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Caderno Pedagógico
Atividades Complementares
Secretaria Municipal de Educação,
Ciência e Tecnologia
Fundação Municipal de Educação
Caminhos de
Aprendizagens
- Caderno 7 -
Ensino Fundamental
4º ciclo
8º ano / Aceleração 4
Niterói
Prefeito de Niterói
Rodrigo Neves
Secretária Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia
Flávia Monteiro de Barros Araujo
Presidente da Fundação Municipal de Educação de Niterói
Fernando Soares da Cruz
Subsecretária Municipal de Educação
Patrícia Gomes Pereira
Subsecretário de Projetos Especiais
José Henrique Antunes
Superintendente de Desenvolvimento de Ensino
Cristiane Gonçalves de Souza
Diretora de 3º e 4º ciclos
Rosane Cristina Feu
Cordialmente,
LÍNGUA PORTUGUESA
Renata Ribeiro da Silva/ Isabela Aparecida Canossa – E. M. Rachide da Glória Salim Saker
Exemplos:
Frase:
Que dia lindo!
Cuidado!
Vamos estudar agora.
Oração
É provável...
Vamos logo!
Os alunos gostam...
Período:
Os professores entregaram as provas.
As atividades foram feitas de forma remota.
Hoje o dia está lindo e iremos à praia.
Conforme vimos, o período pode ser formado por uma ou mais orações, em que cada oração
apresenta uma ação verbal (que pode ser representada por um verbo ou uma locução verbal). O
período simples é aquele formado por uma só oração. Já o período composto é aquele formado por
duas ou mais orações. Vejamos alguns exemplos:
Período simples:
Cheguei (verbo) em casa mais cedo.
Fui passear (locução verbal) com meu cachorro.
Período composto:
Cheguei em casa mais cedo e fiz minhas atividades escolares.
Fui passear com meu cachorro, arrumei a casa e descansei um pouco.
▪ estive pensando
▪ quero sair
▪ pode ocorrer
▪ tem investigado
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LÍNGUA PORTUGUESA
Vamos praticar?
No ano 3000
No ano 3000
Os homens já vão ter
se cansado das máquinas
e as casas serão novamente românticas.
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B – Ao descrever como será o futuro no ano 3000, há críticas ao tempo em que se vive. Transcreva
dois versos em que essa crítica é evidenciada.
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2 – Agora é a sua vez. Imagine-se daqui a vinte anos ou mais e descreva o mundo em que você
gostaria de estar vivendo. Como ele seria? Diga como seriam as casas, os transportes, os meios de
comunicação e a convivência entre as pessoas. Escreva um pequeno texto em verso ou prosa
(organizado em parágrafos) e dê um título criativo.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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a – Como se classificam os dois períodos que compões a parte principal do primeiro anúncio?
Justifique.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Neologismo1
Manuel Bandeira Samba do Approach
Zeca Baleiro
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
que traduzem a ternura mais funda Zeca Pagodinho, cumpade diz aí
E mais cotidiana. Tu tem approach
inventei, por exemplo, o verbo teadorar. Ah xará vou procurar saber
Intransitivo Depois eu te falo
Teadoro, Teodora. Tô meio perdido ainda aqui
Mas depois eu falo pra você
Mas approach é isso aí
Borogodó, ziriguidum, balaco baco
Sina Ah sangue quente
Djavan Eu acho que tu tem, tá legal
Venha provar meu brunch
Pai e mãe, ouro de mina Saiba que eu tenho approach
Coração, desejo e sina Na hora do lunch
Tudo mais, pura rotina, jazz Eu ando de ferryboat
Tocarei seu nome pra poder falar de amor
Minha princesa Venha provar meu brunch
Art-nouveau da natureza Saiba que eu tenho approach
Tudo o mais, pura beleza, jazz Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat
A luz de um grande prazer Deixa comigo
É irremediável neon
Quando o grito do prazer Eu tenho savoir-faire (É mesmo compade)
Açoitar o ar, Réveillon Meu temperamento é light
Minha casa é high-tec
O luar, estrela do mar Toda hora rola um insight
O sol e o dom
Já fui fã do Jethro Tull
Quiçá, um dia, a fúria desse front
Hoje me amarro no Slash
Virá lapidar o sonho
Minha vida agora é cool
Até gerar o som
Meu passado é que foi trash
Como querer Caetanear
O que há de bom. Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Disponível em Na hora do lunch
https://www.letras.mus.br/djavan/45550/.
Acesso em 10/09/2020. Eu ando de ferryboat
Venha provar meu brunch
Saiba que…
1 Disponível em https://www.letras.mus.br/zeca-
baleiro/43674/. Acesso em 10/09/2020.
PEREZ, Luana Castro Alves. "Diferenças entre neologismo
e estrangeirismo"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/gramatica/diferencas-
entre-neologismo-estrangeirismo.htm. Acesso em 10 de
setembro de 2020.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1 - Entendendo que neologismo é um fenômeno linguístico que cria ou adapta vocábulos para a
língua portuguesa e que estrangeirismo também é um fenômeno linguístico, mas que inclui uma
palavra ou expressão de outra língua em nosso vocabulário, faça as associações a seguir:
3 – É possível que você já tenha percebido que é bastante comum o uso de palavras ou expressões
de outra língua em nosso vocabulário. Assim como Samba do Approach, de Zeca Baleiro, e Sina, de
Djavan, outras canções também usam esse recurso. Transcreva, nas linhas a seguir, alguma letra de
música que você conheça que possua estrangeirismos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Use a sua imaginação para inventar palavras. Você pode criar palavras a partir do seu nome, por
exemplo. O importante aqui é usar a criatividade para inovar! Você precisa criar pelo menos três
novas palavras e descrever o significado de cada uma delas. Vamos lá?
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5 – Seguindo na criação...
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LÍNGUA PORTUGUESA
As figuras de linguagem são recursos bastante utilizados na linguagem publicitária com o objetivo de
reforçar o tom persuasivo desse tipo de mensagem que visa a convencer o destinatário, seja na transmissão de
um conteúdo institucional (promovendo ideias e valores), seja na apresentação de um determinado produto
comercial.
A linguagem publicitária evolui constantemente, adequando-se às diferentes tecnologias, e possui
características bem definidas, levando em conta, principalmente, o público a que se destina e o objetivo básico de
chamar a atenção do consumidor.
Textos desse tipo apresentam, em geral, linguagem simples e objetiva, verbos no modo imperativo,
linguagem verbal e não verbal, humor e criatividade, como também o uso de figuras de linguagem com o intuito
de atrair os usuários das diversas mídias em que são veiculados, através de panfletos, outdoors, cartazes na rua,
anúncios, quaisquer formas de propaganda.
O emprego das figuras de linguagem na publicidade é mais um recurso que pode garantir efeitos
surpreendentes e são ferramentas capazes de determinar o sucesso de uma campanha.
Dentre as figuras de linguagem utilizadas, temos: o eufemismo, a hipérbole e a personificação. São
também denominadas figuras de pensamento por produzirem maior expressividade à comunicação, através da
combinação de ideias.
O eufemismo é utilizado para atenuar, suavizar um discurso grave ou grosseiro a ser dito. Exemplo:
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LÍNGUA PORTUGUESA
Vamos praticar?
Assinale com um (X) a alternativa que indica a figura de linguagem presente em cada uma
das publicidades abaixo:
Disponível em:
https://i.pinimg.com/236x/0d/b2/33/0db233ef57f86db5da167ac1f0ff74f5.jpg.
Acesso em 09/11/2020.
Disponível em:
https://wlincrivel.cf.tsp.li/resize/728x/jpg/d6b/81f/caf1cf5b20abbd1fab97e76523.jpg.
Acesso em 09/11/2020.
3) “Preenche linhas de expressão”.
(A) Hipérbole (B) Personificação (C) Eufemismo
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LÍNGUA PORTUGUESA
CHARGE
Bom humor, ironia, linguagem verbal e não verbal. Esses são alguns dos elementos que constituem o
gênero textual chamado CHARGE.
● Charge → É formada pela linguagem não verbal (imagem) acompanhada ou não da linguagem
verbal (palavra). Quando possui linguagem verbal, ela é informal;
● Utiliza recursos como figuras de linguagem (principalmente ironia e ambiguidade), humor e
intertextualidade;
● Promove reflexão crítica;
● Personagens: humanos, animais e objetos;
● O desenho costuma ser esquemático e caricatural.
Numa charge – como em qualquer texto – as palavras ganham sentido de acordo com o
contexto. O contexto histórico situa o texto em um tempo e lugar; e o contexto do próprio texto
situa uma palavra ou um desenho em relação aos demais elementos textuais. Observe a charge
abaixo, de Ivan Cabral, que retrata a exclusão digital dos segmentos mais pobres da população
brasileira em pleno século XXI.
O chargista utilizou como elemento verbal a
ambiguidade da expressão “rede social”, a fim de
destacar os grupos sociais sem acesso às
tecnologias digitais. Como elementos não-verbais,
ele usa a imagem de uma família carente e
numerosa sobre uma rede remendada. As
expressões aflitas dos pais ajudam a ressaltar as
condições de vida da família.
Polissemia e Ambiguidade
A polissemia refere-se a um termo que possui mais
de um sentido e, por isso, dependendo do contexto
da situação pode provocar a ambiguidade, que
Disponível em: <www.ivancabral.com>. Acesso em consiste no duplo sentido de um enunciado.
11/09/2020.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Charge animada
A charge animada é feita em forma de vídeo de animação. Possui as mesmas características de uma
charge em desenho. Utiliza a linguagem verbal, imagens em movimento e efeitos sonoros. Circula,
geralmente, na internet.
2) Observe o trecho do texto: “Sou eu, seu NETINHO que te ama!”. A marca de diminutivo na fala do
neto expressa:
a) desprezo. b) afetividade. c) diminuição de tamanho. d) desrespeito.
3) No trecho: “... não viria aqui QUEBRAR o meu isolamento!”, a palavra destacada pode ser
substituída, sem prejuízo do sentido, por:
a) despedaçar. b) interromper. c) obedecer. d) danificar.
4) De acordo com a leitura da charge, você acha que a avó abriu a porta para o neto? Por quê?
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LÍNGUA PORTUGUESA
5) Leia as afirmações acerca das características assumidas pela charge e coloque (V) verdadeiro ou (F)
falso:
( ) São necessários conhecimentos prévios para a construção do sentido textual.
( ) A linguagem verbal e não verbal integram o texto.
( ) O humor não é um recurso utilizado na composição da crítica.
( ) A charge promove a reflexão crítica.
6) A charge traz embutida uma obrigação que nós, como cidadãos e como seres conscientes,
deveríamos cumprir. Qual seria?
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7) A linguagem não verbal (imagem) confirma o que é apresentado na linguagem verbal da charge?
Explique.
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8) Explique, de acordo com a imagem, o porquê de o vírus ter ficado amedrontado com o planeta
Terra.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Concordância Nominal
Regra geral:
O artigo, o numeral, o adjetivo e o pronome adjetivo concordam com o substantivo a que
se referem em gênero e número.
Exemplo: Dois pequenos goles de vinho e um calçado certo deixam qualquer mulher
irresistivelmente alta.
Concordâncias especiais:
Ocorrem quando algumas palavras variam sua classe gramatical, ora se comportando
como um adjetivo (variável), ora como um advérbio (invariável).
Um só vocábulo determinado:
1- Um substantivo acompanhado (determinado) por mais de um adjetivo: os adjetivos
concordam com o substantivo.
Exemplo: Seus lábios eram doces e macios.
3- “Anexo”, “incluso”, “obrigado”, “mesmo” e “próprio” são adjetivos que devem concordar
com o substantivo a que se referem.
Exemplos: A fotografia vai anexa ao curriculum.
Os documentos irão anexos ao relatório.
Dica:
Quando precedido da preposição em, fica invariável.
Exemplo: A fotografia vai em anexo.
4- “Muito”, “pouco”, “caro”, “barato”, “longe”, “meio”, “sério”, “alto” são palavras que variam
seu comportamento, funcionando ora como advérbios (sendo assim invariáveis), ora como
adjetivos (variáveis).
Exemplos: Os homens eram altos./ Os homens falavam alto.
Poucas pessoas acreditavam nele./ Eu ganho pouco pelo meu trabalho.
Os sapatos estão caros./ Os sapatos custam caro.
A água é barata./ A água custa barato.
Viajaram por longes terras./ Eles vivem longe.
Eles são homens sérios./ Eles falavam sério.
Muitos homens morreram na guerra./ João fala muito.
Ele não usa meias palavras./ Estou meio gorda.
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LÍNGUA PORTUGUESA
7- “Só”/ “sós”: quando adjetivos, serão variáveis, quando advérbios, serão invariáveis.
Exemplos: A criança ficou só./ As crianças ficaram sós. (adjetivo)
Depois da briga, só restaram copos e garrafas quebrados. (advérbio)
Dica:
A locução adverbial “a sós” é invariável.
Exemplo: Preciso falar a sós com ele.
Dica:
Se o particípio pertencer a um tempo composto, será invariável.
Exemplos: O juiz tinha iniciado o jogo de vôlei./ A juíza tinha iniciado o jogo de vôlei.
Vamos praticar?
As novelas e a educação
Provavelmente não há outro país onde as novelas, esta atração televisiva de presença mundial,
tenham caído tanto no gosto popular como no Brasil.
Do ponto de vista da influência nos costumes, ouso dizer que esse tipo de programa foi, entre
nós, mais benéfico que maléfico. Se analisarmos os efeitos sobre a visão de mundo do brasileiro
médio que as novelas já exerceram, concluiremos que hoje somos (até certo ponto, ao menos) um
país melhor também graças a elas.
Ideias como a da emancipação feminina se disseminaram no Brasil com a ajuda das novelas. Em
anos recentes, abordaram outras questões importantes, como o combate ao racismo e o respeito
aos deficientes físicos. E até a demografia do país parece ter sofrido alguma influência. As famílias
nas novelas são, quase sempre, pequenas e foi por meio delas que muita gente teve, pela primeira
vez, contato com noções de planejamento familiar.
Mas é inescapável reconhecer que também há os efeitos nocivos, em especial sobre os jovens. A
contínua irradiação de modismos tolos e a tendência (talvez inerente ao gênero) de exploração nos
enredos de algumas das piores fraquezas humanas, como a traição e a ganância, conferem certa
razão àqueles que as apontam como algo pouco educativo.
O fato é que, com o potencial de influência que têm, as novelas podem ser mais do que mero
entretenimento e se tornar instrumentos eficazes de apoio à formação das pessoas.
Ao falar em formação, penso no incentivo à agregação familiar, na disseminação de valores,
enriquecimento cultural e motivação aos jovens para que estudem, se desenvolvam e empreendam.
Nossos autores, tão talentosos, poderiam usar o meio para inserir (ou reforçar) no ideário do
país a crença no trabalho duro e honesto como forma de ascensão social e nos benefícios que isso
representa para o indivíduo e para a coletividade.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Tais programas também poderiam servir para orientar a escolha profissional de rapazes e moças.
Para tanto, bastaria que mostrassem, de modo consistente, a realidade das várias ocupações do
mundo do trabalho – o que seria de enorme valia para muitos jovens brasileiros.
O incentivo a comportamentos éticos e os conteúdos que formam a cultura dos indivíduos não
devem ficar restritos aos canais educativos, às escolas ou às famílias.
As novelas, forma de arte na qual somos mestres, podem contribuir e muito para elevar os
brasileiros a mais altos padrões de princípios morais e cívicos, conhecimento e desenvolvimento
pessoal.
Emílio Odebrecht
1- O tema do texto é:
a) a importância artística das novelas.
b) a influência das novelas na educação e costumes dos brasileiros.
c) as famílias representadas nas telenovelas.
d) a conduta dos atores na vida real.
e) a repercussão das telenovelas no Brasil.
4- Complete os espaços adequadamente, empregando uma das duas formas destacadas (regra do
adjetivo posposto): velhos ou velhas.
a) camisa e calça _______________________ b) chapéu e calça _____________________________
c) calça e chapéu _______________________ d) chapéu e paletó ____________________________
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observe os períodos compostos (mais de uma oração, ou seja, mais de uma ação verbal) a seguir:
Repare que, na frase I, a primeira oração precisa ser continuada. O falante não pode apenas dizer
“Enquanto Rita fazia o dever de casa”, porque esse tipo de estrutura já indica ao ouvinte que terá
outra informação, outra ação acontecendo ao mesmo tempo em que Rita fazia o dever. A frase
ficaria incompleta se terminasse na primeira oração. Logo, percebemos que há uma relação de
dependência entre as duas orações da frase I. Nesse caso, temos um período composto por
subordinação.
Já na frase II, isso não ocorre. A oração “Rita fazia o dever de casa” poderia ser terminada sem
prejuízo de sentido e de estrutura. Dessa forma, as orações da frase II são independentes entre
si. Elas estão unidas pela conjunção e, mas poderiam ser ditas sozinhas ao ouvinte e fariam
sentido. Então, quando há relação de independência entre as orações, temos um período composto
por coordenação.
Vamos praticar?
1. Assinale com um X apenas as opções em que as orações formam um período composto por
coordenação.
a. ( ) Como Ricardo cozinha,/ Júlia lava a louça.
b. ( ) As bailarinas ensaiam muito a coreografia;/logo, dificilmente cometerão um erro.
c. ( ) Se eu tirar nota baixa,/ fico sem videogame.
d. ( ) Um vizinho é motorista de Uber/ e o outro é taxista.
e. ( ) Para ter direito ao voto,/ as mulheres lutaram.
f. ( ) Adoro pizza,/ entretanto não comerei hoje.
g. ( ) Você bebe refrigerante/ ou prefere suco?
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LÍNGUA PORTUGUESA
(1) oração coordenada assindética ( ) Lucia brincou com os irmãos e depois dormiu.
(2) oração coordenada sindética aditiva ( ) Nós fomos à praia, mas não havia sol.
(3) oração coordenada sindética adversativa ( ) Ou você vai embora ou eu vou.
(4) oração coordenada sindética alternativa ( ) Estudo muito, portanto, tiro boas notas.
(5) oração coordenada sindética conclusiva ( ) Não fale palavrão, porque é muito feio.
(6) oração coordenada sindética explicativa ( ) Não soltei pipa nem joguei futebol esses dias.
Quadrilha
(Carlos Drummond de Andrade)
c) Olhe apenas para a oração 2 “que amava Raimundo”. É possível dizer quem amava Raimundo
lendo apenas essa oração? Em que oração encontramos a pessoa que amava Raimundo?
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LÍNGUA PORTUGUESA
6. Leia novamente o trecho e coloque V para alternativa verdadeira e F para alternativa falsa.
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.
a.( ) Há três orações neste período.
b.( ) A palavra e é uma conjunção coordenativa, pois liga orações que são independentes entre si.
c.( ) A conjunção que é subordinativa, porque liga orações que são independentes entre si.
d.( ) A 2ª oração é “e Lili casou com J. Pinto Fernandes”. Essa oração é coordenada em relação à
primeira e estabelece uma relação de subordinação em relação à terceira, que depende dela
sintática e semanticamente para ter sentido completo.
f.( ) As 2 primeiras orações são coordenadas assindéticas, porque não possuem conjunção
coordenativa unindo-as.
7. O poema pode ser dividido em dois momentos. O primeiro momento é formado pelos 3 primeiros
versos. O segundo momento é formado pelos 4 versos finais.
d) Quem foi a única personagem que casou? Como ela foi apresentada no primeiro momento?
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e) Drummond trata o amor com um tom crítico e irônico no poema “Quadrilha”. Justifique.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Charge: gênero textual que faz críticas aos temas de interesse público
Vamos praticar?
As charges podem apresentar conteúdo político e social. Cabe ao leitor extrair dela os
elementos necessários para sua total compreensão.
1. Sobre a charge acima (marque com um X a resposta certa) é possível concluir que:
a) divulgar notícias falsas, as chamadas fake news, é uma forma de entretenimento.
b) é de grande ajuda divulgar notícias falsas nas redes sociais.
c) as notícias falsas embora se espalhem facilmente, não causam nenhum tipo de dano na
sociedade.
d) cabe ao leitor apurar e checar a veracidade das informações e assim não compactuar com a
propagação de informações incorretas nas redes sociais.
e) é de grande valia ajudar a divulgar e intensificar notícias falsas, pois boa parte da população
não as contesta.
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LÍNGUA PORTUGUESA
c) O paciente, ao falar que tinha medo de ser abordado por algum mau elemento usando máscara,
refere-se a quem ?___________________________________________________________________
d) E agora, no novo normal, ele tem medo de ser abordado por um mau elemento sem máscara. Por
quê?______________________________________________________________________________
e) Sobre a charge do chargista Cazo, analise as seguintes afirmações e as julgue (V) ou (F):
( ) Através da expressão do homem, percebe-se uma total preocupação com o cenário pandêmico
em que nos encontramos.
( ) Se antes desse cenário de “novo normal”, o homem já apresentava algum tipo de neurose, com
o cenário do Covid-19 esse quadro só piorou.
( ) Não podemos perceber nenhum tipo de crítica na charge, pois a mesma só tem a função de
divertir o leitor.
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LÍNGUA PORTUGUESA
a) O ________ precisa ser combatido. d) Carla está de muito _____ humor hoje.
b) Como ele canta ______! e) Nossa! Tive um ______ pressentimento
c) Ele não é um ______ menino. sobre isso.
Neste exemplo, a conjunção e une duas orações (em torno dos verbos saiu, voltou). Perceba
que as duas orações são independentes entre si, isto é, cada uma delas possui todos os termos
necessários à compreensão do enunciado. Por isso, elas podiam ser estruturadas separadamente.
Veja: Naquele dia, saiu cedo.
Voltou tarde.
4- Observe, no quadro abaixo, as principais conjunções coordenativas e seu valor semântico, ou seja,
as relações que estabelecem, as ideias que expressam.
a) Utilize as conjunções do quadro acima para unir as orações, de acordo com a relação que
estabelecem entre si.
● A atleta é veloz, ______________não ganhou a maratona.
● Os alunos não só leram o livro, ________________ fizeram o resumo.
● Faça silêncio _______________ aguarde lá fora.
● Não queria ser reconhecido, _______________ estava disfarçado.
● Chegue cedo, _______________ o ônibus sairá às 8 horas.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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Repare que, na tirinha acima, a menina fala a boa leitura, concordando o artigo a e o
adjetivo boa com o substantivo feminino leitura. Damos o nome de concordância nominal à
concordância em gênero (masculino / feminino) e número (singular / plural) do artigo, do
adjetivo, do pronome e do numeral com o substantivo a que se referem.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Na hora de escrever, muitas são as nossas dúvidas, não é verdade? Será que o porquê é
junto ou separado? Com acento ou sem acento circunflexo? E o mas? É com “i” ou sem “i”? Devemos
dizer onde ou aonde? A gente junto ou separado? Há com “h” ou sem “h”?
A fim de eliminar essas dúvidas, seguem algumas dicas!
Vamos praticar?
Texto I
Considerando os diferentes usos dos porquês de acordo com a ortografia da Língua Portuguesa,
responda:
1- No primeiro quadrinho, por que a personagem da direita diz que “por que sim” não é resposta?
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2- Reescreva essa frase, “por que sim!”, fazendo as alterações para que ela esteja de acordo com a
ortografia da Língua Portuguesa.
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3 - No segundo quadrinho, por que a personagem da direita diz que “porque não” não é pergunta?
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LÍNGUA PORTUGUESA
__________________________________________________________________________________
4 - Reescreva essa frase, “porque não?”, fazendo as alterações para que ela esteja de acordo com a
ortografia da Língua Portuguesa.
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5 - A situação ocorrida nessa tirinha seria realmente possível em uma conversa oral entre duas
pessoas? Justifique sua resposta.
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__________________________________________________________________________________
Eu entrei na roda
Eu entrei na roda dança
Eu não sei como se dança
Eu não sei dançar
6 - Observe as palavras em destaque na canção acima e complete corretamente as lacunas com MAS
ou MAIS:
➢ A GENTE ou AGENTE?
A gente, escrito de forma separada, significa nós.
Agente, escrito de forma junta, significa pessoa que age, que faz alguma coisa
Exemplo: A gente perguntou ao agente da polícia uma informação.
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LÍNGUA PORTUGUESA
➢ ONDE ou AONDE?
Essas duas palavrinhas indicam lugar, mas são usadas em situações diferentes.
A palavra "onde" indica o lugar onde está ou em que se passa um acontecimento.
Está ligada a verbos que expressam ideia de permanência.
Exemplos:
• Onde ela está?
• Não sei onde começar a caminhada.
• Onde está o dinheiro?
DICA: Substitua as palavras "aonde" ou "onde" por "para onde". Se fizer sentido, você
deve utilizar a palavra aonde. Exemplos:
1) Para onde vamos? Faz sentido. É como dizer: Aonde vamos?
2) Para onde vamos parar? Não é possível. Assim, o correto é dizer: Onde vamos parar?
Adaptado de: https://www.todamateria.com.br/uso-do-onde-e-aonde/. Acesso em 03/11/2020.
8- De acordo com o texto, a personagem Beto consegue encontrar um jogo para seu time? Justifique
sua resposta.
__________________________________________________________________________________
9- Que esporte, provavelmente, o Beto pratica? Justifique sua resposta através de imagens da tirinha.
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__________________________________________________________________________________
10- De acordo com as normas gramaticais, a palavra “onde”, no primeiro quadrinho, poderia ser
substituída pela palavra “aonde”? Justifique sua resposta.
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LÍNGUA PORTUGUESA
__________________________________________________________________________________
11- De acordo com as normas gramaticais, a palavra “aonde”, no segundo quadrinho, poderia ser
substituída pela palavra “onde”? Justifique sua resposta.
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13- No último quadrinho, a expressão a gente foi empregada corretamente? Foi usada para se referir
a quem?
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➢ HÁ ou A?
Há representa uma forma do verbo haver. É utilizado quando o verbo haver é
impessoal (sem sujeito) e possui o sentido de “existir”. Essa forma verbal é conjugada na
terceira pessoa do singular do presente do indicativo.
Exemplos: Há muitas pessoas no mundo. (= Existem muitas pessoas no mundo.)
Também utilizamos o “há” em frases que expressam tempo passado e, nesse caso, pode
ser substituído pelo verbo “fazer” ou “ter”.
Há muitos anos que não vejo o Miguel. Faz muitos anos que não vejo o Miguel.
Há muito tempo que não comia doces. Tem muito tempo que não comia doces.
CURIOSIDADE: existe também outra forma que tem o mesmo som do “há”: Ah!
Nesse caso, temos uma interjeição, ou seja, quando se expressa emoção ou sentimento. Exemplo:
Ah! Que bom te ver por aqui!
Adaptado de: https://www.todamateria.com.br/ha-ou-a/. Acesso em 04/11/2020.
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LÍNGUA PORTUGUESA
RESPOSTAS SUGERIDAS
Período Simples e Período Composto
1. A- O planejamento do futuro.
B - Sugestão: “os homens já vão ter / se cansado das máquinas / O tempo vai ser usado sem
pressa”
C - Três orações. O tempo vai ser usado sem pressa: / gerânios enfeitarão as janelas, / amigos
escreverão longas cartas.
D - Período composto.
2 - Resposta pessoal.
3. a) 1º Período composto. No período há dois verbos (doou/servia) que formam duas orações.
2º Período simples. Só há uma oração em torno de um verbo (faça).
b) As imagens destacam objetos que podem ser doados sobrepostos à imagem de dois pulmões,
chamando a atenção do interlocutor para a importância da doação de órgãos.
Criação de palavras: estrangeirismos e neologismos
1 – A ordem é C, A e B.
2 – Neologismos: teadorar, Teadoro, Caetanear.
Estrangeirismos: Art-nouveau, jazz, Réveillon, front, approach, lunch, brunch e ferryboat.
3, 4 e 5 – Respostas pessoais.
Figuras de linguagem: eufemismo, hipérbole e personificação na linguagem publicitária
1. B
2. A
3. C
Charge
1) Alternativa: c) ao desrespeito ao isolamento social durante a pandemia do coronavírus.
2) Alternativa: b) afetividade.
3) Alternativa: b) interromper.
4) Resposta pessoal.
5) V, V, F, V.
6) A obrigação embutida na charge é que nós devemos nos cuidar para o bem de todos.
7) A linguagem não verbal confirma o que é exposto na linguagem verbal na medida em que o
planeta Terra imita a imagem do vírus, amedrontando-o.
8) O vírus ficou amedrontado porque o planeta Terra, sendo muito maior, com pessoas em volta de
sua circunferência ficou semelhante à imagem do coronavírus que se sentiu assustado e recuou.
9) Pessoas em volta do planeta sorridentes, com as mãos erguidas, mantendo um distanciamento, e
sentindo-se vitoriosas, o planeta Terra sorrindo e o coronavírus correndo com expressão de susto
são elementos não verbais que demonstram a vitória contra o vírus.
Concordância Nominal
1. B
2. C
3. D
4. a) velhas
b) velhos
c) velhos
d) velhos
5. A
6. meia/ bom/ bastantes/ anexos
Período composto por coordenação
1. B, D, F, G
2. a) Na frase I.
b) Na frase I.
c) Por subordinação.
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