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Apostila IME - Introducao-Ao-Estudo-Das-Barragens-De-Terra-Parte-1 PDF
Apostila IME - Introducao-Ao-Estudo-Das-Barragens-De-Terra-Parte-1 PDF
O projeto de uma barragem de terra envolve a solução mais econômica, obtida por tentativas,
satisfazendo, com o fator de segurança adequado, as seguintes condiçoes básicas:
c) O aterro deve ser projetado de modo que não submeta as fundações a tensões
excessivas.
d) A percolação através o aterro, fundação e ombreira deve ser controlada a fim de que
não haja erosão interna nem perda d'água excessiva prejudicando a obra.
f ) O talude de montante deve ser protegido contra a erosão por ação da onda; a crista e o
talude de jusante contra erosão devida ao vento e a chuva.
Altura acima do terreno natural - Altura desde o ponto mais baixo do terreno natural,
(Height above ground Level) geralmente no leito do rio, até a crista da barragem.
Barragem de terra de seção homogênea - Maciço construído apenas de material argiloso, mais
(Homogeneous earth-fill dam) ou menos uniforme, exceto os drenos internos ou
tapetes drenantes e enrocamentos de proteçâo.
-
Barragem de terra zoneada Tipo de barragem de terra cuja seção transversal é
(Zoned earthfill) constituida de zonas de materiais selecionados com
diferentes graus de porosidade, permeabilidade e
densidade.
Coroamento
t
Borda Mlnirna
1 1 : gorda NO'rrnal I
OBRAS DE TERRA BARRAGENS - ANTEPROJETO DA SEÇÂO TRANSVERSAL - 3
/
.,
-
-- .
Filtro - Zona do maciço constituída de material granular adja-
(Filter zone) cente a zona impermeável, para prevenir a migração
de material de uma zona para outra. AS vezes as zo-
nas de transição são também providas para agir como
drenos.
Nível máximo de cheias - Nível mais elevado da superfície de água para o qual a
(Maximum water level) estrutura foi projetada. É geralmente fixado com o
nível correspondente a sobrelevação máxima, quando
da ocorrência da cheia de projeto.
Nível mínimo de operação - Menor nível para a qual o reservatório pode ser
(Mínimum operating level) rebaixado mantendo-se as condições de operação
para as quais o aproveitamento foi projetado, tais
como geração de energia ou irrigação. Abaixo deste
nível o reservatório pode ser eventualmente rebaixado
por outros dispositivos de descarga.
I
OBRAS DE TERRA -
BARRAGENS ANTEPROJETO DA SEÇÃO TRANSVERSAL 5 -
Ponto mais baixo da fundação - Parte mais baixa da escavação para a fundação da
(Lowest Point) barragem, incluindo as partes em trincheira, desde que
o fundo da trincheira tenha menos que 10 metros de
largura. São excluidos os meios de vedação, cortina
de estacas e poços isolados da escavação, os quais
não são representativos da fundação da barragem.
Volume útil (Usable storage) - Parte do volume do reservatório situado acima do nível
do mais baixo dispositivo de descarga, propiciando a
utilização do reservatório para outras finalidades que a
da geração de energia.
OBRAS DE TERi7A BARRAGENS - ANTEPROJETO DA SEÇAO TRANSVERSAL - 7
-----
da
gem
C Largura da base
Cortina de injep3o
_ _-.
, --.
I
'. ' *,
------- Vertedoura auxiliar
,
. Eixo da Barragem
ouro -
Comprimento
Bacia Hidrogrhfica
ORRAS DE TERRA BARRAGENS - ANTEPROJETO DA SECÃO TRANSVERSAL - 8
Uma barragem de terra ou enrocamento é incapaz de trabalhar como estrutura vertedora sem
um alto risco de colapso por erosão.
Devido as implicações catastróficas de uma rotura deste tipo, a probabilidade de sua ocorrência
deve manter-se muito baixa.
Nessas condições, a descarga de cheia para o projeto de uma barragem de terra deve ser maior
do que o adotado em uma barragem de concreto. A segurança contra o transbordamento durante
uma máxima cheia é obtida através um balanceamento entre o volume do reservatório e a
capacidade do vertedouro.
Por outro lado, quando o vento começa a soprar sobre uma superfície de águas calmas, ocorre
uma transferência de energia do vento para a superfície da água e há a formação de ondas.
A elevação da água contra a barragem dependerá então da altura de onda formada pelo vento, da
profundidade da água em frente a barragem e da geometria e material da face de montante da
barragem.
Assim, além da atenção especial no dimensionamento dos órgãos estravasores de cheias como
já mencionado, há que adotar ainda uma folga ou borda livre conveniente.
Para a fixação da borda livre de uma barragem, considera-se o nível máximo de operação da
barragem e tem-se como objetivo, ao determinar esse valor:
evitar o transbordamento pela ação das ondas, que pode coincidir com a máxima
enchente;
A determinação do valor da borda livre baseia-se na previsão da altura e ação das ondas. Essa
previsão, entretanto, não é baseada em processos matemáticos precisos. 0 s melhores recursos
disponíveis apoiam-se em experiências passadas, extrapoladas por vários processos matemáticos e
estatísticos.
B = o,75Ho + v,'
- (1)
2g
em que H. é a altura da onda V. a sua velocidade de propagação.
A altura das ondas H,, é geralmente estimada através fórmulas empíricas em função da
velocidade do vento e do fetch.
Só se deve levar em conta os ventos com ocorrência provável durante o período de águas
máximas no reservatório.
A direção do vento e do fetch adotado também devem se correlacionar.
Para ondas com altura de 0,3 a 2m, a velocidade de propagação pode ser determinada pela
fórmula de Gaillard:
V = 1,5+2H0 (4)
TABELA 1
3.2 - Coroamento
Entretanto.. o .proieto
. do aterro deve ser elaborado de acordo com o tipo de fundacão em causa
que, juntamente com as característticas mecânicas de resistência, ~om~ressibilidade e permea-
bilidade dos materiais terrosos disponíveis, governarão a geometria do maciço.
Não há regras específicas para a seleçáo da inclinação dos taludes externos. O processo geral
é fazer uma escolha com base na experiência pessoal com barragens semelhantes e modificá-la de
acordo com os resultados da análise de estabilidade.
O Bureau of Reclamation (Design of Small Dams) elaborou tabelas que podem orientar a
escolha inicial da inclinação dos taludes de pequenas barragens de terra compactada, considerando-
se como tal aquelas cuja altura máxima não exceder 15 metros.
TABELA 2
INCLINAÇÃODOSTALUDESDEBARRAGENS
HOMOGÊNEASSOBRE FUNDAÇOES ESTÁVEIS
CL, ML 3: 1 2,5 : 1
CH MH 3,5 : 1 2,5 :I
Nesta tabela consideram-se os casos do reservatório poder ou não ser sujeito a esvaziamenos
rápidos, admitindo-se como tal os que apresentam velocidades mínimas de descida do nível, de
15cm por dia.
O projeto de uma barragem do tipo zoneado torna-se econômico quando há uma variedade de
solos disponíveis, pois permitem o uso de taludes mais íngremes, com uma conseqüente redução no
volume total do material a ser empregado no maciço.
0 s materiais permeáveis e portanto com melhores condições de estabilidade são colocados nas
faces de montante e jusante, permitindo a dissipação de pressões no abaixamento rápido e evitando
o aumento das pressões de percolação e abaixamento da linha de saturação, mantendo-a no interior
do maciço.
As inclinações necessárias para a estabilidade de uma barragem zoneada são funções das
dimensões relativas do núcleo impermeável e das abas permeáveis.
OBRAS DE TERRA -
BARRAGENS ANTEPROJETO DA SEÇAO TRANSVERSAL 12 -
Se o núcleo for menor do que o mínimo indicado em cada condição, a barragem é considerada
do tipo diafragma, se o núcleo é mais largo do que o valor indicado como máximo, as zonas
permeáveis não colaboram na estabilidade do aterro e a barragem será considerada homogênea.
Também neste caso os valores da tabela devem ser tomados como ponto de partida, pois tem-
se notícias de barragens que funcionam adequadamente com núcleo de largura L = 0,30 a 0,50 H,,
sendo H, a altura da água.
3 -3 Núcleo máximo
OBRAS DE TERRA BARRAGENS - ANTEPROJETO DA SEÇAO TRANSVERSAL - 13
GC, GM 2: 1 2: 1
CH, MH 3: 1 3: 1
GC, GM 2,5 : 1 2: 1
CH, MH 3,5 : 1 3: 1
TABELA 3
No caso de fundações constituídas por solos finos saturados, com espessuras maiores que a
altura do aterro, podem seguir-se as recomendações contidas na figura abaixo e tabela 4.
- -- -- - - - - - - - - - -- - - - - - - --
...
.
..
.................
...............
Aterro projetado
TABELA 4
Consistência Número médio Símbolo do grupo Inclinação dos taludes do aterro estabilizador
de golpes no do solo para diversas alturas da barragem.
ensaio de
penetração
(SPT) relativo
a uma prof. de
funda@o igual
a altura da
barragem
SC 6: 1 5: 1 4: 1 3: 1 3: 1
ML 6: 1 5:1 4: 1 3: 1 3:1
CH 13: 1 1O:l 7: 1 4: 1 3: 1
CH 11:l 9:l 6: 1 3: 1 3: 1
SC 5: 1 4: 1 3: 1 3:1 3: 1
ML 5: 1 4: 1 3,5:1 3 : l 3: 1
4) DRENAGEM INTERNA
b) controlar a percolaçáo da água na face de jusante da barragem de tal modo que a água
não carregue qualquer partícula do maciço, isto é, que não se desenvolva o fenômeno de
"piping".
A eficiência do dreno ou filtro na redução das pressões neutras depende em princípio da sua
localização e extensão.
Por outro lado, o "piping" ou entubamento é controlado construindo-se os drenos com um mate-
rial de granulometria adequada a funcionar como filtro do solo constituinte do maciço.
Existem numerosos tipos de sistemas de drenagem interna em barragens de terra, sendo que o
tipo a ser adotado para uma obra determinada dependerá de diversos fatores relativos ás permea-
bilidades do maciço e da fundação bem como das características dos materiais drenantes
disponíveis. Serão apresentados, a seguir, em termos muito sucintos, os principais tipos geralmente
adotados.
As barragens homogêneas mais antigas apresentam esse tipo de drenagem para evitar a
diminuição de resistência do material no pé do talude. Empregam-se apenas em barragens de
pequena altura, constituídas de solos homogêneos de baixa permeabilidade.
Podem ser dos tipos:
OBRAS DE TERRA BARRAGENS - ANTEPROJETO DA SEÇÃO TRANSVERSAL - 16
O dreno de pé pode ser utilizado associado no trecho final de um tapete drenante como
mostrado na figura 6.
O mais econômico tipo de dreno para uma barragem é o constituído por um conduto perfurado
envolvido por filtros de transição, posicionado longitudinalmente com relação ao eixo da barragem, a
meia distancia entre o eixo e o pé de jusante. Esse sistema só deve ser adotado no caso da
barragem ser apoiada sobre uma fundação relativamente uniforme e do maciço compactado ser
constituído por solos de mesmas permeabilidade vertical e horizontal.
Quanto mais elevado o grau de estratificação do maciço, representado pela relação entre a
permeabilidade horizontal k, e a permeabilidade vertical k,, mais extenso deve ser o dreno,
chegando-se no limite do tapete drenante que se estende até ao pé do talude de jusante da
barragem.
O comprimento do tapete filtrante basear-se-á na posição que se pretende para a linha freática,
no interior do maciço, devendo-se notar que a descarga percolada aumenta com o comprimento do
tapete. Esse aumento, entretanto, é recompensado pela melhoria na estabilidade, pois mantem-se
seco grande parte do paramento de jusante da barragem.
OBRAS DE TERRA BARRAGENS - ANTEPROJETO DA SEÇÃO TRANSVERSAL - 17
A tentativa inicial na escolha da posição do tapete drenante poderá ser a recomendada por
Creager, adotando um comprimento de 0,3 a 0,5 L, sendo L a distância do eixo da barragem ao pé
do talude de jusante.
Uma das principais desvantagens do tapete drenante horizontal resulta do fato de que o maciço
de uma barragem de terra tende a ser estratificada (k,, > k,) como já mencionado. Pode ainda,
ocasionalmente, acontecer que camadas horizontais muito mais permeáveis do que a média do
material empregado sejam colocadas no maciço, de modo que, a despeito do dreno horizontal, a
água p e m l a horizontalmente na superiície de uma camada relativamente impermeável e surge no
talude do jusante.
Este tipo de drenagem é constituído por um dreno vertical posicionado ligeiramente a jusante do
eixo da barragem e prolongado para jusante por um tapete drenante horizontal. Foi adotado pela
primeira vez por K. Terzaghi para a barragem de Vigário no Brasil (atualmente denominada Barragem
Terzaghi, em homenagens ao projetista).
Em várias barragens mais recentes de maiores alturas, a cortina drenante tem forte inclinação
para montane ou para jusante.
Com a inclinação para montante, tem-se a vantagem de eliminar riscos de trincas longitudinais
na crista no caso da barragem ser apoiada sobre uma fundação rígida.
Por outro lado um dreno inclinado para jusante apresenta a vantagem de melhorar as condic6es
de estabilidade do talude de montante durante o rebaixamento rápido do reservatório.
Seguem-se exemplos de várias soluç5es que podem ser adotadas em cortinas drenantes
OBRAS DE TERRA -
BARRAGENS ANTEPROJETO DA SEÇÃO TRANSVERSAL - 18
5 - PROJETO DE FILTROS
NA A água que percola através
- - - -
de uma barragem de terra e suas
fundações pode carregar pai?-
culas que estejam livies e não
/' regressivo ofereçam resistência ao carrea-
-
'
1 -
mento.
Nas seguintes situações ocor-
reram danos ou o colapso de uma
barragem de terra por car-
reamento de material e a ocor-
rência do fenômeno do piping ou
entubamento regressivo.
A água emergindo do talude de jusante saturará, progressivamente, a zona de jusante da
barragem, causando o amolecimento e o enfraquecimento da mesma e poderá dar início ao
fenômeno da erosão interna ou piping.
As partículas da face do paramento de jusante são as primeiras deslocadas, deixando sem
proteçáo as partículas internas adjacentes que também serão deslocadas a seguir.
Forma-se, acompanhando a linha de saturação, um tubo que pode levar a barragem a ruptura.
Zona I- lrn~ermeável
As forças de percolação nas
'Ona * -
faces de descarga AB e BC tendem a
mover as partículas de solo erodíveis
para a zona 2, se tiverem valor
suficientemente elevado e a zona 2,
vazios largos o bastante para deixar
passar as partículas de solo da zona
1 e do terreno de fundação.
O aparecimento frequente de
água borbulhando e abatimentos do
terreno, junto ao pé de uma
barragem, levaram a colocação de
um filtro de pedras da ordem de
7,5cm de diâmetro. Não obstante,
Areia e siite saturado após um período de 6 anos a
presumido Ida esquerda para a direita) barragem, subitamente, rompeu-se
. .=... provavelmente devido ao desenvol-
vimento progressivo de um tubo
subterrâneo que, finalmente, atingiu o fundo do reservatório.
Esta ruptura poderia ter sido evitada se, no local do filtro de pedra que não foi eficaz na
retenção das partículas erodíveis da fundação, tivesse sido colocado um filtro com a graduação
adequada.
O fenômeno do piping pode ser evitado pela introdução de filtros. Eles constituem zonas relati-
vamente delgadas, o que exige que sejam perfeitamente dimensionados, geométrica e granulome-
tricamente na fase de projeto com a construção bem controlada.
OBRAS DE TERRA BARRAGENS - ANTEPROJETO DA SEÇÃOTRANSVERSAL - 20
Erosão Interna
0 s vazios existentes nos filtros em contato com solos erodíveis devem ser
suficientemente pequenos para evitar que as partículas desses solos sejam
carreadas através do filtro.
Permeabilidade
0 s vazios existentes nos filtros, em contato com solos a serem protegidos,
devem ser suficientemente grandes para que a permeabilidade do filtro seja maior
que a do o material protegido ou material de base, a fim de permitir o livre escoa-
mento das águas infiltradas.
As funçôes granulométricas dos filtros foram definidas por K.Terzaghi desde 1929 e foram
enquadradas em regras precisas por Bertram em 1940; a partir de então vem sendo aperfei-
çoadas por numerosos pesquisadores.
Entretanto, as regras só são válidas dentro de certos limites, especialmente no que se refere a
extensão e a uniformidade da curva granulométrica.
Fora desses limites, será necessário proceder a ensaios visando verificar a estabilidade dos
filtros.
0 s critérios dependem ainda dos gradientes hidráulicos máximos, assim como do sentido do
fluxo de percolação (ascendente, descendente ou horizontal).
Por outro lado, essas regras de filtro se tornam pouco aplicáveis, em termos técnicos e
econômicos, quando o material a ser protegido é constituido por solos essencialmente
argilosos, já que, nesse caso, o material de filtro se tomaria extremamente fino, coesivo e
fissurável, o que deve ser evitado a qualquer custo, quando se trata de proteger o núcleo de
uma barragem de terra ou enrocamento.
Ia
Regra:
F1 5
-<4 a 5 4, - Diâmetro da partícula do filtro, para o qual 15% em peso
do solo tem diâmetros inferiores a ele.
B85
Bs5 - Diâmetro da partícula do material de base, para o qual
85% em peso do solo tem diâmetros inferiores a ele.
Quando esta regra é satisfeita, garante-se que o piping será evitado; o mecanismo de funciona-
mento do filtro está representado na figura.
2a Regra:
3a Regra:
Recomenda-se escolher material de filtro com uma curva granulométrica, aproximadamente
paralela a curva do material a ser protegido, o que pode ser traduzido pelas seguintes
expressões (U.S Army Corps of Engineers):
4a Regra:
Os filtros não devem conter mais do que 5% de material mais fino que 0,074mm (peneira 200)
e ainda devem ser isentos de partículas argilosas, a fi m de não serem coesivos.
5a Regra:
Quando um tubo perfurado é colocado no
I;' s interior do filtro, as aberturas do tubo,devem
22
Ahrrlrrrn nrhxrrilo </o luho r/c.~cnr,yn ser pequenas o bastante para evitar o piping.
SOLUÇÃO:
Características das curvas granulométricas:
A areia satisfaz aos critérios de filtro do material de base e suas curvas granulométricas são
paralelas.
Para que o filtro possa estar em contacto com o tubo de drenagem deve ter o diâmetro D85,
satisfazendo a condição: De5 > 2 x 112 = 25,4mm o que não ocorre. Logo, deve-se interpor, entre o
tubo e a camada de areia, uma camada de material mais grosso.
A escolha da granulometria desse material deve obedecer os mesmos critérios anteriores,
considerando a areia como material de base, ou seja, o material a ser protegido.
Chega-se a:
Os valores de q,t e qf podem ser determinados pela construção de redes de fluxo pelas
fundaç6es e ombreiras e pelo próprio maciço da barragem.
Penneabilidade
No que se refere ao gradiente hidráulico i dentro do dreno, é fixado pela configuração geomé-
trica da seçSo transversal da barragem.
Para dimensionamento do dreno horizontal, adota-se, geralmente, valores de i da ordem de
0,005 a 0,15, ou considerando a expressSo deduzida da equação de Darcy, admitindo-se o
escoamento laminar.
OBRAS DE TERRA BARRAGENS - ANTEPROJETO DA SEÇÃOTRANSVERSAL - 26
+uma redução sensivel da espessura total de um dreno pode ser obtida pela adoção do dreno
sanduiche, incorporando-se uma camada de material altamente permeável ou tubo metálico
perfurado. Nesse caso, o dreno sanduiche é constituido por dois elementos que tem funç6es
totalmente diferentes: as camadas externas de material fino atuam como filtros de transição e a
camada interna de material grosso atua como dreno propriamente dito.
Em muitos casos, a espessura mínima necessária não é fixada pelas exigências hidráulicas, mas
sim pelas imposições construtivas.
O método de dimensionamento hidráulico, pela aplicação da lei de Darcy ao fluxo pelo dreno,
incorpora um fator de segurança, multiplicando a seção drenante, determinada pelos cálculos, por
um fator que em geral varia de 10 a 100, dependendo da confiabilidade das hipóteses adotadas.
Esses valores elevados são justificados pelo fato que as incertezas relativas as permeabilidades
variam na escala logarítmica.
Detalhe 2
Areia artificial
V>
Detalhe 1