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Cara Brittany: Porque nós não precisamos ter tanto medo de morrer e

sofrer para escolhermos o suicídio – Kara Tippetts1

Cara Brittany Maynard,

Esta manhã meu melhor amigo e eu lemos sua história.


Meu coração doeu por você, e eu estou simplesmente entristecida pelo seu tumor
cerebral terminal, pelos menos de seis meses que o médico deu a você, após seu vigésimo
nono aniversário.
Com o coração pesado, eu saí de casa e fui para meu oncologista. Eu também estou
morrendo, Brittany.
Meu oncologista e eu nos sentamos por um longo tempo com corações machucados
pela sua história. Nós falamos em tons suaves, discutindo o caminho difícil que você está
sendo solicitada em caminhar.
Eu vim para casa e meu amigo e eu nos sentamos na cama de minha filha de cinco
anos de idade e oramos por você. Nós simplesmente oramos para que você ouvisse minhas
palavras, do lugar mais terno e belamente quebrantado do meu coração.
Nós oramos para que você ouvisse minhas palavras que estão no papel, vindo de um
lugar de terno amor e saber. Saber o que é conhecer o horizonte de seus dias que uma vez
pareciam sem limites que agora parecem estar escurecendo.
Então, ouça estas palavras de um coração cheio de amor por você.
Brittany, sua vida importa, suas histórias importam, e seus sofrimentos importam.
Obrigado por tirar da privacidade sua história e compartilhá-la abertamente.
Nós te vemos, nós vemos sua vida, e existem inúmeras pessoas que amam seu coração
que estão orando para você mudar de ideia.
Brittany, eu te amo, e eu lamento que você esteja morrendo. Estou pesarosa que nós
estejamos sendo convidadas a caminhar por uma estrada que parece simplesmente impossível
de andar.
Eu penso que o contar de sua história é importante.
Eu penso que é bom para a nossa cultura saber o que está acontecendo em Oregon.

1
TIPPETTS, Kara. Dear Brittany: Why We Don’t Have To Be So Afraid of Dying & Suffering that We
Choose Suicide. Disponível em: <http://www.aholyexperience.com/2014/10/dear-brittany-why-we-dont-have-
to-be-so-afraid-of-dying-suffering-that-we-choose-suicide/>.
É uma discussão que precisa ser trazida para fora dos cantos tranquilos e trazida
brilhantemente à luz. Você compartilhar sua história fez isso. É importante, e é incrivelmente
importante. Obrigada.
Cara amada, nós simplesmente discordamos. Sofrimento não é a ausência da bondade,
não é a ausência da beleza, mas talvez possa ser o lugar onde a verdadeira beleza pode ser
conhecida.
Em sua escolha de sua própria morte, você está roubando aqueles que te amam tão
ternamente, a oportunidade de conhecê-la em seus últimos momentos e estendendo a você
amor em seus últimos suspiros.
Enquanto estava sentada na cama de minha filha orando por você, eu me perguntava
sobre a impossibilidade de compreensão de que um dia a história da minha filha mais nova
será feita bonita na vida dela, porque ter ela testemunhado minha morte.
Aquele último beijo, aquele último toque caloroso, aquele último suspiro, questões –
mas nunca foi destinado a nós decidir quando o último suspiro é respirado.
Conhecendo Jesus, sabendo que Ele entende o meu difícil adeus, Ele caminha comigo
em minha morte. Meu coração anseia para que você possa conhecê-lo em sua morte. Porque,
na morte Dele, Ele protegeu minha vida. Minha vida além deste lugar.
Brittany, quando nós confiamos que Jesus é o portador, protetor, redentor de nossos
corações, morte não é mais morrer. Meu coração anseia para que você possa conhecer esta
verdade, este amor, este viver para sempre.
A você foi dita uma mentira. Uma mentira horrível, que sua morte não vai ser bonita.
Que o sofrimento será muito grande.
Hoje, meu oncologista e eu, falamos de sua morte, de minha morte, e da bela parceria
que eu tenho com meus médicos em me levar para os meus últimos momentos com gentil
cuidado. Por dois mil anos, os médicos têm vivido ao lado do córrego bonito da proteção da
vida e amavelmente encontrando os pacientes em sua morte graciosamente.
O médico que prescreveu para você aquela pílula que você tem com você, que irá
antecipar seu último suspiro, andou longe do juramento de Hipócrates, que diz:
“primeiramente, não fazer o mal”. Ele ou ela se afastou do juramento que tem protegido a
vida e a bela morte que a nós é concedida. Os médicos que concordam com tal medicina estão
caminhando para longe da bela proteção do Juramento de Hipócrates.
Há também pessoas que estão falando em tons feios, que fazem aqueles de nós que
acreditamos em Jesus parecerem perigosos, cruéis, ou desamorosos. Você nos perdoará pelas
vozes que parecem estar gritando com você de um coração que não é amoroso.
Mas em minha voz sussurrante, suplicante e que ama, cara amada – você vai ouvir
meu coração lhe solicitar, pedir, implorar – para não tomar essa pílula. Sim, sua morte vai ser
difícil, mas ela não será sem beleza. Você poderia confiar em mim quanto a essa verdade.
Mais importante, você ouvirá de meu coração que Jesus ama você. Ele ama você. Ele
te ama. Ele morreu uma morte horrível na cruz, para que você pudesse o conhecer hoje, para
que nós não mais vivêssemos separados dele e em nossa morte. Ele morreu e sua morte
aconteceu, não é simplesmente uma história.
Ele morreu e Ele venceu a morte três dias depois, e nesse vencer a morte Ele venceu a
morte que você e eu estamos enfrentando em nosso câncer. Ele espera conhecer você, para
pastorear você em sua morte, e dar para você vida e dar para você vida abundante – vida
eterna.
Para todos os que vivem sabendo que a morte é iminente – que todos nós um dia
enfrentaremos isso – esta é a questão mais importante. Quem é este Jesus, e o que ele tem a
ver com a minha morte? Por favor, não tome a pílula antes que você pergunte a si mesma essa
pergunta.
É uma pergunta que todos nós devemos perguntar, como nós que estamos todos
morrendo.
Eu recentemente escrevi um livro, The Hardest Peace (A mais difícil paz), e eu
também blogo sobre minha jornada da vida e minha jornada rumo ao meu último fôlego. Não
é simplesmente uma história de morrer de câncer, mas de viver este fôlego. É um livro para
cada um de nós que tem fôlego ainda para respirar, para abraçar nossa vida, e olhar sobre
nosso morrer com graça. Viver em GRANDE AMOR e encontrar meu fim em amor.
Impressionante e importante amor.
Mas mais do que meu livro, eu saltaria em um avião amanhã para te conhecer e
compartilhar o belo quebrantamento de minha história e conhecê-la em seu, se você
considerar em me ter.
Eu oro para que minhas palavras cheguem até você.
Eu oro para que eles atinjam as multidões que estão olhando para a sua história e
acreditando na mentira de que o sofrimento é um erro, que morrer não deve ser enfrentado,
que escolher nossa morte é a história corajosa.
Não – a antecipação da morte nunca foi o que Deus intendeu.
Mas, na nossa morte, Ele nos encontra com sua bela graça.
O juramento de Hipócrates importa, e aqueles que estão optando por andar longe dele
precisam ser desafiados.
Meu coração dói que eles decidiram não nadar às margens da graça que protegem em
nosso viver e morrer.
Eu faço parceria com o meu médico em minha morte, e ela será uma viagem bela e
dolorosa para todos nós.
Mas, ouça-me – não é um erro – beleza vai nos encontrar naquele último suspiro.

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