitido o
fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de
apresentação do precatório.
§ 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica
aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas
referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.
§ 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às
entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo
igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.
§ 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária
ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de
precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do
exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
§ 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder
Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar
o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos
de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor
necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.
§ 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou
tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e
responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.
§ 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem
como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento
de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo.
§ 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação,
deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos
e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda
Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja
execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial.
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§ 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para
resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre
os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos.
§ 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora,
a entrega de créditos em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente
federado.
§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de
requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua
natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para
fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes
sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.
§ 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros,
independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto
nos §§ 2º e 3º.
§ 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição
protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora.
§ 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal
poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados,
Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e
prazo de liquidação.
§ 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de
precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente.
Considerações
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Conceito
Ordem
Caráter alimentar
Condição
PRECATÓRIOS
Novos beneficiários
RPV
Habilitação
Preterição da ordem
Tipo de crime
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Responderá também perante quem
Compensação de precatório
Índice de atualização
Cessão de precatórios
Refinanciamento de precatórios
Importante
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Direito Constitucional
Artigos 12 a 13
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Direito Constitucional
TÍTULO I
Dos Princípios Fundamentais
CAPÍTULO III
DA NACIONALIDADE
Art. 12. São brasileiros:
Conceito de Nacionalidade
Classes de Nacionalidade
1a Classe
2a Classe
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I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que
estes não estejam a serviço de seu país;
1a Classe
Considerações
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b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles
esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
1a Classe
Considerações
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Artigos 12 a 13 − Direito Constitucional – Profa Alessandra Vieira
Considerações
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c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados
em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007)
etente
sileir a Comp
ção Bra
Reparti
OU
1a Classe
Considerações
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Considerações
Particularidade
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Mostrando que sabe
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Considerações
Nasceu Casal Particularidade Nacionalidade
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Espécies de Naturalização
TÁCITA
NATURALIZAÇÃO
EXPRESSA
394 www.acasadoconcurseiro.com.br
Artigos 12 a 13 − Direito Constitucional – Profa Alessandra Vieira
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de
países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
2a Classe
Requerimento
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b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil
há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
2a Classe
Requisitos
Requerimento
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Artigos 12 a 13 − Direito Constitucional – Profa Alessandra Vieira
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§ 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos
casos previstos nesta Constituição.
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Caso 1 / Caso 2
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Caso 3 / Caso 4
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V - da carreira diplomática;
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Considerações
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§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao
interesse nacional;
Perda
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II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional
de Revisão nº 3, de 1994)
Perda
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a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda
Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)
Dupla
nacionalidade
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*CASO RECENTE:Diego Costa optou pela seleção espanhola em detrimento à seleção do Brasil, na copa de 2014.
Dupla
nacionalidade
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Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo
nacionais.
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Direito Constitucional
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Direito Constitucional
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (DISPOSIÇÕES GERAIS).
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988
CAPÍTULO VII
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Seção I
DISPOSIÇÕES GERAIS
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VII – o direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica
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XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais
ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores
de carreiras específicas, terão recursos prioritários
para a realização de suas atividades e atuarão de forma
integrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros
e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
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Direito Constitucional
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO:
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (DOS SERVIDORES PÚBLICOS)
Seção II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN nº 2.135-4)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos
Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades
vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder
aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
VII – garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
XII – salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da
lei;
XIII – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção
coletiva de trabalho;
XV – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
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XVI – remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do
normal;
XVII – gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;
XVIII – licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte
dias;
XIX – licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
XX – proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos
da lei;
XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XXX – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por
motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
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§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta
Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de
previdência previsto neste artigo.
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§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria
voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um
abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar
as exigências para aposentadoria compulsória contidas no § 1º, II.
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os
servidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime
em cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X.
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos
de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição,
quando o beneficiário, na forma da lei, for portador de doença incapacitante.
Art. 41. São estáveis após 03 anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado,
e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a
indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração
proporcional ao tempo de serviço.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de
desempenho por comissão instituída para essa finalidade.
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Dica: Caso Especial – Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei
complementar.
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação
de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a
admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da
administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder
público, só poderão ser feitas:
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 2º Decorrido o prazo estabelecido na lei complementar referida neste artigo para
a adaptação aos parâmetros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos
os repasses de verbas federais ou estaduais aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios que não observarem os referidos limites.
§ 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante
o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:
I – redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e
funções de confiança;
II – exoneração dos servidores não estáveis.
§ 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para
assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo,
o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada
um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa
objeto da redução de pessoal.
§ 5º O servidor que perder o cargo na forma do parágrafo anterior fará jus a indenização
correspondente a um mês de remuneração por ano de serviço.
§ 6º O cargo objeto da redução prevista nos parágrafos anteriores será considerado
extinto, vedada a criação de cargo, emprego ou função com atribuições iguais ou
assemelhadas pelo prazo de quatro anos.
§ 7º Lei federal disporá sobre as normas gerais a serem obedecidas na efetivação do
disposto no § 4º.
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Direito Administrativo
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Direito Administrativo
CAPÍTULO VII
DO DIREITO DE PETIÇÃO
Art. 239. É assegurado a qualquer pessoa, física Art. 240. Ao servidor é assegurado o direito
ou jurídica, independentemente de pagamento, de requerer ou representar, bem como,
o direito de petição contra ilegalidade ou abuso nos termos desta lei complementar, pedir
de poder e para defesa de direitos. (NR) reconsideração e recorrer de decisões, no
prazo de 30 (trinta) dias, salvo previsão legal
§ 1º Qualquer pessoa poderá reclamar específica. (NR) – redação dada pelo art. 1º, I da
sobre abuso, erro, omissão ou conduta Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
incompatível no serviço público.(NR)
§ 2º Em nenhuma hipótese, a Administração
poderá recusar-se a protocolar, encaminhar
ou apreciar a petição, sob pena de
responsabilidade do agente. (NR)
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TÍTULO VI XII – cooperar e manter espírito de
solidariedade com os companheiros de
Dos Deveres, das Proibições e das trabalho,
Responsabilidades XIII – estar em dia com as leis, regulamentos,
regimentos, instruções e ordens de serviço
que digam respeito às suas funções; e
CAPÍTULO I XIV – proceder na vida pública e privada na
DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES forma que dignifique a função pública.
Seção I Seção II
DOS DEVERES DAS PROIBIÇÕES
Art. 241. São deveres do funcionário: Art. 242 Ao funcionário é proibido:
I – ser assíduo e pontual; I – Revogado – revogado pelo art. 2º da Lei
II – cumprir as ordens superiores, Complementar nº 1.096, de 24/09/2009.
representando quando forem II – retirar, sem prévia permissão da
manifestamente ilegais; autoridade competente, qualquer
III – desempenhar com zelo e presteza os documento ou objeto existente na
trabalhos de que for incumbido; repartição;
IV – guardar sigilo sobre os assuntos III – entreter-se, durante as horas de
da repartição e, especialmente, sobre trabalho, em palestras, leituras ou outras
despachos, decisões ou providências; atividades estranhas ao serviço;
V – representar aos superiores sobre IV – deixar de comparecer ao serviço sem
todas as irregularidades de que tiver causa justificada;
conhecimento no exercício de suas funções;
V – tratar de interesses particulares na
VI – tratar com urbanidade as pessoas; (NR)
repartição;
VII – residir no local onde exerce o cargo ou,
onde autorizado; VI – promover manifestações de apreço ou
desapreço dentro da repartição, ou tornar-
VIII – providenciar para que esteja sempre se solidário com elas;
em ordem, no assentamento individual, a
sua declaração de família; VII – exercer comércio entre os
companheiros de serviço, promover ou
IX – zelar pela economia do material do
subscrever listas de donativos dentro da
Estado e pela conservação do que for
repartição; e
confiado à sua guarda ou utilização;
X – apresentar-se convenientemente VIII – empregar material do serviço público
trajado em serviço ou com uniforme em serviço particular.
determinado, quando for o caso; Art. 243. É proibido ainda, ao funcionário:
XI – atender prontamente, com preferência
sobre qualquer outro serviço, às requisições I – fazer contratos de natureza comercial e
de papéis, documentos, informações ou industrial com o Governo, por si, ou como
providências que lhe forem feitas pelas representante de outrem;
autoridades judiciárias ou administrativas, II – participar da gerência ou administração
para defesa do Estado, em Juízo; de empresas bancárias ou industriais, ou
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IV – exercer, mesmo fora das horas de Art. 244. É vedado ao funcionário trabalhar
trabalho, emprego ou função em empresas, sob as ordens imediatas de parentes, até
estabelecimentos ou instituições que segundo grau, salvo quando se tratar de função
tenham relações com o Governo, em de confiança e livre escolha, não podendo
matéria que se relacione com a finalidade exceder a 2 (dois) o número de auxiliares nessas
da repartição ou serviço em que esteja condições.
lotado;
V – aceitar representação de Estado
estrangeiro, sem autorização do Presidente CAPÍTULO II
da República; DAS RESPONSABILIDADES
VI – comerciar ou ter parte em sociedades Art. 245. O funcionário é responsável por
comerciais nas condições mencionadas todos os prejuízos que, nessa qualidade,
no item II deste artigo, podendo, em causar à Fazenda Estadual, por dolo ou culpa,
qualquer caso, ser acionista, quotista ou devidamente apurados.
comanditário;
Parágrafo único. Caracteriza-se especial-
VII – incitar greves ou a elas aderir, ou mente a responsabilidade:
praticar atos de sabotagem contra o serviço
público; I – pela sonegação de valores e objetos
confiados à sua guarda ou responsabilidade,
VIII – praticar a usura; ou por não prestar contas, ou por não as
tomar, na forma e no prazo estabelecidos
IX – constituir-se procurador de partes ou
nas leis, regulamentos, regimentos,
servir de intermediário perante qualquer
instruções e ordens de serviço;
repartição pública, exceto quando se tratar
de interesse de cônjuge ou parente até II – pelas faltas, danos, avarias e quaisquer
segundo grau; outros prejuízos que sofrerem os bens e os
materiais sob sua guarda, ou sujeitos a seu
X – receber estipêndios de firmas
exame ou fiscalização;
fornecedoras ou de entidades fiscalizadas,
no País, ou no estrangeiro, mesmo quando III – pela falta ou inexatidão das necessárias
estiver em missão referente à compra averbações nas notas de despacho, guias
de material ou fiscalização de qualquer e outros documentos da receita, ou que
natureza; tenham com eles relação; e
XI – valer-se de sua qualidade de IV – por qualquer erro de cálculo ou redução
funcionário para desempenhar atividade contra a Fazenda Estadual.
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Art. 246. O funcionário que adquirir materiais § 3º O processo administrativo só poderá
em desacordo com disposições legais e ser sobrestado para aguardar decisão
regulamentares, será responsabilizado pelo judicial por despacho motivado da
respectivo custo, sem prejuízo das penalidades autoridade competente para aplicar a pena.
disciplinares cabíveis, podendo-se proceder ao (NR) – §§ acrescentados pelo art. 2º, I da Lei
desconto no seu vencimento ou remuneração. Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 247. Nos casos de indenização à Fazenda
Estadual, o funcionário será obrigado a repor, de
uma só vez, a importância do prejuízo causado TÍTULO VII
em virtude de alcance, desfalque, remissão ou
omissão em efetuar recolhimento ou entrada Das Penalidades, Da Extinção Da
nos prazos legais. Punibilidade e Das Providências
Art. 248. Fora dos casos incluídos no artigo
Preliminares
anterior, a importância da indenização poderá
ser descontada do vencimento ou remuneração
não excedendo o desconto à 10ª (décima) parte
do valor destes.
CAPÍTULO I
DAS PENALIDADES E DE SUA
Parágrafo único. No caso do item IV do APLICAÇÃO
parágrafo único do art. 245, não tendo
havido má-fé, será aplicada a pena de Art. 251. São penas disciplinares:
repreensão e, na reincidência, a de
suspensão. I – repreensão;
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§ 2º A autoridade que aplicar a pena que o faça dolosamente e com prejuízo para
de suspensão poderá converter essa o Estado ou particulares;
penalidade em multa, na base de 50%
(cinqüenta por cento) por dia de vencimento IV – praticar insubordinação grave;
ou remuneração, sendo o funcionário, nesse V – praticar, em serviço, ofensas físicas
caso, obrigado a permanecer em serviço. contra funcionários ou particulares, salvo se
Art. 255. A pena de multa será aplicada na em legítima defesa;
forma e nos casos expressamente previstos em VI – lesar o patrimônio ou os cofres públicos;
lei ou regulamento.
VII – receber ou solicitar propinas,
Art. 256. Será aplicada a pena de demissão nos comissões, presentes ou vantagens de
casos de: qualquer espécie, diretamente ou por
I – abandono de cargo; intermédio de outrem, ainda que fora de
suas funções mas em razão delas;
II – procedimento irregular, de natureza
grave; VIII – pedir, por empréstimo, dinheiro ou
quaisquer valores a pessoas que tratem de
III – ineficiência no serviço; interesses ou o tenham na repartição, ou
estejam sujeitos à sua fiscalização;
IV – aplicação indevida de dinheiros
públicos, e IX – exercer advocacia administrativa; e
V – ausência ao serviço, sem causa X – apresentar com dolo declaração falsa
justificável, por mais de 45 (quarenta e em matéria de salário-família, sem prejuízo
cinco) dias, interpoladamente, durante 1 da responsabilidade civil e de procedimento
(um) ano. criminal, que no caso couber.
§ 1º Considerar-se-á abandono de cargo, XI – praticar ato definido como crime
o não comparecimento do funcionário por hediondo, tortura, tráfico ilícito de
mais de (30) dias consecutivos ex-vi do art. entorpecentes e drogas afins e terrorismo;
63. (NR)
§ 2º A pena de demissão por ineficiência no XII – praticar ato definido como crime
serviço, só será aplicada quando verificada contra o Sistema Financeiro, ou de lavagem
a impossibilidade de readaptação. ou ocultação de bens, direitos ou valores;
(NR)
Art. 257. Será aplicada a pena de demissão a
bem do serviço público ao funcionário que: XIII – praticar ato definido em lei como de
improbidade.(NR) – incisos acrescentados
I – for convencido de incontinência pública pelo art. 2º, II da Lei Complementar nº 942,
e escandalosa e de vício de jogos proibidos; de 6/6/2003.
II – praticar ato definido como crime contra Art. 258. O ato que demitir o funcionário
a administração pública, a fé pública e mencionará sempre a disposição legal em que
a Fazenda Estadual, ou previsto nas leis se fundamenta.
relativas à segurança e à defesa nacional;
(NR) – redação dada pelo art. 1º, II da Lei Art. 259. Será aplicada a pena de cassação
Complementar nº 942, de 6/6/2003. de aposentadoria ou disponibilidade, se ficar
provado que o inativo:
III – revelar segredos de que tenha
conhecimento em razão do cargo, desde
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I – praticou, quando em atividade, falta III – da falta prevista em lei como infração
grave para a qual é cominada nesta lei a penal, no prazo de prescrição em abstrato
pena de demissão ou de demissão a bem do da pena criminal, se for superior a 5 (cinco)
serviço público; anos.
II – aceitou ilegalmente cargo ou função § 1º A prescrição começa a correr:
pública;
1. do dia em que a falta for cometida;
III – aceitou representação de Estado
estrangeiro sem prévia autorização do 2. do dia em que tenha cessado a
Presidente da República; e continuação ou a permanência, nas faltas
continuadas ou permanentes.
IV – praticou a usura em qualquer de suas
formas. § 2º Interrompem a prescrição a portaria
que instaura sindicância e a que instaura
Art. 260. Para aplicação das penalidades processo administrativo.
previstas no art. 251, são competentes:
§ 3º O lapso prescricional corresponde:
I – o Governador;
1. na hipótese de desclassificação da
II – os Secretários de Estado, o Procurador infração, ao da pena efetivamente aplicada;
Geral do Estado e os Superintendentes de
Autarquia; 2. na hipótese de mitigação ou atenuação,
ao da pena em tese cabível.
III – os Chefes de Gabinete, até a de
suspensão; § 4º A prescrição não corre:
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TÍTULO VIII Art. 273. Aplicam-se à sindicância as regras
previstas nesta lei complementar para o
Do Procedimento Disciplinar (NR) processo administrativo, com as seguintes
modificações:
I – a autoridade sindicante e cada acusado
poderão arrolar até 3 (três) testemunhas;
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS II – a sindicância deverá estar concluída no
prazo de 60 (sessenta) dias;
Art. 268. A apuração das infrações será
III – com o relatório, a sindicância será
feita mediante sindicância ou processo
enviada à autoridade competente para a
administrativo, assegurados o contraditório e a
decisão. (NR) – redação dada pelo artigo
ampla defesa. (NR) – redação dada pelo art. 1º,
1º, V da Lei Complementar nº 942, de
V da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
6/6/2003.
Art. 269. Será instaurada sindicância quando
a falta disciplinar, por sua natureza, possa
determinar as penas de repreensão, suspensão
ou multa. (NR)- redação dada pelo artigo 1º, V CAPÍTULO III
da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
Art. 270. Será obrigatório o processo (NR)
administrativo quando a falta disciplinar, por
Art. 274. São competentes para determinar
sua natureza, possa determinar as penas de
a instauração de processo administrativo as
demissão, de demissão a bem do serviço
autoridades enumeradas no art. 260, até o
público e de cassação de aposentadoria ou
inciso IV, inclusive. (NR)- redação dada pelo art.
disponibilidade. (NR) – redação dada pelo art.
1º, V da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
1º, V da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Art. 275. Não poderá ser encarregado da
Art. 271. Os procedimentos disciplinares
apuração, nem atuar como secretário, amigo
punitivos serão realizados pela Procuradoria
íntimo ou inimigo, parente consangüíneo ou
Geral do Estado e presididos por Procurador do
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
Estado confirmado na carreira. (NR) – redação
grau inclusive, cônjuge, companheiro ou
dada pelo art. 1º, V da Lei Complementar nº
qualquer integrante do núcleo familiar do
942, de 6/6/2003.
denunciante ou do acusado, bem assim o
subordinado deste. (NR) – redação dada pelo
art. 1º, V da Lei Complementar nº 942, de
CAPÍTULO II 6/6/2003.
DA SINDICÂNCIA Art. 276. A autoridade ou o funcionário
designado deverão comunicar, desde logo, à
Art. 272. São competentes para determinar autoridade competente, o impedimento que
a instauração de sindicância as autoridades houver. (NR) – redação dada pelo artigo 1º, V da
enumeradas no art. 260. (NR) Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003.
Parágrafo único Instaurada a sindicância, o Art. 277. O processo administrativo deverá ser
Procurador do Estado que a presidir comunicará instaurado por portaria, no prazo improrrogável
o fato ao órgão setorial de pessoal. (NR) – de 8 (oito) dias do recebimento da
redação dada pelo art 1º, V da Lei Complementar determinação, e concluído no de 90 (noventa)
nº 942, de 6/6/2003. dias da citação do acusado.(NR)
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Art. 282. O acusado poderá constituir advogado companheiro, irmão, sogro e cunhado, pai, mãe
que o representará em todos os atos e termos ou filho adotivo do acusado, exceto quando
do processo. (NR) não for possível, por outro modo, obter-
se ou integrar-se a prova do fato e de suas
§ 1º É faculdade do acusado tomar ciência circunstâncias. (NR)
ou assistir aos atos e termos do processo,
não sendo obrigatória qualquer notificação. § 1º Se o parentesco das pessoas referidas
(NR) for com o denunciante, ficam elas proibidas
de depor, observada a exceção deste artigo.
§ 2º O advogado será intimado por (NR)
publicação no Diário Oficial do Estado, de
que conste seu nome e número de inscrição § 2º Ao servidor que se recusar a depor,
na Ordem dos Advogados do Brasil, bem sem justa causa, será pela autoridade
como os dados necessários à identificação competente adotada a providência a que se
do procedimento. (NR) refere o art. 262., mediante comunicação
do presidente. (NR)
§ 3º Não tendo o acusado recursos
financeiros ou negando-se a constituir § 3º O servidor que tiver de depor como
advogado, o presidente nomeará advogado testemunha fora da sede de seu exercício,
dativo. (NR) terá direito a transporte e diárias na forma
da legislação em vigor, podendo ainda
§ 4º O acusado poderá, a qualquer tempo, expedir-se precatória para esse efeito à
constituir advogado para prosseguir na sua autoridade do domicílio do depoente. (NR)
defesa. (NR) – redação dada pelo art. 1º, V
da Lei Complementar nº 942, de 6/6/2003. § 4º São proibidas de depor as pessoas que,
em razão de função, ministério, ofício ou
Art. 283. Comparecendo ou não o acusado profissão, devam guardar segredo, salvo
ao interrogatório, inicia-se o prazo de 3 (três) se, desobrigadas pela parte interessada,
dias para requerer a produção de provas, ou quiserem dar o seu testemunho. (NR)
apresentá-las. (NR)
Art. 286. A testemunha que morar em comarca
§ 1º O presidente e cada acusado poderão diversa poderá ser inquirida pela autoridade
arrolar até 5 (cinco) testemunhas. (NR) do lugar de sua residência, expedindo-se, para
§ 2º A prova de antecedentes do acusado esse fim, carta precatória, com prazo razoável,
será feita exclusivamente por documentos, intimada a defesa.
até as alegações finais. (NR) § 1º Deverá constar da precatória a
§ 3º Até a data do interrogatório,será síntese da imputação e os esclarecimentos
designada a audiência de instrução. pretendidos, bem como a advertência sobre
a necessidade da presença de advogado.
Art. 284. Na audiência de instrução, serão
ouvidas, pela ordem, as testemunhas arroladas § 2º A expedição da precatória não
pelo presidente e pelo acusado. (NR) suspenderá a instrução do procedimento.
Art. 285. A testemunha não poderá eximir-se Art. 287. As testemunhas arroladas pelo
de depor, salvo se for ascendente, descendente, acusado comparecerão à audiência designada
cônjuge, ainda que legalmente separado, independente de notificação.(NR)
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Art. 296. Determinada a diligência, a autoridade Art. 303. As autoridades responsáveis pela
encarregada do processo administrativo terá condução do processo administrativo e do
prazo de 15 (quinze) dias para seu cumprimento, inquérito policial se auxiliarão para que os
abrindo vista à defesa para manifestar-se em 5 mesmos se concluam dentro dos prazos
(cinco) dias. (NR) respectivos. (NR)
Art. 297 Quando escaparem à sua alçada as Art. 304. Quando o ato atribuído ao funcionário
penalidades e providências que lhe parecerem for considerado criminoso, serão remetidas à
cabíveis, a autoridade que determinou a autoridade competente cópias autenticadas das
instauração do processo administrativo deverá peças essenciais do processo. (NR)
propô-las, justificadamente, dentro do prazo
para julgamento, à autoridade competente. Art. 305. Não será declarada a nulidade de
(NR) nenhum ato processual que não houver
influído na apuração da verdade substancial
Art. 298 A autoridade que proferir decisão ou diretamente na decisão do processo ou
determinará os atos dela decorrentes e as sindicância. (NR)
providências necessárias a sua execução. (NR)
Art. 306. É defeso fornecer à imprensa ou
Art. 299. As decisões serão sempre publicadas a outros meios de divulgação notas sobre
no Diário Oficial do Estado, dentro do prazo de os atos processuais, salvo no interesse da
8 (oito) dias, bem como averbadas no registro Administração, a juízo do Secretário de Estado
funcional do servidor. (NR) ou do Procurador Geral do Estado. (NR)
Art. 300. Terão forma processual resumida, Art. 307. Decorridos 5 (cinco) anos de efetivo
quando possível, todos os termos lavrados pelo exercício, contados do cumprimento da sanção
secretário, quais sejam: autuação, juntada, disciplinar, sem cometimento de nova infração,
conclusão, intimação, data de recebimento, não mais poderá aquela ser considerada em
bem como certidões e compromissos. (NR) prejuízo do infrator, inclusive para efeito de
§ 1º Toda e qualquer juntada aos autos se reincidência.(NR)
fará na ordem cronológica da apresentação,
Parágrafo único. A demissão e a demissão
rubricando o presidente as folhas
a bem do serviço público acarretam a
acrescidas. (NR)
incompatibilidade para nova investidura
§ 2º Todos os atos ou decisões, cujo original em cargo, função ou emprego público,
não conste do processo, nele deverão pelo prazo de 5 (cinco) e 10 (dez) anos,
figurar por cópia. (NR) respectivamente. (NR)
Art. 301. Constará sempre dos autos da
sindicância ou do processo a folha de serviço do
indiciado. (NR) CAPÍTULO IV
Art. 302 Quando ao funcionário se imputar DO PROCESSO POR ABANDONO
crime, praticado na esfera administrativa, a DO CARGO OU FUNÇÃO E POR
autoridade que determinou a instauração do
processo administrativo providenciará para
INASSIDUIDADE
que se instaure, simultaneamente, o inquérito Art. 308. Verificada a ocorrência de faltas ao
policial. (NR) serviço que caracterizem abandono de cargo
Parágrafo único. Quando se tratar de crime ou função, bem como inassiduidade, o superior
praticado fora da esfera administrativa, imediato comunicará o fato à autoridade
a autoridade policial dará ciência dele à competente para determinar a instauração de
autoridade administrativa. (NR) processo disciplinar, instruindo a representação
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Direito Administrativo – Estatuto dos Funcionários Públicos Civis de SP – Prof. Cristiano de Souza
com cópia da ficha funcional do servidor e Art. 313. Caberá pedido de reconsideração, que
atestados de freqüência. (NR) não poderá ser renovado, de decisão tomada
pelo Governador do Estado em única instância,
Art. 309. Não será instaurado processo para no prazo de 30 (trinta) dias. (NR)
apurar abandono de cargo ou função, bem
como inassiduidade, se o servidor tiver pedido Art. 314. Os recursos de que trata esta lei
exoneração. (NR) complementar não têm efeito suspensivo; os
que forem providos darão lugar às retificações
Art. 310. Extingue-se o processo instaurado necessárias, retroagindo seus efeitos à data do
exclusivamente para apurar abandono de ato punitivo. (NR)
cargo ou função, bem como inassiduidade, se o
indiciado pedir exoneração até a data designada
para o interrogatório, ou por ocasião deste. (NR)
Art. 311. A defesa só poderá versar sobre força CAPÍTULO VI
maior, coação ilegal ou motivo legalmente DA REVISÃO (NR)
justificável. (NR)
Art. 315. Admitir-se-á, a qualquer tempo, a
revisão de punição disciplinar de que não caiba
mais recurso, se surgirem fatos ou circunstâncias
CAPÍTULO V ainda não apreciados, ou vícios insanáveis de
DOS RECURSOS (NR) procedimento, que possam justificar redução
ou anulação da pena aplicada.(NR)
Art. 312. Caberá recurso, por uma única vez, da § 1º A simples alegação da injustiça da
decisão que aplicar penalidade. (NR) decisão não constitui fundamento do
§ 1º O prazo para recorrer é de 30 (trinta) pedido. (NR)
dias, contados da publicação da decisão § 2º Não será admitida reiteração de pedido
impugnada no Diário Oficial do Estado ou pelo mesmo fundamento. (NR)
da intimação pessoal do servidor, quando
for o caso. (NR) § 3º Os pedidos formulados em desacordo
com este artigo serão indeferidos. (NR)
§ 2º Do recurso deverá constar, além do
nome e qualificação do recorrente, a § 4º O ônus da prova cabe ao requerente.
exposição das razões de inconformismo. (NR)
(NR)
Art. 316. A pena imposta não poderá ser
§ 3º O recurso será apresentado à agravada pela revisão. (NR)
autoridade que aplicou a pena, que terá o
prazo de 10 (dez) dias para, motivadamente, Art. 317. A instauração de processo revisional
manter sua decisão ou reformá-la. (NR) poderá ser requerida fundamentadamente pelo
interessado ou, se falecido ou incapaz, por seu
§ 4º Mantida a decisão, ou reformada curador, cônjuge, companheiro, ascendente,
parcialmente, será imediatamente descendente ou irmão, sempre por intermédio
encaminhada a reexame pelo superior de advogado. (NR)
hierárquico. (NR)
Parágrafo único. O pedido será instruído
§ 5º O recurso será apreciado pela com as provas que o requerente possuir
autoridade competente ainda que ou com indicação daquelas que pretenda
incorretamente denominado ou produzir. (NR)
endereçado. (NR)
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Art. 318. A autoridade que aplicou a Parágrafo único. No processamento
penalidade, ou que a tiver confirmado em grau da revisão serão observadas as normas
de recurso, será competente para o exame da previstas nesta lei complementar para o
admissibilidade do pedido de revisão, bem processo administrativo. (NR)
como, caso deferido o processamento, para a
sua decisão final. (NR) Art. 321. A decisão que julgar procedente
a revisão poderá alterar a classificação da
Art. 319. Deferido o processamento da revisão, infração, absolver o punido, modificar a pena ou
será este realizado por Procurador de Estado anular o processo, restabelecendo os direitos
que não tenha funcionado no procedimento atingidos pela decisão reformada. (NR)
disciplinar de que resultou a punição do
requerente. Disposições Finais
Art. 320. Recebido o pedido, o presidente Art. 322. O dia 28 de outubro será consagrado
providenciará o apensamento dos autos ao “Funcionário Público Estadual”.
originais e notificará o requerente para, no prazo
de 8 (oito) dias, oferecer rol de testemunhas, ou Art. 323. Os prazos previstos neste Estatuto
requerer outras provas que pretenda produzir. serão todos contados por dias corridos.
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Direito Administrativo
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:
V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Mas foi somente em 1992, que o legislador regulamentou o texto constitucional com a
publicação da Lei nº 8.429/1992 dispondo sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos
nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na
administração pública direta, indireta ou fundacional a qual passamos a analisar a partir de
agora.
Anotações:
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Lei nº 8.429, de 2 de Junho de 1992.
Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de
enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou
função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 1º Os atos de improbidade praticados por qualquer AGENTE PÚBLICO, servidor ou não, contra
a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de
entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta
por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.
Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade
praticados contra o patrimônio de entidade que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal
ou creditício, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o erário haja
concorrido ou concorra com menos de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita anual,
limitando-se, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição
dos cofres públicos.
Art. 2º Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades
mencionadas no artigo anterior.
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Direito Administrativo – Improbidade Administrativa – Prof. Cristiano de Souza
Art. 3º As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo
agente público (terceiro particular), induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou
dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta.
Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estrita
observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos
assuntos que lhe são afetos.
Dica: Cade o princípio da eficiência? R: esta lei é de 1992 e o princípio da eficiência foi
introduzido somente em 1998, com a EC nº 19 na CF/1988.
Art. 5º Ocorrendo lesão ao patrimônio público por ação ou omissão, dolosa ou culposa, do agente
ou de terceiro, dar-se-á o integral ressarcimento do dano.
Art. 6º No caso de enriquecimento ilícito, perderá o agente público ou terceiro beneficiário os
bens ou valores acrescidos ao seu patrimônio.
Art. 7º Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público OU ensejar
enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar
ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado.
Parágrafo único. A indisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recairá sobre bens que
assegurem o integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do
enriquecimento ilícito.
Art. 8º O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou se enriquecer ilicitamente
está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da herança.
CAPÍTULO II
DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
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Seção III
Seção I Seção II
Dos Atos de Improbidade
Dos Atos de Improbidade Dos Atos de Improbidade
Administrativa que Atentam
Administrativa que Importam Administrativa que Causam
Contra os Princípios da
Enriquecimento Ilícito Prejuízo ao Erário
Administração Pública
Art. 9º Constitui ato de Art. 10. Constitui ato de Art. 11. Constitui ato de
improbidade administrativa improbidade administrativa improbidade administrativa que
importando enriquecimento que causa lesão ao erário atenta contra os princípios da
ilícito auferir qualquer tipo de qualquer ação ou omissão, administração pública qualquer
vantagem patrimonial indevida dolosa ou culposa, que enseje ação ou omissão que viole
em razão do exercício de cargo, perda patrimonial, desvio, os deveres de honestidade,
mandato, função, emprego apropriação, malbaratamento imparcialidade, legalidade,
ou atividade nas entidades ou dilapidação dos bens e lealdade às instituições, e
mencionadas no art. 1º desta ou haveres das entidades notadamente:
lei, e notadamente: referidas no art. 1º desta lei, e
I – praticar ato visando
notadamente:
I – receber, para si ou fim proibido em lei ou
para outrem, dinheiro, I – facilitar ou concorrer regulamento ou diverso
bem móvel ou imóvel, ou por qualquer forma daquele previsto, na regra
qualquer outra vantagem para a incorporação ao de competência;
econômica, direta ou patrimônio particular, de
II – retardar ou deixar de
indireta, a título de pessoa física ou jurídica,
praticar, indevidamente,
comissão, percentagem, de bens, rendas, verbas
ato de ofício;
gratificação ou presente ou valores integrantes do
de quem tenha interesse, acervo patrimonial das III – revelar fato ou
direto ou indireto, que entidades mencionadas no circunstância de que tem
possa ser atingido ou art. 1º desta lei; ciência em razão das
amparado por ação ou atribuições e que deva
II – permitir ou concorrer
omissão decorrente das permanecer em segredo;
para que pessoa física
atribuições do agente IV – negar publicidade aos
ou jurídica privada utilize
público; atos oficiais;
bens, rendas, verbas ou
II – perceber vantagem valores integrantes do V – frustrar a licitude de
econômica, direta ou acervo patrimonial das concurso público;
indireta, para facilitar a entidades mencionadas
aquisição, permuta ou no art. 1º desta lei, VI – deixar de prestar
locação de bem móvel ou sem a observância das contas quando esteja
imóvel, ou a contratação formalidades legais ou obrigado a fazê-lo;
de serviços pelas entidades regulamentares aplicáveis VII – revelar ou
referidas no art. 1º por à espécie; permitir que chegue ao
preço superior ao valor de conhecimento de terceiro,
III – doar à pessoa física
mercado; antes da respectiva
ou jurídica bem como ao
III – perceber vantagem ente despersonalizado, divulgação oficial, teor
econômica, direta ou ainda que de fins de medida política ou
indireta, para facilitar a educativos ou assistências, econômica capaz de afetar
alienação, permuta ou bens, rendas, verbas ou o preço de mercadoria,
locação de bem público valores do patrimônio de bem ou serviço.
ou o fornecimento de qualquer das entidades
serviço por ente estatal por mencionadas no art. 1º
preço inferior ao valor de desta lei, sem observância
mercado; das formalidades legais e
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VIII – aceitar emprego, XI – liberar verba pública
comissão ou exercer sem a estrita observância
atividade de consultoria das normas pertinentes
ou assessoramento ou influir de qualquer
para pessoa física ou forma para a sua aplicação
jurídica que tenha irregular;
interesse suscetível de
ser atingido ou amparado
XII – permitir, facilitar ou
por ação ou omissão
concorrer para que terceiro
decorrente das atribuições
se enriqueça ilicitamente;
do agente público,
durante a atividade;
IX – perceber vantagem XIII – permitir que se
econômica para utilize, em obra ou serviço
intermediar a liberação ou particular, veículos,
aplicação de verba pública máquinas, equipamentos
de qualquer natureza; ou material de qualquer
natureza, de propriedade
X – receber vantagem
ou à disposição de
econômica de qualquer
qualquer das entidades
natureza, direta ou
mencionadas no art.
indiretamente, para omitir
1º desta lei, bem como
ato de ofício, providência
o trabalho de servidor
ou declaração a que esteja
público, empregados ou
obrigado;
terceiros contratados por
XI – incorporar, por essas entidades.
qualquer forma, ao
XIV – celebrar contrato
seu patrimônio bens,
ou outro instrumento
rendas, verbas ou valores
que tenha por objeto a
integrantes do acervo
prestação de serviços
patrimonial das entidades
públicos por meio da
mencionadas no art. 1º
gestão associada sem
desta lei;
observar as formalidades
XII – usar, em proveito previstas na lei;
próprio, bens, rendas,
XV – celebrar contrato de
verbas ou valores
rateio de consórcio público
integrantes do acervo
sem suficiente e prévia
patrimonial das entidades dotação orçamentária,
mencionadas no art. 1º ou sem observar as
desta lei. formalidades previstas na
lei.
PENAS Art. 12
•• ressarcimento integral
•• ressarcimento integral do •• ressarcimento integral do
do dano, quando
dano, dano, se houver,
houver,
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CAPÍTULO III
DAS PENAS
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação
específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem
ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato:
I – na hipótese do art. 9º, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio,
ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos
direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do
acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou
incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos;
II – na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos
ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão
dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do
dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual
seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos;
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III – na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes
o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou
receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.
Parágrafo único. Na fixação das penas previstas nesta lei o juiz levará em conta a extensão do
dano causado, assim como o proveito patrimonial obtido pelo agente.
CAPÍTULO IV
DA DECLARAÇÃO DE BENS
Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração
dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de
pessoal competente.
§ 1º A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e
qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e,
quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos
filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos
apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.
§ 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público
deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função.
§ 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras
sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do
prazo determinado, ou que a prestar falsa.
§ 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada
à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e
proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência
contida no caput e no § 2º deste artigo.
CAPÍTULO V
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO E DO PROCESSO JUDICIAL
Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que
seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade.
§ 1º A representação, que será escrita ou reduzida a termo e assinada, conterá a qualificação
do representante, as informações sobre o fato e sua autoria e a indicação das provas de que
tenha conhecimento.
§ 2º A autoridade administrativa rejeitará a representação, em despacho fundamentado, se
esta não contiver as formalidades estabelecidas no § 1º deste artigo. A rejeição não impede a
representação ao Ministério Público, nos termos do art. 22 desta lei.
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§ 2º Quando for o caso, o pedido incluirá a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas
bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo indiciado no exterior, nos termos da lei e dos
tratados internacionais.
Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela
pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar.
Art. 806. Cabe à parte propor a ação, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da
efetivação da medida cautelar, quando esta for concedida em procedimento preparatório.
§ 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação (TAC) nas ações de que trata o caput.
§ 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação
do ressarcimento do patrimônio público.
§ 3º No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica-se, no que
couber, o disposto no § 3º do art. 6º da Lei nº 4.717, de 29 de junho de 1965.
§ 3º A pessoas jurídica de direito público ou de direito privado, cujo ato seja objeto
de impugnação, poderá abster-se de contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado
do autor, desde que isso se afigure útil ao interesse público, a juízo do respectivo
representante legal ou dirigente.
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Art. 16. Responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou
interveniente.
Art. 17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:
I – deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II – alterar a verdade dos fatos;
III – usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
IV – opuser resistência injustificada ao andamento do processo;
V – proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;
Vl – provocar incidentes manifestamente infundados.
VII – interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-
fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a
parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as
despesas que efetuou.
§ 1º Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na
proporção do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se
coligaram para lesar a parte contrária.
§ 2º O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a
20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento.
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Dica: CPP – Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e
deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os
secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às
Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes
dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do
Tribunal Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e
o juiz.
§ 1º O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da
Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de
depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas
pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofício.
Art. 18. A sentença que julgar procedente ação civil de reparação de dano ou decretar a perda dos
bens havidos ilicitamente determinará o pagamento ou a reversão dos bens, conforme o caso, em
favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES PENAIS
Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro
beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente.
Pena: detenção de seis a dez meses e multa.
Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado
pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.
Art. 20. A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito
em julgado da sentença condenatória.
Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o
afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.
Art. 21. A aplicação das sanções previstas nesta lei independe:
I – da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento;
II – da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou
Conselho de Contas.
Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento
de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no
art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.
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CAPÍTULO VII
DA PRESCRIÇÃO
Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I – até 05 anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão (CC) ou de
função de confiança (FC);
II – dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis
com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
Anotações:
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Atualidades
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Atualidades
Corriqueiramente, concurseiros dos mais diversos níveis se deparam com essa pergunta e a
resposta não é tão óbvia quanto parece ser. A origem dessa confusão começa no conteúdo
dos próprios programas de provas das diferentes instituições organizadoras. As bancas
organizadoras possuem diferentes compreensões sobre o que vem a ser uma prova de
Atualidades. Portanto, a aprovação na prova de Atualidades começa por uma leitura atenta do
edital de prova e do seu conteúdo programático.
Apesar das dificuldades e das desconfianças que se possa ter com relação a este conteúdo
existem alguns terrenos seguros nos quais podemos nos debruçar. Para desvendar esses
“nós” devemos definir algumas prioridades. Inicialmente, é possível entender atualidades
como o domínio global de tópicos atuais e relevantes. Nesse sentido, domínio global significa
saber situar e se situar frente aos temas, algo diferente de “colecionar” e “decorar” fatos da
atualidade. A relevância de tais tópicos se dá em função da “agenda” de debates do momento
e do conteúdo programático do concurso que se vai realizar. Ou seja, nem tudo interessa para
uma prova de Atualidades.
Numa prova séria e bem feita de Atualidades (e pasmem elas existem!), o mundo das
celebridades, o vai e vem do mercado futebolístico, o cotidiano do noticiário policial, etc.,
têm pouco valor como conteúdo de prova. Assim, os fatos só passam a ser conteúdos de
prova quando possuem valor histórico, sociológico, e político para compreensão da realidade
presente e dos seus principais desafios.
Dessa forma, o conteúdo de prova refere-se as “atualidades” e seus fatos através de um
desencadeamento global de conhecimentos e noções que se relacionam ao contexto nacional
e ao internacional. Portanto, tal conteúdo tem como característica fundamental a interpretação
do fenômeno histórico político e social a partir de seus diferentes tópicos: política econômica;
política ambiental; política internacional; política educacional; política tecnológica; políticas
públicas; política energética; política governamental; aspectos da sociedade; bem como o
desencadeamento de relações entre esses conteúdos e os fatos da atualidade.
Desde já, chama-se a atenção para o fato de que o conteúdo de Atualidades é muito diferente
de outros conteúdos. Não existem fórmulas, macetes, atalhos, “musiquinhas”, ou qualquer
outro estratagema capaz de preparar um aluno para tal empreitada. O que existe é interesse
e leitura. O que esse material oferece então é o direcionamento para a prova. As chaves de
interpretação, modos de pensar e de relacionar os conteúdos serão fornecidos em aula. Assim,
colocamos à disposição textos e comentários para informação e reflexão prévia sobre os
principais tópicos de Atualidades.
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nas matérias mais tradicionais, como Português, Direitos, etc., os acertos no conteúdo de
Atualidades podem lançar o candidato posições à frente. Esse argumento ganha maior peso
porque a maioria dos concurseiros não sabe o que estudar e nem como estudar.
Para além desse fato, saber refletir sobre atualidades é um ato de conscientização política e
social, engajamento, e cidadania, por isso muitos concursos públicos exigem esse conhecimento
de forma orientada.
Dessa forma, pergunto aos concursandos: Por que não estudar atualidades?
Bons estudos!
Cássio Albernaz
http://www.facebook.com/cassioalbernaz
Clipping de Notícias:
Clipping é a seleção de notícias e artigos retirados de jornais, revistas, sites e demais veículos de
imprensa, como forma de reunir um conjunto de notícias a respeito de determinados assuntos.
A clipagem visa estabelecer uma lista de temas de interesse e seus respectivos conteúdos que
estão sendo publicados na imprensa.
Portanto, o clipping presta um serviço de pesquisa e organização de notícias a serem utilizadas
por assessores de imprensa, políticos, empresários, celebridades, estudantes, e a interesses
diversos, como nesse caso específico para organizar tópicos de estudos para concursos púbicos
relativos ao conteúdo de Atualidades.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
AULA 01
O Globo – 23/01/2014
O Brics — nomeação que abrange Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países que
marcaram o sucesso do mundo emergente — perdeu o brilho no Fórum Econômico Mundial de
Davos. Por causa da desaceleração destes países, alguns empresários já duvidam do futuro de
seus integrantes. É o fim do Brics? Economistas e um ministro ouvidos pelo GLOBO relativizaram
as críticas e avaliaram que cada nação terá de lidar com os próprios desafios. Jeffrey Sachs, da
Universidade de Columbia, em Nova York, reagiu assim: — Com certeza não são mais o que
eram, e o entusiasmo é menor. Mas tudo é exagerado aqui. Falam neste ano que o Brics acabou.
Mas é claro que não! — afirma, classificando a ideia como “visão de curto prazo” e apostando
que Brasil e os parceiros de Brics terão uma década de crescimento acelerado.
Ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), o americano John Lipsky diz
que o declínio do Brics e a retração dos investidores são fatos consumados. Se estes países se
levantam ou não no longo prazo, afirma, dependerá das políticas que adotarem:
— Os mercados do Brics já tiveram declínio. Mas, no longo prazo, a questão será o desempenho
destes países, que enfrentam desafios diferentes — diz. — Ninguém chegou a uma conclusão
sobre todos os países emergentes.
Para ele, os investidores deixaram de ver o Brics como um bloco de oportunidades e estão
diferenciando os países.
— Isso não está acontecendo somente com o Brics, mas também com outros grandes mercados
emergentes.
Por sua vez, P. Chidambaram, ministro das Finanças da Índia — que teve o menor crescimento
em uma década (5%) e enfrenta problemas nas finanças públicas —, reagiu lembrando o avanço
das iniciativas capitaneadas pelo bloco.
— Por que isso tem que levar à conclusão de que países do Brics atingiram o seu limite?
Estamos avançando no trabalho para um criação de um banco do bloco. Acho que há bastante
compromisso no Brics (para avançar).
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— O Brasil tem uma economia diversificada e cada vez mais sofisticada, que exporta aviões.
Tem alta tecnologia, pessoas inteligentes e é uma economia muito grande com produtividade
alimentar e recursos naturais — lembrou. — Mas crescimento de 2% é, sim, baixo. As pessoas
estão insatisfeitas com a governança no Brasil. Foram às ruas (protestar), e o colapso de Eike
Batista foi uma grande coisa. Houve muito entusiasmo em relação à economia brasileira, que
não está se materializando.
Chocado com os escândalos de corrupção, ele afirmou esperar ouvir da presidente Dilma
Rousseff, que neste ano irá ao Fórum de Davos pela primeira vez, “a mensagem de que o Brasil
vai ser governado de forma correta e que em dez anos não haverá tantos ministros renunciando
por conta de corrupção”.
Lipsky também destacou o potencial do país e os desafios que tem de enfrentar.
— O crescimento é uma questão nos anos que virão. Depende também da economia global
— ponderou, frisando que o Brasil precisa elevar a qualidade da educação para melhorar a
produtividade.
O mundo aclama, com razão, os frutos da sua revolução. Mas há quem tente esconder que
ela não foi feita só com flores
Publicado em Carta Capital de 02/01/2014 - Antônio Luiz M. C. Costa
Rolihlahla mandela nasceu em plena Primeira Guerra Mundial, recebeu o apelido inglês de
Nelson de sua primeira professora primária segundo o costume do tempo, mas ficou mais
conhecido de seus companheiros de luta como Madiba (nome de seu clã da etnia Xhosa) e do
povo sul-africano como Tata, “pai”. Pensou como marxista, combateu como revolucionário e
governou como reformista. Pode ser reivindicado como exemplo tanto pela esquerda radical
quanto pela pragmática, embora a lição a ser aprendida seja, mais razoavelmente, que qualquer
grau de sucesso depende da disposição de adaptar os meios e fins imediatos ao momento
histórico sem abandonar os princípios e os fins últimos.
Inaceitável é tentar expurgar da sua história os confrontos com a brutalidade do apartheid que
a marcaram, como se ele tivesse caído do céu em 1990 para trazer a paz e a fraternidade e
desde então seu país tivesse vivido feliz para sempre. Falsificações como a da revista Veja, uma
editora com 30% de capital do grupo sul-africano Naspers, que defendeu o apartheid até o
último suspiro, chamá-lo de “Guerreiro da Paz” na capa, enquanto seus blogueiros insistiam em
classificá-lo de terrorista, são parte da tentativa de cooptar uma vida revolucionária para fins
conservadores. Que atingiu o cúmulo do ridículo com argumentos em blogs, jornais ou na tevê
que Mandela seria contra as cotas raciais “petistas”: “Aos negros seria conveniente mirar-se
nos exemplos de igualdade e jamais lutar por cotas”, atreveu-se a escrever um néscio no Diário
da Manhã, de Goiânia, num artigo de opinião intitulado “O Legado de Mandela”.
Nem só colunistas obscuros de gazetas provincianas demonstraram ignorância abissal. Mais
impressionante, por partir de um jornal de grande circulação, foi o editorial do El País de 11 de
novembro, que criticou a presença no funeral de Raúl Castro e Robert Mugabe, “ditadores com
nada que ver com Mandela” (sic). Nada a ver teve Bush, que manteve Madiba e seu partido
na lista de terroristas obrigados a obter uma autorização especial para entrar nos EUA até julho
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
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julgado por seu envolvimento com o MK e seu “discurso do julgamento de Rivonia”, proferido
às vésperas de ser condenado à prisão perpétua pelo Supremo Tribunal sul-africano, inspiraria
a luta contra o apartheid por décadas, foi em parte inspirado no igualmente histórico discurso
de Fidel Castro ao ser condenado pelo fracassado ataque ao quartel Moncada, “A História me
Absolverá”. Ao lado de frases como “sentimos que o país estava à deriva em direção a uma
guerra civil entre negros e brancos e vimos a situação com alarme” e “lutei contra a dominação
branca e a dominação negra”, há também “a falta de dignidade humana vivida pelos africanos
é o resultado direto da política de supremacia branca” e “sentimos que, sem violência, não
haveria caminho aberto para o povo africano ter sucesso em sua luta contra a supremacia
branca”.
Na prisão de Robben Island, mantido em condições terríveis que lhe causaram danos
permanentes à visão e uma tuberculose cujas sequelas o debilitaram e acabaram por causar sua
morte, Mandela liderou as reivindicações de seus companheiros e forjou laços com prisioneiros
de outras organizações, entre eles o Movimento de Consciência Negra, responsável pelo
levante de Soweto de 1976, que deixou cerca de 700 mortos. Seu líder, Steve Biko (criador do
slogan “black is beautiful”), foi capturado e morreu por tortura em 1977.
Embora menos violento e menos focado na “identidade negra”, o CNA tampouco abandonou
a luta, inclusive armada. O MK continuou com seus ataques armados ao regime e se aliou
formalmente à guerrilha marxista pró-soviética de Zimbábue (então Rodésia) liderada por
Joshua Nkomo, depois unida à organização rival, maoísta, do “nada que ver” Robert Mugabe.
De 1976 a 1986, seus ataques causaram cerca de 130 mortes.
A partir dos anos 1970, as condições da prisão melhoraram e Mandela pôde se corresponder
com líderes negros moderados, como Mangosuthu Buthelezi (líder do partido Inkatha, aceito
pelos brancos como líder do bantustão zulu) e o bispo anglicano Desmond Tutu. O movimento
internacional de boicote ao apartheid, proposto em 1959, começava a engatinhar, com a
exclusão do país de competições olímpicas e eventos acadêmicos. Do ponto de vista econômico,
mal arranhava, porém, os interesses da minoria branca.
Mandela era celebrado como líder pelos movimentos negros da África do Sul, pelas novas
nações africanas e pelos países socialistas, mas para Ronald Reagan e Margaret Thatcher ele e
sua organização eram meros terroristas comunistas e o apartheid era uma realidade irreversível.
Israel colaborou com o regime racista nos campos comercial e militar e lhe forneceu tecnologia
nuclear. Há indícios de que, em 1979, os dois países testaram conjuntamente uma bomba
atômica na sul-africana ilha Prince Edward.
Quando estudantes britânicos de esquerda começaram a participar, em 1980, da campanha por
sua libertação, colegas conservadores replicaram com uma campanha por seu enforcamento.
Mas em 1985, ante a ameaça das ex-colônias africanas e asiáticas de abandonar a Comunidade
Britânica, a própria Thatcher foi forçada a aderir ao boicote ao apartheid. No ano seguinte,
o Congresso dos EUA, pressionado pelos eleitores negros, aprovou a lei de embargo que
tramitava desde 1972 e derrubou o veto de Reagan. A perda de mercados e de acesso ao
crédito internacional e o encorajamento da resistência negra pelo apoio internacional tornaram
o país ingovernável, forçaram a elite branca a negociar e Mandela, o “terrorista”, era o único
interlocutor suficientemente respeitado pela maioria das facções do movimento negro para
negociar uma transição pacífica em seu nome.
Um dos seus primeiros atos ao sair da prisão foi ir a Cuba agradecer o apoio do “nada que ver”
Fidel Castro: “Quem treinou o nosso povo, quem nos forneceu recursos, que ajudaram tanto
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
nossos soldados, nossos doutores?” Palavras que reiterou em sua cerimônia de posse em 1994,
ao receber Castro: “O que Fidel tem feito por nós é difícil descrever com palavras. Primeiro,
na luta contra o apartheid, ele não hesitou em nos dar todo tipo de ajuda. E agora que somos
livres, temos muitos médicos cubanos trabalhando aqui”.
Mandela esteve à altura da oportunidade histórica. Desmantelou o apartheid e o arsenal
atômico legado pelos israelenses, criou uma Comissão da Verdade que serviu de modelo a
outras nações, inclusive o Brasil, evitou o revanchismo e consolidou a África do Sul como um
país democrático e multirracial, o que dez anos antes parecia impossível. A extrema-esquerda o
considerou um traidor por não derrubar o capitalismo ou promover uma reforma agrária radical
(80% das terras continuam nas mãos de 50 mil fazendeiros brancos) e os resultados da ação
afirmativa iniciada em seu governo são ambíguos. De um lado, integrou uma substancial classe
média não branca em todos os níveis do Estado e da empresa privada. Por outro, não pôde tirar
da pobreza a grande maioria dos negros, a renda continua muito concentrada e os brancos se
queixam de seus jovens serem forçados a emigrar por falta de empregos “adequados”. Como
nas ocasiões em que se decidiu pela resistência passiva, pela luta armada, ou pela articulação
política a partir da prisão, Mandela optou pelo que era factível naquele momento – o auge
da ideologia neoliberal em todo o mundo – para caminhar rumo a seu ideal igualitário e
multirracial.
É cômodo perorar de fora que “os fins não justificam os meios”, mas não se pode aprovar o
resultado e apagar a história que o tornou possível, com todos os seus atos de violência e
alianças desagradáveis aos bem-pensantes. Sem isso, ainda se viveria a violência maior do
apartheid. Não é razoável negar que a África do Sul de hoje é mais digna e justa que aquela
dos anos anteriores à transição e que as homenagens prestadas pelo povo sul-africano e pelos
líderes mundiais em 2013 foram muito merecidas. Barack Obama, é preciso reconhecer, fez
um discurso inspirado (“Não poderia imaginar a minha vida sem o exemplo de Mandela... ele
libertou prisioneiros e carcereiros”) em comparação com as falas mornas e burocráticas da
brasileira Dilma Rousseff, do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e mesmo do cubano Raúl
Castro, para não falar do vice chinês e dos presidentes da Namíbia e Índia.
Mas não escapou da hipocrisia: “Há muitos líderes que se apegam à solidariedade da luta de
Madiba pela liberdade, mas não toleram a dissidência”, advertiu o responsável pela espionagem
da NSA, pela perseguição a Edward Snowden e pela execução arbitrária de acusados de
terrorismo. E o episódio do selfie (autorretrato) com David Cameron e a primeira-ministra
dinamarquesa, Helle Thorning-Schmidt, embora não tenha o significado que a imaginação
popular lhe atribuiu, não deixou de ser desrespeitoso. Não pela descontração – nesse
momento, os próprios sul-africanos homenageavam Madiba com cantos e danças alegres –,
mas pela obsessão egoísta dos líderes ocidentais com a própria imagem na ocasião em que se
homenageava um homem muito maior que todos eles juntos.
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Na Argentina, 75% consideram situação econômica preocupante
O Globo – 20/01/2014
Os argentinos estão vivendo um mês de janeiro atípico. Longe da relativa tranquilidade dos
últimos verões, este ano o país está em estado de alerta por sinais cada vez mais preocupantes
de sua economia. Na semana passada, o dólar paralelo, que o governo Cristina Kirchner insiste
em ignorar, subiu 1,15 peso e fechou em 11,95, a cotação mais alta desde 1991. A nova equipe
econômica, chefiada pelo jovem ministro Axel Kicillof minimiza um problema que economistas
locais consideram grave e diretamente relacionado ao principal drama que assola o país: uma
inflação que no ano passado, de acordo com as principais empresas de consultoria privadas,
alcançou 28,3% e este ano poderia chegar a 40%. Pelo índice oficial, a alta foi de meros 10,9%.
Sem saber como conter a demanda de dólares, o Banco Central da República Argentina (BCRA)
continua perdendo reservas - na sexta-feira passada, o montante caiu para US$ 29,7 bilhões, o
mais baixo desde 2006 -, e o clima de intranquilidade é cada vez maior. De acordo com pesquisa
divulgada neste domingo pelo jornal “Clarín”, 75% dos argentinos acreditam que a economia
vai mal.
- É preciso mudança. Este modelo não está funcionando e está empobrecendo a Argentina -
disse o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna, que comandou a pasta nos primeiros anos
de gestão de Nestor Kirchner (2003-2007) e hoje é um importante membro do peronismo
dissidente.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
O Globo – 10/01/2014
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da situação mundial na primeira década deste século. Um novo grupo de países, entre os quais
Brasil, China e Índia, emergia a passava a ter um papel decisivo, não apenas na economia
mundial, como na própria configuração global.
Os Estados Unidos são os segundos principais compradores de produtos brasileiros. Em 2013,
compraram US$ 24,9 bilhões do Brasil. A China ficou em primeiro lugar como país de destino de
nossas exportações, com US$ 46 bilhões no ano passado.
O Globo – 06/01/2014
Ativistas sírios afirmaram nesta segunda-feira que os combates internos entre rebeldes e
milícias ligadas à al-Qaeda se espalharam para uma cidade no Leste do país, após varrer áreas
controladas pela oposição no Norte. Ambos os grupos lutam contra o regime do ditador Bashar
al-Assad.
De acordo com informações do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, os rebeldes
entraram em confronto nesta segunda-feira contra milicianos do Estado Islâmico no Iraque e do
Levante (Isis, na sigla em inglês), ligado à al-Qaeda, no município de Raqqa, um dos redutos do
grupo terrorista.
A luta interna começou nas províncias do Norte de Aleppo e Idlib na sexta-feira e vem se
espalhando desde então. O impulso para o Leste sugere que os rebeldes estão se preparando
para invadir todas as áreas controladas pelo Isis.
Para conter o avanço do grupo extremista, rebeldes opositores a Assad formaram uma aliança,
chamada Exército dos Combatentes para a Jihad.
Nas mais recentes demonstrações de expansão do extremismo islâmico liderado pela al-Qaeda,
o Estado Islâmico do Iraque e do Levante assumiu o controle da cidade de Falluja, no Iraque,
e cometeu um atentado que matou cinco pessoas - entre elas uma brasileira - em Beirute, no
Líbano, na semana passada.
A Ucrânia vive uma grave crise social e política desde novembro de 2013, quando o governo
do então presidente Viktor Yanukovich desistiu de assinar, um acordo de livre-comércio e
associação política com a União Europeia (UE), alegando que decidiu buscar relações comerciais
mais próximas com a Rússia, seu principal aliado.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
A oposição e parte da população não aceitaram a decisão, e foram às ruas, realizando protestos
violentos que deixaram mortos e culminaram, em 22 de fevereiro de 2014, na destituição do
contestado presidente pelo Parlamento e no agendamento de eleições antecipadas para 25 de
maio.
Houve a criação de um novo governo pró-União Europeia e anti-Rússia, que acirrou as tensões
separatistas na península da Crimeia, de maioria russa, levando a uma escalada militar com
ação de Moscou na região. A Crimeia realizou um referendo que aprovou sua adesão à Rússia,
e o governo de Vladmir Putin procedeu com a incorporação do território, mesmo com a
reprovação do Ocidente.
Após a adesão da Crimeia ao governo de Moscou, outras regiões do leste da Ucrânia, de maioria
russa, também começaram a sofrer com tensões separatistas. Militantes pró-Rússia tomaram
prédios públicos na cidade de Donetsk e a proclamaram como “república soberana”, marcando
um referendo sobre a soberania nacional para 11 de maio. A medida não foi reconhecida por
Kiev nem pelo Ocidente. Outras cidades também tiveram atuação de milícias russas, como
Lugansk e Kharkiv.
O conflito reflete uma divisão interna do país, que se tornou independente de Moscou com
o colapso da União Soviética, em 1991. No leste e no sul do país, o russo ainda é o idioma
mais usado diariamente, e também há maior dependência econômica da Rússia. No norte e no
oeste, o idioma mais falado é o ucraniano, e essas regiões servem como base para a oposição –
e é onde se concentraram os principais protestos, incluisive na capital, Kiev.
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Queda do governo
No dia seguinte à assinatura do acordo, o presidente deixou Kiev e foi para paradeiro
desconhecido. Com sua ausência da capital, sua casa, escritório e outros prédios do governo
foram tomados pela oposição.
De seu paradeiro desconhecido, Yanukovich disse ter sido vítima de um “golpe de Estado”.
Após a mudança na câmara, os deputados votaram pela destituição de Yanukovich por
abandono de seu cargo e marcaram eleições antecipadas para 25 de maio. O presidente recém-
eleito do Parlamento, o opositor Oleksander Turchynov, assumiu o governo temporariamente,
afirmando que o país estava pronto para conversar com a liderança da Rússia para melhorar as
relações bilaterais, mas que a integração europeia era prioridade.
Yanukovich teve sua prisão decretada pela morte de civis. Após dias desaparecido, ele apareceu
na Rússia, acusou os mediadores ocidentais de traição, disse não reconhecer a legitimidade do
novo governo interino e prometeu continuar lutando pelo país.
As autoridades ucranianas pediram sua extradição. Ao mesmo tempo, a União Europeia
congelou seus ativos e de outros 17 aliados por desvio de fundos públicos.
Alguns dias depois, a imprensa local informou que ele foi internado em estado grave,
possivelmente por um infarto. Em 11 de março, entretanto, ele apareceu publicamente,
reafirmou que ainda é o presidente legítimo e líder oficial do país, e afirmou ter certeza que as
Forças Armadas locais irão se recusar a obedecer “ordens criminosas”.
Em 27 de fevereiro, o Parlamento aprovou um governo de coalizão que vai governar até as
eleições de maio, com o pró-europeu Arseny Yatseniuk como premiê interino.
Líderes da oposição
Um dos principais nomes da oposição é Vitali Klitschko, campeão de boxe que se transformou no
líder de um movimento chamado Udar (soco). Ele planeja concorrer à presidência da Ucrânia,
com o lema “um país moderno com padrões europeus”. Após a deposição de Yanukovich,
Klitschko assumiu sua candidatura para as eleições de maio de 2014.
Arseniy Yatsenyuk, líder do segundo maior partido ucraniano, chamado Batkivshchyna (Pátria),
apontado premiê interino, também é um grande opositor. Ele é aliado de Yulia Tymoshenko,
ex-primeira-ministra-presa acusada de abuso de poder e principal rival política do presidente
Yanukovich.
Tymoshenko estava presa desde 2011, e acabou solta no mesmo dia da deposição do
presidente. Em discurso aos manifestantes, ela pediu que os protestos continuassem e disse
que será candidata nas eleições de 25 de maio.
A libertação de Tymoshenko era pré-condição para a assinatura do acordo da União Europeia
com a Ucrânia. Principal adversária do atual presidente na eleição de 2010, foi presa em 2011,
condenada a sete anos por abuso de poder em um acordo sobre gás com a Rússia, em 2009.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
Interesse russo
Para analistas, a decisão do governo de suspender as negociações pela entrada na UE se deve
diretamente à forte pressão da Rússia. A Rússia adotou medidas como inspeções demoradas
nas fronteiras e o banimento de doces ucranianos, além de ter ameaçado com várias outras
medidas de impacto econômico.
A Ucrânia está em uma longa disputa com Moscou sobre o custo do gás russo. Em meio à crise,
a companhia russa Gazprom decidiu acabar a partir de abril com a redução do preço do gás
vendido à Ucrânia, o que prejudicará a economia do país. A empresa também ameaçou cortar
o fornecimento de gás.
Além disso, no leste do país – onde ainda se fala russo – muitas empresas dependem das
vendas para a Rússia. Yanukovich ainda tem uma grande base de apoio no leste da Ucrânia,
onde ocorreram manifestações promovidas por seus aliados.
Após a deposição do presidente, a Rússia disse ter “graves dúvidas” sobre a legitimidade do
novo governo na Ucrânia, e afirmou que o acordo de paz apoiado pelo Ocidente no país foi
usado como fachada para um golpe.
Crimeia
A destituição de Yanukovich aumentou a tensão na Crimeia, uma região autônoma, onde as
manifestações pró-Rússia se intensificaram, com a invasão de prédios do governo e dois
aeroportos.
Com o aumento das tensões separatistas, o Parlamento russo aprovou, a pedido do presidente
Vladimir Putin, o envio de tropas à Crimeia para “normalizar” a situação.
A região aprovou um referendo para debater sua autonomia e elegeu um premiê pró-Rússia,
Sergei Aksyonov, não reconhecido pelo governo central ucraniano.
Dois dias depois, em 6 de março, o Parlamento da Crimeia aprovou sua adesão à Rússia e
marcou um referendo para definir o status da região para 16 de março. Posteriormente, o
Parlamento se declarou independente da Ucrânia - sendo apoiado por russos e criticado por
ucranianos.
O referendo foi realizado em 16 de março, e aprovou a adesão à Rússia por imensa maioria. O
resultado não foi reconhecido pelo Ocidente.
Mesmo assim, Putin e o auto-proclamado governo da Crimeia assinaram um tratado de adesão,
e a incorporação foi ratificada. Em seguida, tropas que seriam russas passaram a cercar e invadir
postos militares na Ucrânia.
A Ucrânia convocou todas suas reservas militares para reagir a um possível ataque russo e
afirmou que se trata de uma “declaração de guerra”.
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Posição internacional
O movimento russo levou o presidente dos EUA, Barack Obama, a pedir a Putin o recuo das
tropas na Crimeia. Para Obama, Putin violou a lei internacional com sua intervenção.
Os EUA também anunciaram sanções contra indivíduos envolvidos no processo, e suspenderam
as transações comerciais com o país, além de um acordo de cooperação militar. A Rússia
respondeu afirmando que o estabelecimento de sanções também afetaria os EUA, e criou
impedimentos para cidadãos americanos.
A União Europeia também impôs sanções contra russos.
Em meio à crise, o Ocidente pressionou a Rússia por uma saída diplomática. A escalada de
tensão também levou a uma ruptura entre as grandes potências, com o G7 condenando a ação
e cancelando uma reunião com a Rússia.
Já a Otan advertiu a Rússia contra as “graves consequências” de uma intervenção na Ucrânia,
que seria, segundo ele, um grave “erro histórico”.
Leste da Ucrânia
Após a adesão da Crimeia ao governo de Moscou, outras regiões do leste da Ucrânia, de maioria
russa, também começaram a sofrer com tensões separatistas. Militantes pró-Rússia tomaram
prédios públicos na cidade de Donetsk e a proclamaram como “república soberana”, marcando
um referendo sobre a soberania nacional para 11 de maio.
A medida não foi reconhecida por Kiev nem pelo Ocidente - e o fato de Donetsk ser uma cidade,
e não uma região autônoma, deve enfraquecer a força para a realização de um referendo.
Outras cidades também tiveram atuação de milícias russas, como Lugansk e Kharkiv, onde
militantes invadiram prédios governamentais - no que Kiev afirma ser um plano liderado pela
Rússia para desmembrar o país.
Com a nova tensão na região, a Rússia pediu que a Ucrânia desistisse de todo tipo de
preparativos militares para deter os protestos pró-russos nas regiões do leste ucraniano, já que
os mesmos poderiam suscitar uma guerra civil.
A Organização das Nações Unidas (ONU) avisa que seu orçamento para garantir a proteção aos
direitos humanos está prestes a terminar. Até o fim de 2014 e para 2015, a entidade conta com
apenas US$ 87 milhões, equivalentes ao que se vende por dia em iPhones.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
Com um orçamento insuficiente, a ONU está sendo obrigada a viver de doações voluntárias de
governos para conseguir operar. Dados obtidos pelo Estado revelam que o governo brasileiro
não contribuiu nem em 2013 e nem este ano, diferentemente de países como México,
Argentina, Uruguai, Peru e até a Nicarágua.
“Estou chocado”, admitiu o comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra’ad al-Hussein,
que acaba de assumir o cargo e encontrou uma entidade falida. “Estou tendo de fazer cortes”,
contou, lembrando que a crise financeira ocorre justamente no momento que suas operações
estão “em seu limite”. Segundo ele, o dinheiro disponível é insuficiente. “Pedir que eu resolva
essas crises com o dinheiro que temos é pedir que eu use um barco e um balde para lidar com
uma inundação”, alertou.
A ONU fez questão de colocar em perspectiva o orçamento de que dispõe para lidar com
as violações de direitos humanos. “As pessoas que vivem na Suíça gastam dez vezes o meu
orçamento por ano em chocolate”, disse Hussein. Segundo ele, a construção de uma estrada
costuma estar orçada em três vezes o valor que a ONU tem para proteger os direitos humanos
no mundo por ano. “O que estamos pedindo é menos que os americanos devem gastar em
fantasias para seus animais de estimação no dia de Halloween”, alertou.
Nos últimos 12 meses, o que se gastou na compra de iPhones seria o suficiente para financiar o
escritório da ONU por 391 anos. “Nosso orçamento anual é o equivalente às vendas de um dia
de iPhone”, constatou o jordaniano.
Por mais que a ONU insista que coloca os direitos humanos como prioridade, o setor recebe
apenas 3% do orçamento global da entidade. Com a proliferação de crises, a realidade é que o
ano vai terminar ainda com um buraco de US$ 25 milhões. “Qualquer magnata mundial cobriria
esse buraco com um piscar de olhos”, disse.
O resultado é que funcionários estão sendo obrigados a lidar com sete ou oito países e não há
gente nem mesmo para dedicar um funcionário de forma exclusiva para lidar com os impactos
de meio ambiente. “Nossos serviços começam a sofrer”, declarou. Segundo o comissário, a
ONU está rejeitando planos para ajudar países, evitando abrir novos escritórios e nem mesmo
treinando policiais para que respeitem direitos humanos.
“Não estamos pedindo muito. Alguns governos - algumas das maiores economias do mundo, na
verdade - estão dando pouco ao sistema internacional de direitos humanos, apesar de falarem
com orgulho sobre os direitos humanos”, atacou.
“Os governos criaram o escritório de Direitos Humanos da ONU, eles criaram o sistema
internacional e precisam garantir que tenhamos os recursos necessários para fazê-lo funcionar”,
disse. Para o chefe de Direitos Humanos da organização, o custo dessa falência “pode ser muito
alto”.
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Conselho de Segurança da ONU reune 15 países – dos quais cinco são
membros permanentes e têm poder de veto e os outros dez são membros
temporários
Conselho de Segurança da ONU reune 15 países - dos quais cinco são membros permanentes e
têm poder de veto e os outros dez são membros temporários
A Arábia Saudita, o Chade e a Nigéria foram eleitos pela Assembleia Geral da ONU (Organização
das Nações Unidas) nesta quinta-feira para um mandato de dois anos no Conselho de Segurança
da entidade. Com isso, grupos de direitos humanos dos três países foram chamados para
aumentarem sua participação no órgão.
Chile e Lituânia também ganharam assentos no conselho, que tem 15 membros. Cinco desses
países são membros permanentes do Conselho de Segurança e têm poder de veto - Estados
Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China - e os outros dez são membros temporários, sem
poder de veto.
O grupo eleito nesta quinta-feira irá substituir o Azerbaijão, a Guatemala, o Paquistão, o
Marrocos e o Togo no Conselho de Segurança a partir do dia 1º de janeiro de 2014. Eles estavam
sem oposição, mas precisaram obter a aprovação de pelo menos dois terços dos 193 membros
da Assembleia Geral. Dos 191 votos dos membros da ONU, a Lituânia ganhou 187 votos, Chile e
Nigéria ficaram com 186 cada um, o Chade teve 184 votos e a Arábia Saudita recebeu 176.
- Os membros do Conselho de Segurança são rotineiramente chamados para abordar os direitos
humanos fundamentais e as questões humanitárias - disse Hillel Neuer, diretor-executivo da
UN Watch, escritório de advocacia sediado em Genebra que monitora as Nações Unidas. - A
Arábia Saudita e o Chade têm um histórico abismal sobre direitos humanos - completou.
Maduro fez pronunciamento televisionado sobre o resultado; Nações Unidas ainda pede que
líder da oposição seja libertado
O DIA
Venezuela – A Venezuela comemora nesta quinta-feira o assento que garantiu no órgão mais
poderoso das Nações Unidas como ratificação mundial da revolução socialista do país. Um
eufórico presidente Nicolás Maduro apareceu na televisão logo após a Assembléia Geral da
ONU aprovar o país em um dos cinco assentos temporários do Conselho de Segurança, o que
levou todo o seu gabinete a aplaudir o pronunciamento.
O falecido presidente venezuelano Hugo Chávez tentou obter uma das dez vagas não-
permanentes no Conselho em 2006, mas os EUA conseguiram derrubar sua campanha. Maduro
disse que a vitória desta quinta mostra que “todo mundo” apoia a visão de Chávez.
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A vitória foi obtida em meio a relatório de outro órgão da ONU condenar a Venezuela pela
repressão aos protestos de rua contra o governo, criticada amplamente por grupos de direitos
humanos.
O Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenções Arbitrárias pediu que o país libere imediatamente
o líder da oposição Leopoldo López, preso desde fevereiro por seu papel nas manifestações de
rua.
Na semana passada, o ministro das Relações Exteriores, Rafael Ramirez, rejeitou as medidas da
ONU, definindo-as como uma tentativa de interferir na soberania venezuelana.
A Venezuela integrará o grupo junto a Espanha, Malásia, Angola e Nova Zelândia. Os países
ocuparão as cadeiras pelos próximos dois anos a partir do dia 1º de janeiro de 2015.
Os 193 membros da Assembleia Geral da ONU escolheram a Venezuela com 181 votos a favor,
Malásia com 187, Angola com 190 e a Nova Zelândia com 145, enquanto a Espanha venceu a
Turquia numa votação de desempate.
Atualmente, o Conselho de Segurança tem cinco membros permanentes: Estados Unidos,
França, Grã-Bretanha, Rússia e China, uma composição que em grande parte reflete o equilíbrio
de poder global logo após a 2ª Guerra Mundial. O Brasil tem cobrado reiteradas vezes a
necessidade de reforma do órgão para incluir mais países.
16.10.2014
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numa perspectiva de estratégia nacional e corresponde aos interesse dos residentes das duas
Regiões”.
O deputado defendeu também que o movimento destapou as “divisões” na sociedade de Hong
Kong e que deve servir de alerta a Macau.
“Os jovens sentem-se inseguros em relação ao futuro, sobretudo face aos preços elevados dos
imóveis e à carestia de vida” pelo que o “Governo deve analisar, a fundo, as motivações por
detrás dos conflitos sociais, procurando atenuá-los” porque se isso não acontecer, Macau pode
experimentar movimentos idênticos.
A escalada de violência que começou em junho deste ano entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza
é o terceiro conflito do tipo desde que o grupo islâmico passou a controlar a região, em 2007.
Desta vez, foi o sequestro e assassinato de três adolescentes israelenses o estopim para os
novos confrontos. Eles desapareceram em 12 de junho, e seus corpos foram encontrados com
marcas de tiros no dia 30 do mesmo mês.
Israel afirma que o Hamas foi o responsável pelas mortes – e considera a organização islâmica
um grupo terrorista que não aceita se desarmar.
O grupo islâmico não confirmou nem negou envolvimento nas mortes. Durante as buscas pelos
adolescentes na Cisjordânia, as forças israelenses prenderam centenas de militantes do Hamas.
No dia seguinte à localização dos corpos dos jovens israelenses, um adolescente palestino foi
encontrado morto em Jerusalém Oriental – a autópsia indicou que ele havia sido queimado
vivo. Israel prendeu seis judeus extremistas, e três deles confessaram o crime – o que reforçou
a tese de crime com motivação política, gerando revolta e protestos em Gaza.
A essa altura, Israel já respondia aos foguetes disparados por ativistas palestinos da Faixa de
Gaza em direção ao país. Em 8 de julho, após intenso bombardeio contra o sul de Israel, o
Estado judeu passou para os ataques aéreos contra Gaza.
O Hamas respondeu com foguetes contra a capital Tel Aviv, e as forças israelenses decidiram
atacar também por terra.
Justificativas
Além das mortes dos adolescentes, Israel justifica seus ataques como respostas aos foguetes
disparados pelo Hamas em direção à Israel e uma forma defesa. O Estado israelense afirma
ainda que o grupo islâmico esconde militantes e armas em residências da Faixa de Gaza e,
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por isso, precisa bombardeá-las, mesmo que isso signifique a morte de civis. Essa atitude tem
refletivo de forma negativa na opinião pública interna e internacional.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse ainda que, com ou sem cessar-fogo na
região, seu Exército irá completar a “missão” de destruir os túneis que os militantes palestinos
contruíram sobre a fronteira com o Estado judeu.
Do lado palestino, somado à morte do adolescente e às prisões de integrantes do Hamas, está
a insatisfação da população de Gaza, que considera abusivo o controle de Israel na região.
Por causa dos bloqueios, os moradores dependem do Estado judeu para ter acesso a água,
eletricidade, meios de comunicação e dinheiro.
O governo egípcio apoiado pelo Exército renunciou nesta segunda-feira, abrindo caminho para
o general Abdel Fattah al-Sisi, que depôs o ex-presidente Mohamed Mursi, no ano passado.
Após uma reunião de 15 minutos com seu gabinete no início desta segunda-feira, o primeiro-
ministro Hazem El-Beblawi afirmou que “a reforma não pode ser feita apenas através do
governo”, acrescentando que todos os egípcios devem se esforçar para conseguir a mudança
a que aspiram. Sisi, que deve concorrer à Presidência, participou do encontro por ser o atual
ministro da Defesa.
“O governo fez todos os esforços para tirar o Egito deste túnel estreito em termos de segurança,
pressões econômicas e confusão política”, disse o premier em um curto discurso ao vivo. “É
hora de todos nós nos sacrificarmos para o bem do país. Em vez de perguntar o que o Egito nos
deu, devemos questionar o que temos feito para o Egito”.
O economista, que serviu como subsecretário-geral da ONU entre 1995 e 2000, foi nomeado
primeiro-ministro em julho do ano passado, depois que Mursi foi deposto em meio a protestos
em massa. Mas Beblawi foi amplamente criticado internamente por ter demorado demais para
declarar a Irmandade Muçulmana uma organização terrorista.
Sisi, aliado estratégico dos Estados Unidos, é o favorito para as eleições de abril. Mas ele precisa
renunciar ao seu cargo no ministério e no Exército antes de anunciar oficialmente a candidatura
à Presidência. Há dez dias, o general se encontrou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin,
para negociar um acordo de compra de armas russas.
A viagem para Moscou foi a primeira internacional do ministro da Defesa desde que ele depôs
Mursi, com amplo apoio popular. À época, os meios de comunicação estatais e privados
noticiaram amplamente o encontro, que serviu para demonstrar a Washington a força
do general em casa e no exterior além de mandar uma mensagem a Washington sobre a
independência do Egito.
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General Abdel Fatah al-Sisi toma posse no Egito
O ex-comandante do Exército e homem forte do Egito, marechal Abdel Fatah al-Sisi, tomou
posse neste domingo (8), em cerimônia realizada no Cairo. Ele governará o país por um período
de quatro anos.
“Juro por Deus guardar lealdade ao regime da república, respeitar a Constituição e a lei,
proteger os interesses do povo em sua totalidade e preservar a independência da pátria, sua
unidade e a integridade de seu território”, disse em sua proclamação al-Sisi.
Vestido com terno e gravata azul, Sisi jurou seu cargo perante os magistrados do Constitucional
e um grupo de convidados, entre os quais estavam os membros do atual governo - que
renunciará em bloco -, personalidades políticas e religiosas, e sua família.
A segurança no Cairo foi reforçada, com tanques, caminhões e homens armados posicionados
em locais estratégicos enquanto Sisi se dirigia aos dignatários estrangeiros depois de uma salva
de 21 tiros no principal palácio presidencial.
Ele exigiu muito trabalho e o desenvolvimento da liberdade “de forma responsável, sem caos”,
mas não falou em direitos humanos ou democracia.
“Chegou a hora de construir um futuro mais estável”, disse Sisi, o sexto líder egípcio com
passado militar. “Vamos trabalhar para estabelecer valores de justiça e paz.”
Sisi venceu a eleição presidencial com 96,91% dos votos, segundo dados oficiais da comissão
eleitoral egípcia. O país é dominado pelo Exército desde 1952.
De acordo com a comissão, cerca de 47% dos eleitores foram às urnas para a eleição, que
ocorreu entre 26 e 28 de maio.
Originalmente, o pleito seria realizado em apenas dois dias, mas foi prorrogado para que mais
pessoas participassem.
O único adversário de Sisi, o esquerdista Hamdeen Sabbahi, teve 3,09% dos votos.
A Irmandade Muçulmana e seus aliados islamitas, que veem Sisi como o responsável por
arquitetar o golpe que depôs o presidente Mohammed Morsi, boicotaram a eleição.
Embora Sisi desfrute de amplo apoio entre boa parte dos egípcios, que o veem como um
líder forte capaz de pôr fim a três anos de turbulência no país, alguns dizem não ter ido votar
porque nenhum dos dois candidatos preenchia as aspirações manifestadas durante a revolta da
Primavera Árabe, de 2011, contra décadas de autocracia.
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Os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) seguem avançando na Síria, sobretudo no norte
do país, apesar dos ataques aéreos da coalizão militar internacional, cujos comandantes se
reúnem nesta terça-feira (14) em Washington para discutir novas estratégias.
O EI já ocupa a metade de Kobane, a cidade curdo-síria na fronteira com a Turquia, palco há
dias de uma luta feroz entre jihadistas e combatentes curdos.
No Iraque, o grupo extremista sunita também ganha espaço no oeste do país, onde está
próximo de conquistar a província de Al-Anbar, após uma série de ofensivas que enfraqueceram
as posições do exército.
No aspecto humanitário, a ONU começou a reduzir em 40% sua ajuda alimentar para 4,2
milhões de pessoas na Síria por culpa de problemas orçamentários, indicou nesta segunda-feira
à AFP a diretora-adjunta do Programa Alimentar Mundial (PAM).
Metade de Kobane em mãos jihadistas
Os jihadistas se instalaram pela primeira vez no centro de Kobane desde o início de sua ofensiva
contra os combatentes curdos, que tentam resistir frente a tropas mais numerosas e mais bem
armadas, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
“Antes vinham do leste, avançavam e retrocediam, mas desta vez estão bem instalados (no
centro). Controlam a metade da localidade”, indicou Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
“O EI já cerca a cidade de três lados distintos”, afirmou à AFP Feyza Abdi, uma vereadora de
Kobane refugiada na Turquia.
Nesta terça-feira (14), os combates faziam estragos no norte da cidade, nos bairros que levam
ao posto fronteiriço turco de Mursitpinar. A coalizão realizou três ataques aéreos na zona,
segundo um jornalista da AFP situado no lado turco da fronteira.
No total, 5.400 sírios procedentes de Kobane cruzaram a fronteira do Iraque, “3.600 dos quais o
fizeram nas últimas 72 horas”, indicou nesta terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas
para os Refugiados (ACNUR).
São esperados entre 10 mil e 15 mil deslocados no Iraque nos próximos dias, segundo o ACNUR.
Na província de Deir Ezzor, no leste da Síria, pelo menos 10 soldados sírios e três civis, incluindo
uma criança, foram mortos nesta terça-feira em combates com o EI.
De acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), os combates aconteceram
em Hawijat Sakr, no Eufrates, perto do aeroporto de Deir Ezzor, um reduto do regime nesta
província rica em petróleo.
O EI controla a maior parte da província e parte da capital de mesmo nome, enquanto a outra
parte está nas mãos do governo, incluindo o aeroporto.
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Al-Anbar pode cair
Reunião da coalizão
Nesta terça, a situação será estudada em uma reunião militar da coalizão internacional contra o
EI em Washington, que contará com a presença do presidente americano Barack Obama.
Obama disse estar ansioso para debater medidas adicionais com o objetivo de ‘debilitar e
finalmente destruir o EI’.
Não quis, no entanto, evocar os pontos de divergência entre os membros da coalizão, como a
criação de uma zona desmilitarizada na fronteira entre Síria e Turquia, uma medida exigida pro
Ancara, que Paris apoia, mas que não está na ordem do dia para Washington.
O porta-voz do Estado-Maior do Exército francês, o coronel Gilles Jaron, disse que “Paris
buscava participar da elaboração de um plano de ação comum no âmbito regional” e “acordar
os grandes aspectos estratégicos” contra o EI.
O presidente francês, François Hollande, considerou nesta terça-feira que a Turquia deveria
abrir sem falta sua fronteira com a Síria para ajudar os curdos de Kobane.
Hollande também fez “um apelo para que, para além da coalizão, todos os países que estão
envolvidos possam oferecer um apoio aos que lutam contra os jihadistas”.
Presidente norte-americano disse que a Síria se tornou o “marco zero para jihadistas de todo o
mundo”.
28/09/2014
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
Grupo ganhou destaque no noticiário internacional após executar dois jornalistas americanos
04/09/2014
Os nomes Estado Islâmico (EI) e Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) começaram a
aparecer com frequência no noticiário em junho, após o grupo iniciar uma ofensiva no Iraque
e tomar cidades importantes do norte do país. Porém, o EI ganhou destaque e passou a ser
considerado uma das maiores ameaças da atualidade depois de divulgar dois vídeos com a
execução de jornalistas americanos. Entenda o que é este grupo e quais são os seus objetivos:
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O que é um Califado Islâmico?
O Califado é um modelo político criado no século 7, após a morte do profeta Maomé. Neste
modelo, o califa é o sucessor do profeta, o chefe da nação e tem o poder de aplicar a sharia (a
lei islâmica).
Como é financiado?
Ainda antes de se chamar Estado Islâmico do Iraque do Levante, o grupo recebeu apoio
financeiro para entrar na guerra civil síria contra Bashar Al-assad. Atualmente, o grupo controla
um grande território entre o Iraque e a Síria e se tornou autossuficiente.
As principais fontes dos recursos do EI são a cobrança de impostos nas áreas que domina, o
roubo de bancos quando toma uma cidade (o grupo roubou US$ 429 milhões do banco central
da cidade de Mossul), contrabando de petróleo e a cobrança de resgates por cidadãos de outros
países.
Atualmente, o grupo recebe pouco financiamento externo. Segundo Romain Caillet, especialista
em movimentos islâmicos, o financiamento externo, incluindo valores recebido de algumas
famílias do Golfo, representa apenas 5% dos seus recursos.
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Quase 70 mil curdos sírios fogem do Estado Islâmico para a Turquia em 24
horas
Os moradores da cidade de Ain al-Arab deixaram a região depois que ela foi cercada por
combatentes do EI.
21/09/2014
Dezenas de milhares de curdos atravessaram a fronteira da Síria com a Turquia carregando seus
pertences.
Quase 70 mil curdos da Síria buscaram refúgio na Turquia nas últimas 24 horas para fugir do
avanço do grupo Estado Islâmico (EI) no nordeste do país, anunciou o Alto Comissariado para
os Refugiados das Nações Unidas (Acnur).
– O Acnur reforça sua ação para ajudar o governo da Turquia a socorrer os 70.000 sírios que
fugiram para a Turquia nas últimas 24 horas. O governo turco e o Acnur se preparam para a
possível chegada de centenas de milhares de refugiados nos próximos dias – afirma um
comunicado do organismo da ONU divulgado em Genebra.
A Turquia abriu, na sexta-feira, a fronteira aos refugiados sírios que começaram a fugir, na
quinta-feira, da cidade e da região de Ain al-Arab (Koban em curdo), cercada pelos combatentes
do EI.
Ain al-Arab, terceira maior cidade curda da Síria, estava relativamente segura até o momento
e havia recebido 200.000 deslocados sírios. Porém, o avanço do EI na região obrigou muitos
habitantes, especialmente os curdos, a fugir do país.
– O fluxo em massa mostra a necessidade de mobilizar a ajuda internacional para apoiar os
países vizinhos da Síria – declarou o Alto Comissário para os Refugiados, Antonio Guterres.
O Acnur enviou 20.000 cobertores, 10.000 colchões entre outros materiais, à região.
AFP
Os aviões de combate dos Estados Unidos e dos aliados árabes bombardearam, pelo terceiro
dia consecutivo, as refinarias controladas pelo grupo Estado Islâmico (EI) na Síria. Ao mesmo
tempo, as aviações americana e francesa prosseguiram com a pressão no Iraque, com ataques
aéreos contra as posições do grupo extremista sunita na quinta-feira.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), Estados Unidos, Arábia Saudita e
Emirados Árabes Unidos (EUA) lançaram, na noite de quinta-feira e na manhã desta sexta-feira,
ataques contra as instalações petrolíferas controladas pelo EI na província de Deir Ezzor (leste),
perto da fronteira com o Iraque.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
O objetivo dos ataques contra as refinarias é cortar uma das principais fontes de renda dos
jihadistas que, segundo os especialistas, podem estar obtendo de 1 a 3 milhões de euros por
dia com a venda de petróleo contrabandeado a intermediários de países vizinhos. Os ataques
da coalizão na Síria mataram 141 jihadistas desde terça-feira , dos quais 129 estrangeiros,
segundo o OSDH.
Carrasco identificado
A polícia federal americana (FBI) anunciou ter identificado o terrorista de sotaque britânico que
aparece nos vídeos de execução de três ocidentais. Porém, o FBI não revelou sua identidade.
O grupo jihadista Jund al-Khilafa (Soldados do Califado), vinculado ao EI, divulgou na quarta-
feira um novo vídeo no qual também decapitava o refém francês Hervé Gourdel na Argélia, em
represália pelos bombardeios franceses no Iraque.
Vários países europeus anunciaram um maior envolvimento na ofensiva contra os jihadistas.
Holanda e Bélgica colocaram a disposição da coalizão aviões de combate F-16, enquanto
Austrália e Grécia anunciaram a entrega de material militar aos combatentes curdos no Iraque.
Segundo os serviços secretos americanos, mais de 15 mil combatentes de mais de 80 países
diferentes se uniram às fileiras dos grupos jihadistas no Iraque e na Síria.
AFP
Ucrânia alerta que está no limite de uma grande guerra com a Rússia
Ministro ucraniano disse que não se vê um confronto dessas proporções na Europa desde a
Segunda Guerra
01/09/2014
O ministro da Defesa ucraniano alertou, nesta segunda-feira, que seu país está no limite de
uma grande guerra com a Rússia, o que poderá causar milhares de vítimas.
– Desde a Segunda Guerra Mundial, não se viu na Europa uma grande guerra como a que está
batendo em nossa porta. Infelizmente, as perdas em uma guerra assim não serão medidas em
centenas, em sim em milhares e dezenas de milhares de pessoas – afirmou Valeriy Geletey.
Também nesta segunda-feira, o presidente alemão, Joachim Gauck, declarou que a Rússia
“terminou de fato com a sua parceria” com a Europa.
– Queremos uma parceria e boas relações com a nossa vizinhança no futuro, mas apenas se
Moscou mudar sua política e quando houver um retorno ao respeito aos direitos das pessoas
– disse Gauck em um discurso por ocasião do 75º aniversário do início da Segunda Guerra
Mundial.
AFP
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Kiev e separatistas assinam memorando de paz
Pressão internacional
Enquanto isso, a União Europeia e os Estados Unidos, que acusam a Rússia de atacar a soberania
da Ucrânia ao ajudar os rebeldes com armas e tropas, aplicaram novas sanções contra a
economia russa, à beira da recessão.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
O presidente Barack Obama foi enfático nesta condenação ao receber na quinta-feira o líder
ucraniano na Casa Branca.
Obama felicitou Poroshenko por sua difícil decisão de conceder mais autonomia à região
separatista do país como parte do plano de paz estabelecido com a Rússia e destacou o papel
de liderança desempenhado pelo líder ucraniano. Segundo o presidente, — é fundamental em
um momento muito importante para a história da Ucrânia—.
A Otan afirma que cerca de 1.000 soldados russos permanecem no território ucraniano, e Kiev
acusa Moscou de concentrar 4.000 militares, com equipamentos e munições, na fronteira
administrativa com a Crimeia, a península ucraniana que a Rússia anexou em março passado.
O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, anunciou, nesta quinta-feira, que o país irá pedir
oficialmente adesão à União Europeia (UE) em 2020.
– Vou apresentar um programa de reformas, cuja aplicação permitirá à Ucrânia fazer, em
seis anos, um pedido de adesão à União Europeia – disse Poroshenko, ao discursar em um
congresso de magistrados, segundo sua assessoria de imprensa.
O presidente ucraniano informou que o plano prevê cerca de 60 reformas, além de programas
especiais, e destacou a reforma do sistema judicial, destinada a restabelecer a confiança da
sociedade na Justiça.
Poroshenko anunciou também que determinou ao governo renunciar oficialmente ao estatuto
de não alinhado, uma medida que abre caminho à entrada da Ucrânia na Organização do
Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Em junho, a Ucrânia assinou um acordo de associação com a UE, que foi ratificado em 17 de
setembro pela Rada Suprema (Parlamento ucraniano) e pelo Parlamento europeu.
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A crise na Ucrânia obrigou mais de 500 mil pessoas a abandonarem as casas, informou, no dia 2
de setembro, a agência da Organização das Nações Unidas para os refugiados, advertindo que
uma escalada da crise poderia “desestabilizar toda a região”. Pelo menos 260 mil pessoas estão
deslocadas na Ucrânia e, segundo Moscou, mais 260 mil procuraram asilo na Rússia.
AFP
A Rússia anunciou nesta segunda-feira a abertura de uma investigação criminal por genocídio
das populações de língua russa no leste da Ucrânia, onde o uso de armas pesadas causou, de
acordo com a Comissão de Investigação russa, a morte de pelo menos 2,5 mil pessoas.
“O processo é referente às populações das repúblicas autoproclamadas de Lugansk e Donetsk,
os dois principais redutos separatistas no leste da Ucrânia”, indicou, em um comunicado, o
porta-voz da instituição, Vladimir Markin.
“Indivíduos não identificados, a mando político e militar da Ucrânia, das Forças Armadas
da Ucrânia, da Guarda Nacional e do Pravy Sektor (formação paramilitar ultranacionalista
ucraniana) ordenaram a aniquilação dos cidadãos de língua russa”, acrescentou.
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Milhares de chineses saíram mais uma vez às ruas nesta terça-feira em várias cidades do
país para exigir que o Japão devolva a China as ilhas Diaoyu/Senkaku. A data da nova onda
de manifestações, autorizada pelo governo comunista, foi escolhida para marcar o aniversário
do “incidente de Mukden” que, em 18 de setembro de 1931, serviu de pretexto para o Japão
invadir a Manchúria, um dos prelúdios da Segunda Guerra Mundial.
Centenas de empresas e restaurantes japoneses deram folga aos funcionários como medida de
precaução.
O governo da China afirmou que se o direito de adotar “novas medidas” de acordo com o
desenvolvimento da situação no Mar da China Oriental, afirmou o ministro da Defesa, o general
Liang Guanglie, em uma entrevista coletiva após uma reunião com o colega americano, Leon
Panetta.
— Com certeza, continuamos esperando uma solução pacífica e negociada para o tema — disse
Liang.
O ministro atribuiu ao Japão a responsabilidade pelo aumento da tensão, ao afirmar que o
arquipélago em disputa pertenceu a China durante séculos. Onze navios chineses — 10 de
vigilância e um de controle da pesca — chegaram nesta terça-feira às imediações de Diaoyu/
Senkaku.
Durante a manhã, mais de mil manifestantes se aproximaram da embaixada do Japão, protegida
por policiais e barreira metálicas de dois metros de altura. Os manifestantes atiraram garrafas
de plástico e ovos contra a missão diplomática. Pequenos distúrbios foram registrados.
“Japoneses fora das Diaoyu!”, “Boicote os produtos japoneses!”, afirmavam os cartazes dos
manifestantes, que também exibiam fotos de Mao Tse-tung, fundador da República Popular da
China, que morreu em 1976.
Também aconteceram protestos em Xangai e Shenzhen (sul).
O conflito sobre a soberania das ilhas Diaoyu/Senkaku provoca na China explosões recorrentes
de nacionalismo.
Um porta-voz do governo japonês afirmou que foi enviado um protesto oficial à China por
este incidente
13/12/2012
O voo de um avião chinês sobre um grupo de ilhas em disputa entre Pequim e Tóquio constituiu
a primeira invasão do espaço aéreo japonês por parte da China, denunciou nesta quinta-feira o
ministério da Defesa do Japão.
Um porta-voz do ministério confirmou informações de que o voo de uma aeronave da Vigilância
Marítima da China foi o primeiro que as autoridades militares japoneses registraram como uma
invasão em seu espaço aéreo.
O porta-voz do governo japonês, Osamu Fujimura, afirmou à imprensa que o avião chinês
entrou pouco depois das 11H00 (0H00 de Brasília) no espaço aéreo das ilhas, situadas no mar
da China Oriental e que são reivindicadas por Pequim.
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A Força Aérea de Autodefesa (a aviação militar nipônica) enviou imediatamente caças F-15 à
região, segundo Fujimura.
Ilhas Senkaku, para os japoneses, e Diaoyu, para os chineses, geram tensão crescente entre os
dois países
O governo japonês decidiu comprar as ilhas Senkaku, um arquipélago no Mar da China
reivindicado por Pequim, anunciou o porta-voz de Tóquio, o que provocou uma resposta de
Pequim de que não cederá na questão.
— Durante uma reunião ministerial, decidimos virar proprietários das três ilhas Senkaku o
mais rápido possível — declarou o porta-voz Osamu Fujimura, usando o nome japonês deste
pequeno arquipélago que Pequim chama de Diaoyu.
Fujimura informou que o governo fechou na sexta-feira um acordo com os proprietários, uma
família privada japonesa, mas não quis revelar o preço da aquisição.
Segundo a imprensa, o valor da transação seria de 2,05 bilhões de ienes (US$ 26,1 milhões).
A decisão de comprar as ilhas, que formalmente pertencem a integrantes da guarda costeira
japonesa, pretende garantir “a preservação da tranquilidade e estabilidade”, afirmou o porta-
voz.
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Este grupo de ilhas sem habitantes, 2 mil km ao sudoeste de Tóquio e 200 km ao nordeste das
costas de Taiwan, que também reivindica o arquipélago, é um dos principais fatores da tensão
entre Japão e China.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, afirmou que o país jamais cederá uma polegada na
disputa territorial com o Japão.
— As ilhas Diaoyu são parte inerente do território da China. Em termos de soberania e território,
o governo e o povo chineses não cederão nenhuma polegada — afirmou, de acordo com a
agência oficial Xinhua.
No sábado, Pequim advertiu mais uma vez, formalmente, a Tóquio que não desistirá da
reivindicação.
Em agosto, ativistas chineses desembarcaram em uma das ilhas e foram rapidamente detidos.
Em seguida foram expulsos.
Poucos dias depois, nacionalistas japoneses chegaram ao mesmo local com uma bandeira do
país.
A ação provocou manifestações antijaponesas em mais de 20 cidades da China.
Tóquio também tem um conflito territorial a respeito de outras ilhas com a Coreia do Sul. As
relações passam por um momento de tensão entre os dois importantes aliados dos Estados
Unidos na região desde uma visita em agosto do presidente sul-coreano, Lee Myung-Bak, às
ilhas Doko, reivindicadas pelo Japão com o nome de Takeshima.
Pelos conflitos, o primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, não celebrou nenhum encontro
formal com os representantes chineses e sul-coreanos durante a reunião de cúpula Ásia-
Pacífico (Apec) do fim de semana passado em Vladivostok.
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Os defensores dos direitos humanos e os governos ocidentais, em especial os Estados Unidos,
criticaram duramente a lei, apesar de os trechos mais polêmicos da lei, que previam a pena de
morte em caso de reincidência, relações com menores ou para as pessoas com Aids, finalmente
serem abandonados.
O presidente americano Barack Obama chamou de “passo atrás” a lei, cuja aprovação
“complicaria” a relação entre Uganda e Washington.
Apesar das advertências, o presidente ugandês assegurou que não se deixará impressionar:
– Os estrangeiros não podem nos dar ordens. É o nosso país (...) Eles devem nos apoiar, ou
senão guardar sua ajuda”, declarou, acrescentando que “eu aconselho aos amigos ocidentais
que não façam deste assunto um problema, porque eles têm muito a perder.
– Impor valores sociais de um grupo a nossa sociedade é um imperialismo social – insistiu
Museveni, cujo governo já vem sofrendo críticas por sua corrupção endêmica.
Ele acusou uma parte dos homossexuais de ter feito essa opção sexual “por razões mercenárias”,
enquanto os outros se tornaram assim por uma “mistura inata – de elementos genéticos – e
adquiridos”.
O presidente de Uganda, no poder desde 1986, indicou em um primeiro momento que não
promulgaria a lei, mas finalmente mudou de opinião depois de consultar um grupo de cientistas
que, segundo ele, explicaram que a homossexualidade “não era uma conduta genética”.
Nesta segunda-feira ele também rejeitou o sexo oral, prática que segundo ele é encorajada
pelo mundo ocidental.
– A boca serve para comer, ela não é feita para o sexo. Quero proteger nossos filhos – disse.
Os homossexuais são alvos frequentes de perseguições e agressões, e mesmo assassinato em
Uganda, país homofóbico e amplamente influenciado pela Igrejas evangélicas.
Museveni já havia aprovado no início do mês uma lei antipornografia, proibindo as pessoas de
se vestirem de maneira “provocadora”, os artistas de aparecerem com pouca roupa na televisão
e vigiando a internet.
O Prêmio Nobel da Paz sul-africano Desmond Tutu pediu no domingo a Museveni que não
promulgasse a lei, por considerar que legislar contra o amor entre adultos recorda o nazismo
e o apartheid, e a Anistia Internacional chamou de “uma horrível extensão da homofobia de
Estado” em Uganda.
A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, declarou temer que esta lei “conduza
Uganda ao passado”.
Em 2011, David Kato, símbolo da luta pelos direitos dos homossexuais em Uganda, foi morto
em sua casa, três meses após seu nome ser divulgado em uma revista junto a outros sob o
título “Prendam-nos”.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
Existem somente quatro balas no rifle que Liep Wiyual pretende usar contra as tropas do
governo nas linhas de frente no Sudão do Sul.
— Quando for lutar, receberei mais balas, ele disse. Para rebeldes como Wiyual, correr nos
campos de batalha para tomar armas e munição do inimigo é uma prática comum.
Wiyual, 22 anos, é ex-recepcionista de hotel de Malakal, Estado do Alto Nilo. Dois de seus
irmãos foram mortos depois que os conflitos irromperam em meados de janeiro. Ao seu redor,
militantes civis da força rebelde conhecida como Exército Branco se preparam para uma nova
ofensiva para conquistar os campos petrolíferos de Paloch, no Alto Nilo, estado ao norte.
Porém, os motivos para Wiyual se juntar à batalha têm pouco a ver com o petróleo ou com a
disputa política entre o ex-vice-presidente Riek Machar e o presidente, Salva Kiir, que explodiu
em violência em 15 de dezembro e rapidamente mergulhou o jovem país numa guerra civil.
— Estamos combatendo o governo que mata pessoas. Não estamos lutando pelo Dr. Riek, disse
Wiyual.
Machar planeja o ataque aos campos petrolíferos em seu esconderijo no Alto Nilo. É um posto
avançado tranquilo, à exceção do gorjeio incessante dos pássaros. O ex-vice-presidente vive
acompanhado de uma pequena equipe de guarda-costas. Ele tem um telefone via satélite e um
tablet num estojo marrom surrado; nas horas de folga Machar lê um exemplar de Por Que as
Nações Fracassam.
Segundo ele, o livro o inspira a refletir se está tomando as decisões corretas, embora considere
Kiir responsável pelo conflito sangrento no Sudão do Sul.
— Acho que um governo que mata o próprio povo perdeu o crédito. A presença de forças leais
a Salva Kiir em Paloch, para comprar mais armas e matar nosso povo, para trazer estrangeiros
para interferir e matar nossa gente, não é aceitável para nós, ele disse.
O major-general Gathoth Gatkuoth, que comanda as tropas formais e civis para Machar no
Estado do Alto Nilo, estimou que os combatentes civis no Exército Branco somavam de 60 mil a
80 mil no Estado, mais 20 mil soldados rebeldes que desertaram do governo.
Ele afirmou que a captura dos campos petrolíferos tiraria a receita do governo, devastando a
capacidade militar governista no Alto Nilo.
O governo controla várias capitais de Estados, incluindo Bor e Bentiu. Porém, como o Alto Nilo
contém os campos de petróleo ainda funcionando no país, sua capital, Malakal, é agora o foco
principal dos rebeldes.
Os combatentes do Exército Branco raramente se encontram diretamente com Machar, cujo
esconderijo é razoavelmente isolado. Em vez disso, os combatentes de Nasir se reportam ao
comandante Hokdor Chuol Diet, homem taciturno vestido com uniforme de campanha e boina
vermelha. O quartel-general fica perto do rio, numa estrutura de concreto em ruínas recoberta
com grafites pretos.
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Os rebeldes enfrentam forças governamentais dez vezes maiores. Por isso, dois fatores são
fundamentais na incomum tática adotada: velocidade e proximidade. Grupos ágeis entram no
campo de batalha, correm na direção do inimigo e o derrotam. Um comentarista sul sudanês
comparou esse violento ataque a uma multidão de formigas famintas.
— Nosso líder é o Dr. Riek Machar. Se o líder não nos dá a ordem de parar, seguimos com os
planos, mas se a liderança afirmar que existe paz e o outro lado respeitar, então paramos, disse
Diet.
Ele hesitou repetidas vezes quando questionado se Machar chegou a ordenar ao Exército
Branco o cumprimento do cessar-fogo assinado na capital etíope, Adis Abeba, em 23 de janeiro,
que foi rapidamente ignorado.
Nhial Tuach Riek, comandante das tropas sentado à esquerda de Diet, ofereceu uma avaliação
muito diferente.
— Não podemos esperar ordens de outra pessoa porque nós sabemos que o governo matou
essa gente. O Dr. Riek não pode nos dar nenhuma ordem porque nós não estamos lutando por
ele.
Diet e seus oficiais se sentaram à sombra de uma árvore, onde um grupo de combatentes
esperava para resolver uma disputa. Dois homens afirmavam ter direito a um rifle que foi tirado
de um soldado do governo morto, e os comandantes do Exército Branco ouviram atentamente
enquanto os dois lados apresentavam sua versão.
Uma civil que buscava a orientação dos líderes da milícia estava sentada do lado de fora do
quartel-general do Exército Branco. A mãe de cinco filhos queria resolver uma briga de casal. O
marido queria ir para a linha de frente, mas ela dizia que precisava dele em casa para ajudar a
alimentar a família.
Para os rebeldes, a participação civil é indispensável. Porém, para as comunidades dos
combatentes, ela é complicada. A temporada de chuvas se aproxima e agora está na hora
de plantar sementes para a futura colheita ou levar o gado para pastagens mais verdes. Os
jovens deixam as mulheres e as crianças para trás para cuidar das propriedades rurais, e grupos
humanitários temem que isso possa levar à fome em questão de meses.
— Estou com raiva porque não temos comida, disse a mulher, que se identificou como Nyadang.
Ela disse não se opor à guerra em si; o irmão dela foi morto em Juba, capital da nação, onde as
tropas do governo estariam envolvidas na prisão e assassinatos de civis. — Seria melhor meu
marido e eu irmos juntos. Estou pronta para lutar por causa do que aconteceu em Juba.
Pessoas como Nyadang são essenciais para o Exército Branco, indo ou não para frente de
batalha. A força diz estar carente de recursos; alimentos e apoio vêm principalmente da
população.
— Não temos nada. Não temos dinheiro. Dependemos exclusivamente dos recursos locais
do nosso povo. É o povo quem está nos ajudando agora, disse Gatkuoth. Apesar das amplas
negociações que aconteceram entre os dois lados, Machar afirma não ter muita esperança
numa resolução pacífica que deixe Kiir no poder.
— Não sei que tipo de acordo pode ser fechado se ele permanecer no poder. Não vejo os
ingredientes para tal acordo. O que estaria envolvido?
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
Pelo menos 41 manifestantes da oposição, entre eles oito estrangeiros, foram detidos nesta
sexta-feira, depois de enfrentarem com pedradas e coquetéis molotov os militares da Guarda
Nacional que tentavam dispersá-los com gás lacrimogêneo em uma avenida do leste de Caracas,
informou a TV oficial.
“A operação especial da Guarda Nacional em Altamira permitiu a detenção de 41 manifestantes,
dos quais oito são estrangeiros e são procurados por terrorismo internacional”, informou o
canal oficial VTV.
Segundo o Sindicato da Imprensa (SNTP, na sigla em espanhol), a fotógrafa italiana Francesca
Commi, do jornal local “El Nacional”, está entre os detidos. O jornalista americano Andrew
Rosati, colaborador do “Miami Herald”, foi preso e solto cerca de meia hora depois.
As autoridades não confirmaram as detenções, nem divulgaram detalhes sobre os estrangeiros
detidos na Praça Altamira.
As forças da ordem usaram jatos d’água e gás lacrimogêneo nos manifestantes, jovens em
sua maioria e muitos deles encapuzados. Os ativistas instalaram dezenas de barricadas nos
arredores da Praça Altarmira, principal palco dos protestos contra o governo em Caracas.
Opositores radicais convocaram, neste sábado, novos protestos “contra a tortura e a repressão”
na Venezuela
Nigéria diz ter feito acordo para libertação de meninas sequestradas pelo
Boko Haram
17 de outubro de 2014
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09/05/2014
A economia dos Estados Unidos provavelmente irá acelerar neste trimestre, após a recuperação
ganhar força com o fim do rigoroso inverno. Segundo uma pesquisa do Wall Stree Journal,
conduzida com 48 economistas, o consenso é de um crescimento real anualizado do Produto
Interno Bruto (PIB) de 3,3%, entre abril e junho, acima dos 3%, projetados na pesquisa do mês
passado.
Na semana passada, o Departamento do Comércio divulgou um crescimento anual de apenas
0,1% no PIB do primeiro trimestre. Alguns dados de abril, no entanto, parecem confirmar que
a economia está se recuperando, conforme muitos projetaram. Entre os entrevistados pelo
jornal, nove esperam um crescimento anualizado de 4% no segundo trimestre, ou até acima
disso.
Mesmo assim, os EUA não devem recuperar o ritmo perdido durante o primeiro trimestre. As
projeções para 2014 são de aumento de 2,4%, ante 2,7% na pesquisa de abril, em parte por
uma redução nas expectativas para a construção no setor imobiliário. A preocupação reflete
o discurso da presidente do Federal Reserved (Fed, o banco central americano), Janet Yellen,
que alertou nesta semana que a atividade no setor imobiliário tem continuado fraca e merece
atenção.
Para a taxa de desemprego, a estimativa é de um queda para 6,1% até o fim do ano, comparado
a 6,2%, projetado um mês atrás.
Congresso argentino aprova lei para pagar títulos da dívida fora dos EUA
País quer evitar que seja impedido de honrar a dívida antes do fim do prazo de vencimento,
em 30 de setembro
11/09/2014
O Congresso argentino aprovou na madrugada desta quinta-feira uma lei para mudar a sede do
julgamento da dívida do país de Nova York a Buenos Aires, Paris ou onde os credores desejarem,
para evitar um bloqueio judicial de fundos nos Estados Unidos. A iniciativa, votada na semana
passada no Senado, foi aprovada em uma sessão de mais de 17 horas por 134 votos a favor, 99
contra e cinco abstenções.
Com a lei, a Argentina quer evitar que o país seja impedido de honrar a dívida reestruturada —
que chega a quase US$ 200 milhões — antes do fim do novo prazo de vencimento, em 30 de
setembro.
A Argentina ficou em um dilema quando a Justiça americana bloqueou um pagamento da dívida
de US$ 539 milhões. O país foi considerado por agências de classificação em “default seletivo”,
um calote parcial.
O juiz do Distrito Sul de Nova York Thomas Griesa decidiu que a Argentina deveria pagar 100%
dos US$ 1,3 bilhão reclamados pelos fundos especulativos que iniciaram um litígio, que são
chamados por Buenos Aires de “abutres” porque compraram a dívida em default a preços
irrisórios, em forma conjunta ao restante dos credores.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
Se o país acatar a decisão, uma cláusula da reestruturação da dívida chamada RUFO (sigla
em inglês) o obrigaria a equiparar os pagamentos com os demais credores, que aceitaram
descontos de até 70% do que deveriam receber, o que totalizaria US$ 120 bilhões, quando as
reservas monetárias do país são inferiores a US$ 30 bilhões.
A sessão especial da Câmara começou depois do meio-dia de quarta-feira e, após discussões
intensas entre os deputados da oposição e do governo, o projeto virou lei com uma votação às
5h40min desta quinta-feira.
Com vaias aos deputados da oposição, dezenas de militantes do movimento jovem do
kirchnerismo acompanharam o debate e foram advertidos diversas vezes para manter a calma
durante a sessão.
O governo usou a maioria no Congresso para aprovar o projeto, enquanto a oposição rejeitava
a iniciativa, ao argumentar que lei não soluciona o problema principal provocado pela decisão
judicial de Griesa.
— É uma lei que pretende defender a autonomia do Estado para este governo e para os
próximos — afirmou o deputado Roberto Feletti, integrante da governista Frente para a Vitória.
A reforma abre novas janelas de locais de pagamento, como Paris ou outro local escolhido pelos
proprietários de bônus, como forma de acabar com o congelamento de fundos determinado
por Griesa ao dinheiro que a Argentina havia depositado no Bank of New York (BoNY) para o
pagamento dos credores que aceitaram a troca da dívida em 2005 e 2010, com importantes
descontos.
Para Martín Losteau, ex-ministro da Economia do governo de Cristina Kirchner e atualmente
deputado de oposição, a “lei não resolve o bloqueio de Griesa” e poderia “detonar uma
interrupção de pagamentos por decisão própria do Congresso”, agravando a atual situação.
AFP
Argentina entra com ação contra EUA na Corte de Haia Daniel GARCIA/
AFP
O governo da Argentina apresentou nesta quinta-feira, à Corte Internacional de Haia, uma
ação contra os Estados Unidos (EUA). Comunicado da Presidência Argentina acusa o governo
dos EUA de permitir violações à soberania e às imunidades do país sul-americano no caso dos
fundos especulativos.
No comunicado, o governo de Buenos Aires afirma que os Estados Unidos permitiram a violação
de imunidades que protegem a Argentina ao admitir decisões judiciais que tornaram vulnerável
a determinação soberana da Argentina de reestruturar sua dívida externa.
www.acasadoconcurseiro.com.br 497
Na semana passada, a presidente argentina, Cristina Kirchner, comparou a ação dos fundos
especulativos nos Estados Unidos a “mísseis financeiros que também causam danos” a civis,
como na guerra. Cristina também voltou a ignorar o status de “default”.
– Vivemos em um mundo profundamente injusto e profundamente violento e isso também é
violência. Como na guerra, quando os mísseis são financeiros, também matam e causam danos
a civis – disse a presidente, em um ato na Casa de Governo em Buenos Aires.
Milhares de manifestantes vindos de toda a Espanha, alguns a pé, realizavam uma grande
passeata neste sábado (22) em Madri para denunciar a “emergência social” gerada pelo
desemprego recorde de 26% e os cortes orçamentários do governo.
“A ideia é unir todas as forças em um plano: ou nossas reivindicações são atendidas, ou o
governo terá que arrumar as malas”, ameaçou Diego Cañamero, porta-voz do Sindicato Andaluz
de Trabalhadores, uma das 300 organizações participantes.
Organizados em oito colunas, os participantes da Marcha da Dignidade seguirão até o centro
da capital, após viajarem por mais de um mês, alguns a pé, a partir de Andaluzia, Catalunha,
Astúrias e Extremadura.
Os lemas são “Não ao pagamento da dívida”, “Mais nenhum corte”, “Fora governos do trio” e
“Pão, trabalho e teto para todos e todas”.
Os organizadores anunciaram a mobilização de centenas de ônibus e quatro trens. Autoridades
de Madri mobilizaram 1,7 mil policiais para evitar incidentes.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
A austeridade sem precedentes do governo conservador desde a sua posse, no fim de 2011,
para reduzir o déficit e a dívida do país motivou duas greves gerais em 2012, com centenas de
milhares de pessoas nas ruas.
A mobilização perdeu força em seguida, embora estivesse sustentada, principalmente, pelos
setores da educação e saúde, atingidos severamente pelos cortes anunciados em 2012, de 150
bilhões de euros ao longo de três anos.
Apesar de os espanhóis já não sairem às ruas tão maciçamente quanto há dois anos, pesquisas
de opinião mostram que a austeridade é impopular, e que a maior preocupação é com o
desemprego, que atinge mais de um quarto da população economicamente ativa.
“Em 2014, nós nos encontramos em uma situação limite de emergência social, que nos convoca
a dar uma resposta coletiva e maciça dos trabalhadores e da cidadania”, dizem os organizadores
da passeata em seu manifesto.
O texto reclama que as políticas de austeridade beneficiaram apenas os privilegiados, enquanto
“centenas de milhares de famílias ficaram sem casa”.
“Esta é uma crise capitalista sem precedentes, para a qual os governos, que representam
banqueiros e empresários, uns e outros corrompidos até a espinha, não têm proposta alguma
que não seja tirar de nós auxílios, pensões e serviços públicos”, denunciam.
Catalunha, País Basco, Flandres: várias regiões desejam, em maior ou menor grau, obter
independência ou ao menos mais autonomia. Votação na Escócia pode fortalecer essa chama.
Por Deutsche Welle — publicado 18/09/2014
Escócia
Tendências separatistas jamais tiveram chances reais de se concretizarem. Situação pode
mudar com o referendo escocês
No Leste Europeu, a desintegração da União Soviética e da Iugoslávia resultou na criação de
muitos países. No oeste, entretanto, as fronteiras sempre pareceram estar fixas. É verdade que
houve tendências separatistas, algumas delas violentas, mas essas iniciativas jamais tiveram
chances reais de atingir seus objetivos.
Essa situação poderá mudar em breve, com o referendo sobre a independência da Escócia
marcado para 18 de setembro. Londres já afirmou que respeitará a vontade dos escoceses
de sair do Reino Unido, se assim ficar decidido. Pesquisas indicam que uma vitória do “sim”
é possível. Caso aconteça, ela poderá desencadear uma série de outros movimentos pela
independência no continente.
Escócia: A união entre a Escócia e o Reino Unido, que já dura mais de 300 anos, poderá chegar
ao fim caso a maioria dos escoceses opte pela independência no referendo marcado para 18
de setembro. A pergunta direta a ser respondida com “sim” ou “não” sobre a secessão poderia
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nem ter sido necessária, caso o governo britânico tivesse permitido uma terceira opção,
oferecendo maior autonomia ao país. É bem provável que a maioria dos escoceses optasse por
essa possibilidade.
No entanto, Londres não considerou essa terceira opção, presumindo que a possibilidade
de uma independência total assustaria a maioria dos escoceses. Esse plano pode ir por água
abaixo. Se a maioria optar pelo “sim”, a Europa testemunhará o renascimento de um Estado
escocês já em 24 de março de 2016.
Catalunha: Em nenhuma outra região europeia o “vírus” escocês pela independência poderá
ser mais contagioso do que na Catalunha. Durante a ditadura do general Francisco Franco na
Espanha, de 1936 a 1975, o idioma catalão chegou a ser proibido. Atualmente, a região possui
alto grau de autonomia cultural e política, além de seu próprio parlamento regional.
Mas, para muitos catalães, isso ainda não é suficiente. Eles querem ter seu próprio Estado,
principalmente por razões econômicas. O argumento é que a rica Catalunha estaria sendo
sugada pelo Estado espanhol.
Desde o início da crise econômica, o número de apoiadores da independência catalã aumentou
significativamente. O governo regional em Barcelona almeja a realização de um referendo, nos
mesmos moldes do escocês, em novembro. Mas, ao contrário do governo britânico, Madri não
está disposta a aceitar, o que torna o confronto inevitável.
País Basco: O nacionalismo e o idioma basco também foram oprimidos durante o regime de
Franco. O País Basco se encontra em situação econômica pior do que a Catalunha. Por outro
lado, uma minoria dos nacionalistas bascos exerce militância bem mais ativa. Em 50 anos de
tentativas de separar a região da Espanha, a organização clandestina ETA já causou mais de 800
mortes.
Há três anos, o grupo abdicou formalmente da violência. No entanto, nem os ataques ou as
negociações deixaram o País Basco próximo de realizar um referendo, menos ainda de obter a
independência. Apenas o governo central da Espanha poderia realizar a consulta popular, o que
Madri rejeita, da mesma forma que faz com a Catalunha.
Flandres: Nas mais recentes eleições parlamentares na Bélgica, a Nova Aliança Flamenga,
sob o comando de Bart De Wever, se tornou a maior força política da região de Flandres.
De Wever está convencido de que o Estado belga está, de um jeito ou de outro, fadado ao
desaparecimento e almeja iniciar negociações para a independência de Flandres.
O separatismo flamengo é um caso à parte. A Bélgica é composta por essa região, cujo idioma é
o holandês; pela Valônia, que é de idioma francês e inclui uma comunidade de língua alemã; e
por Bruxelas, oficialmente bilíngue.
Com a secessão de Flandres, a Bélgica perderia mais da metade de sua população e de seu
poder econômico. Não sobraria muito do país. Um ponto controverso, nesse caso, é o papel
de Bruxelas, sede da União Europeia e da Otan. Também é incerto o que poderia acontecer
com a Valônia. Já houve rumores de que a região poderia aderir à França, Luxemburgo ou até à
Alemanha. Apesar de tudo, os belgas conseguiram até hoje manter sua unidade intacta.
“Padania”: O movimento separatista do norte da Itália tem apenas uma motivação. A região,
que conta com as províncias da Lombardia, Aosta, Piemonte, Ligúria, Veneza e Emília Romana,
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
gera boa parte do PIB italiano com suas empresas, indústrias e bancos. Alguns afirmam que a
Itália central e do sul desperdiça o dinheiro que se ganha tão arduamente no norte do país.
Nos anos 1990, o partido Lega Nord chegou a clamar pela secessão total da região que eles
próprios denominaram de “Padania”, nome derivado da planíce padana do vale do rio Pó. Nos
dias de hoje, a Lega Nord está mais moderada. No momento, o grupo pede apenas que o norte
possa reter três quartos do dinheiro gerado, em vez de transferi-lo primeiramente a Roma.
Córsega: Por muito tempo, o governo francês tentou apagar o idioma corso da vida pública
e das escolas da ilha. As tentativas de conquista da autonomia sempre foram combatidas.
Organizações militantes, principalmente o FLNC, tentaram por anos se libertar da França através
da violência, atacando símbolos do Estado francês e casas de veraneio de cidadãos franceses
continentais.
Neste ano, o FLNC anunciou que abriu mão da violência. Ainda assim, o potencial explosivo
permanece. Em 2000, propostas de autonomia da ilha, durante o governo do socialista
Lionel Jospin, enfureceram a oposição conservadora. Esta argumenta que, se a autonomia
for concedida, outras regiões, como a Bretanha e a Alsácia, também poderiam exigir suas
independências.
Tradicionalmente, Paris tem pouco respeito por idiomas regionais, uma vez que os políticos os
consideram perigosos para a unidade do país.
Tirol do Sul: No caso do Tirol do Sul, prevalecem os fatores culturais e econômicos. A
região pertencia ao Império Austro-Húngaro até o fim da Primeira Guerra Mundial, sendo,
posteriormente, anexada à Itália. A língua majoritária é o alemão.
Após um período de “italianização” durante o regime de Benito Mussolini, o Tirol do Sul pôde
conquistar maior autonomia política e linguística somente após a Segunda Guerra Mundial. A
região, muito rica, tem permissão para reter grande parte de sua própria renda.
Por muito tempo, os cidadãos locais pareciam satisfeitos. Mas a crise da dívida nacional acendeu
uma nova chama no movimento separatista. Após a Grécia, a Itália é o país mais endividado
da zona do euro. Muitos sul-tiroleses que gozam de boa situação financeira preferem não ter
nada que ver com os problemas italianos. Por esse motivo, cada vez mais pessoas almejam a
separação de Roma.
Baviera: Poucos na Baviera levam a sério a fundação de um Estado próprio. A região, em seu
nome oficial, já é chamada de “Freistaat Bayern”, ou seja, Estado Livre da Baviera. O estado mais
ao sul da Alemanha poderia sobreviver por conta própria, sendo o maior do país, com mais de
13 milhões de habitantes. A população bávara supera a de países como Suécia e Portugal. Além
disso, o estado tem o melhor desempenho econômico do país.
Se o desejo por mais autonomia na Baviera emergir, será em razão do acordo financeiro que
estipula que os estados mais ricos do país devem ajudar os mais pobres. Os bávaros gostariam
de repassar menos dinheiro aos outros.
Há, de fato, separatistas bávaros. O político conservador Wilfred Scharnagel, da União Social
Cristã (CSU) – partido que compõe a coalizão de governo da chanceler federal Angela Merkel
– pede a separação da região do resto do país em seu livro Bayern kann es auch allein (“A
Baviera também consegue sozinha”, em tradução livre), de 2012. Mas, até o momento, não
surgiu nenhum movimento separatista relevante.
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Espanha ameaça bloquear votação separatista da Catalunha
A Espanha disse que vai usar “toda a força da lei” para bloquear um referendo sobre a
independência da Catalunha, incluindo a suspensão da autoridade do governo regional se
necessário.
O alerta do ministro de Relações Exteriores espanhol, José Manuel García-Margallo, foi um
dos mais fortes emitidos pelo governo de Madri contra a proposta de votação no dia 9 de
novembro na rica região industrial. O anúncio foi feito enquanto os líderes catalães debatiam
um plano alternativo, no caso de a votação ser proibida. A opção seria realizar uma eleição
antecipada para o parlamento regional que poderia testar o apoio dos partidos políticos pró-
independência.
García-Margallo afirmou que a Catalunha não pode tomar uma decisão unilateralmente que
afetaria o país como um todo. “Todo e qualquer espanhol é dono de todo e qualquer centímetro
quadrado do país”, declarou.
O ministro falou dois dias antes do referendo de independência na Escócia, cuja força da
campanha pró-independência está encorajando separatistas na Catalunha e incomodando o
governo espanhol. Pesquisas indicam que a disputa escocesa está apertada, levando o governo
em Londres a oferecer aos separatistas concessões que permitam mais poder nas decisões.
Para García-Margallo, um voto de independência na Escócia seria péssimo e “um precedente
para balcanização, o que vai contra o processo de união”. Ele acrescentou que “honestamente,
penso que (a independência) é ruim para a Escócia, para o Reino Unido e para a União Europeia”.
Em discurso no parlamento da Catalunha, o presidente regional Artur Mas disse não estar
abalado com o comentário do ministro. “Eles não devem pensar que com isso vão parar o curso
da história”, declarou.
Um porta-voz da coalizão de Convergência e União de Mas questionou retoricamente se Madri
estava pronta para processar 1,8 milhão de catalães, em referência ao número estimado de
pessoas favoráveis ao referendo que participaram de uma manifestação em Barcelona na
última quinta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.
Rejeição à dívida histórica, que remete a um passado que os argentinos repudiam, coloca o
país ao lado de Cristina Kirchner
28/06/2014
Basta você ter dado uma volta por Buenos Aires ou visitado os argentinos em Porto Alegre
na semana passada. Ao compartilhar um mate e assuntar sobre política, sobressaem amargas
convicções. Os dois episódios da História que eles mais abominam são, nesta ordem: 1) o regime
militar (1976-1983), que deixou 30 mil mortos desde antes do golpe em si, com o advento da
Triple A sob os auspícios do “brujo” López Rega em 1974; 2) a década em que o presidente
Carlos Menem (1989-1999) lançou o Plano de Conversibilidade, pelo qual a lei impunha que
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
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abutres. Muitos já comparam com a Guerra das Malvinas — diz o historiador argentino Carlos
Malamud.
A oposição, seja a direita de Mauricio Macri (prefeito de Buenos Aires) ou a esquerda do
cineasta Fernando Solanas, dá respaldo ao governo. Os motivos são de lógica, uma vez que
a dívida não nasceu agora. E de ordem prática: em 2015, haverá eleições presidenciais, com
favoritismo da oposição. Cristina não conseguiu aprovar a segunda reeleição e, centralizadora,
tolheu outros líderes. Caberá a um opositor segurar a onda do país depenado. É a voz do povo
e do dinheiro. A opção que surge para empurrar a situação até dezembro é uma triangulação
com os “holdouts”. Bancos comprariam novos bônus argentino. Os “benfeitores” escalados
para a tarefa altamente rentável (o percentual sobre a operação seria altíssimo). Dois deles são
o Goldman Sachs e o Bank of America Merril Lynch.
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Atualidades
AULA 02
CLIPPING DE NOTÍCIAS
Após a primeira reunião da nova Executiva Nacional, o PT soltou nota oficial no fim da tarde
desta segunda-feira para, entre outros assuntos, agradecer a ajuda de correlegionários para
arrecadar recursos para pagamento das dívidas dos petistas envolvidos no escândalo do
mensalão.
O ex-presidente do partido, José Genoino, foi o primeiro a ser beneficiado pela rede de
solidariedade. Conseguiu pouco mais de R$ 700 mil, cerca de R$ 60 mil do que havia sido
estipulado como sua multa. A arrecadação também beneficiaria o ex-tesoureiro Delúbio Soares
e o ex-ministro José Dirceu, ambos presos no Presídio da Papuda, em Brasília. Genoino está em
prisão dominiciliar, na casa de uma filha.
Ainda na reunião, o PT informou que precisa abrir mais diálogo com as pautas das ruas
(manifestações). A direção do partido anunciou também que vai aproveitar o aniversário de
34 anos do partido, no próximo dia 10, em São Paulo, para lançar oficialmente a candidatura à
reeleição da presidente Dilma Rousseff.
Sobre a polêmica envolvendo a participação de petistas no governo de Sérgio Cabral, o
presidente do partido, Rui Falcão, foi enfático:
- Não há crise, o PMDB é nosso aliado nacional. A disputa entre nossas candidaturas lá vai se
dar em termos políticos - disse.
Delúbio já arrecadou R$ 242 mil
Em seis dias, a campanha para arrecadar recursos para pagar a multa do ex-tesoureiro do PT
Delúbio Soares já conseguiu mais da metade do valor que deve ser pago. Nesta segunda-feira,
o site da campanha diz que já foram depositados R$ 242.421,37. O petista condenado no
mensalão foi punido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) com multa de R$ 466.888,90, após
correção monetária dos valores.
A arrecadação de doações foi criada, segundo informa o site, por “companheiros e
companheiras” de Delúbio na quarta-feira passada. Em menos de 24 horas, já tinham sido
arrecadados R$ 30,6 mil.
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O texto de apresentação do site “Solidariedade a Delúbio” afirma que julgamento do mensalão
foi “o mais violento processo judicial de exceção de toda nossa história”, promovido por “forças
do atraso, derrotadas nas eleições do presidente Lula e da presidenta Dilma”.
Para doar, o site indica uma conta poupança na Caixa Econômica Federal, em nome de Delúbio.
Em quatro passos – mesmo processo que apontava o site de Genoino – o site indica que o
doador deposite o valor na conta, em um depósito identificado, e envie o comprovante do
depósito para o e-mail do site. A página destaca que o doador deve incluir a doação em seu
imposto de renda e ainda reforça que verifique leis de tributação de doação, que variam em
cada estado.
A página é um site pessoal sem ferramenta de pagamento online – mesmo modelo adotado pela
família do ex-deputado José Genoino para captar recursos. A família de Genoíno conseguiu, em
dez dias, R$ 761.962,60. São R$ 94.448,68 a mais do que o valor necessário para arcar com a
multa definida pelo STF.
Parte do valor doado a Genoino poderá ajudar outros petistas a pagarem a multa definida no
julgamento do mensalão. Após alcançar o valor, a família de Genoino divulgou texto indicando
que o valor restante poderia ser repassado a outros petistas condenados no processo.
“Assim, não temos ainda um cálculo preciso do valor que restará após toda esta tramitação,
mas com certeza daremos continuidade a essa corrente de solidariedade aos companheiros
condenados injustamente na ação penal 470”, afirma o texto publicado no site, assinado pela
mulher de Genoíno e pelos filhos.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
É um programa elogiado por órgãos como a ONU, Banco Mundial e FMI, e replicado em várias
partes do mundo. Mesmo assim, há os “especialistas” em pessimismo que insistem em detonar
a iniciativa revolucionária do governo do PT e aliados, tachando-a de bolsa esmola.
Nada mais distante da realidade. Dados oficiais mostram que 70% dos beneficiários adultos são
trabalhadores, e os estudantes que participam do programa têm média de aprovação quase
5% maior que a média nacional, que é de 75%, além de ter um índice menor de abandono dos
estudos: 7,2% entre os alunos do Bolsa Família, contra 10,8% da média nacional. E há portas
de saída: 1,6 milhão de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família deixaram espontaneamente o
programa. Uma das saídas é o Pronatec Brasil sem Miséria. Dos 8 milhões de matrículas, foram
reservadas 1 milhão aos mais pobres, do Bolsa Família.
São várias as contrapartidas que os beneficiários apresentam. Essas condicionalidades
reforçam o acesso a direitos sociais básicos nas áreas de educação, saúde e assistência social;
e as ações e programas complementares objetivam o desenvolvimento das famílias, de modo
que os beneficiários consigam superar a situação em que se encontram. O Bolsa Família é um
programa vitorioso, que ninguém nos tira mais.
Os estádios deverão estar prontos para receber os jogos, enquanto os problemas ocorrerão
pela falta de investimentos em infraestrutura, como em aeroportos.
O relacionamento entre autoridades brasileiras e a cúpula da Fifa nunca chegou a ser risonho
em torno do projeto da Copa. Escolhido o país, há sete anos, para sediar pela segunda vez o
torneio — a primeira, em 1950 —, é certo que houve uma demora para o início dos trabalhos.
Apenas em 2010 instalou-se o comitê de organização do evento.
Não seria um problema se o poder público, em todos os níveis, fosse um exemplar gerenciador
de obras. É bem o contrário, sabe-se. Portanto, cartolas da Fifa — o suíço Joseph Blatter, o
primeiro deles, e o francês Jerome Valcker — têm motivos para reclamar de atrasos, embora
não contribua em nada para a boa convivência entre a entidade e países-anfitriões a conhecida
arrogância com que a federação internacional de futebol conduz seus interesses pelo mundo
afora.
Nos últimos dias, Blatter se chocou com a própria Dilma, ao afirmar que a Copa brasileira seria
a mais atrasada, à esta altura do calendário, desde sua chegada à Fifa, em 1975. Logo recebeu
uma resposta presidencial via twitter, com a garantia de que a deste ano será a “Copa das
Copas”.
Exagero de ambos os lados. Desconte-se, ainda, que o relacionamento pessoal entre os dois
seria acidentado, a ponto de Blatter ter reclamado da presidente ao técnico Luís Felipe Scolari,
segundo o jornal “O Estado de S.Paulo”.
A seis meses do efetivo pontapé inicial, configura-se um quadro previsto já há muito tempo:
estádios prontos, ou pelo menos em condições de receber jogos; o entorno de infraestrutura
com precariedades e, num plano mais amplo, legados para as cidades-sede parcos ou
inexistentes, a depender do caso.
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Dos 12 estádios, faltam concluir seis, que não cumpriram a data-limite da Fifa, 31 de dezembro:
São Paulo, Manaus, Natal, Cuiabá, Curitiba e Porto Alegre. Mas a previsão é que eles sejam
entregues, paulatinamente, até abril. Nada desastroso, portanto. Não há mais solução possível
e definitiva para as dificuldades que existirão, por exemplo, nos aeroportos, cujas obras são
vítima dos atrasos nas licitações provocados pela resistência ideológica dentro da máquina
pública à cessão de terminais ao setor privado. O resultado está no Portal da Transparência,
do governo, em que o balanço dos investimentos em aeroportos é o seguinte: do total previsto
de R$ 6,7 bilhões a serem investidos, apenas R$ 1,7 bilhão (25,3%) havia sido contratado e só
R$ 900 milhões (13,4%), gastos. O retrato não muda — até piora, em certas cidades —, ao se
verificar o andamento de projetos de mobilidade relacionados ao torneio.
Então, não há por que temer um retumbante fracasso, mas, infelizmente, além de estádios,
pouco ficará para a população, quando o circo da Fifa for desarmado — com a exceção do Rio,
em que há projetos em curso para as Olimpíadas de 2016. É exigir demais da capacidade de o
Estado executar projetos. Ele é bom em pagar salários, aposentadorias, etc. E na cobrança de
impostos e similares.
A Lei da Ficha Limpa vai completar quatro anos em 2014, quando, pela primeira vez, terá
plena efetividade em uma eleição geral. Cercada de polêmicas e controvérsias quando criada,
a legislação representa, agora, a proibição da candidatura de políticos que tenham sido
condenados por órgão colegiado em processos criminais ou por improbidade administrativa,
e daqueles que renunciaram ao cargo eletivo para escapar da cassação. Juristas ouvidos pelo
Correio asseguram que não haverá brecha para os chamados fichas sujas nas eleições de
outubro.
Fundador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), o juiz Márlon Reis alerta
que os partidos e os candidatos que tentarem driblar a norma, diferentemente de 2010,
sairão frustrados das próximas eleições. Há quatro anos, dezenas de postulantes a cargos
legislativos concorreram em situação sub judice, quando o registro não é concedido pela Justiça
Eleitoral, mas o candidato insiste em disputar, mesmo sabendo que os votos poderão não ser
contabilizados para efeito de resultado.
Em 2010, os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Jader Barbalho (PMDB-PA) e João
Capiberibe (PSB-AP) foram barrados com base na Lei da Ficha Limpa. Nas urnas, os três
conquistaram votos suficientes para serem eleitos, mas não foram diplomados porque os
registros das respectivas candidaturas haviam sido rejeitados. Eles tomaram posse no ano
seguinte, graças a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a legislação não
poderia ter sido aplicada naquele pleito, uma vez que a norma foi criada menos de um ano
antes da eleição. O artigo 16 da Constituição estabelece que as leis que alteram o processo
eleitoral só têm validade um ano depois de sua vigência.
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro do STF Marco Aurélio Mello observa
que o Supremo nem sequer chegou a analisar se os políticos anteriormente mencionados
estavam ou não elegíveis. "O Jader Barbalho, por exemplo, foi salvo pelo gongo, pelo artigo
16. Mas o tribunal não proclamou a inaplicabilidade da Lei da Ficha Limpa. Proclamou apenas
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que ela não se aplica às eleições de 2010, mas, à rigor, ele está exercendo o mandato com
a condição de inelegível, porque o Supremo concluiu que a lei se aplica a atos e a fatos
pretéritos", destacou o magistrado, lembrando que, em fevereiro de 2012, o STF declarou a
constitucionalidade da lei.
Poucos aventureiros
Márlon Reis considera que, este ano, poucos vão se aventurar a desafiar a Justiça Eleitoral, pois,
segundo ele, as chances de sucesso em um eventual recurso serão praticamente nulas. "Nas
eleições de 2014, a Lei da Ficha Limpa vai atingir um grande número de pessoas. Os fichas sujas
que se candidatarem serão apenas aqueles que desafiam o sistema, o que é um desserviço que
os partidos prestam ao eleitor e a eles próprios. Mas esse número deve ser pequeno, pois a
maior parte dos atingidos são aqueles que nem tentam (se candidatar)", sintetizou o juiz, que
atua na Comarca de Imperatriz, interior do Maranhão.
Ele observou que a Ficha Limpa foi "plenamente aplicada" às eleições municipais de 2012,
mas, na ocasião, ainda havia muitas dúvidas. As brechas em relação à lei embaralharam o jogo
eleitoral e prejudicaram inúmeros municípios do país, que até hoje enfrentam mudanças na
chefia do Executivo por conta de pendências de candidatos na Justiça Eleitoral. "Há algumas
semanas, foi tirado o mandato do prefeito de Barra do Garças (MT), ainda relacionado à Lei da
Ficha Limpa. A culpa é dele próprio e do partido que indica o nome de um candidato inelegível",
afirmou. Reis se referiu a Roberto Ângelo Farias (PP), condenado pelo TSE por abuso de poder
econômico e uso indevido dos meios de comunicação quando candidato a deputado federal
nas eleições de 2010.
O ministro Henrique Neves, do TSE, resume a situação da Lei da Ficha Limpa. "Em 2010, havia
uma dúvida sobre a aplicabilidade da lei. No ano seguinte, o Supremo considerou que não seria
aplicável pela regra da anualidade. A Ficha Limpa já valeu de fato em 2012, mas surgiram dúvidas
por ter sido a primeira vez em que foi aplicada. Já em 2014, ela se aplicará integralmente sem
que pairem dúvidas sobre as hipóteses de inelegibilidade", disse.
Contas rejeitadas
Uma das controvérsias da lei que poderá perdurar durante a campanha de 2014 é a dúvida
quanto à aplicação da Ficha Limpa no caso de gestores que tiveram as contas de suas gestões
rejeitadas por tribunais de contas. O TSE já interpretou que políticos nessa situação ficam
inelegíveis, como também já considerou que somente o Legislativo tem o poder de rejeitar
contas. Segundo Henrique Neves, quando se trata de contas anuais do governo, o entendimento
é de que a palavra final é do parlamento, enquanto em relação às contas de convênios, basta
uma decisão do Tribunal de Contas.
No entanto, diante das constantes mudanças na composição do tribunal, há uma dúvida quanto
à interpretação que os ministros do TSE darão ao trecho da lei que trata da inelegibilidade
decorrente da rejeição de contas. "O que a gente observa é que a jurispridência do TSE ainda é
vacilante sobre alguns entendimentos que se alteraram durante a própria eleição municipal",
disse a advogada eleitoral Maria Cláudia Bucchianeri.
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"Os fichas sujas que se candidatarem serão apenas aqueles que desafiam o sistema, um
desserviço que os partidos prestam ao eleitor e a eles próprios" Márlon Reis, juiz e coordenador
do MCCE
Iniciativa popular
Fruto de um projeto de iniciativa popular que reuniu mais de 1,6 milhão de assinaturas, a Lei
da Ficha Limpa foi aprovada na Câmara em 5 de maio de 2010, votada no Senado no dia 19
daquele mês e sancionada pelo então presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, em junho. Poucos
dias depois, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que a regra poderia ser aplicada nas
eleições daquele ano. O autor do primeiro recurso contra a legislação foi ex-governador do
Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC). O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) ficou
empatado e acabou suspenso sem a proclamação de um resultado.
Roriz então desistiu de se candidatar ao Governo do DF, indicando a mulher, Weslian, para
concorrer. Somente em março de 2011, após dezenas de candidaturas serem barradas, o
Supremo estabeleceu que a legislação não poderia ter entrado em vigor no pleito de 2010.
Já em 2012, o STF julgou uma ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que pedia que a
regra fosse declarada válida. Os ministros definiram que a Lei da Ficha Limpa é constitucional
e que atinge renúncias ou condenações anteriores à data em que a norma foi publicada. (DA)
O desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país terminou o ano passado em
5,4% abaixo dos 5,5% registrados em 2012, mostrou a Pesquisa Mensal de Emprego (PME)
divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE. Em dezembro, o indicador recuou para 4,3%, a taxa mais
baixa da série histórica da pesquisa iniciada em 2002. Antes, o menor nível de desemprego, de
4,6%, havia sido registrado em novembro de 2013 e em dezembro de 2012.
Em 2013, os desocupados somaram, em média, 1,3 milhão de pessoas, 0,1% a menos que em
2012, ou menos 20 mil pessoas. Em dezembro, o número ficou em 1,1 milhão, queda de 6,2%
em relação a novembro, o equivalente a 70 mil pessoas em busca de trabalho sem conseguir.
Já a população ocupada avançou 0,7% em relação a 2012, para 23,1 milhões de pessoas. Em
dezembro, o contingente ficou em 23,3 milhões, estável nas comparações com o mês anterior
e com dezembro de 2012.
A taxa média de desemprego nacional só será conhecida quando sair o resultado da Pnad
contínua, que pesquisa o mercado de trabalho em 3.500 municípios de todo o país.
O primeiro resultado desta pesquisa mostrou que o desemprego no segundo trimestre do ano
ficou em 7,4%, índice superior aos 5,9% registrados nas seis regiões metropolitanas analisadas
pela PME (Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador). De acordo
com a Pnad, em 2012 a taxa média de desemprego do país foi de 6,2%.
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Em meio à elite econômica e política, também era possível vislumbrar celebridades, como o
cantor Bono, do U2. No encontro para divulgar sua ONG Red, que combate a Aids, ele participou
de um jantar com empresários irlandeses e o premier Enda Kenny. No fórum, houve ainda
protestos contra a petrolífera russa Gazprom e a têxtil Gap, que receberam o “prêmio vergonha
2014”.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
O aumento também torna mais distante o objetivo de manter a inflação em 2013 mais próxima
do centro da meta.
Em 2010, a taxa foi de 6,5% e, no ano passado, de 5,84%.
O BC prevê, no entanto, segundo seu último relatório trimestral, que a inflação deva encerrar
este ano em 5,7%.
"A alta da inflação é extremamente prejudicial ao país. O aumento dos preços mina o poder
de compra da população, especialmente das classes mais baixas que, com menos dinheiro no
bolso, corre mais riscos de ficar endividada e inadimplente", afirma à BBC Brasil Samy Dana,
professor de economia da FGV-SP.
"Além disso, cria um cenário de incertezas para o investidor, que, desconfiado dos rumos da
economia do país, tende a suspender ou adiar investimentos, prejudicando o crescimento",
acrescenta.
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Como o mercado tem reagido?
Para especialistas, os rumos recentes da economia brasileira vêm criando um cenário de
incertezas que afasta o investidor.
"Há um aumento do nível de desconfiança em relação ao Brasil, tanto do ponto de vista
macroeconômico quanto microeconômico. De um lado, existe uma sensação de que o BC
tem perdido autonomia sobre a condução da política monetária. De outro, há um crescente
enfrentamento por parte do governo com o setor privado", afirma Ribeiro.
"Prova disso é que o nível de investimentos no Brasil tem caído na comparação com outros
países emergentes. O problema é que, sem novos aportes financeiros, nossa produção fica
comprometida, o que trava o crescimento e gera desemprego", acrescenta ela.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
Segundo Ribeiro, da Tendências, já passou da hora de o Banco Central subir a taxa de juros.
"Na minha avaliação, o BC cometeu um erro grave em 2011, quando decidiu reduzir os juros na
marra apesar de os primeiros sinais do aumento da inflação. Agora, precisa recuperar o tempo
perdido."
Há um consenso, entretanto, de que o governo deveria corrigir os gargalos estruturais da
economia brasileira, o chamado "Custo Brasil", o que contribuiria para aliviar a pressão sobre
os preços.
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Qual será o efeito do câmbio?
Teremos na inflação o componente do câmbio mais valorizado. E nem todo esse repasse
do câmbio vem, como é o caso do combustível. Alguns preços estão desalinhados, como de
combustíveis e de energia. Então, corremos o risco de um repique inflacionário mais à frente, o
que exigiria uma dose cavalar de juros.
Alta da Selic gera custo extra de ao menos R$ 14 bilhões aos cofres públicos
O Globo - 16/01/2014
O combate à inflação por meio da elevação da taxa básica de juros, a Selic, vai custar pelo menos
R$ 14,2 bilhões a mais aos cofres públicos neste ano. É o que mostra cálculo do economista
Felipe Salto, da Tendências Consultoria. Segundo ele, as despesas com juros devem crescer de
R$ 56,5 bilhões no ano passado para R$ 70,7 bilhões neste ano, efeito do ciclo de aumento da
Selic, que estava em 7,25% em abril de 2013 e chegou a 10,5% nesta quarta-feira.
Salto diz que sua estimativa é conservadora, pois considera apenas as operações
compromissadas - instrumento do Banco Central (BC) para enxugar excesso de liquidez na
economia pela venda de títulos públicos. Não está incluso o impacto dos juros sobre os títulos
pós-fixados vendidos pelo Tesouro.
- Esses R$ 70 bilhões já representam três orçamentos do Bolsa Família. E o governo não vai
conseguir mudar isso por decreto. É preciso mudar a base desta política fiscal expansionista, o
que abriria espaço para uma política monetária mais decente - diz.
Pelos cálculos de José Roberto Afonso, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o aumento de gastos com o ciclo da Selic é um pouco
maior, de R$ 15,3 bilhões. O número, também considerado conservador, tem como base a
estimativa informada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) da União. Segundo o texto, o
aumento de um ponto percentual da Selic provoca despesa extra com pagamento de juros de
0,09% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de produtos e serviços produzidos no país).
- A taxa de juros é o instrumento predominante de política monetária também em outros
países, mas parece que existe monopólio disso aqui no Brasil - disse Afonso, lembrando
que o governo também tem adotado outros caminhos para conter preços. - O governo está
intervindo diretamente nos preços dos combustíveis, da energia elétrica. Os chamados preços
administrados estão sendo mais administrados do que nunca.
Segundo Margarida Gutierrez, professora da UFRJ, o crescimento do custo de pagamento de
juros pode ser maior este ano por causa das incertezas em torno do corte da nota de classificação
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
de risco do Brasil pela agência Standard & Poor’s (S&P) e do ano eleitoral. Ela explica que, neste
cenário, os investidores tendem a exigir maior rendimento nos títulos do país.
- Se o BC não elevasse a Selic, aumentaria ainda mais a incerteza e cresceria ainda mais a conta
de juros.
A infraestrutura deficiente no Brasil não é apenas uma preocupação de médio prazo e tem
afetado a atividade econômica do País mesmo no curto prazo, destaca um estudo do Fundo
Monetário Internacional (FMI) divulgado na semana passada e que pede que os governos
de diversos mercados invistam mais em infraestrutura. Em meio ao crescimento econômico
decepcionante de vários países, o aumento do investimento público em energia, estradas,
abastecimento de água e portos seria uma forma de estimular a atividade e gerar emprego.
"Em vários mercados emergentes, incluindo Brasil, Índia, Rússia e África do Sul, gargalos em
infraestrutura não são apenas uma preocupação de médio prazo, mas têm sido apontados
como uma restrição ao crescimento mesmo no curto prazo", afirma o documento do FMI,
que faz parte do relatório "Perspectiva Econômica Global". Um aumento do investimento em
infraestrutura é crucial para a transição da economia mundial para um nível maior de expansão,
ressalta o relatório.
"Cinco anos após a crise financeira global, a recuperação das economias mundiais continua,
mas permanece fraca", diz o FMI, que pode rebaixar novamente as previsões de crescimento
para diversos países, incluindo o Brasil, em um novo relatório com projeções que será divulgado
na semana que vem, dia 7.
Os países emergentes, após um forte crescimento econômico depois da crise de 2008, vêm
registrando taxas decepcionantes de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), afirma o FMI.
As taxas têm sido inferiores não apenas aos níveis do pós-crise, mas também aos números da
década anterior a 2008. "A natureza persistente da desaceleração sugere que fatores estruturais
podem estar contribuindo", ressalta o relatório. Embora os economistas da instituição
reconheçam que outros itens tenham peso no esfriamento da atividade, as deficiências na
infraestrutura são alvo de preocupação crescente, escrevem no documento.
"Em países com necessidade de infraestrutura, o momento é certo para um empurrão (nos
investimentos)", afirma o relatório do FMI logo em seu início. As taxas de juros estão baixas nos
mercados desenvolvidos e ainda devem continuar por algum tempo próximas de zero, o que
reduz os custos de financiamento dos projetos. Além disso, os fracos níveis de expansão do PIB
de vários países sinalizam que a atividade pode precisar desse tipo de estímulo. O aumento do
investimento público em infraestrutura contribui para expansão maior do PIB no curto e longo
prazo, diz o texto.
Em muitos países desenvolvidos o aumento do gasto em investimento público em infraestrutura
é uma dos últimos recursos que restam para estimular a atividade, principalmente porque a
política monetária já vem sendo usada desde 2008, destaca o FMI.
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Apesar de incentivar o aumento dos gastos do governo em infraestrutura, o relatório do FMI
faz a ressalva de que os projetos precisam ser eficientes e dar retorno. "O investimento público
em infraestrutura pode se pagar se feito corretamente", aponta o texto, ressaltando que esse
tipo de gasto pode ter maior efeito na economia se for feito de forma eficiente, ou seja, sem
aumentar a relação dívida/PIB. O impacto na economia é maior quando o investimento público
é financiado por dívida (emissão de papéis do governo ou tomada de financiamento em bancos
ou organismos multilaterais) do que por corte de gastos do governo em outros setores ou
aumento de impostos.
"É difícil imaginar qualquer processo de produção em qualquer setor da economia que não
dependa da infraestrutura. Ao mesmo tempo, uma infraestrutura inadequada pode ser sentida
rapidamente", afirma o FMI. Em países desenvolvidos, o aumento de um ponto porcentual no
gasto público com investimento aumenta o nível do produto em 0,4 ponto no mesmo ano e em
1,5 ponto quatro anos depois.
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espanhol, dentre outros idiomas, e disseminamos por nossas redes de contatos e articulações
de movimentos.
Ela diz que houve a sugestão de que os protestos ocorressem diante das embaixadas brasileiras,
mas que há total autonomia local quanto ao formato, lugar e horário das manifestações.
A ativista diz que a mobilização internacional conta tanto com ativistas brasileiros vivendo
no exterior como estrangeiros que integram movimentos sociais em seus países e que se
solidarizam com as demandas.
Dentre os 11 itens constantes do manifesto defendido pelo grupo e assinado por dezenas de
organizações constam o passe livre, o direito à livre manifestação, a realocação das famílias
removidas pelas obras da Copa, a indenização às famílias dos nove mortos durante as obras,
dentre outras.
Impacto internacional
O geógrafo americano Christopher Gaffney, professor-visitante de pós-graduação na UFF
(Universidade Federal Fluminense) que vem analisando as mudanças em curso no Brasil devido
aos grandes eventos, diz que o embate dos diferentes atores sociais terá impactos diretos em
como o mundo vai ver o Brasil nas próximas semanas.
— O que ocorrer aqui terá impacto direto lá fora. Se a polícia for violenta no Brasil, você terá
reações no exterior. Mais ou menos protestos vai depender do que acontecer daqui para frente.
Quanto aos reflexos para a imagem do país no exterior, Gaffney diz que depende de quem se
está tentando convencer.
— Para os executivos e grandes corporações internacionais, agrada ver que o Estado brasileiro
está disposto a usar a força para defender seus interesses. Para o turismo e para mostrar
que aqui se vive um estado democrático de direito, no entanto, será péssimo se as cenas de
violência de junho do ano passado se repetirem agora.
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Na visão dos organizadores, os protestos, embora legítimos, devem ser adiados para depois do
Mundial. Tanto a Fifa quanto o Ministério do Esporte apostam no clima de festa e comemoração
e pedem que as manifestações sejam 'adiadas'.
Em entrevista à reportagem, em Londres, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse em março
deste ano que a Copa do Mundo "não é um momento de nós fazermos protestos, porque
teremos todo o tempo para reivindicar e para melhorar as coisas no nosso país [depois do
Mundial]".
Pouco antes, o secretário-geral da Fifa, o francês Jerôme Valcke, disse que a Copa "é a hora errada
de protestar, porque é a hora que o Brasil deveria curtir esse momento único, um momento
que eles não puderam ter desde 1950. É um direito protestar. Para eles (os manifestantes), é o
melhor momento. Para mim, é a hora errada".
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Em 2007 e 2008, as descobertas do pré-sal fizeram a Petrobras decolar como uma das principais
vitrines do governo brasileiro e se tornar uma das maiores petrolíferas do mundo. Passados
seis anos, porém, o cenário da empresa não inspira mais tanto otimismo.
O valor de mercado da estatal tem recuado significativamente, e os problemas da empresa
viraram uma dor de cabeça para o governo Dilma Rousseff. O jornal britânico Financial Times
chamou a companhia de "um potencial não concretizado".
A crise mais recente envolve a compra, em 2006, de 50% de uma refinaria de Pasadena (EUA),
agora sob suspeita de superfaturamento. Na época, Dilma era ministra da Casa Civil e presidente
do Conselho de Administração da estatal, que autorizou a compra.
Mas os obstáculos da empresa envolvem também os preços dos combustíveis praticados no
Brasil, seu alto grau de endividamento e investigações sobre suposto recebimento de propina
por funcionários em negócios com a empresa holandesa SBM Offshore.
A BBC Brasil preparou uma lista explicando os principais problemas vividos pela estatal:
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"Os investidores veem o papel do governo como uma interferência política na gestão da
Petrobras", explica à BBC Brasil Robert Wood, especialista em Brasil da consultoria Economist
Intelligence Unit.
Um reajuste nos preços dos combustíveis deu fôlego aos resultados da estatal em 2013, ano
em que lucrou 11% a mais que no ano anterior.
Mas seu endividamento (veja a seguir) continua alto, mantendo a desconfiança de acionistas.
"Em parte, (a retomada da empresa) depende do ajuste no preço da gasolina e de uma política
que dê mais previsibilidade à gestão da empresa", opina Wood.
O Ministério das Minas e Energia diz que a política de reajuste dos preços dos combustíveis é
estabelecida pela Petrobras. Por outro lado, autoridades insistem que a prioridade do governo
é o combate à inflação.
Endividamento
No ano passado, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou a nota da Petrobras, após
a estatal brasileira se tornar a mais endividada entre as grandes empresas de petróleo e gás.
A dívida líquida da empresa subiu 50% em 2013 - de R$ 147,8 bilhões para R$ 221,6 bilhões.
Em relatório deste mês, a agência calcula que a dívida total da estatal equivale a 3,8 vezes o seu
Ebitda (medida que representa o potencial de geração de caixa da empresa).
Isso tem a ver, segundo analistas, com a política de controle dos preços dos combustíveis e com
um "plano ambicioso de investimentos", explica Wood.
Um exemplo disso é o fato de a Petrobras ter vencido, como integrante de um consórcio com
outras empresas, o leilão do campo de Libra do pré-sal, a maior bacia petrolífera do país.
Libra deve exigir investimentos de cerca US$ 80 bilhões nos dez primeiros anos, segundo
estimativas de mercado.
O relatório da Moody’s diz que a nota de crédito da Petrobras tem perspectiva "negativa", já
que o endividamento "deve chegar a níveis altos em 2014, significativamente mais altos do que
das demais empresas do setor, e só deve declinar a partir de 2015".
Isso é algo que "coloca em xeque a capacidade de investimentos da empresa", diz Pires à BBC
Brasil.
Em entrevista à GloboNews em outubro do ano passado, a presidente da estatal, Graça Foster,
disse que, no caso específico de Libra, os investimentos de curto prazo são pequenos. E ressaltou
que suas dívidas estão sendo convertidas em investimento, que resultarão em crescimento.
Mas recentemente, na divulgação dos resultados da empresa, a presidente admitiu que a
redução do endividamento será uma missão difícil em 2014.
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compra de 50% da refinaria americana de Pasadena, por US$ 360 milhões. Depois, uma cláusula
contratual obrigou a Petrobras a comprar o restante da refinaria, por mais US$ 820 milhões.
No total, portanto, foi desembolsado US$ 1,18 bilhão. O problema é que a empresa que possuía
a refinaria anteriormente, a belga Astra Oil, havia adquirido a Pasadena por apenas US$ 42,5
milhões em 2005.
O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e pelo Tribunal de Contas da União, e a
oposição no Congresso ameaça a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, em ano
eleitoral.
Em carta ao Estado, Dilma disse que aceitou a compra com base em "informações incompletas"
de um "parecer técnica e juridicamente falho". Depois, agregou que "na época o negócio
parecia vantajoso". Questionada a respeito, a Petrobras até o momento não comentou o caso.
Outra crise envolve denúncias de suposto pagamento de propina a funcionários da Petrobras,
por parte da empresa holandesa SBM Offshore. As denúncias envolvem cerca de US$ 139
milhões, que teriam sido pagos entre 2005 e 2011.
Uma comissão parlamentar externa foi designada para analisar o caso, também investigado por
Ministério Público e Polícia Federal.
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A falta de água em São Paulo
Educar as pessoas para que mudem seus hábitos em relação ao consumo de água é salutar, mas
existe uma grande diferença entre conscientizar e responsabilizar, mesmo subliminarmente,
o cidadão pela ameaça de racionamento.
por Le Monde Diplimatique Brasil
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Isso explica a crônica falta de água ou a intermitência no seu fornecimento, em quase todos os
verões, nos bairros da RMSP situados em altitudes mais elevadas, naqueles que tiveram maior
adensamento populacional e nas regiões de expansão e ocupação mais recente.
Os atuais problemas relacionados ao abastecimento de água da RMSP não se restringem à alta
do consumo em razão das elevadas temperaturas e à falta de chuvas. Há graves problemas
estruturais que não foram e não estão sendo enfrentados por omissão da Sabesp e do governo
do estado.
A forma como a região se desenvolveu é outra grande causa dessa situação. A falta de
planejamento metropolitano integrado, as ocupações de áreas de mananciais e de várzeas
por ausência de política habitacional adequada, os baixos índices de coleta e tratamento dos
esgotos que são despejados in natura nos córregos e rios, a carência de investimentos na busca
de novas fontes de abastecimento e a ausência de planos de contingência para atendimento
da demanda em situação de crise interferem de forma significativa nos problemas de
abastecimento de água.
Nesse cenário, toda e qualquer ocorrência fora dos padrões normais gera crises, previsíveis,
que poderiam ser mais bem enfrentadas ou até mesmo evitadas por medidas preventivas. Em
razão da baixa disponibilidade hídrica na bacia do Alto Tietê, a gestão da água deve ir além da
RMSP e abranger toda a macrometrópole paulista, que inclui, entre outras áreas, o Vale do
Paraíba, Sorocaba, a Baixada Santista e Campinas.
Campanhas para a redução do consumo de água são positivas e deveriam ser permanentes,
isto é, ser veiculadas não apenas em momentos de crise, independentemente se a diminuição
do faturamento, por causa da economia de água, possa afetar a rentabilidade da Sabesp, que
é uma empresa de economia mista, controlada pelo Estado, porém, com metade das ações
negociadas no mercado, inclusive na Bolsa de Nova York. A companhia obteve lucro líquido de
R$ 1,9 bilhão em 2012 e receita líquida de R$ 10,7 bilhões.
Trata-se de medida tardia lançar uma campanha publicitária quando já estamos à beira do
colapso. Além disso, o desconto oferecido aos usuários abastecidos pelo sistema Cantareira
deveria ser estendido a toda a região metropolitana, já que a economia nos demais sistemas
pode possibilitar o envio da água poupada para parte da área abastecida pelo Cantareira. A
explicação para essa medida não ter sido estendida para toda a RMSP é, novamente, a mesma:
reduzir consumo e tarifa significa cortar receita e, consequentemente, lucro.
Educar as pessoas para que mudem seus hábitos em relação ao consumo de água é salutar, mas
existe uma grande diferença entre conscientizar e responsabilizar, mesmo subliminarmente, o
cidadão pela ameaça de racionamento. Ainda mais por parte de uma empresa que opera com
elevadas perdas de água.
A primeira condição para a Sabesp pedir que a população economize água é ela própria evitar
o desperdício. Infelizmente não é isso que acontece. A Agência Reguladora de Saneamento
e Energia de São Paulo (Arsesp), que tem a atribuição de fiscalizar a Sabesp, apurou que no
caminho entre os reservatórios e os domicílios as perdas de água foram de 31,2% em 2013. Para
cada 100 litros retirados das represas, menos de 70 chegam ao seu destino. Tão grave quanto
essa perda de água, suficiente para abastecer a população da cidade do Rio de Janeiro, segunda
maior cidade do país, é a manipulação de números praticada pela Sabesp, que divulga 24%
como o índice de perdas na região metropolitana, ou seja, sete pontos percentuais a menos.
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A grande mídia, com seu poder de inserção, também cria um sentimento de culpa e
responsabilidade sobre a dona de casa e o cidadão comum pelos problemas no abastecimento.
Desempenharia papel mais relevante se trouxesse para o debate questões que abordassem, por
exemplo, a questão das perdas e os problemas estruturais do sistema para criar um sentimento
na opinião pública que obrigasse os verdadeiros responsáveis a tomar providências de mais
longo prazo.
“Há males que vêm para bem”, diz o ditado. Esperamos que essa crise no abastecimento de
água que afeta a RMSP, a principal do país, as demais regiões do seu entorno que integram a
macrometrópole paulista e parte do interior sirva para fazer que o Estado e a sociedade deem
a devida importância ao tema.
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1. O grupo original e mais avançado dos Tigres Asiáticos (Coreia do Sul, Taiwan, Cingapura e
Hong Kong), principalmente Coreia do Sul e Taiwan, que já atingiram um nível adiantado de
maturidade industrial por meio de rápida acumulação de capital, crescimento do emprego
em geral, da produtividade e do emprego industriais, assim como das exportações de
manufaturas. Nessas economias, a porcentagem da produção industrial no PIB é bem
superior à dos velhos paísesindustrializados, mas o ritmo da expansão da capacidade
produtiva e da produção no setor industrial desacelerou-se muito em comparação ao que
ocorria em décadas passadas.
2. O segundo grupo, também maciçamente asiático, inclui a Malásia e a Tailândia, bem
como, em nível menos avançado, a China e, em grau menor, a Índia. São os países que há
várias décadas vêm se industrializando de modo acelerado, aumentando a proporção de
manufaturas no emprego, na produção e nas exportações, ao mesmo tempo que estão
transformando sua estrutura, passando dos produtos intensivos em mão de obra e recursos
naturais para os artigos de média e alta tecnologia.
3. O terceiro abrange os países que se integraram nas redes internacionais de produção
mediante a concentração em operações intensivas em mão de obra destinadas à montagem
de produtos cujos insumos são em grande parte importados. O México e as Filipinas, bem
como, mais recentemente, países do Caribe e da América Central signatários de acordos de
livre-comércio com os Estados Unidos destacam-se na categoria. Tais economias tiveram
rápido aumento no emprego industrial. Outra característica do grupo é o veloz aumento de
exportação de manufaturas. Não obstante, esses países vêm apresentando desempenho
modesto em termos de investimento, de valor agregado em manufaturas, de crescimento
da produtividade e de crescimento econômico de maneira geral.
4. A quarta classe é a dos países que alcançaram um nível razoável de industrialização, mas
se revelaram incapazes de sustentar um processo dinâmico de aprofundamento industrial
em contexto de crescimento rápido. É o caso da Argentina e, em nível muito menos grave,
do Brasil. Nesses países, tem sido pobre o desempenho do investimento, a indústria vem
perdendo importância relativa no emprego total e no valor adicionado, o crescimento da
produtividade resultou mais da redução da mão de obra que da acumulação rápida e do
progresso técnico, o upgrading industrial é ainda limitado e as exportações continuam
dominadas por produtos primários e manufaturas de baixo valor agregado. Nessas
economias, o avanço em certas indústrias, como a aeronáutica e de automóveis, não teve a
profundidade e o vigor necessários para disseminar-se pelo restante do tecido industrial e
para estabelecer um processo dinâmico e de alta tecnologia na indústria como um todo.
5. O quinto grupo é o de países que obtiveram crescimento forte e sustentado mediante a
intensificação da exploração de seus recursos naturais abundantes por meio de um ritmo
acelerado de acumulação de capital. O exemplo mais notável é o do Chile. No entanto,
essas economias têm demonstrado desempenho fraco em termos de valor agregado em
manufaturas e de exportações industriais, persistindo nelas elevado desemprego. Parecem
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limitadas as perspectivas de mudança estrutural adicional e de futuro crescimento de
produtividade na base exclusiva de estratégia fundamentada nos recursos naturais.
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passando da agricultura à indústria e desta aos serviços, quanto da evolução para atividades
de maior valor adicionado dentro de cada setor, mediante a introdução de novos produtos e
processos.
Há diferenças sensíveis entre os vários setores em termos dos respectivos potenciais para
o progresso técnico e para o crescimento da produtividade. A importância de estabelecer
uma ampla base industrial deriva justamente do grande potencial da indústria para um
forte crescimento da produtividade e da renda. Esse potencial provém, do lado da oferta,
da predisposição da indústria para desenvolver economias de escala, para a especialização
e o aprendizado e, do lado da demanda, de condições globais de mercado e de preços
habitualmente mais estáveis e favoráveis do que para os produtos primários, sujeitos a
frequentes oscilações e com certa tendência a um declínio secular. Trabalhos de Nicholas Kaldor
e Simon Kuznets demonstraram a existência de estreita correlação entre as taxas de crescimento
da industrialização e da produtividade, assim como entre a aceleração do crescimento e o
deslocamento do fator trabalho, do setor primário, de baixa produtividade, para o industrial, de
produtividade mais elevada. Não se deve esquecer, aliás, que a agregação de valor a produtos
primários da agropecuária e da mineração se faz geralmente mediante processos industriais,
daí se originando denominações como agroindústria, indústria agroalimentar etc.
Mas se as vantagens de manter uma forte base industrial são tão evidentes, como se
explica que os países latino-americanos tenham se resignado a sacrificá-la em muitos
casos?
A explicação reside, em última análise, no impacto da crise da dívida dos anos 1980,
verdadeiro divisor de águas que desviou, de maneira duradoura, muitos países da trajetória
de desenvolvimento que até então vinham seguindo. Os latino-americanos tiveram de adotar
drásticas mudanças de política econômica, no esforço para reduzir os níveis de endividamento
e controlar inflações que ameaçavam deteriorar em hiperinflações. Embora tenha sido inegável
o êxito em atingir alguns desses objetivos, as reformas nunca foram capazes de fazer o nível de
investimento retornar à fase pré-crise. De modo geral, a América Latina parece ter estabilizado
seu nível de formação de capital em torno do investimento por ano de apenas 20% ou menos do
PIB, significativamente inferior aos 25% considerados como o ideal para economias em estágio
intermediário de desenvolvimento e igualmente muito abaixo da média do investimento
prevalecente na fase pré-crise.
Tal situação de debilidade macroeconômica, de investimento insuficiente e de instabilidade
permanente de taxas de juros e de câmbio preparou mal as economias latino-americanas para
o “choque de competição” decorrente da liberalização comercial e financeira simultânea ao
processo de ajuste. Inúmeros setores, especialmente na indústria manufatureira, não foram
capazes, por causa do estado crítico em que se encontravam, de reagir à concorrência de
produtos importados no momento em que perderam a proteção. O processo latino-americano
de abertura de choque, conduzido em fase de crítica precariedade da situação macroeconômica,
contrasta com o das economias asiáticas, muito mais gradual, progressivo, seguro e realizado a
partir de posição de força, por economias capazes de investir 30% ou mais do PIB anualmente
e bafejadas por juros extremamente baixos, frequentemente subsidiados, por taxa de câmbio
desvalorizada, carga tributária pequena e mínimos encargos trabalhistas e previdenciários.
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Não é verdade, então, que a situação macroeconômica da região melhorou?
Não até o ponto desejável. De fato, uma saudável macroeconomia exige não apenas
estabilidade de preços, mas outras condições indispensáveis para propiciar níveis elevados de
investimento. Muitas das condições que exercem forte influência nas decisões de investimento
e de alocação de recursos, incluindo preços-chaves, tais como a taxa de câmbio, a taxa de juros
e os salários reais, de grande impacto na demanda agregada, têm sido extremamente instáveis
no continente. Isso se deve, em parte, ao aumento da instabilidade do sistema internacional
de pagamentos e à volatilidade externa associados com choques financeiros e comerciais.
Por outro lado, alguma responsabilidade cabe igualmente à perda de autonomia em matéria
de política macroeconômica resultante da rápida liberalização e da estreita integração nos
mercados financeiros globais. Além disso, em lugar de get the prices right, as forças de mercado
tenderam a manter as taxas de juros e de câmbio em níveis que impediram a rápida acumulação
de capital e a mudança tecnológica. Em outras palavras, a nova estratégia econômica fracassou
em produzir um meio ambiente macroeconômico apropriado para encorajar investidores e
empresas, apoiando-os na criação e expansão da capacidade produtiva e no aprimoramento da
produtividade e da competitividade internacional.
Não se poderia descrever o que aconteceu na América Latina como mais uma
manifestação do processo de “destruição criativa” de Schumpeter?
Seria difícil argumentar nesse sentido. Durante a fase de ajustamento pós-crise da dívida,
estima-se que cerca de 7 mil firmas chilenas tenham desaparecido, a maioria de porte médio.
Na Argentina, esse número foi de l5 mil. Muitas foram substituídas por grandes empresas
estrangeiras cujos setores de engenharia e de pesquisa e desenvolvimento se encontravam no
país de origem. Algo similar ocorreu no Brasil com a aquisição por firmas estrangeiras de boa
parte do setor de autopeças (Cofap, Metal Leve) e do setor eletrônico e de equipamento de
telecomunicações sediado em Campinas. De novo, em muitos casos, o setor de pesquisa foi
radicalmente reduzido ou teve sua natureza alterada, passando a ocupar-se apenas da adaptação
da tecnologia da matriz a condições locais, o que se chama no jargão de “tropicalização” da
tecnologia. Engenheiros de pesquisa foram reciclados em gerentes de vendas. Um estudo de
Mario Cimoli e Jorge Katz observa que, em 1974, o lançamento do Taurus pela Ford Argentina
demandou 300 mil horas de trabalho de uma equipe de 120 engenheiros, ao passo que hoje,
para produzir o world car, a Ford não emprega nenhum engenheiro na Argentina. O que
houve, portanto, foi que a parte de “destruição” ocorreu na Argentina, enquanto a parte
mais interessante, a da “criação”, foi transferida para o país exportador ou sede da empresa
transnacional.
O problema foi agravado por algumas das privatizações de empresas estatais que, em certos
países, eram responsáveis, juntamente com universidades e instituições públicas, por 80%
dos gastos em pesquisa tecnológica, em áreas como telecomunicações e energia, como era
o caso do Brasil. Frequentemente, repetiu-se aqui o padrão de muita destruição e pouca
criação. O balanço líquido foi um retrocesso na geração local de tecnologia e no aumento de
uma dispendiosa dependência tecnológica em relação ao estrangeiro. Essa foi uma das razões
que levaram a uma mudança na composição da produção e das exportações de países da
região, que se concentraram mais ainda do que no passado nos produtos oriundos de recursos
naturais, distanciando-se dos setores com maior potencial de aumento da produtividade. Não é
de admirar, nessas condições, que, fora exemplos esporádicos como o da indústria aeronáutica,
cuja existência, aliás, se deve a uma política de Estado, seja extremamente limitada a oferta de
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países como o Brasil em matéria de manufaturas de alta tecnologia e valor agregado capazes de
competir com os produtos asiáticos em mercados altamente competitivos como os dos Estados
Unidos e dos países europeus.
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O que fazer?
Acima de tudo, evitar fórmulas simplistas e simplórias. Por exemplo, a do famoso “choque de
competitividade” de vez em quando ressuscitada por assessores do Ministério da Fazenda
e gente vinculada ao mercado financeiro. A última versão foi a da redução substancial das
tarifas industriais. Embora pareça supérfluo, não custa repetir que é absurdo falar de “choque
de competitividade” no momento em que o setor produtivo enfrenta no Brasil condições
incomensuravelmente mais adversas do que os concorrentes potenciais em todos os fatores-
chaves determinantes da competitividade internacional, a saber, a taxa de juros, a taxa de
câmbio, a carga tributária e o custo de transação resultante da infraestrutura de serviços.
Um fenômeno de causas tão complexas e variadas como é a desindustrialização precoce só
poderá ser combatido por terapêutica igualmente diversificada, que contenha ingredientes
capazes de atacar as raízes macroeconômicas descritas, assim como os problemas de diferente
natureza aqui exemplificados na área de ciência e tecnologia, de pesquisa e desenvolvimento
de produtos, de inovação etc. Identificar os diversos componentes de tal terapêutica foi
precisamente o objetivo do seminário realizado na Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo (Fiesp), em 28 de novembro de 2006. Na ocasião, um dos mais importantes objetivos
foi estimular um esforço sistemático e constante com vistas a valorizar o papel transformador
e de liderança da indústria manufatureira no processo de desenvolvimento, reatando com a
tradição de pioneiros como Roberto Simonsen e Euvaldo Lodi. Para isso, é indispensável reagir
contra o verdadeiro preconceito que, consciente ou inconscientemente, se criou contra o setor,
voltando a dar-lhe condições normais para poder concorrer internacionalmente e sobreviver
no âmbito interno.
Um elemento indispensável em tal sentido é uma estratégia para as negociações internacionais
que não aumente ainda mais as dificuldades enfrentadas em função das condições hostis
de juros, câmbio e tributos internos. Esse perigo existe não só nas negociações de acordos
de livre-comércio como nas da Rodada Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Nestas últimas, ficou claro que a tática dos usual suspects em matéria de protecionismo
agrícola (França et caterva) é repetir o bem-sucedido jogo utilizado na Rodada Uruguai: alegar
a impossibilidade de qualquer movimento em agricultura se não houver antes concessões
substanciais do Brasil, principalmente, da Índia e de alguns outros em Non-Agricultural Market
Access (Nama), isto é, em produtos industriais (e também em serviços). Conforme se sabe,
pagamos, naquela ocasião, um preço altíssimo em reduções tarifárias industriais, propriedade
intelectual, medidas de investimento relacionadas ao comércio (como a proibição do conteúdo
local ou índice de nacionalização no processo manufatureiro), em perda de flexibilidade ou
policy space para adotar políticas de estímulo à indústria, de amplo e irrestrito uso pelos países
avançados quando ainda se encontravam em fase de industrialização. Nossos ganhos em
agricultura, em compensação, foram modestos e mais conceituais do que concretos.
No momento, algumas das fórmulas propostas em Genebra por países desenvolvidos
implicariam reduções, da parte de países em desenvolvimento, de mais de dois terços na média
ponderada das tarifas aplicadas e de mais de três quartos dos níveis atuais da média ponderada
de suas tarifas consolidadas. Conforme tem sido demonstrado nos estudos dos economistas da
Unctad, Santiago Fernández de Córdoba, Sam Laird e David Vanzetti, tais reduções constituiriam
cortes incomparavelmente mais profundos do que os efetivados pelos principais países ricos ao
longo dos trinta anos após a Segunda Guerra Mundial. A experiência histórica indica que, no
processo de industrialização, o que conta não é tanto o nível médio das tarifas, mas seu perfil
setorial. A tarifa ideal é a desenhada para proteger o processo de aprendizagem e de aquisição
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de competitividade nos setores dinâmicos, não nas indústrias em declínio. Um dos fatores
que diferenciaram Coreia do Sul e Taiwan e explicam o êxito da industrialização dessas duas
economias foi justamente uma estrutura tarifária racional inspirada no princípio da proteção
seletiva e temporária (Yilmaz Akyuz, The WTO negotiations on industrial tariffs: what is at stake
for developing countries [As negociações da OMC sobre tarifas industriais: o que está em jogo
para os países em desenvolvimento], TWN, Penang, 2005).
Essa verdade nos aconselha extrema cautela nas atuais negociações, uma vez que as fórmulas
mais favorecidas pelos negociadores representariam perdas substanciais e súbitas de
proteção em setores como o automobilístico e o eletrônico, exatamente os que apresentam as
características desejáveis de dinamismo e alta capacidade multiplicadora de efeitos benéficos
para a indústria como um todo.
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dos esgotos para regiões e municípios periféricos, concentrando renda fundiária e imobiliária
nas áreas centrais. No entanto, a água consumida nesses centros provém dos mesmos locais
desvalorizados e degradados por receberem os rejeitos metropolitanos. Assim, muitos recursos
são mobilizados na tentativa de adequar essa água ao consumo, além daqueles empregados
na sucessiva busca de novas fontes, invariavelmente distantes e já utilizadas para importantes
finalidades econômicas, sociais e ambientais.
Esses elementos ameaçadores da água, como a expansão industrial, agrícola e urbana, superam
os níveis de crescimento populacional e suas demandas essenciais e dependem de expressivos
investimentos públicos e privados. Os interesses em seus resultados vão além das ambições
políticas de determinados grupos e se originam nos maiores beneficiários das grandes obras,
da especulação imobiliária, financeira e da produção de veículos, entre outros protagonistas da
formação desse espaço cada vez mais amplo, vulnerável e degradado.
Os desafios a serem enfrentados no resgate da água limpa, nesse contexto, podem ser
comentados em dois grupos de problemas interligados. O primeiro é o intenso desperdício de
água nesta sociedade de consumo, além das alterações do clima provocadas pela formação das
chamadas “ilhas de calor” nas áreas intensamente urbanizadas, agora potencializadas com os
efeitos das mudanças climáticas globais nos recursos hídricos. O segundo aglutina as políticas
de recursos hídricos e de gestão das águas aplicadas na região afetada pela crise e no restante
do estado de São Paulo, compreendendo: a degradação dos mananciais que deveriam garantir
a produção e qualidade de água; a mercantilização da água e a privatização da empresa de
saneamento; a inexistência de ações para redução de demanda; e, por último, o abandono da
gestão integrada e participativa dessas águas.
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Essa nova realidade exige o controle da expansão urbana, a introdução de políticas adaptativas
e o fortalecimento da resiliência dos sistemas naturais, por meio da ampliação de programas
que os protejam, garantindo a prestação de serviços ambientais.
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e recurso vital para a população. Essa é a bandeira de luta internacional dos movimentos sociais
que querem assegurar a universalização do acesso à água.
Alternativas de suprimento
Embora as águas subterrâneas não constituam a principal fonte de abastecimento, elas podem
complementar as captações em águas superficiais. Sua qualidade, em geral, é satisfatória e
vem sendo explorada como fonte principal em grande número de condomínios, indústrias e
outros empreendimentos. Apesar de sua exploração necessitar de uma autorização (outorga),
o grau de clandestinidade é elevado, o que ameaça essas águas de duas formas: com a
contaminação, pelo reduzido cuidado na manutenção dos poços, e com o rebaixamento do
nível dos poços, pela exploração acima da capacidade de recarga, em especial considerando a
impermeabilização do solo nas áreas urbanas, onde essa água é mais demandada.
No atual quadro de escassez é necessário que essas águas sejam destinadas, prioritariamente,
para o abastecimento público, revertendo a situação de descontrole em sua exploração privada.
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verdadeiro fórum das águas, capaz de promover soluções criativas e agregar parcelas maiores
da sociedade nas decisões.
Evitando-se pressionar demasiadamente nossos governantes, ou as modernas e agora globais
empresas de saneamento, há duas ações prioritárias para recuperar a água que nos falta. Elas
dependem apenas da aplicação de dois artigos do Código Sanitário Estadual de 1894, o 173 e o
313, que estabelecem, respectivamente, que, “na falta de canalização de esgotos, os resíduos
poderão ser lançados nos rios, mas depois de purificados” e que “as matas existentes nas
cabeceiras [dos mananciais] deverão ser conservadas do melhor modo possível”.
Copa 2014 pode deixar melhora da autoestima como legado para o Brasil
Do UOL, em São Paulo 14/07/2014
Quem mora nas cidades-sede da Copa, quem encontrou gringos que vieram ao Brasil para
assistir ao Mundial ou quem acompanhou as notícias sobre pesquisas de opinião ou focadas
na experiência de turistas estrangeiros no país nas últimas semanas dificilmente terá dúvidas
sobre um fato: os gringos adoraram o Brasil e a Copa do Mundo do Brasil.
Cada uma das 12 cidades-sede da Copa agradou também por motivos específicos, suas
belas praias, suas noitadas com pimenta, sua culinária de dar água na boca ou sua natureza
exuberante. E não houve problemas, os turistas não tiveram do que reclamar? Claro que
houve, impossível realizar um evento deste porte sem problemas, mas a verdade é que ficaram
pequenos, os problemas, diante da satisfação.
E, acima de tudo, em destaque em qualquer levantamento de opinião, informal ou científico,
qual foi a melhor parte da Copa, o que de melhor você, turista estrangeiro, viu no Brasil? Ah,
é o povo brasileiro, respondem. Foi ele, o brasileiro, quem fez sorrir os visitantes. Os fatos e
números apurados podem ser vistos no quadro ao fim desta reportagem.
Um levantamento realizado pelo UOL Esporte, chamado de Pesquisão UOL, dá o tom do que
acharam os gringos da Copa, do Brasil e de seu povo. Uma das perguntas foi: "O que mais te
encantou no Brasil além dos jogos de futebol?". Algumas respostas:
"As pessoas, o povo brasileiro. As mulheres são lindas e as pessoas são muito simpáticas, elas
recebem muito bem os estrangeiros". Nathan Tulkens, belga, 24 anos.
"As pessoas. Já tinha ouvido falar da alegria dos brasileiros, mas nada tinha me preparado para
isso." Florent Delamanj, francês, 25 anos .
"As pessoas são muito legais e festivas, há vibração e energia em todos os lugares. Eu pensei
que elas não gostavam dos ingleses, mas elas gostam!" Fred Cooler, inglês, 22 anos.
Será este um legado intangível que o Brasil poderá tirar do Mundial de 2014, o aumento da
autoestima do povo. Para a professora de Sociologia da PUC-SP Mônica Carvalho, participante
da pesquisa "Metropolização e Megaeventos: o impacto da Copa de 2014 e das Olimpíadas de
2016", durante este Mundial as pessoas mostraram que sabem separar o que acontece nos
gramados da realidade do país. "Com este descolamento do nacionalismo exacerbado, nem
uma derrota acachapante faz a população pensar que tudo vai mal no país. Assim como um
título não traria a ilusão de que tudo está perfeito."
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O passo seguinte seria a população perceber os avanços conquistados. "A mentalidade está em
descompasso com o que o Brasil é. Há um imaginário de 30 anos atrás com instituições frágeis,
golpes, insegurança econômica e falta de profissionais capazes". Ela conta que não reconhecer
a evolução ocorrida a partir da década de 1980 levou ao sentimento de pouca confiança e
dúvidas se o país seria capaz de organizar o Mundial.
Esta preocupação se dissipou e virou orgulho pelo sucesso da Copa e os elogios estampados
em jornais internacionais. A socióloga ressalta que este sentimento pode ser temporário,
existe ainda uma idealização da realidade dos Estados Unidos e Europa. Mas, o contato com
moradores desses locais durante a Copa revelou que há problemas semelhantes, como filas
para pegar táxi no aeroporto.
A Copa mostrou que o Brasil não é tão pior assim, não é tão incapaz assim nem tem tanta coisa
assim do que se envergonhar. Agora, resta esperar que o tempo responda se tais constatações
irão reverter em ganho de autoestima do povo brasileiro, gerando um legado intangível deixado
pelo Mundial de futebol.
Pesquisão UOL
Pesquisão UOL: 257 torcedores e 117 jornalistas ouvidos
•• 28% dos torcedores consideram a hospitalidade da população o melhor da Copa.
•• 8% ainda citaram a recepção calorosa do povo.
•• 30,3% dos jornalistas se disseram surpresos com a recepção da população. Amáveis e
acolhedores foram os adjetivos mais citados.
•• 38,5% dos profissionais de imprensa afirmaram que é a melhor Copa em que trabalharam
•• 19,7% é o percentual da segunda colocada, a Alemanha.
Pesquisa BBC
Entrevistas feitas por repórteres nas ruas do Brasil
•• Hospitalidade do povo foi citada por todos que conversaram com a reportagem.
•• Nas 12 cidades-sede, o povo brasileiro foi considerado a principal atração.
Rio de Janeiro
Pesquisa da GMR Inteligência de Mercado
•• 97% aprovaram a hospitalidade do carioca.
•• 98,3% indicam o Rio como destino turístico.
•• 98,8% contaram que a cidade atendeu às expectativas.
•• 96% ratificaram como verdadeira a fama de hospitaleiro do povo carioca.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
São Paulo
São Paulo Turismo: 5.332 entrevistas
•• 80% deram notas acima de 7 para o Mundial na cidade.
•• Registradas 865 mil postagens sobre a Copa na cidade, sendo 85% positivas.
•• 503 milhões de internautas acessaram diretamente essas postagens.
Salvador
Associação de hotéis: 2.077 entrevistas
•• 94% dos entrevistados pretendem voltar à capital baiana.
•• Motivos mais citados para satisfação foram hospitalidade do povo e alegria das festas.
Natal
Associação de hotéis ouviu 1.003 estrangeiros
•• 86,6% consideraram a experiência na cidade ótima ou boa.
•• 87,7% indicariam Natal como destino turístico.
Manaus
934 pessoas ouvidas por institutos públicos de turismo
•• Hospitalidade do povo é citada como ponto alto da cidade por 97% dos entrevistados.
•• 78% dizem que gostariam de voltar à cidade no futuro.
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Copa deixa legado de infraestrutura menor e mais caro
Boa parte das obras prometidas não foi entregue a tempo para o Mundial
A Copa do Mundo deixa um legado de infraestrutura para o Brasil muito menor do que o
prometido quatro anos atrás — e a um custo mais alto. Em 2010, o governo anunciou que o
evento atrairia investimentos de R$ 23,5 bilhões em 83 projetos de mobilidade urbana, estádios,
aeroportos e portos. Parte das obras ficou no caminho e só 71 projetos foram mantidos na lista.
Segundo levantamento feito pela rede de repórteres do Estado nas 12 cidades-sede, as
obras entregues para a Copa e as inacabadas somam R$ 29,2 bilhões — mesmo tendo sido
substituídos em várias cidades projetos mais ambiciosos, como trens e monotrilhos, por
modestos corredores de ônibus. Ou seja, o País gastou mais para fazer menos e com menor
qualidade.
Em setembro de 2013, o Ministério dos Esportes apresentou sua última consolidação das obras
da chamada Matriz de Responsabilidade da Copa, já com a exclusão dos projetos prometidos
em 2010 e abandonados.
Os 71 projetos confirmados somavam então R$ 22,9 bilhões. Esse resultado significava que os
governos federal, estaduais e municipais e a iniciativa privada gastariam 3% a menos do que
o previsto em 2010 para fazer 15% a menos em número de obras. Os investimentos estavam
distribuídos assim: 50,5% para o governo federal, 33,1% para os Estados e municípios e 16,4%
para o setor privado.
Entretanto, a reportagem constatou que o gasto total, hoje, é ainda maior: R$ 29,2 bilhões, ou
27% a mais do que o anunciado há quatro anos.
A construção dos estádios foi prioridade, seguida dos aeroportos. Mas na mobilidade urbana,
o principal legado da Copa para os moradores das grandes cidades, o resultado foi sofrível. De
50 projetos, apenas 32 foram mantidos, o que quer dizer que um em cada dois foi abandonado.
De acordo com a matriz consolidada em setembro pelo Ministério do Esporte, o País investiria
R$ 7 bilhões em mobilidade urbana para receber a Copa, R$ 4,47 bilhões a menos do que o
previsto em 2010.
Inacabadas. Além disso, boa parte das obras não foi entregue a tempo para o Mundial. O
levantamento do Estado nas 12 cidades-sede mostra que 74 obras de mobilidade urbana
foram entregues e 46 permanecem inacabadas. O número de obras é maior do que o da lista
de projetos do ministério porque as prefeituras e governos estaduais, que são as fontes dessa
informação, costumam fatiar projetos em várias obras.
Os projetos de construção do VLT de Brasília e de Manaus, por exemplo, ficaram só no papel.
Já o monotrilho de Cuiabá será entregue no segundo semestre de 2015. Em São Paulo, o
Expresso Aeroporto, trem que ligaria o centro da cidade a Cumbica, foi cancelado em 2012. E o
monotrilho do Morumbi ainda está em construção.
O abandono e a não conclusão das obras só não tiveram um impacto maior porque a maioria
das cidades decretou feriado ou ponto facultativo para o funcionalismo, além de as férias
escolares de julho terem sido antecipadas.
Em uma cidade como São Paulo, isso equivale a trocar o deslocamento de seus 10 milhões de
moradores pelo de 64 mil torcedores indo para o Itaquerão e outras 30 mil ou 40 mil pessoas
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concentrando-se na Fun Fest e bares ao redor no centro da cidade, bem como na Vila Madalena,
na zona oeste.
O único segmento que não sofreu baixas foram os estádios. Todos os projetos previstos saíram
do papel e custaram R$ 8 bilhões ao País — 98% em recursos públicos-, montante 50% acima
do previsto em 2010. Mal ou bem, ainda que com parte das arquibancadas provisória, como no
Itaquerão, eles ficaram prontos para a Copa, acalmando a Fifa.
Em São Paulo, o projeto original previa a reforma do Morumbi, que custaria R$ 240 milhões
e mais R$ 315 milhões em obras do entorno. Com a substituição da obra pela construção do
estádio de Itaquera e investimentos no seu entorno, o custo saltou para R$ 1,37 bilhão.
No caso dos aeroportos, o desempenho foi mediano — alguns ficaram prontos, outros, não,
mas isso não comprometeu o embarque e desembarque dos torcedores. Obras previstas em
aeroportos como Viracopos, Confins, Fortaleza e Salvador não foram concluídas antes do
Mundial.
"A reforma dos aeroportos era uma necessidade, independente da Copa", analisa Carlos Ebner,
diretor-geral da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) no Brasil.
— Mas a Copa era uma motivação para dar um salto de infraestrutura e deixar um legado ao
País. Mas nem tudo foi feito e queremos que as obras continuem após a Copa.
Segundo ele, o caos não ocorreu porque o setor se organizou em uma operação especial e
compensou os entraves de infraestrutura. Foi o que aconteceu também com o transporte
urbano, beneficiado pelos feriados e linhas especiais de ônibus para os torcedores. Terminada
a Copa, a vida volta ao normal.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Atualidades
AULA 03
CLIPPING DE NOTÍCIAS
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Os escores são sempre comparados com a média das 40 nações. Então não é possível
determinar ao certo se a piora do indicador do Brasil se deve a uma queda no desempenho dos
alunos brasileiros, ou se houve uma melhora na média mundial.
Ásia em alta
No topo do ranking, a novidade desta edição é a queda dos países escandinavos e a ascensão
de asiáticos.
A Finlândia, que liderava a edição de 2012, viu seu escore piorar de 1,26 para 0,92 - caindo
quatro posições e sendo ultrapassada por Coreia do Sul, Japão, Cingapura e Hong Kong. O
relatório afirma que países escandinavos, como Suécia e Finlândia, tem visto nos últimos anos
as notas de seus alunos piorarem nos testes internacionais.
A Coreia do Sul é o país com a melhor média em relação às 40 nações. Um dos destaques
positivos do ranking foi a Rússia, cujos alunos melhoraram suas notas nas avaliações. Com isso,
a Rússia subiu sete posições, de 20° para 13°.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
brasileiros, por conta dos cerca de 22 bilhões de reais que a organização do Mundial custará aos
cofres públicos.
A presidente Dilma Rousseff, que concorre à reeleição em outubro, inaugurou quase todos os
estádios, mas quatro ainda não foram totalmente concluídos. O Itaquerão, de São Paulo, que
receberá a partida de abertura entre Brasil e Croácia, a Arena da Baixada, de Curitiba, o Beira-
Rio, de Porto Alegre, e a Arena Pantanal, de Cuiabá, continuam em obras a exatos 30 dias do
pontapé inicial, previsto para o dia 12 de junho.
"Vivemos um inferno no Brasil", confessou Valcke na semana passada, durante um evento
realizado em Lausanne, na Suíça. "No Brasil, há alguns políticos que se opõem à Copa do
Mundo, e nós vivemos um inferno, principalmente porque no país existem três níveis políticos
que passaram por mudanças por causa de eleições, fazendo que não conversássemos
necessariamente com as mesmas pessoas. Era complicado ter de repetir toda vez a mesma
coisa", afirmou o dirigente.
Resignado, Valcke admitiu que os estádios devem ficar prontos "no último minuto" e não vê
a hora da bola rolar para que finalmente possa tomar sua caipirinha. Todas as cidades-sede
deveriam a princípio oferecer o 4G aos usuários, mas o governo já alertou que o wi-fi não
funcionaria bem na metade dos estádios.
Também existe uma grande preocupação em relação ao funcionamento dos aeroportos.
"Embora o Brasil tenha experiência em mega-obras, conheço pouca coisa que esteja tão
atrasada quanto os preparativos para esta Copa do Mundo", disse à AFP Lamartine Pereira da
Costa, professor de estudos olímpicos e gestão do esporte da Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (UERJ) e da Universidade de East London, na Inglaterra.
Mais insegurança
Muitos protestos anti-copa já estão sendo organizados em cidades-sedes da Copa, e há
temor de que as manifestações sejam marcadas por episódios de violência, como aconteceu
em junho do ano passado, quando milhares de brasileiros foram às ruas em meio à Copa das
Confederações. A estas preocupações se soma um aumento da violência no Rio de Janeiro,
cidade que receberá 12 partidas do Mundial, inclusive a final, em 13 de julho no Maracanã.
A morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, na comunidade Pavão-Pavãozinho, gerou
protestos com cenas de guerrilha urbana perto do bairro de Copacabana, o mais turístico da
cidade, com autoridades lançando gaz lacrimogêneo e disparando balas de borracha contra os
manifestantes.
No último sábado, um assaltante manteve dois reféns por mais de duas horas dentro de um
ônibus na avenida Brasil, um episódio em que, felizmente, não houve feridos. O ministro do
esporte, Aldo Rebelo, ironizou que o Brasil ainda é mais seguro que o Afeganistão ou o Iraque,
mas vários países mostraram-se preocupados em relação à segurança dos jogadores e dos
torcedores.
Desde o início do ano, seis policiais morreram em ataques de traficantes nas comunidades
pacificadas. O governo prometeu que iria mobilizar nada menos que 170.000 policiais, militares
e agentes privados para garantir a segurança durante o evento.
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Clamor popular
Embora a maioria dos brasileiros ainda seja a favor da realização da Competição no país, a
percentagem de aprovação caiu muito, de 79% em 2008 a 48% em abril deste ano. Há seis
anos, apenas 10% se dizia claramente contra a Copa, contra 41% hoje em dia.
"Ninguém sabe qual será o teor das manifestações, mas duas coisas podem acontecer de forma
simultânea, um grande êxito da Copa em termos de público e uma grande reação de protesto
contra o governo", analisou Lamartine Pereira da Costa. "O grande fator favorável no Brasil é a
população, que sempre responde bem. Uma vez que a Copa começar, a reação pode ser muito
positiva", completou.
Muitos se perguntam quais podem ser as consequências políticas caso a seleção brasileira
não conquiste o tão esperado hexacampeonato em casa. De acordo com as últimas pesquisas,
Dilma seria reeleita no segundo turno com 35% dos votos. A presidente perdeu oito pontos nas
últimos seis meses, em meio as reclamações pela baixa qualidade dos serviços públicos.
"O Brasil pode ser campeão e eu perder a eleição. O Brasil pode não chegar lá e eu ser reeleita.
Uma coisa não está ligada à outra. Não tenham dúvidas de que vou torcer muito para o Brasil
ser campeão", resumiu Dilma.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
A maioria dos africanos, segundo a PF, é de países lusófonos, como Angola e Cabo Verde,
com 11.027 e 4.257 cidadãos respectivamente até 2012 — ano dos dados consolidados mais
recentes — seguidos pela Nigéria, com 3.072 imigrantes que regularizaram sua situação.
Segundo o coordenador de Políticas para Imigrantes da Secretaria de Direitos Humanos da
Prefeitura de São Paulo, Paulo Illes, o aumento da corrente imigratória africana é "mais visível"
após 2010, quando o fluxo passou a ser "contínuo".
Illes, que trabalha com o tema da imigração há 15 anos, afirmou que a crise financeira de 2008
foi um dos fatores que fez muitos africanos optarem pelo Brasil e não por países da Europa, que
por sua vez ficaram mais estritos com as normas migratórias.
A imagem de nação emergente no cenário internacional levou o Brasil a ser visto pelos africanos
de lugares mais pobres como "o país do futuro e dos sonhos" e um destino "mais atraente" em
termos de fácil receita e direitos trabalhistas em comparação à Europa, ressaltou Illes.
A congolesa Cathy, por exemplo, deixou sua terra natal devido à guerra civil entre o governo e
forças rebeldes no norte do país e depois de seu marido, membro de um partido de oposição,
ser preso.
"Saí por questões de segurança, e como na África é difícil conseguir vistos, me disseram que
para o Brasil seria fácil e que, como país emergente, precisava de mão de obra para o trabalho",
contou ela, que chegou a São Paulo em dezembro do ano passado com os filhos e espera
regularizar seus documentos para conseguir trabalho.
Parise lamentou que, apesar de a PF outorgar um documento provisório para acesso ao País
nas fronteiras, o status de refugiado e as autorizações para trabalhar podem demorar meses.
— Pessoas que chegaram em março têm entrevista marcada para dezembro. Isso quer dizer
que a vida delas fica parada até essa data, com uma série de consequências e problemas.
Cathy questionou a burocracia para obter os documentos e rotulou como "mito" a fama de
receptividade dos brasileiros.
— Mudei de ideia, pois aqui se pedem documentos para tudo, até para comprar alguma coisa.
A xenofobia e as demonstrações de racismo, como o preconceito contra os africanos no
transporte público e por parte dos órgãos de segurança, também são relatados por alguns
imigrantes que chegam ao abrigo da pastoral.
Apesar de o Brasil ser mais "acolhedor" do que a Europa com os imigrantes, Parise explicou que
a taxa de imigração comparada com a dos países europeus é "baixa".
"Se os imigrantes representassem 10% da população, gostaria de ver como a sociedade
brasileira reagiria", concluiu o sacerdote, que lembrou que os imigrantes representam apenas
1% do total de habitantes do Brasil.
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Trinta anos depois da assinatura da Convenção Internacional Contra Tortura da ONU por 155
países, entre eles o Brasil, a grande maioria dos brasileiros ainda teme por sua segurança ao
ser detida por autoridades, revela um relatório divulgado nesta segunda-feira(12) pela ONG
Anistia Internacional, que trabalha com defesa de direitos humanos.
Quando questionados se estariam seguros ao ser detidos, 80% dos brasileiros ouvidos pela
ONG no levantamento discordaram fortemente.
Trata-se do maior índice dentre os 21 países analisados no estudo e quase o dobro da média
mundial, de 44%.
'É um índice chocante que revela a percepção social em torno da tortura', diz Erika Rosas,
diretora para Américas da Anistia Internacional, à BBC Brasil.
'Não podemos dizer que a tortura é uma prática sistemática no Brasil como em outros países,
mas temos documentado diversos casos preocupantes'.
Impunidade
No levantamento, que ouviu 21 mil pessoas em todo o mundo, o México ficou num distante
segundo lugar, com 64% dos participantes respondendo temer a tortura por autoridades.
Turquia e Paquistão empataram na terceira posição, com 58%.
O Reino Unido (15%), a Austrália (16%) e o Canadá (21%) foram os países onde este medo é
menor.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous, diz não se surpreender
com a posição do Brasil no ranking.
'A tortura persiste porque houve a impunidade com a anistia dos agentes da ditadura que a
praticaram. Isso gera um salvo-conduto para as autoridades atuais', afirma Damous.
'A violência policial é perceptível e está enraizada nas políticas de segurança pública do país'.
Nos últimos três anos, o número de denúncias dos atos cometidos por agentes do governo no
país cresceu 129%.
Entre 2011 e 2013, foram relatados 816 casos por meio do Disque 100, da Secretaria Nacional
de Direitos Humanos, envolvendo 1.162 agentes do Estado.
Avanço
Damous aponta como avanço nesta questão a aprovação no Congresso Nacional do Sistema
Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, que prevê, entre outras medidas, a permissão
para que peritos independentes tenham acesso a prisões e hospitais psiquiátricos para avaliar
o tratamento dado a detentos e pacientes.
'Hoje, os peritos policiais se sentem coagidos por colegas a mudarem seus laudos', afirma
Damous.
Rosas, da Anistia Internacional, diz que o sistema aprovado no país é louvável, mas que é agora
preciso colocar essa política em prática.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
Atualmente, o comitê de peritos ainda precisa ser nomeado pela presidente Dilma Rousseff.
'É preciso treinar as forças de segurança e criar leis secundárias para dar apoio a este sistema',
afirma Rosas.
'Isso deve ser feito especialmente em relação às manifestações que ocorreram e ainda estão
por vir com a Copa do Mundo, para garantir que os protestos não sejam criminalizados e não
colocar os manifestantes numa posição em que possibilite que eles sejam detidos e talvez
torturados. O mundo estará de olho no Brasil neste período e a forma como o país lidar com
isso servirá de exemplo'.
Ao mesmo tempo, de acordo com a pesquisa da Anistia Internacional, a maioria dos brasileiros
condena a tortura: 83% concordam que é preciso haver regras claras contra esta prática e que
elas violam leis internacionais e 80% discordam que ela pode ser necessária em alguns casos
para obter informações para proteger a população.
'Isso é como o racismo: ninguém declara abertamente apoio à tortura. Mas percebemos que,
em segmentos importantes da sociedade, bate-se palmas à tortura ou ela é ignorada porque
foi praticada contra criminosos. Isso ocorre principalmente nas redes sociais, onde as pessoas
costumam ser mais honestas', afirma Damous.
'A sociedade precisa fazer sua parte e colaborar, porque os policiais sentem-se legitimados por
esta parte da população'.
Campanha
Juntamente com a pesquisa, a Anistia Internacional lançou uma campanha contra a tortura.
Em seu relatório, a ONG afirma que, apesar de muitos países terem aceito a proibição universal
da tortura e vêm combatendo-a com sucesso, diversos governos ainda usam tortura para
extrair informação, obter confissões forçadas, silenciar dissidentes ou simplesmente como uma
punição cruel.
Segundo Rosas, da Anistia Internacional, é preciso dar fim à noção de que a tortura é necessária
para controlar os níveis de criminalidade.
'Falta vontade política dos governos para punir quem pratica a tortura porque ela é vista como
uma prática aceitável para combater o crime', afirma Rosas.
Entre janeiro de 2009 e maio de 2013, a Anistia Internacional teve conhecimento de torturas e
maus-tratos em 141 países.
Amarildo
Apesar de não fazer parte oficialmente desta estatística, o caso do pedreiro Amarildo de Souza
é citado nominalmente no lançamento da nova campanha contra tortura.
Em 14 de julho de 2013, ele foi detido ilegalmente pela polícia militar na favela da Rocinha, no
Rio de Janeiro. Uma investigação concluiu que ele foi morto por meio de tortura dentro de UPP
(Unidade de Polícia Pacificadora) instalada pela polícia na favela.
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'Assim como outros países do continente, o Brasil tem um legado de violência gerado pelas
ditaduras, que usava a tortura como ferramenta de opressão. É muito preocupante que, em
2014, autoridades sigam torturando', afirma Rosas.
Vinte e cinco policiais acusados de terem envolvimento com sua tortura e morte estão
atualmente em julgamento.
'O caso de Amarildo foi exatamente como ocorria na ditadura e mostra que a tortura não é
coisa do passado', afirma Damous.
'Talvez por causa da repercussão na internet e internacionalmente, ele tenha virado uma
exceção, porque houve punição. A regra ainda é a impunidade'.
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A primeira delas é incentivar que todos os interessados em viver e trabalhar no Brasil já venham
com visto para evitar a ação de coiotes e do crime organizado. A segunda é a inserir os haitianos
no mercado de trabalho e em programas sociais do governo.
Na próxima semana, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deverá se reunir com os
governadores do Acre, Tião Viana, e de São Paulo, Geraldo Alckmin, para discutir meios de
inserção dos haitianos nas políticas públicas do País, como trabalho e educação.
Por último, o MRE (Ministério das Relações Exteriores) entrará em contato com os países de
trânsito para que auxiliem na entrada regular no Brasil.
De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, cerca de trinta
haitianos entram por dia no Brasil ilegalmente e a Embaixada brasileira no Haiti tem emitido
mil vistos por mês.
O ministro disse ainda que a intenção não é restringir a entrada de haitianos, mas legalizar a
entrada no País. Em 2010, haitianos começaram a entrar no Brasil pelas fronteiras no Norte do
país, principalmente, pelo Acre.
Em 2012, o governo daquele Estado passou a abrigá-los num alojamento na cidade de Basileia,
na fronteira com a Bolívia. Como chegavam sem visto, os imigrantes permaneciam ali até
retiraren os documentos para trabalhar legalmente no País.
No início deste mês, por conta das enchentes que atingiram o Estado, o governo do Acre
resolveu fechar o abrigo e transferir parte dos imigrantes à capital Rio Branco. Foram enviados
a São Paulo outros quatrocentos estrangeiros.
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próprio racismo. Já Milene Mizrahy destacou a atuação dos atores e dessa “velha prática” a
partir do consumo, em um “novo” uso social do shopping, chamando a atenção para o fato de
que, ao contrário do que alguns defendem, o uso de marcas e a presença no shopping são feitos
de modo ostensivo pelos participantes. Estes agiriam assim para se fazerem diferentes dos
“outros” que cerceiam sua presença em espaços destinados às elites, mas que “são cobiçados e
igualmente desprezados”. Trata-se de outro mundo, que não é, e não pretende ser, decalque do
mundo dos frequentadores ordinários dos shoppings.
Muitos já presenciaram os aglomerados de adolescentes em corredores de shoppings,
concentrados nas entradas auxiliares, geralmente perto dos pontos de transporte coletivo que
dão acesso ao centro comercial. Tal fenômeno nunca ganhou a dimensão que teve nos últimos
tempos, diante da reação à proibição de tal prática por parte de alguns administradores que
logo se reuniram em peso para tentar coibi-la. Com a retaliação, os efeitos, segundo alguns,
tiveram relação com os protestos de junho contra as tarifas, que mobilizaram parte da sociedade
brasileira. Ainda que pela teoria oficial precisassem ser identificados, enquadrados, foi a partir
das manifestações de crítica à proibição dos rolezinhos que se desencadeou a retaliação por
parte da sociedade contra a criminalização da prática. Esta assumiu uma dimensão política,
talvez um pouco distante das práticas das próprias rolezeiras, incrementadas, em relação ao
footing, por novas relações criadas com usos específicos de aparelhos celulares, de aplicativos
como o WhatsApp e do próprio shopping.
Sobre os eventos, seria importante destacar a multiplicidade de significados reatualizados,
buscando não o monopólio de um ponto de vista, que se dá sempre a posteriori, e sim a
complexidade dos fenômenos, dos agentes envolvidos e de suas transformações, a objetificação
de pessoas, coisas e lugares, como as praças, os shoppings, os celulares, os produtos de marca,
por exemplo, que constroem novas relações sem deixar de expressar, contudo, atualizações de
variantes estruturais da sociedade brasileira, como o preconceito de classe e o racismo.
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parte desempregados estruturais na década de 1990 ou herdeiros destes, ascenderam
economicamente nos últimos dez anos por meio de políticas de distribuição de renda e geração
de empregos, sobretudo na base da pirâmide social.
O episódio nos faz lembrar depoimentos de gerentes da Caixa Econômica Federal – por ocasião
de uma pesquisa sobre o Bolsa Família realizada por autores deste texto – que afirmaram
que, com a introdução do programa, tiveram de preparar seus funcionários para que estes
atendessem os beneficiários do programa, afinal, o público atingido pelo Bolsa Família não é
costumeiramente o cliente que frequenta bancos, possui conta bancária e domínio cultural das
ferramentas das finanças. Com o Bolsa Família, os funcionários foram preparados para falar
com o grupo. Não somente tecnicamente preparados, mas emocionalmente. Eles tiveram de
se acostumar com outros hábitos linguísticos, outras vestimentas, outros odores, distintos do
público que tradicionalmente frequenta o banco.
Portanto, a chegada dos beneficiários do Bolsa Família ao banco (os quais chamamos
provocativamente de miseráveis) exigiu uma alteração cognitiva dos funcionários da Caixa.
Alteração essa que não acontece em curto prazo, pois exige convencimento, mudança real no
plano das ideias. Logo, é uma alteração que está em processo.
Mas quais são as relações entre os beneficiários do programa Bolsa Família e o fenômeno do
rolezinho?
Como já dito, esse grupo de jovens faz parte de uma geração resultante de diversos programas
sociais, inclusive o Bolsa Família. Como mostra Marcelo Neri, o Brasil criou nos últimos dez
anos “uma nova classe média”. Independentemente das classificações (nova classe média?
batalhadores? ascensão dos miseráveis?), é fato que nos últimos anos um grupo historicamente
excluído do acesso ao banco e ao consumo passou a fazer parte desses espaços. No plano
macro, tivemos diversas políticas públicas que possibilitaram essa “recomposição dos grupos
sociais”: Bolsa Família, microcrédito, Prouni, Enem...
Essa mudança macro, via políticas públicas e projetos sociais, obviamente repercute no nível
micro, nos indivíduos de carne e osso, os quais jamais foram apreendidos com exatidão pelas
Ciências Sociais. E são esses indivíduos que passam a circular em outros espaços sociais,
fazendo-se notar. Trata-se de uma guerra simbólica muito mais do que uma guerra material.
E, como toda guerra, essa é também política. Trata-se de uma disputa política e simbólica por
símbolos e representações, que por sua vez reflete as lutas entre as classes e os grupos sociais
no Brasil contemporâneo.
No caso específico do rolezinho, de um lado da trincheira estão os grupos de classe popular,
com seus hábitos e habitus particulares, seus ritmos, seus hábitos alimentares, linguísticos
e de vestimenta. Do outro estão os empresários dos shoppings (e seus funcionários, assim
como os clientes ditos oficiais desse espaço e alguns segmentos da imprensa), que assim
como os funcionários da Caixa não estão preparados para falar e dialogar com esse grupo de
“transgressores sociais”, que querem entrar no templo do consumo e da ostentação.
A resposta dada pelos empresários dos shoppings não é racional, é cultural. Eles se expressaram
com a única convenção social que possuem em mente: a da exclusão histórica de pobres e
pretos; os funcionários, idem; assim como determinados segmentos da imprensa. Essa
convenção social de exclusão não é mais uma prática individual, e sim uma prática incorporada
nos corpos e nas mentes, um habitus coletivo do grupo dominante. Quando fazemos um
retrocesso e olhamos historicamente para os programas sociais e as políticas públicas de
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inclusão dos pobres no Brasil, encontramos uma convenção social que pressupõe direitos
sociais como “favor”, assistencialismo. O que é oferecido ao pobre não é visto como direito no
Brasil. Portanto, uma análise aprofundada dos direitos sociais no país nos mostra a cristalização
do habitus de exclusão do pobre e preto.
Contudo, o fenômeno do rolezinho nos sinaliza questionamentos desse habitus, dessas
convenções sociais. Remetendo a Erving Goffman, diríamos que esses adolescentes e jovens
estão quebrando o sense of one’s place, ou seja, o lugar predefinido para eles. Claro que
mudanças provocam conflitos no plano das ideias, sobretudo as mudanças culturais. Assim,
poderíamos dizer que, agindo “fora do lugar de origem”, fora do esperado, esses jovens
incomodam diversos segmentos. Tanto o empresariado do setor de shopping como os
funcionários e “clientes tradicionais” – frequentadores desse espaço de distinção – sentem-se
fortemente ameaçados pelos “miseráveis” em ascensão.
Nesse sentido, são interessantes as propostas que estão emergindo dos empresários e como
essas disputas estão circunscritas no plano político. Em São Paulo, o presidente da Associação
dos Lojistas de Shopping (Alshop), Nabil Sahyon, reuniu-se com o governador Geraldo Alckmin,
que prometeu disponibilizar para os jovens espaços, chamados “rolezódromos”, os quais
poderiam abrigar shows com patrocínios das lojas. O prefeito Fernando Haddad diz haver um
exagero na repressão, pois se trata de jovens com menos de 18 anos, que querem namorar e se
encontrar para conversar, e que estava sendo estabelecida uma gestão compartilhada nos CEUs
e clubes comunitários para disponibilizar esses espaços.
Finalmente, a forma como a imprensa, os empresários e a política reagiram ao rolezinho foi
apenas uma indicação cultural de que “as coisas estão fora do lugar”. Isso seria resultado da
recomposição dos grupos sociais no Brasil, que por sua vez é resultante das políticas públicas
de redistribuição de renda. O fenômeno é revelador de que mudanças econômicas acontecem,
mas as transformações culturais ainda estão por vir. E, para nós, são estas últimas que têm
realmente a capacidade de uma “revolução simbólica”, como diria o sociólogo Pierre Bourdieu.
Transformação econômica sem transformação cultural deixa um grande impasse para os grupos
menos favorecidos economicamente, e o rolezinho é exemplo disso.
Diferentes entre si, jovens que não trabalham nem estudam desafiam rótulo
de "geração nem-nem"
Uma das pistas para enxergar a origem desse “fenômeno” está na crise financeira que
atravessa o globo desde 2008
Zero Hora
08/08/2014 |
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de 2012. No ano passado, um estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro confirmou o
índice, analisando uma faixa etária que se estendia dos 18 aos 25 anos.
São 9,6 milhões de pessoas que, diferentes entre si nos mais variados aspectos, se pegaram
unidas, certo dia, neste apelido pouco honroso – “nem-nem”. O próprio IBGE não garimpou o
que essa “geração” tem em comum, para além de estar desgarrada do emprego e da escola:
– Infelizmente, a causa a gente não tem como precisar. Não perguntamos por que as pessoas
estão sem estudar nem trabalhar. O que fizemos foi tentar traçar o início de um perfil – diz
Cíntia Agostinho, pesquisadora do IBGE.
Como montar um currículo eficiente?
Dicas de como preparar uma carta de apresentação.
Leia mais notícias sobre empregos.
Uma das pistas para enxergar a origem desse suposto fenômeno está na crise financeira que
atravessa o globo desde 2008. O Brasil não está sozinho a embalar os seus “nem-nem” – a
recessão na União Europeia lançou ao desemprego quase um quarto dos menores de 25 anos,
proporção bastante superior aos cerca de 11% de desemprego geral no velho continente,
indicativo de que, quando a crise aperta, é a gurizada que apanha mais.
Como o Brasil tem segurado as pontas diante do cenário internacional instável, inclusive
com rumores de pleno emprego, especialistas têm buscado explicações alternativas para a
emergência dos nem-nem.
– É uma geração com baixa auto-estima, desconectada, que não pensa no futuro. Ela tem
medo de assumir responsabilidades, e o que nos trouxe a isso foi o estilo de vida que levamos
hoje. Tudo é transitório, passageiro, nada mais é sólido – avalia o jurista e professor Luiz Flávio
Gomes, diretor-presidente do Instituto Avante Brasil, citando o filósofo Zygmunt Bauman, autor
de Modernidade Líquida.
De acordo com o ex-promotor, ao menos uma parcela dos jovens, incentivada pela fluidez da
internet, está “inerte e anestesiada”, sem conseguir se encontrar “nem nos relacionamentos
com os pais, nem com os amigos, nem com a sociedade”. Outro fermento nesse bolo seria o
aprimoramento das condições de vida:
– Há gerações que passam por muitas dificuldades e sabem como é difícil sobreviver. A geração
seguinte encontra muita coisa pronta. Não sabe o quanto custou para chegarmos a esse ponto
porque não lutou, é uma geração que nasceu com a comida no prato – sustenta Gomes,
acrescentando que a rotatividade imposta pelas empresas também desanima os jovens.
Quais as áreas de estágio que pagam mais no RS?
Conheça características de quatro bancas de concursos.
Cursos voltados à cultura e à criatividade movimentam agenda da Capital.
Condições bastante específicas, entretanto, começam a despontar quando são cruzados os
dados do Pnad. Se, por um lado, “nem-nem” serve de adjetivo zombeteiro contra os deitados
em berço esplêndido, por outro, a expressão parece injusta considerando que a representante
típica dessa geração é mulher, mãe, pobre e habitante da região Norte ou Nordeste do país:
– Nesse grupo de 15 a 29 anos, 70,3% de quem não trabalhava nem estudava eram compostos
por mulheres. E, dentre elas, 58,4% já tinham pelo menos um filho. Quando olhamos a
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
escolaridade, percebemos que 32,4% não tinham o Ensino Fundamental completo, e somente
5% tinham o Superior completo ou incompleto – diz Cíntia Agostinho.
As estatísticas, assim, apontam para as dificuldades que mulheres de áreas mais pobres
encontram ao tentar fazer a maternidade correr paralela ao emprego e ao estudo, conclusão
reforçada pela representatividade menor da “geração nem-nem” em regiões com menos
desigualdade econômica. O Sul apresenta a menor densidade (15%) de jovens que não
trabalham nem estudam, e a fatia de juventude “nem-nem” em Santa Catarina é de apenas
12,7%.
Novos rumos
Há ainda quem tenha decidido se libertar, nem que por um respiro, dos grilhões de uma
carteira assinada. Os jornalistas Gabriela Thomaz, 26 anos, e Guilherme Santos, 27, deixaram
o emprego para trás em 2012. Contra uma rotina falsamente inevitável, eles juntaram grana
e se mandaram para a Amazônia a registrar, em troca de cama e comida, o trabalho de ONGs.
Rodaram Venezuela, Colômbia, Equador e Peru e, sem patrão nem professor, voltaram para
Porto Alegre com uma exposição fotográfica e um filho a caminho.
– Foi uma surpresa. Grávida, era muito difícil que alguém me empregasse. Então o Guilherme
voltou a trabalhar e fiquei esse tempo parada – lembra Gabriela, que agora se prepara para um
mestrado em Antropologia sem perder as primeiras descobertas do filho de oito meses.
Depois de abandonar o emprego, Rafael Duarte dirigiu curta premiado e se prepara para lançar
outro. Foto: Machina Filmes / Divulgação
Para Rafael Duarte e Taísa Ennes Marques, pedir demissão foi o jeito de fazer cinema para além
do período das férias – parada que eles passaram dois anos sem ter. Feitas as economias e
chutados os baldes, eles passaram a arriscar filmes próprios e, sem perspectiva de lucro rápido,
lançaram a produtora Machina Filmes:
– Ocupamos todo o tempo nas nossas ideias. Algo que nos aborrecia era ter que trabalhar nove
horas em um lugar onde éramos subaproveitados – relata Rafael.
O segundo curta da Machina, A Princesa, arrebanhou um punhado de honrarias, incluindo
o prêmio de melhor atriz no 41º Festival de Gramado. O próximo curta, Caçador, estreia no
sábado em Gramado.
O IBGE informou que o Pnad levou em conta a "semana de referência", ou seja, o momento
imediato por que passavam os entrevistados - fossem jovens gestantes em regiões carentes
do país, desocupados por vocação, desempregados sem rumo ou gente em plena criação de
caminhos novos.
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Atualidades
AULA 04
CLIPPING DE NOTÍCIAS
Os motores de busca na web (Google, Yahoo, Bing etc) são capazes de lembrar fatos da história
de uma pessoa que ela mesmo deseja esquecer. Mas o direito ao esquecimento na internet
gera polêmica em diferentes partes do mundo pois envolve uma tênue linha entre liberdade de
expressão, acesso à informação e privacidade.
O debate sobre esse tema ganhou espaço na imprensa após uma decisão da Corte Europeia de
Justiça, que definiu esse direito diante de um caso que se arrastava desde 2011 sem decisão.
Um espanhol reclamava que, ao buscar seu nome no Google, aparecia um link publicado há 16
anos sobre uma dívida já paga, o que violaria sua honra e credibilidade.
A Corte aceitou o pedido e solicitou a retirada do histórico online dos dados que não sejam
mais relevantes. Na sequência da decisão, a empresa passou a ser obrigada a eliminar dos
resultados das suas pesquisas informação considerada lesiva para os visados.
A partir de maio deste ano, o Google passou a disponibilizar um formulário a partir do qual
é possível pedir a omissão nos resultados de busca de dados pessoais dos resultados da
pesquisa. A medida está disponível apenas para cidadãos europeus. A pessoa deve comprovar
sua identidade e apresentar os links que querem que desapareçam da busca. Depois disso, o
Google analisa se a informação é ou não de interesse público.
De acordo com o relatório de transparência do Google, entre julho e dezembro do ano passado,
o Brasil foi um dos países que mais pediu a retirada de conteúdo do ar na internet. Confira o
relatório completo aqui .
Direito ao esquecimento não se confunde com censura, diz desembargador
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“Na verdade, quando o Marco Civil fala sobre o direito de acesso à informação, ele advoga
contra o direito ao esquecimento. Além disso, o foco não é nos intermediários pela divulgação
de informações, esse é outro ponto que pode dificultar o direito ao esquecimento”, explica
Paulo Rená, ciberativista e um dos gestores do projeto base do Marco Civil.
O artigo 5º da Constituição Brasileira garante a liberdade da manifestação do pensamento,
desde que o mesmo não seja anônimo, além da livre expressão de atividade intelectual,
artística, científica e de comunicação. Ao mesmo tempo, determina que é “inviolável a
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”.
Diante de duas situações diversas entre o que deve ser esquecido por ser privado e o que
deve permanecer público, há situações em que a liberdade de expressão pode se chocar
com o direito de privacidade. Entretanto, na opinião de Rená, os itens do artigo devem ser
balanceados conforme cada caso.
Ação no STJ
Em recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a versão brasileira do Google não é
obrigada a excluir links em resultados de pesquisa a pedido de usuários. A decisão diz respeito
ao processo movido por um juiz do Espírito Santo, que solicita a remoção de uma matéria
envolvendo seu nome das buscas do site.
Apesar da aprovação do Marco Civil, o país não tem uma legislação específica sobre a guarda e
manipulação de dados digitais. A atual lei isenta a responsabilidade de provedores de serviço
como Google e Facebook sobre o que manter ou não na web. Essas empresas só devem retirar
um conteúdo, por exemplo, mediante a especificação de URL de origem e após uma ordem
judicial.
Rená explica que o desdobramento desse direito causa impactos nos resultados de busca
de ferramentas da internet. “A página, geralmente, continua com as informações, mas as
ferramentas de busca não apresenta mais aqueles resultados que as pessoas querem que
sejam esquecidos”, conclui.
O Marco Civil da Internet foi apontado como referência mundial para as legislações que devem
tratar da rede mundial dos computadores, durante o NetMundial – Encontro Multissetorial
Global Sobre o Futuro da Governança da Internet, que reuniu governos, empresas, especialistas
e ativistas em discussões sobre o futuro da rede.
Os princípios da lei – especialmente a garantia da neutralidade de rede, da liberdade de
expressão e da privacidade dos usuários – foram estabelecidos para manter o caráter aberto da
internet.
A neutralidade de rede prevê que o tráfego de qualquer dado deve ser feito com a mesma
qualidade e velocidade, sem discriminação, sejam dados, vídeos, etc. Se essa neutralidade
não fosse garantida, a internet poderia funcionar como uma TV a cabo: os cidadãos pagariam
determinado valor para acessar redes sociais e outro para acessar redes e vídeos, por exemplo.
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
O ciclo trágico que abalou a literatura brasileira neste julho friorento começou na primeira
quinta-feira do mês, quando a morte levou o poeta Ivan Junqueira. Surpreendeu a todos no
último dia 18, tirando a vida de João Ubaldo Ribeiro. E entristeceu os leitores apaixonados pelo
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Brasil popular no início desta semana, ao colocar a Caetana no caminho de Ariano Suassuna.
Não satisfeita, a dona morte passou por Campinas (SP) e levou Rubem Alves, cronista habilidoso
e grande pensador da educação no país.
É um vazio literário que não será preenchido. Eles fazem parte de uma era na qual escritores
eram celebridades seguidas na rua e personalidades capazes de lotar auditórios. Viveram o
suficiente para deixar uma obra acabada e bem lapidada, mas não o bastante para saciar uma
legião de leitores fiéis e fascinados.
Se essas mortes têm seu aspecto triste, elas carregam também uma tragicidade na leitura
do crítico e escritor Silviano Santiago. “Porque eles são escritores complementares”, explica.
“Nenhum terá um correspondente perfeito na situação atual.” Ivan Junqueira supriu uma
lacuna relegada a segundo plano pelo modernismo ao investir no diálogo com a poesia lusitana.
“Era um poeta de formação clássica que reata esse diálogo de maneira brilhante. Além disso,
era um grande tradutor”, diz Santiago, ao lembrar traduções memoráveis de T. S. Eliot e Charles
Baudelaire.
João Ubaldo resgatou, segundo o crítico, uma tradição esquecida nos anos pós-ditadura,
quando surgiu com uma literatura mais regional, e Suassuna trouxe a experiência portuguesa
popular para o Brasil. O país não chegou a viver o medievo, mas o paraibano mostrou que havia
uma raiz medieval na cultura popular nacional.
Ignácio de Loyola Brandão ficou desolado com as perdas. “Foi um tusnami. Ariano é um
buraco enorme na camada de ozônio da literatura brasileira. Um grande homem, de uma
cultura imensa que ia de Shakespeare ao cordel com a mesma desenvoltura, não tinha nada de
acadêmico, não alardeava erudição e falava a língua do povo brasileiro”, descreve.
O poeta maranhense Ferreira Gullar revelou que, há poucos dias, havia recebido carta de Ariano
Suassuna em apoio a sua candidatura à Academia Brasileira de Letras e se disse chocado com
as mortes tão próximas dos companheiros. “São perdas incalculáveis. Estou tão perplexo como
qualquer outra pessoa. Mas a vida continua e a literatura continua. É uma perda porque essas
pessoas continuavam produzindo. Infelizmente não se sabe o por que em tão pouco tempo. Eu
pessoalmente acho que é um mistério. Vamos esperar que surjam outros.”
O poeta amazonense Tiago de Mello lembrou que a obra dos grandes escritores permanece
viva, no entanto. “A literatura do Brasil não perdeu nada com a morte deles. A obra deles
continua viva, porque eram obras grandiosas que vão durar para sempre. Na última vez em que
estive com Ariano, em um evento em Ribeirão Preto (SP), ele me disse que logo morreria, mas
que seus personagens continuariam vivos. A obra dele engrandeceu o Brasil, a literatura oral e
a poesia do Nordeste.”
Eco na Academia
Escritor, ensaísta, jornalista e membro da ABL, o pernambucano Marcos Vilaça foi três vezes
presidente da academia e lembrou que as perdas vão deixar um espaço insubstituível na ABL.
“O inusitado foi essa sequência de perdas muito fortes que caiu sobre a academia: um poeta,
um romancista, e um dramaturgo. Isso desorientou a todos nós. Quando começávamos a
pensar na perda de um, veio o outro e mais outro”, constata.
Amigo pessoal de Ariano Suassuna, Vilaça lembra que foi escolhido pelo escritor para ser
recebido na ABL e destaca a importância da obra e pensamento de Ariano para o Brasil. “Eu
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Atualidades – Prof. Cássio Albernaz
admiro muito em Ariano o fato dele ter reunido o erudito e o popular e ter reunido o sangue da
tragédia com o riso da comédia. Ariano é insubstituível. É singular. Por isso, vai ficar sempre a
sensação de falta. Ele conseguiu o admirável de fazer a gente escutar o silêncio no Sertão. Deu
som ao silêncio que a gente tem nas terras sertanejas.”
A acadêmica Nélida Piñon mal havia pensado nas palavras a serem ditas na Sessão da Saudade
que homenagearia João Ubaldo na ABL quando recebeu a notícia da morte de Suassuna. “Os
buracos que eles deixam são aqueles de três grandes escritores”, disse. “Cada qual tem uma voz
narrativa e cada um deles dá início ao Brasil com a sua versão sobre o país. O Brasil perde um
retrato precioso de si mesmo.” O país, aponta a escritora, está presente na obra de todos eles.
A união entre a cultura popular e a erudita marca as peças de Suassuna, enquanto o talento
narrativo de João Ubaldo permite a aparição de personagens totalmente afinados com a cultura
nacional. Nos versos de Junqueira, vida e morte são duas pontas do destino humano e ganham
uma leitura particular no contexto literário nacional e no diálogo com a poesia portuguesa.
A lei que prevê a cota de 20% das vagas nos concursos públicos para quem se declarar negro
ou pardo no ato da inscrição foi sancionada nesta segunda-feira (9/6) pela presidente Dilma
Rousseff, em cerimônia no Palácio do Planalto que contou com a presença do presidente do
Senado, Renan Calheiros.
Embora beneficiados na classificação final, os concorrentes às cotas raciais terão de passar por
todas as etapas de seleção e atender às mesmas exigências impostas aos demais candidatos
pelo edital. A nova regra valerá por 10 anos nos concursos com mais de três vagas, para órgãos
da administração pública federal, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista controladas pela União.
A aplicação da regra aos órgãos do Judiciário e do Legislativo é incerta. Algumas decisões judiciais
nos estados rejeitaram a possibilidade de leis do Executivo criarem condições específicas para
concursos dos demais poderes. No Senado, porém, Renan Calheiros já determinou a instituição
da cota de 20% nos concursos e contratos de terceirização da Casa.
Diversidade
Para a presidente Dilma, a lei dá início à mudança na composição racial dos servidores da
administração pública federal, para se tornar mais representativa da população brasileira. Ela
disse esperar que a iniciativa sirva de exemplo para os outros poderes e empresas privadas.
“É mais uma oportunidade para mostrarmos ao mundo o respeito e o orgulho que temos pela
diversidade da nossa nação”, comenta.
A ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Luiza Bairros,
destacou o apoio do Congresso Nacional à agenda da igualdade racial e o reconhecimento
formal da diversidade brasileira. “Demonstra o quanto o Congresso está afinado com todas as
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demandas por mudanças sociais que nós tentamos responder por meio das políticas públicas”,
afirma.
A proposta (PLC 29/2014), apresentada pelo Poder Executivo em novembro de 2013, foi
aprovada pelo Senado em maio. Dilma Rousseff elogiou a rapidez na tramitação da matéria e
agradeceu pela sensibilidade do Congresso na luta contra a discriminação racial com ações de
política afirmativa.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça - SP
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Normas da Corregedoria
Geral da Justiça
EDITAL
Tomo I
Capítulo II: Seção II;
Capítulo III: Seções I, II, V, VI, VII, VIII – subseções I e II, IX a XV, XVII a XIX, com as alterações
vigentes até a data da publicação do Edital.
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§ 3º Os procedimentos disciplinares e Art. 27. Os servidores da justiça darão
sindicâncias administrativas da corregedoria atendimento prioritário às pessoas portadoras
permanente, vinculada a cada uma das de deficiência, aos idosos, às gestantes,
unidades, serão diretamente cadastrados às lactantes e às pessoas acompanhadas
no SAJ/PG pelos ofícios judiciais, sujeito por crianças de colo, mediante garantia
s ao segredo de justiça, utilizando - se os de lugar privilegiado em filas, distribuição
códigos próprios. de senhas com numeração adequada ao
atendimento preferencial, alocação de espaço
Art. 24. A Administração Geral do Fórum para atendimento exclusivo no balcão, ou
manterá os seguintes classificadores: implantação de qualquer outro sistema que,
I – para cópias de ofícios expedidos; observadas as peculiaridades existentes,
assegure a prioridade.
II – para ofícios recebidos;
Seção V
III – para autorizações e certidões de
inutilização de livros e classificadores DO SISTEMA INFORMATIZADO
obrigatórios. OFICIAL
Parágrafo único. Aplicam-se aos Subseção I
classificadores previstos neste artigo as
DISPOSIÇÕES GERAIS
disposições constantes da Subseção II da
Seção VI do Capítulo III destas Normas de Art. 46. Os procedimentos de registro e
Serviço. documentação dos processos judiciais e
Art. 25. Implantado o sistema de controle de administrativos realizar-se-ão diretamente
ponto biométrico, as duas fichas individuais no sistema informatizado oficial ou em livros
(modelo próprio) utilizadas anteriormente e classificadores, conforme disciplina destas
para cada funcionário da Comarca, uma para Normas de Serviço, e destinam-se:
controle de frequência e outra para a transcrição I – à preservação da memória de dados
resumida de todas as ocorrências pertinentes extraídos dos feitos e da respectiva
à vida funcional, permanecerão arquivadas na movimentação processual;
Seção ou Diretoria de Administração Geral ou na
unidade de lotação do servidor, para eventual II – ao controle dos processos, de modo a
consulta ou expedição de certidão, pelo prazo garantir a segurança, assegurar a pronta
de cinco anos, findo o qual serão entregues ao localização física, verificar o andamento
servidor para guarda. e permitir a elaboração de estatísticas e
outros instrumentos de aprimoramento da
prestação jurisdicional.
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Prof. Giuliano Tamagno
www.acasadoconcurseiro.com.br 569
Art. 54. Constarão do sistema informatizado: IV – nas cartas precatórias, especialmente:
indicação completa do juízo deprecante,
I – nos processos cíveis, de família e natureza da ação e da diligência deprecada.
sucessões, da fazenda pública, da infância
e juventude, de acidentes do trabalho e Parágrafo único. Todos os litisconsortes,
do juizado especial cível: o número do intervenientes e terceiros interessados,
processo; o nome e a qualificação do autor bem como seus respectivos representantes,
e do réu; a natureza do feito; a data da serão cadastrados.
distribuição; o número, livro e folhas do
registro da sentença, quando adotado; o Art. 55. A qualificação das partes será lançada
inteiro teor de pronunciamentos judiciais no sistema informatizado oficial da forma
(despachos, decisões interlocutórias, mais completa possível, com os seguintes
sentenças e acórdãos); anotações sobre dados disponíveis nas postulações iniciais ou
recursos; a data do trânsito em julgado; intermediárias:
o arquivamento (data e caixa) e outras I – em relação às partes nos procedimentos
observações que se entenderem relevantes; cíveis e aos autores de ação penal privada:
II – nos processos criminais, do júri e do a) se pessoa natural, o nome completo, o
juizado especial criminal: o número do número de inscrição no CPF, nacionalidade,
processo; o nome e qualificação do réu; o estado civil, a profissão, bem como
a data do fato; a data do recebimento ou o endereço residencial ou domiciliar
rejeição da denúncia; o artigo de lei em que completo, inclusive CEP;
o réu foi incurso; a data da suspensão do
processo (art. 366 do Código de Processo b) se pessoa jurídica ou assemelhada,
Penal e juizado especial criminal); a data sua firma ou denominação, o número de
da prisão; o número, livro e folhas do inscrição no CNPJ e o endereço da sede,
registro da sentença, quando adotado; o inclusive CEP;
inteiro teor de pronunciamentos judiciais
II – em relação aos acusados em ações
(despachos, decisões interlocutórias,
penais públicas ou privadas:
sentenças e acórdãos); anotações sobre
recursos; a data da decisão confirmatória a) se pessoa natural, o nome completo,
da pronúncia; a data do trânsito em a filiação, a data de nascimento,
julgado; a data da expedição da guia nacionalidade, naturalidade, sexo,
de recolhimento, de tratamento ou de cor, estado civil, profissão, o endereço
internação; o arquivamento (data e caixa) completo da residência e trabalho, ou dos
e outras observações que se entenderem locais em que o réu possa ser encontrado,
relevantes; acompanhados do respectivo CEP, bem
III – nos processos de execução criminal: o como, se houver, o número de inscrição
nome e qualificação do sentenciado, com a no CPF, o número do RG, o número do
filiação e sempre que possível o número do RGC (disponível na folha de antecedentes
RG; as guias de recolhimento registradas, a do réu), além de outros nomes e alcunhas
discriminação das penas impostas em ordem utilizadas pelo acusado;
sequencial; os incidentes de execução da b) se pessoa jurídica ou assemelhada,
pena; anotações sobre recursos; o inteiro sua firma ou denominação, o número de
teor dos julgamentos; as progressões de inscrição no CNPJ, e o endereço da sede,
regime; o cadastro de comparecimento de inclusive CEP.
albergados; os benefícios concedidos; as
remições de pena e outras observações que § 1º Quaisquer outros dados de qualificação
se entenderem relevantes; que auxiliem na precisa identificação das
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Prof. Giuliano Tamagno
partes (RG, título de eleitor, nome da mãe informatizado oficial, vedadas a elaboração de
etc) também serão lançados no sistema fichário por nome de autor e a utilização de
informatizado oficial. fichas individuais materializadas em papel ou
constantes de outros sistemas informatizados.
§ 2º Incumbirá aos distribuidores o
cadastramento dos dados constantes das § 1º Os ofícios de justiça conservarão as
petições iniciais físicas, atribuindo-se o fichas que compõem o fichário por nome
lançamento, nos demais casos, aos ofícios de autor, até então materializadas em
de justiça. papel, podendo inutilizá-las desde que
todos os dados que delas constem sejam
§ 3º As vítimas identificadas na denúncia anotados no sistema, de forma a possibilitar
ou queixa, e também as testemunhas a extração de certidões.
de processo criminal – sejam estas de
acusação, defesa ou comuns –, terão § 2º As fichas individuais serão encerradas
suas qualificações lançadas no sistema e mantidas em local próprio no oficio de
informatizado oficial, exceto quando, ao justiça, até a extinção dos processos a
darem conta de coação ou grave ameaça, que se referem, e serão grampeadas na
após deferimento do juiz, pedirem para contracapa dos autos, por ocasião de seu
não haver identificação de seus dados de arquivamento, podendo, no entanto, ser
qualificação e endereço. inutilizadas desde que anotados no sistema
informatizado oficial todos os dados que
Art. 56. Os dados obrigatórios previstos no delas constem de forma a possibilitar a
art. 55 serão apresentados pelos requerentes, extração de certidões.
na petição inicial, e pelos requeridos, na
primeira oportunidade de postulação em juízo § 3º O procedimento de inutilização das
(contestação, juntada de procuração, pedido de fichas em nome do autor e das fichas
vista, defesa preliminar, pedido de revogação de individuais será realizado no âmbito e sob
prisão preventiva etc.). a responsabilidade do Juiz Corregedor
Permanente, o qual verificará a pertinência
§ 1º Não se impõe a obrigação prevista da medida, a presença de registro
neste artigo: eletrônico de todas as fichas, conservação
I – para as ações nas quais essas exigências dos documentos de valor histórico, a
comprometam o acesso à Justiça, conforme segurança de todo o processo em vista
prudente arbítrio do juiz a quem for das informações contidas nos documentos
distribuído o feito; e demais providências administrativas
correlatas.
II – quando a parte não estiver inscrita
no CPF ou CNPJ, caso em que deverá Art. 58. As cartas precatórias serão cadastradas
firmar declaração expressa nesse sentido, no sistema informatizado seguindo as mesmas
respondendo pela veracidade da afirmação. regras dos processos comuns, consignando-se,
ainda, a indicação completa do juízo deprecante,
§ 2º Em qualquer hipótese prevista no § e não apenas da comarca de origem, os nomes
1º, caberá às partes o fornecimento de das partes, a natureza da ação e a diligência
outros dados conducentes à sua perfeita deprecada.
individualização (por exemplo, RG, título de
eleitor, filiação etc.), para que o ofício de Parágrafo único. As movimentações
justiça efetue o devido cadastramento. pertinentes, como a devolução à origem
ou o retorno para novas diligências, e
Art. 57. Nos ofícios de justiça, o registro respectivas datas, também serão anotadas
e controle da movimentação dos feitos no sistema.
realizar-se-ão exclusivamente pelo sistema
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Art. 59. A extinção do processo, em caso de IV – proceder às alterações devidas no
improcedência total da demanda ou por força sistema, na hipótese de determinação
do acolhimento de impugnação do devedor judicial de retificação do procedimento da
(art. 475-M, § 3º, segunda parte, do CPC), e a ação para ordinário ou sumário.
extinção do processo de execução, por força de
§ 1º Na hipótese constante do inciso II deste
procedência de embargos de devedor, serão
artigo, tratando-se de feito não cadastrado,
cadastradas no sistema diretamente pelo ofício
a providência será precedida de específico
de justiça assim que as respectivas sentenças
cadastramento.
transitarem em julgado (ou quando retornarem
de superior instância com trânsito em julgado). § 2º O segredo de justiça poderá, ainda,
No mais, a extinção será cadastrada apenas ser gerado automaticamente pelo sistema
quando encerrado definitivamente o processo, informatizado, a depender da natureza da
nada restando a ser deliberado ou cumprido ação.
pelo ofício de justiça (sentença ou acordo),
Art. 62. Quando a mesma parte estiver
considerando-se isoladamente, para tanto,
vinculada a processos que tramitam em outros
a ação principal, a reconvenção, o pedido
ofícios de justiça, as eventuais retificações de
contraposto, a ação declaratória incidental, a
seus dados não serão aplicadas aos feitos de
oposição, os embargos de devedor (à execução,
outro juízo.
à execução fiscal, à adjudicação, à alienação ou
à arrematação) e os embargos de terceiro. Seção VI
Art. 60. A entrega definitiva dos autos de DOS LIVROS E CLASSIFICADORES
notificação, interpelação ou protesto será OBRIGATÓRIOS
cadastrada pelo ofício de justiça, no sistema
informatizado, em campos distintos, conforme Subseção I
tenha sido deferida ou não a publicação de DOS LIVROS OBRIGATÓRIOS
editais para os fins do art. 870, inciso I e
parágrafo único, do Código de Processo Civil. Art. 63. Os ofícios de justiça em geral possuirão
os seguintes livros:
Art. 61. Compete aos ofícios de justiça:
I – Visitas e Correições;
I – cadastrar diretamente no sistema
informatizado oficial qualquer dos dados II – Protocolo de Autos e Papéis em Geral;
constantes dos arts. 54 e 55, quando forem
III – Cargas de Autos;
conhecidas, necessitarem de retificação ou
sofrerem alteração após a distribuição; IV – Registro de Feitos Administrativos
(sindicâncias, procedimentos disciplinares,
II – na hipótese de expedição de certidão representações, etc.);
de homonímia, a inserção, no sistema
informatizado oficial, dos eventuais dados V – Registro das decisões terminativas
de qualificação ainda não lançados no proferidas em feitos administrativos;
sistema, também certificando a adoção
VI – pertinentes à Corregedoria
dessa providência no documento;
Permanente, previstos no art. 23, quando
III – cadastrar, no sistema informatizado for o caso e no que couber.
oficial, a decretação do segredo de justiça, a Art. 64. Os Ofícios de Justiça manterão também:
concessão da justiça gratuita, o deferimento
da tramitação prioritária do processo I – Livro de Cargas de Mandados, salvo se
(idosos, portadores de doenças graves), ou as respectivas varas forem atendidas pelas
o reconhecimento de qualquer benefício Seções Administrativa de Distribuição de
processual a alguma das partes; Mandados;
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Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Prof. Giuliano Tamagno
II – controle, pela utilização de livros de Art. 68. O Livro Protocolo de Autos e Papéis em
folhas soltas ou outro meio idôneo, da Geral, com tantos desdobramentos quantos
remessa e recebimento de feitos aos recomendem a natureza e o movimento do
Tribunais, até que seja implementado no ofício de justiça, destina-se ao registro da
sistema informatizado oficial o controle entrega ou remessa, que não impliquem
eletrônico; devolução.
III – controle do horário de entrada e Art. 69. Os Livros de Cargas de Autos serão
saída por intermédio do livro ponto ou do desdobrados em tantos livros quantos forem
relógio mecânico, caso existam servidores os destinatários (juízes, promotores de justiça,
não cadastrados no sistema de ponto para advogados, para contador, etc).
biométrico; § 1º A carga e descarga de autos entre os
IV – Livro de Registro Geral de Feitos, com usuários internos do sistema informatizado
índice, se não estiverem integrados ao oficial serão feitas eletronicamente e
sistema informatizado oficial; controladas exclusivamente por intermédio
do sistema, onde serão registrados,
V – Livro de Registro de Sentença, salvo se obrigatoriamente, no campo próprio, o
cadastrada no sistema informatizado oficial, envio, o recebimento e a devolução, com
com assinatura digital ou com outro sistema indicação de data e de usuário responsável
de segurança aprovado pela Corregedoria por cada ato.
Geral da Justiça e que também impeça a sua
adulteração. § 2º Poderá o juiz indicar servidor autorizado
a receber no sistema informatizado as
Art. 65. Nos ofícios de justiça integrados ao cargas de autos remetidos à conclusão.
sistema informatizado oficial, os registros de
remessa e recebimento de feitos e petições Art. 70. O Livro de Carga de Mandados poderá
formalizar-se-ão exclusivamente pelas vias ser desdobrado em número equivalente ao dos
eletrônicas. oficiais de justiça em exercício, destinando-se
um para cada qual.
Art. 66. Os livros em geral, inclusive de folhas
soltas, serão abertos, numerados, autenticados Parágrafo único. Serão também registradas
e encerrados pelo escrivão judicial, sempre no Livro de Carga de Mandados as petições
na mesma oportunidade, podendo ser que, por despacho judicial, sirvam como tal.
utilizado, para este fim, processo mecânico de Art. 71. Todas as cargas receberão as
autenticação previamente aprovado pelo Juiz correspondentes aixas, assim que restituídos
Corregedor Permanente, vedada a substituição os autos ou mandados, na presença do
de folhas. interessado, sempre que possível ou por este
exigido.
Parágrafo único. As folhas soltas, uma vez
completado o uso, serão imediatamente Parágrafo único. Quando não utilizada
encaminhadas para encadernação. a carga eletrônica, será lançada certidão
nos autos, mencionado a data da carga
Art. 67. Formarão o Livro de Visitas e Correições
e da restituição, de acordo com os
os originais, devidamente assinadas, das
assentamentos do livro de carga.
respectivas atas.
Art. 72. O Livro Registro de Sentenças formar-
Parágrafo único. O Livro de Visitas e se-á pelas vias emitidas para tal fim, numeradas
Correições, cumprindo os requisitos dos em série anual renovável (1/80, 2/80, 3/80, ...,
demais livros obrigatórios, será organizado 1/82, 2/82 etc.) e autenticadas pelo escrivão
em folhas soltas em número de 50 judicial, o qual certificará sua correspondência
(cinquenta). com o teor da sentença constante dos autos.
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§ 1º O registro previsto neste artigo far-se-á § 1º O desaparecimento e a danificação
em até 48 horas após a baixa dos autos em de qualquer livro serão comunicados
cartório pelo juiz. imediatamente ao Juiz Corregedor
Permanente. A sua restauração será feita
§ 2º A decisão relativa a embargos de
desde logo, sob a supervisão do juize à vista
declaração e a que liquidar sentença
dos elementos existentes.
condenatória cível, proferida no âmbito do
Poder Judiciário do Estado de São Paulo, § 2º Após revisados e decorridos 2 (dois)
serão averbadas ao registro da sentença anos do último registro efetuado, os
embargada ou liquidada, com utilização do livros de cargas de autos e mandados,
sistema informatizado. desde que reputados sem utilidade para
conservação em arquivo pelo escrivão
§ 3º A decisão que liquidar outros títulos
judicial, poderão ser inutilizados, mediante
executivos judiciais (por exemplo, a
prévia autorização do Juiz Corregedor
sentença penal condenatória) será
Permanente. A autorização consignará os
registrada no livro de registro de sentença,
elementos indispensáveis à identificação
porquanto impossível, neste caso, a
do livro, e será arquivada em classificador
averbação.
próprio, com certidão da data e da forma de
§ 4º Todas as sentenças terão seu teor inutilização.
integralmente registrado no sistema
informatizado oficial e no livro tratado Subseção II
neste artigo. DOS CLASSIFICADORES
§ 5º O registro da sentença, com indicação OBRIGATÓRIOS
do número de ordem, do livro e da folha
em que realizado o assento, será certificado Art. 75. Os ofícios de justiça possuirão os
nos autos, na última folha da sentença seguintes classificadores:
registranda. I – para atos normativos e decisões da
§ 6º As sentenças registradas no sistema Corregedoria Permanente, com índice por
informatizado oficial com assinatura assunto;
digital, ou com outro sistema de segurança II – para cópias de ofícios expedidos;
aprovado pela Corregedoria Geral da Justiça
III – para ofícios recebidos;
e que também impeça a sua adulteração,
ficam dispensadas de registro em livro IV – para GRD – guias de recolhimento de
próprio e da certidão prevista no § 5º deste diligências do oficial de justiça;
artigo.
V – para cópias de guias de levantamento
§ 7º Aplicam-se as disposições deste artigo, expedidas em favor dos auxiliares da justiça
no que couber, às decisões terminativas não funcionários na Justiça Estadual;
proferidas em feitos administrativos.
VI – para mensagens eletrônicas enviadas
Art. 73. Manter-se-á rigoroso controle sobre os ou recebidas que não forem juntadas a
livros em geral, incumbindo-se Juiz Corregedor autos de processo;
Permanente de coibir eventuais abusos ou
VII – para relatórios de cargas eletrônicas;
excessos.
VIII – para petições e documentos
Art. 74. Os livros em andamento ou findos
desentranhados;
serão bem conservados, em local adequado e
seguro dentro do ofício de justiça, devidamente IX – para autorizações e certidões de
ordenados e, quando for o caso, encadernados, inutilização de livros e classificadores
classificados ou catalogados. obrigatórios.
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Art. 76. Os atos normativos, decisões e autos de processo, ou papéis avulsos, excluídas
comunicados do Conselho Superior da as autuações e capas, serão observados os
Magistratura e da Corregedoria Geral da Justiça seguintes requisitos:
de interesse do ofício de justiça serão arquivados
e indexados, com índice por assunto, mediante I – o papel utilizado terá fundo inteiramente
utilização do sistema informatizado, facultada a branco ou ser reciclado, salvo disposição
manutenção de classificadores próprios. expressa em contrário;
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II – a assinatura de atos ou termos em § 1º O escrivão certificará a autenticidade da
branco, total ou parcialmente; firma do juiz que subscreveu o documento,
indicando-lhe o nome, o cargo e o exercício
III – a utilização de abreviaturas,
no juízo, nas seguintes hipóteses:
abreviações, acrônimos, siglas ou símbolos,
excetuando-se as formas consagradas I – na expedição de alvarás de soltura,
pelo Vocabulário Ortográfico da Língua mandados ou contramandados de prisão,
Portuguesa da Academia Brasileira de requisições de preso e demais atos
Letras, as adotadas por órgãos oficiais e as para os quais a lei exige certificação de
convencionadas por determinada área do autenticidade;
conhecimento humano;
II – quando houver dúvida sobre a
IV – a utilização de chancela, ou de qualquer autenticidade da firma.
recurso que propicie a reprodução mecânica
da assinatura do juiz. § 2º Nos ofícios de justiça contemplados
com sistema informatizado oficial,
Art. 83. A escrituração de termos, atos e papéis que permita a utilização da ferramenta
em geral observará os critérios da clareza, consistente na assinatura por certificação
objetividade e síntese, sem descuidar da digital, dispensa-se a certificação de
perfeita individualização de pessoas, fatos ou autenticidade da assinatura do juiz.
coisas, quando necessária.
Art. 85. Os mandados, as cartas postais, os
§ 1º A qualificação das pessoas trará os ofícios gerais de comunicação, expedidos em
elementos necessários à sua identificação: cumprimento de ato judicial, em não havendo
I – tratando-se de pessoa física, constarão determinação do juiz em sentido contrário,
o nome completo e o número de inscrição serão assinados pelos escrivães, declarando
no CPF ou o número do RG ou, faltante este que o fazem por ordem do juiz.
último, a filiação, sem prejuízo de outros § 1º A subscrição do juiz é obrigatória
dados que auxiliem na sua identificação; quando:
II – tratando-se de pessoa jurídica, I – a lei ou estas Normas de Serviço
constarão a firma ou denominação, o expressamente o exigirem (por exemplo,
número de inscrição no CNPJ e o endereço busca e apreensão cautelar, prisão,
da sede, sem prejuízo de outros dados que contramandado de prisão e alvará de
auxiliem na sua identificação. soltura, alvarás em geral, levantamento de
§ 2º Nos ofícios e cartas precatórias depósito judicial, ordem de arrombamento
expedidas, constarão a comarca, a vara e o explícita ou implícita etc);
endereço completo do Fórum remetente, II – houver determinação de desconto de
inclusive com o número do código de pensão alimentícia;
endereçamento postal (CEP), telefone e o
correio eletrônico (e-mail) institucional. III – os documentos ou papéis forem
dirigidos a autoridades (por exemplo,
Art. 84. Os instrumentos de ordens, requisições, membros do Poder Judiciário, do
precatórias, ofícios e autorizações judiciais, bem Ministério Público e do Poder Legislativo;
como dos demais atos e termos processuais chefe do Poder Executivo; Delegados de
(sentenças, decisões e despachos), conterão, Polícia; Comandantes da Polícia Militar e
de forma legível, o nome completo, o cargo ou das Forças Armadas).
função da autoridade judiciária e dos servidores
que os lavrem, confiram e subscrevam, a fim de § 2º A emissão de cartas postais, considerada
se permitir a rápida identificação. inclusive a expedição por meio eletrônico,
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I – quanto às petições de requerimento relação à emissão de documento que passe
de juntada de procuração ou de a fazer imediatamente parte integrante dos
substabelecimento apresentadas pelo autos (ofícios expedidos, mandados, etc.),
interessado diretamente ao ofício de por original ou por cópia, rubricado pelo
justiça, caso em que o termo de juntada emitente. A data constante do documento
mencionará esta circunstância; deverá corresponder à de sua efetiva
emissão.
II – quando houver, em cada caso concreto,
expressa decisão fundamentada do juiz Art. 95. Ressalvado o disposto no art. 140, é
do feito dispensando o protocolo no setor vedado o lançamento de termos no verso de
próprio. petições, documentos, guias etc., devendo ser
usada, quando necessária, outra folha, com
Art. 93. Por ocasião da juntada de petições inutilização dos espaços em branco.
e documentos (ofícios recebidos, laudos,
mandados, precatórias etc.), lavrar-se-á o Art. 96. São vedados o lançamento de cotas
respectivo termo de juntada. marginais ou interlineares nos autos, a prática
de sublinhar palavras à tinta ou a lápis, ou o
§ 1º Para a juntada, na mesma emprego de expressões injuriosas nos escritos
oportunidade, de duas ou mais petições ou apresentados no processo, incumbindo ao
documentos, será confeccionado um único serventuário, ao constatar a irregularidade,
termo de juntada com a relação das peças. comunicá-la imediatamente ao juiz.
§ 2º É vedado o lançamento do termo de
juntada na própria petição ou documento a Seção IX
serem encartados aos autos. DOS PAPÉIS EM ANDAMENTO OU
FINDOS
§ 3º Recebidas petições via fac-símile ou
por correio eletrônico (e-mail) diretamente Art. 103. Os papéis em andamento ou findos
no ofício de justiça ou na vara, será serão bem conservados e, quando for o caso,
imediatamente lançado número de encadernados, classificados ou catalogados,
protocolo no corpo do documento, para aplicando-se, quanto ao seu descarte, o
oportuno controle dos prazos previstos no disposto no § 2º do art. 74.
caput e parágrafo único do art. 2º da Lei
Federal nº 9.800, de 26.05.1999. Seção X
§ 4º Recebida petição inicial ou DAS CERTIDÕES
intermediária acompanhada de objetos
Art. 104. A expedição de certidões em
de inviável entranhamento aos autos
breve relatório ou de inteiro teor compete
do processo, o escrivão deverá conferir,
exclusivamente aos ofícios de justiça.
arrolar e quantificá-los, lavrando certidão,
sempre que possível na presença do § 1º Sempre que possível, as certidões serão
interessado, mantendo-os sob sua guarda expedidas com base nos assentamentos
e responsabilidade até encerramento da constantes do sistema informatizado,
demanda. cabendo ao escrivão dar a sua fé pública
do que nele constar ou não, admitida, de
Art. 94. Todos os atos e termos do processo
qualquer forma, a consulta aos autos de
serão certificados nos autos e anotados no
processos em andamento ou findos, livros
sistema informatizado oficial.
ou papéis a seu cargo, caso em que se
Parágrafo único. Dispensa-se a certificação designará o número e a página do livro ou
e anotação de que trata o caput com processo onde se encontra o assentamento.
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anualmente, de acordo com as respectivas e o campo “assunto” com o número do
datas de expedição, arquivada uma cópia processo e a especificação de uma hipótese
no classificador próprio. do art. 113;
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ofício de justiça do juízo deprecante reiterar se-á, salvo determinação judicial ou disposição
a solicitação e estabelecer contato telefônico legal em contrário (carta registrada, mandado
com o escrivão do juízo deprecado, de tudo judicial, etc), mediante publicação no Diário da
certificando nos autos. Justiça Eletrônico.
Parágrafo único. Em caso de inércia, os Parágrafo único. É vedado ao servidor dos
autos serão conclusos ao juiz do feito para ofícios de justiça prestar informações por
as providências cabíveis. telefone aos advogados, aos membros do
Ministério Público, às partes e ao público
Art. 128. É permitida a retirada da carta em geral acerca dos atos e termos do
cumprida junto ao juízo deprecado, para a processo.
entrega ao juízo deprecante, desde que nela
conste o nome do advogado da parte que Art. 133. Os despachos, decisões interlocutórias
tiver interesse no cumprimento do ato, com o e sentenças devem ser encaminhados à
número da respectiva inscrição na Ordem dos publicação no Diário da Justiça Eletrônico,
Advogados do Brasil. dentro do prazo máximo de 3 (três) dias, a
contar da devolução dos autos em cartório.
Art. 129. Ao retornar cumprida a precatória,
o escrivão judicial juntará,aos autos Art. 134. As intimações de atos ordinatórios,
principais,apenas as peças essenciais, despachos, decisões interlocutórias e sentenças,
imprescindíveis à compreensão das diligências qualquer que seja o meio empregado,
realizadas no juízo deprecado, especialmente consumar-se-ão de maneira objetiva e precisa,
as certidões de lavra dos oficiais de justiça sem ambiguidades e omissões, e conterão:
e os termos do que foi deprecado, salvo
determinação judicial em contrário. I – o número dos autos, o objeto do
processo, segundo a tabela vigente, e o
Art. 130. Havendo urgência, transmitir-se-á a nome das partes;
carta precatória por fac-símile (fax), telegrama,
telefone, radiograma ou correio eletrônico II – o resumo ou transcrição daquilo que
(e-mail), observando-se as cautelas previstas deva ser dado conhecimento, suficientes
nos arts.206 e 207 do Código de Processo Civil E para o entendimento dos respectivos
nos arts.354 e 356 do Código de Processo Penal. conteúdos;
Parágrafo único. A via original da carta III - o nome dos advogados das partes com
não será encaminhada ao juízo deprecado. o número de suas respectivas inscrições na
Será encartada aos autos, juntamente com Ordem dos Advogados do Brasil
a certidão de sua transmissão, tão-logo Art. 135. Nas intimações pela imprensa:
ocorra o pedido de confirmação de seu teor
por parte do juízo destinatário. I – quando qualquer das partes estiver
representada nos autos por mais de 1
Art. 131. As cartas rogatórias cíveis e criminais (um) advogado, o ofício de justiça fará
serão expedidas conforme o procedimento, constar o nome de qualquer subscritor
modelos e formulários aprovados e divulgados da petição inicial, da contestação ou da
pela Corregedoria Geral da Justiça no sítio do primeira intervenção nos autos, com o
Tribunal de Justiça na internet. número da respectiva inscrição na Ordem
dos Advogados do Brasil, a não ser que a
Seção XV parte indique outro ou, no máximo, 2 (dois)
DAS INTIMAÇÕES nomes;
Art. 132. A intimação dos atos e termos do II – as decisões interlocutórias e sentenças
processo ou de expediente administrativo far- serão publicadas somente na sua parte
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Art. 136. A publicação omissa em relação aos I – extraído o edital, conferido e assinado,
requisitos constantes dos arts. 134 e 135 e que serão autenticadas as respectivas folhas
cause efetivo prejuízo a qualquer das partes com a chancela do ofício de justiça, devendo
será considerada nula. escrivão rubricar cada uma delas;
Art. 139. Os escrivães judiciais farão publicar no IV – a entrega da minuta, para fins de
Diário da Justiça, juntamente com as respectivas publicação, sempre mediante recibo,
intimações, o valor da taxa judiciária que deve poderá ser feita a estagiário ou advogado
ser recolhida pelas partes, bem como o valor com procuração nos autos.
das importâncias que, objeto de cálculo, devam Art. 142. Caberá aos escrivães judiciais velar
ser depositadas, em quaisquer processos e a pelo adequado cumprimento das normas
qualquer título. atinentes às publicações ou às intimações por
Parágrafo único. Todas as intimações, carta, conferindo diariamente seu teor, sem
publicadas para que as partes se manifestem prejuízo da fiscalização ordinária dos Juízes
sobre cálculos e contas, conterão os Corregedores Permanentes.
respectivos valores, em resumo, limitando-
se a publicação ao que baste para a perfeita
ciência das partes sobre o objeto do cálculo
ou da conta.
Art. 140. A publicação de atos ordinatórios,
despachos, decisões interlocutórias e
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Seção XVII Art. 160. Na hipótese de os processos correrem
DA CONSULTA E DA CARGA DOS em segredo de justiça, o seu exame, em cartório,
será restrito às partes e a seus procuradores
AUTOS devidamente constituídos.
Art. 157. O acesso aos autos judiciais e § 1º As entidades que reconhecidamente
administrativos de processos em andamento prestam serviços de assistência judiciária
ou findos, mesmo sem procuração, quando poderão, por intermédio de advogado com
não estejam sujeitos a segredo de justiça, procuração nos autos, autorizar a consulta
é assegurado aos advogados, estagiários de processos que tramitam em segredo
de Direito e ao público em geral, por meio de justiça em cartório pelos acadêmicos
do exame em balcão do ofício de justiça ou de Direito não inscritos na OAB. Referida
seção administrativa, podendo ser tomados autorização deverá conter o nome do
apontamentos, solicitadas cópias reprográficas, acadêmico, o número de seu RG e o número
bem como utilizado escâner portátil ou máquina e/ou nome das partes do processo a que
fotográfica1 , vedado, nestas hipóteses, se refere a autorização, que será juntada
o desencarte das peças processuais para posteriormente aos autos.
reprodução.
§ 2º É vedado o acesso a autos de processos
Parágrafo único. Os escrivães judiciais e que correm em segredo de justiça por
os chefes de seção judiciária manterão, estagiários não inscritos ou com inscrição
pessoalmente ou mediante servidor vencida na OAB.
designado, rigorosa vigilância sobre os
autos dos processos, sobretudo quando do Art. 161. A carga de autos judiciais e
seu exame, por qualquer pessoa, no balcão administrativos em andamento no cartório
do ofício de justiça ou seção administrativa. é reservada unicamente a advogados ou
Art. 158. Para garantia do direito de acesso aos estagiários de Direito regularmente inscritos
autos que não corram em segredo de justiça, na OAB, constituídos procuradores de alguma
poderá ser deferida ao advogado ou estagiário das partes, ressalvado, nos processos findos e
de Direito, regularmente inscritos na OAB, que que não estejam sujeitos a segredo de justiça,
não tenham sido constituídos procuradores de a carga por advogado mesmo sem procuração,
quaisquer das partes, a retirada e autos para pelo prazo de 10(dez) dias.
cópia, pelo período de 1 (uma) hora, mediante Art. 162. O escrivão ou o escrevente responsável
controle de movimentação física, devendo o pelo atendimento registrará a retirada e a
serventuário consultar ao sítio da Ordem dos devolução de autos, mediante anotação no
Advogados do Brasil da Internet, à vista da sistema informatizado oficial e no relatório de
Carteira da OAB apresentada pelo advogado carga emitido pelo sistema (carga eletrônica),
ou estagiário de Direito interessado, com observadas as seguintes cautelas:
impressão dos dados obtidos, os quais serão
conferidos pelo servidor antes da entrega dos I – na retirada dos autos, o advogado ou
autos, observadas, ainda, as demais cautelas estagiário de Direito lançará sua assinatura
previstas para a carga rápida, conforme o no relatório de carga emitido pelo sistema
disposto no art. 165. informatizado, arquivando-se o documento
provisoriamente em classificador próprio;
Art. 159. Nos casos complexos ou com
pluralidade de interesses, a fim de que não seja II – na devolução do feito, o servidor do
prejudicado nem o andamento do feito e nem o ofício de justiça ou da seção administrativa
acesso aos autos, fica autorizada a retirada de efetuará a baixa no relatório de carga,
cópias de todo o feito, que ficarão à disposição juntando-o imediatamente aos autos.
para consulta dos interessados.
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I – os requerimentos serão recepcionados § 3º Ao advogado que não restituir os
e atendidos desde que formulados até às autos no prazo legal, e só o fizer depois de
18h; intimado:
II – o formulário de controle de I – não será mais permitida a vista fora do
movimentação física será juntado aos autos cartório até o encerramento do processo;
no exato momento de sua devolução ao II – não sendo o processo de natureza
ofício de justiça, certificando-se o respectivo criminal, o juiz, de ofício, mandará riscar
período de vista; o que nele houver o advogado escrito, e
III – na hipótese dos autos não serem desntranhar as alegações e documentos
restituídos no período fixado, competirá ao que apresentar.
escrivão judicial representar, no prazo de § 4º Na hipótese de extravio dos autos,
24(vinte e quatro) horas, ao Juiz Corregedor o expediente de cobrança instruirá o
Permanente, inclusive para fins de respectivo procedimento de restauração.
providências competentes junto à Ordem Art. 168. O escrivão ou o chefe de seção
dos Advogados do Brasil (EOAB, arts. 34, deverá, mensalmente, até o décimo dia útil
inciso XXII, e 37, inciso I). do mês subsequente, verificar o cumprimento
Art. 166. É vedada a retenção do documento dos prazos de devolução dos autos retirados,
de identificação do advogado u do estagiário relacionar, em duas vias,os autos em poder
de Direito no ofício de justiça, para a finalidade das partes além dos prazos legais ou fixados,
de controle de carga de autos, em qualquer a primeira encaminhada, sob forma de
modalidade ou circunstância. representação, ao Juiz Corregedor Permanente,
para as providências previstas no art. 167 e a
Art. 167. O advogado deve restituir, no prazo segunda via, para acompanhamento e controle,
legal, os autos que tiver retirado do ofício de arquivada em pasta própria.
justiça. Não o fazendo, mandará o juiz, de ofício:
Art. 169. O disposto nesta seção aplica-se, no
I – intimá-lo para que o faça em 24 (vinte que couber, a todos os demais destinatários de
e quatro) horas, sob as penas da lei, carga.
certificando-se;
Seção XVIII
II – decorrido o prazo sem atendimento e DO DESENTRANHAMENTO DE PEÇAS
certificada essa circunstância, cobrar os E DOCUMENTOS DOS AUTOS
autos não restituídos, mediante expedição
de mandado, para imediata entrega ao Art. 170. O desentranhamento de peças e de
oficial de justiça, encarregado da diligência, documentos, facultada a substituição por cópia
comunicando-se o fato à seção local da simples, poderá ser requerido pelo interessado
OAB. ou determinado de ofício pelo juiz.
§ 1º O expediente de cobrança de autos Art. 171. Não haverá substituição das peças
receberá autuação singela, sem necessidade ou dos documentos desentranhados por
de registro. cópia quando, a critério do juiz do processo,
referirem-se a:
§ 2º Devolvidos os autos, o ofício de justiça,
depois de seu minucioso exame, juntará I – manifestação intempestiva do
toda a documentação mencionada neste peticionário;
artigo, certificando a data e o nome de II – documentação evidentemente estranha
quem os retirou e devol veu. aos autos;
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III – documentos que não tenham servido Art. 173. Salvo motivada determinação
de base para fundamentação de qualquer judicial em sentido contrário e os títulos de
decisão proferida nos autos ou para a crédito, fica dispensada a certificação do
manifestação da parte contrária. número do processo nas peças e documentos
desentranhados dos autos.
§ 1º Nestas hipóteses, será colocada uma
folha em branco no lugar das peças ou Art. 174. Transitada em julgado a sentença, os
documentos desentranhados, anotando- objetos anexados às manifestações processuais
se a folha dos autos em que lançada a serão devolvidos às partes ou seus procuradores,
certidão de desentranhamento, vedada a mediante solicitação ou intimação para retirada
renumeração das folhas do processo. em até 30 (trinta) dias, sob pena de destruição
§ 2º As peças e documentos juntados por Art. 175. O escrivão verificará periodicamente
equívoco aos autos serão imediatamente o classificador para arquivamento provisório de
desentranhados e juntados aos autos petições e documentos desentranhados:
corretos ou, quando não digam respeito a
feitos da vara ou ofício de justiça, devolvidos I – quando constatar a existência de
ao setor de protocolo, de tudo lavrando-se peças não retiradas há 1 (um) ano do
certidão. desentranhamento, reiterará a intimação
dos advogados para retirá-las;
Art. 172. Deferido ou determinado de ofício o
desentranhamento, caberá ao ofício de justiça: II – decorridos 2 (dois) anos do
desentranhamento, as petições e
I – desentranhar as peças, certificando-se; Documentos não retirados pelos advogados
serão encaminhadas à Ordem dos
II – manter os documentos em local Advogados do Brasil local, anotando-se no
adequado, para sua posterior entrega; sistema informatizado oficial.
III – intimar o interessado a retirar a Parágrafo único. Nas demais hipóteses, o
documentação no prazo de 5 (cinco) dias, se escrivão remeterá à conclusão as petições
outro não for assinalado pelo Juiz. e documentos desentranhados e não
§ 1º A certidão de desentranhamento retirados, para que o juiz determine a
mencionará a numeração das folhas destinação adequada.
desentranhadas e, quando o caso, daquela
na qual se determinou o ato e a eventual Seção XIX
substituição por cópias simples. DO ARQUIVAMENTO DE PROCESSOS
§ 2º As peças desentranhadas dos autos, Subseção I
enquanto não entregues ao interessado,
DISPOSIÇÕES GERAIS
serão guardadas em classificador próprio,
sendo vedado grampeá-las na contracapa Art. 176. Nenhum processo será arquivado sem
dos autos. sentença definitiva ou terminativa, salvo os
§ 3º A devolução de peças desentranhadas casos legais de suspensão do processo por prazo
efetuar-se-á mediante termo nos autos, indeterminado, quando não será comunicada a
lançado imediatamente após a certidão sua extinção.
de desentranhamento, constando o Art. 177. Após a publicação da decisão que
nome e documento de identificação de determinou o arquivamento, os processos
quem as recebeu em devolução, além do permanecerão no ofício de justiça por 30 (trinta)
competente recibo. dias, findo os quais serão confeccionados os
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pacotes de arquivo em, no máximo, 30 (trinta) Parágrafo único. No sistema informatizado
dias, realizadas as anotações e atos necessários. oficial será anotado o número da caixa de
arquivamento do respectivo processo.
Art. 178. Quando o cumprimento da sentença
condenatória cível se der em juízo diverso Art. 180. Todos os processos conterão,
daquele que a proferiu (art. 475-P, parágrafo obrigatoriamente, o número correspondente da
único, do CPC), o arquivamento dos autos, caixa em que arquivado, escrito na autuação, de
no âmbito do Poder Judiciário do Estado de forma bem legível.
São Paulo, deverá ser promovido pelo juízo da
execução, que realizará todos os cadastramentos Parágrafo único. Na autuação constará a
pertinentes à extinção do processo, quando for denominação completa do ofício de justiça
o caso. e, quando houver necessidade de fazer
nova capa, será conservada a denominação
Art. 179. O arquivo de processos será organizado originária.
em caixas padronizadas, com volumes que não
ultrapassem a capacidade das caixas de arquivo, Art. 181. Os requerimentos de desarquivamento
adotadas, ainda, as seguintes cautelas: de autos, ressalvadas as exceções legais, serão
instruídos com o comprovante de recolhimento
I – as caixas de arquivo serão numeradas, da respectiva taxa.
independentemente do número do feito,
pelo critério ordinal crescente e sem § 1º Na ausência da guia de recolhimento,
interrupção quando da passagem de um o advogado (subscritor ou responsável
ano para outro, mudando-se somente o indicado) será intimado a recolher as
ano em que ocorreu o arquivamento (por respectivas custas ou retirar a petição, no
exemplo, admitindo-se que a última caixa prazo de 5 (cinco) dias.
do ano de 2011 recebeu o número 200/11,
§ 2º Da publicação no Diário da Justiça
a próxima, do ano seguinte, receberá o
Eletrônico, com a observação de se tratar
número 201/12 e assim sucessivamente);
de “petição irregular”, constará, quando
II – havendo necessidade de possível, todos os dados necessários a sua
desdobramento, por motivo de identificação.
apensamentos ou aumento de volumes que
§ 3º Desatendida a intimação no prazo
impossibilitem a acomodação na mesma
estabelecido, a petição será encaminhada à
caixa, o arquivamento será renovado
Ordem dos Advogados do Brasil local.
(nova caixa com numeração atual), feitas
as devidas anotações e comunicando a Subseção II
ocorrência ao Arquivo Geral, mediante
ofício. É vedado, no caso de desdobramento
DO ARQUIVAMENTO DE PROCESSOS
de caixas, o uso de letras aditivas (por NA COMARCA DA CAPITAL
exemplo, 1-A, 1-B, 1-C etc);
Art. 182. Na Comarca da Capital, determinado
III – na tampa da caixa de arquivo será o arquivamento do feito e observados os
colado o impresso próprio, emitido pelo dispositivos da subseção precedente, os
sistema informatizado oficial, onde serão escrivães remeterão os autos ao Arquivo Geral.
anotados a denominação completa do ofício
de justiça correspondente e os números Parágrafo único. A remessa de processos
dos processos, em ordem crescente, ao Arquivo Geral será feita pelo ofício de
desprezando-se o ano do registro do feito. justiça de acordo com a escala de retirada
Será anotado na parte inferior do impresso, periodicamente publicada no Diário da
o número da respectiva caixa, de forma Justiça Eletrônico.
destacada.
588 www.acasadoconcurseiro.com.br
Normas da Corregedoria Geral da Justiça – Prof. Giuliano Tamagno
Art. 183. Os ofícios de justiça requisitarão, Art. 184. Qualquer irregularidade constatada no
quando necessário, os processos preenchimento da requisição que impossibilite
depositados no Arquivo Geral, mediante a localização do feito no Arquivo Geral implicará
impresso próprio, a ser preenchido em no desatendimento da requisição e imediata
todos os seus campos, conferido e assinado devolução ao expedidor, para regularização.
pelo escrivão.
Art. 185. Além do requerimento formulado
§ 1º Se o interesse recair sobre processo em ao ofício de justiça onde tramitou o
apenso, da requisição constará o processo feito, o interessado poderá solicitar o
principal ao qual ele se encontra apensado. desarquivamento, consultar e obter cópias
reprográficas dos processos depositados no
§ 2º Antes de requisitar o processo, os Arquivo Geral diretamente nas dependências da
ofícios de justiça verificarão se a caixa Coordenadoria de Arquivos, Setor de Consultas.
de arquivamento foi de fato remetida ao
Arquivo Geral, bem como se o processo § 1º A requisição de consulta será feita
solicitado não se encontra no próprio ofício. em 4 (quatro) vias, servindo uma delas de
protocolo à parte interessada.
§ 3º Quando se tratar de requisição de
processos por parte dos ofícios de justiça § 2º. Os processos permanecerão à
integrantes de foro regional, o requisitante disposição do interessado no local de
deverá mencionar na requisição a que vara consulta pelo prazo de 8 (oito) dias úteis,
distrital pertencia o feito. findo o qual serão devolvidos ao arquivo.
§ 4º Não será permitida a reiteração de Art. 186. O interessado poderá consultar
requisição antes de decorridos 10 (dez) dias os processos no próprio ofício de justiça de
contados da data do protocolo. origem, promovendo o escrivão a expedição da
requisição.
§ 5º Em casos de urgência, o processo
poderá ser retirado diretamente no Parágrafo único. O interessado no
Arquivo Geral, mediante regular requisição, desarquivamento será intimado, por
acompanhada de memorando assinado pelo qualquer meio idôneo de comunicação, da
escrivão do ofício de justiça requisitante e chegada dos autos ao cartório e do prazo
visado pelo juiz. Nessa hipótese, o processo de 30 (trinta) dias para manifestação,
somente será entregue a funcionário do bem como de que, decorrido o prazo sem
ofício de justiça requisitante. manifestação, os autos retornarão ao
arquivo.
§ 6º Fica vedada às partes e advogados
a retirada de processos nos depósitos do Art. 187. Caberá ao Arquivo Geral a extração
Arquivo Geral. e remessa de cópias reprográficas de autos
arquivados, em atendimento à solicitação da
§ 7º Assim que recebidos os autos do Secretaria da Administração Penitenciária ou
arquivo, o ofício de justiça lançará o da direção de estabelecimento prisional, desde
recebimento no sistema informatizado que o ofício de justiça encaminhe, mediante
oficial, evitando-se novas requisições de relação, o próprio ofício de referidos órgãos,
processos que já se encontram nas unidades com as anotações necessárias à localização do
judiciais. processo, observado o § 2º do art. 966.
§ 8º Para rearquivamento de processos, Parágrafo único. O disposto no caput aplica-
os ofícios de justiça utilizarão a relação de se somente aos ofícios de justiça do Fórum
devolução ao arquivo. Criminal da Barra Funda.
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Art. 188. É expressamente vedado o manuseio
de autos processados em segredo de justiça,
exceção feita às partes e aos advogados por
elas constituídos, ou mediante ordem judicial
expressa.
Parágrafo único. A extração de cópia
reprográfica ou certidão de processos
com segredo de justiça, bem como o
desentranhamento de documentos,
dependerão de despacho do juiz
competente.
Art. 189. Permiti-se a pesquisa histórica em
dependência apropriada junto ao Arquivo Geral,
desde que previamente autorizada.
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Matemática
Professor: Dudan
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Matemática
Conjuntos Numéricos
Subconjuntos
ℕ* = {1, 2, 3, 4,...} naturais não nulos.
Subconjuntos
ℤ* = {..., – 4, – 3, – 2, – 1, 1, 2, 3, 4,...} inteiros não nulos.
|– 4| = |4| = 4
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Faça você
Definição: Será inicialmente descrito como o conjunto dos quocientes entre dois números
inteiros.
p
Logo ℚ = { | p ∈ ℤ e q ∈ ℤ*}
q
Subconjuntos
ℚ* à racionais não nulos.
ℚ + à racionais não negativos.
ℚ*+ à racionais positivos.
ℚ - à racionais não positivos.
ℚ*- à racionais negativos.
Decimais periódicos
1 7
= 0,333... = 0,3 = 0,777... = 0,7
3 9
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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan
Exemplos
a) 0,333... Seguindo os passos descritos acima: (03 – 0) = 3/9 = 1/3
9
b) 1,444... Seguindo os passos descritos acima: 14 – 1 = 13/9
9
c) 1,232323... Seguindo os passos descritos acima: 123 – 1 = 122/99
99
d) 2,1343434... Seguindo os passos descritos acima: 2134 – 21 = 2113/990
990
Faça você
3. Assinale V para as verdadeiras e F para as falsas:
( ) 0,333... ∈ Z ( ) 0 ∈ Q* ( ) – 3 ∈ Q+
( ) – 3,2 ∈ Z ( ) N c Q ( ) 0,3444... ∈ Q*
( ) 0,72 ∈ N ( ) 1,999... ∈ N ( ) 62 ∈ Q
( ) Q c Z
Exemplos:
0,212112111... 1,203040... 2 π
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Números Reais (ℝ)
Definição: Conjunto formado pelos números racionais e pelos irracionais.
ℝ = ℚ ∪ 𝕀, sendo ℚ ∩ 𝕀 = Ø
Subconjuntos
ℝ* = {x ∈ R | × ≠ 0} à reais não nulos
ℝ + = {x ∈ R | × ≥ 0} à reais não negativos Q I
Z
ℝ*+ = {x ∈ R | × > 0} à reais positivos
N
ℝ- = {x ∈ R | × ≤ 0} à reais não positivos
ℝ*- = {x ∈ R | × < 0} à reais negativos
Números Complexos ( )
Definição: Todo número que pode ser escrito na forma a + bi, com a e b reais.
Exemplos:
3 + 2i – 3i – 2 + 7i
9 1,3 1,203040...
2 π
Resumindo:
Todo número é complexo.
Faça você
4. Seja R o número real representado pela dízima 0,999...
Pode-se afirmar que:
a) R é igual a 1.
b) R é menor que 1.
c) R se aproxima cada vez mais de 1 sem nunca chegar.
d) R é o último número real menor que 1.
e) R é um pouco maior que 1.
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Matemática – Conjuntos Numéricos – Prof. Dudan
b)
c)
d)
e)
- 1 + 25
7. A lista mais completa de adjetivos que se aplica ao número é:
2
a) Complexo, real, irracional, negativo.
b) Real, racional, inteiro.
c) Complexo, real, racional, inteiro, negativo.
d) Complexo, real, racional, inteiro, positivo.
e) Complexo, real, irracional, inteiro.
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9. . Se a = , b = 33/25, e c = 1,323232..., a afirmativa verdadeira é
a) a<c<b
b) a<b<c
c) c<a<b
d) b<a<c
e) b<c<a
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Matemática
Conjunto é um conceito primitivo, isto é, sem definição, que indica agrupamento de objetos,
elementos, pessoas etc. Para nomear os conjuntos, usualmente são utilizadas letras maiúsculas
do nosso alfabeto.
Representações:
Os conjuntos podem ser representados de três formas distintas:
I – Por enumeração (ou extensão): Nessa representação, o conjunto é apresentado pela citação
de seus elementos entre chaves e separados por vírgula. Assim temos:
•• O conjunto “A” das vogais –> A = {a, e, i, o, u}.
•• O conjunto “B” dos números naturais menores que 5 –> B = {0, 1, 2, 3, 4}.
•• O conjunto “C” dos estados da região Sul do Brasil –> C = {RS, SC, PR}
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Classificação dos Conjuntos
Vejamos a classificação de alguns conjuntos:
•• Conjunto Unitário: possui apenas um elemento. Exemplo: o conjunto formados pelos
números primos e pares.
•• Conjunto Vazio: não possui elementos, é representado por ∅ ou, mais raramente, por { }.
Exemplo: um conjunto formado por elemento par, primo e diferente de 2.
•• Conjunto Universo (U): possui todos os elementos necessários para realização de um
estudo (pesquisa, entrevista etc.)
•• Conjunto Finito: um conjunto é finito quando seus elementos podem ser contados um a
um, do primeiro ao último, e o processo chega ao fim. Indica-se n(A) o número (quantidade)
de elementos do conjunto “A”.
Exemplo: A = {1, 4, 7, 10} é finito e n(A) = 4
•• Conjunto Infinito: um conjunto é infinito quando não é possível contar seus elementos do
primeiro ao último.
Relação de Pertinência
É uma relação que estabelecemos entre elemento e conjunto, em que fazemos uso dos
símbolos ∈ e ∉.
Exemplo:
Fazendo uso dos símbolos ∈ ou ∉, estabeleça a relação entre elemento e conjunto:
a) 10 ____ ℕ
b) – 4 ____ ℕ
c) 0,5 ____ 𝕀
d) – 12,3 ____ ℚ
e) 0,1212... ____ ℚ
f) 3 ____ 𝕀
g) -16 ____ ℝ
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Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Matemática – Prof. Dudan
Relação de Inclusão
É uma relação que estabelecemos entre dois conjuntos. Para essa relação fazemos uso dos
símbolos ⊂, ⊄, ⊃ e ⊅.
Exemplos:
Fazendo uso dos símbolos de inclusão, estabeleça a relação entre os conjuntos:
a) ℕ _____ ℤ
b) ℚ _____ ℕ
c) ℝ _____ 𝕀
d) 𝕀 _____ ℚ
Observações:
•• Dizemos que um conjunto “B” é um subconjunto ou parte do conjunto “A” se, e somente
se, B ⊂ A.
•• Dois conjuntos “A” e “B” são iguais se, e somente se, A ⊂ B e B ⊂ A.
•• Dados os conjuntos “A”, “B” e “C”, temos que: se A ⊂ B e B ⊂ C, então A ⊂ C.
Exemplos:
Dados os conjuntos A = {1, 3, 4, 5}, B = {2, 3, 4} e C = {4, 5, 10}. Determine:
a) A ⋂ B c) A – B e) A ⋂ B ⋂ C
b) A ⋃ B d) B – A f) A ⋃ B ⋃ C
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1. Numa sala há n pessoas. Sabendo que 75 pessoas dessa sala gostam de
matemática, 52 gostam de física, 30 pessoas gostam de ambas as matérias e
13 pessoas não gostam de nenhuma dessas matérias. É correto afirmar que
n vale
a) 170
b) 160
c) 140
d) 100.
e) 110.
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Teoria dos Conjuntos (Linguagem dos Conjuntos) – Matemática – Prof. Dudan
Cursos Alunos
Apenas A 9
Apenas B 20
Apenas C 10
AeB 13
AeC 8
BeC 18
A, B e C 3
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Matemática
Operações Matemáticas
DICA
Na adição e subtração, quando os sinais forem iguais, somamos os números e
conservamos o mesmo sinal, quadno os sinais forem diferentes, diminuimos os
números e conservamos o sinal do maior valor absoluto.
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1. Calcule:
a) – 3 + 5 = b) + 43 – 21 =
c) – 9 – 24 = d) - 25 + (– 32) =
e) + 5 – 14 = f) + 7 + (– 4) =
g) – 19 – (– 15) = h) + 7 – (– 2) =
i) + 9 – 5 = j) - 8 + 4 + 5 =
k) – 9 – 1 – 2 = l) + (-6) – (+3) + 5 =
DICA
Na multiplicação/divisão, quando os dois sinais forem iguais, o resultado é (+), e
quando forem diferentes, o resultado é (–).
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
d) (– 4) ÷ (– 4) = e) 12 ÷ (– 6) = f) – 1 × (– 14) =
g) (+ 7) × (+ 2) = h) (– 8) ÷ (– 4) = i) - 5 x (- 4) ÷ 2 =
g) 28,8 ÷ 4 = h) 86,2 x 3 =
Potenciação e Radiciação
•• No exemplo 72 = 49 temos que: 7 é a base, 2 é o expoente e 49 é a potência.
•• A potência é uma multiplicação de fatores iguais: 72 = 7 x 7 = 49
•• Todo número inteiro elevado a 1 é igual a ele mesmo:
Ex.: a) (– 4)1 = – 4 b) (+ 5)1 = 5
•• Todo número inteiro elevado a zero é igual a 1.
Ex.: a) (– 8)0 = 1 b) (+ 2)0 = 1
•• No exemplo 3 8 = 2 temos que: 3 é o índice da raiz, 8 é o radicando, 2 é a raiz e o simbolo
é o radical.
Ex.: a) 52 = 25 b) 23 = 8 c) 34 = 81
d) 4 625 = 5 e) 64 = 8 f) 3 27 = 3
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•• Quando não tiver parênteses, conservamos o sinal da base independente do expoente.
Exemplos: a) – 2² = – 4
b) – 23 = – 8
c) + 3² = 9
d) + 53 = + 125
4. Calcule as potências:
a) 3² = b) (– 3)² =
c) – 3² = d) (+ 5)3 =
e) (– 6)² = f) – 43 =
g) (– 1)² = h) (+ 4)² =
i) (– 5)0 = j) – 7² =
k) (– 2,1)² = l) – 1,13 =
m) (–8)² = n) – 8² =
Propriedades da Potenciação
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
Expressões numéricas
Para resolver expressões numéricas é preciso obedecer a seguinte ordem:
1º resolvemos as potenciações e radiciações na ordem em que aparecem.
2º resolvemos as multiplicações e divisões na ordem em que aparecem.
3º resolvemos as adições e subtrações na ordem em que aparecem.
b) 20 + 23 × 10 – 4² ÷ 2 =
d) 5² – 5 × 15 + 50 × 53 =
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Simplificação de frações
a) - 75 b) - 48 c) - 36 d) - 10
50 84 2 15
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
a) – 3 + 2 – 5 – 5 b) 7 +2– 1
4 10 2 10 3 4
•• Para dividir frações, basta multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda.
1
3 3 7 21 2
5
Exemplo: a) – ÷ = – x = – b) _____
=– 1 x 5 – 5
8 7 8 5 40 3 2 3 6
–
5
DICA
Dividir por um número é multiplicar pelo seu inverso!
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8. Efetue e simplifique quando for possível:
a) 4 ÷ �– 2 � b) – 1 �– 3 � 2 c) (– 4) ÷ �– 3 � d)
7 5 2 4 3 8
a) (– 1 – 2 – 3 – 4 – 5) ÷ (+ 15) =
b) (8 + 10 ÷ 2 – 12) ÷ (– 4 + 3) =
e) – 2 + {– 5 – [- 2 – (– 2) – 3 – (3 – 2) ] + 5} =
f) – 15 + 10 ÷ (2 – 7) =
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Matemática – Operações Básicas – Prof. Dudan
Expoente negativo
Todo número diferente de zero elevado a um expoente negativo é igual ao inverso do mesmo
número com expoente positivo.
Exemplo: a) 1 = 1 b) 4-3 = 1 = 1 c) �– 2 �-2 = �– 4 �2 = + 16
7² 49 4³ 64 4 2 4
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Matemática
Múltiplos e Divisores
Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 quando a soma dos valores absolutos dos seus algarismos for
divisível por 3.
Exemplo: 234 é divisível por 3, pois a soma de seus algarismos é igual a 2 + 3 + 4 = 9, e como 9 é
divisível por 3, então 234 é divisível por 3.
Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 quando termina em 00 ou quando o número formado pelos dois
últimos algarismos da direita for divisível por 4.
Exemplos: 1.800 é divisível por 4, pois termina em 00.
4.116 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4.
1.324 é divisível por 4, pois 24 é divisível por 4.
3.850 não é divisível por 4, pois não termina em 00 e 50 não é divisível por 4.
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Divisibilidade por 5
Um número natural é divisível por 5 quando ele termina em 0 ou 5.
Exemplos: 55 é divisível por 5, pois termina em 5.
90 é divisível por 5, pois termina em 0.
87 não é divisível por 5, pois não termina em 0 nem em 5.
Divisibilidade por 6
Um número natural é divisível por 6 quando é divisível por 2 e 3 ao mesmo tempo.
Exemplos: 54 é divisível por 6, pois é par, logo divisível por 2 e a soma de seus algarismos é
múltiplo de 3, logo ele é divisível por 3 também.
90 é divisível por 6, pelo mesmos motivos..
87 não é divisível por 6, pois não é divisível por 2.
Se um número é divisível por 3 e 4, também será divisível por 12.
Exemplos: 192 ÷ 12 = 16, pois 192 ÷ 3 = 64 e 192 ÷ 4 = 48
672 ÷ 12 = 56, pois 672 ÷ 3 = 224 e 672 ÷ 4 = 168
Exemplos
Teste a divisibilidade dos números abaixo por 2, 3, 4, 5 e 6.
a) 1.278
b) 1.450
c) 1.202.154
d) 148.762.014
O mínimo múltiplo comum entre dois números é representado pelo menor valor comum
pertencente aos múltiplos dos números. Observe o MMC entre os números 20 e 30:
M(20) = 0, 20, 40, 60, 80, 100, 120, ... e M(30) = 0, 30, 60, 90, 120, 150, 180, ...
Logo o MMC entre 20 e 30 é equivalente a 60.
Outra forma de determinar o MMC entre 20 e 30 é através da fatoração, em que devemos
escolher os fatores comuns de maior expoente e os termos não comuns.
Observe: 20 = 2 x 2 x 5 = 2² x 5 e 30 = 2 x 3 x 5 = 2 x 3 x 5 logo
MMC (20; 30) = 2² x 3 x 5 = 60
A terceira opção consiste em realizar a decomposição simultânea dos números, multiplicando
os fatores obtidos. Observe:
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Matemática – Critérios e Divisibilidade, MMC e MDC – Prof. Dudan
20 30 2
10 15 2
5 15 3
5 5 5
1
Dica 1
Quando se tratar de MMC a solução será um
valor no mínimo igual ao maior dos valores Dica 2
que você dispõe. Já quando se tratar de MDC Existe uma relação entre
a solução será um valor no máximo igual ao o m.m.c e o m.d.c de dois
menor dos valores que você dispõe. números naturais a e b.
Exemplo 1
Vamos determinar o MMC e o MDC entre os números 80 e 120.
Fatorando: 80 = 2 x 2 x 2 x 2 x 5 = 24 x 5 e 120 = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 = 2³ x 3 x 5
MMC (80; 120) = 24 x 3 x 5 = 240 e MDC (80; 120) = 2³ x 5 = 40
Exemplo 2
Uma indústria de tecidos fabrica retalhos de mesmo comprimento. Após realizarem os
cortes necessários, verificou–se que duas peças restantes tinham as seguintes medidas: 156
centímetros e 234 centímetros. O gerente de produção ao ser informado das medidas, deu
a ordem para que o funcionário cortasse o pano em partes iguais e de maior comprimento
possível. Como ele poderá resolver essa situação?
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Devemos encontrar o MDC entre 156 e 234, esse valor corresponderá à medida do comprimento
desejado.
156 2 234 2
78 2 117 3
39 3 39 3
13 13 13 13
1 1
3 4 6 2
3 2 3 2
3 1 3 3
1 1 1
2 3 6 2
1 3 3 3
1 1 1
MMC (2, 3, 6) = 2 x 3 = 6
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Matemática – Critérios e Divisibilidade, MMC e MDC – Prof. Dudan
48 2 36 2 30 2
24 2 18 2 15 3
12 2 9 3 5 5
6 2 3 3 1
3 3 1
1
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Módulo 4
Razão e Proporção
Razão
A palavra razão vem do latim ratio e significa a divisão ou o quociente entre dois números A e B,
A
denotada por .
B
12
Exemplo: A razão entre 12 e 3 é 4, pois = 4.
3
Proporção
Já a palavra proporção vem do latim proportione e significa uma relação entre as partes de uma
grandeza, ou seja, é uma igualdade entre duas razões.
6 10 6 10
Exemplo: = , a proporção é proporcional a .
3 5 3 5
A C
Se numa proporção temos B = D , então os números A e D são denominados extremos enquanto
os números B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios é igual ao produto
dos extremos, isto é:
A×D=C×B
x 12
Exemplo: Dada a proporção = , qual o valor de x?
3 9
Dica
x 12
= logo 9.x=3.12 → 9x=36 e portanto x=4 DICA: Observe a ordem com
3 9
que os valores são enunciados
para interpretar corretamente a
questão.
Exemplo: Se A, B e C são proporcionais a 2, 3 e 5,
•• Exemplos: A razão entre a e b
é a/b e não b/a!!!
logo: A B C A sua idade e a do seu colega são
= =
2 3 5 proporcionais a 3 e 4,
sua idade 3
logo = .
idade do colega 4
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Faça você
2
1. A razão entre o preço de custo e o preço de venda de um produto é . Se for
vendida a R$ 42,00 qual o preço de custo? 3
2. A razão entre dois números P e Q é 0,16. Determine P+Q, sabendo que eles são primos
entre si?
3. A idade do professor Zambeli está para a do professor Dudan assim como 8 está para
7. Se apesar de todos os cabelos brancos o professor Zambeli tem apenas 40 anos, a
idade do professor Dudan é de.
a) 20 anos.
b) 25 anos.
c) 30 anos.
d) 35 anos.
e) 40 anos.
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Curso xxx – Matemática – Prof. Dudan
A definição de grandeza está associada a tudo aquilo que pode ser medido ou contado. Como
exemplo, citamos: comprimento, tempo, temperatura, massa, preço, idade e etc.
As grandezas diretamente proporcionais estão ligadas de modo que à medida que uma
grandeza aumenta ou diminui, a outra altera de forma proporcional.
Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que nas grandezas diretamente
proporcionais uma delas varia na mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica... E assim por diante.
Exemplo:
Um automóvel percorre 300 km com 25 litros de combustível. Caso o proprietário desse
automóvel queira percorrer 120 km, quantos litros de combustível serão gastos?
300 km 25 litros
120 km x litros
Dica
Quando a regra
300 25 3000 de três é direta
= 300.x = 25.120 x= à x = 10
120 x 300 multiplicamos em
X, regra do “CRUZ
CREDO”.
Exemplo:
Em uma gráfica, certa impressora imprime 100 folhas em 5 minutos. Quantos minutos ela
gastará para imprimir 1300 folhas?
100 5 5 × 1300
= = 100.x = 5.1300 à x= = 65 minutos
1300 x 100
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Grandeza inversamente proporcional
Exemplo:
12 operários constroem uma casa em 6 semanas. 8 operários, nas mesmas condições,
construiriam a mesma casa em quanto tempo?
12 op. 6 semanas
8 op. x semanas
Antes de começar a fazer, devemos pensar: se diminuiu o número de funcionários, será que
a velocidade da obra vai aumentar? É claro que não, e se um lado diminui enquanto o outro
aumentou, é inversamente proporcional e, portanto, devemos multiplicar lado por lado (em
paralelo).
8.x = 12.6
8x = 72 Dica
72 Quando a regra de três é
x = à x = 9
8 inversa, multiplicamos lado
por lado, regra da LALA.
Exemplo: A velocidade constante de um carro e o tempo que esse carro gasta para dar uma
volta completa em uma pista estão indicados na tabela a seguir:
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Curso xxx – Matemática – Prof. Dudan
6. Se um avião, voando a 500 Km/h, faz o percurso entre duas cidades em 3h, quanto
tempo levará se viajar a 750 Km/h?
a) 1,5h.
b) 2h.
c) 2,25h.
d) 2,5h.
e) 2,75h.
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7. Em um navio com uma tripulação de 800 marinheiros há víveres para 45 dias. Quanto
tempo poderíamos alimentar os marinheiros com o triplo de víveres?
a) 130.
b) 135.
c) 140.
d) 145.
e) 150.
8. Uma viagem foi feita em 12 dias percorrendo-se 150km por dia. Quantos dias seriam
empregados para fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200km por dia?
a) 5.
b) 6.
c) 8.
d) 9.
e) 10.
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Matemática
A definição de grandeza está associada a tudo aquilo que pode ser medido ou contado. Como
exemplo, citamos: comprimento, tempo, temperatura, massa, preço, idade e etc.
As grandezas diretamente proporcionais estão ligadas de modo que à medida que uma
grandeza aumenta ou diminui, a outra altera de forma proporcional.
Grandezas diretamente proporcionais, explicando de uma forma mais informal, são grandezas
que crescem juntas e diminuem juntas. Podemos dizer também que nas grandezas diretamente
proporcionais uma delas varia na mesma razão da outra. Isto é, duas grandezas são diretamente
proporcionais quando, dobrando uma delas, a outra também dobra; triplicando uma delas, a
outra também triplica... E assim por diante.
Exemplo:
Um automóvel percorre 300 km com 25 litros de combustível. Caso o proprietário desse
automóvel queira percorrer 120 km, quantos litros de combustível serão gastos?
300 km 25 litros
120 km x litros
Dica
Quando a regra
300 25 3000 de três é direta
= 300.x = 25.120 x= à x = 10
120 x 300 multiplicamos em
X, regra do “CRUZ
CREDO”.
Exemplo:
Em uma gráfica, certa impressora imprime 100 folhas em 5 minutos. Quantos minutos ela
gastará para imprimir 1300 folhas?
100 5 5 × 1300
= = 100.x = 5.1300 à x= = 65 minutos
1300 x 100
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Grandeza inversamente proporcional
Exemplo:
12 operários constroem uma casa em 6 semanas. 8 operários, nas mesmas condições,
construiriam a mesma casa em quanto tempo?
12 op. 6 semanas
8 op. x semanas
Antes de começar a fazer, devemos pensar: se diminuiu o número de funcionários, será que
a velocidade da obra vai aumentar? É claro que não, e se um lado diminui enquanto o outro
aumentou, é inversamente proporcional e, portanto, devemos multiplicar lado por lado (em
paralelo).
8.x = 12.6
8x = 72 Dica
72 Quando a regra de três é
x = à x = 9
8 inversa, multiplicamos lado
por lado, regra da LALA.
Exemplo: A velocidade constante de um carro e o tempo que esse carro gasta para dar uma
volta completa em uma pista estão indicados na tabela a seguir:
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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan
Questões
2. Se (3, x, 14, ...) e (6, 8, y, ...) forem grandezas diretamente proporcionais, então o valor
de x + y é:
a) 20
b) 22
c) 24
d) 28
e) 32
3. Uma usina produz 500 litros de álcool com 6 000 kg de cana – de – açúcar. Determine
quantos litros de álcool são produzidos com 15 000 kg de cana.
a) 1000 litros.
b) 1050 litros.
c) 1100 litros.
d) 1200 litros.
e) 1250 litros.
4. Um muro de 12 metros foi construído utilizando 2 160 tijolos. Caso queira construir
um muro de 30 metros nas mesmas condições do anterior, quantos tijolos serão
necessários?
a) 5000 tijolos.
b) 5100 tijolos.
c) 5200 tijolos.
d) 5300 tijolos.
e) 5400 tijolos.
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5. Uma equipe de 5 professores gastaram 12 dias para corrigir as provas de um
vestibular. Considerando a mesma proporção, quantos dias levarão 30
professores para corrigir as provas?
a) 1 dia.
b) 2 dias.
c) 3 dias.
d) 4 dias.
e) 5 dias.
6. Em uma panificadora são produzidos 90 pães de 15 gramas cada um. Caso queira
produzir pães de 10 gramas, quantos iremos obter?
a) 120 pães.
b) 125 pães.
c) 130 pães.
d) 135 pães.
e) 140 pães.
7. Se um avião, voando a 500 Km/h, faz o percurso entre duas cidades em 3h, quanto
tempo levará se viajar a 750 Km/h?
a) 1,5h.
b) 2h.
c) 2,25h.
d) 2,5h.
e) 2,75h.
8. Em um navio com uma tripulação de 800 marinheiros há víveres para 45 dias. Quanto
tempo poderíamos alimentar os marinheiros com o triplo de víveres?
a) 130 dias.
b) 135 dias.
c) 140 dias.
d) 145 dias.
e) 150 dias.
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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan
9. A comida que restou para 3 náufragos seria suficiente para alimentá-los por
12 dias. Um deles resolveu saltar e tentar chegar em terra nadando. Com um
náufrago a menos, qual será a duração dos alimentos?
a) 12 dias.
b) 14 dias.
c) 16 dias.
d) 18 dias.
e) 20 dias.
10. Uma viagem foi feita em 12 dias percorrendo-se 150km por dia. Quantos dias seriam
empregados para fazer a mesma viagem, percorrendo-se 200km por dia?
a) 5 dias.
b) 6 dias.
c) 8 dias.
d) 9 dias.
e) 10 dias.
11. Para realizar certo serviço de manutenção são necessários 5 técnicos trabalhando
durante 6 dias, todos com o mesmo rendimento e o mesmo número de horas. Se
apenas 3 técnicos estiverem disponíveis, pode-se concluir que o número de dias a
mais que serão necessários para realizar o mesmo serviço será
a) 2 dias.
b) 3 dias.
c) 4 dias.
d) 5 dias.
e) 6 dias.
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12. Três torneiras, com vazões iguais e constantes, enchem totalmente uma
caixa d’água em 45 minutos. Para acelerar esse processo, duas novas
torneiras, iguais às primeiras, foram instaladas. Assim, o tempo gasto para
encher essa caixa d’água foi reduzido em:
a) 18 min.
b) 20 min.
c) 22 min.
d) 25 min.
e) 28 min.
Casos particulares
João, sozinho, faz um serviço em 10 dias. Paulo, sozinho, faz o mesmo serviço em 15 dias. Em
quanto tempo fariam juntos esse serviço?
Primeiramente, temos que padronizar o trabalho de cada um, neste caso já esta padronizado,
pois ele fala no trabalho completo, o que poderia ser dito a metade do trabalho feito em um
certo tempo.
Se João faz o trabalho em 10 dias, isso significa que ele faz 1/10 do trabalho por dia.
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Matemática – Regra de Três Simples – Prof. Dudan
1 1 3 2 5 1
Juntos o rendimento diário é de + = + = =
10 15 30 30 30 6
Se em um dia eles fazem 1/6 do trabalho em 6 dias os dois juntos completam o trabalho.
Sempre que as capacidades forem diferentes, mas o serviço a ser feito for o mesmo,
1 1 1
seguimos a seguinte regra: + =
t1 t2 tT (tempo total)
14. Uma torneira enche um tanque em 3h, sozinha. Outra torneira enche o
mesmo tanque em 4h, sozinha. Um ralo esvazia todo o tanque sozinho em
2h. Estando o tanque vazio, as 2 torneiras abertas e o ralo aberto, em quanto
tempo o tanque encherá?
a) 10 h.
b) 11 h.
c) 12 h.
d) 13 h.
e) 14 h.
Gabarito: 1. * 2. E 3. E 4. E 5. B 6. D 7 B 8. B 9. D 10. D 11. C 12. A 13. B 14. C
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Matemática
A regra de três composta é utilizada em problemas com mais de duas grandezas, direta ou
inversamente proporcionais. Para não vacilar, temos que montar um esquema com base na
análise das colunas completas em relação à coluna do “x”.
Vejamos os exemplos abaixo.
Exemplo:
Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m3 de areia. Em 5 horas, quantos caminhões serão
necessários para descarregar 125m3?
A regra é colocar em cada coluna as grandezas de mesma espécie e deixar o X na segunda linha.
+ –
Horas Caminhões Volume
8 20 160
5 x 125
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Exemplo:
Numa fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20 carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos
serão montados por 4 homens em 16 dias?
Solução: montando a tabela:
– +
Homens Carrinhos Dias
8 20 5
4 x 16
Observe que se 8 homens montam 20 carrinhos, então 4 homens montam MENOS carrinhos.
Sinal de – nessa coluna.
Exemplo:
O professor Cássio estava digitando o material para suas incríveis aulas para a turma do BNB
e percebeu que digitava 30 linhas em 2,5 minutos num ritmo constante e errava 5 vezes a
digitação nesse intervalo de tempo.
Sabe-se que o numero de erros é proporcional ao tempo gasto na digitação.
Assim com o objetivo de diminuir o total de erros para 4, se Cassio for digitar 120 linhas com
velocidade 20% inferior ele precisará de um tempo igual a:
a) 300 segundos.
b) 400 segundos.
c) 500 segundos.
d) 580 segundos.
e) 600 segundos.
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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan
RESOLUÇÃO:
Inicialmente organizaremos as colunas nas mesmas unidades de medida, portanto, usaremos o
tempo em segundos lembrando que 2,5 minutos = 2,5 x 60 segundos , logo 150 segundos.
Assim:
+ – +
linhas t(seg) erros velocidade(%)
30 150 5 100
120 x 4 80
Assim basta colocar no numerador o valor que respeita o sinal colocado na coluna completa:
Sinal de + , coloca-se o MAIOR , sinal de - , coloca-se o MENOR valor.
X = 150.120.4.100 = 150.120.4.100 = 5.120.4.100 = 120.4.100 =
30.5.80 30.5.80 5.80 80
12.4.100 = 12.50 = 600 segundos.
8
Alternativa E
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Questões
3. Franco e Jade foram incumbidos de digitar os laudos de um texto. Sabe-se que ambos
digitaram suas partes com velocidades constantes e que a velocidade de Franco era
80% de Jade. Nessas condições, se Jade gastou 10 min para digitar 3 laudos, o tempo
gasto por Franco para digitar 24 laudos foi?
a) 1h e 15 min.
b) 1h e 20 min.
c) 1h e 30 min.
d) 1h e 40 min.
e) 2h.
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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan
5. Uma ponte foi construída em 48 dias por 25 homens, trabalhando-se 6 horas por dia.
Se o número de homens fosse aumentado em 20% e a carga horária de trabalho em 2
horas por dia, esta ponte seria construída em:
a) 24 dias.
b) 30 dias.
c) 36 dias.
d) 40 dias.
e) 45 dias
6. Usando um ferro elétrico 20 minutos por dia, durante 10 dias, o consumo de energia
será de 5 kWh. O consumo do mesmo ferro elétrico se ele for usado 70 minutos por
dia, durante 15 dias será de.
a) 25 kWh.
b) 25,5 kWh.
c) 26 kWh.
d) 26,25 kWh.
e) 26,5 kWh.
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7. Trabalhando oito horas por dia, durante 16 dias, Pedro recebeu R$ 2 000,00.
Se trabalhar 6 horas por dia, durante quantos dias ele deverá trabalhar para
receber R$ 3000,00?
a) 31 dias.
b) 32 dias.
c) 33 dias.
d) 34 dias.
e) 35 dias.
9. Uma montadora de automóveis demora 20 dias, trabalhando 8 horas por dia, para
produzir 400 veículos. Quantos dias serão necessários para produzir 50 veículos,
trabalhando 10 horas ao dia?
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
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Matemática – Regra de Três Composta – Prof. Dudan
11. Em uma fábrica de cerveja, uma máquina encheu 2 000 garrafas em 8 dias,
funcionando 8 horas por dia. Se o dono da fábrica necessitasse que ela
triplicasse sua produção dobrando ainda as suas horas diárias de
funcionamento, então o tempo, em dias, que ela levaria para essa nova
produção seria:
a) 16
b) 12
c) 10
d) 8
e) 4
13. Para cavar um túnel, 30 homens demoraram 12 dias. Vinte homens, para cavar dois
túneis do mesmo tamanho e nas mesmas condições do primeiro túnel, irão levar:
a) 36 dias.
b) 38 dias.
c) 40 dias.
d) 42 dias.
e) 44 dias.
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14. Através de um contrato de trabalho, ficou acertado que 35 operários
construiriam uma casa em 32 dias, trabalhando 8 horas diárias. Decorridos 8
dias, apesar de a obra estar transcorrendo no ritmo previsto, novo contrato
foi confirmado: trabalhando 10 horas por dia, 48 operários terminariam a
obra. O número de dias gasto, ao todo, nesta construção foi:
a) 14
b) 19
c) 22
d) 27
e) 50
15. Numa editora, 8 digitadores, trabalhando 6 horas por dia, digitaram 3/5 de um
determinado livro em 15 dias. Então, 2 desses digitadores foram deslocados para um
outro serviço, e os restantes passaram a trabalhar apenas 5 horas por dia na digitação
desse livro. Mantendo-se a mesma produtividade, para completar a digitação do
referido livro, após o deslocamento dos 2 digitadores, a equipe remanescente terá de
trabalhar ainda:
a) 18 dias.
b) 16 dias.
c) 15 dias.
d) 14 dias.
e) 12 dias.
Gabarito: 1. C 2. D 3. D 4. C 5. B 6. D 7. B 8. A 9. B 10. E 11. B 12. B 13. A 14. C 15. B
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Matemática
Porcentagem
DEFINIÇÃO: A percentagem ou porcentagem (do latim per centum, significando “por cento”,
“a cada centena”) é uma medida de razão com base 100 (cem). É um modo de expressar uma
proporção ou uma relação entre 2 (dois) valores (um é a parte e o outro é o inteiro) a partir de
uma fração cujo denominador é 100 (cem), ou seja, é dividir um número por 100 (cem).
Taxa Unitária
Quando pegamos uma taxa de juros e dividimos o seu valor por 100, encontramos a taxa
unitária.
A taxa unitária é importante para nos auxiliar a desenvolver todos os cálculos em matemática
financeira.
Pense na expressão 20% (vinte por cento), ou seja, essa taxa pode ser representada por uma
fração cujo numerador é igual a 20 e o denominador é igual a 100.
Dica:
A porcentagem vem sempre associada a um elemento, portanto, sempre multiplicado a ele.
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Exemplo: Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, cobrou 75 faltas, transformando
em gols 8% dessas faltas. Quantos gols de falta esse jogador fez?
8 600
8% de 75 = x 75 = =6
100 100
Fator de Capitalização
Vamos imaginar que certo produto sofreu um aumento de 20% sobre o seu valor inicial. Qual o
novo valor deste produto?
Claro que, se não sabemos o valor inicial deste produto, fica complicado para calcularmos, mas
podemos fazer a afirmação abaixo:
O produto valia 100% e sofreu um aumento de 20%. Logo, está valendo 120% do seu valor
inicial.
Como vimos no tópico anterior (taxas unitárias), podemos calcular qual o fator que podemos
utilizar para calcular o novo preço deste produto após o acréscimo.
COMO CALCULAR:
•• Acréscimo de 45% = 100% + 45% = 145% = 145/ 100 = 1,45
•• Acréscimo de 20% = 100% + 20% = 120% = 120/ 100 = 1,2
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para aumentar o preço do meu produto em 20%, deve-se multiplicar o preço por 1,2.
Exemplo: um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um acréscimo de 20% passará a custar
1.500 x 1,2 (fator de capitalização para 20%) = R$ 1.800,00
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Curso XXX – Matemática – Prof. Dudan
COMO FAZER:
15%
20%
4,5%
254%
0%
63%
24,5%
6%
Fator de Descapitalização
Vamos imaginar que certo produto sofreu um desconto de 20% sobre o seu valor inicial. Qual
novo valor deste produto?
Claro que, se não sabemos o valor inicial deste produto, fica complicado para calcularmos, mas
podemos fazer a afirmação abaixo:
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O produto valia 100% e sofreu um desconto de 20%. Logo, está valendo 80% do seu valor inicial.
Conforme dito anteriormente, podemos calcular o fator que podemos utilizar para calcular o
novo preço deste produto após o acréscimo.
80
Fator de Captalização = = 0,8
100
O Fator de descapitalização é o número pelo qual devo multiplicar o preço do meu produto
para obter como resultado final o seu novo preço, considerando o percentual de desconto que
desejo utilizar.
Assim, se o meu produto custava R$ 50,00, por exemplo, basta multiplicar R$ 50,00 pelo meu
fator de descapitalização por 0,8 para conhecer seu novo preço, neste exemplo será de R$
40,00.
CALCULANDO O FATOR DE DESCAPITALIZAÇÃO:
Basta subtrair o valor do desconto expresso em taxa unitária de 1, lembre-se que 1 = 100/100
= 100%
COMO CALCULAR:
•• Desconto de 45% = 100% - 45% = 55% = 55/ 100 = 0,55
•• Desconto de 20% = 100% - 20% = 80% = 80/ 100 = 0,8
ENTENDENDO O RESULTADO:
Para calcularmos um desconto no preço do meu produto de 20%, devemos multiplicar o valor
desse produto por 0,80.
Exemplo:
Um produto que custa R$ 1.500,00 ao sofrer um desconto de 20% passará a custar 1.500 x 0,80
(fator de descapitalização para 20%) = R$ 1.200,00
COMO FAZER:
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15%
20%
4,5%
254%
0%
63%
24,5%
6%
Exemplo:
Os bancos vêm aumentando significativamente as suas tarifas de manutenção de contas.
Estudos mostraram um aumento médio de 30% nas tarifas bancárias no 1º semestre de 2009 e
de 20% no 2° semestre de 2009. Assim, podemos concluir que as tarifas bancárias tiveram em
média suas tarifas aumentadas em:
a) 50%
b) 30%
c) 150%
d) 56%
e) 20%
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Ao ler esta questão, muitos candidatos se deslumbram com a facilidade e quase por impulso
marcam como certa a alternativa “a” (a de “apressadinho”).
Ora, estamos falando de acréscimos sucessivos. Vamos considerar que a tarifa média mensal
de manutenção de conta no início de 2009 seja de R$ 100,00, logo após um acréscimo teremos:
100,00 x 1,3 = 130,00
Agora, vamos acrescentar mais 20% referente ao aumento dado no 2° semestre de 2009:
130,00 x 1,2 = 156,00
Ou seja, as tarifas estão 56,00 mais caras que o início do ano.
Como o valor inicial das tarifas era de R$ 100,00, concluímos que elas sofreram uma alta de
56%, e não de 50% como parecia inicialmente.
DICA: Dois aumentos sucessivos de 10% não implicam num aumento final de 20%.
COMO FAZER
Exemplo Resolvido 1:
Um produto sofreu em janeiro de 2009 um acréscimo de 20% sobre o seu valor, em fevereiro
outro acréscimo de 40% e em março um desconto de 50%. Neste caso podemos afirmar que o
valor do produto após a 3ª alteração em relação ao preço inicial é:
a) 10% maior
b) 10 % menor
c) Acréscimo superior a 5%
d) Desconto de 84%
e) Desconto de 16%
Resolução:
Fator para um aumento de 20% = 100% + 20% = 100/100 + 20/100 = 1+0,2 = 1,2
Aumento de 40% = 100% + 40% = 100/100 + 40/100 = 1 + 0,4 = 1,4
Desconto de 50% = 100% - 50% = 100/100 - 50/100 = 1 - 0,5 = 0,5
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Faça você
Uma mercadoria que custava US$ 2.400 sofreu um aumento, passando a custar
US$ 2.880. A taxa de aumento foi de:
a) 30%.
b) 50%.
c) 10%.
d) 20%.
e) 15%.
Uma certa mercadoria que custava R$ 10,50 teve um aumento, passando a custar R$ 11,34.
O percentual de aumento da mercadoria foi de:
a) 1,0%.
b) 10,0%.
c) 10,8%.
d) 8,0%.
e) 0,84%.
2
A expressão (10%) é igual a
a) 100%.
b) 1%.
c) 0,1%.
d) 10%.
e) 0,01%.
Um trabalhador recebeu dois aumentos sucessivos, de 20% e de 30%, sobre o seu salário.
Desse modo, o percentual de aumento total sobre o salário inicial desse trabalhador foi de
a) 30%.
b) 36%.
c) 50%.
d) 56%..
e) 66%
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Descontos sucessivos de 20% e 30% são equivalentes a um único desconto de:
a) 25%.
b) 26%.
c) 44%.
d) 45%.
e) 50%.
Numa melancia de 10kg, 95% dela é constituída de água. Após desidratar a fruta, de modo
que se elimunem 90% da água, pode-se afirmar que a massa restante da melancia será, em
kg, igual a
a) 1,45
b) 1,80
c) 5
d) 9
e) 9,5
Em uma sala onde estão 100 pessoas, sabe-se que 99% são homens. Quantos homens
devem sair para que a percentagem de homens na sala passe a ser 98%?
a) 1.
b) 2.
c) 10.
d) 50.
e) 60.
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Matemática
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Subconjunto de Unidades de Medida do Sistema Métrico Decimal
Observe que as setas que apontam para a direita indicam uma multiplicação pelo fator
multiplicador (10, 100 ou 1000 dependendo da unidade de medida), assim como as setas que
apontam para a esquerda indicam uma divisão também pelo fator.
A conversão de uma unidade para outra unidade dentro da mesma grandeza é realizada
multiplicando-se ou dividindo-se o seu valor pelo fator de conversão, dependendo da unidade
original estar à esquerda ou à direita da unidade a que se pretende chegar, tantas vezes quantos
forem o número de níveis de uma unidade a outra.
Km Hm Dam M Dm Cm Mm
Kilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Km Hm Dam M Dm Cm Mm
1 6, 0 7 2
Após ter colocado os respectivos valores dentro das unidades equivalentes, lê-se a parte inteira
acompanhada da unidade de medida do seu último algarismo e a parte decimal com a unidade
de medida o último algarismo.
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Matemática – Sistema de Medidas – Prof. Dudan
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Quantos quilômetros cúbicos equivalem a 14 mm3?
Para passarmos de milímetros cúbicos para quilômetros cúbicos, passaremos seis níveis à
esquerda. Dividiremos então 14 por 1000 seis vezes:
Portanto:
3 -17 3
0,000000000000000014 km , ou a 1,4 x 10 km se expresso em notação científica equivalem
3
a 14 mm .
2
Passe 50 dm para hectometros quadrados
Para passarmos de decímetros quadrados para hectometros quadrados, passaremos três
níveis à esquerda. Dividiremos então por 100 três vezes:
50dm²:100:100:100 = 0,00005 km²
Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a esquerda.
2 2
Portanto:50 dm é igual a 0,00005 hm
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Matemática – Sistema de Medidas – Prof. Dudan
Falta-nos passarmos de mililitros para decilitros, quando então passaremos dois níveis à
esquerda.
Dividiremos então por 10 duas vezes:
0,348 ml:10:10 = 0,00348 dl
Logo:348 mm3 equivalem a 0,00348 dl.
Dúvidas Frequentes
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Sistema de Medida de Tempo
Medidas de tempo
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Matemática – Sistema de Medidas – Prof. Dudan
Múltiplos
Minutos Horas Dia
min h d
60s 60 min = 3.600s 24h = 1.440min = 86.400s
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Além das unidades vistas anteriormente, podemos também relacionar algumas outras:
Unidade Equivale
Semana 7 dias
Quinzena 15 dias
Mês 30 dias *
Bimestre 2 meses
Trimestre 3 meses
Quadrimestre 4 meses
Semestre 6 meses
Ano 12 meses
Década 10 anos
Século 100 anos
Milênio 1000 anos
Exemplos Resolvidos
•• Converter 25 minutos em segundos
A unidade de tempo minuto é maior que a unidade segundo, já que 1 minuto contém 60
segundos, portanto, de acordo com o explicado acima, devemos realizar uma multiplicação,
mas devemos multiplicar por quanto?
Devemos multiplicar por 60, pois cada minuto equivale a 60 segundos:
Visto que:
A min = 60 seg
Então:
Assim 25 min é igual a 1500 s
2.200 x 1 = 37
60
Assim 2.220 s é igual a 37 min
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Matemática – Sistema de Medidas – Prof. Dudan
1. Os 3 de um dia correspondem a
50
a) 1 hora, 4 minutos e 4 segundos.
b) 1 hora, 26 minutos e 4 segundos.
c) 1 hora, 26 minutos e 24 segundos.
d) 1 hora, 40 minutos e 4 segundos.
e) 1 hora e 44 minutos.
Gabarito: 1. C
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Matemática
ÂNGULOS
Ângulo é a região de um plano concebida pelo encontro de duas semirretas que possuem uma
origem em comum, chamada vértice do ângulo.
A unidade usual de medida de ângulo, de acordo com o sistema internacional de medidas, é o
grau, representado pelo símbolo º, e seus submúltiplos são o minuto ’ e o segundo ”.
Temos que 1º (grau) equivale a 60’ (minutos) e 1’ equivale a 60”(segundos).
Ângulo é um dos conceitos fundamentais da matemática, ocupando lugar de destaque na
Geometria euclidiana, ao lado de ponto, reta, plano, triângulo, quadrilátero, polígono e
perímetro.
Tipos de ângulo
•• Ângulos Complementares: dois ângulos são complementares se a soma de suas medidas é
igual a 90º. Neste caso, cada um é o complemento do outro.
Na ilustração temos que:
α
0
α + β = 90º
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•• Ângulos Suplementares: dois ângulos são Suplementares quando a soma de suas medidas
é igual a 180º. Neste caso, cada um é o suplemento do outro.
Na ilustração temos que:
β
α
α + β = 180º
•• Ângulos Replementares: dois ângulos são replementares quando a soma de suas medidas é
igual a 360°. Neste caso, cada um é o replemento do outro.
Na ilustração temos que:
α + β = 360º
Exemplo: Assinale V para verdadeiro e F para falso nas sentenças abaixo:
( ) 80º e 10º são suplementares.
( ) 30º e 70º são complementares.
( ) 120º e 60º são suplementares.
( ) 20º e 160º são complementares.
( ) 140º e 40º são complementares.
( ) 140º e 40º são suplementares.
Exemplo: Dê a medida do ângulo que vale o dobro de seu complemento.
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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan
Dadas duas ou mais retas paralelas, cada reta transversal a essas retas formam ângulos opostos
pelo vértice.
r/s
y
x t é transversal
r
x
y
y
x
s
x
y
x + y = 180º e ângulos opostos
congruentes
a+b= 180º
Exemplos:
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Exemplo:
As retas r e s são interceptadas pela transversal "t", conforme a figura. O valor de x para que r e
s sejam, paralelas é:
a) 20º.
b) 26º.
c) 28º.
d) 30º.
e) 35º.
Exemplo:
Na figura adiante, as retas r e s são paralelas, o ângulo 1 mede 45° e o ângulo 2 mede 55°. A
medida, em graus, do ângulo 3 é:
a) 50º.
b) 55º.
c) 60º.
d) 80º.
e) 100º.
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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan
Ângulos de um Polígono
A soma dos ângulos internos de qualquer polígono depende do número de lados (n), sendo
usada a seguinte expressão para o cálculo:
Polígonos regulares
Um polígono irregular é aquele que não possui os ângulos com medidas iguais e os lados não
possuem o mesmo tamanho.
Polígonos irregulares
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Diagonais de um polígono
Diagonal de um polígono é o segmento de reta que liga um vértice ao outro, passando pelo
interior da figura. O número de diagonais de um polígono depende do número de lados (n) e
pode ser calculado pela expressão:
Exemplo:
A medida mais próxima de cada ângulo externo do heptágono regular da moeda de R$ 0,25 é:
a) 60º.
b) 45º.
c) 36º.
d) 83º.
e) 51º.
Exemplo:
Os ângulos externos de um polígono regular medem 20°. Então, o número de diagonais desse
polígono é:
a) 90º.
b) 104º.
c) 119º.
d) 135º.
e) 152º.
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Matemática – Ângulos – Prof. Dudan
Exemplo:
Dada a figura:
Sobre as sentenças
I – O triângulo CDE é isósceles.
II – O triângulo ABE é equilátero.
III – AE é bissetriz do ângulo BÂD.
é verdade que
a) somente a I é falsa.
b) somente a II é falsa.
c) somente a III é falsa.
d) são todas falsas.
e) são todas verdadeiras.
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Matemática
Teorema de Pitágoras
DEFINIÇÃO
Exemplo:
Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.
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Exemplo:
Calcule o valor do cateto no triângulo retângulo a seguir:
Exemplo:
Determine x no triângulo a seguir
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Matemática – Teorema de Pitágoras – Prof. Dudan
Questões
1. Roberto irá cercar uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele
tem um alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o canto murado de seu
terreno (em ângulo reto) e fechar essa área triangular esticando todo o alambrado,
sem sobra. Se ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro ele irá utilizar, em
metros?
a) 7.
b) 5.
c) 8.
d) 6.
e) 9.
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3. Em um prédio do Tribunal de Justiça, há um desnível de altura entre a calçada
frontal e a sua porta de entrada. Deseja-se substituir a escada de acesso
existente por uma rampa. Se a escada possui 40 degraus iguais, cada um com
altura de 12,5 cm e comprimento de 30 cm, o comprimento da rampa será de:
a) 5 m.
b) 8 m.
c) 10 m.
d) 12 m.
e) 13 m.
4. Um ciclista acrobático vai atravessar de um prédio a outro com uma bicicleta especial,
percorrendo a distância sobre um cabo de aço, como demonstra o esquema a seguir:
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Matemática
Triângulo
Triângulo é uma figura geométrica formada por três retas que se encontram duas a duas e não
passam pelo mesmo ponto, formando três lados e três ângulos.
Para fazer o cálculo do perímetro de um triângulo basta fazer a soma da medida de todos os
lados, a soma dos ângulos internos é sempre 180º.
Observando o triângulo podemos identificar alguns de seus elementos:
•• A, B e C são os vértices.
•• Os lados dos triângulos são simbolizados pelo encontro dos vértices (pontos de encontros):
, , segmentos de retas.
•• Os ângulos têm duas formas de representá-los: no caso do triângulo ele tem 3 lados,
consequentemente, 3 ângulos.
Tipos de Triângulo
O triângulo pode ser classificado segundo:
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Triângulo Isósceles: é todo triângulo que apresenta dois lados com a mesma medida, ou seja,
dois lados de tamanhos iguais.
Triângulo Escaleno: é todo triângulo que apresenta os três lados com medidas diferentes, ou
seja, três lados de tamanhos diferentes.
Triângulo obtusângulo: é todo triângulo que apresenta um ângulo interno maior que 90º, ou
seja, que possui um ângulo obtuso.
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Matemática – Triângulos – Prof. Dudan
Triângulo retângulo: é todo triângulo que apresenta um ângulo interno reto, ou seja, que
possui um ângulo medindo 90º.
TRIÂNGULO RETÂNGULO
Exemplo:
Determine x no triângulo abaixo
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Exemplo:
Num triângulo ABC, retângulo em B, os catetos medem 5 cm e 12 cm. A altura relativa ao vértice
B desse triângulo, em cm, é aproximadamente igual a:
a) 4,6.
b) 1,3.
c) 3,7.
d) 5,2.
e) 5,9.
Exemplo:
Calcule o valor de x.
Exemplo:
Na figura abaixo, ABD e BCD são triângulos retângulos isósceles. Se AD = 4, qual é o comprimento
de DC?
a) 4 2.
b) 6.
c) 7.
d) 8.
e) 8 2.
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Matemática – Triângulos – Prof. Dudan
Questões
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Exemplo:
A área do triângulo sombreado da figura abaixo é:
a) 13,5.
b) 9 10 .
c) 10,5.
d) 21.
e) 10,5 10 .
Exemplo:
Calcule a área do triangulo retângulo abaixo.
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Matemática
QUADRILÁTEROS
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Paralelogramos
São quadriláteros de lados opostos paralelos.
Exemplos:
Retângulo – Paralelogramo em que todos os ângulos são retos. O retângulo cujos lados são
congruentes chama-se quadrado.
Quadrado – Retângulo cujos lados tem medidas iguais.
Losango, paralelogramo.
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Matemática – Quadriláteros – Prof. Dudan
Trapézios
Quadrilátero que tem dois e só dois lados opostos paralelos.
Exemplos:
Trapézio Escaleno: tem todos os lados de medidas distintas.
Trapézio Retângulo – Trapézio que tem dois ângulos retos.
Trapézio Isósceles – Trapézio que tem os lados não paralelos com a mesma medida.
Exemplo:
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A figura abaixo é um trapézio isósceles, onde a, b, c representam medidas dos ângulos internos
desse trapézio. Determine a medida de a, b, c.
Principais Quadriláteros
1. Trapézio
Características:
Apresenta 2 lados paralelos apenas.
Exemplos: Calcule o valor de x e de y nos trapézios abaixo:
2. Paralelogramo
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Matemática – Quadriláteros – Prof. Dudan
Características:
Lados paralelos congruentes, ângulos opostos congruentes.
3. Losango
Características:
Lados paralelos congruentes, todos os lados de mesma medida, ângulos opostos congruentes,
diagonais cortam-se nos seus pontos médios e são proporcionais entre si.
3. Retângulo
Características:
Todos os ângulos internos são retos, lados paralelos congruentes, diagonais de mesma medida
e que se cortam nos seus pontos médios.
4. Quadrado
Características:
Todos os ângulos internos são retos, lados paralelos congruentes, todos os lados de mesma
medida, diagonais de mesma medida, perpendiculares entre si e que se cortam nos seus pontos
médios.
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Questões
a) 15 m2.
2
b) 17 m .
2
c) 19 m .
2
d) 20 m .
a) 30.
b) 49.
c) 60.
d) 75.
e) 90.
Gabarito: 1. D 2. D
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Matemática
FIGURAS CIRCULARES
Questões
a) 1.
b) 1,5.
c) 2,5.
d) 3.
e) 3,5.
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2. A área de um setor circular de 210º e raio 3 cm é:
a) 9π .
2
b) 15π .
4
c) 8 �
d) 21π .
4
e) 6 �.
a) 6.
b) 10.
c) 6 �.
d) 10 �.
e) 60.
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Matemática
Comprimento ou Perímetro
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Solução: Imagine que a cerca terá somente um fio de arame. O total de arame gasto para
contornar todo o terreno será igual à medida do perímetro da figura. Como a cerca terá 5 fios
de arame, o total gasto será 5 vezes o valor do perímetro.
Cálculo do perímetro:
2p = 120m + 90m + 120m + 90m = 420 m
Total de arame gasto:
5.420 = 2100m de arame para fazer a cerca.
Como cada metro de arame custa R$ 15,00, o gasto total com a cerca será de:
2100.15 = R$ 31. 500,00.
Principais Figuras
1. Triângulo Retângulo
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Matemática – Comprimento/Perímetro – Prof. Dudan
2. Triângulo Equilátero
3. Quadrado
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4. Retângulo
5. Losango
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Matemática – Comprimento/Perímetro – Prof. Dudan
6. Círculo
Questões
1. Roberto irá cercar uma parte de seu terreno para fazer um canil. Como ele
tem um alambrado de 10 metros, decidiu aproveitar o canto murado de seu terreno
(em ângulo reto) e fechar essa área triangular esticando todo o alambrado, sem
sobra. Se ele utilizou 6 metros de um muro, do outro muro ele irá utilizar, em metros,
a) 7.
b) 5.
c) 8.
d) 6.
e) 9.
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2. Para fazer um cercado para ratos, em um laboratório, dispõe-se de 12 metros
de tela de arame. Para um dos lados, será aproveitada a parede do fundo da
sala, de modo a fazer o cercado com um formato retangular, usando os 12
metros de tela para formar os outros três lados do retângulo.
Se a parede a ser usada tem 4 metros, qual será a área do cercado?
2
a) 28m .
2
b) 24m .
2
c) 20m .
2
d) 16m .
2
e) 12m .
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Matemática
Área
Definição
O cálculo de área é uma atividade cotidiana na vida de todos nós. Sempre nos vemos envolvidos
em alguma situação em que há a necessidade de se calcular a área de uma forma geométrica
plana. Seja na aquisição de um terreno, na reforma de um imóvel ou na busca de reduzir custos
com embalagens, o uso do conhecimento de cálculo de áreas se faz presente. É uma atividade
muito simples, mas às vezes deixamos algumas questões passarem despercebidas.
Área é um conceito matemático que pode ser definida como quantidade de espaço
bidimensional, ou seja, de superfície.
2
Existem várias unidades de medida de área, sendo a mais utilizada o metro quadrado (m ) e
os seus múltiplos e sub-múltiplos.
Para não haver erro , lembre-se: “Área é o que eu posso pintar”.
1. Triangulo Qualquer
Exemplo:
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2. Triângulo Retângulo
Exemplo:
3. Triângulo Equilátero
Exemplo:
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Matemática – Área – Prof. Dudan
4. Quadrado
Exemplo:
5. Retângulo
Exemplo:
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6. Losango
Exemplo:
7. Paralelogramo
Exemplo:
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Matemática – Área – Prof. Dudan
8. Trapézio
Exemplo:
9. Círculo
Exemplo
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Curiosidades
Primeiro, faremos um exemplo conhecendo as medidas do retângulo, depois faremos a
generalização.
Exemplo 1. Considere o retângulo abaixo:
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Matemática – Área – Prof. Dudan
Questões
1. Uma praça ocupa uma área retangular com 60 m de comprimento e 36,5 m
de largura. Nessa praça, há 4 canteiros iguais, e cada um ocupa 128,3 m².
Qual é a área, em m², da praça não ocupada pelos canteiros?
a) 1.676,8.
b) 1.683,2.
c) 1.933,4.
d) 2.061,7.
e) 2.483,2.
a) 36.
b) 40.
c) 48.
d) 50.
e) 60.
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4. No desenho abaixo, uma cruz é formada por cinco quadrados de lado 1
justapostos.
a) 15 m.
b) 12 m.
c) 10 m.
d) 6 m.
e) 3 m.
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Matemática – Área – Prof. Dudan
7. Seja o octógono EFGHIJKL inscrito num quadrado de 12cm de lado, conforme mostra
a figura a seguir. Se cada lado do quadrado está dividido pelos pontos assinalados em
segmentos congruentes entre si, então a área do octógono, em centímetros quadrados,
é:
a) 98.
b) 102.
c) 108.
d) 112.
e) 120.
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8. A área do polígono da figura é 30. O lado x mede.
15
a) 6 .
b) 3.
c) 4.
d) 5.
e) 17 .
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Matemática
VOLUME
DEFINIÇÃO
Exemplos:
Transformar 12km3 em m3 = 12 x 1000 x 1000 x 1000 = 12 000 000 000 m3
Transformar 2m3 em cm3 = 2 x 1000 x 1000 = 2 000 000 cm3
Transformar 1000cm3 em m3 = 1000: 1000 : 1000 = 0,001 m3
Transformar 5000dm3 em m3 = 5000 : 1000 = 5 m3
Ainda devemos lembrar que :
1m3 ----- 1000 litros
1 m3 ----- 1 litro
1 m3 ----- 1 ml
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Podemos encontrar o volume de todos os sólidos geométricos. O volume corresponde à
“capacidade” desse sólido. Tente imaginar alguns sólidos geométricos, é possível preenchê-lo
com algum material, como a água? Se existe essa possibilidade, podemos realizar o cálculo do
volume desses objetos.
Para a grande maioria dos sólidos abordados em questões de concursos públicos, o cálculo do
volume será feito usando uma fórmula clássica.
Calcularemos a área de sua base para, em seguida, multiplicá-la pela sua altura.
A área da base dependerá de que figura da geometria plana serve de base ao prisma.
Sendo assim:
V = (área da base) . altura
Essa “ideia” serve para os seguintes sólidos abaixo:
1. Cubo
Volume = Ab .H = a² .a = a³
Exemplo: Calcule o volume, em litros , de um cubo de aresta 3m.
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Matemática – Volume – Prof. Dudan
2. Paralelepípedo
3. Prisma qualquer
Um prima é um poliedro que possui uma base inferior e uma base superior. Essas bases são
paralelas e congruentes, isto é, possuem as mesmas formas e dimensões, e não se interceptam.
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Exemplo: Calcule o volume do prisma abaixo:
4. Cilindro
Usaremos a mesma ideia.
Vol = AB . H = πR² .H
Lembrando que no caso do cilindro reto a geratriz serve como altura.
Exemplo:
Calcule o volume do cilindro cuja base tem diâmetro 12 m e a altura vale 4m.
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Matemática – Volume – Prof. Dudan
Casos Especiais
Há casos em que teremos que usar a mesma ideia de volume porem deveremos dividir o
resultado por “3” .
Esses casos ocorrem nas pirâmides e cones.
5. Cone
Assim Vol = V =
Exemplo: Calcule o volume , em ml, de um cone com geratriz 5cm e raio da base 3cm.
6. Pirâmides
Usaremos a mesma estratégia do cone mas com atenção especial ao cálculo da área da base ,
pois assim como nos prismas, dependerá da figura plana que serve de base desse sólido.
Assim:
Vol =
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Exemplo: Uma pirâmide quadrangular tem aresta da base medindo 5 cm e altura 4 , qual o
volume desse sólido?
7. Esfera
Caso mais particular ainda, seu volume será calculado por uma fórmula específica:
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Matemática – Volume – Prof. Dudan
Questões
1. O volume de um cilindro circular reto é 160 π m³. Se o raio da base desse
sólido mede 4 m, a altura mede:
a) 80 dm.
b) 90 dm.
c) 100 dm.
d) 110 dm.
e) 120 dm.
4. Uma piscina retangular de 10,0m x 15,0m e fundo horizontal está com água até a altura
de 1,5m. Um produto químico em pó deve ser misturado à água à razão de um pacote
para cada 4500 litros. O número de pacotes a serem usados é:
a) 45.
b) 50.
c) 55.
d) 60.
e) 75.
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Módulo X
Média Aritmética
A média aritmética é uma das formas de obter um valor intermediário entre vários valores. É
considerada uma medida de tendência central e é muito utilizada no cotidiano.
Para calcula-la basta somar todos os elementos e dividi-los pelo total de elementos
x1 + x2 + ... + xn
Ma =
n
Exemplo Resolvido 1:
Calcule a média anual de Carlos na disciplina de Matemática com base nas seguintes notas
bimestrais:
1ºB = 6,0 2ºB = 9,0 3ºB = 7,0 4ºB = 5,0
Logo: Ma = (6,0 + 9,0 + 7,0 + 5,0) / 4
Ma = 27/4
Ma = 6,75
Exemplo Resolvido 2:
O dólar é considerado uma moeda de troca internacional, por isso o seu valor diário possui
variações. Acompanhando a variação de preços do dólar em reais durante uma semana
verificou-se as variações de acordo com a tabela informativa:
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Média Ponderada
Ponderar é sinônimo de pesar. No cálculo da média ponderada, multiplicamos cada valor do
conjunto por seu “peso”, isto é, sua importância relativa.
x1 ⋅ P1 + x2 ⋅ P2 + ... + xn ⋅ Pn
Mp =
P1 + P2 + ... + Pn
Exemplo Resolvido 3:
Paulo teve as seguintes notas nas provas de Matemática no ano de 2008: 8,5; 7,0; 9,5 e 9,0,
nas quais os pesos das provas foram 1, 2, 3 e 4, respectivamente. Para obter uma nota que
representará seu aproveitamento no bimestre, calculamos a média aritmética ponderada (MP).
Exemplo Resolvido 4:
Marcos participou de um concurso, onde foram realizadas provas de Português, Matemática,
Biologia e História. Essas provas tinham peso 3, 3, 2 e 2, respectivamente. Sabendo que Marcos
tirou 8,0 em Português, 7,5 em Matemática, 5,0 em Biologia e 4,0 em História, qual foi a média
que ele obteve?
p =
Mediana (Md)
A mediana é o valor central dos dados estatísticos dispostos em ordem crescente ou
decrescente. Se o número de dadas do rol for par, temos que a mediana é a média aritmética
dos dois valores centrais.
Exemplos:
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Curso XXX – Matemática – Prof. Dudan
Moda (Mo)
A moda de um conjunto de números é o valor que ocorre com maior freqüência. A moda pode
não existir e também não ser única.
Exemplos:
3. Seja o rol de dados: 1, 3, 7, 9, 10. Como todos os dados têm a mesma frequência, dizemos
que não existe moda.
Exemplo Resolvido 5:
População com N° de Elementos Ímpar:
Para a seguinte população: {1, 3, 5, 7, 9}
A mediana será o 3º elemento que é 5 (nesse caso, igual à média).
População com N° de Elementos Par:
Na seguinte população: {1, 2, 4, 8, 9, 10}
Não há um valor central, portanto a mediana é calculada tirando-se a média dos dois valores
centrais (no caso, o 3° e 4° elemento).
Logo, a posição da mediana é = (4+8)/2 = 6 (e a média é 5,666).
D.P. = VA
Calcule a variância e o desvio padrão entre:
a) 2, 6 e 7 b) 4, 5 e 6
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1. (FCC- 2011) A média aritmética de 11 números é 45. Se o número 8 for
retirado do conjunto, a média aritmética dos números restantes será:
a) 48,7.
b) 48.
c) 47,5.
d) 42.
e) 41,5.
2. Calcule a média aritmética de idade de 10 pessoas, sendo seis pessoas com 8 anos,
três pessoas com 10 anos e um pessoa com 11 anos:
a) 8 anos e 9 meses.
b) 8 anos e 10 meses.
c) 8 anos, 10 meses e 24 dias.
d) 8 anos, 10 meses e 8 dias.
e) 9 anos.
3. Comprei 5 doces a R$ 1,80 cada um, 3 doces a R$ 1,50 e 2 doces a R$ 2,00 cada. O
preço médio, por doce, foi de:
a) R$ 1,75.
b) R$ 1,85.
c) R$ 1,93.
d) R$ 2,00.
e) R$ 2,40.
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Curso XXX – Matemática – Prof. Dudan
a) 3, 2 e 1.
b) 3, 3 e 1.
c) 3, 4 e 2.
d) 5, 4 e 2.
e) 6, 2 e 4.
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7. Para ser aprovado em um concurso, um estudante precisa submeter-se a três
provas parciais durante o período letivo e a uma prova final, com pesos 1, 1,
2 e 3, respectivamente, e obter média no mínimo 7. Se um estudante obteve
nas provas parciais as notas 5, 7 e 5, respectivamente, a nota mínima que necessita
obter na prova final para ser aprovado é
a) 9.
b) 8.
c) 7.
d) 6.
e) 5.
Mesmo sem aparecer as notas das equipes D e E, pode-se concluir que os valores da
moda e da mediana são, respectivamente,
a) 1,5 e 2,0.
b) 2,0 e 1,5.
c) 2,0 e 2,0.
d) 2,0 e 3,0.
e) 3,0 e 2,0.
716 www.acasadoconcurseiro.com.br
Curso XXX – Matemática – Prof. Dudan
10. O gráfico apresenta a quantidade de gols marcados pelos artilheiros das Copas do
Mundo desde a Copa de 1930 até a de 2006.
Quantidades de Gols dos Artilheiros das Copas do Mundo
A partir dos dados apresentados, qual a mediana das quantidades de gols marcados
pelos artilheiros das Copas do Mundo?
a) 6 gols.
b) 6,5 gols.
c) 7 gols.
d) 7,3 gols.
e) 8,5 gols.
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11. O Departamento de Comércio Exterior do Banco Central possui 30 funcionários com a
seguinte distribuição salarial em reais.
Nº de funcionários Salários em R$
10 2.000,00
12 3.600,00
5 4.000,00
3 6.000,00
Quantos funcionários que recebem R$3.600,00 devem ser demitidos para que a
mediana desta distribuição de salários seja de R$2.800,00?
a) 8.
b) 11.
c) 9.
d) 10.
e) 7.
12. Num curso de iniciação à informática, a distribuição das idades dos alunos,
segundo o sexo, é dada pelo gráfico seguinte.
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Curso XXX – Matemática – Prof. Dudan
14. Considere as seguintes medidas descritivas das notas finais dos alunos de três turmas:
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15. O serviço de atendimento ao consumidor de uma concessionária de veículos
recebe as reclamações dos clientes via telefone. Tendo em vista a melhoria
nesse serviço, foram anotados os números de chamadas durante um período
de sete dias consecutivos. Os resultados obtidos foram os seguintes:
Gabarito: 1. A 2. C 3. A 4. D 5. B 6. E 7. A 8. C 9. B 10. B 11. D 12. D 13. C 14. D 15. B
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Matemática
Equações do 1º grau
ax + b = 0 x = – ba
a) 10x – 2 = 0 b) – 7x + 18 = –x
c) x+3 – x-3 =7 d) 2x + 3 = x
2 3 5
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Exemplo
2 1
1. Gastei 3 do dinheiro do meu salário e depois gastei 4 do restante ficando com
R$ 120,00 apenas. Meu salário é de
a) R$ 480,00
b) R$ 420,00
c) R$ 360,00
d) R$ 240,00
e) R$ 200,00
a) 125 km.
b) 135 km.
c) 142 km.
d) 145 km.
e) 160 km.
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Equações do 1º Grau – Matemática – Prof. Dudan
9. Uma pessoa gasta ¼ do dinheiro que tem e, em seguida, ⅔ do que lhe resta, ficando
com R$ 350,00. Quanto tinha inicialmente?
a) R$ 400,00
b) R$ 700,00
c) R$ 1400,00
d) R$ 2100,00
e) R$ 2800,00
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Matemática
Equações do 2º Grau
ax2 + bx + c = 0
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Temos a = 7, b = 13 e c = – 2 .
Substituindo na fórmula temos
Vale ressaltar que de acordo com o discriminante, temos três casos a considerar:
•• 1º Caso: O discriminante é positivo , ∆ > 0, então a equação tem duas raízes reais diferentes.
•• 2º Caso: O discriminante é nulo , ∆ = 0, então a equação tem duas raízes reais e iguais.
•• 3º Caso: O discriminante é negativo, ∆ < 0 ,então não há raízes reais.
Atenção!
•• Raiz (ou zero da função) é(são) o(s) valor(es) da incógnita x que tornam verdadeira a
equação.
Exemplos:
I – As raízes de x² – 6x + 8 = 0 são x1 = 2 e x2 = 4 pois (2)² – 6(2) +8 =0 e (4)² – 6(4) +8 = 0
A soma e o produto das raízes da função quadrática são dados pelas fórmulas:
Soma = x1 + x2 = ____
–b
a
Produto = x1 . x2 = ___
c
a
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Matemática – Equação de 2º Grau – Prof. Dudan
Exemplos:
a) 7x2 – x = 0
Colocando o "x" em evidência temos: x (7x – 1) = 0
Assim x = 0 (uma raiz sempre prevista nesse caso) ou 7x – 1 = 0, logo 7x = 1 e portanto x = 1/7
b) x2 – 36 = 0
Nesse caso passaremos o 36 para o outro lado.
x2 = 36
x = ± 6 (raízes opostas)
c) x2 + 25 = 0
Nesse caso particular temos que:
x2 = –25, lembrando que todo número real quando elevado ao quadrado resulta em algo
positivo, portanto, temos nesse exemplo um caso de raízes não reais.
x = ± 5i
Resolva a equação a seguir e encontre suas raízes:
x2 – 5x + 6 = 0
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Matemática
Sistemas de Equações
Todo sistema linear é classificado de acordo com o número de soluções apresentadas por ele.
DETERMINADO
Admite uma única solução
POSSÍVEL OU COMPATÍVEL
quando admite solução �
SISTEMA INDETERMINADO
�
LINEAR Admite infinitas soluções
IMPOSSÍVEL OU INCOMPATÍVEL
quando não admite solução
Métodos de Resolução
Método da Adição
Definição
Esse método consiste em multiplicar as equações de maneira que se criem valores “opostos “
da mesma variável que será eliminada quando somarmos as equações.
Vale ressaltar que nem sempre é necessária tal multiplicação .
x + 2y = 16
Exemplo: �
3x - y = 13
Assim multiplicaremos a segunda equação por 2, logo:
x + 2y = 16
� assim criamos os valores opostos 2y e -2y.
6x - 2y = 26
�
x + 2y = 16
6x - 2y = 26
7x + 0y = 42
42
Logo x = 7 → x = 6 e para achar o valor de y basta trocar o valor de x obtido em qualquer uma
das equações dadas:
Assim se x + 2 y = 16, então 6 + 2y = 16 → 2y = 10 e portanto y = 10/2 → y = 5
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Atividades
Resolva usando o método da adição.
3x + y = 9
�
2x + 3y = 13
Método da Substituição
Definição: Esse método consiste em isolar uma das variáveis numa equação e substituí-la na
outra.
Vale ressaltar que preferencialmente deve-se isolar a variável que possuir “coeficiente” 1 assim
evitamos um trabalho com o M.M.C.
x + 2y = 16
Exemplo: �
3x - y = 13
Exercícios
Resolva usando o método da substituição.
3x + y = 9
a) �
2x + 3y = 13
A diferença entre dois números positivos a e b é 5, e a razão entre eles é 5/3. O produto ab é
a) 7,5
b) 8,333...
c) 12,5
d) 93
e) 93,75
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Matemática – Sistemas de Equações de 1º Grau – Prof. Dudan
Um aluno ganha 5 pontos por exercício que acerta e perde 3 pontos por exercício que erra. Ao
fim de 50 exercícios tinha 10 pontos. Quantos exercícios ele acertou?
a) 15
b) 20
c) 25
d) 30
e) 35
O valor de dois carros de mesmo preço adicionado ao de uma moto é R$ 41.000,00. O valor de
duas motos iguais a primeira adicionado ao de um carro de mesmo preço que os primeiros é de
R$ 28.000,00. A diferença entre o valor do carro e o da moto é:
a) R$ 5.000,00
b) R$ 13.000,00
c) R$ 18.000,00
d) R$ 23.000,00
e) R$ 41.000,00
Durante uma aula de ginástica, três amigas, também com a mesma preocupação, resolveram
avaliar o peso da cada uma, utilizando a balança da academia. A pesagem, contudo, foi efetuada
duas a duas. Ana e Carla pesaram, juntas, 98kg; Carla e Márcia, 106kg; Ana e Márcia, 104 kg. O
peso das três amigas, juntas, subtraindo o dobro do peso de Carla, é igual a
a) 42kg
b) 46kg
c) 48kg
d) 54kg
e) 58kg
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Informática
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Windows 7
A tela de boas-vindas é aquela que você usa para fazer logon no Windows. Ela exibe todas as
contas do computador. Você pode clicar no seu nome de usuário em vez de digitá-lo, e depois
pode trocar facilmente para outra conta com a Troca Rápida de Usuário. No Windows XP, a
tela de boas-vindas pode ser ativada ou desativada. Nesta versão do Windows, não é possível
desativá-la. Por padrão, a Troca Rápida de Usuário está ativada.
A tela de boas-vindas
Para identificar a edição do Windows 7, clicar no Menu Iniciar, Painel de Controle e abrir o
ícone “Sistema”.
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Área de Trabalho
A área de trabalho é a principal área exibida na tela quando você liga o computador e faz logon
no Windows. Ela serve de superfície para o seu trabalho, como se fosse o tampo de uma mesa
real. Quando você abre programas ou pastas, eles são exibidos na área de trabalho. Nela,
também é possível colocar itens, como arquivos e pastas, e organizá-los como quiser.
A área de trabalho é definida às vezes de forma mais abrangente para incluir a barra de tarefas.
A barra de tarefas fica na parte inferior da tela. Ela mostra quais programas estão em execução
e permite que você alterne entre eles. Ela também contém o botão Iniciar , que pode ser
usado para acessar programas, pastas e configurações do computador.
Se você clicar duas vezes em um ícone da Área de trabalho, o item que ele representa será
iniciado ou aberto.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
2. Clique com o botão direito do mouse no item, clique em Enviar para e em Área de Trabalho
(criar atalho). O ícone de atalho aparecerá na área de trabalho.
1. Clique com o botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho e clique em
Personalizar (Observação: Essa opção não está disponível na edição do Windows Started).
3. Em Ícones da área de trabalho, marque a caixa de seleção referente a cada ícone que deseja
adicionar à área de trabalho ou desmarque a caixa de seleção referente a cada ícone que
deseja remover da área de trabalho. Em seguida, clique em OK.
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Movendo Ícones
O Windows empilha os ícones em colunas no lado esquerdo da área de trabalho, mas você não
precisa se prender a essa disposição. Você pode mover um ícone arrastando-o para um novo
local na área de trabalho.
Também pode fazer com que o Windows organize automaticamente os ícones. Clique com
o botão direito do mouse em uma parte vazia da área de trabalho, clique em Exibir e em
Organizar ícones automaticamente. O Windows empilha os ícones no canto superior esquerdo
e os bloqueia nessa posição. Para desbloquear os ícones e tornar a movê-los novamente, clique
outra vez em Organizar ícones automaticamente, apagando a marca de seleção ao lado desta
opção.
Por padrão, o Windows espaça os ícones igualmente em uma grade invisível. Para colocar os
ícones mais perto ou com mais precisão, desative a grade. Clique com o botão direito do mouse
em uma parte vazia da área de trabalho, aponte para “Exibir” e clique em “Alinhar ícones à
grade”. Repita essas etapas para reativar a grade.
Lixeira
Quando você não precisar mais de um arquivo, poderá removê-lo do computador para ganhar
espaço e impedir que o computador fique congestionado com arquivos indesejados. Para
excluir um arquivo, abra a respectiva pasta ou biblioteca e selecione o arquivo. Pressione a
tecla “Delete” no teclado e, na caixa de diálogo Excluir Arquivo, clique em “Sim”.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Um arquivo excluído é armazenado temporariamente na Lixeira. Pense nela como uma rede
de segurança que lhe permite recuperar pastas ou arquivos excluídos por engano. De vez em
quando, você deve esvaziar a Lixeira para recuperar o espaço usado pelos arquivos indesejados
no disco rígido.
Se tiver certeza de que não precisará mais dos itens excluídos, poderá esvaziar a Lixeira. Ao fazer
isso, excluirá permanentemente os itens e recuperará o espaço em disco por eles ocupado.
Regra: Ao recuperar um arquivo da Lixeira ele SEMPRE será colocado no mesmo local onde foi
excluído.
Em situações normais, todos os arquivos são enviados para Lixeira, mas existe algumas
exceções:
a) Excluir com a tecla SHIFT pressionada;
b) Excluir de dispositivos com armazenamento removível (pen drive);
c) Excluir da rede.;
d) Configurar o tamanho de Lixeira como “0”.
e) Excluir arquivos maiores que o tamanho da Lixeira;
f) Configurar a Lixeira selecionando a opção “Não mover arquivos para a Lixeira”;
g) Excluir arquivos maiores que o espaço livre da Lixeira faz com que os arquivos mais antigos
sejam excluídos.
Gadgets
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Menu Iniciar
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
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•• Imagens. Abre a biblioteca Imagens, na qual é possível acessar e exibir imagens digitais e
arquivos gráficos.
•• Música. Abre a biblioteca Músicas, na qual é possível acessar e tocar música e outros
arquivos de áudio.
•• Jogos. Abre a pasta Jogos, na qual é possível acessar todos os jogos no computador.
•• Computador. Abre uma janela na qual é possível acessar unidades de disco, câmeras,
impressoras, scanners e outros hardwares conectados ao computador.
•• Painel de Controle. Abre o Painel de Controle, no qual é possível personalizar a aparência
e a funcionalidade do computador, instalar ou desinstalar programas, configurar conexões
de rede e gerenciar contas de usuário.
•• Dispositivos e Impressoras. Abre uma janela onde é possível exibir informações sobre a
impressora, o mouse e outros dispositivos instalados no seu computador.
•• Programas Padrão. Abre uma janela onde é possível selecionar qual programa você deseja
que o Windows use para determinada atividade, como navegação na Web.
•• Ajuda e Suporte. Abre a Ajuda e Suporte do Windows onde você pode procurar e pesquisar
tópicos da Ajuda sobre como usar o Windows e o computador.
•• Na parte inferior do painel direito está o botão de Desligar. Clique no botão Desligar para
desligar o computador.
Barra de Tarefas
A barra de tarefas é aquela barra longa horizontal na parte inferior da tela. Diferentemente da
área de trabalho, que pode ficar obscurecida devido às várias janelas abertas, a barra de tarefas
está quase sempre visível. Ela possui três seções principais:
•• O botão Iniciar , que abre o Menu Iniciar.
•• A seção intermediária, que mostra quais programas e arquivos estão abertos e permite que
você alterne rapidamente entre eles.
•• A área de notificação, que inclui um relógio e ícones (pequenas imagens) que comunicam o
status de determinados programas e das configurações do computador.
No Windows XP, ao lado no Menu Iniciar aparecia a “Barra de Inicialização Rápida” que não
existe no Windows 7, pois agora temos a opção de “Fixar” os programas na Barra de Tarefas.
Como é provável que você use a seção intermediária da barra de tarefas com mais frequência,
vamos abordá-la primeiro.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Observe que o botão na barra de tarefas para o Campo Minado está realçado. Isso indica que
o Campo Minado é a janela ativa, ou seja, que está na frente das demais janelas abertas e que
você pode interagir imediatamente com ele.
Para alternar para outra janela, clique no botão da barra de tarefas. Neste exemplo, se você
clicar no botão da barra de tarefas referente à Calculadora, sua janela será trazida para frente.
Clicar em botões da barra de tarefas é apenas uma das diversas formas de alternar entre janelas.
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Minimizar e Restaurar Janelas
Quando uma janela está ativa (seu botão da barra de tarefas aparece realçado), o clique no
botão correspondente minimiza a janela. Isso significa que a janela desaparece da área de
trabalho. Minimizar uma janela não a fecha, nem exclui seu conteúdo. Simplesmente a remove
da área de trabalho temporariamente.
Na figura abaixo, a Calculadora foi minimizada, mas não fechada. Você sabe que ela ainda está
em execução porque existe um botão na barra de tarefas.
A ação de minimizar a Calculadora deixa visível somente seu botão da barra de tarefas
Também é possível minimizar uma janela clicando no botão de minimizar, no canto superior
direito da janela.
Para restaurar uma janela minimizada (fazê-la aparecer novamente na área de trabalho), clique
no respectivo botão da barra de tarefas.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Área de Notificação
A área de notificação exibe uma mensagem depois que o novo hardware é instalado
Clique no botão Fechar no canto superior direito da notificação para descartá-la. Se você não
fizer nada, a notificação desaparecerá após alguns segundos.
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Para evitar confusão, o Windows oculta ícones na área de notificação quando você fica um
tempo sem usá-los. Se os ícones estiverem ocultos, clique no botão “Mostrar ícones ocultos”
para exibi-los temporariamente.
Desligando o Computador
Quando você termina de usar o computador, é importante desligá-lo corretamente não apenas
para economizar energia, mas também para garantir que os dados sejam salvos e para ajudar
a mantê-lo mais seguro. Há três maneiras de desligar o computador: pressionando o botão
liga/desliga do computador, usando o botão Desligar no Menu Iniciar e, caso tenha um laptop,
fechando a tampa.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Nesse caso, ao se clicar no botão Desligar, o Windows instala as atualizações e desliga seu
computador.
A ação de iniciar o computador após seu desligamento demora mais do que iniciá-lo quando
ele está em modo de suspensão.
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Quando Desligar
Ainda que colocar o computador em suspensão seja uma maneira rápida de desligá-lo e a
melhor opção para retomar o trabalho rapidamente, há situações em que é necessário desligá-
lo completamente:
•• Ao adicionar ou atualizar hardware no interior do computador (por exemplo, instalar
memória, disco rígido, placa de som ou placa de vídeo). Desligue o computador e
desconecte-o da fonte de energia antes de prosseguir com a atualização.
•• Ao se adicionar uma impressora, um monitor, uma unidade externa ou outro dispositivo
de hardware que não se conecta a uma porta USB ou IEEE 1394 no computador. Desligue o
computador antes de conectar o dispositivo.
Ao adicionar hardware que usa um cabo USB, não é necessário desligar o computador primeiro.
A maioria dos dispositivos mais novos usa cabos USB. Esta é a aparência de um cabo USB:
Cabo USB
Sempre que você abre um programa, um arquivo ou uma pasta, ele aparece na tela em uma
caixa ou moldura chamada janela (daí o nome atribuído ao sistema operacional Windows, que
significa Janelas em inglês). Como as janelas estão em toda parte no Windows, é importante
saber como movê-las, alterar seu tamanho ou simplesmente fazê-las desaparecer.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
•• Barra de título. Exibe o nome do documento e do programa (ou o nome da pasta, se você
estiver trabalhando em uma pasta).
•• Botões Minimizar, Maximizar e Fechar. Estes botões permitem ocultar a janela, alargá-la
para preencher a tela inteira e fechá-la, respectivamente (mais detalhes sobre eles em
breve).
•• Barra de menus. Contém itens nos quais você pode clicar para fazer escolhas em um
programa.
•• Barra de rolagem. Permite rolar o conteúdo da janela para ver informações que estão fora
de visão no momento.
•• Bordas e cantos. É possível arrastá-los com o ponteiro do mouse para alterar o tamanho da
janela.
Outras janelas podem ter botões, caixas ou barras adicionais, mas normalmente também têm
as partes básicas.
www.acasadoconcurseiro.com.br 749
Alterando o Tamanho de uma Janela
•• Para que uma janela ocupe a tela inteira, clique em seu botão Maximizar ou clique duas
vezes na barra de título da janela.
•• Para retornar uma janela maximizada ao tamanho anterior, clique em seu botão Restaurar
(ele é exibido no lugar do botão Maximizar). ou clique duas vezes na barra de título da
janela.
•• Para redimensionar uma janela (torná-la menor ou maior), aponte para qualquer borda ou
canto da janela. Quando o ponteiro do mouse mudar para uma seta de duas pontas (veja a
figura abaixo), arraste a borda ou o canto para encolher ou alargar a janela.
Não é possível redimensionar uma janela maximizada. Você deve primeiro restaurá-la ao
tamanho anterior.
Embora a maioria das janelas possa ser maximizada e redimensionada, existem algumas janelas
que têm tamanho fixo, como as caixas de diálogo.
Para fazer uma janela minimizada aparecer novamente na área de trabalho, clique em seu
respectivo botão da barra de tarefas. A janela aparecerá exatamente como estava antes de ser
minimizada.
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Colocar o cursor sobre o botão de uma janela na barra de tarefas exibe uma visualização da janela
Observação: Para visualizar miniaturas, seu computador deve oferecer suporte ao Aero.
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Usando Alt+Tab. Você pode alternar para a janela anterior pressionando Alt+Tab, ou percorrer
todas as janelas abertas e a área de trabalho mantendo pressionada a tecla Alt e pressionando
repetidamente a tecla Tab. Solte Alt para mostrar a janela selecionada.
Usando o Aero Flip 3D. O Aero Flip 3D organiza as janelas em uma pilha tridimensional para
permitir que você as percorra rapidamente. Para usar o Flip 3D:
1. Mantenha pressionada a tecla de logotipo do Windows e pressione Tab para abrir o Flip
3D.
2. Enquanto mantém pressionada a tecla de logotipo do Windows, pressione Tab
repetidamente ou gire a roda do mouse para percorrer as janelas abertas. Você também
pode pressionar Seta para a Direita ou Seta para Baixo para avançar uma janela, ou
pressionar Seta para a Esquerda ou Seta para Cima para retroceder uma janela.
3. Solte a tecla de logotipo do Windows para exibir a primeira janela da pilha ou clique em
qualquer parte da janela na pilha para exibir essa janela.
Aero Flip 3D
O Flip 3D faz parte da experiência de área de trabalho do Aero. Se o computador não oferecer
suporte para o Aero, você poderá exibir os programas e janelas abertos no computador
pressionando Alt+Tab. Para percorrer as janelas abertas, pressione a tecla Tab, pressione as
teclas de direção ou use o mouse.
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Organize as janelas em cascata (à esquerda), lado a lado (à direita) ou em uma pilha vertical (no centro)
Para escolher uma dessas opções, abra algumas janelas na área de trabalho, clique com o botão
direito do mouse em uma área vazia da barra de tarefas e clique em “Janelas em cascata”,
“Mostrar janelas empilhadas” ou “Mostrar janelas lado a lado”.
O recurso Ajustar redimensiona automaticamente as janelas quando você as move ou ajusta
na borda da tela. Você pode usar o Ajustar para organizar janelas lado a lado, expandir janelas
verticalmente ou maximizar uma janela.
Arraste uma janela para o lado da área de trabalho para expandi-la até metade da tela.
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Para Expandir uma Janela Verticalmente - Aero SNAP
1. Aponte para a borda superior ou inferior da janela aberta até o ponteiro mudar para uma
seta de duas pontas .
2. Arraste a borda da janela para a parte superior ou inferior da tela para expandir a a janela
na altura total da área de trabalho. A largura da janela não é alterada.
Arraste uma janela para a parte superior da área de trabalho para expandi-la totalmente
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1. Clique na barra de título da janela e arraste rapidamente para os dois lados. O tamanho da
janela se mantém o mesmo, mas as demais janelas são minimizadas. Isso também pode ser
feito, usando as teclas Windows +Home.
2. Para restaurar as janelas que foram minimizadas, basta repetir umas das opções acima.
1. Basta apontar para a extremidade da barra de tarefas, para ver as janelas abertas ficarem
transparentes na hora, revelando todos os ícones e gadgets ocultos. Essa funcionalidade
também é conhecida como Visão de raio-X
Caixa de Diálogo
Uma caixa de diálogo é um tipo especial de janela que faz uma pergunta, fornece informações
ou permite que você selecione opções para executar uma tarefa. Você verá caixas de diálogo
com frequência quando um programa ou o Windows precisar de uma resposta sua antes de
continuar.
Uma caixa de diálogo aparecerá se você sair de um programa sem salvar o trabalho
Ao contrário das janelas comuns, a caixa de diálogo não pode ser maximizada, minimizadas ou
redimensionadas, mas podem ser movidas.
Um arquivo é um item que contém informações, por exemplo, texto, imagens ou música.
Quando aberto, um arquivo pode ser muito parecido com um documento de texto ou com
uma imagem que você poderia encontrar na mesa de alguém ou em um arquivo convencional
Em seu computador, os arquivos são representados por ícones; isso facilita o reconhecimento
de um tipo de arquivo bastando olhar para o respectivo ícone. Veja a seguir alguns ícones de
arquivo comuns:
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Ícones de alguns tipos de arquivo
Uma pasta é um contêiner que pode ser usado para armazenar arquivos. Se você tivesse
centenas de arquivos em papel em sua mesa, seria quase impossível encontrar um arquivo
específico quando você dele precisasse. É por isso que as pessoas costumam armazenar os
arquivos em papel em pastas dentro de um arquivo convencional. As pastas no computador
funcionam exatamente da mesma forma. Veja a seguir alguns ícones de pasta comuns:
As pastas também podem ser armazenadas em outras pastas. Uma pasta dentro de uma pasta
é chamada subpasta. Você pode criar quantas subpastas quiser, e cada uma pode armazenar
qualquer quantidade de arquivos e subpastas adicionais.
Windows Explorer
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Para abrir as bibliotecas Documentos, Imagens ou Músicas, clique no botão Iniciar e, em
seguida, em Documentos, Imagens ou Músicas.
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•• Ocultar as extensões dos tipos de arquivo conhecidos
•• Não mostrar arquivos, pastas e unidades ocultas.
A Barra de Menus não apresentada por padrão no Windows Explorer do Windows 7. Para
fazê-lo aparecer temporariamente pressione a tecla “ALT”. Para que a barra fique aparecendo
definitivamente, clique “Organizar”, “Layout” e marque a opção “Barra de menus”. Outras
alterações na aparência do Windows Explorer também estão disponíveis nessa opção.
Em bibliotecas, você pode ir além, organizando seus arquivos de diversas maneiras. Por
exemplo, digamos que você deseja organizar os arquivos na biblioteca Músicas por gênero
(como Jazz e Clássico):
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Localizando Arquivos
No Windows 7, você encontra mais coisas em mais lugares – documentos, e-mails, músicas – e
com mais rapidez na Pesquisa do Windows (Windows Search).
Comece a digitar na caixa de pesquisa do Menu Iniciar, e você verá instantaneamente uma lista
de arquivos relevantes no seu PC. Você pode pesquisar digitando o nome do arquivo ou com
base em marcas, no tipo de arquivo e até no conteúdo. Para ver ainda mais correspondências,
clique em uma categoria nos resultados, como Documentos ou Imagens, ou clique em Ver mais
resultados. Seus termos de pesquisa serão destacados para facilitar o exame da lista.
Poucas pessoas armazenam todos os seus arquivos em um lugar hoje em dia. Então, o Windows
7 também é projetado para procurar em discos rígidos externos, PCs em rede e bibliotecas. A
pesquisa mostrou muitos resultados? Agora você pode filtrá-los instantaneamente por data,
tipo de arquivo e outras categorias úteis.
Dependendo da quantidade de arquivos que você tem e de como eles estão organizados,
localizar um arquivo pode significar procurar dentre centenas de arquivos e subpastas; uma
tarefa nada simples. Para poupar tempo e esforço, use a caixa de pesquisa para localizar o
arquivo, programa ou e-mail.
A caixa de pesquisa também está localizada na parte superior de cada janela. Para localizar um
arquivo, abra a pasta ou biblioteca mais provável como ponto de partida para sua pesquisa,
clique na caixa de pesquisa e comece a digitar. A caixa de pesquisa filtra o modo de exibição
atual com base no texto que você digita.
A caixa de pesquisa
A caixa de pesquisa também está localizada na parte superior de cada janela. Para localizar um
arquivo, abra a pasta ou biblioteca mais provável como ponto de partida para sua pesquisa,
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clique na caixa de pesquisa e comece a digitar. A caixa de pesquisa filtra o modo de exibição
atual com base no texto que você digita.
Se você estiver pesquisando um arquivo com base em uma propriedade (como o tipo do
arquivo), poderá refinar a pesquisa antes de começar a digitar. Basta clicar na caixa de pesquisa
e depois em uma das propriedades exibidas abaixo dessa caixa. Isso adicionará um filtro de
pesquisa (como “tipo”) ao seu texto de pesquisa, fornecendo assim resultados mais precisos.
Caso não esteja visualizando o arquivo que está procurando, você poderá alterar todo o escopo
de uma pesquisa clicando em uma das opções na parte inferior dos resultados da pesquisa. Por
exemplo, caso pesquise um arquivo na biblioteca Documentos, mas não consiga encontrá-lo,
você poderá clicar em Bibliotecas para expandir a pesquisa às demais bibliotecas.
De vez em quando, você pode querer alterar o local onde os arquivos ficam armazenados no
computador. Por exemplo, talvez você queira mover os arquivos para outra pasta ou copiá-los
para uma mídia removível (como CDs ou cartões de memória) a fim de compartilhar com outra
pessoa.
A maioria das pessoas copiam e movem arquivos usando um método chamado arrastar e soltar.
Comece abrindo a pasta que contém o arquivo ou a pasta que deseja mover. Depois, em uma
janela diferente, abra a pasta para onde deseja mover o item. Posicione as janelas lado a lado
na área de trabalho para ver o conteúdo de ambas.
Em seguida, arraste a pasta ou o arquivo da primeira pasta para a segunda. Isso é tudo.
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Ao usar o método arrastar e soltar, note que algumas vezes o arquivo ou a pasta é copiado e,
outras vezes, ele é movido. Se você estiver arrastando um item entre duas pastas que estão no
mesmo disco rígido, os itens serão movidos para que duas cópias do mesmo arquivo ou pasta
não sejam criadas no mesmo local. Se você estiver arrastando o item para um pasta que esteja
em outro local (como um local de rede) ou para uma mídia removível (como um CD), o item
será copiado.
A maneira mais fácil de organizar duas janelas na área de trabalho é usar a função Aero Snap
(ou Ajustar).
Se você copiar ou mover um arquivo ou pasta para uma biblioteca, ele será armazenado no
local de salvamento padrão da biblioteca. Para saber como personalizar o local de salvamento
padrão de uma biblioteca.
Outra forma de copiar ou mover um arquivo é arrastando-o da lista de arquivos para uma pasta
ou biblioteca no painel de navegação. Com isso, não será necessário abrir duas janelas distintas.
Arquivos e Extensões
Uma extensão de nome de arquivo é um conjunto de caracteres que ajuda Windows a entender
qual tipo de informação está em um arquivo e qual programa deve abri-lo. Ela é chamada de
extensão porque aparece no final do nome do arquivo, após um ponto. No nome de arquivo
meuarquivo.txt, a extensão é txt. Ela diz ao Windows que esse é um arquivo de texto que pode
ser aberto por programas associados a essa extensão, como WordPad ou Bloco de Notas.
Extensões de arquivos mais comuns:
Adobe Reader: *.pdf
Aplicativos Office: *.doc, *.docx, *.mdb, *.pps, *.ppt, *.pptx, *.xls, *.xlsx
Áudio e Vídeo: *.avi, *.mov, *.mp3, *.mp4, *.mpeg, *.wma, *.wmv
Backup: *.bak, *.bkf
Comprimidos / Zipados: *.rar, *.zip
E-mail: *.eml, *.msg, *.pst
Executáveis: *.bat, *.cmd, *.com, *.exe, *.msi
Fontes: *.ttf, *.otf
Imagem: *.bmp, *.jpg, *.jpeg, *.png, *.tif
Páginas Web: *.asp, *.htm, *.html, *.mht
Wordpad e Bloco de notas: *.rtf, *.txt
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Caracteres não Permitidos para Arquivos e Pastas
Caracteres relacionados a caminhos: | \ / : “
Caracteres curingas: * ?
Caracteres outros: < >
Ferramentas do Sistema
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Windows 7 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Limpeza de Disco
A Limpeza de Disco é uma forma conveniente de excluir arquivos que não são mais necessários
e liberar espaço no disco rígido do computador. Para liberar espaço no disco rígido, a Limpeza
de Disco localiza e remove arquivos temporários no computador quando você decide que não
os quer mais. Agendar a Limpeza de Disco para que seja executada regularmente evita que
você precise se lembrar de fazer isso.
Essa ferramenta só permite que você exclua arquivos que não sejam fundamentais para o
sistema operacional. Em termos gerais você pode selecionar todas as opções apresentadas.
Observe que no topo, aparece a quantidade de espaço em disco que pode ser liberada.
Desfragmentador de Disco
Desfragmentação de disco é o processo de consolidação de dados fragmentados em um volume
(como um disco rígido ou um dispositivo de armazenamento removível) para que ele funcione
de forma mais eficiente.
A fragmentação ocorre em um volume ao longo do tempo à medida que você salva, altera
ou exclui arquivos. As alterações que você salva em um arquivo geralmente são armazenadas
em um local do volume diferente do arquivo original. Isso não muda o local em que o arquivo
aparece no Windows — apenas o local em que os pedaços de informações que compõem o
arquivo são armazenados no volume em si. Com o tempo, tanto o arquivo quanto o volume
em si se tornam fragmentados, e o computador fica mais lento por ter que procurar em locais
diferentes para abrir um único arquivo.
O Desfragmentador de Disco é uma ferramenta que reorganiza os dados no volume e reúne
dados fragmentados para que o computador trabalhe de forma mais eficiente. É executado
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por agendamento para que você não tenha que se lembrar de executá-lo, embora ainda seja
possível executá-lo manualmente ou alterar o agendamento usado.
Firewall do Windows
Firewall é um software ou hardware que verifica informações vindas da Internet ou de uma
rede, rejeitando-as ou permitindo que elas passem e entrem no seu computador, dependendo
das configurações definidas. Com isso, o firewall pode ajudar a impedir o acesso de hackers e
software mal-intencionado ao seu computador.
O Firewall do Windows vem incorporado ao Windows e é ativado automaticamente.
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Agendador de Tarefas
Agenda a execução automática de programas ou outras tarefas. Se você costuma usar um
determinado programa regularmente, poderá usar o Assistente de Agendador de Tarefas para
criar uma tarefa que abre o programa para você automaticamente de acordo com a agenda que
você escolher. Por exemplo, se você usa um programa financeiro em um determinado dia de
cada mês, poderá agendar uma tarefa que abra o programa automaticamente para que você
não corra o risco de esquecer.
Você deve estar com logon de administrador para executar essas etapas. Se não tiver efetuado
logon como administrador, você só poderá alterar as configurações que se aplicarem à sua
conta de usuário.
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Pontos de Restauração
O ponto de restauração é uma representação de um estado armazenado dos arquivos do
sistema de seu computador. Você pode usar um ponto de restauração para restaurar arquivos
do sistema do computador para um ponto anterior no tempo. Os pontos de restauração são
criados automaticamente pela Restauração do Sistema semanalmente e quando a Restauração
do Sistema detecta o começo de uma alteração no computador, como ao instalar um programa
ou driver.
Os backups de imagem do sistema armazenados em discos rígidos também podem ser usados
para Restauração do Sistema, assim como os pontos de restauração criados pela proteção do
sistema. Mesmo que os backups de imagem do sistema tenham seus arquivos de sistema e
dados pessoais, os seus arquivos de dados não serão afetados pela Restauração do Sistema.
A Restauração do Sistema pode ser configurada clicando no menu Iniciar, Painel de Controle,
Sistema, Proteção do Sistema e envolve também a funcionalidade chamada Versões Anteriores
dos Arquivos.
Instalação de Programas
A maneira como você adiciona um programa depende de onde estão localizados os arquivos
de instalação do programa. Normalmente, os programas são instalados de um CD ou DVD, da
Internet ou de uma rede.
Para instalar um programa de um CD ou DVD, insira o disco no computador e siga as instruções
na tela. Se você for solicitado a informar uma senha de administrador ou sua confirmação,
digite a senha ou forneça a confirmação.
Muitos programas instalados de CDs ou DVDs abrem um assistente de instalação do programa
automaticamente. Nesses casos, a caixa de diálogo Reprodução Automática será exibida e você
poderá optar por executar o assistente.
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Introdução à Impressão
Você pode imprimir praticamente qualquer coisa no Windows: documentos, imagens, páginas
da Web ou emails.
O que é DPI?
DPI (Dots per Inch, pontos por polegada) é uma medida de resolução de uma impressora. O
DPI determina a nitidez e o detalhamento do documento ou da imagem. É um dos pontos
importantes a serem avaliados ao comprar uma nova impressora.
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Impressoras a Laser
As impressoras a laser usam toner, uma substância fina em pó, para reproduzir texto e
elementos gráficos. Elas podem imprimir em preto e branco ou colorido, embora os modelos
coloridos sejam geralmente mais caros. Uma impressora a laser que imprime apenas em preto
e branco pode ser chamada de impressora monocromática.
As impressoras a laser geralmente têm bandejas de papel maiores do que as impressoras a
jato de tinta, de modo que não é preciso adicionar papel com tanta frequência. Elas também
imprimem mais rápido (mais páginas por minuto) do que a maioria das impressoras a jato de
tinta. Além disso, os cartuchos de toner de impressoras a laser normalmente duram mais.
Dependendo do seu volume de impressão, pode ser mais econômico comprar uma impressora
a laser.
Impressora a laser
Impressoras Multifuncionais
Uma das categorias de maior crescimento entre as impressoras é a Multifuncional (MFP),
também chamadas de impressoras tudo em um (AIO – All in one). Como o nome já diz, são
dispositivos que fazem tudo: imprimem, digitalizam fotos, fazem fotocópias e até mesmo
enviam fax.
Qual é a diferença entre AIO e MFP? Normalmente, nenhuma. Porém, alguns dispositivos
vendidos como impressoras multifuncionais são maiores e criados para uso em escritórios.
Independentemente disso, o apelo comercial dos modelos multifuncionais é a conveniência.
Operações que normalmente exigiam três equipamentos agora podem ser feitas em apenas
um. Outra vantagem: alguns recursos, como a fotocópia, não exigem uma conexão com um
computador.
Multifuncional
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Imprimindo no Windows
O Windows conta com diversos métodos de impressão. O método escolhido depende do que
você quer imprimir.
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Escolhendo Opções de Impressão
Frente e verso ou somente um lado. Monocromático ou colorido. Orientação paisagem ou
retrato. Essas são apenas algumas das opções disponíveis ao imprimir.
A maioria das opções encontra-se na caixa de diálogo Imprimir, que você pode acessar no menu
Arquivo em quase todos os programas.
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A fila de impressão
Resolução de Tela
Resolução de tela se refere à clareza com que textos e imagens são exibidos na tela. Em
resoluções mais altas, como 1600 x 1200 pixels, os itens parecem mais nítidos. Também
parecem menores, para que mais itens possam caber na tela. Em resoluções mais baixas, como
800 x 600 pixels, cabem menos itens na tela, mas eles parecem maiores.
A resolução que você pode usar depende das resoluções a que seu monitor oferece suporte.
Os monitores CRT normalmente têm resolução de 800 × 600 ou 1024 × 768 pixels e funcionam
bem em resoluções diferentes. Monitores LCD (também chamados de monitores de tela plana)
e telas de laptop geralmente oferecem suporte a resoluções mais altas e funcionam melhor em
uma resolução específica.
Quanto maior o monitor, normalmente maior é a resolução a que ele oferece suporte. Poder ou
não aumentar a resolução da tela depende do tamanho e da capacidade do monitor e do tipo
de placa de vídeo instalada.
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Painel de Controle
www.acasadoconcurseiro.com.br 775
* Central de Facilidade de Acesso – Apresenta as ferramentas de acessibilidade como: Lupa,
Teclado Virtual, Narrador e Configuração de Alto Contraste. Também aparecem opções para
ajustar a configuração do vídeo, mouse e teclado para usuários com dificuldades motoras ou
visuais.
* Central de Rede e Compartilhamento – Utilizado para realizar as configurações de rede com
fio, rede sem fio (Wireless), e ativar o compartilhamento de recursos em uma rede.
** Contas de Usuários – Tem duas principais funções: Gerenciar as contas dos usuários e
Configurar o UAC (Controle de Conta de Usuário). O gerenciamento de usuários, permite entre
outras coisas, a criação de novos usuários (Padrão ou Administrador), Alteração da figura do
usuário que aparece na Tela de Boas Vindas e Alteração ou criação da Senha. UAC é uma nova
funcionalidade do Windows 7 (não existia no Windows XP) que notificará antes que sejam feitas
alterações no computador que exijam uma permissão no nível de administrador. A configuração
de UAC padrão o notificará quando programas tentarem fazer alterações no computador, mas
você pode alterar a frequência com que o UAC o notifica. Existe quatro níveis de configuração,
de baixo para cima (na tela de configuração) a segurança vai aumentando. A primeira desativa
a funcionalidade do UAC, a segunda irá notificar o usuário quando um programa tentar fazer
alguma alteração, sem deixar a Área de Trabalho bloqueada, a terceira é a configuração padrão,
também notifica sobre alterações e bloqueia a Área de Trabalho quando houver solicitação
de consentimento. A quarta e última configuração, notifica o usuário para qualquer alteração
sugerida por programas ou pelo próprio usuário.
Data e Hora – Função idêntica a clicar no relógio na Área de Notificação e escolher a opção
“Alterar configurações de data e hora”. É possível alterar a data e hora do Windows, ajustar
o fuso horário, configurar se o computador irá modificar o relógio automaticamente para o
horário de verão e incluir relógios adicionais para outros fusos horários. Não há opção para
ocultar o relógio.
Dispositivos e Impressoras – Função idêntica a clicar no Menu Iniciar e escolher a opção
“Dispositivos e Impressoras”. Item discutido anteriormente nessa apostila.
Firewall do Windows – Utilizado para gerenciar o Firewall do Windows. Item discutido
anteriormente nessa apostila
Fontes – Permite incluir ou remover fontes do Windows. Item discutido anteriormente nessa
apostila
Gadgets da Área de Trabalho – Função idêntica a clicar com o botão da direita na Área de
Trabalho e escolher a opção “Gadgets”. Permite incluir novos Gadgets que já estão instalados
ou fazer download de novos.
Gerenciador de Credenciais – Permite salvar ou excluir senhas previamente salvas. As senhas
são salvas em um “cofre” e isso facilita a acesso a sites que exigem senha. A senha pode ser
gravada e toda vez que for feito acesso ao site, o usuário não precisará digitá-las novamente,
pois o Windows irá apresentar as credenciais gravadas no cofre.
* Gerenciador de Dispositivos – Com esse ícone é possível visualizar e alterar os componentes
de hardware instalados no computador. As impressoras são os únicos equipamentos que não
aparecerem nesta ferramenta.
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Ícones da Área de Notificação – Função idêntica a clicar com o botão da direita na Área de
Notificação e escolher a opção Propriedades. Item discutido anteriormente nessa apostila
* Informações e Ferramentas de Desempenho - Permite verificar o Índice de Experiência do
Windows. É uma nota atribuída ao computador baseado na configuração do hardware. A nota
vai de 1,0 até 7,9). A nota geral é sempre baseada na menor nota dos 5 componentes.
Mouse – Permite alterar algumas configurações do mouse como inverter os botões, definir a
velocidade para o duplo clique, escolher a função da Roda (Scroll) entre outras.
* Opções da Internet – Função idêntica a clicar em Ferramentas e escolher a Opções de Internet
dentro do Internet Explorer. Os detalhes são abordados no conteúdo relacionado ao Internet
Explorer.
* Opções de Energia – Apresenta ao usuário as opções para gerenciamento de energia e
também opções em relação à bateria para notebooks. O Windows traz três planos de energia,
Equilibrado (padrão), Economia de energia e Alto desempenho (vem oculto). Em cada um destes
planos existem inúmeras configurações, como: Esmaecer vídeo (somente notebooks), Desligar
vídeo, Suspender atividade do computador e Ajustar brilho do plano (somente notebooks).
Opções de Indexação – Traz opções de configuração do Pesquisar (Windows Search) para incluir
outros locais e novos tipos de arquivos a serem indexados e então, trazer mais rapidamente os
resultados das pesquisas do Windows.
Opções de Pasta – Função idêntica a clicar Organizar e escolher a opção “Opções de pasta e
pesquisa” no Windows Explorer. Neste item podemos fazer diversas configurações no Windows
Explorer. As mais comuns são utilizadas na guia “Modo de Exibição” e são elas: “Ocultar as
extensões dos tipos de arquivos conhecidos” e “Mostrar arquivos, pastas e unidades ocultas”.
* Personalização – Permite alteração nas configurações da Área de Trabalho como Temas, Plano
de Fundo, Proteção de Tela, Ícones da Área de Trabalho entre outros.
** Programas e Recursos – Esse ícone possibilita a ativação ou desativação do componentes
no Windows e a desinstalação de programas instalados. Por exemplo, o Internet Explorer que
vem com o Windows 7 é um componente, e não um programa. Desta forma, para retirá-lo do
computador é necessário desativar o recurso Internet Explorer.
* Programas Padrão – Função idêntica a clicar no Menu Iniciar e escolher a opção “Programas
Padrão”. Utilizado para escolher o programa que irá ser utilizado, quando um documento ou
link for aberto. Por exemplo, ao clicar em um arquivo com e extensão .doc, pode-se definir o
Microsoft Word ou o BrOffice Writer para abrir esse arquivo.
* Recuperação – Função idêntica a clicar no Menu Iniciar, Todos os Programas, Acessórios,
Ferramentas do Sistema e escolher a opção “Restauração do Sistema”. Utilizado para solucionar
diversos problemas do sistema, permitindo restaurar o computador a um estado anterior.
* Região e Idioma – Permite configurações do formato de data, hora e moeda e configuração
do layout do teclado (configurar o teclado com ou sem a letra Ç).
** Sistema – Ícone bastante importante pois traz várias informações. Permite identificar
a edição do Windows 7 (Started, Home Basic entre outras e o tipo de sistema: 32bits ou 64
bits), permite identificar se o computador pertence à uma rede corporativa ou rede doméstica
(domínio ou grupo de trabalho), traz informações sobre a quantidade de memória RAM e o
www.acasadoconcurseiro.com.br 777
nome do processador. Nesse ícone também temos acesso ao “Gerenciador de Dispositivos”
(traz uma lista de todos os componentes de hardware instalados no computador), ou
“Configurações remotas” (local onde se configura a Assistência Remota e Área de Trabalho
Remota, configurações que definem se o acesso remoto será permitido ou não e os usuários
que terão acesso), “Proteção do sistema” (gerenciamento das configurações da Recuperação
do Sistema, abordado anteriormente nesta apostila) e “Configurações Avançadas do sistema”
(onde existem configurações relacionadas à Desempenho, Perfis do Usuário e Inicialização e
Recuperação).
Soluções de Problemas – Permite verificar a funcionalidade de “Programas”, “Hardware e
Sons”, “Rede e Internet” e “Sistema e Segurança”. Para cada um destes 4 componentes existem
assistentes que irão conduzir o usuário para testar os itens relacionados.
Som – Ícone bem simples que contém apenas informações sobre os dispositivos de áudio e
permite testar o alto-falante e o microfone.
Teclado – Permite ajustar configurações relacionadas ao teclado como o tratamento para
repetições de caracteres, e a intermitência com que o cursor fica piscando. Não é neste ícone
que se altera o layout do teclado, isso é feito no ícone “Região e Idioma”.
Telefone e Modem – Mostra os modens instalados no computador e permite definir o código
de área (051 para Porto Alegre) e outras regras de discagem (tecla para discagem externa e
outros).
Vídeo – Traz a opção de aumentar o tamanho de todos os itens da Área de Trabalho de 100%
para 125% e eventualmente 150%. Também apresenta atalhos para os itens “Ajustar resolução”,
“Calibrar a cor”, “Alterar configurações de vídeo” e “Ajustar texto ClearType”.
* Windows Defender – O Windows 7 já vem com uma ferramenta de anti-spyware instalada,
que se chama Windows Defender. Nesse ícone podemos fazer as configurações da ferramenta.
* Windows Update – O Windows Update é o nome do processo de atualização do sistema
operacional, Nesse ícone, pode-se ativar ou desativar a instalação das atualizações e também
definir a agenda de instalação das mesmas.
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Informática
A nova interface de usuário do Office Fluent no Word 2010 parece muito diferente da interface
do usuário do Word 2003. Os menus e as barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa
de Opções e pelo modo de exibição Backstage. Para os novos usuários do Word, a interface é
muito intuitiva. Para os usuários do Word mais experientes, a interface requer um pouco de
reaprendizado.
A nova Faixa de Opções, um componente da interface do usuário do Office Fluent, agrupa suas
ferramentas por tarefa, e os comandos usados com mais frequência estão facilmente acessíveis.
No Word 2010, você pode até personalizar essa Faixa de Opções para que os comandos usados
com frequência fiquem juntos.
www.acasadoconcurseiro.com.br 779
A nova interface do usuário do Office Fluent orientada a resultados apresenta as ferramentas,
de uma forma clara e organizada, quando você precisa delas:
•• Economize tempo e faça mais com os recursos avançados do Word selecionando em
galerias de estilos predefinidos, formatos de tabela, formatos de lista, efeitos gráficos e
mais.
•• A interface do usuário do Office Fluent elimina o trabalho de adivinhação quando você
aplica formatação ao documento. As galerias de opções de formatação proporcionam
uma visualização dinâmica da formatação no documento antes de você confirmar uma
alteração.
Ao clicar na guia Arquivo, você vê muitos dos mesmos comandos básicos que via quando clicava
no Botão Microsoft Office ou no menu Arquivo nas versões anteriores do Microsoft Office.
Você encontrará Abrir, Salvar e Imprimir, bem como uma nova guia modo de exibição Backstage
chamada Salvar e Enviar, que oferece várias opções de compartilhamento e envio de
documentos.
780 www.acasadoconcurseiro.com.br
Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
www.acasadoconcurseiro.com.br 781
que o documento seja legível e editável, mas preferir usar um formato de arquivo diferente de
.docx ou .doc, poderá usar formatos como texto simples (.txt), Formato Rich Text (.rtf), Texto
OpenDocument (.odt) e Microsoft Works (.wps).
PDF e XPS são formatos que as pessoas podem ler em uma variedade de softwares disponíveis.
Esses formatos preservam o layout de página do documento.
Páginas da Web: As páginas da Web são exibidas em um navegador da Web. Esse formato
não preserva o layout da página do seu documento. Quando alguém redimensionar a janela
do navegador, o layout do documento será alterado. Você pode salvar o documento como
uma página da Web convencional (formato HTML) ou como uma página da Web de arquivo
único (formato MHTML). Com o formato HTML, quaisquer arquivos de suporte (tais como
imagens) são armazenados em uma pasta separada que é associada ao documento. Com o
formato MHTML, todos os arquivos de suporte são armazenados junto com o documento em
um arquivo.
2. Clique em Novo.
3. Clique duas vezes em Documento em branco.
O site Modelos no Office.com oferece modelos para vários tipos de documentos, incluindo
currículos, folhas de rosto, planos de negócios, cartões de visita.
1. Clique na guia Arquivo.
2. Clique em Novo.
3. Em Modelos Disponíveis, siga um destes procedimentos:
•• Clique em Modelos de Exemplo para selecionar um modelo disponível em seu
computador.
•• Clique em um dos links no Office.com.
4. Clique duas vezes no modelo que você deseja.
782 www.acasadoconcurseiro.com.br
Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Informações
A guia Informações exibirá comandos, propriedades e metadados diferentes, dependendo do
estado do documento e onde ele está armazenado. Os comandos da guia Informações pode
incluir Check-in, Check-out e Permissões.
Os comandos do modo de exibição Backstage serão realçados dependendo do quanto for
importante para o usuário notar e interagir com eles. Por exemplo, Permissões na guia
“Informações” é realçado em vermelho quando as permissões definidas no documento podem
limitar a edição.
Área de Transferência
A Área de Transferência do Office permite que você colete texto e itens gráficos de qualquer
quantidade de documentos do Office ou outros programas para, em seguida, colá-los em
qualquer documento do Office. Por exemplo, você pode copiar parte do texto de um documento
do Microsoft Word, alguns dados do Microsoft Excel, uma lista com marcadores do Microsoft
PowerPoint ou texto do Microsoft Internet Explorer, voltando para o Word e organizando alguns
ou todos os itens coletados em seu documento do Word.
A Área de Transferência do Office funciona com os comandos Copiar e Colar padrão. Basta
copiar um item para a Área de Transferência do Office para adicioná-lo à sua coleção (24 itens).
Depois, cole-o em qualquer documento do Office a qualquer momento. Os itens coletados
permanecerão na Área de Transferência do Office até que você saia dele.
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1. Selecione o texto ou o gráfico que possui o formato que você deseja copiar.
Observação: Clique duas vezes no botão Pincel se deseja alterar o formato de várias
seleções no seu documento.
Fonte
A formatação de fontes poderá ser feita através do Grupo Fonte da guia Página Inicial no Word
2010.
Efeitos de Texto: Aplicar um efeito visual ao texto selecionado, como sombra, brilho ou
reflexo.
A maioria das formatações de fonte você encontrará no canto inferior direito do Grupo Fonte
através do iniciador da caixa de diálogo.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Veja que são poucas as diferenças entre o Word 2003 e o 2010 na formatação de fonte, algumas
diferenças relevantes são as guias e especialmente os efeitos de texto que foram aprimorados.
Parágrafo
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A caixa de diálogo Formatar Parágrafo permite personalizar o alinhamento, o recuo, o
espaçamento de linhas, as posições e as guias da parada de tabulação e as quebras de linha e
de parágrafo dentro dos parágrafos selecionados.
Geral
Aqui você pode definir o alinhamento dos parágrafos:
À Esquerda: O caractere à extrema esquerda de cada linha é alinhado à margem esquerda e
a borda direita de cada linha fica irregular. Esse é o alinhamento padrão para parágrafos com
direção do texto da esquerda para a direita.
Centro: O centro de cada linha de texto é alinhado ao ponto médio das margens direita e
esquerda da caixa de texto e as bordas esquerda e direita de cada linha ficam irregulares.
À Direita: O caractere à extrema direita de cada linha é alinhado à margem direita e a borda
esquerda de cada linha fica irregular. Esse é o alinhamento padrão para parágrafos com direção
do texto da direita para a esquerda.
Justificado: O primeiro e o último caracteres de cada linha (exceto o último) são alinhados às
margens esquerda e direita e as linhas são preenchidas adicionando ou retirando espaço entre
e no meio das palavras. A última linha do parágrafo será alinhada à margem esquerda, se a
direção do texto for da esquerda para a direita, ou à margem direita, se a direção do texto for
da direita para a esquerda.
Recuo
O recuo determina a distância do parágrafo em relação às margens esquerda ou direita da caixa
de texto. Entre as margens, você pode aumentar ou diminuir o recuo de um parágrafo ou de
um grupo de parágrafos. Também pode criar um recuo negativo (também conhecido como
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
recuo para a esquerda), o que recuará o parágrafo em direção à margem esquerda, se a direção
do texto estiver definida como da esquerda para a direita, ou em direção à margem direita, se a
direção do texto estiver definida como da direita para a esquerda.
Margens e recuos são elementos diferentes dentro de um texto do Word. As margens
determinam a distância entre a borda do papel e o início ou final do documento. Já os recuos
determinam a configuração do parágrafo dentro das margens que foram estabelecidas para o
documento. Podemos determinar os recuos de um parágrafo através da régua horizontal ou do
grupo Parágrafo.
Existem na régua, dois conjuntos de botões de recuo, um do lado direito, que marca o recuo
direito de parágrafo e outro do lado esquerdo (composto por três elementos bem distintos)
que marcam o recuo esquerdo de parágrafo.
O deslocamento destes botões deve ser feito pelo clique do mouse seguido de arrasto. Seu
efeito será sobre o parágrafo onde o texto estiver posicionado ou sobre os parágrafos do texto
que estiver selecionado no momento.
Movendo-se o botão do recuo direito de parágrafo, todo limite direito do parágrafo será
alterado:
Já no recuo esquerdo é preciso tomar cuidado com as partes que compõem o botão. O Botão
do recuo esquerdo é composto por 3 elementos distintos:
•• Botão de entrada de parágrafo ou recuo especial na 1º linha.
•• Botão de Deslocamento do recuo esquerdo, com exceção da 1º linha
•• Botão de Deslocamento do recuo esquerdo, mantendo a relação entre a entrada do
parágrafo e as demais linhas.
Lembre-se que o deslocamento dos botões é válido para o parágrafo em que está posicionado
o cursor ou para os parágrafos do texto selecionado. Assim, primeiro seleciona-se o texto para
depois fazer o movimento com os botões de recuos.
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Espaçamento entre Linhas
O espaçamento entre linhas determina a quantidade de espaço vertical entre as linhas do texto
em um parágrafo. O espaçamento entre parágrafos determina o espaço acima ou abaixo de um
parágrafo. Quando você pressiona ENTER para começar um novo parágrafo, o espaçamento é
atribuído ao próximo parágrafo, mas você pode alterar as configurações de cada parágrafo.
No Microsoft Word 2010, o espaçamento padrão para a maioria dos conjuntos de Estilos
Rápidos é de 1,15 entre linhas e 10 pontos após cada parágrafo. O espaçamento padrão em
documentos do Office Word 2003 é de 1,0 entre linhas e nenhuma linha em branco entre
parágrafos.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
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Controle de linhas órfãs/viúvas As viúvas e órfãs são linhas de texto isoladas de um parágrafo
que são impressas na parte superior ou inferior de uma caixa de texto ou coluna. Você pode
escolher evitar a separação dessas linhas do restante do parágrafo.
•• Linha órfã: a primeira linha de um parágrafo que fica sozinha na folha anterior.
•• Linha viúva: a última linha de um parágrafo que fica sozinha na folha seguinte.
Manter com o próximo Essa caixa de seleção manterá um ou mais parágrafos selecionados
juntos em uma caixa de texto ou uma coluna.
Manter linhas juntas Essa caixa de seleção manterá as linhas de um parágrafo juntas em uma
caixa de texto ou uma coluna.
Quebrar página antes Esta opção insere uma quebra de página no parágrafo selecionado.
Tabulação
Para determinarmos o alinhamento do texto em relação ao tabulador é preciso primeiro
selecionar o tipo de tabulador a partir do símbolo que existe no lado esquerdo da régua
horizontal.
Cada clique dado sobre este símbolo fará com que ele assuma uma das posições de alinhamento
que existem para tabuladores.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
5. Clique em Definir.
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•• Formatar marcadores ou números: Formate marcadores ou números de maneira
diferente da usada no texto de uma lista. Por exemplo, clique em um número ou altere
a cor do número para a lista inteira, sem alterar o texto da lista.
•• Usar imagens ou símbolos: Crie uma lista com marcadores de imagens para tornar um
documento ou uma página da Web visualmente mais interessante.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Estilo
1. Os Estilos Rápidos da galeria de estilos foram criados para trabalhar juntos. Por exemplo, o
Estilo Rápido Título 2 foi criado para parecer subordinado ao Estilo Rápido Título 1.
2. O texto do corpo do seu documento é automaticamente formatado com o Estilo Rápido
Normal.
3. Estilos Rápidos podem ser aplicados a parágrafos, mas você também pode aplicá-los a
palavras individuais e caracteres. Por exemplo, você pode enfatizar uma frase aplicando o
Estilo Rápido Ênfase.
4. Quando você formata o texto como parte de uma lista, cada item da lista é automaticamente
formatado com o Estilo Rápido Lista de Parágrafos.
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Se mais tarde você decidir que gostaria que os títulos tenham uma aparência diferente, altere
os estilos Título 1 e Título 2, e o Word atualizará automaticamente todas as suas instâncias no
documento. Você também pode aplicar um conjunto de Estilo Rápido diferente ou um tema
diferente para mudar a aparência dos títulos sem fazer alterações aos estilos.
Os estilos internos (Título 1, Título 2, etc.) oferecem outros benefícios, também. Se você usar os
estilos internos de título, o Word poderá gerar uma tabela de conteúdos automaticamente. O
Word também usa os estilos internos de título para fazer a Estrutura do documento, que é um
recurso conveniente para mover-se através de documentos longos.
Edição
No Word 2010, com o Painel de Navegação, você pode localizar-se rapidamente em documentos
longos, reorganizar com facilidade seus documentos arrastando e soltando seções em vez de
copiar e colar além de localizar conteúdo usando a pesquisa incremental, para que não seja
preciso saber exatamente o que está procurando para localizá-lo.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
•• Adicionar novos títulos ao documento para criar uma estrutura de tópicos básica ou inserir
novas seções sem ter que rolar o documento.
•• Ficar atento ao conteúdo editado por outras pessoas procurando os títulos que contêm um
indicador de coautoria.
•• Ver miniaturas de todas as páginas do documento e clicar nelas para me mover pelo
documento.
Localizar (CTRL+L)
Permite a localização de texto, fonte, tipo parágrafo, idioma, quadro, estilo, realce e caracteres
especiais.
Substituir (CTRL+U)
Substitui texto, fonte, parágrafo, idioma, quadro, estilo, realce e caracteres especiais.
Ir Para (Alt+CTRL+G)
Permite ir para uma determinada página, seção, linha, indicador, nota de rodapé, nota de fim,
tabela, etc.
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Guia Layout de Página
Formatar Colunas
Configurar Página
A formatação de página define como ficará o documento ativo com relação ao tamanho da
folha e a posição do texto dentro dela (margens direita, esquerda, superior inferior, etc.).
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Se o documento contiver várias seções, o tipo de margem novo só será aplicada à seção atual.
Se o documento contiver várias seções e você tiver várias seções selecionadas, o tipo da nova
margem será aplicada a cada seção que você escolheu.
Observação: Para alterar as margens padrão, depois de selecionar uma nova margem
clique em Margens Personalizadas e, em seguida, clique em Avançada. Na caixa de
diálogo Configurar Página, clique no botão Configurar Como Padrão. As novas confi-
gurações padrão serão salvas no modelo no qual o documento é baseado. Cada novo
documento baseado nesse modelo automaticamente usará as novas configurações de
margem.
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Guia Inserir
Cabeçalhos e Rodapés
Abrir Cabeçalhos e Rodapés
Use um dos três métodos:
•• Clique duas vezes na área do cabeçalho e rodapé do documento.
•• Clique com o botão direito na área do cabeçalho ou rodapé e clique Editar Cabeçalho.
•• Clique na guia Inserir e no grupo Cabeçalho e Rodapé, clique Cabeçalho, Rodapé ou
Número de Página e insira um estilo de uma destas galerias. Que abrem cabeçalhos e
rodapés.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
1. Na guia Inserir ou na guia Design com Ferramentas de Cabeçalho e Rodapé, clique Número
de página, e clique em Formatar número de páginas.
Quebras
As quebras podem ser de página, coluna, linha ou seções. Para inserir uma quebra basta acionar
o botão de comando Quebras no Grupo Configurar Página na Guia Layout.
Ao acionarmos o botão quebras serão exibidas as opções de quebras de página como segue:
Teclas de atalho:
Quebra de página (CTRL+ENTER);
Quebra de coluna (CTRL+SHIFT+ENTER);
Quebra automática de linha (SHIFT+ENTER).
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A quebra de página também poderá ser acionada através do botão de comando Quebra de
Página localizado no Grupo Páginas na Guia Inserir.
As Quebras de Seções
É possível usar quebras de seção para alterar o layout ou a formatação de uma página ou de
páginas do documento. Por exemplo, você pode definir o layout de uma página em coluna
única como duas colunas. Pode separar os capítulos no documento para que a numeração de
página de cada capítulo comece em 1. Também pode criar um cabeçalho ou rodapé diferente
para uma seção do documento.
Esse tipo de quebra de seção é especialmente útil para iniciar novos capítulos em um
documento.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Contínuo
O comando Contínuo insere uma quebra de seção e inicia a nova seção na mesma página.
Uma quebra de seção contínua é útil para criar uma alteração de formatação, como um número
diferente de colunas em uma página.
Se você quiser que os capítulos do seu documento sempre comecem em uma página par ou em
uma página ímpar, use a opção de quebra de seção Páginas pares ou Páginas ímpares.
Tabelas
Arraste para selecionar o número de linhas e colunas necessárias para a tabela que você criará.
Clique na guia Layout em Ferramentas de Tabela.
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Clique em Inserir Acima, em Linhas e Colunas, para inserir uma linha acima da célula em que
você clicou.
Se você clicar em Inserir Abaixo, Inserir à Esquerda ou Inserir à Direita, uma linha ou coluna
será inserida na posição especificada.
Se você quiser excluir uma linha ou coluna, clique em uma das células que pertencem à linha
ou coluna que deseja excluir.
Clique na guia Layout em Ferramentas de Tabela.
Clique em Excluir, em Linhas e Colunas, e clique em Excluir Linhas para excluir a linha.
Se você clicar em Excluir Células, a caixa de diálogo Excluir Células será exibida.
Clique em um método de modo a deslocar as células restantes após uma célula selecionada ser
excluída a partir da caixa de diálogo Excluir Células e clique em OK para excluir uma célula.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Guia Exibição
Guia composta pelos grupos Modos de Exibição de Documento, Mostrar, Zoom, Janela e
Macros.
Grupo Modos de Exibição de Documentos: Alterna formas como o documento pode ser
exibido:
Layout de Impressão, Leitura em Tela, Layout da Web, Estrutura de Tópicos e Rascunho.
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Grupo Mostrar: Ativa ou desativa a régua, linhas de grade e Painel de Navegação.
Guia Revisão
Para adicionar um indicador de controle de alterações na barra de status, clique com o botão
direito do mouse na barra de status e clique em Controlar Alterações. Clique no indicador
Controlar Alterações na barra de status para ativar ou desativar o controle de alterações.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Dica Você pode acessar esse comando rapidamente adicionando-o à Barra de Ferramentas
de Acesso Rápido clicando com o botão direito do mouse no botão Ortografia e Gramática e
depois clicando em Adicionar à Barra de Tarefas de Acesso Rápido no menu de atalho.
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Ignorar texto durante uma verificação de ortografia e gramática
Impressão
Nos programas do Microsoft Office 2010, agora você visualizar e imprimir arquivos do Office
em um único local: na guia Imprimir do modo de exibição do Microsoft Office Backstage.
Na guia Imprimir, as propriedades de sua impressora padrão aparecem automaticamente na
primeira seção e a visualização do seu documento aparece automaticamente na segunda seção.
Clique na guia Arquivo e em Imprimir.
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Word: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Para voltar ao seu documento e fazer alterações antes de imprimi-la, clique na guia Arquivo, se
as propriedades de sua impressora e seu documento forem exibidas conforme desejado, clique
em Imprimir.
Para alterar as propriedades da impressora, sob o nome da impressora, clique em Propriedades
da Impressora.
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Mova o ponteiro para a esquerda dos parágrafos até que ele
Vários parágrafos assuma a forma de uma seta para a direita, clique duas vezes e
arraste para cima ou para baixo.
Clique no início da seleção, role até o fim da seção, mantenha
Um bloco de texto grande
pressionada a tecla SHIFT e clique.
Mova o ponteiro para a esquerda de qualquer texto do documento
até que ele assuma a forma de uma seta para a direita e clique
Um documento inteiro
três vezes ou com a tecla CTRL pressionada clique apenas uma
vez ou cinco vezes F8.
Pressione e conserve pressionada a tecla ALT e inicie a seleção do
Um bloco vertical de texto
texto desejado.
Selecione o texto mantendo pressionada a tecla SHIFT e pressionando a tecla que move o ponto
de inserção.
Nota: A partir da versão Word XP 2002, é possível a seleção de blocos alternados de texto
utilizando o mouse em combinação com a tecla CTRL que deverá ser pressionada durante todo
o processo de seleção.
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Informática
Células
Dá-se o nome de Célula à interseção de uma Coluna e uma Linha, formando, assim, um
Endereço. As linhas são identificadas por números, enquanto que as colunas são identificadas
por letras do alfabeto. Sendo assim, no encontro da Coluna “B” com a Linha “6”, chamamos de
célula “B6”.
Para inserir qualquer tipo de informação em uma célula, deve-se, em primeiro lugar, ativá-la.
Para tanto, pode-se usar a tecla ENTER, TAB, AS SETAS, MOUSE ou digitar, na caixa de nome, o
endereço da célula desejada.
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Tipos de Conteúdo
Texto – Este será automaticamente alinhado à esquerda.
Número – Números são alinhados à direita.
Fórmula – Dependendo do resultado poderá ser alinhado à esquerda (texto) ou à direita
(número).
Observação – Datas são tipos de dados numéricos, porém já inseridos com formatação.
Exemplo: 10/02/2004. Para o Excel toda data é internamente um número, ou seja, por padrão, a
data inicial é 01/01/1900 que equivale ao nº 1, 02/01/1900 ao nº 2 e, assim, consecutivamente.
Formatar Células
Use a caixa de diálogo Formatar Células para formatar o conteúdo de células selecionadas.
Número
Use as opções na guia Número para aplicar um formato de número específico aos números
nas células da planilha. Para digitar números em células da planilha, você pode usar as teclas
numéricas ou pode pressionar NUM LOCK e então usar as teclas numéricas no teclado numérico.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
•• Usar separador de milhar: Marque esta caixa de seleção para inserir um separador de
milhar. Esta caixa de seleção está disponível apenas para a categoria Número.
•• Números negativos: Especifica o formato no qual deseja que os números negativos sejam
exibidos. Esta opção está disponível apenas para as categorias Número e Moeda.
•• Símbolo: Selecione o símbolo da moeda que você deseja usar. Esta caixa está disponível
apenas para as categorias Moeda e Contábil.
•• Tipo: Selecione o tipo de exibição que deseja usar para um número. Essa lista está disponível
apenas para as categorias Data, Hora, Fração, Especial e Personalizado.
•• Localidade (local): Selecione um idioma diferente que deseja usar para o tipo de exibição
de um número. Esta caixa de listagem está disponível apenas para as categorias Data, Hora
e Especial.
Alinhamento
Alinhamento de Texto
•• Horizontal: Selecione uma opção na lista Horizontal para alterar o alinhamento horizontal
do conteúdo das células. Por padrão, o Microsoft Office Excel alinha texto à esquerda,
números à direita, enquanto os valores lógicos e de erro são centralizados. O alinhamento
horizontal padrão é Geral. As alterações no alinhamento dos dados não alteram os tipos de
dados.
•• Vertical: Selecione uma opção na caixa de listagem Vertical para alterar o alinhamento
vertical do conteúdo das células. Por padrão, o Excel alinha o texto verticalmente na parte
inferior das células. O alinhamento vertical padrão é Geral.
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•• Recuo: Recua o conteúdo das células a partir de qualquer borda da célula, dependendo das
opções escolhidas em Horizontal e Vertical. Cada incremento na caixa Recuo equivale à
largura de um caractere.
•• Orientação: Selecione uma opção em Orientação para alterar a orientação do texto
nas células selecionadas. As opções de rotação poderão não estar disponíveis se forem
selecionadas outras opções de alinhamento.
•• Graus: Define o nível de rotação aplicado ao texto na célula selecionada. Use um número
positivo na caixa Graus para girar o texto selecionado da parte inferior esquerda para a
superior direita na célula. Use graus negativos para girar o texto da parte superior esquerda
para a inferior direita na célula selecionada.
Controle de texto
•• Quebrar texto automaticamente: Quebra o texto em várias linhas dentro de uma célula. O
número de linhas depende da largura da coluna e do comprimento do conteúdo da célula.
•• Reduzir para caber: Reduz o tamanho aparente dos caracteres da fonte para que todos
os dados de uma célula selecionada caibam dentro da coluna. O tamanho dos caracteres
será ajustado automaticamente se você alterar a largura da coluna. O tamanho de fonte
aplicado não será alterado.
•• Mesclar Células: Combina duas ou mais células selecionadas em uma única célula. A
referência de célula de uma célula mesclada será a da célula superior esquerda da faixa
original de células selecionadas.
Bordas
Use as opções na guia Borda para aplicar uma borda ao redor de células selecionadas em um
estilo e uma cor de sua escolha.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
•• Linha: Selecione uma opção em Estilo para especificar o tamanho e o estilo de linha de
uma borda. Para alterar o estilo de linha de uma borda já existente, selecione a opção de
estilo de linha desejada e clique na área da borda no modelo de Borda onde quiser que o
novo estilo de linha seja exibido.
•• Predefinições: Selecione uma opção de borda predefinida para aplicar bordas nas células
selecionadas ou removê-las.
•• Cor: Selecione uma cor da lista para alterar a cor das células selecionadas.
•• Borda: Clique em um estilo de linha na caixa Estilo e clique nos botões em Predefinições ou
em Borda para aplicar as bordas nas células selecionadas. Para remover todas as bordas,
clique no botão Nenhuma. Você também pode clicar nas áreas da caixa de texto para
adicionar ou remover bordas.
Fonte
Use as opções na guia Fonte para alterar a fonte, o estilo de fonte, o tamanho da fonte e outros
efeitos de fonte.
•• Fonte: Selecione o tipo da fonte para o texto nas células selecionadas. A fonte padrão é
Calibri.
•• Estilo da Fonte: Selecione o estilo da fonte para o texto nas células selecionadas. O estilo
de fonte padrão é Normal ou Regular.
•• Tamanho: Selecione o tamanho da fonte para o texto nas células selecionadas. Digite
qualquer número entre 1 e 1.638. O tamanho de fonte padrão é 11.
OBSERVAÇÃO: Os tamanhos disponíveis na lista Tamanho dependem da fonte selecionada e da
impressora ativa.
•• Sublinhado: Selecione o tipo de sublinhado que deseja usar para o texto nas células
selecionadas. O sublinhado padrão é Nenhum.
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•• Cor: Selecione a cor que deseja usar para as células ou o texto selecionados. A cor padrão
é Automático.
•• Fonte Normal: Marque a caixa de seleção Fonte Normal para redefinir o estilo, o tamanho
e os efeitos da fonte com o estilo Normal (padrão).
•• Efeitos: Permite que você selecione um dos seguintes efeitos de formatação.
•• Tachado: Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como tachado.
•• Sobrescrito: Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como sobrescrito.
•• Subscrito: Marque esta caixa de seleção para exibir o texto em células selecionadas
como subscrito.
•• Visualização: Veja um exemplo de texto que é exibido com as opções de formatação que
você seleciona.
Preenchimento
Use as opções na guia Preenchimento para preencher as células selecionadas com cores,
padrões e efeitos de preenchimento especiais.
•• Estilo do Padrão: Selecione um padrão na caixa Estilo do Padrão para formatar células
selecionadas com um padrão que usa as cores que você seleciona nas caixas Cor de Plano
de Fundo e Cor Padrão.
•• Exemplo: Veja um exemplo das opções de cor, efeitos de preenchimento e de padrões que
selecionar.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
1. Título da linha
Uma linha ou coluna 2. Título da coluna
inteira Você também pode selecionar células em uma linha ou coluna
selecionando a primeira célula e pressionando CTRL+SHIFT+tecla de
DIREÇÃO (SETA PARA A DIREITA ou SETA PARA A ESQUERDA para linhas,
SETA PARA CIMA ou SETA PARA BAIXO para colunas).
Observação: Se a linha ou coluna contiver dados, CTRL+SHIFT+tecla de
DIREÇÃO selecionará a linha ou coluna até a última célula utilizada.
Pressione CTRL+SHIFT+tecla de DIREÇÃO uma segunda vez para selecionar
toda a linha ou coluna.
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Arraste através dos títulos de linha ou de coluna. Ou selecione a primeira
Linhas ou colunas
linha ou coluna; em seguida, pressione SHIFT enquanto seleciona a última
adjacentes
linha ou coluna.
Clique no título de linha ou de coluna da primeira linha ou coluna de sua
Linhas ou colunas não
seleção; pressione CTRL enquanto clica nos títulos de linha ou coluna de
adjacentes
outras linhas ou colunas que você deseja adicionar à seleção.
A primeira ou a última Selecione uma célula na linha ou na coluna e, em seguida, pressione
célula de uma linha ou CTRL+tecla de DIREÇÃO (SETA PARA A DIREITA ou SETA PARA A ESQUERDA
coluna para linhas, SETA PARA CIMA ou SETA PARA BAIXO para colunas).
A primeira ou a última Pressione CTRL+HOME para selecionar a primeira célula na planilha ou
célula em uma planilha em uma lista do Excel.
ou em uma tabela do Pressione CTRL+END para selecionar a última célula na planilha ou em
Microsoft Office Excel uma lista do Excel que contenha dados ou formatação.
Células até a última Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione CTRL+SHIFT+END
célula usada na planilha para estender a seleção de células até a última célula usada na planilha
(canto inferior direito). (canto inferior direito).
Células até o início da Selecione a primeira célula e, em seguida, pressione CTRL+SHIFT+HOME
planilha. para estender a seleção de células até o início da planilha.
Mantenha pressionada a tecla SHIFT e clique na última célula que deseja
Mais ou menos células
incluir na nova seleção. O intervalo retangular entre a e a célula em que
do que a seleção ativa
você clicar passará a ser a nova seleção.
FÓRMULAS
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula inicia
com um sinal de igual (=). Por exemplo, a fórmula a seguir multiplica 2 por 3 e depois adiciona
5 ao resultado.
=5+2*3
Uma fórmula também pode conter um ou todos os seguintes elementos: funções, referências,
operadores e constantes.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Tipos de Operadores
Há quatro diferentes tipos de operadores de cálculo: aritmético, de comparação, de
concatenação de texto e de referência.
Operadores Aritméticos
Para efetuar operações matemáticas básicas, como adição, subtração ou multiplicação,
combinar números e produzir resultados numéricos, use estes operadores aritméticos.
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Operadores de Comparação
Você pode comparar dois valores com os operadores a seguir. Quando dois valores são
comparados usando esses operadores o resultado é um valor lógico VERDADEIRO ou FALSO.
Operadores de Referência
Combine intervalos de células para cálculos com estes operadores.
Operador de
Significado Exemplo
referência
Operador de intervalo, que
produz uma referência para
: (dois-pontos) todas as células entre duas B5:B15
referências, incluindo as duas
referências
Operador de união, que
; (ponto e vírgula) combina diversas referências SOMA(B5:B15;D5:D15)
em uma referência
Operador de interseção, que
(Espaço) produz uma referência a células B7:D7 C6:C8
comuns a duas referências
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Usando as Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos,
denominados argumentos, em uma determinada ordem ou estrutura. As funções podem ser
usadas para executar cálculos simples ou complexos.
A sintaxe de Funções
O seguinte exemplo da função ARRED para arredondar um número na célula A10 ilustra a
sintaxe de uma função.
1. Estrutura. A estrutura de uma função começa com um sinal de igual (=), seguido do nome
da função, um parêntese de abertura, os argumentos da função separados por ponto e
vírgulas e um parêntese de fechamento.
Matemáticas
SOMA
Retorna a soma de todos os números na lista de argumentos.
Sintaxe
=SOMA(núm1;núm2; ...)
Núm1, núm2,... são os argumentos que se deseja somar.
Exemplos:
=SOMA(A1;A3) é igual a 10
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=SOMA(B1:C2)
=SOMA(A1)
=SOMA(A1+A2)
=SOMA(A1:A4;3;7;A1*A2)
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
=SOMA(A1:A3)/SOMA(B1:B2)
Observação: O texto no Excel deve ser colocado entre “aspas” para não ser confundido
com um intervalo nomeado. Entretanto não será possível fazer soma, média, etc.,
entre um “texto” colocado como argumento em uma função e os demais argumentos.
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MULT
A função MULT multiplica todos os números especificados como argumentos e retorna o
produto. Por exemplo, se as células A1 e A2 contiverem números, você poderá usar a fórmula
=MULT(A1;A2) para multiplicar esses dois números juntos. A mesma operação também pode
ser realizada usando o operador matemático de multiplicação (*); por exemplo, =A1*A2.
A função MULT é útil quando você precisa multiplicar várias células ao mesmo tempo. Por
exemplo, a fórmula =MULT(A1:A3;C1:C3) equivale a =A1*A2*A3*C1*C2*C3.
Sintaxe
=MULT(núm1;[núm2]; ...)
A sintaxe da função MULT tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número ou intervalo que você deseja multiplicar.
núm2, ... Opcional. Números ou intervalos adicionais que você deseja multiplicar.
Exemplo:
ABS
Retorna o valor absoluto de um número. Esse valor é o número sem o seu sinal.
Sintaxe
=ABS(núm)
Núm é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.
Exemplo:
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
RAIZ
Retorna uma raiz quadrada positiva.
Sintaxe
=RAIZ(núm)
Núm é o número do qual você deseja obter a raiz quadrada.
Comentários: Se núm for negativo, RAIZ retornará o valor de erro #NÚM!.
Exemplo:
POTÊNCIA
Fornece o resultado de um número elevado a uma potência.
Sintaxe
=POTÊNCIA(núm;potência)
Núm é o número base. Pode ser qualquer número real.
Potência é o expoente para o qual a base é elevada.
Comentários: O operador "^" pode substituir POTÊNCIA para indicar a potência pela qual o
número base deve ser elevado, tal como em 5^2.
Exemplo:
MOD
Retorna o resto de uma divisão. Possui 2 argumentos (Valor a ser dividido:divisor)
Sintaxe
=MOD(Núm;Divisor)
Núm é o número para o qual você deseja encontrar o resto.
Divisor é o número pelo qual você deseja dividir o número.
Exemplo:
=MOD(6;4)
Resposta: 2
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INT
Arredonda um número para baixo até o número inteiro mais próximo.
Sintaxe
=INT(núm)
Núm é o número real que se deseja arredondar para baixo até um inteiro.
Exemplo:
ARRED
A função ARRED arredonda um número para um número especificado de dígitos. Por exemplo,
se a célula A1 contiver 23,7825 e você quiser arredondar esse valor para duas casas decimais,
poderá usar a seguinte fórmula:
=ARRED(A1;2)
O resultado dessa função é 23,78.
Sintaxe
=ARRED(número;núm_dígitos)
A sintaxe da função ARRED tem os seguintes argumentos:
número (Necessário). O número que você deseja arredondar.
núm_dígitos (Necessário). O número de dígitos para o qual você deseja arredondar o
argumento número.
Exemplo:
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
TRUNCAR
Trunca um número para um inteiro removendo a parte fracionária do número.
Sintaxe
=TRUNCAR(núm;núm_dígitos)
Núm é o número que se deseja truncar.
Núm_dígitos é um número que especifica a precisão da operação. O valor padrão para num_
digits é 0 (zero).
Comentários: TRUNCAR e INT são semelhantes pois os dois retornam inteiros. TRUNCAR
remove a parte fracionária do número. INT arredonda para menos até o número inteiro mais
próximo de acordo com o valor da parte fracionária do número. INT e TRUNC são diferentes
apenas quando usam números negativos: TRUNCAR(-4,3) retorna -4, mas INT(-4,3) retorna -5,
porque -5 é o número menor.
Exemplos:
SOMASE
Use a função SOMASE para somar os valores em um intervalo que atendem aos critérios que
você especificar. Por exemplo, suponha que em uma coluna que contém números, você deseja
somar apenas os valores maiores que 5. É possível usar a seguinte fórmula:
=SOMASE(B2:B25;">5")
Nesse exemplo, os critérios são aplicados aos mesmos valores que estão sendo somados. Se
desejar, você pode aplicar os critérios a um intervalo e somar os valores correspondentes em
um intervalo correspondente. Por exemplo, a fórmula =SOMASE(B2:B5;"John";C2:C5) soma
apenas os valores no intervalo C2:C5, em que as células correspondentes no intervalo B2:B5
equivalem a "John".
Sintaxe
=SOMASE(intervalo;critérios;[intervalo_soma])
A sintaxe da função SOMASE tem os seguintes argumentos:
intervalo Necessário. O intervalo de células que se deseja calcular por critérios. As células em
cada intervalo devem ser números e nomes, matrizes ou referências que contêm números.
Espaços em branco e valores de texto são ignorados.
critérios Necessário. Os critérios na forma de um número, expressão, referência de célula,
texto ou função que define quais células serão adicionadas. Por exemplo, os critérios podem
ser expressos como 32, ">32", B5, 32, "32", "maçãs" ou HOJE().
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Importante
Qualquer critério de texto ou qualquer critério que inclua símbolos lógicos ou matemáticos
deve estar entre aspas duplas ("). Se os critérios forem numéricos, as aspas duplas não
serão necessárias.
intervalo_soma Opcional. As células reais a serem adicionadas, se você quiser adicionar células
diferentes das especificadas no argumento de intervalo. Se o argumento intervalo_soma for
omitido, a planilha adicionará as células especificadas no argumento intervalo (as mesmas
células às quais os critérios são aplicados).
Exemplos:
Estatísticas
CONT.NÚM
Conta quantas células contêm números e também os números na lista de argumentos. Use
CONT.NÚM para obter o número de entradas em um campo de número que estão em um
intervalo ou matriz de números.
Sintaxe
CONT.NÚM(valor1;valor2;...)
Valor1; valor2, ... são argumentos que contêm ou se referem a uma variedade de diferentes
tipos de dados, mas somente os números são contados.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Exemplo:
=CONT.NÚM(C1:E2)
CONT.VALORES
Calcula o número de células não vazias e os valores na lista de argumentos. Use o Cont.Valores
para CONTAR o número de células com dados, inclusive células com erros, em um intervalo ou
matriz.
Sintaxe
=CONT.VALORES(valor1;valor2;...)
Exemplo:
=CONT.VALORES(C1:E3)
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MÉDIA
Retorna a média aritmética dos argumentos, ou seja, soma todos os números e divide pela
quantidade de números que somou.
Sintaxe
=MÉDIA(núm1;núm2;...)
A sintaxe da função MÉDIA tem os seguintes argumentos:
núm1 Necessário. O primeiro número, referência de célula ou intervalo para o qual você deseja
a média.
núm2, ... Opcional. Números adicionais, referências de célula ou intervalos para os quais você
deseja a média, até no máximo 255.
Exemplos:
=MÉDIA(C1:E2)
=MÉDIA(C1:E2;3;5)
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
CONT.SE
A função CONT.SE conta o número de células dentro de um intervalo que atendem a um único
critério que você especifica. Por exemplo, é possível contar todas as células que começam com
uma certa letra ou todas as células que contêm um número maior do que ou menor do que um
número que você especificar. Por exemplo, suponha uma planilha que contenha uma lista de
tarefas na coluna A e o nome da pessoa atribuída a cada tarefa na coluna B. Você pode usar a
função CONT.SE para contar quantas vezes o nome de uma pessoa aparece na coluna B e, dessa
maneira, determinar quantas tarefas são atribuídas a essa pessoa. Por exemplo:
=CONT.SE(B2:B25;"Nancy")
Sintaxe
=CONT.SE(intervalo;"critério")
intervalo Necessário. Uma ou mais células a serem contadas, incluindo números ou nomes,
matrizes ou referências que contêm números.
critérios Necessário. Um número, uma expressão, uma referência de célula ou uma cadeia de
texto que define quais células serão contadas. Por exemplo, os critérios podem ser expressos
como 32, "32", ">32", "maçãs" ou B4.
Exemplos:
MÁXIMO
Retorna o valor máximo de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MÁXIMO(núm1;núm2;...)
Núm1, núm2,... são de 1 a 255 números cujo valor máximo você deseja saber.
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Exemplos:
=MÁXIMO(A1:C5)
MÍNIMO
Retorna o menor valor de um conjunto de valores.
Sintaxe
=MINIMO(núm1;núm2;...até 30)
Exemplos:
=MÍNIMO(A1:C5)
MAIOR
Retorna o MAIOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MAIOR
número. Possui 2 argumentos. O primeiro argumento é a matriz e o segundo é a posição em
relação ao maior número.
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Sintaxe
MAIOR(MATRIZ;posição)
Exemplos:
=MAIOR(A3:D4;3)
2 4 6 9 12 23 35 50
Resposta: 23
=MAIOR(A1:C5;3)
MENOR
Retorna o MENOR valor K-ésimo de um conjunto de dados. Por exemplo, o terceiro MENOR
número. Possui 2 argumentos. O primeiro argumento é a matriz e o segundo é a posição em
relação ao menor número.
Sintaxe
=MENOR(MATRIZ;posição)
Exemplos:
=MENOR(A3:D4;3)
Qual o terceiro MENOR número:
2 4 6 9 12 23 35 50 Resposta → 6
=MENOR(A1:C5;5)
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=MENOR(A1:C5;19)
MODO
Retorna o valor que ocorre com mais freqüência em uma matriz ou intervalo de dados.
Sintaxe
=MODO(núm1;núm2;...)
Núm1, núm2,... são argumentos de 1 a 255 para os quais você deseja calcular o modo. Você
também pode usar uma única matriz ou referência a uma matriz em vez de argumentos
separados por ponto-e-vírgula.
Exemplos:
DATA
HOJE()
Retorna o número de série da data atual. O número de série é o código de data/hora usado
pela planilha para cálculos de data e hora. Se o formato da célula era Geral antes de a função
ser inserida, a planilha irá transformar o formato da célula em Data. Se quiser exibir o número
de série, será necessário alterar o formato das células para Geral ou Número.
A função HOJE é útil quando você precisa ter a data atual exibida em uma planilha,
independentemente de quando a pasta de trabalho for aberta. Ela também é útil para o cálculo
de intervalos. Por exemplo, se você souber que alguém nasceu em 1963, poderá usar a seguinte
fórmula para descobrir a idade dessa pessoa a partir do aniversário deste ano:
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
=ANO(HOJE())-1963
Essa fórmula usa a função HOJE como argumento da função ANO de forma a obter o ano atual
e, em seguida, subtrai 1963, retornando a idade d a pessoa.
Exemplos:
Supondo que a data de hoje configurada no computador é: 31/08/12
AGORA()
Retorna a data e a hora atuais formatados como data e hora. Não possui argumentos.
Se o formato da célula era Geral antes de a função ter sido inserida, o Excel irá transformar
o formato dessa célula no mesmo formato de data e hora especificado nas configurações
regionais de data e hora do Painel de Controle. Você pode alterar o formato de data e hora da
célula usando os comandos no grupo Número da guia Início, na Faixa de Opções.
A função AGORA é útil quando você precisa exibir a data e a hora atuais em uma planilha ou
calcular um valor com base na data e na hora atuais e ter esse valor atualizado sempre que
abrir a planilha.
Exemplos:
Supondo que a data de hoje configurada no computador é: 31/08/12 as 13h.
Texto
CONCATENAR
Agrupa duas ou mais cadeias de caracteres em uma única cadeia de caracteres.
Sintaxe
=CONCATENAR (texto1;texto2;...)
Texto1; texto2; ... são de 2 a 255 itens de texto a serem agrupados em um único item de texto.
Os itens de texto podem ser cadeia de caracteres, números ou referências a células únicas.
Comentários: Você também pode usar o operador de cálculo de 'E' comercial, em vez da função
CONCATENAR, para agrupar itens de texto. Por exemplo, =A1&B1 retornará o mesmo valor que
=CONCATENAR(A1;B1).
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Exemplo:
MAIÚSCULA
Converte o texto em maiúsculas.
Sintaxe
=MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto que se deseja converter para maiúsculas. Texto pode ser uma referência ou uma
sequência de caracteres de texto.
Exemplo:
MINÚSCULA
Converte todas as letras maiúsculas em uma sequência de caracteres de texto para minúsculas.
Sintaxe
=MINÚSCULA(texto)
Texto é o texto que você deseja converter para minúscula. MINÚSCULA só muda caracteres de
letras para texto.
Exemplo:
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
PRI.MAIÚSCULA
Coloca a primeira letra de uma sequência de caracteres de texto em maiúscula e todas as outras
letras do texto depois de qualquer caractere diferente de uma letra. Converte todas as outras
letras para minúsculas.
Sintaxe
=PRI.MAIÚSCULA(texto)
Texto é o texto entre aspas, uma fórmula que retorna o texto ou uma referência a uma célula
que contenha o texto que você deseja colocar parcialmente em maiúscula.
Exemplo:
Lógicas
SE
A função SE retornará um valor se uma condição que você especificou for considerada
VERDADEIRO e um outro valor se essa condição for considerada FALSO. Por exemplo, a fórmula
=SE(A1>10;"Mais que 10";"10 ou menos") retornará "Mais que 10" se A1 for maior que 10 e
"10 ou menos" se A1 for menor que ou igual a 10.
Sintaxe
SE(teste_lógico;[valor_se_verdadeiro];[valor_se_falso])
A sintaxe da função SE tem os seguintes argumentos:
teste_lógico Obrigatório. Qualquer valor ou expressão que possa ser avaliado como
VERDADEIRO ou FALSO. Por exemplo, A10=100 é uma expressão lógica; se o valor da célula A10
for igual a 100, a expressão será considerada VERDADEIRO. Caso contrário, a expressão será
considerada FALSO. Esse argumento pode usar qualquer operador de cálculo de comparação.
valor_se_verdadeiro Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento
teste_lógico for considerado VERDADEIRO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia
de texto "Dentro do orçamento" e o argumento teste_lógico for considerado VERDADEIRO,
a função SE retornará o texto "Dentro do orçamento". Se teste_lógico for considerado
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VERDADEIRO e o argumento valor_se_verdadeiro for omitido (ou seja, há apenas um ponto e
vírgula depois do argumento teste_lógico), a função SE retornará 0 (zero). Para exibir a palavra
VERDADEIRO, use o valor lógico VERDADEIRO para o argumento valor_se_verdadeiro.
valor_se_falso Opcional. O valor que você deseja que seja retornado se o argumento teste_
lógico for considerado FALSO. Por exemplo, se o valor desse argumento for a cadeia de
texto "Acima do orçamento" e o argumento teste_lógico for considerado FALSO, a função SE
retornará o texto "Acima do orçamento". Se teste_lógico for considerado FALSO e o argumento
valor_se_falso for omitido (ou seja, não há vírgula depois do argumento valor_se_verdadeiro),
a função SE retornará o valor lógico FALSO. Se teste_lógico for considerado FALSO e o valor do
argumento valor_se_falso for omitido (ou seja, na função SE, não há ponto e vírgula depois do
argumento valor_se_verdadeiro), a função SE retornará o valor 0 (zero).
Exemplos:
Matemática Financeira
EFETIVA
Descrição
Retorna a taxa de juros anual efetiva, dados a taxa de juros anual nominal e o número de
períodos compostos por ano.
Sintaxe
=EFETIVA(taxa_nominal; npera)
A sintaxe da função EFETIVA tem os seguintes argumentos:
Taxa_nominal – Obrigatório. A taxa de juros nominal.
Npera – Obrigatório. O número de períodos compostos por ano.
Comentários:
•• Npera é truncado para que apareça como um número inteiro.
•• Se qualquer um dos argumentos não for numérico, EFETIVA retornará o valor de erro
#VALOR!.
•• Se taxa_nominal ≤ 0 ou se npera < 1, EFETIVA retornará o valor de erro #NÚM!.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Exemplo:
PGTO
Descrição
Retorna o pagamento periódico de uma anuidade de acordo com pagamentos constantes e
com uma taxa de juros constante.
Sintaxe
=PGTO(taxa; nper; vp; [fv]; [tipo])
A sintaxe da função PGTO tem os seguintes argumentos:
Taxa – Obrigatório. A taxa de juros para o empréstimo.
Nper – Obrigatório. O número total de pagamentos pelo empréstimo.
Vp – Obrigatório. O valor presente, ou a quantia total agora equivalente a uma série de
pagamentos futuros; também conhecido como principal.
Vf – Opcional. O valor futuro, ou o saldo, que você deseja obter após o último pagamento. Se vf
for omitido, será considerado 0 (zero), ou seja, o valor futuro de um empréstimo é 0.
Tipo – Opcional. O número 0 (zero) ou 1, e indica o vencimento dos pagamentos. Definir tipo
para Se os vencimentos forem
Comentários:
•• O pagamento retornado por PGTO inclui o principal e os juros e não inclui taxas, pagamentos
de reserva ou tarifas, às vezes associados a empréstimos.
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•• Certifique-se de que esteja sendo consistente quanto às unidades usadas para especificar
taxa e nper. Se fizer pagamentos mensais por um empréstimo de quatro anos com juros de
12% ao ano, utilize 12%/12 para taxa e 4*12 para nper. Se fizer pagamentos anuais para o
mesmo empréstimo, use 12% para taxa e 4 para nper.
Dica: Para encontrar o total pago no período da anuidade, multiplique o valor PGTO retornado
por nper.
Exemplos:
Você pode utilizar PGTO para determinar pagamentos para anuidades em vez de empréstimos.
Descrição
Retorna a taxa interna de retorno de uma sequência de fluxos de caixa representada pelos
números em valores. Estes fluxos de caixa não precisam ser iguais como no caso de uma
anuidade. Entretanto, os fluxos de caixa devem ser feitos em intervalos regulares, como
mensalmente ou anualmente. A taxa interna de retorno é a taxa de juros recebida para um
investimento que consiste em pagamentos (valores negativos) e receitas (valores positivos) que
ocorrem em períodos regulares.
Sintaxe
=TIR (valores; [suposição])
A sintaxe da função TIR tem os seguintes argumentos:
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Valores: Uma matriz ou uma referência a células que contêm números cuja taxa interna de
retorno se deseja calcular.
•• Valores deve conter pelo menos um valor positivo e um negativo para calcular a taxa
interna de retorno.
•• TIR usa a ordem de valores para interpretar a ordem de fluxos de caixa. Certifique-se de
inserir os valores de pagamentos e rendas na sequência desejada.
•• Se uma matriz ou argumento de referência contiver texto, valores lógicos ou células em
branco, estes valores serão ignorados.
Estimativa. Um número que se estima ser próximo do resultado de TIR.
•• O Microsoft Excel usa uma técnica iterativa para calcular TIR. Começando por estimativa,
TIR refaz o cálculo até o resultado ter uma precisão de 0,00001 por cento. Se TIR não puder
localizar um resultado que funcione depois de 20 tentativas, o valor de erro #NÚM! será
retornado.
•• Na maioria dos casos, não é necessário fornecer estimativa para o cálculo de TIR. Se
estimativa for omitida, será considerada 0,1 (10 por cento).
•• Se TIR fornecer o valor de erro #NÚM!, ou se o resultado não for próximo do esperado,
tente novamente com um valor diferente para estimativa.
Exemplo:
Descrição
Calcula o valor líquido atual de um investimento utilizando a taxa de desconto e uma série de
futuros pagamentos (valores negativos) e receita (valores positivos).
Sintaxe
=VPL(taxa;valor1;[valor2];...)
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A sintaxe da função VPL tem os seguintes argumentos:
Taxa – Obrigatório. A taxa de desconto sobre o intervalo de um período.
Valor1; valor2; ... Valor1 é necessário, valores subsequentes são opcionais. Argumentos de 1 a
254 que representam os pagamentos e a receita.
•• Valor1; valor2;...devem ter o mesmo intervalo de tempo entre eles e ocorrer ao final de
cada período.
•• VPL utiliza a ordem de valor1; valor2;... para interpretar a ordem de fluxos de caixa.
Certifique-se de fornecer os valores de pagamentos e receita na sequência correta.
•• Argumentos que são células vazias, valores lógicos ou representações de números em
forma de texto, valores de erro ou texto que não podem ser traduzidos em números são
ignorados.
•• Se um argumento for uma matriz ou referência, somente os números dessa matriz ou
referência serão contados. Células vazias, valores lógicos, texto ou valores de erro da matriz
ou referência serão ignorados.
Exemplo:
NPER
Retorna o número de períodos para investimento de acordo com pagamentos constantes e
periódicos e uma taxa de juros constante.
Sintaxe
=NPER(taxa;pgto;vp;[vf];[tipo])
A sintaxe da função NPER tem os seguintes argumentos:
Taxa Necessário. A taxa de juros por período.
Pgto Necessário. O pagamento feito em cada período; não pode mudar durante a vigência da
anuidade. Geralmente, pgto contém o capital e os juros, mas nenhuma outra tarifa ou taxas.
Vp Necessário. O valor presente ou atual de uma série de pagamentos futuros.
Vf Opcional. O valor futuro, ou o saldo, que você deseja obter depois do último pagamento. Se
vf for omitido, será considerado 0 (o valor futuro de um empréstimo, por exemplo, é 0).
Tipo Opcional. O número 0 ou 1 e indica as datas de vencimento.
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Exemplo:
Taxa
Retorna a taxa de juros por período de uma anuidade.
Sintaxe
TAXA(nper;pgto;vp;[vf];[tipo];[estimativa])
A sintaxe da função TAXA tem os seguintes argumentos:
Nper Obrigatório. O número total de períodos de pagamento em uma anuidade.
Pgto Obrigatório. O pagamento feito em cada período e não pode mudar durante a vigência
da anuidade. Geralmente, pgto inclui o principal e os juros e nenhuma outra taxa ou tributo. Se
pgto for omitido, você deverá incluir o argumento vf.
Vp Obrigatório. O valor presente — o valor total correspondente ao valor atual de uma série de
pagamentos futuros.
Vf Opcional. O valor futuro, ou o saldo, que você deseja obter depois do último pagamento. Se
vf for omitido, será considerado 0 (o valor futuro de um empréstimo, por exemplo, é 0).
Tipo Opcional. O número 0 ou 1 e indica as datas de vencimento.
Estimativa Opcional. A sua estimativa para a taxa.
Se você omitir estimativa, este argumento será considerado 10%.
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Exemplo:
Uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa
a planilha onde procurar pelos valores ou dados a serem usados em uma fórmula. Com
referências, você pode usar dados contidos em partes diferentes de uma planilha em uma
fórmula ou usar o valor de uma célula em várias fórmulas. Você também pode se referir a células
de outras planilhas na mesma pasta de trabalho e a outras pastas de trabalho. Referências de
células em outras pastas de trabalho são chamadas de vínculos ou referências externas.
O estilo de referência A1
O estilo de referência padrão Por padrão, o Calc usa o estilo de referência A1, que se refere
a colunas com letras (A até AMJ, para um total de 1.024 colunas) e se refere a linhas com
números (1 até 1.048.576). Essas letras e números são chamados de títulos de linha e coluna.
Para referir-se a uma célula, insira a letra da coluna seguida do número da linha. Por exemplo,
B2 se refere à célula na interseção da coluna B com a linha 2.
842 www.acasadoconcurseiro.com.br
Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Fazendo referência a uma outra planilha No exemplo a seguir, a função de planilha MÉDIA calcula
o valor médio do intervalo B1:B10 na planilha denominada Marketing na mesma pasta de trabalho.
Referências absolutas Uma referência absoluta de célula em uma fórmula, como $A$1, sempre
se refere a uma célula em um local específico. Se a posição da célula que contém a fórmula se
alterar, a referência absoluta permanecerá a mesma. Se você copiar ou preencher a fórmula ao
longo de linhas ou colunas, a referência absoluta não se ajustará. Por padrão, novas fórmulas
usam referências relativas, e talvez você precise trocá-las por referências absolutas. Por
exemplo, se você copiar ou preencher uma referência absoluta da célula B2 para a célula B3,
ela permanecerá a mesma em ambas as células =$A$1.
Referências mistas Uma referência mista tem uma coluna absoluta e uma linha relativa, ou
uma linha absoluta e uma coluna relativa. Uma referência de coluna absoluta tem o formato
$A1, $B1 e assim por diante. Uma referência de linha absoluta tem o formato A$1, B$1 e assim
por diante. Se a posição da célula que contém a fórmula se alterar, a referência relativa será
alterada e a referência absoluta não se alterará. Se você copiar ou preencher a fórmula ao longo
de linhas ou colunas, a referência relativa se ajustará automaticamente e a referência absoluta
não se ajustará. Por exemplo, se você copiar ou preencher uma referência mista da célula A2
para B3, ela se ajustará de =A$1 para =B$1.
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Fórmula copiada com referência mista
Funções aninhadas
Em determinados casos, talvez você precise usar uma função como um dos argumentos de
outra função. Por exemplo, a fórmula a seguir usa uma função aninhada MÉDIA e compara o
resultado com o valor 50.
844 www.acasadoconcurseiro.com.br
Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Limites no nível de aninhamento Uma fórmula pode conter até sete níveis de funções
aninhadas. Quando a Função B for usada como argumento na Função A, a Função B será
de segundo nível. Por exemplo, as funções MÉDIA e SOMA são de segundo nível, pois são
argumentos da função SE. Uma função aninhada na função MÉDIA seria de terceiro nível, e
assim por diante.
GRÁFICOS
O Microsoft Excel não fornece mais o assistente de gráfico. Como alternativa, crie um gráfico
básico clicando no tipo desejado na guia Inserir do grupo Gráficos. Para criar um gráfico que
exiba os detalhes desejados, continue nas próximas etapas do seguinte processo passo a passo.
Gráficos são usados para exibir séries de dados numéricos em formato gráfico, com o objetivo
de facilitar a compreensão de grandes quantidades de dados e do relacionamento entre
diferentes séries de dados.
Para criar um gráfico no Excel, comece inserindo os dados numéricos desse gráfico em uma
planilha. Em seguida, faça a plotagem desses dados em um gráfico selecionando o tipo de
gráfico que deseja utilizar na guia Inserir, no grupo Gráficos.
1. Dados da planilha
2. Gráfico criado a partir de dados da planilha
O Excel oferece suporte para vários tipos de gráficos com a finalidade de ajudá-lo a exibir dados
de maneiras que sejam significativas para o seu público-alvo. Ao criar um gráfico ou modificar
um gráfico existente, você pode escolher entre uma grande variedade de tipos de gráficos
(como gráfico de colunas ou de pizza) e seus subtipos (como gráfico de colunas empilhadas ou
gráfico de pizza em 3D). Também pode criar um gráfico de combinação usando mais de um tipo
de gráfico.
www.acasadoconcurseiro.com.br 845
Conhecendo os elementos de um gráfico
Um gráfico possui vários elementos. Alguns deles são exibidos por padrão, enquanto outros
podem ser adicionados conforme necessário. É possível alterar a exibição dos elementos do
gráfico movendo-os para outros locais no gráfico, redimensionando-os ou alterando seu
formato. Também é possível remover os elementos que você não deseja exibir.
1. A área do gráfico.
2. A área de plotagem do gráfico.
3. Os pontos de dados da série de dados
que são plotados no gráfico.
4. O eixo horizontal (categoria) e o eixo
vertical (valor) ao longo dos quais os
dados são plotados no gráfico.
5. A legenda do gráfico.
6. Um título de gráfico e eixo que você pode
utilizar no gráfico.
7. Um rótulo de dados que você pode usar para identificar os detalhes de um ponto de dados
em uma série de dados.
Depois de criar um gráfico, você pode modificar qualquer um de seus elementos. Por exemplo,
pode alterar a forma como os eixos são exibidos, adicionar um título ao gráfico, mover ou
ocultar a legenda ou exibir elementos adicionais do gráfico.
Na maioria dos gráficos, como os de colunas e barras, você pode plotar neles os dados
organizados em linhas ou colunas de uma planilha. Entretanto, alguns tipos de dados (como os
de pizza e de bolhas) exigem uma organização específica dos dados.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
2. Selecione as células que contêm os dados que você deseja usar no gráfico.
4. Por padrão, o gráfico é colocado na planilha como um Gráfico Inserido. Para colocá-lo em
planilha de gráfico separada, altere a sua localização fazendo o seguinte:
3. Em Escolha o local onde o gráfico deve ser posicionado, execute um dos seguintes
procedimentos:
•• Para exibir o gráfico na planilha de gráfico, clique em Nova planilha.
•• Para exibir o gráfico como um gráfico incorporado em uma planilha, clique em
Objeto em e, em seguida, clique em uma planilha na caixa Objeto em.
1. Clique no gráfico.
4. Pressione ENTER.
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Observação: Para criar rapidamente um gráfico que se baseie no tipo de gráfico
padrão, selecione a data que você deseja usar para o gráfico e pressione ALT+F1 ou
F11. Quando você pressiona ALT+F1, o gráfico é exibido como um gráfico incorporado;
quando você pressiona F11, o gráfico é exibido em uma planilha de gráfico separada.
2. Na guia Design, no grupo Layouts de Gráfico, clique no layout de gráfico que deseja usar.
1. Clique em qualquer local do gráfico que você deseja formatar usando um estilo de gráfico
predefinido.
2. Na guia Design, no grupo Estilos de Gráfico, clique no estilo de gráfico a ser usado.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
2. Na guia Layout, no grupo Rótulos, Eixos ou Plano de Fundo, clique no botão do elemento
de gráfico que corresponde ao elemento do gráfico que você selecionou e clique na opção
de layout desejada.
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2. Na guia Formato, siga um ou mais destes procedimentos:
•• Para formatar qualquer elemento do gráfico selecionado, no grupo Seleção Atual,
clique em Seleção de Formato e, em seguida, selecione as opções de formato que
deseja.
•• Para formatar a forma de um elemento do gráfico selecionado, no grupo Estilos de
Forma, clique no estilo que deseja ou clique em Preenchimento de Forma, Contorno
da Forma ou Efeitos de Forma e, em seguida, selecione as opções de formato que
deseja.
•• Para formatar o texto de um elemento do gráfico selecionado utilizando o WordArt,
no grupo Estilos de WordArt, clique em um estilo. Também é possível clicar em
Preenchimento do Texto, Contorno do Texto ou Efeitos de Texto e selecionar as opções
de formato que desejar.
3. Dica Para utilizar a formatação de texto normal com o objetivo formatar o texto nos
elementos do gráfico, clique com o botão direito ou selecione o texto e clique nas opções
de formatação desejadas na Minibarra de ferramentas. Também é possível usar os botões
de formatação da faixa de opções (guia Página Inicial, grupo Fonte).
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
1. Clique em qualquer lugar do gráfico em que você deseja adicionar títulos de eixo.
2. Na guia Layout, no grupo Rótulos, clique em Títulos dos Eixos.
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3. Siga um destes procedimentos:
•• Para ocultar a legenda, clique em Nenhum.
•• Para exibir uma legenda, clique na opção de exibição desejada.
•• Para ver opções adicionais, clique em Mais Opções de Legenda e selecione a opção de
exibição desejada.
MOVER UM GRÁFICO
Para mover um gráfico, arraste-o até o local desejado.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
REDIMENSIONAR UM GRÁFICO
Para redimensionar um gráfico, siga um destes procedimentos:
•• Clique no gráfico e arraste as alças de dimensionamento até o tamanho desejado.
•• Na guia Formato, no grupo Tamanho, digite o tamanho nas caixas Altura da Forma e
Largura da Forma.
Dica: Para ver mais opções de dimensionamento, na guia Formato, no grupo Tamanho, clique
em para iniciar a caixa de diálogo Formatar Área do Gráfico. Na guia Tamanho, é possível
selecionar opções para dimensionar, girar ou ajustar a escala do gráfico. Na guia Propriedades,
é possível especificar como você deseja mover ou dimensionar esse gráfico com as células na
planilha.
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CLASSIFICAR DADOS
A classificação de dados é uma parte importante da análise de dados. Talvez você queira
colocar uma lista de nomes em ordem alfabética, compilar uma lista de níveis de inventário de
produtos do mais alto para o mais baixo ou organizar linhas por cores ou ícones. A classificação
de dados ajuda a visualizar e a compreender os dados de modo mais rápido e melhor, organizar
e localizar dados desejados e por fim tomar decisões mais efetivas.
Classificar texto
1. Selecione uma coluna de dados alfanuméricos em um intervalo de células ou certifique-se
de que a célula ativa está em uma coluna da tabela que contenha dados alfanuméricos
Classificar números
1. Selecione uma coluna de dados numéricos em um intervalo de células ou certifique-se de
que a célula ativa está em uma coluna da tabela que contenha dados numéricos.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Aviso: Cuidado ao usar esse recurso. A classificação por uma coluna em um intervalo pode
gerar resultados indesejados, como movimentação de células naquela coluna para fora de
outras células na mesma linha.
Valor Comentário
Números Os números são classificados do menor número negativo ao maior número positivo.
Datas As datas são classificadas da mais antiga para a mais recente.
Texto O texto alfanumérico é classifico da esquerda para a direita, caractere por caractere.
Por exemplo, se uma célula contiver o texto "A100", o Excel a colocará depois de uma
célula que contenha a entrada "A1" e antes de uma célula que contenha a entrada
"A11".
Os textos e os textos que incluem números, classificados como texto, são classificados
na seguinte ordem:
•• 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 (espaço) ! " # $ % & ( ) * , . / : ; ? @ [ \ ] ^ _ ` { | } ~ + < = >
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
•• Apóstrofos (') e hífens (-) são ignorados, com uma exceção: se duas
seqüências de caracteres de texto forem iguais exceto pelo hífen, o texto
com hífen será classificado por último.
Observação: Se você alterou a ordem de classificação padrão para que ela fizesse
distinção entre letras maiúscula e minúsculas na caixa de diálogo Opções de
Classificação, a ordem para os caracteres alfanuméricos é a seguinte: a A b B c C d D e
EfFgGhHiIjJkKlLmMnNoOpPqQrRsStTuUvVwWxXyYzZ
Lógica Em valores lógicos, FALSO é colocado antes de VERDADEIRO.
Erro Todos os valores de erro, como #NUM! e #REF!, são iguais.
Células em Na classificação crescente ou decrescente, as células em branco são sempre exibidas
branco por último.
Observação: Uma célula em branco é uma célula vazia e é diferente de uma célula
com um ou mais caracteres de espaço.
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CLASSIFICAÇÃO PERSONALIZADA
Você pode usar uma lista personalizada para classificar em uma ordem definida pelo usuário.
CONFIGURAR PÁGINA
Área de Impressão
Se você imprime frequentemente uma seleção específica da planilha, defina uma área de
impressão que inclua apenas essa seleção. Uma área de impressão corresponde a um ou mais
intervalos de células que você seleciona para imprimir quando não deseja imprimir a planilha
inteira. Quando a planilha for impressa após a definição de uma área de impressão, somente
essa área será impressa. Você pode adicionar células para expandir a área de impressão quando
necessário e limpar a área de impressão para imprimir toda a planilha.
Uma planilha pode ter várias áreas de impressão. Cada área de impressão será impressa como
uma página separada.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
1. Na planilha, selecione as células que você deseja definir como área de impressão. É possível
criar várias áreas de impressão mantendo a tecla CTRL pressionada e clicando nas áreas
que você deseja imprimir.
Observação: Se as células que você deseja adicionar não forem adjacentes à área
de impressão existente, uma área de impressão adicional será criada. Cada área de
impressão em uma planilha é impressa como uma página separada. Somente as
células adjacentes podem ser adicionadas a uma área de impressão existente.
Observação: Se a sua planilha contiver várias áreas de impressão, limpar uma área de
impressão removerá todas as áreas de impressão na planilha.
1. Clique em qualquer lugar da planilha na qual você deseja limpar a área de impressão.
2. Na guia Layout da Página, no grupo Configurar Página, clique em Limpar Área de Impressão.
Quebras de Página
Quebras de página são divisores que separam uma planilha (planilha: o principal documento
usado no Excel para armazenar e trabalhar com dados, também chamado planilha eletrônica.
Uma planilha consiste em células organizadas em colunas e linhas; ela é sempre armazenada
em uma pasta de trabalho.) em páginas separadas para impressão. O Microsoft Excel insere
quebras de página automáticas com base no tamanho do papel, nas configurações de margem,
nas opções de escala e nas posições de qualquer quebra de página manual inserida por você.
Para imprimir uma planilha com o número exato de páginas desejado, ajuste as quebras de
página na planilha antes de imprimi-la.
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Embora você possa trabalhar com quebras de página no modo de exibição Normal, é
recomendável usar o modo de exibição Visualizar Quebra de Página para ajustá-las de forma
que você possa ver como outras alterações feitas por você (como alterações na orientação
de página e na formatação) afetam as quebras de página automáticas. Por exemplo, você
pode ver como uma alteração feita por você na altura da linha e na largura da coluna afeta o
posicionamento das quebras de página automáticas.
Para substituir as quebras de página automáticas que o Excel insere, é possível inserir suas
próprias quebras de página manuais, mover as quebras de página manuais existentes ou
excluir quaisquer quebras de página inseridas manualmente. Também é possível removê-las de
maneira rápida. Depois de concluir o trabalho com as quebras de página, você pode retornar ao
modo de exibição Normal.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Imprimir Títulos
Se uma planilha ocupar mais de uma página, você poderá imprimir títulos ou rótulos de linha e
coluna (também denominados títulos de impressão) em cada página para ajudar a garantir que
os dados serão rotulados corretamente.
Dica Também é possível clicar no botão Recolher Caixa de Diálogo na extremidade direita
das caixas Linhas a repetir na parte superior e Colunas a repetir à esquerda e selecionar as
linhas ou colunas de título que deseja repetir na planilha. Depois de concluir a seleção das
linhas ou colunas de título, clique no botão Recolher Caixa de Diálogo novamente para
voltar à caixa de diálogo.
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Observação: Se você tiver mais de uma planilha selecionada, as caixas Linhas a repetir
na parte superior e Colunas a repetir à esquerda não estarão disponíveis na caixa
de diálogo Configurar Página. Para cancelar uma seleção de várias planilhas, clique
em qualquer planilha não selecionada. Se nenhuma planilha não selecionada estiver
visível, clique com o botão direito do mouse na guia da planilha selecionada e clique
em Desagrupar Planilhas no menu de atalho.
IMPRESSÃO
É possível imprimir planilhas e pastas de trabalho inteiras ou parciais, uma ou várias por vez. Se
os dados que você deseja imprimir estiverem em uma tabela do Microsoft Excel, você poderá
imprimir apenas a tabela do Excel.
Imprimir uma planilha ou pasta de trabalho inteira ou parcial
3. Em Configurações, selecione uma opção para imprimir a seleção, a(s) planilha(s) ativa(s) ou
a pasta de trabalho inteira.
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Excel – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Uma única planilha Caso a guia desejada não esteja exibida, clique nos botões de rolagem de
guias para exibi-la e clique na guia.
2. Mantenha a tecla CTRL pressionada e clique no nome de cada pasta de trabalho que você
deseja imprimir.
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Informática
O espaço de trabalho, ou modo de exibição Normal, foi desenvolvido para ajudá-lo a encontrar
e usar facilmente os recursos do Microsoft PowerPoint 2010. Quando você inicia o PowerPoint,
ele é aberto no modo de exibição chamado Normal, onde você cria e trabalha em slides.
Uma imagem do PowerPoint 2010 no modo Normal que possui vários elementos rotulados.
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Guias do PowerPoint 2010
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PowerPoint: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
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Modo de Exibição de Classificação de Slides
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PowerPoint: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
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1. No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia
Slides e clique abaixo do único slide exibido automaticamente ao abrir o PowerPoint.
O novo slide agora aparece na guia Slides, onde está realçado como o slide atual, e também
como o grande slide à direita no painel Slide. Repita esse procedimento para cada novo slide
que você deseja adicionar.
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PowerPoint: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Quatro temas aplicados ao mesmo elemento gráfico SmartArt. Em sentido horário, a partir do
canto superior esquerdo: Metrô, o tema padrão do Office, Ápice e Viagem.
Aplicar um novo tema altera os detalhes principais do seu documento. Os efeitos do WordArt
são aplicados a títulos no PowerPoint. As tabelas, os gráficos, os elementos gráficos SmartArt, as
formas e os outros objetos são atualizados para se complementar. Além disso, no PowerPoint,
até mesmo os layouts e planos de fundo dos slides podem ser alterados radicalmente de um
tema para outro. Se você gostar da aparência de um tema quando aplicá-lo à apresentação,
terá acabado a reformatação com apenas um clique do mouse. Se você quiser personalizar a
apresentação ainda mais, poderá alterar as cores do tema, as fontes do tema ou os efeitos do
tema.
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As cores do tema lidam muito bem com planos de fundo iluminados e escuros. Há regras de
visibilidade internas no tema para que você possa alternar as cores a qualquer momento e todo
o seu conteúdo permanecerá legível e ainda parecerá bom.
Quando você clica em Cores no grupo Temas, as cores exibidas ao lado do nome do tema
representam as cores de ênfase e de hiperlink desse tema. Se você alterar qualquer uma dessas
cores para criar seu próprio conjunto de cores do tema, as cores mostradas no botão Cores e ao
lado do nome do Tema serão devidamente atualizados.
Cada tema tem uma matriz de efeitos diferente para uma aparência diferente. Por exemplo, um
tema pode ter uma aparência metálica e outro pode parecer vidro pontilhado.
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PowerPoint: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
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1. O folheto de três slides por página inclui linhas que a audiência pode usar para fazer
anotações.
Criar Anotações
Use o painel de anotações na exibição Normal para gravar anotações sobre os slides. Para ir
para o modo de exibição Normal, na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição de Apresentação,
clique em Normal.
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PowerPoint: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Um slide mestre é o slide principal em uma hierarquia de slides que armazena informações
sobre o tema e os layouts dos slides de uma apresentação, incluindo o plano de fundo, a cor, as
fontes, os efeitos, os tamanhos dos espaços reservados e o posicionamento.
Cada apresentação contém, pelo menos, um slide mestre. O principal benefício de modificar
e usar slides mestres é que você pode fazer alterações de estilo universal em todos os slides
de sua apresentação, inclusive naqueles adicionados posteriormente a ela. Ao usar um slide
mestre, você poupa tempo, pois não precisa digitar as mesmas informações em mais de um
slide. O slide mestre é prático principalmente quando você tem apresentações longas demais
com muitos slides.
Como os slides mestres afetam a aparência de toda a apresentação, ao criar e editar um slide
mestre ou os layouts correspondentes, você trabalha no modo de exibição Slide Mestre.
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Slide mestre com três layouts diferentes
Para que sua apresentação contenha dois ou mais estilos ou temas diferentes (como planos
de fundo, esquemas de cores, fontes e efeitos), você precisa inserir um slide mestre para cada
tema diferente. É bem provável que cada slide mestre tenha um tema diferente aplicado a ele.
Ao acessar o modo de exibição Slide Mestre, você verá que existem vários layouts padrão
associados a qualquer slide mestre específico. Provavelmente, você não usará todos os layouts
fornecidos. Você escolherá entre os layouts disponíveis, aqueles que funcionam melhor para a
exibição de suas informações.
Você pode criar uma apresentação que contenha um ou mais slides mestres e salvá-la como
um arquivo de Modelo do PowerPoint (.potx ou .pot) e usá-la para criar outras apresentações.
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PowerPoint: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Este diagrama mostra todos os elementos de layout que você pode incluir em um slide do
PowerPoint.
O PowerPoint inclui nove layouts de slide incorporados ou você pode criar layouts personalizados
que atendam suas necessidades específicas, e você pode compartilhá-los com outras pessoas
que criam apresentações usando o PowerPoint. O gráfico a seguir mostra os layouts de slides
que estão incorporados no PowerPoint.
No gráfico acima, cada layout mostra o posicionamento de vários espaços reservados em que
você adicionará texto ou gráficos.
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•• Efeitos de Saída. Esses efeitos incluem fazer um objeto se separar do slide, desaparecer da
exibição ou espiralar para fora do slide.
•• Efeitos de Ênfase. Os exemplos desses efeitos são fazer um objeto reduzir ou aumentar de
tamanho, mudar de cor ou girar em seu centro.
•• Trajetórias de Animação. Você pode usar esses efeitos para mover um objeto para cima ou
para baixo, para a esquerda ou direita ou em um padrão circular ou estelar (entre outros
efeitos).
Você pode usar qualquer animação sozinha ou combinar vários efeitos juntos. Por exemplo,
você pode fazer uma linha de texto surgir da esquerda e aumentar de tamanho ao mesmo
tempo, aplicando um efeito de entrada Surgir e um efeito de ênfase Ampliar/Reduzir a ela.
Para aprender a adicionar vários efeitos a um único objeto, consulte Aplicar vários efeitos de
animação a um único objeto.
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PowerPoint: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Observações:
•• Os efeitos aparecem no painel de tarefas Animação na ordem em que foram adicionados.
•• Você também pode exibir os ícones que indicam o tempo de início dos efeitos de animação
em relação a outros eventos no slide. Para exibir o tempo de início de todas as animações,
clique no ícone de menu ao lado de um efeito de animação e selecione Ocultar Linha do
Tempo Avançada.
•• Existem vários tipos de ícones que indicam o tempo de início dos efeitos de animação. As
opções são:
•• Iniciar ao Clicar (ícone do mouse, mostrado aqui): a animação começa quando você
clica no mouse.
•• Iniciar com o Anterior (sem ícone): a execução do efeito de animação começa ao
mesmo tempo que o efeito anterior na lista. Esta configuração combina vários efeitos
simultaneamente.
•• Iniciar Após o Anterior (ícone de relógio): o efeito de animação começa imediatamente
após o término da execução do efeito anterior na lista.
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Testar o efeito de animação
Depois que você adicionar um ou mais efeitos de animação, para validar se eles funcionam,
faça o seguinte:
•• Na guia Animações, no grupo Visualizar, clique em Visualizar.
Selecione uma transição no grupo Transição para este Slide. No exemplo, foi selecionada uma
transição Esmaecer.
Para ver mais efeitos de transição, clique no botão Mais .
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PowerPoint: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Para especificar o intervalo antes do avanço do slide atual para o próximo, use um destes
procedimentos:
•• Para avançar o slide clicando com o mouse, na guia Transições, no grupo Intervalo,
marque a caixa de seleção Ao Clicar com o Mouse.
•• Para avançar o slide após um tempo especificado, na guia Transições, no grupo
Intervalo, na caixa Após, digite o número de segundos desejado.
1. No painel que contém as guias Estrutura de Tópicos e Slides, clique na guia Slides.
2. Selecione a miniatura do slide ao qual você deseja adicionar um som.
3. Na guia Transições, no grupo Intervalo, clique na seta ao lado de Som e siga um destes
procedimentos:
•• Para adicionar um som a partir da lista, selecione o som desejado.
•• Para adicionar um som não encontrado na lista, selecione Outro Som, localize o arquivo
de som que você deseja adicionar e, em seguida, clique em OK.
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No Microsoft PowerPoint 2010, é possível usar o novo recurso
Seções para organizar seus slides, muito semelhante à maneira
como você usa pastas para organizar os seus arquivos. Você pode
usar seções nomeadas para controlar grupos de slides e pode
atribuir seções a colegas para esclarecer a propriedade durante a
colaboração. Se estiver começando do zero, as seções poderão até
ser usadas para destacar os tópicos em sua apresentação.
Enquanto você pode exibir seções no modo Classificador de Slides
ou no modo Normal, o modo Classificador de Slides tende a ser
mais útil quando você desejar organizar e classificar seus slides em
categorias lógicas definidas por você.
E, a seguir, está um exemplo de como você pode exibir seções no modo Classificador de Slides:
1. No modo Normal ou no modo Classificador de Slides, clique com o botão direito entre os
dois slides onde você deseja adicionar uma seção.
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PowerPoint: Versão 2007 e 2010 – Informática – Prof. Márcio Hunecke
Neste exemplo, no modo Normal, clique com o botão direito entre os dois slides e, em seguida,
clique em Adicionar Seção.
2. Para renomear a seção para algo mais significativo, clique com o botão direito no marcador
Seção Sem Título e clique em Renomear Seção, conforme mostrado abaixo.
Formatação
Fonte
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Parágrafo
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Informática
Alguns Conceitos
•• ENDEREÇO IP – Cada host, ou seja, cada computador ou equipamento que faz parte de
uma rede deve ter um endereço pelo qual é identificado nela. Em uma rede TCP/IP, todos
os hosts têm um endereço IP.
O endereço IP poderá ser fixo ou dinâmico.
•• IP FIXO – Será um IP Fixo quando o administrador da rede atribui um número ao
equipamento.
Esse número permanecerá registrado no equipamento mesmo quando ele estiver
desligado.
•• IP DINÂMICO – Este IP não será atribuído pelo administrador da rede e sim por meio de um
software chamado DHCP (Dinamic Host Configuration Protocol) que tem como função a
atribuição de IP a cada equipamento que se conectar à rede.
•• Neste tipo de IP, quando o equipamento for desconectado da rede, perderá o seu
número e só obterá um novo ou o mesmo número quando se conectar novamente. É o
tipo de IP utilizado pelos provedores quando um usuário se conecta a Internet.
Observação:
O endereço IP de cada host na mesma rede deverá ser exclusivo; pois, caso contrário,
gerará um conflito de rede.
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•• LOGIN – A cada usuário será atribuída pelo administrador da rede uma identificação
também chamada de LOGIN (nome de usuário). O login deverá ser exclusivo; pois, caso
contrário, gerará um conflito de rede.
•• LOGON – É o processo de se conectar a uma rede. Iniciar uma sessão de trabalho em uma
rede.
•• LOGOFF OU LOGOUT – É o processo de se desconectar de uma rede. Encerrar uma sessão
de trabalho em uma rede.
Internet
Internet é uma rede mundial de computadores. Interliga desde computadores de bolso até
computadores de grande porte.
Browser ou Navegador: é um programa que permite a fácil navegação na Internet para acessar
todos os serviços. O programa permite o acesso e a navegação por interfaces gráficas (ícones),
traduzindo-as em comando de forma transparente para o usuário.
Os navegadores mais comuns são: Internet Explorer; Mozilla Firefox; Google Chrome; Safari;
Netscape; Opera.
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Internet/Intranet – Informática – Prof. Márcio Hunecke
nos deslocar dentro de uma área de abrangência da rede, sem a necessidade de ficarmos
em um lugar fixo. 4G é a sigla para a Quarta Geração de telefonia móvel. A 4G está baseada
totalmente em IP, sendo um sistema e uma rede, alcançando a convergência entre as redes
de cabo e sem fio e computadores, dispositivos eletrônicos e tecnologias da informação
para prover velocidades de acesso entre 100 Mbit/s em movimento e 1 Gbit/s em repouso,
mantendo uma qualidade de serviço (QoS) de ponta a ponta (ponto-a-ponto) de alta
segurança para permitir oferecer serviços de qualquer tipo, a qualquer momento e em
qualquer lugar.
•• FTTH: (Fiber To The Home), é uma tecnologia de interligação de residências através de fibra
ópticas para o fornecimento de serviços de TV digital, Radio Digital, acesso à Internet e
telefonia. A fibra óptica é levada até as residências, em substituição aos cabos de cobre ou
cabos coaxiais (utilizados em televisão a cabo). As residências são conectadas a um ponto
de presença da operadora de serviços de telecomunicações. Em 2013 algumas operadoras
passaram a oferecer velocidade de 150 Mbps a custos bem acessíveis.
DNS
DNS, abreviatura de Domain Name System (Sistema de Nomes de Domínio), é um sistema de
gerenciamento de nomes de domínios, que traduz o endereço nominal digitado no navegador
para o endereço numérico (IP) do site. O nome de domínio foi criado com o objetivo de facilitar
a memorização dos endereços de computadores na Internet. Sem ele, teríamos que memorizar
uma sequência grande de números.
O registro de domínios no Brasil é feito pela entidade Registro.br (Registro de Domínios para a
Internet no Brasil).Quando o site é registrado no Brasil utiliza-se a sigla BR. Quando não tem o
código do país significa que o site foi registrado nos EUA.
Alguns tipos de domínio:
•• .com – instituição comercial.
•• .gov – instituição governamental.
•• .net – empresas de telecomunicação.
•• .edu – instituições educacionais
•• .org – organizações não governamentais.
•• .jus – relacionado com o Poder Judiciário.
•• Outros exemplos de domínios: adv; inf; med; nom.
Domínio é uma parte da rede ou da internet que é de responsabilidade de alguém e dá o direito
e a responsabilidade para de usar alguns serviços na internet.
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•• E-MAIL – é um serviço que permite compor, enviar e receber mensagens através de
sistemas eletrônicos de comunicação.
•• FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de arquivos) – serviço para troca
de arquivos e pastas. Permite copiar um arquivo de uma máquina para outra.
•• CHAT – é um serviço de comunicação interativa em tempo real, por meio do qual dois ou
mais usuários “conversam” na rede.
Protocolos
Na ciência da computação, um protocolo é uma convenção ou padrão que controla e possibilita
uma conexão, comunicação ou transferência de dados entre dois sistemas computacionais. De
maneira simples, um protocolo pode ser definido como “as regras que governam” a sintaxe,
semântica e sincronização da comunicação. Os protocolos podem ser implementados pelo
hardware, software ou por uma combinação dos dois.
•• HTTP (Hypertext Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Hipertextos) – permite
a transferência de documentos da Web, de servidores para seu computador.
•• HTTPS – é uma combinação do protocolo HTTP sobre uma camada de segurança,
normalmente SSL (Secure Sockets Layer). Essa camada adicional faz com que os dados sejam
transmitidos através de uma conexão criptografada, porém para que o site seja considerado
seguro, deve ter também um certificado digital válido, que garante a autenticidade e é
representado por um pequeno cadeado no Navegador.
•• HTML – É uma linguagem de programação para produzir sites.
•• URL – é um caminho único e completo até um recurso na rede ou na internet. O endereço
de e-mail também é considerado uma URL.
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Raciocínio Lógico
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Raciocínio Lógico
PROPOSIÇÃO SIMPLES
Exemplos:
1) Ed é feliz.
2) João estuda.
3) Zambeli é desdentado
1) Vai estudar?
Sentença: Nem sempre permite julgar se é verdadeiro ou falso. Pode não ter valor lógico.
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Sentenças Abertas: São sentenças nas quais não podemos determinar o sujeito. Uma forma
simples de identificá-las é o fato de que não podem ser nem Verdadeiras nem Falsas. Essas
sentenças também não são proposições
Aquele cantor é famoso.
A + B + C = 60.
Ela viajou.
QUESTÃO COMENTADA
(Cespe: Banco do Brasil – 2007) Na lista de frases apresentadas a seguir, há exatamente três
proposições.
I – “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
II – A expressão X + Y é positiva.
III – O valor de
IV – Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
V – O que é isto?
Solução:
Item I: Não é possível atribuir um único valor lógico para esta sentença, já que se considerar
que é verdadeiro, teremos uma resposta falsa (mentira) e vice-versa. Logo não é proposição.
Item II: Como se trata de uma sentença aberta, onde não estão definidos os valores de X e Y,
logo também não é proposição.
Item III: Como a expressão matemática não contém variável, logo é uma proposição,
conseguimos atribuir um valor lógico, que neste caso seria falso.
Item IV: Uma simples proposição, já que conseguimos atribuir um único valor lógico.
Item V: Como trata-se de uma interrogativa, logo não é possível atribuir valor lógico, assim não
é proposição.
Conclusão: Errado, pois existem apenas 2 proposições, Item III e IV.
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
Proposição composta é a união de proposições simples por meio de um conector lógico. Este
conector irá ser decisivo para o valor lógico da expressão.
Proposições podem ser ligadas entre si por meio de conectivos lógicos. Conectores que criam
novas sentenças mudando ou não seu valor lógico (Verdadeiro ou Falso).
Uma proposição simples possui apenas dois valores lógicos, verdadeiro ou falso.
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Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu
Cada proposição existe duas possibilidades distintas, falsa ou verdadeira, numa sentença
composta teremos mais de duas possibilidades.
E se caso essa sentença ganhasse outra proposição, totalizando agora 3 proposições em uma
única sentença:
Chove e faz frio e estudo.
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PARA GABARITAR
É possível identificar quantas possibilidades distintas teremos de acordo com o número
de proposição em que a sentença apresentar. Para isso devemos apenas elevar o
numero 2 a quantidade de proposição, conforme o raciocínio abaixo:
Proposições Possibilidades
1 2
2 4
3 8
n
n 2
QUESTÃO COMENTADA
(CESPE: Banco do Brasil – 2007) A proposição simbólica P Ʌ Q V R possui, no máximo,
4 avaliações.
Solução:
Como a sentença possui 3 proposições distintas (P, Q e R), logo a quantidade de
avaliações será dada por:
2proposições = 23= 8
Resposta: Errado, pois teremos um total de 8 avaliações.
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Raciocínio Lógico – Proposição – Prof. Edgar Abreu
Slides – Proposição
Prova: UESPI -‐ 2014 -‐ PC-‐PI -‐ Escrivão de Polícia Civil
Prova: CESPE -‐ 2014 -‐ MEC -‐ Todos os Cargos
( ) Certo ( )Errado
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Prova:
CESPE
-‐
2013
-‐
SEGER-‐ES
-‐
Analista
Execu<vo
Um
provérbio
chinês
diz
que:
P1:
Se
o
seu
problema
não
tem
solução,
então
não
é
preciso
se
preocupar
com
ele,
pois
nada
que
você
fizer
o
resolverá.
P2:
Se
o
seu
problema
tem
solução,
então
não
é
preciso
se
preocupar
com
ele,
pois
ele
logo
se
resolverá.
O
número
de
linhas
da
tabela
verdade
correspondente
à
proposição
P2
do
texto
apresentado
é
igual
a
a)
24.
b)
4.
c)
8.
d)
12.
e)
16.
Prova:
CESPE
-‐
2011
-‐
MEC
-‐
Todos
os
Cargos
Considerando
as
proposições
simples
P,
Q
e
R,
julgue
os
próximos
itens,
acerca
de
tabelas-‐verdade
e
lógica
proposicional.
A
tabela-‐verdade
da
proposição
(¬PVQ)→(R∧Q)V(¬R∧P)
tem
8
linhas.
(
)
Certo
(
)
Errado
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Raciocínio Lógico
NEGAÇÃO SIMPLES
1. Éder é Feio.
Como negamos essa frase?
Para quem, também disse: “Éder é bonito”, errou. Negar uma proposição não significa dizer o
oposto, mas sim escrever todos os casos possíveis diferentes do que está sugerido.
“Éder NÃO é feio.”
A negação de uma proposição é uma nova proposição que é verdadeira se a primeira for falsa e
é falsa se a primeira for verdadeira
PARA GABARITAR
Para negar uma sentença acrescentamos o não, sem mudar a estrutura da frase.
Proposição: Z
Para simbolizar a negação usaremos ~ ou ¬.
Negação: Éder não é feio.
Simbologia: Z.
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Proposição: A
Negação: Aline é louca.
Simbologia: ( A)= A
EXEÇÕES
Cuidado, em casos que só existirem duas possibilidades, se aceita como negação o
"contrário", alternando assim a proposição inicial. Exemplo:
p: João será aprovado no concurso.
~p: João será reprovado no concurso
q: O deputado foi julgado como inocente no esquema "lava-jato".
~q: O deputado foi julgado como culpado no esquema "lava jato".
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Raciocínio Lógico
CONECTIVOS LÓGICOS
Um conectivo lógico (também chamado de operador lógico) é um símbolo ou palavra usado para
conectar duas ou mais sentenças (tanto na linguagem formal quanto na linguagem natural) de
uma maneira gramaticalmente válida, de modo que o sentido da sentença composta produzida
dependa apenas das sentenças originais.
Muitas das proposições que encontramos na prática podem ser consideradas como construídas
a partir de uma, ou mais, proposições mais simples por utilização de uns instrumentos lógicos,
a que se costuma dar o nome de conectivos, de tal modo que o valor de verdade da proposição
inicial fica determinado pelos valores de verdade da ou das, proposições mais simples que
contribuíram para a sua formação.
Os principais conectivos lógicos são:
I – "e" (conjunção).
II – "ou" (disjunção).
III – "se...então" (implicação).
IV – "se e somente se" (equivalência).
CONJUNÇÃO – “E”
Proposições compostas ligadas entre si pelo conectivo “e”.
Simbolicamente, esse conectivo pode ser representado por “ ”.
Exemplo:
Chove e faz frio
Tabela verdade: Tabela verdade é uma forma de analisarmos a frase de acordo com suas
possibilidades, o que aconteceria se cada caso acontecesse.
Exemplo:
Fui aprovado no concurso da PF e Serei aprovado no concurso da PRF
Proposição 1: Fui aprovado no concurso da PF.
Proposição 2: Serei aprovado no concurso da PRF.
Conetivo: e.
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Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p^q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
H2:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.
H3:
p: Não fui aprovado no concurso da PF.
q: Não serei aprovado no concurso da PRF.
H4:
p: Fui aprovado no concurso da PF.
q: Serei aprovado no concurso da PRF.
Tabela Verdade: Aqui vamos analisar o resultado da sentença como um todo, considerando
cada uma das hipóteses acima.
p q P^Q
H1 F V F
H2 V F F
H3 F F F
H4 V V V
Conclusão
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Raciocínio Lógico – Conectivo E (Conjunção) – Prof. Edgar Abreu
p : Trabalhar é saudável
q : O cigarro mata.
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Gabarito: 1. Errado 2. D
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Raciocínio Lógico
DISJUNÇÃO – “OU”
Recebe o nome de disjunção toda a proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ou. Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Estudo para o concurso ou assisto o Big Brother.
Proposição 1: Estudo para o concurso.
Proposição 2: assisto o Big Brother.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “v”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p v q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H2:
p: Não Estudo para o concurso.
q: assisto o Futebol.
H3:
p: Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol...
H4:
p: Não Estudo para o concurso.
q: Não assisto o Futebol.
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Tabela Verdade:
p q PvQ
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
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Raciocínio Lógico
Recebe o nome de disjunção exclusiva toda a proposição composta em que as partes estejam
unidas pelo conectivo ou “primeira proposição” ou “segunda proposição”. Simbolicamente,
representaremos esse conectivo por “v”.
Exemplo:
Ou vou a praia ou estudo para o concurso.
Proposição 1: Vou a Praia.
Proposição 2: estudo para o concurso.
Conetivo: ou.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ V
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p V q
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H2:
p: Não Vou à praia.
q: estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H3:
p: Vou à praia.
q: Não estudo para o concurso do Banco do Brasil.
H4:
p: Não Vou à praia.
q: Não estudo para o concursodo Banco do Brasil.
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Tabela Verdade:
p q PvQ
H1 V V F
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
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Raciocínio Lógico
CONDICIONAL – “SE...ENTÃO...”
Recebe o nome de condicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo Se... então, simbolicamente representaremos esse conectivo por “→”.
Em alguns casos o condicional é apresentado com uma vírgula substituindo a palavra “então”,
ficando a sentença com a seguinte característica: Se proposição 1 , proposição 2.
H1:
p: estudo.
q: sou aprovado.
H2:
p: Não estudo.
q: sou aprovado.
H3:
p: Não estudo.
q: Não sou aprovado.
H4:
p: estudo.
q: Não sou aprovado.
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p q P→Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
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Raciocínio Lógico
Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se ... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Maria compra o sapato se e somente se o sapato combina com a bolsa”.
Proposição 1: Maria compra o sapato.
Proposição 2: O sapato combina com a bolsa.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “↔”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q.
Vamos preencher a tabela abaixo com as seguintes hipóteses:
H1:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.
H2:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.
H3:
p: Maria compra o sapato.
q: O sapato combina com a bolsa.
H4:
p: Maria não compra o sapato.
q: O sapato não combina com a bolsa.
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p q P↔Q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V
Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:
PARA GABARITAR
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Raciocínio Lógico – Conectivo “se e somente se” (Bicondicional) – Prof. Edgar Abreu
P Q ~Q↔P
V V F
V F x
F V y
F F z
a) V, F e F
b) F, V e V
c) F, F e F
d) V, V e F
( ) Certo ( ) Errado
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3. Prova: CESPE - 2012 - TC-DF - Auditor de Controle Externo
P: A luz permanece acesa se, e somente se, há movimento e não há claridade natural
suficiente no recinto.
( ) Certo ( ) Errado
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Raciocínio Lógico
TAUTOLOGIA
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
Tautologia se ela for sempre verdadeira, independentemente dos valores lógicos das
proposições p, q, r, ... que a compõem.
Exemplo:
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai para segunda divisão.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “V”.
Assim podemos representar a sentença acima da seguinte forma: p V ~p.
Agora vamos construir as hipóteses:
H1:
p: Grêmio cai para segunda divisão.
~p: Grêmio não cai para segunda divisão.
H2:
p: Grêmio não cai para segunda divisão.
~p: Grêmio cai para segunda divisão.
p ~p p V ~p
H1 V F V
H2 F V V
Como os valores lógicos encontrados foram todos verdadeiros, logo temos uma TAUTOLOGIA!
Exemplo 2, verificamos se a sentença abaixo é uma tautologia:
Se João é alto, então João é alto ou Guilherme é gordo.
p = João é alto.
�p→pVq
q = Guilherme é gordo.
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Agora vamos construir a tabela verdade da sentença anterior:
p q pvq p→pvq
H1 V F V V
H2 F V V V
H3 F V V V
H4 F F F V
Como para todas as combinações possíveis, sempre o valor lógico da sentença será verdadeiro,
logo temos uma tautologia.
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Raciocínio Lógico – Tautologia – Prof. Edgar Abreu
Slides – Tautologia
A proposição 𝑃 → 𝑄 ∧ 𝑅 ↔ ¬𝑃 ∨ 𝑄 ∧ ¬𝑃 ∨ 𝑅 é
uma tautologia.
( ) Certo ( ) Errado
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Gabarito: 1. E 2. C
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Raciocínio Lógico
CONTRADIÇÃO
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma
contradição se ela for sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das proposições p,
q, r, ... que a compõem.
Exemplo: Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente do Brasil.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “~p” e o conetivo de “^”.
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ^ ~p.
p ~p p ^ ~p
H1 V F F
H2 F V F
PARA GABARITAR
•• Sempre verdadeiro = Tautologia
•• Sempre Falso = Contradição
•• Verdadeiro e Falso = Contigência
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Raciocínio Lógico
Vamos descobrir qual a sentença equivalente a uma condicional, negando duas vezes a mesma
sentença.
Exemplo: Se estudo sozinho então sou autodidata.
Simbolizando temos:
p = estudo sozinho
�p → q
p = sou autodidata
conectivo = →
Simbolicamente: p → q
Vamos negar, ~ [ p →q ] = p ∧ ~ q
Agora vamos negar a negação para encontrarmos uma equivalência.
Negamos a negação da condicional ~ [p ∧ ~ q] = ~ p ∨ q
Mas será mesmo que estas proposições, p → q e ~ p ∨ q são mesmo equivalentes? Veremos
através da tabela verdade.
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Perceba na tabela verdade que p → q e ~ p ∨ q tem o mesmo valor lógico, assim essas duas
proposições são equivalentes.
Exemplo 2: Vamos encontrar uma proposição equivalente a sentença “Se sou gremista então
não sou feliz.”
p = Sou gremista.
q = Sou feliz. �p→~q
~ q = Não sou feliz.
Negação: ~ [ p → ~ q ] = p ∧ q
Sou gremista e sou feliz.
Equivalência: negação da negação.
~[p→~q]=p∧q
~[p∧q]=p∨~q
Logo, Não sou gremista ou não sou feliz é uma sentença equivalente.
c = Canto.
e = Estudo .� c ∨ ~ e
~ e = Não estudo.
Negação: ~ [ c ∨ ~ e ] = ~ c ∧ e
Equivalência: Negar a negação: ~ [ ~ c ∧ e ] = c ∨ ~ e
Voltamos para a mesma proposição, tem algo errado, teremos que buscar alternativa. Vamos
lá:
Vamos para a regra de equivalência de uma condicional.
p→q=~p∨q
, podemos mudar a ordem da igualdade.
~p∨q=p→q
Veja que o valor lógico de p mudou e q continuou com o mesmo valor lógico.
Usando a regra acima vamos transformar a proposição inicial composta de uma disjunção em
numa condicional.
c∨~e=p→q
Para chegar à condicional, mudo o valor lógico de p,
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Raciocínio Lógico – Equivalência de uma Condicional e Disjunção Inclusiva – Prof. Edgar Abreu
e = Estudo.
a = Sou aprovado. �e∨~a
~ a = Não sou aprovado.
~p∨q=p→q
Inverte o primeiro e mantém o segundo, trocando “ou” por “se...então”, transferimos isso para
nossa proposição.
e∨~a=~e→~a
Trocamos “e” por “~ e”, mantemos “~ a” e trocamos " ∨" por " →".
Logo, Se não estudo então não sou aprovado.
Não podemos esquecer que “ou” é comutativo, assim a opção de resposta pode estar trocada,
então atente nisto, ao invés de e ∨ ~ a pode ser ~ a ∨ e , assim a resposta ficaria:
Se sou aprovado então estudo.
Quaisquer das respostas estarão certas, então muita atenção!
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Raciocínio Lógico
CONTRAPOSITIVA:
�(p →q) = p Ʌ � q
Lembrando da tabela verdade da conjunção “e”, notamos que a mesma é comutativa, ou seja,
se alterarmos a ordem das premissas o valor lógico da sentença não será alterado. Assim vamos
reescrever a sentença encontrada na negação, alterando o valor lógico das proposições.
p Ʌ � q = �q Ʌ p
Agora vamos negar mais uma vez para encontrar uma equivalência da primeira proposição.
�(�q Ʌ p) ↔ � q � � p
Agora vamos utilizar a regra de equivalência que aprendemos anteriormente.
Regra:
p→q↔� p�q
Em nosso exemplo temos:
q � �p ↔ � q → � p
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Encontramos a contrapositiva, invertendo e negando ambas proposições.
p→q=� q→� p
Logo temos que: Se minha cabeça não dói então não estudo muito.
PARA GABARITAR
EQUIVALÊNCIA 1: p → q = p � q
�
EQUIVALÊNCIA 2: p → q = q → p (contrapositiva)
� �
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Raciocínio Lógico
Recebe o nome de bicondicional toda proposição composta em que as partes estejam unidas
pelo conectivo ... se somente se... Simbolicamente, representaremos esse conectivo por “ ↔ ”.
Portanto, se temos a sentença:
Exemplo: “Estudo se e somente se sou aprovado”
Proposição 1: Estudo.
Proposição 2: Sou aprovado.
Conetivo: se e somente se.
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda de “q” e o conetivo de “ ↔ ”
Assim podemos representar a “frase” acima da seguinte forma: p ↔ q
Sua tabela verdade é:
p q p↔q
H1 V F F
H2 F V F
H3 V V V
H4 F F V
Uma proposição bicondicional pode ser escrita como duas condicionais, é como se tivéssemos
duas implicações, uma seta da esquerda para direita e outra seta da direita para esquerda,
conforme exemplo abaixo:
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Raciocínio Lógico
Agora vamos aprender a negar proposições compostas, para isto devemos considerar que:
Para negarmos uma proposição conjunta devemos utilizar à propriedade distributiva, similar
aquela utilizada em álgebra na matemática.
Negar uma sentença composta é apenas escrever quando esta sentença assume o valor lógico
de falso, lembrando as nossas tabelas verdade construídas anteriormente.
Para uma disjunção ser falsa (negação) a primeira e a segunda proposição tem que ser falsas,
conforme a tabela verdade abaixo, hipótese 4:
p q P∨Q
H1 V V V
H2 F V V
H3 V F V
H4 F F F
Assim concluímos que para negar uma sentença do tipo P v Q, basta negar a primeira (falso) E
negar a segunda (falso), logo a negação da disjunção (ou) é uma conjunção (e).
Exemplo 1:
1. Estudo ou trabalho.
p = estudo.
� P∨Q
q = trabalho
Conectivo = ∨
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (p ∨ q) = ∼ p ∧ ∼ q
Não estudo e não trabalho.
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Para negar uma proposição composta por uma disjunção, nós negamos a primeira proposição,
negamos a segunda e trocamos “ou” por “e”.
Exemplo 2:
Não estudo ou sou aprovado.
p = estudo
q = sou aprovado � ∼p∨q
~p = não estudo
Conectivo: “∨”
Vamos agora negar essa proposição composta por uma disjunção.
∼ (∼ p ∨ q) = p ∧ ∼ q
Lembrando que negar uma negação é uma afirmação e que trocamos “ou” por “e” e negamos
a afirmativa.
Estudo e não sou aprovado.
Vimos no capítulo de negação simples que a negação de uma negação é uma afirmação, ou
seja, quando eu nego duas vezes uma mesma sentença, encontro uma equivalência.
Vimos que a negação da disjunção é uma conjunção, logo a negação da conjunção será uma
disjunção.
Para negar uma proposição composta por uma conjunção, nós devemos negamos a primeira
proposição e depois negarmos a segunda e trocamos “e” por “ou”.
Exemplo 1:
Vou a praia e não sou apanhado.
p = vou a praia.
�p∧∼q
q = não sou apanhado
Conectivo = ∧
Vamos agora negar essa proposição composta por uma conjunção.
Não vou à praia ou sou apanhado.
926 www.acasadoconcurseiro.com.br
Raciocínio Lógico – Negação da conjunção e disjunção inclusiva (Lei de Morgan)– Prof. Edgar Abreu
PARA GABARITAR
Vejamos abaixo mais exemplo de negações de conjunção e disjunção:
~(p v q) = ~(p) ~(v) ~(q) = (~p ˄ ~q)
~(~p v q) = ~(~p) ~(v) ~(q) = (p ˄ ~q)
~(p˄~q) = ~(p) ~(˄) ~(~q) = (~p v q)
~(~p˄ ~q) = ~(~p) ~(˄) ~(~q) = (p v q)
www.acasadoconcurseiro.com.br 927
Há expressões às quais não se pode atribuir um valor lógico V ou F, por exemplo: “Ele é juiz do TRT da 5.ª
Região”, ou “x + 3 = 9”. O sujeito é uma variável que pode ser substituído por um elemento arbitrário,
transformando a expressão em uma proposição que pode ser valorada como V ou F. Expressões dessa forma
são denominadas sentenças abertas, ou funções proposicionais. Pode-se passar de uma sentença aberta a
uma proposição por meio dos quantificadores “qualquer que seja”, ou “para todo”, indicado por oe, e
“existe”, indicado por ›. Por exemplo: a proposição (oex)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como F, enquanto a
proposição (›x)(x 0 R)(x + 3 = 9) é valorada como V. Uma proposição composta que apresenta em sua
tabelaverdade somente V, independentemente das valorações das proposições que a compõem, é
denominada logicamente verdadeira ou tautologia. Por exemplo, independentemente das valorações V ou F
de uma proposição A, todos os elementos da tabela-verdade da proposição Aw(¬A) são V, isto é, Aw(¬A) é
uma tautologia.
Considerando as informações do texto e a proposição P: "Mário pratica natação e judô", julgue os itens seguintes.
A negação da proposição P é a proposição R: “Mário não pratica natação nem judô”, cuja tabela-
verdade é a apresentada ao lado.
Certo Errado
Gabarito: 1. E 2. A
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Raciocínio Lógico
Conforme citamos anteriormente, negar uma proposição composta é escrever a(s) linha(s) em
que a tabela verdade tem como resultado “falso”.
Sabemos que uma condicional só será falsa, quando a primeira proposição for verdadeira “e” a
segunda for falsa.
Assim para negarmos uma sentença composta com condicional, basta repetir a primeira
proposição (primeira verdadeira), substituir o conetivo “se...então” por “e” e negar a segunda
proposição (segunda falsa).
Vejamos um exemplo:
Negando: ~ (~ p → ~ q)= ~ p ∧ q
Resposta: Não estudo e sou aprovado.
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3. Se estudo então sou aprovado ou o curso não é ruim.
p = estudo.
q = sou aprovado.
� p→q∨~r
r = curso é ruim.
~r = curso não é ruim.
Negando, ~ (p →q ∨ ~ r).
Negamos a condicional, mantém a primeira e negamos a segunda proposição, como a
segunda proposição é uma disjunção, negamos a disjunção, usando suas regras (negar as duas
proposições trocando “ou” por “e”).
~ (p →q ∨ ~ r)=p ∧ ~ (q ∨ ~ r)=p ∧ ~ q ∧r.
Estudo e não sou aprovado e o curso é ruim.
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Raciocínio Lógico
Existe duas maneiras de negar uma bicondicional. Uma é a trivial onde apenas substituímos o
conetivo “bicondiciona” pela “disjunção exclusiva”, conforme exemplo abaixo:
Sentença: Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � ~[ p ↔ ~ q ] = [ p � ~ q ]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Logo sua negação será: Ou Estudo ou não vou à praia.
A segunda maneira de negar uma bicondicional é utilizando a propriedade de equivalência e
negando as duas condicionais, ida e volta, temos então que negar uma conjunção composta
por duas condicionais.
Negamos a primeira condicional ou negamos a segunda, usando a regra da condicional em
cada uma delas.
Exemplo 1:
Estudo se e somente se não vou à praia.
p = estudo.
q = vou à praia. � p ↔ ~ q = [ p → ~ q ] Ʌ [ ~ q → p]
~ q = não vou à praia
Conectivo = ↔
Uma bicondicional são duas condicionais, ida e volta.
Negando,
~ (p ↔ ~ q) = ~ [[p → ~ q] Ʌ [~ q → p]] =
~ [p ↔ ~ q] � ~ [~ q → p ]
p Ʌ q � ~ q Ʌ ~ p.
Estudo e vou à praia ou não vou à praia e não estudo.
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Raciocínio Lógico
QUANTIFICADORES LÓGICOS
Pelo exemplo acima vimos que nem sempre a conclusão acima é verdadeira, veja que quando
ele afirma que “existem alunos da casa que são funcionários da defensoria”, ele está dizendo
que sempre isso vai acontecer, mas vimos por esse diagrama que nem sempre acontece.
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Nesse diagrama isso acontece, mas pelo dito na conclusão, sempre vai existir, e vimos que não,
logo a conclusão é falsa.
No mesmo exemplo, se a conclusão fosse:
“Existem funcionários da defensoria que não são alunos da casa”.
Qualquer diagrama que fizermos (de acordo com as premissas) essa conclusão será verdadeira,
tanto no diagrama 1 quanto no diagrama 2, sempre vai ter alguém de fora do desenho.
Logo, teríamos um silogismo!
Silogismo é uma palavra cujo significado é o de cálculo. Etimologicamente, silogismo significa
“reunir com o pensamento” e foi empregado pela primeira vez por Platão (429-348 a.C.). Aqui
o sentido adotado é o de um raciocínio no qual, a partir de proposições iniciais, conclui-se uma
proposição final. Aristóteles (384-346 a.C.) utilizou tal palavra para designar um argumento
composto por duas premissas e uma conclusão.
ALGUM
Conclusões:
Existem elementos em A que são B.
Existem elementos em B que são A.
Existem elementos A que não são B.
Existem elementos B que não estão em A.
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Raciocínio Lógico – Quantificadores Lógicos: Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu
NENHUM
Vejamos agora as premissas que contém a expressão nenhum ou outro termo equivalente.
Analise o desenho abaixo, que representa o conjunto dos A e B. O que podemos inferir a partir
do desenho?
Conclusões:
Nenhum A é B.
Nenhum B é A.
TODO
Conclusão:
Todo A é B.
Alguns elementos de B é A ou existem B que são A.
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Prova: FGV - 2014 - AL-BA - Téc.Nível Médio
Gabarito: 1. C
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Raciocínio Lógico
PARA GABARITAR
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1. Prova: Instituto AOCP – 2014 – UFGD – Analista
de Tecnologia da Informação
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Raciocínio Lógico – Negação Todo, Nenhum e Existe – Prof. Edgar Abreu
( ) Certo ( ) Errado
José afirmou: “— Todos os jogadores de futebol que não são ricos jogam
no Brasil ou jogam mal“.
a) Nenhum jogador de futebol que não é rico joga no Brasil ou joga mal.
b) Todos os jogadores de futebol que não jogam no Brasil e não jogam mal.
c) Algum jogador de futebol que não é rico não joga no Brasil e não joga mal.
d) Algum jogador de futebol é rico mas joga no Brasil ou joga mal.
e) Nenhum jogador de futebol que é rico joga no Brasil ou joga mal.
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Gabarito: 1. A 2. A 3. Errado 4. C
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Raciocínio Lógico
SILOGISMO
Silogismo Categórico é uma forma de raciocínio lógico na qual há duas premissas e uma
conclusão distinta destas premissas, sendo todas proposições categóricas ou singulares.
Existem casos onde teremos mais de duas premissas.
Devemos sempre considerar as premissas como verdadeira e tentar descobrir o valor lógico de
cada uma das proposições, com objetivo de identificar se a conclusão é ou não verdadeira.
Sempre que possível devemos começar nossa linha de raciocínio por uma proposição simples
ou se for composta conectada pela conjunção “e”.
Abaixo um exemplo de como resolver uma questão envolvendo silogismo.
QUESTÃO COMENTADA
(FCC: BACEN - 2006) Um argumento é composto pelas seguintes premissas:
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a
ser superada.
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão
fantasioso.
III – Os superávits serão fantasiosos.
Para que o argumento seja válido, a conclusão deve ser:
a) A crise econômica não demorará a ser superada.
b) As metas de inflação são irreais ou os superávits serão fantasiosos.
c) As metas de inflação são irreais e os superávits são fantasiosos.
d) Os superávits econômicos serão fantasiosos.
e) As metas de inflação não são irreais e a crise econômica não demorará a ser
superada.
Solução:
Devemos considerar as premissas como verdadeiras e tentar descobrir o valor
lógico de cada uma das proposições.
Passo 1: Do português para os símbolos lógicos.
I – Se as metas de inflação não são reais, então a crise econômica não demorará a ser superada
~ P →~ Q
II – Se as metas de inflação são reais, então os superávits primários não serão fantasiosos.
~ P →~ R
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PREMISSA 1 PREMISSA 2 PREMISSA 3
VERDADE VERDADE VERDADE
~P→~Q ~P→~R R
Não é possível determinar Não é possível determinar
o valor lógico de P e Q, já o valor lógico de P e Q, já
que existem 3 possibilidades que existem 3 possibilidades CONCLUSÃO: R=V
distintas que torna o distintas que torna o
condicional verdadeiro. condicional verdadeiro.
Vamos testar:
P → ~R P → ~R
F F F V F
V F V F F
Conclusão: Alternativa A
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Raciocínio Lógico
QUESTÃO COMENTADA
FCC: TCE-SP – 2010
Considere as seguintes afirmações:
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
II – Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo são escriturários.
Se as duas afirmações são verdadeiras, então é correto afirmar que:
a) Todo funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deve ter noções de
Matemática.
b) Se Joaquim tem noções de Matemática, então ele é escriturário.
c) Se Joaquim é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, então ele é
escriturário.
d) Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo.
e) Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não ter noções
de Matemática.
Resolução:
Primeiramente vamos representar a primeira premissa.
I – Todo escriturário deve ter noções de Matemática.
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Vejamos uma hipótese para a segunda premissa.
Solução:
Observe que o nosso símbolo representa um funcionário do TCE que não possui noção de
matemática. Logo a conclusão é precipitada.
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Raciocínio Lógico – Argumento com quantificadores válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que possui noção de matemática, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que possui é funcionário do TCE, porém não é
escriturário, logo a conclusão é precipitada e está errada.
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Alternativa D: Se Joaquim é escriturário, então ele é funcionário do Tribunal de Contas do
Estado de São Paulo.
Solução:
O ponto em destaque representa alguém que é escriturário, porém não é funcionário do TCE,
logo a conclusão é precipitada e está alternativa está errada.
Alternativa E: Alguns funcionários do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo podem não
ter noções de Matemática.
Solução:
O ponto em destaque representa um funcionário do TCE que não tem noção de matemática,
como a questão afirma que “podem”, logo está correta.
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Raciocínio Lógico – Argumento com quantificadores válidos (Silogismo) – Prof. Edgar Abreu
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Quais são válidos?
a) Apenas o I.
b) Apenas o II.
c) Apenas o III.
d) Apenas o II e o III.
e) O I, o II e o III.
Gabarito: 1. D 2. D
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Raciocínio Lógico
QUESTÃO COMENTADA
FCC: BACEN – 2006
No quadriculado seguinte os números foram colocados nas células obedecendo a um
determinado padrão.
16 34 27 X
13 19 28 42
29 15 55 66
Solução:
Quando a sequencia se apresenta em tabelas, similares a esta, procure sempre encontrar uma
lógica nas linhas ou nas colunas. A lógica da sequencia desta questão está na relação da linha
três com as linhas 1 e 2.
A linha 3 é a soma das linhas 1 e 2 quando a coluna for impar e a subtração das linhas 1 e 2
quando a coluna for par, note:
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Coluna 1: 16 + 13 = 29
Coluna 2: 34 - 19 = 15
Coluna 3: 27 + 28 = 55
Logo a coluna 4, que é par, teremos uma subtração:
x – 42 = 66 => x = 66 + 42 = 108
Alternativa A
QUESTÃO COMENTADA 2
FCC : TRT – 2011
Na sequência de operações seguinte, os produtos obtidos obedecem a determinado padrão.
1x1=1
11 x 11 = 121
111 x 111 = 12.321
1.111 x 1111 = 1.234.321
11.111 x 11.111 = 123.454.321
Assim sendo, é correto afirmar que, ao se efetuar 111 111 111 × 111 111 111, obtém-se um
número cuja soma dos algarismos está compreendida entre:
a) 85 e 100.
b) 70 e 85.
c) 55 e 70.
d) 40 e 55.
e) 25 e 40.
Solução:
Note que o termo centra do resultado da multiplicação é sempre a quantidade de número 1
que estamos multiplicando, conforme destacado na tabela abaixo:
1x1 1
11 x 11 121
111 x 111 12. 321
1. 111 x 1. 111 1. 234. 321
11. 111 x 11. 111 123. 454. 321
Perceba também que o resultado da multiplicação é formado por um número que começa com
1 e vai até a quantidade de números 1 que tem a multiplicação e depois começa a reduzir até o
número 1 de volta.
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Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu
Logo a multiplicação de 111 111 111 × 111 111 111 temos 9 números 1, assim o resultado
certamente será composto pelo número 12345678 9 87654321. Agora basta apenas somar os
algarismos e encontra como resposta o número 81, alternativa B.
QUESTÃO COMENTADA 3
CESGRANRIO: TCE/RO – 2007
O sistema binário de numeração, só se utilizam os algarismos 0 e 1. Os números naturais,
normalmente representados na base decimal, podem ser também escritos na base binária
como mostrado:
DECIMAL BINÁRIO
0 0
1 1
2 10
3 11
4 100
5 101
6 110
7 111
De acordo com esse padrão lógico, o número 15 na base decimal, ao ser representado na base
binária, corresponderá a:
a) 1000
b) 1010
c) 1100
d) 1111
e) 10000
Solução:
No sistema decimal que conhecemos, cada vez que conhecemos, a cada 10 de uma casa
decimal forma-se outra casa decimal. Exemplo: 10 unidades é igual uma dezena, 10 dezenas é
igual a uma centena e assim sucessivamente.
Já no sistema binário, a lógica é a mesma, porém a cada 2 unidades iremos formar uma nova
casa decimal. Assim para transformar um número decimal em binário, basta dividirmos este
número sucessivamente por dois e analisar sempre o resto, conforme exemplo abaixo.
Transformando 6 em binário:
6 / 2 = 3 (resto zero, logo zero irá ocupar primeira casa binária).
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3 / 2 = 1 (resto 1, logo o 1 do resto irá ocupar a segunda casa binária enquanto o 1 quociente da
divisão irá ocupar a terceira casa binária).
Resultado: 110
Para saber se está certo, basta resolver a seguinte multiplicação:
110 = 1 x 2² + 1 x 2¹ + 0 x 20 = 4 + 2 + 0 = 6
Utilizando esta linha de raciocínio temos que:
15 / 2 = 7 (resto 1)
7 / 2 = 3 (resto 1)
3 / 2 = 1 (resto 1)
Logo o número será 1111, Alternativa D
a) 144.
b) 169.
c) 196.
d) 225.
e) 256.
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Raciocínio Lógico – Números – Prof. Edgar Abreu
a) 27.
b) 28.
c) 29.
d) 30.
e) 31.
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3. Completando corretamente esse quadro de acordo
com tal critério, a soma dos números que estão
faltando é:
a) 4596.
b) 22954.
c) 4995.
d) 22996.
e) 5746.
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Raciocínio Lógico
a)
b)
c)
d)
e)
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2. Prova: FCC – 2012 – TST – Téc. Judiciário
Marina possui um jogo de montar composto por várias peças quadradas,
todas de mesmo tamanho. A única forma de juntar duas peças é unindo-as
de modo que elas fiquem com um único lado em comum. Juntando-se três
dessas peças, é possível formar apenas dois tipos diferentes de figuras,
mostradas abaixo.
a) 4.
b) 5.
c) 6.
d) 7.
e) 8.
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Raciocínio Lógico – Imagens e Figuras – Prof. Edgar Abreu
a) 64.
b) 96.
c) 112.
d) 144.
e) 168.
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Gabarito
1. B 2. B 3. C
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Raciocínio Lógico
São comuns as questões de raciocínio lógico que envolva resto de uma divisão. Normalmente
essas questões abordam assuntos relacionados a calendário, múltiplo ou divisores ou qualquer
outra sequência que seja cíclica.
Estas questões são resolvidas todas de forma semelhante, vejamos os exemplos abaixo:
QUESTÃO COMENTADA 1
CESGRANRIO: CAPES – 2008
Em um certo ano, o mês de abril termina em um domingo. É possível determinar o próximo
mês a terminar em um domingo?
a) Sim, será o mês de setembro do mesmo ano.
b) Sim, será o mês de outubro do mesmo ano.
c) Sim, será o mês de dezembro do mesmo ano.
d) Sim, será o mês de janeiro do ano seguinte.
e) Não se pode determinar porque não se sabe se o ano seguinte é bissexto ou não.
Solução:
Sabendo que o mês de Abril possui 30 dias, logo sabemos que dia 30 de abril foi um domingo.
Vamos identificar quantos dias teremos até o último dia de cada mês, assim verificamos se esta
distância é múltipla de 7, já que a semana tem 7 dias e os domingos acontecerão sempre um
número múltiplo de 7 após o dia 30 de Abril:
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QUESTÃO COMENTADA 2
FCC: TST – 2012
Pedro é um atleta que se exercita diariamente. Seu treinador orientou-o a fazer flexões de
braço com a frequência indicada na tabela abaixo:
No dia de seu aniversário, Pedro fez 20 flexões de braço. No dia do aniversário de sua namorada,
260 dias depois do seu, Pedro:
a) não fez flexão.
b) fez 10 flexões.
c) fez 20 flexões.
d) fez 30 flexões.
e) fez 40 flexões.
Solução:
Com Pedro fez 20 flexões em seu aniversário, logo concluímos que caiu em uma quarta-feira.
Devemos descobrir qual o dia da semana será após 260 dias. Primeiramente vamos descobrir
quantas semanas se passaram até este dia, dividindo 260 por 7, já que uma semana tem 7 dias.
260= 37 (resto 1)
7
Assim sabemos que se passaram 37 semanas e mais um dia.
Como ele fez aniversário na quarta, se somarmos 1 dia temos quinta-feira e o total de flexões
para este dia será de 40, segundo a tabela. Alternativa E
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Raciocínio Lógico – Problemas Cíclicos/Calendário e Datas – Prof. Edgar Abreu
a) segunda-feira.
b) quarta-feira.
c) quinta-feira.
d) domingo.
e) terça-feira.
Um ano bissexto possui 366 dias, o que significa que ele é composto por
52 semanas completas mais 2 dias. Se em um determinado ano bissexto
o dia 1º de janeiro caiu em um sábado, então o dia 31 de dezembro cairá
em:
a) um sábado.
b) um domingo.
c) uma 2ª feira.
d) uma 3ª feira.
e) uma 4ª feira.
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Prova(s): FCC - 2013 - DPE-RS - Técnico de Apoio Especializado
Em uma montadora, são pintados, a partir do início de um turno de
produção, 68 carros a cada hora, de acordo com a seguinte sequência de
cores: os 33 primeiros são pintados de prata, os 20 seguintes de preto, os
próximos 8 de branco, os 5 seguintes de azul e os 2 últimos de vermelho.
A cada hora de funcionamento, essa sequência se repete.
a) prata.
b) preta.
c) branca.
d) azul.
e) vermelha.
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Raciocínio Lógico
a) 11.
b) 10.
c) 17.
d) 16.
e) 14.
a) existem nessa cidade duas pessoas com o mesmo número de fios de cabelo.
b) existem nessa cidade pessoas sem nenhum fio de cabelo.
c) existem nessa cidade duas pessoas com quantidades diferentes de fios de
cabelo.
d) o número médio de fios de cabelo por habitante dessa cidade é maior do que
100 mil.
e) somando-se os números de fios de cabelo de todas as pessoas dessa cidade
obtém-se 2 × 1012.
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3. Prova: FCC - 2014 - TRT - 16ª REGIÃO (MA) - Analista Judiciário
Em uma floresta com 1002 árvores, cada árvore tem de 900 a 1900 folhas.
De acordo apenas com essa informação, é correto afirmar que,
necessariamente,
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