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Preparação para as Aulas Práticas – A4 – Ensaio Visual e Dimensional

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Ensaio Visual e Dimensional


Duração: 180 minut os

Introdução

Nest a prova prát ica, o aluno deve verificar as condições ex igíveis para a

realização de ensaio visual e dimensional de junt as preparadas para a

soldagem e de junt as soldadas.

1ª PARTE – Inspeção Visual e Dim ensional de Junt as

Preparadas Para Soldagem

Deve- se realizar a inspeção de junt as preparadas para a soldagem

f ornecendo seu parecer no "Relat ório de Inspeção" (Anex o A) em

conformidade com os crit érios de aceit ação previament e est abelecidos

(Anex o C). Nest a parte os seguint es it ens devem ser observados:

a) Condição Superficial Requerida:

As junt as preparadas para a soldagem devem est ar isent as de óleo,

grax a, óx idos, t inta, resíduo do ensaio de líquido penet rant e, areia e

f uligem do pré- aquecimento a gás, em uma faix a de 25 mm de cada

lado das bordas.

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b) Iluminação:

A região a ser ensaiada deve est ar iluminada, se necessário por lanterna

de foco cent rado ou rabicho com lâmpada, que proporcione uma

iluminação m ínima de 1000lux .

c) Inspeção dimensional:

Durant e o ensaio visual e dimensional de um a junt a preparada para

soldagem, como most ra a f igura 1. Deve- se observar dentro da área de

int eresse, a conf ormidade da preparação do bisel e mont agem da junta

quanto a: ângulo do bisel, abert ura de raiz, desalinhament o e pré-

deformação. Efetua- se t ambém inspeção dimensional das pernas de

soldas e espessura da alm a na junt a de ângulo em “T” nos pont os 1 e 2

ex istentes na alma do corpo- de- prova, conform e mostra a f igura 2,

apenas no lado indicado na folha de prova (A ou B).

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O ângulo do bisel deve ser m edido em ambos os component es da junt a

com o calibre de solda, dentro da área delimit ada. Pode ser necessária a

ut ilização de calços para apoiar corret ament e o instrument o, o qual

deve estar paralelo à superfície do met al de base e a f ace inferior da

placa girat ória deve ficar paralela à superf ície do bisel, conf orme m ost ra

a f igura 3.

Figura 3: Medição do ângulo do bisel.

A abertura de raiz pode ser medida com o calibre de solda ou com o


paquímetro (ver figura 4). O instrumento deve est ar posicionado
perpendicularmente à superf ície do met al de base.

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Figura 4: Medição da abert ura de raiz com o calibre.

O desalinhament o pode ser medido com o calibre de solda conforme

mostra a figura 5. Posiciona- se a base do calibre em um componente da

junta e a régua no out ro component e.

Figura 5: Medição do desalinhament o.

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A pré- def ormação deve ser verificada pela face com a ut ilização do

goniômet ro. A hast e do inst rument o deve estar paralela à superf ície do

metal de base de um dos com ponent es da junt a, e o t ransferidor deve

est ar paralelo ao out ro component e conf orme most ra a f igura 6.

Figura 6: Medição da Pré- def ormação.

Na junt a de ângulo em “T”, as pernas de solda podem ser medidas com

o calibre de solda, ut ilizando a placa girat ória ou a régua do

instrumento. Para se obter o valor de perna de solda vertical, o calibre

deve est ar paralelo à superf ície da base da junt a, e a pont a da placa

girat ória deve encost ar na margem superior do cordão de solda

conforme most ra a f igura 7.

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Figura 7: Medida da Perna de Solda Vert ical com a placa girat ória.

Para perna de solda horizont al posiciona- se o instrumento na alma da

junt a, e a pont a da placa girat ória deve encost ar na margem inferior do

cordão de solda, conforme f igura 8.

Figura 8: Medida da Perna de Solda Horizont al com a placa girat ória.

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Para mediar perna de solda vertical com a régua do calibre, deve- se

posicionar paralelam ent e o inst rument o na alma da junt a até encost ar

na margem superior, conform e most ra a figura 9.

Figura 9: Medida da Perna de Solda Vert ical com a régua.

Para a perna de solda horizont al posiciona- se o calibre paralelo à base

da junta até encost ar na m argem inf erior da solda, conform e f igura 10.

Figura 10: Medida da Perna de Solda Horizontal com a régua.

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Mede- se t ambém na junt a de ângulo em “T”, a espessura da alm a com o

paquímet ro, conform e most ra a figura 11 e deve- se verificar a dif erença

entre as dimensões das pernas de solda em cada pont o determ inado.

Figura 11: Medição da espessura da alma da junt a de ângulo em “T”.

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Deve ser feit o um círculo em t orno dos valores reprovados com base nas
medidas de projet o e tolerâncias especificadas no crit ério de aceit ação,
conforme o ex emplo apresent ado abaix o (Anex o A – Relat ório de
Inspeção):

Dimensões das pernas de solda vertical e horizontal no ponto 2 e perna de solda


vertical no ponto 1 superiores ao valor mínimo especificado no critério de aceitação.

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2ª Parte
Inspeção Visual e Dimensional de Junt as Soldadas

O aluno deve realizar a inspeção visual e dim ensional de junt as

soldadas, f ornecendo seu parecer no "Relatório de Inspeção" (Anex o B)

em conf ormidade com o critério de aceit ação contido no Anex o C. Nest a

part e os seguint es itens devem ser observados:

Notas

Devem ser verificadas as mesmas condições de superf ície e de

iluminação da inspeção visual e dimensional de junt as preparadas pra

soldagem.

Para ef eito de comentários sobre o est ado da superf ície do metal de

base, desconsiderar o verniz prot et or, quando aplicável.

Inspeção Visual:

O registro da localização das descontinuidades da face, bem como da

raiz da solda deve ser realizado no campo apropriado em dimensões

equivalentes às encont radas nos corpos de prova f ornecidos. Para t anto,

ut iliza- se o formulário most rado no Anex o B. Deve- se considerar como

área de interesse 25mm medidos a part ir das m argens da solda, ao

longo de t odo o compriment o da junta soldada.

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A medição das cot as para a localização das descont inuidades deve ser

f eita a part ir da borda da chapa em que está puncionado o “pont o zero”,

conforme most rado nas figuras 12 (a) e (b).

Figura 12 (a): Sent ido do início da inspeção.

Figura 12 (b): Sent ido do início da inspeção.

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As descontinuidades devem ser ident if icadas de acordo com a legenda

apresentada na tabela I, encont rada no procediment o, conforme

ex em plificado nas f iguras 13 (a) e 13 (b).

Tabela I: Legenda de ident ificação das descont inuidades.

Figura 13 (a): Descontinuidades em uma junt a de topo soldada (face).

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Figura 13 (b): Descont inuidades em uma junt a de t opo soldada (raiz).

Os result ados devem ser avaliados com base no crit ério de aceit ação

(Anex o C) apresent ado no procedim ent o. Para as descont inuidades

inaceitáveis deve ser feit o um círculo ao redor da ident ificação das

mesmas.

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Nota
Foram registradas algumas descont inuidades na face e na raiz da solda
como ex emplo.

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Anex o C
Crit érios de Aceitação

Junt a de Topo
Considerar inaceit ável:
• Trinca;
• Falt a de Fusão;
• Falt a de Penet ração;
• Concavidade com prof undidade maior que 1,6m m ou 0,2e, a que
f or menor (onde “e” é a espessura nominal do met al de base);
• Deposição Insuf icient e;
• Poro Isolado;
• Porosidade Agrupada;
• Mordedura na face ou na raiz com profundidade maior do que
0,8mm ou 0,4e, a que f or menor (onde “e” é a espessura nom inal
do met al de base);
• Sobreposição;
• Abert ura de Arco;
• Respingo;
• Desalinhamento superior a 2 mm;
• Embicament o ou pré- deform ação superior a 5°;
• Perf uração;

Alt ura do reforço da face e da penet ração da raiz acim a do especificado


na tabela a seguir:

Espessura nominal do met al de base Alt ura máx ima


e ≤ 6,4m m 1,6mm
6,4mm < e ≤ 12,7mm 2,4mm
12,7mm < e ≤ 25,4mm 4,0mm
e > 25,4mm 4,8mm

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Junt as de ângulo
Considerar inaceit ável:
• Diferença ent re pernas maior que 3,2m m;
• Dimensões de pernas abaix o do valor mínimo indicado na t abela
abaix o:

Espessura nom inal da alm a Valor m ínim o da perna


e ≤ 9,5m m 9,5m m
9,5m m < e ≤ 12,7m m 12,5m m
12,7m m < e ≤ 15,9m m 16,0m m
e > 15,9m m 22,0m m

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Deve- se verificar se há reforço de f ace e penet ração ex cessiva de raiz.

Na raiz quando houver reforço localizado é denominado perfuração. A

alt ura máx im a de reforço admissível é especificada no crit ério de

aceit ação, de acordo com a espessura do met al de base (figuras 14, 15 e

16).

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Figura 14: Medição do reforço da face.

Figura 15: Penet ração ex cessiva da raiz.

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Régua tangenciando
a face da solda

Calibre faceado na superfície do metal de base

Figura 16: Medição da perf uração da raiz.

Deve- se verif icar t ambém o em bicament o pela raiz com a ut ilização do

goniômet ro. A hast e do inst rument o deve estar paralela à superf ície do

metal de base de um dos com ponent es da junt a, e o t ransferidor deve

est ar paralelo ao out ro componente conforme most rado na figura 17.

No crit ério de aceit ação encont ra- se o valor m áx imo admissível de


embicamento.

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Base do transferidor e da
Indicação do ângulo de régua faceada na
embicamento. superfície da junta.

Figura 17: Medição do embicamento pela raiz.

Instrumentos

Para o ensaio visual e dimensional de junt as preparadas para a

soldagem e de junt as soldadas, serão utilizados os inst rum ent os abaix o

relacionados, que deverão est ar ident if icados e com a calibração dentro

do prazo de validade (figura 18).

• Calibre de solda;
• Transf eridor;
• Trena metálica;
• Escala metálica;
• Paquímet ro;
• Lupa.

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Figura 18: Inst rumentos ut ilizados no ensaio.

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Você est udou nest e tex t o que, na prova prát ica, as junt as preparadas

e/ ou soldadas devem ser subm et idas à inspeção, ant es da realização do

ensaio visual e dimensional, para verif icar se est ão aptas ao

procedimento. Nessa verif icação é preciso f ornecer um parecer através

do relat ório de inspeção de junt as.

Teste agora o seu nível de compreensão do t ex t o respondendo às

questões de revisão sobre Ensaio Visual e Dim ensional.

Caso seja necessário releia o tex t o e/ ou recorra aos t utores para

resolver suas dúvidas.

Quest ões de Revisão

1 – Para realizar os processos de Inspeção Visual e Dimensional de

Juntas Preparadas Para Soldagem e de Junt as Soldadas é preciso

observar alguns it ens para fornecer o parecer no Relat ório de Inspeção.

Apresente esses it ens e descreva- os.

2 – List e os inst rumentos utilizados no ensaio visual e dimensional de

junt as preparadas.

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