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Julho 2015
Índice
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1. Caracterização da Entidade
O presente projeto é apresentado pela Santa Casa da Misericórdia de Vizela, Instituição Particular de
Solidariedade Social, sem fins lucrativos, com sede na União das Freguesias de Caldas de Vizela (S.
Miguel e S. João), concelho de Vizela, e decorre de uma atuação pautada com missão, objetivos e
princípios institucionais, de cariz social.
Esta instituição foi criada em 25 de março de 1913. Nessa data passou a ser uma “associação de
fiéis, constituída na ordem jurídica canónica, com o objetivo de satisfazer carências sociais, quer de
ordem material, quer espiritual, e praticar atos de culto católico, de harmonia com o seu espírito
tradicional, informado pelos princípios da doutrina e moral cristãs.” (in: Compromisso da Irmandade).
Assim, em 1918, as Instalações do Hospital de Vizela foram abertas a título provisório. A inauguração
solene do Hospital teve lugar em fevereiro de 1923, sendo a sua administração feita pela Santa Casa
da Misericórdia de Guimarães até 1952. Nesta data, por despacho do Governo de então, o mesmo foi
entregue à Santa Casa da Misericórdia de Vizela, que a partir daí é legítima proprietária do edifício.
Durante os primeiros anos o Hospital prestava basicamente primeiros socorros. No entanto, em 1975,
com as nacionalizações, o Hospital passou a ser administrado pelo Estado durante alguns anos,
tendo depois passado a albergar o Centro de Saúde de Vizela que se manteve até 1993, altura em
que se juntou ao Posto Médico, ou seja, Serviços Sociais e de Assistência, sendo entregue à Santa
Casa de Misericórdia de Vizela.
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A valência Jardim de Infância apoia também 120 crianças, com idades compreendidas entre os três e
os seis anos, abrangendo o pré-escolar, esta valência dispõe de edifício próprio que funciona em
pleno desde 1988.
As valências de apoio à terceira idade surgiram mais recentemente, a Santa Casa da Misericórdia de
Vizela desenvolve a sua atividade desde julho de 1999. Estas valências têm como objetivo principal o
atendimento e acolhimento de pessoas idosas, visando sobretudo contribuir para um
desenvolvimento sadio do processo de velhice, potenciando a integração social desta faixa etária.
Atualmente, apoia 45 idosos na valência Estrutura Residencial para Idosos, 32 Lar de Idosos Privado,
17 em Centro de Dia e 38 no Serviço de Apoio Domiciliário. A população alvo destas valências são
indivíduos, de ambos os sexos, maioritariamente com idades superiores a 65 anos.
Com o passar do tempo, a Instituição tem sido solicitada para a participação em projetos e parcerias
a desenvolver na comunidade, como é o caso do Protocolo do Rendimento Social de Inserção – RSI,
demonstrando que se foi coadunando com as novas problemáticas da nossa sociedade. Celebrado
em 2005 no âmbito de um protocolo com o Centro Distrital de Segurança Social de Braga – CDSSB,
para o desenvolvimento de ações, no âmbito das medidas de política social de Rendimento Social de
Inserção e Ação Social. A população alvo deste projeto são pessoas e famílias, residentes no
concelho de Vizela, em situação de vulnerabilidade e risco social.
Entretanto, em abril de 2011, a Santa Casa da Misericórdia de Vizela abriu a Unidade de Cuidados
Continuados Integrados António Francisco Guimarães (UCCI), que está integrada na Rede Nacional
de Cuidados Continuados Integrados (Rede) e visa prestar cuidados de saúde e de apoio social a
pessoas em situação de dependência temporária ou permanente, independentemente da idade, no
âmbito da média e da longa duração.
A UCCI tem como missão assegurar um conjunto de cuidados de saúde e/ou apoio social,
promovendo a autonomia e melhorando a funcionalidade da pessoa em situação de dependência,
através de um processo ativo e contínuo de reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social,
prestando mais e melhores cuidados de saúde, em tempo útil, com humanidade e numa perspetiva
de solidariedade social. A UCCI disponibiliza duas tipologias de serviço, a Unidade de Média Duração
e Reabilitação, com lotação de 30 camas, e a Unidade de Longa Duração e Reabilitação, também
com 30 camas.
Em jeito de conclusão, importa referir que a Instituição desenvolve a sua atividade nas áreas da
infância e terceira idade, dando apoio diariamente a cerca de 500 utentes, através das suas
valências, nomeadamente, Creche, Jardim de Infância, Estrutura Residencial para Idosos, Centro de
Dia, Serviço de Apoio ao Domicilio e Lar Residencial Privado, Unidade de Cuidados Continuados e
Integrados, Gabinete de Atendimento e Acompanhamento Social (RSI e Ação Social), Cantina Social,
Clínica de Medicina Física e Reabilitação dispondo de mais de 150 funcionários. A Instituição garante
a igualdade de género no acesso ao emprego e a igualdade salarial entre mulheres e homens.
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A estrutura organizativa da Santa Casa de Misericórdia de Vizela assenta numa Gestão de Topo
representada por uma Direção, composta por 19 membros divididos pelos Órgãos da Mesa
Administrativa, Conselho Fiscal e Assembleia-geral, dos quais 17 são homens e 2 são mulheres.
O concelho de Vizela, criado em 1998, pela Lei n.º 63/98 de 1 de Setembro, situa-se no Norte do país
(NUT II) e integra administrativamente o distrito de Braga, que pertence à região tradicional do Minho
e integra ainda os concelhos de Amares, Barcelos, Braga, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto,
Esposende, Fafe, Guimarães, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vieira do Minho, Vila Nova de
Famalicão e Vila Verde.
Em termos de Nomenclatura de Unidade Territorial (NUT) III, Vizela encontra-se integrado no Ave
com os concelhos de Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso,
Vieira do Minho e Vila Nova de Famalicão.
A sede do concelho, cidade de Caldas de Vizela, é constituída pela União das freguesias de Caldas
de Vizela (São Miguel e São João), com mais de 10 600 habitantes, correspondendo a cerca de 45%
da população residente no concelho.
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3. Diagnóstico Social
O concelho de Vizela apresenta uma matriz predominantemente urbana. Tomando-se por referência
o critério da densidade populacional, superior a 500 hab/ Km2, todas as freguesias caracterizam-se
como sendo Áreas Predominantemente Urbanas (APU).
É na cidade, Caldas de Vizela (São Miguel e São João), que se concentra a maior parte da oferta de
bens e serviços do concelho.
Ao longo dos últimos momentos censitários, o concelho de Vizela tem registado sempre um
crescimento da população residente. Destaque-se que entre 2001 e 2011, no contexto do Ave o
concelho de Vizela foi o que registou o maior aumento, seguido por Vila Nova de Famalicão, sendo
que os restantes concelhos viram a sua população decrescer.
A freguesia de Caldas de Vizela (São Miguel) é a que apresenta um crescimento mais expressivo
(+15%); enquanto, a freguesia de Caldas de Vizela (São João) perdeu população (-8,3%), uma
tendência também acompanhada pela freguesia de Santo Adrião (-7,3%).
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Quadro 2. Evolução da população residente no município e freguesias, em 1991 e 2001
2001-2011 2001-2011
Santa Eulália 5200 5619 +419 ↑8,1
Caldas de Vizela (São João) 3719 3411 -308 ↓8,3
Caldas de Vizela (São Miguel) 6280 7222 +942 ↑15,0
Infias 1765 1840 +75 ↑4,2
Tagilde 1777 1861 +84 ↑4,7
Vizela (Santo Adrião) 2460 2280 -180 ↓7,3
Vizela (São Paio) 1394 1503 +109 ↑7,8
VIZELA (Município) 22595 23736 +1141 ↑5,0
Relativamente à distribuição da população residente em Vizela por freguesia, constata-se que Caldas
de Vizela (São Miguel) contribui com a maior proporção de população (30,4%), seguida de Santa
Eulália (23,7%), representando estas duas freguesias mais de 50% da população total do Concelho.
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Relativamente à estrutura etária, o concelho de Vizela tem-se caracterizado por um duplo
envelhecimento da população, isto é, a população idosa aumentou face à redução da população
jovem. Entre 2001 e 2011, decorreu um crescimento acentuado da população idosa (com 65 ou mais
anos), situado neste último ano em 39,9%.
Verifica-se igualmente o aumento da população em idade ativa (15-64 anos), embora com menor
expressão. De realçar o decréscimo da população jovem (0-14) e jovem em idade ativa (15-24 anos),
que apresentam uma descida de 27,5%.
Quadro 4. Evolução da população residente em Vizela por sexo e grupo etário, entre 2001 e 2011
2001-2011 2001-2011
População residente 22595 23736 +1141 ↑5,0
Homens 11197 11653 +456 ↑4,1
Mulheres 11398 12083 +685 ↑6,0
0-14 4857 3978 -879 ↓18,1
15-24 3598 3258 -340 ↓9,4
25-64 12195 13779 +1584 ↑13,0
65 ou mais anos 1945 2721 +776 ↑39,9
Relativamente à análise estatística na área dos idosos afigura-se relevante analisar o índice de
dependência total, o índice de dependência dos idosos, o índice de dependência dos jovens e o
índice de envelhecimento.
De acordo com os Censos 2011, o índice de dependência total1 no município de Vizela diminuiu de
43,1 pessoas em idade não ativa, por cada 100 em idade ativa em 2001; para 39,3 em 2011,
refletindo deste modo o acréscimo de população em idade ativa entre os dois períodos censitários,
permitindo percecionar o esforço que a sociedade exerce sobre a população ativa.
Quanto ao índice de dependência de idosos2 aumentou de 12,3 em 2001 para 16,1 em 2011,
enquanto o índice de dependência de jovens3 diminuiu de 30,7 em 2001 para 23,3 em 2011. Estes
dados evidenciam o aumento da população mais idosa face à população mais jovem.
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Índice de dependência total: Relação entre a população jovem e idosa e a população em idade ativa, definida habitualmente como a
relação entre a população 0-14 anos conjuntamente com a população com 65 ou mais anos e a população com 15-64 anos.
2 Índice de dependência de idosos: Relação entre o número de idosos e a população em idade ativa, definida habitualmente como a
relação entre a população com 65 ou mais anos e a população com 15-64 anos.
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O envelhecimento da população do município de Vizela tem vindo a acompanhar a tendência
nacional, embora continue a ter mais população jovem do que idosa. Em 2011, a proporção da
população com 65 ou mais anos era de 11,5%, enquanto a da população com menos de 14 anos era
de 16,8%.
Finalmente, quanto ao índice de envelhecimento4 de Portugal os resultados dos Censos 2011 indicam
que é de 129, o que significa que o país tem atualmente mais população idosa do que jovem. O
Concelho de Vizela insere-se nesta tendência, uma vez que em 2011 o índice de envelhecimento era
de 68,4, verificando-se no espaço temporal de 10 anos um aumento substancial, pois em 2001, por
cada 100 jovens existiam 40 idosos.
Relativamente ao índice de envelhecimento nas freguesias do município, Vizela (São Paio) apresenta
o menor índice de envelhecimento: 42,1. No extremo oposto, Caldas de Vizela (São João), com
106,5, apresenta o maior índice de envelhecimento do município.
Censos 2011
Vizela (Município) 68,4
Santa Eulália 50,7
Caldas de Vizela (São João) 106,5
Caldas de Vizela (São Miguel) 83,5
Infias 80,2
Tagilde 45,3
Vizela (Santo Adrião) 62,2
Vizela (São Paio) 42,1
Abordando a caraterização das famílias de Vizela, importa salientar que a grande parte dos
agregados familiares se enquadra na tipologia de famílias clássicas5. Entre 2001 e 2011, registou-se
um total de 7869 de famílias clássicas, que representam um aumento de 16%, por referência a 2001.
Destaca-se a freguesia de Caldas de Vizela (São Miguel), a qual registou o maior crescimento
(30,6%).
3 Índice de dependência de jovens: Relação entre o número de jovens e a população em idade ativa, definida habitualmente como a
relação entre a população com 0-14 anos e a população com 15-64 anos.
4 Índice de Envelhecimento: Relação existente entre o número de idosos (população com 65 ou mais anos) e o
número de jovens (população com 0-14 anos), exprimindo-se habitualmente pelo número de idosos por cada
100 pessoas com 0-14 anos.
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Entende-se por família clássica um conjunto de pessoas que reside no mesmo alojamento e que tem relações
de parentesco (de direito ou de facto) entre si, podendo ocupar a totalidade ou parte de uma unidade de
alojamento.
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Quadro 6. Famílias clássicas e taxa de variação por freguesia, em 2001, 2011
Em 2011, a dimensão média das famílias clássicas situava-se nos 3 elementos por família, ao invés
dos dados recolhidos em 2001, em que cada família era constituída, em média, por 3,5 elementos.
Com exceção de Tagilde todas as freguesias do concelho registaram uma redução no número médio
de elementos por família clássica.
Quadro 7. Dimensão média das famílias no município de Vizela e por freguesia, em 2001 e 2011
2001 2011
Santa Eulália 3,3 3,1
Caldas de Vizela (São João) 3,3 2,9
Através de uma análise mais aprofundada dos dados constata-se que, entre 2001 e 2011, as famílias
de maior dimensão perderam expressão no concelho de Vizela. Em 2001, as famílias constituídas por
5 ou mais elementos representavam 19,5%, tendo esse valor caído para os 8,2%. Em paralelo, no
mesmo período de tempo, as famílias de menor dimensão registaram um grande aumento. Neste
âmbito, as famílias unipessoais aumentam 83,8% e as de dois elementos aumentaram 49,8%.
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Quadro 8. Evolução das famílias clássicas em Vizela segundo a dimensão (pessoas
residentes), entre 2001 e 2011
Não descurando a importância dos níveis de ensino na população residente no Município de Vizela,
entre 2001 e 2011, verificaram-se progressos significativos. A população com ensino superior mais
que duplicou em 2011, passando de 880 pessoas para 1 817, representando agora 7,6% da
população total. As habilitações correspondentes ao ensino secundário completo representam 13,6%
do total. O ensino básico 1º ciclo corresponde ao nível de ensino mais elevado e concluído pela maior
proporção da população residente em Vizela, com 35,1%. Os níveis de instrução correspondentes ao
2º e 3º ciclo abrangem 14,1% e 18,3%, respetivamente.
Quadro 9. População residente em Vizela segundo o nível de ensino mais elevado e completo,
em 2001 e 2011
2001 2011
Níveis de Ensino
N % N %
Nenhum 3 351 14,8 2 517 10,6
Ensino básico 1º Ciclo 9 690 42,9 8 330 35,1
Ensino básico 2º Ciclo 3 981 17,6 3 354 14,1
Ensino básico 3º Ciclo 2 493 11,0 4 348 18,3
Ensino Secundário 2 137 9,5 3 236 13,6
Ensino Pós-secundário 63 0,3 134 0,6
Ensino Superior 880 3,9 1 817 7,7
Total 22 595 23 736
11
Relativamente ao desemprego no concelho de Vizela, dados recentes (maio de 2015), apontam para
a existência de 1231 desempregados. Em correlação com os dados em igual período do ano
passado, existe um decréscimo da população desempregada, que corresponde a menos de 251
pessoas, representando – 16.9% de desempregados no concelho. Os dados por sexo evidenciam o
facto de, o desemprego nas mulheres (11.0%) ser superior ao dos homens (8.5%). Por sua vez, a
taxa de desemprego jovem (número de desempregados abaixo dos 25 anos) subiu para 11.6%,
comparativamente a maio de 2014 (10.9%). Em 2011, no momento censitário (março), a taxa de
desemprego era de 15,4%; em maio de 2015, a taxa atual de desemprego fixou-se nos 9,7%.
Variação
Taxa de
Indicadores Maio 2014 Maio 2015
Variação (%)
2014-2015
N.º total de desempregados 1482 1231 -251 ↓16.9
N.º de desempregados à procura do 1.º
129 132 +3 ↑2.3
emprego
N.º de desempregados à procura de novo
1353 1099 -254 ↓18.8
emprego
N.º de desempregados abaixo dos 25 anos 145 154 +9 ↑6.2
N.º de desempregados acima dos 25 anos 1337 1077 -260 ↓19.4
N.º de desempregados entre os 25 e os 34
230 199 -31 ↓13.5
anos
N.º de desempregados entre os 35 e os 54
638 483 -155 ↓24.3
anos
N.º de desempregados acima dos 55 anos 469 395 -74 ↓15.8
N.º de desempregados por tempo de
inscrição no Centro de Emprego (- de 12 623 609 -14 ↓2.2
meses)
N.º de desempregados por tempo de
inscrição no Centro de Emprego (+ de 12 859 622 -237 ↓27.6
meses)
N.º de desempregados do sexo Masculino 679 560 -119 ↓17.5
N.º de desempregados do sexo Feminino 803 671 -132 ↓16.4
12
Os níveis de escolaridade da população desempregada em maio de 2015 evidenciam que 453
desempregados apresentam o 1.ºciclo de escolaridade, representando 36.8% desta população.
Quadro 12. Distribuição dos processos de RSI, por freguesia de residência dos titulares
13
Da análise da distribuição dos processos por freguesia de residência dos titulares, constata-se que a
freguesia de Caldas de Vizela (São Miguel) é a que apresenta o maior número de processos de RSI,
26, seguindo-se a freguesia de Santa Eulália, com 23 processos, facto ao qual não será alheia a
relação com o número total de habitantes.
Quadro 13. Distribuição dos processos de RSI, por freguesia de residência dos titulares
A tipologia de família “isolado homem” corresponde à maior percentagem de agregados familiares (44
%), seguindo-se a “família monoparental feminina” que representa 16% dos agregados. O tipo de
família “nuclear com filhos” caracteriza 14% dos titulares de RSI residentes no concelho de Vizela. O
RSI para além de consistir numa atribuição pecuniária prevê a definição de um Contrato de Inserção
que favoreça a progressiva inserção laboral, social e comunitária. Este Contrato tem por referência o
agregado familiar no seu conjunto e, especificamente, cada um dos seus membros.
14
Quadro 14. Distribuição por beneficiário das áreas de intervenção dos Contratos de Inserção
Os Contratos de Inserção no âmbito da medida de política social RSI contemplam várias áreas de
intervenção, designadamente ao nível da saúde, educação, formação, emprego, ação social e
habitação. Salienta-se que um Contrato de Inserção pode contemplar mais do que uma área de
intervenção. No concelho de Vizela o Atendimento e Acompanhamento Social dos processos de RSI
é, como já foi referido, efetuado ao abrigo de um protocolo entre a Santa Casa da Misericórdia de
Vizela e a Segurança Social através do Gabinete de Atendimento e Acompanhamento Social (GAAS),
constituído por uma equipa multidisciplinar: uma assistente social, uma educadora social, uma
psicóloga e dois ajudantes ação direta.
15
Quadro 15. Distribuição dos processos do PAV segundo a freguesia de residência do titular
16
a implementação de ações que incidam na prevenção secundária e terciária. Estas ações, associadas
ao treino de competências pessoais e sociais, irão permitir trabalhar o projeto de vida pessoal e
familiar da população em situação de vulnerabilidade social e pobreza/exclusão social.
A era moderna tem vindo a provocar alterações profundas nas estruturas e dinâmicas das famílias
portuguesas, às quais o concelho de Vizela não é exceção. A análise sociodemográfica evidencia um
crescimento das famílias constituídas por um ou dois elementos, uma realidade também patente ao
nível dos atendimentos/acompanhamentos sociais efetuados ao longo de dez anos, no âmbito das
medidas de política social de rendimento social de inserção e ação social. A par da diminuição do
número de elementos que constituem os agregados familiares, emerge uma outra realidade, o
isolamento social, que tem sido uma das problemáticas com fortes implicações pessoais, sociais e
mesmo físicas, agravado pela existência de patologia psiquiátrica, muitas vezes associada ao
consumo de substâncias aditivas e à ausência de suporte social e familiar. Este facto revela a urgente
necessidade de agilizar uma articulação com os parceiros no sentido de dotar estas pessoas de
competências e recursos psicossociais internos e externos, promovendo o seu processo de
socialização e inserção social.
É necessário ainda apostar numa intervenção centrada nas famílias, em particular daquelas que
integram crianças e jovens, no desenvolvimento de competências parentais e nas redes informais de
suporte às mesmas.
A realidade concelhia sugere que alguns dos problemas diagnosticados na comunidade escolar são
fruto de stressores psicossociais que surgem de forma inesperada no seio familiar. De facto, apesar
de existir uma percentagem considerável da população inserida no mercado de trabalho, os
rendimentos daí provenientes constituem-se insuficientes para responder às necessidades primárias
que vão surgindo. A título de exemplo, encontram-se famílias nucleares com filhos em que um dos
pais fica numa situação de desemprego ou de doença e necessita de apoio a vários níveis devido à
sua situação de fragilidade social. Neste contexto, a comunidade escolar será um dos espaços
privilegiados de intervenção, que se espera integrada e inclusiva.
Admitindo que a população ativa aumentou no mercado de trabalho, com particular incidência no
setor secundário (i.e.: têxtil, calçado), torna-se fundamental responder às suas necessidades
específicas, apostando na capacidade de adaptação e de aprendizagem contínua dos indivíduos,
17
traduzida em ações de desenvolvimento social e de promoção de competências (i.e.: autoestima),
bem como, de informação e acompanhamento integrado.
É importante salientar que parte da população idosa do concelho apresenta uma situação
socioeconómica frágil, uma vez que a sua carreira contributiva incidiu sobre baixos salários e, nalguns
casos, curtas carreiras. Como consequência, atualmente, estes idosos apresentam reformas de baixo
valor. Adicionalmente, alguns foram impelidos a requerer as reformas antecipadas, com os cortes que
tal decisão acarreta. Com todo este panorama, são inegáveis, todas as repercussões que parte da
população idosa concelhia sofreu ao nível da sua qualidade de vida.
A Santa Casa da Misericórdia de Vizela, enquanto Instituição de Solidariedade Social, encara este
projeto como uma estratégia de fortalecimento da sua Missão no território e disponibilização de
um serviço de atendimento e acompanhamento social, que contribua para reforçar a coesão
social, direcionado para pessoas e famílias em estado de vulnerabilidade, de exclusão ou de
emergência social. É intenção da Santa Casa:
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Assim, o presente projeto RLIS visa, através do atendimento e acompanhamento social integrado,
potenciar uma ação concertada para a coesão social, entre os diferentes serviços de ação social que
intervêm no território, públicos e privados, e os demais agentes da comunidade na prossecução do
interesse público sob os pressupostos de intervenção: modelo de contratualização; cultura de direitos
e obrigações; transversalidade; intervenção de proximidade; e inovação social.
A Rede Local de Intervenção Social (RLIS), assenta numa lógica de intervenção articulada e
integrada de entidades com responsabilidades no desenvolvimento da ação social que visa potenciar
uma atuação concertada dos diversos organismos e entidades de modo a promover a implementação
de novos mecanismos de atuação e diferentes estratégias de ação em resposta às necessidades
sociais.
São objetivos específicos da RLIS garantir o acolhimento social imediato e permanente em situações
de crise e/ou emergência social; assegurar o atendimento/acompanhamento social das situações de
vulnerabilidade, bem como disponibilizar apoios financeiros de carácter eventual a agregados
familiares em situação de comprovada carência económica, após aprovação da Segurança Social;
assegurar a coordenação eficiente de todos os meios e recursos que integram a rede e reforçar a
plataforma de cooperação estabelecida com as instituições que localmente desenvolvem respostas
sociais no âmbito da ação social.
Para a implementação da Rede é necessário em primeira linha uma estratégia global de comunicação
dos serviços que a equipa técnica (motor de funcionamento da Rede) disponibiliza ao território
abrangido, de forma a informar a população.
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Numa segunda linha é necessário criar espaços descentralizados de atendimento em todo o território
abrangido pelo projeto, de modo a dotar a Rede do maior número possível de “extensões”,
facilitadoras do contacto entre população/famílias e equipa técnica.
A Rede Local de Intervenção Social funcionará a partir da sede da entidade beneficiária localizada no
centro de Vizela, onde estará concentrada a equipa técnica, no entanto, o atendimento e
acompanhamento das famílias será, sempre que se justificar, realizado de forma descentralizado nas
freguesias do concelho/território abrangido. Para tal protocolou-se com Juntas de Freguesia a
cedência de um espaço que funcionará em horário flexível, com a deslocação dos elementos da
equipa técnica para a realização dos atendimentos / acompanhamentos a pessoas e famílias.
Desta forma, a equipa técnica terá espaços de funcionamento nas Juntas de Freguesias do território,
facilitando o contacto de proximidade com as famílias, de acordo com os Protocolos em anexo. De
realçar que, estas entidades parceiras são fundamentais para o sucesso da intervenção social e para
a consolidação da plataforma de colaboração, ou seja, da própria Rede.
A RLIS criará uma linha de atendimento de apoio/informação. Esta via de comunicação passará por
um número de telefone direto, que funcionará entre as 09:00 e as 20:00 horas, a qual as pessoas e
famílias poderão recorrer para entrarem em contato com a equipa técnica. Será um canal aberto,
totalmente flexível, para que as pessoas e famílias possam participar os seus problemas e, desta
forma, a equipa técnica agilizar os atendimentos, acompanhamentos e encaminhamentos
necessários a cada situação.
Para a dinamização e divulgação da Rede, será criado um sítio na Internet, onde constará toda a
atividade da RLIS. Esta página web será fundamental para dar a conhecer os parceiros que
participam no projeto, bem como o plano de ações a desenvolver, funcionando simultaneamente
como um ponto de contacto entre a equipa técnica, os parceiros e as famílias.
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Por forma a aumentar os meios de contacto entre a equipa técnica e as famílias, será colocada uma
caixa postal em cada espaço de atendimento descentralizado, que permitirá que as famílias possam
solicitar ajuda ou denunciar situações, através do depósito de uma carta ou de um
questionário/formulário, disponibilizado na própria caixa postal. Estas cartas serão recolhidas pela
equipa técnica, que entrará em contato com o indivíduo/ família para agendamento de atendimento
ou tomará outras diligências, mediante as exigências da situação.
Um dos públicos-alvo de intervenção são as crianças e jovens em idade escolar. Desta forma, para
facilitar a sinalização e atendimento desta população específica, será articulado um plano conjunto de
intervenção da equipa técnica com os agrupamentos escolares do território, que passará pela
deslocação da equipa técnica às escolas para atendimento dos casos sinalizados pelas entidades
escolares.
A nível territorial, esta RLIS abrangerá a população de todo o concelho de Vizela, motivo pelo
qual a Santa Casa da Misericórdia de Vizela envolveu instituições de grande parte das
freguesias do concelho. Esta concertação institucional está solidificada, em alguns casos, em
protocolos de parceria devidamente assinados pelas entidades, onde os compromissos de
intervenção estão definidos, noutros casos, estão inerentes a parcerias já existentes e relações
de colaboração já fortalecidas. Não obstante, à medida que se for procedendo aos atendimentos
e acompanhamentos, poderão surgir novas formas de colaboração, bem como novos parceiros,
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sobretudo, garantindo assim que as instituições que compõem a Rede são de áreas de atuação
diversificadas. Esta plataforma colaborativa, que implica, por exemplo, a cedência de espaços
para atendimento ao público, para a equipa técnica da RLIS, nas instalações das diversas
Juntas de Freguesia, descentralizando assim os serviços prestados, reflete a postura de
proximidade que a Santa Casa promove com o meio envolvente e irá reforçar com o
desenvolvimento da RLIS em Vizela.
Deste modo, pretende-se, para além do já mencionado, potenciar a concertação da atuação dos
diversos organismos e entidades envolvidas; assegurar a coordenação eficiente de todos os agentes,
meios e recursos; promover o desenvolvimento de mecanismos e estratégias no âmbito da
intervenção social; reforçar a plataforma de colaboração estabelecida com as entidades que
localmente prestam serviços no âmbito da ação social; promover plataformas de colaboração com as
entidades da administração local e central com intervenção em áreas complementares ao âmbito da
ação social; promover iniciativas de experimentação social que se constituam como novas
abordagens de resposta a problemas emergentes identificados nos territórios; concertar a ação de
todas as entidades públicas e privadas, estruturas e programas de intervenção na área das crianças e
jovens em risco, de modo a reforçar estratégias de cooperação e de racionalização de recursos.
A Santa Casa da Misericórdia de Vizela constitui-se, no concelho, como a única Instituição de cariz
social local com intervenção concelhia, isto é, abrangendo todas as freguesias, ao nível da
intervenção social e comunitária, com grupos sociais vulneráveis e em situação de pobreza/exclusão
social. A operacionalização desta intervenção depende de uma equipa multidisciplinar, a qual adotou
desde sempre a filosofia institucional, centrada no desenvolvimento de uma rede de parcerias formais
e informais, onde a pessoa/família é o centro da atuação, e que resultam numa diversidade de
serviços, essenciais para os cidadãos de Vizela, e numa rede alargada de parceiros.
Assim, fruto da sua atividade social, a Santa Casa da Misericórdia de Vizela tem na Segurança
Social, um parceiro imprescindível na sua atividade, tendo em conta que as diferentes áreas de
atuação têm subjacentes protocolos estabelecidos com o Centro Distrital de Segurança Social em
diferentes valências, nomeadamente:
• Creche, com Acordo de Cooperação celebrado com o Centro Distrital de Braga, adiante
designado CDB desde Maio de 1982, apoiando atualmente 100 utentes;
• Jardim-de-Infância, com Acordo de Cooperação celebrado com o Centro Distrital de Braga
desde Maio de 1982, apoiando 120 utentes;
• Estrutura Residencial para Idosos, com acordo de cooperação de 1999, apoiando 45 utentes;
• Centro de Dia, com acordo de cooperação de 1999, apoiando 17 utentes;
• Serviço de Apoio Domiciliário, com acordo de cooperação de 2007, apoiando 38 utentes;
22
• Lar de Idosos Privado, que se enquadra nas medidas de economia social, com capacidade
para 32 utentes;
• Rendimento Social de Inserção, com Protocolo com o Centro Distrital de Braga a vigorar
desde abril de 2005, tendo como objetivo principal o atendimento e acompanhamento social a
pessoas em situação de vulnerabilidade social e pobreza/exclusão social no concelho de
Vizela. Deste modo, o Gabinete de Atendimento e Acompanhamento Social da Santa
Casa da Misericórdia de Vizela (GAAS) garante a cobertura concelhia no âmbito das medidas
de política social de Rendimento Social de Inserção e Ação Social. No decorrer do ano de
2007, o número de agregados familiares em acompanhamento aumentou de 80 para 100 e a
equipa técnica foi restruturada para cinco elementos: uma assistente social, uma educadora
social, uma psicóloga e dois ajudantes familiares;
• Unidade Cuidados Continuados Integrados. Esta atividade iniciou em 2011, com a prestação
de cuidados de saúde e apoio social integrado, com a abertura da Unidade de Cuidados
Continuados, com capacidade para 60 utentes, 30 em média duração e 30 em longa duração;
• Fundo Europeu de Auxílio a Carenciados (FEAC), onde a Instituição assume o papel de
mediadora e pólo de distribuição no Concelho de Vizela.
• Rede Solidária de Cantinas Sociais, no âmbito do Programa de Emergência Alimentar,
protocolado com o Centro Distrital de Braga em abril de 2012 onde, sem qualquer custo para
o utente, são fornecidas refeições diárias, tendo capacidade para 65 beneficiários.
É de referir que, a estas valências, acrescem mais duas áreas de atuação nomeadamente:
A instituição integra ainda, na primeira linha, as parcerias que vão sendo estabelecidas no concelho
com particular destaque para a Rede Social de Vizela. A Santa Casa da Misericórdia de Vizela
aderiu ao Conselho Local de Ação Social de Vizela, desde o momento da sua constituição em
2002, integrando desde o seu início o Núcleo Executivo. Assim, mantém uma ligação muito próxima
com a Câmara Municipal de Vizela. Destaque ainda para a disponibilização de técnicos da
instituição para a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Vizela, desde a sua criação em
2001, nas modalidades alargada e restrita.
23
Não se pode deixar de referir o Instituto de Emprego e Formação Profissional, que é um
parceiro da Santa Casa no que concerne à sinalização de ofertas de emprego e
encaminhamento para a realização de Formação Profissional, bem como na informação de
medidas de apoio ao emprego, o que é uma resposta essencial no acompanhamento dos
beneficiários de RSI. Neste contexto, também não podemos deixar de referir as Escolas do
concelho, que trabalham em parceria com a equipa de RSI para identificar e adotar medidas de
inclusão social.
Em suma, o elevado dinamismo e desenvolvimento verificado na Instituição nos últimos dez anos,
com a criação permanente de novos serviços, permitiu que adquirisse uma importância redobrada na
comunidade onde está inserida, visto ser a única Instituição Local com abrangência concelhia e,
paralelamente, um motor elevado de empregabilidade, que dada a conjuntura atual não é de
descurar. Além disso, estas experiências e relações institucionais colocam esta instituição em posição
privilegiada no que ao estabelecimento e à dinamização de parcerias diz respeito e no
reconhecimento do seu papel em prol da comunidade.
Tendo em conta a dimensão do território, diagnóstico social e experiência da equipa técnica são
definidos os seguintes objetivos:
Acompanhamento Social – 390 Famílias (36 meses);
Atendimento Social – 5400 (36 meses)
Com o objetivo de promover a inclusão social e comunitária de indivíduos e famílias a RLIS irá
desenvolver mecanismos e estratégias de apoio à população mais desfavorecida e de
capacitação do capital humano, de forma a possibilitar a autonomização pessoal, social e
profissional e a integração plena na sociedade. Assim, serão promovidas as seguintes ações:
Objetivo Geral
Objetivo(s) Específico(s)
24
Atividades
População Alvo
Objetivos Gerais
Objetivo(s) Específico(s)
Atividades
25
População Alvo
Objetivos Gerais
Objetivos Específicos
Atividades
26
matéria, que as boas relações de proximidade e articulação com o IEFP serão traduzidas no
estabelecimento de uma futura parceria com o IEFP;
- Encaminhamento para ações de formação de várias modalidades de formação,
designadamente Cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA’s), Capacitação para a
Inclusão, Formação Modular para Desempregados de Longa Duração e Ativos, Sistema de
Aprendizagem, Cursos Profissionais e Cursos Vocacionais, de acordo com os perfis dos
utentes, em áreas de formação estratégias para a região, designadamente Indústria do Têxtil,
Vestuário, Calçado e Couro, Ciências Informáticas, Contabilidade e Fiscalidade, Turismo e
Lazer, Trabalho Social e Orientação, Serviços de Apoio a Crianças e Jovens, Produção
Agrícola e Animal, Hotelaria e Restauração, etc;
- Organização de Seminários e Workshop’s subordinados a várias temáticas, por exemplo:
o Técnicas de Procura de Emprego/Procura Ativa de Emprego, em parceria com o
IEFP;
o Empreendedorismo/ Criação do Próprio Emprego, em parceria com o Município de
Vizela;
o Plano Nacional de Vacinação, em parceria com o ACES do Alto Ave;
o Segurança para Todos/Segurança Rodoviária/ Segurança na Terceira Idade, em
articulação com as Autoridades Locais, designadamente com a GNR;
o Desenvolvimento Sustentável, Problemas Ambientais e Insustentabilidade do uso
excessivo de recursos não renováveis/ Reciclagem/ Utilização sustentável dos
recursos naturais/ Agricultura Biológica, em articulação com Associações Ambientais;
o Educação Parental, dinamizado pela equipa técnica da RLIS em parceria com outras
entidades;
o Gestão do Orçamento Doméstico, promovido pelo Gabinete Jurídico da RLIS;
o Violência Doméstica/Conjugal/No Namoro/Terceira Idade, dinamizado pela equipa
técnica da RLIS em parceria com a Câmara Municipal de Vizela e outras entidades
que desenvolvam atividades/projetos que se enquadram na temática da Igualdade de
Género e da Violência.
População Alvo
População em geral.
b) Banco do Tempo
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Objetivos Gerais
Objetivos Específicos
Atividades
População Alvo
População em geral.
Objetivos Gerais
Objetivos Específicos
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- Fomentar a construção de uma autoestima positiva e saudável;
- Intervir em estados depressivos, fóbicos, entre outros;
- Intervir em situações de dificuldade com a autoimagem e autoconceito;
- Apoiar na resolução de dificuldades educativas, formativas, sociais e profissionais;
- Apoiar na correção de comportamentos e atitudes de risco e promover a qualidade de vida;
- Evitar e/ou reduzir a duração e a frequência dos consumos e/ou dos comportamentos de risco
prevenindo a progressão para um quadro de dependência e/ou patologias associadas;
- Apoiar nos ciclos de mudança e crescimento das famílias;
- Apoiar na mediação e resolução de conflitos/crises familiares;
- Trabalhar comportamentos de risco, promovendo fatores de proteção;
- Apoiar na clarificação de objetivos individuais, académicos e profissionais;
- Apoiar na delineação de Projeto de Vida;
- Promover a reabilitação e desenvolvimento pessoal, familiar, social e cultural face a
problemáticas de exclusão social, crianças e adolescentes, jovens e adultos, através de uma
intervenção biopsicossocial articulada e adequada às suas necessidades;
- Colaborar, desenvolver, implementar ações de formação/sensibilização e de prevenção aos
vários níveis de intervenientes da comunidade educativa.
Atividades
- Apoio psicossocial, de cariz individual e/ou grupal, desenvolvido por uma equipa
multidisciplinar constituída por profissionais (psicologia, serviço social, educador social,
enfermagem e outros);
- Apoio médico (encaminhamento e articulação sempre que necessário com um médico/a);
- Apoio familiar;
- Articulação entre as várias entidades implicadas, quando necessário, quer ao nível das
respostas, quer ao nível da sinalização, que poderá ser realizada através de qualquer
entidade formal e informal;
- Encaminhamento para Unidades de Saúde especializadas, sempre que necessário.
População Alvo
Objetivo Geral
29
- Promover a socialização e a inclusão social, a evolução intelectual e emocional dos
participantes e, simultaneamente apoiar as famílias que se encontram a trabalhar nos períodos
de interrupção letiva.
Objetivo(s) Específico(s)
Atividades
População Alvo
Objetivo Geral
Objetivo(s) Específico(s)
30
Atividades
População Alvo
f) Bolsa de Cuidadores
Objetivos Gerais
- Colmatar as necessidades existentes no concelho de Vizela ao nível da prestação de
cuidados no domicílio aos idosos;
- Proporcionar a melhoria da qualidade de vida, respeitando os hábitos e costumes dos
séniores, mantendo-os no conforto do lar e, assim, apoiando os seus familiares;
- Criar postos de trabalho, contribuindo assim para a inclusão laboral e social.
Objetivo(s) Específico(s)
- Prestar cuidados e apoio aos idosos, de acordo com as suas necessidades;
- Constituir uma bolsa de cuidadores formais e informais que possam auxiliar os idosos.
Atividades
Os cuidadores poderão realizar tarefas diversificadas mediante as solicitações dos idosos, por
exemplo:
- Acompanhamento dos idosos nas suas tarefas diárias (consultas médicas, exames médicos,
ida a cabeleireiro, realização de compras, passeios a pé…);
31
- Garantia da higiene do idoso e da sua habitação;
- Orientação na toma da medicação;
- Etc.
População Alvo
População sénior que necessite de cuidados momentâneos ou diários.
Objetivo Geral
- Disponibilizar um serviço de orientação/ mediação familiar, assegurado respetivamente por
um técnico com especialização em mediação familiar, tendo em conta o aumento de
problemas económicos, de relações familiares e conjugais conflituosas, de divórcio, etc.
Objetivo(s) Específico(s)
- Intervir preventivamente e apoiar as famílias na gestão e orientação das crises sentidas,
facilitando o diálogo/comunicação entre os elementos para ajudar na gestão de conflitos;
- Promover junto das famílias com filhos menores a aproximação entre pais – filhos bem como
uma parentalidade positiva
- Valorização da pessoa idosa por parte dos filhos;
- Contribuir para o desenvolvimento de interações sociais e afetivas salutares como forma de
prevenção do conflito e respeito pelo outro;
Atividades
- Realização de sessões de mediação social e familiar;
População Alvo
Objetivos Gerais
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- Apoiar a integração ou reintegração de pessoas em situação de desemprego ou à procura do
primeiro emprego no mercado de trabalho;
- Promover e apoiar o Empreendedorismo;
- Contribuir para o desenvolvimento económico local e regional, bem como para a qualidade de
vida da população.
Objetivo(s) Específico(s)
- Fomentar o espírito empresarial empreendedor;
- Potenciar o sucesso de boas ideias;
- Promover o desenvolvimento de competências e know-how empreendedor;
- Apoiar na criação de novas empresas e postos de trabalho;
- Contribuir para a empregabilidade.
Atividades
- Sessões de orientação e informação acerca de medidas de apoio ao empreendedorismo que
visam a informação sobre programas de apoio e financiamento;
- Incentivo dos utentes na definição e prossecução de objetivos, sobretudo, profissionais;
- Encaminhamento para ofertas de emprego e formação;
- Orientação na consulta de ofertas de emprego;
- Apoio na elaboração de curriculum vitae e cartas de apresentação, bem como na preparação
para entrevistas de emprego.
População Alvo
Empreendedor que ambicionem criar o seu próprio negócio ou implementar novas ideias.
Objetivo Geral
- Promover e contribuir para a melhoria de condições de vida dos cidadãos socialmente mais
vulneráveis, através da facilitação na aquisição/atribuição de bens.
Objetivos Específicos
Atividades
33
- Integração online de entidades de cariz social, que disponibilizem a título gratuito ou a preços
acessíveis bens diversificados (Lojas Sociais);
- Divulgação na plataforma e site da RLIS das entidades que facultam/vendem géneros a
públicos desfavorecidos.
População Alvo
Quanto aos recursos humanos, a Santa Casa possui uma vasta experiência no atendimento e
acompanhamento psicossocial no âmbito do RSI, tendo ao longo dos anos criado laços institucionais
com diferentes serviços do concelho, como se pode verificar pela exposição no ponto 7 - Relevância
Estratégica do projeto: envolvimento institucional da entidade beneficiária a nível local. O serviço de
atendimento e acompanhamento no âmbito do RSI e os demais serviços prestados à comunidade
pela Santa Casa permite-lhe acumular um conhecimento profundo do território, bem como das suas
34
necessidades e problemáticas. Fruto desta experiência, a equipa técnica será, pois, especializada e
diferenciadora no atendimento e acompanhamento de casos graves de vulnerabilidade e exclusão
social, sabendo exatamente como agir e gerir, minimizar ou resolver as situações.
Além disso, esta equipa a constituir terá formação académica adequada às necessidades dos utentes
da RLIS, com relevância à formação contínua e especializada em diferentes contextos de intervenção
que permitirão o desenvolvimento de uma intervenção integrada e teoricamente sustentada,
constituindo uma equipa pluridisciplinar e capaz de dinamizar processos de aprendizagem e
autonomia por parte dos utentes. Estes técnicos estarão, assim, implicados no processo de mudança,
com base na partilha de informação e integração de diferentes perspetivas e níveis de intervenção.
De realçar que a equipa possui formação e experiência nos programas informáticos da Segurança
Social, designadamente ASIP e SISS estando constantemente em processo formativo para
atualização de conhecimentos das respetivas aplicações informáticas.
Protocolado com o Centro Distrital de Braga, em abril de 2005, o Rendimento Social de Inserção, tem
como objetivo principal o atendimento e acompanhamento social às pessoas em situação de
vulnerabilidade social e pobreza/exclusão social no concelho de Vizela. Deste modo, o Gabinete de
Atendimento e Acompanhamento Social da Santa Casa da Misericórdia de Vizela (GAAS) garante a
cobertura concelhia no âmbito das medidas de política social de Rendimento Social de Inserção e
Ação Social.
35
Relativamente à articulação com os beneficiários da medida RSI, esta equipa, enquanto responsável
pelo primeiro contacto e abordagem com os mesmos, alicerça a sua intervenção na
consciencialização de que o RSI é um processo que mobiliza duas componentes: a prestação
pecuniária (pretende garantir as necessidades económicas) e os percursos de inserção, numa
perspetiva de análise multidimensional dos fenómenos de pobreza e exclusão social e na
multicausalidade que lhes subjaz. Esta metodologia de intervenção adotada por esta equipa promove
a participação dos beneficiários, das parcerias e o acompanhamento sistemático e personalizado, até
que estes estejam aptos ao pleno exercício das competências necessárias à sua autonomização,
pela efetiva inserção social, económica e profissional.
Um dos pontos de partida para a planificação da intervenção social desta equipa advém da realização
do diagnóstico da pessoa e das famílias. Torna-se fundamental compreender a realidade sobre a qual
a equipa irá agir e determinar o seu foco de intervenção, visto que uma visão holística da
pessoa/família permite harmonizar conhecimentos técnicos e construir a matriz básica de toda a
intervenção social. Na fase do acolhimento do utente, é estabelecida uma relação de confiança, sobre
a qual são identificadas e avaliadas as necessidades de todos os níveis; potencialidades, pontos
fortes e fracos; determinados os riscos e é realizada a avaliação de recursos. O recurso à
metodologia qualitativa, histórias de vida, permite a recolha de informações sobre o passado e
presente da pessoa/famílias, a consciencialização destes sobre os problemas e recursos ao seu
dispor, bem como avaliarem as necessidades e riscos. Através deste processo os sujeitos estão no
centro de toda a ação, visto que estes têm uma participação ativa na delineação de objetivos a serem
incluídos nos seus planos individuais de inserção. Nesta fase é aberto um caminho para a descoberta
das causas dos problemas e para as possíveis respostas de resolução. A construção de relações de
respeito e confiança com a pessoa/famílias permite em conjunto definir prioridades e estratégias a
serem incluídos nos planos individuais de inserção. Nesta fase são aplicadas várias técnicas, tais
como, a entrevista, visitas domiciliárias, registos e avaliação dos recursos.
36
domiciliárias além de se constituírem numa técnica interventiva e qualitativa, são um instrumento que
potenciam a atuação da equipa ao buscar o cumprimento de objetivos e metas pressupostas nos
planos de intervenção individual. Para a execução dos planos, a equipa seleciona o perfil de cada
auxiliar de ação direta de acordo com a tipologia e problemática de cada caso, munindo-se de um
conjunto de instrumentos de trabalho específicos. No trabalho desenvolvido por estes profissionais
destaca-se a educação para a saúde e para os cuidados pessoais, o desenvolvimento das
competências familiares e sociais e o auxílio à planificação das atividades diárias. Ao nível do
orçamento familiar, é promovido o treino de competências no sentido da organização e controlo das
contas para uma maior sensibilização das falhas na gestão orçamental. Trata-se de uma abordagem
onde os sujeitos são colocados no centro da ação e estes profissionais adotam uma perspetiva
pedagógica e de suporte. É do nosso entendimento, que o contexto in loco favorece o estreitamento
das relações entre o gestor de caso e a pessoa/família, contribuindo para uma significativa mudança
comportamental micro e macrosistémica. Todo este trabalho de proximidade só é possível, com a
unificação dos saberes de cada elemento que constitui a equipa, bem como todo o seu empenho e
envolvimento que se traduz, ao longo dos anos, no aumento do número de famílias autonomizadas
económica e socialmente desta medida de política social.
37
Em suma, ao longo destes dez anos de acompanhamento, trabalhamos uma realidade social
complexa e, em processo de constante mutação, que exigiu o desenvolvimento de
práticas/instrumentos de trabalho dinâmicos, criativos, que se foram adaptando a cada especificidade
individual/familiar. Além disso, estabeleceu-se uma relação de proximidade/confiança com os
beneficiários, com o objetivo de apreender os seus valores culturais, sociais e pessoais, numa logica
de intervenção sistémica junto dos indivíduos/famílias. Esta visão permitiu-nos compreender os seus
percursos de vida, a forma como estão inseridos na comunidade e interpretam a realidade social que
os envolve. Um dos mecanismos de aproximação dos indivíduos/famílias foi a promoção de sessões
grupais mensais, onde foram abordadas diversas temáticas com cariz educativo e artístico. Um dos
nossos objetivos principais foi, através destas dinâmicas de grupo, não só demonstrar mas também
desmitificar/desconstruir alguns conceitos/práticas adquiridas ao longo dos seus percursos de vida,
procurando sempre respeitar os seus valores morais, culturais e educacionais. Procurámos a
valorização individual e pessoal, ao ouvirmos as suas histórias de vida, promovendo o seu sentido
crítico acerca da forma como percecionam a sociedade e como esta os encara, desenvolvendo assim
uma cidadania ativa. Assim, se desmitificaram preconceitos, valorizaram-se ambições e sonhos
pessoais. Esta valorização, escuta ativa e respeito pelo indivíduo enquanto pessoa, fez com que
alguns beneficiários desenvolvessem um novo olhar sobre a realidade social que os envolve.
Consequentemente, verificou-se um maior investimento ao nível da sua imagem pessoal e social, o
que se traduziu na redefinição dos seus projetos de vida, passando pelo seu empenhamento no
aumento das suas competências escolares, que em algumas situações, promoveu a integração
profissional e social, levando à autonomização da prestação.
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- Planos de Acompanhamento e workshops de “Técnicas de Procura de Emprego” como
estratégias de apoio à reintegração na vida ativa de mulheres que tenham interrompido a sua
carreira profissional por motivos familiares;
- Ações de sensibilização e informação dirigidas à comunidade em geral, acerca da influência
dos papéis de género, na disseminação dos ciclos de violência (violência doméstica/conjugal
e da violência no namoro);
- Divulgação de material informativo, adaptado às problemáticas de homens e mulheres
relacionados com os papéis de género;
- Colaboração com a Câmara Municipal de Vizela, que promove várias atividades e projetos
alusivos à Igualdade de Géneros, de forma a encontrar “soluções para a promoção da
igualdade entre homens e mulheres e reforçar mecanismos de encorajamento e divulgação
de práticas promotoras da igualdade”.
Para além destas ações, ao longo do projeto usar-se-á sempre uma linguagem inclusiva, através da
utilização do feminino e masculino das palavras, ultrapassando a utilização do masculino como forma
universal de referência a ambos os géneros. As pessoas, independentemente do género, serão
sempre acolhidas com o máximo de respeito e dignidade, salvaguardando-se a igualdade no acesso
aos serviços, no atendimento, acompanhamento, apoio e acesso à informação.
39
Um dos eixos fundamentais do projeto Rede Local de Intervenção Social visa potenciar uma
intervenção concertada para a coesão social, entre os diferentes serviços de ação social que intervêm
no território, públicos e privados, e os demais agentes da comunidade, na prossecução do interesse
público sob os pressupostos de uma intervenção social articulada e integrada. Como tal, dando
continuidade e valorizando todo o trabalho desenvolvido no terreno pela Santa Casa da Misericórdia
de Vizela, ao nível das parcerias, as pretensões deste projeto serão, por um lado, reforçar e
aperfeiçoar as existentes, e por outro, buscar novas parcerias que primem pela inovação e
proporcionem o exercício pleno de cidadania, intervindo em áreas fundamentais como o Emprego, a
Educação e Formação.
40
segurança, saúde, formação, educação ou desenvolvimento integral de crianças e
jovens, salvaguardando os direitos destas faixas etárias;
- Fundo Europeu de Auxílio a Carenciados (FEAC), onde a Instituição já assume o papel de
mediadora e polo de distribuição no Concelho de Vizela, e que continuará a prestar apoio aos
cidadãos mais desfavorecidos do concelho;
- Programa Alimentar de Vizela (PAV) Santa Casa da Misericórdia de Vizela coordena desde
do ano de 2012 e que, por si só, já é uma parceria, envolvendo quinze
Associações/Instituições do Concelho que trabalham em prol da comunidade, numa tentativa
de minorar as carências de âmbito alimentar, através do fornecimento de géneros e bens de
primeira necessidade;
- Segurança Social, que continuará a contribuir para a prestação de serviços sociais de
qualidade, através, por exemplo, do apoio à Rede Solidária de Cantinas Sociais, onde, sem
qualquer custo para o utente, são fornecidas refeições diárias;
- Centro de Saúde, contando com o pessoal médico e de enfermagem especializado na
resposta aos problemas de saúde manifestados pelos utentes da RLIS e na realização
de sessões de esclarecimento e sensibilização sobre doenças, formas de prevenção e
tratamento;
- Paróquias (Protocolo de parceria com as Paróquias de Infias, São Miguel, São João,
Santo Adrião, Santa Eulália, Tagilde e São Paio), tendo em consideração que os
párocos, tal como os Presidentes de Junta de Freguesia, mantêm uma relação de
proximidade com a população, sendo, em muitos casos, os primeiros a identificarem
problemas sociais;
- Gabinetes de Inserção Profissional (GIP’s), com os quais se dinamizarão ações de
sensibilização que reforcem a importância da educação/formação contínua ao longo da vida,
do trabalho enquanto meio de inserção social e profissional, da atualização de conhecimentos
e competências. No que toca à população desempregada a prioridade será promover
estratégias de sensibilização que demonstrem a importância da procura ativa de emprego,
bem como, do desenvolvimento de competências de base essenciais, que aumentem a
probabilidade de inserção profissional. Esta articulação irá permitir uma avaliação mais
profunda e fiel aos interesses dos jovens e adultos, procurando um equilíbrio entre os seus
interesses, capacidades e limites, na construção dos seus projetos de vida;
- Os serviços de apoio à comunidade, de caráter local, que desempenham um papel
fundamental no desenvolvimento comunitário, na medida em que diagnosticam, ativam e
fortalecem a participação dos cidadãos na comunidade. Estas instituições poderão utilizar a
ficha de ligação online para sinalizar casos de vulnerabilidade e exclusão social. Possuem
ainda um conhecimento profundo da realidade de cada zona, através da proximidade à
vizinhança e de um relacionamento sólido com a vida quotidiana da comunidade vizelense;
Articulação com uma instituição local (AIREV) no sentido de evitar a segregação das pessoas
afetadas pela doença mental, facilitando a sua reabilitação psicossocial e inserção social.
41
Esta estratégia, por meio da abertura aos espaços de socialização, permitirá o treino refinado
de competências sociais e pessoais, contribuindo significativamente para melhorar o percurso
de vida das pessoas, suas famílias e comunidade envolvente;
- As associações culturais/recreativas, cuja parceria incidirá na operacionalização de ações
promotoras de competências que visem a sensibilização para educação ambiental, cultural,
artística e igualdade de género, procurando contribuir para o pleno exercício de cidadania,
tendo em conta que a inclusão da comunidade em situação de vulnerabilidade e risco social,
em projetos artísticos/culturais concelhios, reveste-se atualmente de uma estratégia de
intervenção social, ao promover a inclusão, melhorar a autoconfiança e combater os
estereótipos e a discriminação positiva e negativa na comunidade envolvente, permitindo
construir capital cultural e social;
- Escolas, como o primeiro contexto de aprendizagem, modelação e transformação social das
crianças e jovens, e onde os pais depositam elevadas expectativas neste contexto, emerge
como prioridade o estabelecimento de uma parceria que aproxime os serviços de ação social
concelhios com a comunidade escolar. Esta parceria assume particular importância tendo em
conta os desafios que os pais encontram atualmente no exercício da parentalidade, em
particular no acompanhamento da vida social e escolar dos filhos. Sendo assim, pretende-se
obter uma negociação concertada entre as diversas entidades, que facilite o encaminhamento
dos pais para programas e atividades, individuais e em grupo, de desenvolvimento de
competências parentais. Esta será uma das estratégias de promoção da qualificação familiar,
executada através de um trabalho de proximidade e sistemático com as famílias, buscando a
sua capacitação e melhoria no desempenho da função parental. Em termos da intervenção
direta com as crianças e jovens, pretende-se, acima de tudo, encaminhar estes grupos para
serviços de proximidade que promovam atividades de ocupação de tempos livres ou outras,
de forma estruturada, sempre numa perspetiva da igualdade de oportunidades.
Realçamos o facto de existirem outras entidades oficiais (IEFP, ACES Alto Ave, GNR, entre
outras) que manifestaram expressamente o seu interesse em estabelecer parceria com este
projeto, contudo aguardamos a formalização da parceria.
O projeto, assente numa intervenção local, pretende garantir novas e mais adequadas respostas de
proximidade aos seus beneficiários e assegurar uma intervenção integrada e um
atendimento/acompanhamento capaz de assegurar respostas adequadas às necessidades das
pessoas em situação de maior vulnerabilidade social. Neste sentido, pretende-se trabalhar numa
42
lógica de descentralização e articulação, rentabilizando os recursos existentes e o conhecimento das
instituições locais relativamente às reais necessidades das suas populações. É colocar em prática
uma política social de intervenção colaborativa de proximidade e de planeamento estratégico,
atuando com maior incidência junto das famílias que se encontram em situação de maior
vulnerabilidade, visando o combate à pobreza e à exclusão social.
43
- Atendimento nas Escolas em articulação com os Agrupamentos de Escolas, de modo a
estabelecer um contacto direto e próximo com as crianças e jovens em idade escolar e,
assim, responder a casos de vulnerabilidade e risco ou situações de exclusão social;
- Dinamização de espaços de encontros e/ou organização de eventos comunitários em
parceria com as entidades locais, tendo em consideração a realidade social local, no sentido
de criar dinâmicas ativas, consciencialização da população para as problemáticas,
coresponsabilizando os cidadãos no desenvolvimento social local.
Para uma melhor compreensão dos níveis de atuação e relevância do trabalho desenvolvido pela
equipa de RSI da Santa Casa da Misericórdia de Vizela junto de pessoas em situação de
vulnerabilidade, pobreza e exclusão social, deverão ser considerados dois parâmetros: a relação de
proximidade com as pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e risco social; e uma estreita
articulação com os parceiros formais e informais concelhios.
A inserção efetiva dos beneficiários deve ser analisada numa perspetiva idiossincrática, na medida
em que a construção da autonomia socioeconómica depende dos objetivos das metas a atingir pela
pessoa, seja a nível da sua inserção profissional, social ou noutras questões que envolvam o
acompanhamento psicossocial após a cessação da prestação pecuniária. No âmbito da intervenção
com os indivíduos e famílias beneficiárias do RSI, é inegável o impacto deste acompanhamento de
proximidade nas vidas das pessoas.
44
Assim, efetuando uma análise evolutiva da inserção efetiva dos beneficiários nos últimos quatro anos,
e tendo por base os relatórios de renovação do protocolo, verifica-se que em ambos os períodos o
número de beneficiários integrados a nível social e profissional perfaz um total de 292 beneficiários.
No que concerne ao trabalho junto dos parceiros, verifica-se uma preocupação expressa de
informação e articulação junto de cada um, no sentido da definição conjunta, acompanhamento e
avaliação dos contratos de inserção, promovendo a continuidade do bom relacionamento e
potenciando o trabalho e objetivos do Núcleo Local de Inserção (NLI).
Equipa Técnica:
1 Assistente 2012 – 218
Social
ISS, IP
1 Educadora 2013- 189
Centro 292 Concelho de
04/2005 Social 100%
Distrital de Beneficiários Vizela
1 Psicóloga 2014- 166
Braga
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parceiras conseguiu conduzir as pessoas para que obtivessem importantes mudanças na sua vida,
sobretudo no que respeita às dimensões que constituem a inserção social plena.
A chave de imputação dos custos com o pessoal (interno e externo) deriva do cálculo do peso
individual de cada uma das atividades no total das atividades desenvolvidos no projeto. A
repartição dos encargos diretos por cada atividade teve em conta o peso individual de cada uma
dessas atividades no total das atividades desenvolvidas no projeto.
A orçamentação dos encargos diretos decorreu do plano de atividades que estão definidas para
as ações de atendimento e acompanhamento ao longo dos 3 anos de desenvolvimento do
projeto.
A intervenção social, que está prevista em todo o território abrangido pelas ações a executar,
obrigará a um conjunto de deslocações devido à descentralização das atividades. Na rubrica de
encargos diretos com a aquisição de bens e serviços terão relevo as despesas de alugueres de
bens móveis e imóveis, realização de visitas, viagens a eventos, bem a aquisição de consumíveis
para a concretização das atividades. Incluem-se também nesta rubrica os encargos com o serviço
de atendimento descentralizado nas juntas de freguesia, atendimentos nas residências
familiares, aquisição de documentação técnica, fotocópias, e outros bens necessários à
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prossecução das atividades nomeadamente, assegurando o atendimento de pessoas e famílias
em situação de vulnerabilidade e exclusão social, bem como de emergência social; assegurar o
acompanhamento social do percurso de inserção social; mobilizar os recursos da comunidade
adequados à progressiva autonomia pessoal, social e profissional.
A orçamentação dos encargos diretos decorreu do plano de atividades que estão definidas para
as ações de atendimento e acompanhamento ao longo dos 3 anos de desenvolvimento do projeto
compreendendo encargos com deslocações associadas à realização de visitas, aquisição de
material e documentação técnica e outros custos diretos relacionado com as atividades a
desenvolver.
Encargos gerais
O projeto da Rede Local de Intervenção Local vai obrigatoriamente consumir muitos dos recursos
atuais da entidade promotora porque muitas das ações decorreram nas suas próprias
instalações.
Imputaram-se as despesas gerais com base numa chave de imputação que resulta do rácio dos
rendimentos do projeto RLIS face ao total de rendimentos da atividade da instituição. A
repartição pelas atividades desenvolvidas no projeto derivou do cálculo do peso individual de
cada uma destas atividades no total das atividades desenvolvidos no projeto.
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