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1) A competência definida de acordo com a modalidade da infração é espécie de

competência absoluta, e é especificada pelas leis e normas de organização judiciária e


também pela CF, no caso do tribunal do júri.

  Certo     Errado

Competência absoluta é aquela fixada em favor do interesse público. Seu critério não
comporta violação. Ocorrerá nulidade absoluta se houver violação. 

- razão da matéria
- razão da pessoa

Competência relativa será fixada em favor das partes. Esse critério admite violação. Logo,
eventual vício pode ser convalidado.

- competência territorial (ratione locci)

Correta

2) Considere que em determinada ação penal foi realizada perícia de natureza contábil,
nos moldes determinados pela legislação pertinente, o que resultou na elaboração do
competente laudo de exame pericial. Na fase decisória, o juiz discordou das
conclusões dos peritos e, de forma fundamentada, descartou o laudo pericial ao
exarar a sentença. Nessa situação, a sentença é nula, pois o exame pericial vincula o
juiz da causa.

  Certo        Errado

A questão traz ao debate o estabelecido no art. 155 do CPP, ou seja, o princípio do livre
convencimento motivado, já que o juiz fundamentou a decisão contrária ao laudo pericial
elaborado.
Outro aspecto é que nenhuma prova possui valor absoluto, mas sim, todas as provas
possuem valores relativos, motivo pelo qual o laudo pericial deve ser analisado com as demais
provas produzidas sob o crivo do contraditório judicial para que possa ser elemento de
convicção do juiz para eventual condenação.

O CPP adotou o sistema liberatório de apreciação do laudo pericial, pelo qual o juiz não fica
adstrito ao laudo.
Para Fernando Capez, no sistema liberatório, o juiz tem liberdade de aceitação ou não do
laudo. É o sistema decorrente do principio do livre convencimento, sendo adotado pelo CPP
segundo o art. 182.

João, imputável, agrediu fisicamente Francisco, produzindo-lhe lesões corporais


leves. Transcorridos alguns dias após a agressão, Francisco compareceu à repartição
policial, onde noticiou o crime. Encaminhado para exame pericial, ficou constatado
que não mais existiam lesões. 

Nessa situação, por terem desaparecido os vestígios, a materialidade do delito poderá


ser demonstrada por meio de prova testemunhal. 

  Certo      Errado

A questão está CERTA

CPP Art. 167.  Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

Exame de corpo de delito direto e exame de corpo de delito indireto


Exame de corpo de delito direto: é o exame feito por perito sobre o próprio corpo de
delito.

Exame de corpo de delito indireto: há duas principais correntes que procuram


estabelecer o que seria tal exame: 

1ª corrente: o exame indireto seria a prova testemunhal ou documental suprindo a


ausência do exame direto – corrente majoritária na jurisprudência (fundamentação no art.
167 do CPP)

Art.  167.   Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

Não se faz distinção entre corpo de delito e exame de corpo de delito, pois ambos
representam o próprio crime em sua materialidade.

 Certo      Errado

Corpo de Delito: há infrações penais que não deixam vestígios materiais, como é o caso dos
crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria) quando praticados oralmente, ou o
desacato. Mas há infrações penais que deixam vestígios materiais, como é o caso do
homicídio, o roubo, o estupro, a falsificação. O corpo de delito é o conjunto de vestígios
materiais deixados pela infração penal. Corpo de delito é a materialidade do crime. As
alterações no mundo das coisas, derivadas do crime, são os rastros materiais do crime .
Exemplo: cadáver, janela arrombada, chave utilizada, etc.
Exame de Corpo de Delito: é o exame realizado nos vestígios materiais deixados pela
infração penal. É o auto em que os peritos descrevem suas observações e se destina a
comprovar a existência do delito.

Por determinação legal, o exame necroscópico ou cadavérico deve ser realizado pelo
menos seis horas após o óbito. Todavia, tal obrigatoriedade é dispensada se houver
evidência da morte, como ausência de movimentos respiratórios, desaparecimento do
pulso ou enregelamento do corpo.

 Certo       Errado

CERTO

Dispõe a lei processual penal que os exames de corpo de delito e as outras perícias
serão feitos por dois peritos oficiais, o que significa que esses técnicos podem
desempenhar suas funções independentemente de nomeação da autoridade policial
ou do juiz, uma vez que a investidura em tais cargos advém da lei.

  Certo        Errado

Errada a questão.
GABARITO DESATUALIZADO, POIS, COM A NOVA ATUAL REDAÇÃO.
Números de Peritos - SE FOR OFICIAL = 1 SÓ PERITO 
                             - SE NÃO FOR OFICIAL = 2 PERITOS 

Apenas para complementar os comentários acima, a súmula 361, STF que refere:
“No processo penal, é nulo o exame realizado por um só perito, considerando-se impedido o
que tiver funcionando anteriormente na diligência de apreensão”

Tal súmula, com o advento da reforma do CPP, continua válida somente quanto aos peritos
não-oficiais, sendo que quanto ao perito oficial, pela leitura da nova lei, basta apenas um.
Na apreciação do  habeas corpus, o órgão jurisdicional não está vinculado à causa de
pedir e ao pedido, podendo, assim, ser a ordem concedida, em sentido diverso ou
mais amplo do que foi pleiteado ou mencionado pelo impetrante.  

  Certo       Errado

Na apreciação de hábeas corpus, o órgão competente para seu julgamento não está vinculado
à causa de pedir e pedido formulados. Havendo, pois, a convicção sobre a existência de ato
ilegal não veiculado pelo impetrante, cumpre-lhe afastá-lo, ainda que isto implique concessão
de ordem em sentido diverso do pleiteado, conforme se depreende do art. 654, § 2.°, do
Código de Processo Penal

Um juiz de direito, por motivo fútil, praticou um homicídio doloso, restando


devidamente apurada a sua responsabilidade pelo crime.  

Nessa situação, será competente para o processo e o julgamento do crime o tribunal


do júri do local onde ocorreu o delito, pois incide a norma constitucional quanto à
competência do júri para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.  

  Certo       Errado

Se o foro por prerrogativa de função estiver estabelecido na CF, prevalece sobre a


competência do júri, ex.: deputado federal que mata alguém será julgado no STF, mas se o
parlamentar federal renuncia ao cargo, perderá ao foro por prerrogativa de função. Se o foro
por prerrogativa de função estiver estabelecido exclusivamente na Constituição Estadual, não
prevalece sobre a competência do júri.

SÚMULA Nº. 721 do STF A COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL DO TRIBUNAL DO JÚRI


PREVALECE SOBRE O FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO ESTABELECIDA
EXCLUSIVAMENTE PELA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL.
A transação penal prevista na lei que dispõe acerca dos juizados especiais criminais
implica suspensão do curso processual até o prazo final do acordo transacional, não
resultando em reincidência, sendo vedado o registro do feito em certidão de
antecedentes criminais.

 Certo       Errado

Se no caso de representação, ou seja, posteriormente a tentativa de composição civil não


obtida, iniciado o processo penal, a pena não implicará em reincidência (art. 76 parágrafo 4
da lei 9099/95), que dirá na composição civil que o processo não existiu.
Entenda como um bate papo entre as partes e o juiz, onde este pergunta se há possibilidade
de se resolver a pendenga pagando um valor em dinheiro, doando cestas básicas para
instituições, etc.
Se isso for possível, o juiz homologa o acordo e pronto, nenhuma conseqüência criminal
sofrerá o "réu".  Questão certa

Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública


incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.

 § 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz


aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo
registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.

O prazo do inquérito policial, se o indiciado estiver preso em virtude de prisão


temporária, será de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco dias, havendo exceção
para determinados casos, a exemplo dos crimes de tráfico de entorpecentes ou
tortura, em que o prazo se estende para 30 dias, prorrogáveis por igual período, em
caso de extrema e comprovada necessidade. 

  Certo       Errado

Lei n. 5.010/66 – prazo na Justiça Federal:


Art. 66. O prazo para conclusão do inquérito policial será de quinze dias, quando o indiciado
estiver preso, podendo ser prorrogado por mais quinze dias, a pedido, devidamente
fundamentado, da autoridade policial e deferido pelo Juiz a que competir o conhecimento do
processo.

ASSERTIVA CERTA

Art. 2° A prisão temporária será decretada pelo Juiz, em face da representação da


autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público, e terá o prazo de 5 (cinco)
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

No caso de crimes de tortura e tráfico de entorpecentes o prazo será de 30 dias


prorrogáveis por mais 30. O inquérito, porém, poderá ultrapassar esse prazo, mas o
indiciado deverá ser posto em liberdade.

  Réu preso Réu solto

CPP 10 dias 30 dias

A lei não fala, então 30 dias q é


Lei de organização da JF 15 + 15 dias
o prazo do CPP

Lei de drogas 30 + 30 dias 90 + 90 dias

Lei de crimes contra


10 dias 10 dias
economia popular

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