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NR-12

SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

PASSO A PASSO PARA OBTER SUCESSO NA


IMPLEMENTAÇÃO DA NR-12

EDIÇÃO MAIO 2020


SUMÁRIO
OBJETIVO DESTE EBOOK 2
APLICABILIDADE DA NR-12 3
O QUE SÃO NORMAS REGULAMENTADORAS? 4
DIFERENÇAS ENTRE NORMAS TÉCNICAS E LEGISLAÇÕES 5
ORIGENS DA NR-12 6
ATUALIZAÇÕES DA NR-12 7
FOCO DA “NOVA NR-12” 8
ESTRUTURA DA NR-12 9
ESTRUTURA DAS NORMAS TÉCNICAS DE SEGURANÇA 10
PASSO A PASSO PARA ADEQUAÇÃO 11
PASSO 1: APRECIAÇÃO DE RISCOS 12
PASSO 2: PROJETO CONCEITUAL 13
PASSO 3: PROJETO EXECUTIVO 14
PASSO 4: IMPLEMENTAÇÃO 15
PASSO 5: VALIDAÇÃO FINAL 16
DOCUMENTAÇÃO AO FINAL DA ADEQUAÇÃO 17
SOBRE A ARSAFE ENGENHARIA 18

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OBJETIVO DESTE EBOOK
Este documento foi elaborado para servir como guia para que você possa
adequar as máquinas e equipamentos de sua empresa aos requisitos da
norma regulamentadora 12.

O passo a passo apresentado é uma boa maneira para evitar desperdícios


durante o processo de adequação das máquinas e equipamentos.

Vale destacar que antes de tudo você deve possuir sempre a versão
atualizada da NR-12 para verificação das exigências. Por se tratar de uma
legislação você pode fazer o download gratuito através do site da Escola
Nacional da Inspeção do Trabalho (ENIT):
https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-12.pdf

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APLICABILIDADE DA NR-12
Máquinas e equipamentos novos e usados, exceto nos itens em que houver
menção específica quanto à sua aplicabilidade.

As máquinas e equipamentos comprovadamente destinados à exportação


estão isentos do atendimento dos requisitos técnicos de segurança previstos
na NR-12.

A NR-12 não se aplica:


a) às máquinas e equipamentos movidos ou impulsionados por força
humana ou animal;
b) às máquinas e equipamentos expostos em museus, feiras e eventos, para
fins históricos ou que sejam considerados como antiguidades e não sejam
mais empregados com fins produtivos, desde que sejam adotadas medidas
que garantam a preservação da integridade física dos visitantes e
expositores;
c) às máquinas e equipamentos classificados como eletrodomésticos;
d) aos equipamentos estáticos (toda estrutura ou edificação que não possua
movimentos mecânicos de partes móveis realizados por força motriz
própria);
e) às ferramentas portáteis e ferramentas transportáveis
(semiestacionárias), operadas eletricamente, que atendam aos princípios
construtivos estabelecidos em norma técnica tipo “C” (parte geral e
específica) nacional ou, na ausência desta, em norma técnica internacional
aplicável;
f) às máquinas certificadas pelo INMETRO, desde que atendidos todos os
requisitos técnicos de construção relacionados à segurança da máquina.

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O QUE SÃO NORMAS
REGULAMENTADORAS?
 Instrumentos legais elaborados e revisados pelo Ministério da Economia
(antigo Ministério do Trabalho) que regulamentam e fornecem
orientações sobre obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por
empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro
e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho;

 São disposições complementares ao capítulo V da CLT, portanto, se


aplicam à todas as empresas que possuam funcionários neste regime de
contratação;

 Seu descumprimento poderá resultar em notificação, autuação,


interdição ou embargo e penalidades de ambiente específico ou do
estabelecimento inteiro e, também, em ações regressivas (Lei 8.213 / 91)
por parte da Previdência Social.

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DIFERENÇAS ENTRE NORMAS TÉCNICAS E
LEGISLAÇÕES
 Normas Regulamentadoras: possuem força de lei. Tratam-se do conjunto
de requisitos e procedimentos relativos à segurança e medicina do
trabalho, de observância obrigatória às empresas privadas, públicas e
órgãos do governo que possuam empregados regidos pela Consolidação
das Leis do Trabalho – CLT;

 Normas Técnicas Oficiais (emitidas pela ABNT): norma é o documento


estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido,
que fornece regras, diretrizes ou características mínimas para atividades
ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de
ordenação em um dado contexto;

 Normas Internacionais: normas técnicas, de abrangência mundial,


estabelecidas por um Organismo Internacional de Normalização. São
reconhecidas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) como a base
para o comércio internacional.
Exemplos:
- International Organization for Standardization (ISO)
- International Electrotechnical Commission (IEC)

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ORIGENS DA NR-12
 Lei 6.514, de 22/12/77 - Altera o Capítulo V do Título II da CLT, relativo a
segurança e medicina do trabalho e dá outras providências;

 Portaria MTb 3.214/78, de 08/06/1978 - Aprova as Normas


Regulamentadoras – NRs;

 NR-12, de 08/06/1978 - Máquinas e Equipamentos;

 “Nova NR-12”, de 24/12/2010 - Segurança no Trabalho em Máquinas e


Equipamentos (Portaria 197/10).

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ATUALIZAÇÕES DA NR-12

REESTRUTURAÇÃO

REESTRUTURAÇÃO

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FOCO DA “NOVA NR-12”
A construção da “nova NR-12” foi fundamentada em normas nacionais e
internacionais consolidadas e já existentes há anos, tendo buscado, dentre
outras coisas, harmonizar a legislação nacional com as normas
internacionais, propiciando um tratamento equânime entre as máquinas
fabricadas no país e as máquinas importadas.

Seu objetivo principal foi a redução do número alarmante de acidentes de


trabalho em máquinas no país.

Os requisitos da NR-12 definem referências técnicas, princípios


fundamentais e medidas de proteção para resguardar a saúde e a
integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a
prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de
utilização de máquinas e equipamentos, e ainda à sua fabricação,
importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título, em todas
as atividades econômicas, sem prejuízo da observância do disposto nas
demais NRs aprovadas pela Portaria MTb n.º 3.214, de 8 de junho de 1978,
nas normas técnicas oficiais ou nas normas internacionais aplicáveis e, na
ausência ou omissão destas, opcionalmente, nas normas Europeias tipo “C”
harmonizadas.

Entende-se como fase de utilização o transporte, montagem, instalação,


ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e desmonte
da máquina ou equipamento.

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ESTRUTURA DA NR-12
A Norma Regulamentadora 12 tem como corpo principal 18 Capítulos e 12
Anexos.

CAPÍTULOS: ANEXOS:

12.1 Princípios gerais Anexo I - Requisitos para o uso de


detectores de presença optoeletrônicos
12.2 Arranjo físico e instalações
Anexo II - Conteúdo programático da
12.3 Instalações e dispositivos elétricos
capacitação
12.4 Dispositivo de partida, acionamento e parada
Anexo III - Meios de acesso à Máquinas
12.5 Sistemas de segurança e equipamentos

12.6 Dispositivos de parada de emergência Anexo IV – Glossário

12.7 Componentes pressurizados Anexo V – Motoserras

12.8 Transportadores de materiais Anexo VI - Máquinas para panificação e


confeitaria
12.9 Aspectos ergonômicos
Anexo VII - Máquinas para açougue,
12.10 Riscos adicionais mercearia, bares e restaurantes
12.11 Manutenção, inspeção, preparação, ajuste, reparo e limpeza Anexo VIII - Prensas e similares
12.12 Sinalização Anexo IX - Injetora de materiais
12.13 Manuais plásticos

12.14 Procedimentos de trabalho e segurança Anexo X - Máquinas para fabricação de


calçados e afins
12.15 Projeto, fabricação, importação, venda, locação, leilão,
cessão à qualquer título e exposição Anexo XI - Máquinas e implementos
para uso agrícola e florestal
12.16 Capacitação
Anexo XII - Equipamentos de guindar
12.17 Outros requisitos específicos de segurança para elevação de pessoas e realização
12.18 Disposições finais

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ESTRUTURA DAS NORMAS TÉCNICAS DE
SEGURANÇA
A metodologia adotada prevê o estabelecimento de uma hierarquia no
processo de elaboração de normas, dividido em diversas categorias, para
evitar a repetição de tarefas e para criar uma lógica que permita um trabalho
rápido, facilitando a referência cruzada entre estas. A estrutura das normas
é a seguinte:

 As normas do tipo–A (normas fundamentais de segurança), que definem


com rigor conceitos fundamentais, princípios de concepção e aspectos
gerais válidos para todos os tipos de máquinas;

 As normas do tipo–B (normas de segurança relativas a um grupo), que


tratam de um aspecto ou de um tipo de dispositivo condicionador de
segurança, aplicáveis a uma gama extensa de máquinas, sendo:
o as normas do tipo–B1 sobre aspectos particulares de segurança (por
exemplo, distâncias de segurança, temperatura de superfície, ruído); e
o as normas do tipo–B2 sobre dispositivos condicionadores de
segurança (por exemplo, comandos bimanuais, dispositivos de
intertravamento, dispositivos sensíveis à pressão, proteções);

 As normas do tipo–C (normas de segurança por categoria de máquinas),


que dão prescrições detalhadas de segurança aplicáveis a uma máquina
em particular ou a um grupo de máquinas.

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PASSO A PASSO PARA ADEQUAÇÃO
É de extrema importância que a empresa selecionada para realizar a
adequação tenha know-how em legislações e normas de segurança.
Outro ponto de atenção é que o passo a passo é um ciclo, logo deve-se
manter a condição de segurança ao longo do tempo. Mudanças no processo,
alteração de layout, surgimento de novas tecnologias, desgaste nos sistemas
de frenagem, dentre outros são motivos para reavaliar se o sistema de
segurança da máquina continua sendo suficiente para redução dos riscos
existentes.

!
NR12
ISO IEC
...

10111

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PASSO 1: APRECIAÇÃO DE RISCOS
Deve-se seguir as orientações da norma NBR ISO 12100:2013 “Segurança de
máquinas - Princípios gerais de projeto - Apreciação e redução de riscos”:
APRECIAÇÃO DE RISCO
ANÁLISE DE RISCO
INÍCIO

DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DA MÁQUINA

IDENTIFICAÇÃO DO PERIGO

ESTIMATIVA DOS RISCOS

AVALIAÇÃO DOS RISCOS

SIM

NÃO OS RISCOS FORAM SIM


OUTROS RISCOS
REDUZIDOS FIM
GERADOS?
ADEQUADAMENTE?

NÃO
PROCESSO DE REDUÇÃO DE RISCOS

Uma apreciação de riscos bem elaborada possibilita:


• Identificar e selecionar as técnicas de redução de riscos mais
adequadas à situação;
• Projetar o sistema de controle e segurança;
• Identificar quais treinamentos serão necessários e para qual público;
• Identificar quais os elementos chave de treinamento que deverão ser
inclusos no manual de operação da máquina/equipamento;
• Identificar qual o nível de segurança necessário para cada um dos
circuitos de segurança (Categoria de Segurança e Performance Level,
conforme NBR ISO 13849-1).

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PASSO 2: PROJETO CONCEITUAL
O objetivo do projeto conceitual é buscar a melhor solução de segurança
para as máquinas e equipamentos.

A cooperação entre a empresa responsável pela adequação e a equipe


multidisciplinar da empresa contratante nesta fase é a chave de sucesso
para desenvolver soluções que sejam seguras e que não impactem na
produtividade.

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PASSO 3: PROJETO EXECUTIVO
Nesta etapa, baseado no projeto conceitual, são desenvolvidos os projetos
de segurança do sistema de controle, mecânicos, pneumáticos e hidráulicos.

A documentação gerada normalmente envolve: diagramas, lista de peças e


materiais, lista de itens de reposição, softwares de CLPs, memoriais de
cálculo, relatórios de ensaios e medições aplicáveis, etc.

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PASSO 4: IMPLEMENTAÇÃO
Através do planejamento adequado e de uma equipe experiente deve-se
realizar o comissionamento e instalação das proteções na
máquina/equipamento conforme definido nos projetos executivos.

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PASSO 5: VALIDAÇÃO FINAL
Após a etapa de implementação devem ser realizados testes funcionais e
inspeções para validar a instalação e funcionamento dos dispositivos de
segurança, assegurando que os riscos identificados na apreciação de riscos
foram reduzidos para níveis aceitáveis e que novos perigos não foram
criados durante o processo de adequação.
Conforme indicado na NR-12 o sistema de segurança deve estar sob
responsabilidade de um profissional legalmente habilitado. Portanto, para
atestar o processo de validação deve ser emitido um relatório técnico
acompanhado de uma ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).

Devem ser realizadas inspeções periódicas para assegurar que as condições


de segurança não foram alteradas.

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DOCUMENTAÇÃO AO FINAL DA
ADEQUAÇÃO
Em conformidade com a subseção 12.18.2 da NR-12 toda a documentação
deve ficar à disposição da Auditoria Fiscal do Trabalho, apresentado em
formato digital ou meio físico.

Dentre a documentação mencionada acima estão:


 Apreciação de riscos pré-adequação;
 Projetos de adequação (software, elétrico, pneumático, hidráulico,
mecânico);
 Memoriais de cálculo;
 Apreciação de riscos pós-adequação (validação);
 Procedimentos operacionais de segurança;
 Manual de instruções;
 Programa, registro e avaliação da capacitação dada aos trabalhadores que
realizam intervenções nas máquinas;
 ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica) relacionadas aos trabalhos
técnicos elaborados durante a adequação;
 Etc.

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SOBRE A ARSAFE ENGENHARIA
Fundada em 2018 atua com consultoria e treinamento para o desenvolvimento de soluções de automação e
sistemas de segurança de máquinas e equipamentos (NR-12) para os mais diversos segmentos da indústria.

Outros serviços de segurança:

Elaboração de Inventário de
Máquinas e Equipamentos

!
Procedimentos LOTO
NR12
ISO IEC
...

Traduções técnicas e reconstituição


de manuais conforme NR-12

Medição do tempo de parada e


cálculo conforme NBR ISO 13855 p/
posicionar dispositivos de proteção

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Treinamentos NR-12 e outras


normas de segurança

Carta de Capacitação do Responsável Técnico


Ronaldo Ribeiro dos Santos – www.linkedin.com/in/ronaldo-ribeiro-dos-santos-8160bb34
• Atuando desde 2010 em clientes multinacionais, exclusivamente em consultoria e treinamento, para
adequação de máquinas e equipamentos à NR-12 e demais normas técnicas de segurança nacionais e
internacionais aplicáveis, com o objetivo de entregar valor ao cliente através da busca contínua de
conhecimento nas melhores instituições nacionais/internacionais relacionadas ao tema. Know-how obtido
através da participação em adequações de segurança de mais de 3000 máquinas e equipamentos em clientes
multinacionais de diversos segmentos com forte foco na segurança e produtividade;
• Alguns dos principais clientes atendidos desde 2010: thyssenkrupp, Mercedes-Benz, Nissan, Ford,
Volkswagen, Jaguar Land Rover, Goodyear, Pirelli, Bridgestone, Eaton, Meritor, ITM, Uliana, Polimetri, Magna,
Cummins, Ball, Gates, Etex Group, Siemens, Philips Morris, Whirlpool, West Rock Rigesa, BRF, JBS, Mondelez,
Unilever, Pepsico, P&G, Fameccanica, Nestlé, Kimberly-Clark, Tenaris Confab, 3M, Givaudan, Blanver, Placo,
Stolle Machinery, Crown Packaging, etc;
• Trabalhos internacionais realizados em: Chile (2013), República Dominicana (2017), Trinidad (2017) e
México (2017);
• Engenheiro de Controle e Automação (Instituto Mauá de Tecnologia, 2012);
• Engenheiro de Segurança do Trabalho (USP, 2017);
• Certified Machinery Safety Expert, CMSE® – TÜV NORD (Certificação Internacional, 2013);
• Functional Safety Engineer – TÜV Rheinland, #14221/17 (Certificação Internacional, 2016);
• Participante da Comissão de Estudos da ABNT para Segurança de Máquinas de Uso Geral (CE-
004:026.001): Foco em elaborar/revisar normas técnicas nacionais.

18
ARSafe Engenharia Ltda
Rua Juquiá, 1124 – Vila Eldízia
Santo André / SP – CEP: 09181-720
Fone: +55 11 998554-4008
E-mail: arsafeeng@gmail.com
https://www.linkedin.com/company/arsafe-engenharia-ltda

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