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METODOLOGIA DE ENSINO

1)Aulas expositivas
2)Aulas debates
3)Leitura complementar

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

1) Presença e participação em sala de aula


2) Ensaio ou estágio de uma oratória sob o tema da sua escolha
3) Responder o questionário da material

CONTEÚDO PRORAMÁTICO
1. INTRODUÇÃO

1.1. Definição de termos: Oratória, Eloquência e Retórica


1.2. Tipos de Oratória

2. HISTÓRIA DA ORATÓRIA

3. COMPONENTES DA INFLUÊNCIA HUMANA NA COMUNICAÇÃO


3.1. Definição Comunicação

4. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NAS RELAÇÕES

5. COMO ADMINISTRAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO


5.1. O que é preciso saber para controlarmos o medo de falar em público?
5.2. Dicas práticas para controlar o medo de falar em público

6. TÉCNICAS DE ORATÓRIA PARA ESTUDANTES, PROFESSORES,


PALESTRANTES E OUTROS ORADORES

7. COMO FAZER INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO


IMPACTANTE
8. COMO SE COMPORTAR NUMA ENTREVISTA OU NUM DEBATE DE
TELEVISÃO E DE RÁDIO
8. PERSUASÃO E GATILHOS MENTAIS
9. CONSIDERAÇÕERS FINAIS

APÊNDICE

1. INTRODUÇÃO
1.1. Definição de termos: Oratória, Eloquência e Retórica

a) Quê é a Oratória?

A oratória pode ser definida como a arte de falar em público de forma clara,
objetiva, estruturada e deliberada. A intenção de quem faz uso da oratória é
informar, entreter e até influenciar os seus ouvintes – arte muito utilizada por
políticos, por exemplo. Ela há de aplicar a teoria da retórica e os princípios da
eloquência.

Michel Soares, especialista em oratória: a arte de falar em público pode melhorar


em 100% o seu desempenho profissional. “Quem sabe se expresser verbaliza
melhor seus pensamentos em qualquer situação, e, com isso, torna-se uma pessoa
mais segura, que aparece mais e tem mais certeza daquilo que fala – passando
maior confiança para aqueles que lhe escutam. A pessoa com a oratória
desenvolvida passa a pensar mais rápido, com mais segurança e fluidez”.

b) Quê é a Eloquência?

A Eloquência pode ser definida como “capacidade de falar e exprimir-se com


facilidade. (É) a arte e o talento de persuadir, convencer, falar com fluência e com
vocabulário de qualidade, deleitar ou comover, por meio da palavra”.

c) Que é a Retórica?

Retórica é a arte de exprimir-se, de expressar-se pela palavra. É, por isso,


considerada como a ciência do discurso oratório. A Retórica, ciência que se ocupa
dos princípios e técnicas da comunicação, com fins persuasivos, apresenta-se
também como arte de falar bem e persuadir, arte do discurso belo e eficaz, ligando
ornamento e eficácia, o agradável e o útil, o fundo e a forma.

Para bem falar, é mister bem pensar, mas também bem sentir, e um viver de acordo
com o que se crê. O filósofo Aristóteles, desenvolveu o conceito em seu livro
“Retórica”, nele, o pensador especifica que a mesma tem três pilares e esses,
desenvolvem a arte da persuasão. São, “Ethos, Logos e Pathos”.

1.2. Tipos de Oratória

1) Oratória Pedagógica
2) Oratória Religiosa/Homilética
3) Oratória Política
4) Oratória forense
5) Oratória Social
6) Oratória Artística
7) Oratória Militar
8) Oratória Empresarial

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2. HISTÓRIA DA ORATÓRIA

Foi no séc V a.C., na Grécia, com a preocupação pelo domínio da expressão verbal
que surgiu a oratória. Naquela época, os cidadãos comuns, usurpados de suas
propriedades e de outros direitos, precisavam se defender dos ataques dos tiranos
de Siracusa. Então, Tísias e Córax instruíram os advogados dessas vítimas a
sustentarem suas razões nos tribunais da cidade por meio de uma boa
argumentação. Esses dois pioneiros chegaram a publicar um tratado, que não
chegou aos nossos dias, mas foi-lhes atribuído o mérito de iniciar a retórica.

Ainda na Grécia Antiga, foi com Aristóteles que a arte da oratória encontrou campo
fértil para seu desenvolvimento. É de Aristóteles a mais antiga obra sobre oratória
intitulada de “Arte Retórica”, a qual chegou até nossos dias. Era uma obra em 3
volumes que se referia, respectivamente:

1) à linha de argumentação a ser seguida pelo orador;


2) a ensinar como o ouvinte aprende as ideias;
3) à exposição da estrutura do discurso e suas partes.

Outro grego famoso foi Demóstenes que, apesar de gago, tornou-se o maior orador
da Grécia. Conta-se que colocava pedras na boca e falava mais alto que o som das
ondas do mar. Como orador romano, destaca-se Cícero, considerado um orador
perfeito, escritor admirável e dotado de inteligência invejável.

Depois de Cícero, vem Quintiliano (século I d.C) que reuniu todos os conhecimentos
existentes acerca da oratória em sua obra, “Instituições Oratórias”, maior fonte de
consulta até hoje. Após reconhecer a história da oratória e seus principais teóricos,
você verá como organizar a nossa linguagem para construirmos nossa oratória.

3. COMPONENTES DA INFLUÊNCIA HUMANA NA COMUNICAÇÃO


3.1. Definição Comunicação

Comunicação significa partilhar, tornar algo comum entre uma espécie, no caso dos
seres humanos, essa comunicação envolve a troca de informações.

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A capacidade de transmitir nossas mensagens, nossos pensamentos e sentimentos
está:

• 7% - PALAVRA (capacidade de influência entre as pessoas);

• 38% - TOM DE VOZ (postura corporal);

EXERCÍCIO PRÁTICO DE VOZ


Para realização da respiração correta, assistimos ao vídeo Aula: Aquecimento de
Vozes Masculinas1, com o professor Lyba Serra, fazendo uma demonstração; e
todos, em pé, o acompanhamos.
Na sequência, fizemos a leitura das frases a seguir para aumentar a capacidade
respiratória. Todas as frases deveriam ser lidas até a marcação em barra da pausa
respiratória.

O dia está lindo! -/


O dia está lindo de morrer! -/
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia! -/
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia! tomar sol -/
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia! tomar sol e um bom banho -/
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia! tomar sol e um bom banho de mar
-/
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia! tomar sol e um bom banho de mar
e ver as garotas/
O dia está lindo de morrer e eu quero ir à praia! tomar sol e um bom banho de mar
e ver as garotas bonitas-/

• 55%- FISIOLOGIA (estudo das funções orgânicas dos seres vivos).

EXERCÍCIO PRÁTICO DE FISIOLOGIA


Para finalizar, fizemos a leitura das sentenças a seguir, exprimindo, com clareza,
os seguintes sentimentos de acordo com as determinações de cada frase:
Vontade – "Hei de vencer, haja o que houver”.
Alegria – "Como é boa a vida!"
Coragem – "Irei e enfrentarei a situação".
Medo – "Estão nos perseguindo".
Orgulho – "Consegui uma promoção por bons serviços prestados".
Humildade – "Quem sou eu, meu caro amigo“.
Surpresa – "Tirei o primeiro lugar no concurso".
(SANTOS, 2010, p. 10).

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4. INTELIGÊNCIA EMOCIONAL NAS RELAÇÕES

A inteligência emocional é fundamental para os relacionamentos, pois permite mais


aproximação entre as pessoas e quando falamos de comunicação é extremamente
importante levar em conta as emoções das pessoas para conquistá-las, encantá-las
e entendê-las. “A inteligência emocional é simplesmente o uso inteligente das
emoções, isto é, fazer com que intencionalmente suas emoções trabalhem a seu
favor, usando-as como um parâmetro para ditar seu comportamento e seu raciocínio
de maneira a aperfeiçoar seus resultados”. Segundo Weisinger (2001, p. 14).

A partir desta definição, é possível entender porque as pessoas devem saber lidar
com seus medos, inseguranças e insatisfações nas relações dentro e fora da
empresa para seu próprio bem.

Segundo Fernandes (2014):

O que se observa, no entanto, é que a maioria das pessoas


não sabe administrar os próprios sentimentos de forma a ter
sucesso tanto nos negócios como nos relacionamentos
pessoais. A boa notícia é que é possível aprimorar a
capacidade de lidar com as nossas emoções e com as dos
outros, o que se torna fundamental especialmente quando as
divergências provocam reações estressantes.

Esta competência tem o papel de auxiliar a comunicação, ela harmoniza o ambiente,


deixando-o amistoso e favorável ao bom desempenho, a inteligência emocional
caminha paralelamente à inteligência social e à relação interpessoal, porém,
possuem características peculiares.

Alto astral (2015):

A melhor maneira de compreender a importância da


inteligência emocional é pensar a respeito do quanto, em
determinadas ocasiões, não saber administrar emoções
limitou a sua vida. Pode ter sido quando a vergonha o impediu
de falar algum assunto delicado com um cliente ou o chefe,
travando a ascensão profissional.

Saber usar os seus sentimentos a seu favor é o grande segredo da inteligência


emocional, sendo um forte pilar da comunicação, o bom comunicador é
emocionalmente equilibrado; pessoas emocionalmente inteligentes são sociáveis e
agradáveis.

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5. COMO ADMINISTRAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

Uma boa oratória é conseguir se comunicar de maneira efetiva em inúmeras


situações do dia a dia, desde como lidamos com superiores no ambiente de trabalho,
colegas e atendimento ao público. Porém por mais que a pessoa desenvolva essa
habilidade, muitas vezes surge o medo de enfrentar a situação, e todo o trabalho
pode ir fora. Diante disso, o medo de falar em público pode ser causado por:

 Necessidade de atingir padrões excessivamente elevados perante si mesmo;

 Mecanismo de defesa contra a dor causada por uma possível rejeição

 Considerar que não será ouvido nem compreendido;

 Despreparo quanto ao assunto a ser abordado;

 Medo de ter medo;

 Considerar que não está em igualdade econômica, social ou intelectual com


a platéia e, portanto, dar a ela importância desmedida.

5.1. O que é preciso saber para controlarmos o medo de falar em público?

A maioria das pessoas tem medo de se apresentar em público e esse medo está
ligado a responsabilidade perante as pessoas. Assim quanto mais vezes estivermos
dispostas a arriscar, maiores serão as chances para administrar as inibições.

5.2. Dicas práticas para controlar o medo de falar em público

1)Saiba o que vai dizer no início (introdução), quase palavra por palavra, pois nesse
momento ocorre maior liberação de adrenalina.

2)Faça tópicos, um roteiro de apresentação, mesmo que não precise dele. É só para
dar mais segurança.

3)Para discurso ou mensagem, imprima o texto em um cartão grosso ou cole a folha


de papel numa cartolina. Assim, se as suas mãos tremerem um pouco o público
não perceberá e você ficará mais tranqüilo.

4)Ao chegar no local da apresentação, não tenha pressa para iniciar, respire
calmamente, acerte seu microfone e inicie com a voz mais baixa, para não
demonstrar a instabilidade emocional para o público.
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5)Procure prever as possíveis perguntas, preparando-se adequadamente para
respondê-las com objetividade.

6)Em caso de esquecimento, não se desespere. Repita a última frase para tentar
lembrar a seqüência. Caso este recurso falhe, diga aos ouvintes que mais a frente
voltará ao assunto. Se ainda não se lembrar, provavelmente ninguém irá cobrá-lo
por isso.

Obs: Para maior compreensão e domínio do assunto Glossofobia (medo de falar


em público), convém adquirir o manual de autoria do formador José Lemuel,
intitulado "como vencer o medo de falar em público?".

6. TÉCNICAS DE ORATÓRIA PARA ESTUDANTES,


PROFESSORES, PALESTRANTES E OUTROS ORADORES

Técnica pode ser definida como maneira, jeito ou habilidade especial de executar ou
fazer algo. Para que o estudante, o professor, o palestrante, o moderador e o
pregador possa se comunicar com sucesso existem maneiras apropriadas para tal.

Para Maria Alzira Pimenta “qualquer técnica aprendida precisa ser incorporada,
internalizada para que seja usada com naturalidade, segundo a maneira de ser e o
estilo de cada um”7. Assim, a postura mais viável é desejar aprender
constantemente.

As técnicas de apresentação podem ser aprendidas e praticadas visando ao


aprimoramento das habilidades de comunicação fazendo assim com que o orador
possa ter sucesso em suas aulas, palestras, eventos, cultos religiosos e diversas
apresentações. A seguir, uma série de dicas importantes para o seu
aperfeiçoamento:

1) Respiração – tranqüilize-se

O primeiro passo para uma boa apresentação é estar tranqüilo. Para controlar a
ansiedade, antes de iniciar a apresentação é importante fazer a respiração
abdominal – pelo menos três vezes – com o objetivo de oxigenar o cérebro.

Durante a apresentação é importante manter uma respiração pausada para que não
se atropelem as palavras e assim torne sua aula ininteligível.

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2) A voz

É importante diferenciar o tom da sua voz para lugares grandes e pequenos. Você
deverá falar mais alto ou mais baixo dependendo da acústica do local, da distância
em que se encontrar do último ouvinte da platéia, dos ruídos que possam interferir na
compreensão do público.

3) Sotaque:
É natural. Não se deve procurar escondê-lo, desde que as pessoas entendam
perfeitamente suas frases e o uso do sotaque não venha a interferir na credibilidade
do orador, o que depende do tipo de platéia ouvinte.

4) Dicção

Pronunciar bem as palavras leva a melhor compreensão por parte dos ouvintes e o
melhor aproveitamento do conteúdo, por isso procure sempre pronunciar
corretamente os sons das palavras e às concordâncias verbais. Na maioria dos
casos, os problemas de dicção advêm da falta de hábito da leitura e alguns erros
acontecem por desconhecimento do significado, escrita e pronúncia da palavra.

DICAS PARA MELHORAR A DICÇÃO

Faça os exercícios vocais sem se preocupar com a aparência, portanto exagere


na articulação, no volume e na expressão, abrindo bem a boca. No início, pode
até soar artificial, mas na hora da fala você perceberá o resultado prático do
exercício.

Obs: Treine todos exercícios de dicção propostos pelo formador, principalmente o


trava-língua.

5) Ênfase

Nada mais é do que chamar a atenção para algo que você julgue ser o fato, a
palavra ou o foco principal de sua fala, por isso ao fazer alguma leitura é importante
identificar o contexto e já mentalmente escolher as palavras principais que devem ser
dadas ênfase. Ou seja, dar mais brilho, clímax na hora da apresentação.

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DICAS PARA ENFATIZAR

1) Trabalhe a intensidade vocal abaixando, diminuindo, acelerando ou pausando a voz


propositadamente.
2) Grife palavras, frases ou expressões que no que texto indique as ideias principais.
Faça perguntas retóricas ou dramáticas essas perguntas chamam a atenção do
público os trazendo a uma reflexão.
3) Use pausas estratégicas antes ou depois de uma declaração importante. Transmita
emoção.
4) Use gestos e expressões faciais, combinados com a voz que valorizam ainda mais o
momento de ênfase.

6) Pausas

A pausa é um recurso que permite ao orador respirar, pensar no que vai dizer,
mudando, inclusive, o tom da voz. A pausa bem aplicada possui uma dupla
vantagem: valoriza a informação que foi dada, dando ao auditório tempo para
assimilar o que foi dito e ao mesmo tempo cria uma expectativa para o que vai ser
dito. Normalmente é empregada antes ou depois de um ponto relevante. Embora
assuste os oradores inexperientes, é um dos recursos mais importantes da oratória,
dá tempo ao orador de olhar para a plateia com senso crítico sobre suas reações e
perceber a linguagem não verbal dos ouvintes.

7) Repetições

Cuidado com repetições de palavras como: né? Ok? Tá? E outras. Esses recursos
costumam ser utilizados quando o orador quer enfatizar o assunto ou buscar
aprovação da platéia. Evite-os, pois em excesso servem para deixar a fala caricata e
desagradável de ouvir. Preste atenção ao seu próprio discurso e perceba se existe
um chavão, vícios de linguagem ou palavra que costuma repetir. Experimente
construir suas frases sem eles e ouça como irá soar de maneira mais agradável.

Pessoas que falam devagar tendem a preencher os espaços de tempo com sons do
tipo: ãããããã ou éééééé.

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8) Vocabulário

O seu vocabulário deverá estar de acordo com o público alvo da aula ou palestra. No
caso do uso das siglas, utilize-as somente se você tiver certeza que seu público está
familiarizado com elas.

9) Linguagem fática

Linguagem fática, ou função fática da linguagem está “centralizada no canal, tendo


como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do
canal” (BECHARA, 2000). É o tipo de linguagem das falas telefônicas, saudações e
similares. Numa situação de sala de aula ou palestra é interessante que o instrutor
faça uso da linguagem fática como recurso para verificar se o canal de comunicação
está funcionando ou se ele está sendo compreendido pelas pessoas que o ouvem.

A seguir alguns exemplos da função fática: (NICOLA, 2004)

Ex: “entenderam?”.

Ex: “heim!“, “ hum hum!”.

Ex: - olá! Como vai?

10) Domínio do tema

De nada adiantará falar com naturalidade, envolvimento e disposição se não dominar


o assunto a ser apresentado.

11)Posicionamento – o que fazer e o que não fazer

Não fique de costas para o público, mesmo que para mostrar algo que está na sua
apresentação, ao ficar de costas sua voz se perderá e seus ouvintes não o
entenderão. Se quiser apontar algo na apresentação, use uma régua, laser pointer
ou mostre primeiro e explique depois.

Nunca se posicione na frente da luz do data show, pois isso pode ser um grande
incômodo para quem está na platéia tentando fazer anotações ou mesmo prestar
atenção ao que está sendo projetado. Caminhe nas laterais do data show, de
maneira a não atravessar na sua frente.

Evite fazer a sua apresentação sentado, a menos que seja estritamente necessário.
Permanecer sentado tornará sua apresentação cansativa e monótona para a platéia.
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12)Postura e expressão corporal

Pesquisas mostram que as pessoas nos julgam logo nos primeiros 15 segundos
através do impacto visual que causamos, passamos mensagens positivas ou
negativas. Durante as palestras e reuniões, também se confia nestas impressões. O
público analisa o seu comportamento detalhadamente. Qualquer gesto mínimo é
decodificado e serve como medida de avaliação. Não só o seu vestuário, mas
também a sua postura, o aperto de mão e até os movimentos dos braços e pernas.

De acordo com Polito (2006) há dois erros comuns que precisam ser evitados na
gesticulação. O primeiro deles é a ausência de gestos, pois os movimentos do
corpo são importantes no processo de comunicação da mensagem. O outro,
geralmente mais grave do que o primeiro é o exagero de gestos.

Lembre-se sempre com postura ereta e ombros erguidos!

13)As pernas

Procure se posicionar com equilíbrio sobre as duas pernas, evitando ficar apoiado
ora sobre a perna esquerda, ora sobre a direita observe que elas não fiquem
demasiadamente abertas, para que não tornem sua postura deselegante, ou, ao
contrário, que não permaneçam muito juntas, para que sua mobilidade não seja
prejudicada.

14)Os braços e as mãos

Não carregue caneta, papel e outros objetos, pois eles podem muito mais atrapalhar
do que ajudar. Se você estiver visivelmente nervoso, tremerá a mão ao segurar um
papel ou o laser, e isso ficará claro para a platéia. Deixe suas anotações sobre a
mesa e verifique-as quando necessário.

15)Gestos

Ao gesticular, é recomendável fazer os movimentos acima da linha da cintura e


alternar a posição de apoio dos braços, deixando-os às vezes ao longo do corpo, em
outros momentos gesticulando apenas com um deles, para em seguida atuar com os
dois. Dessa forma evitará a rigidez da postura e tornará os gestos mais elegantes e
harmoniosos.

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Evite cruzar os braços, posicioná-los nas costas ou colocar as mãos nos bolsos,
procure fazer os repousos de mãos a frente ou deixar os braços soltos. Se agir assim
com freqüência e por tempo prolongado, talvez demonstre desnecessariamente aos
ouvintes que está inseguro e intranqüilo.

Tome cuidado ainda para não coçar a cabeça o tempo todo, ou ficar segurando
sucessivamente a gola da blusa ou do paletó (bleise).

16)Olhar para a platéia

Olhar na direção das pessoas fará com que elas se sintam incluídas no ambiente,
por isso não esquive o seu olhar. Caso tenha dificuldades em olhar para seu público,
você pode utilizar a Técnica da Triangulação.

17)Continue sendo você mesmo

Parece ironia, mas somente depois que estiver muito bem preparado para falar em
público você conseguirá se expressar diante da platéia mantendo seu estilo e suas
características. E quanto mais espontâneo for, melhores serão os resultados de suas
exposições.

O especialista Reinaldo Polito (2006) recomenda que ao se apresentar diante de um


grupo de pessoas, reflita se está conseguindo se comunicar da mesma maneira
como faria se estivesse conversando à vontade com amigos, familiares ou colegas
de trabalho. Se a resposta for negativa, significa que provavelmente sua maneira de
falar está artificial. Quando tiver condições de levar para frente do público a forma
natural como se comunica com as pessoas de seu relacionamento mais próximo,
terá resolvido uma importante etapa de seu desenvolvimento como comunicador.
18)Estimular perguntas e saber ouvir

Perguntas e respostas fazem parte integrante de uma comunicação efetiva entre o


instrutor e a plateia.

Uma dica útil é iniciar a aula com perguntas abertas sobre o assunto “O que você
faria diante disso?” ou “O que vocês sabem sobre o assunto?”. Ouça o que seus
alunos têm a dizer sobre o assunto, faça anotações num flip chart, por exemplo, ou
simplesmente utilize a fala dos próprios alunos para iniciar a sua. Ouvir as perguntas
e saber aproveitar as contribuições da platéia faz com que os alunos se envolvam
muito mais no processo.
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19)Uso do microfone

Seja com pedestal, seguro na mão ou de lapela, a posição ideal para falar são dez
centímetros da boca, abaixo, na direção do queixo. Não se deve olhar para o
microfone exceto nos primeiros segundos da fala para posicionamento, ou na
eventualidade de ter que virar o corpo para enxergar uma parte lateral da sua
platéia.

Os de pedestais são flexíveis, se seguro com a mão, deve ser posicionado com
distância já referida, e deixado descansado junto com o braço em momentos breves
de intervalo, sempre cuidando o tremer do corpo e os gestos que não podem
afastar o microfone da boca para não perder qualidade de som. Com os de lapela
basta o cuidado de não baixar o rosto por algum motivo, porque a maior
proximidade com o aparelho aumenta consideravelmente o volume da voz. Com
ele, comentários paralelos com outros oradores são impraticáveis.

7. COMO FAZER INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E


CONCLUSÃO IMPACTANTE

Att: Adquira o roteiro do orador.

8. COMO SE COMPORTAR NUMA ENTREVISTA OU NUM DEBATE


DE TELEVISÃO E DE RÁDIO

1) Treine, treine, treine. Simule a entrevista com a ajuda de um amigo e uma


câmera de vídeo. Veja os resultados e corrija as falhas. É um bom caminho para
evitar o nervosismo.

2) Escolha a roupa certa. Prefira peças de cores lisas, nos tons azul, vinho, bege
ou cinza - uma escolha que deve variar conforme o cenário do estúdio (tente
descobrir isso com antecedência). Esqueça as cores berrantes e as meias curtas,
que deixam aparecer a perna. Também é bom evitar acessórios brilhantes e
barulhentos, que desviam a atenção do telespectador.

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3) Saiba antes se é uma entrevista só com você ou um debate, o horário, se é ao
vivo e qual o estilo do entrevistador. No dia D, não se atrase: chegue 20 ou 30
minutos antes de começar. Tome um cafezinho, converse, sinta o ambiente.
Fazendo assim, os riscos de fazer feio diminuem bastante.
4) Cumprimente o entrevistador com um simples "bom dia", "boa tarde" ou "boa
noite". Nada de "é um prazer estar no seu programa", "olá, telespectadores" e
coisas do gênero.
5) Comece a responder à pergunta olhando para o entrevistador, mas depois
volte-se para a câmera. De vez em quando, olhe de novo para ele. O ideal é
olhar de 80% a 90% do tempo para a câmera. Se o programa focalizar vocês
dois o tempo todo (normalmente o estúdio tem uma tem uma TV que mostra o
que está indo ao ar), faça exatamente o contrário, olhando mais para o
entrevistador.
6) Posicione-se na cadeira sem rigidez, mas com elegância. Coloque os dois pés
no chão ou cruze as pernas. Mantenha a cabeça levantada, mas sem exageros,
para não projector uma imagem arrogante. Não faça gestos exagerados nem
fique balançando as pernas ou se mexendo de um lado para o outro na cadeira
giratória.
7) Dê à sua fala, início, meio e fim;
8) Fale com emoção – demonstre interesse e envolvimento pelo assunto

9. PERSUASÃO E GATILHOS MENTAIS

10.CONSIDERAÇÕERS FINAIS

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MACHADO, Romero. Oratória não é dom. Disponível em


http://www.falebemempublico.com.br/?pg=loaditem&item=191. Acesso em 1 de maio
de 2014.

BERNSTEIN, Basil. A estruturação pedagógica do discurso moral. Petrópolis:


Vozes, 1996.

O´CONNOR, J. e SEYMOUR, J. Introdução à programação neurolinguistica:


como entender e influenciar pessoas. 3ª Ed. São Paulo, Summus. 1995.

POLITO, Reinaldo. Técnicas de Apresentação e comunicação in BOOG,Gustavo


G. e Magdalena T. Boog – coord. Manual de Treinamento e Desenvolvimento:

processos e operações /– São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.

SANTOS, Orivaldo E. Oratória a dinâmica da comunicação (Para professores e


pregadores). 2010. Disponível em:

<http://roberiosoares.files.wordpress.com/2010/02/dicas-de-oratoria.pdf>. Acesso em:


27 jun. 2013.

ROCK CONTENT. Ethos, logos e pathos: como Aristóteles inventou (sem


querer) os princípios da redação web. Disponível em:
<https://comunidade.rockcontent.com/ethos-logos-pathos/>. Acesso em: 1 de jun.
2020.

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APÊNDICE

QUADRO NEGRO OU MAGNÉTICO

1) Credita autoridade ao orador, todavia serve para espaços restritos e


auditórios pequenos e torna a apresentação mais demorada.
2) Quando estiver escrevendo é melhor não falar, ou antes ou depois.
3) Não fique na frente do quadro, procure ficar ao lado para não atrapalhar a
visão.
4) O giz amarelo sempre chama mais atenção. Cuidado com os pincéis e
apagador do quadro magnético.
5) Não fique riscando desordenadamente. Tenha sempre um plano claro.
6) Aponte o elemento que será dito.
7) Nunca fale olhando para o quadro.
8) Ao apagar o quadro comece pela parte superior, a parte inferior geralmente
tem dados finais.

REGRAS BÁSICAS DA APRESENTAÇÃO ORAL

1) Fique atento ao tempo estipulado.


2) Cuidado com material fora de sequência ou exibido fora de hora.
3) Evitar ler textos ou ficar confuso.
4) Não fale rápido demais.
5) Não perca suas anotações.
6) Fique atento ao objetivo.
7) Conheça sua plateia.
8) Linguagem simples e clara.
9) Sequência com início, meio, fim e resumo.
10) Não fale de costas para a plateia.

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