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Aula de Edição de Diálogos – Eduardo La Cava

Você Sabe Para que serve a Edição de Diálogos.

Como eu sempre digo o som direto é a parte mais importante no


audiovisual, sim, eu garanto e vou mostrar para você agora, que o
som direto é o ativo mais importante, sem ele a história não
poderia ser contada, ahhh entendo ...
Lacava e os filmes mudos;
LaCava e os filmes com narrativa pela imagem,
sim eu sei, mas vale lembrar que quantos filmes desses são
produzidos por ano e quantos com diálgos são produzidos por ano
???

Voltando ao nosso melhor ativo no audiovisual, o som direto


chegou nos cinemas em1927 com o filme O CANTOR DE JAZZ O
filme foi o primeiro a ter passagens faladas e cantadas e a usar
um sistema sonoro eficaz, conhecido como Vitaphone, lançado
um ano antes, em 1926, pela Warner Bros.
O longa não era completamente falado – trazia ainda cenas
mudas, mas era possível ouvir perfeitamente a voz do
protagonista nas cenas com som do famoso cantor de jazz da
época, Al Jolson, assim como da banda que o acompanhava. O
filme contava a história de um garoto judeu que queria ser
cantor, mas enfrentava a oposição da família.
A voz de Jolson ecoando pela sala de exibição encantou plateias
de todo o mundo e fez tanto sucesso que ajudou a salvar a
Warner da falência. A experiência pioneira, entretanto, ainda
tinha uma técnica de som precária, mas foi essencial para
impulsionar a transição do cinema mudo para o sonoro.
Aula de Edição de Diálogos – Eduardo La Cava

“O Cantor de Jazz” foi indicado ao Oscar por melhor roteiro


adaptado, mas levou apenas uma estatueta especial pelo
pioneirismo na produção de filme falado. Há quem diga que ele
não levou o prêmio de melhor filme porque os produtores dos
outros estúdios alegavam que era concorrência desleal com os
filmes mudos.
O cinema falado só surgiu em 1926, mas o som nos cinemas já
existia desde o final do século 19. Como forma de atrair e
seduzir o público e completar a experiência visual oferecida
pelas imagens, as exibições eram acompanhadas por músicos
contratados para tocar durante a sessão e dar ambiência ao
filme. Cada exibição, portanto, era única. Aos poucos, a figura
do narrador também foi sendo incorporada e ele tinha um papel
importante em explicar certos acontecimentos.

Sendo assim, o som direto nasce exatamente quando o escritor,


autor ou roteirista, escreve além das ações, as falas dos
personagens, sem ela a narrativa ficaria muito mais lenta e sem
objetividade, cabendo ao espetador subentender as ações da
tela.
Assim, o som direto vem se aperfeiçoando de tempos em
tempos e com a chegada dos sistemas digitais de edição por
computador, aumentou ainda mais a necessidade de temos
uma edição de diálogos que ajuda a “homogeneizar” todos os
diálogos, deixando-os no mesmo nível de para ajudar a
mixagem, deixando o som direto mais linear, assim evitando
vários momentos de paradas durante a mixagem para
acertarmos as trilhas de som direto.
Aula de Edição de Diálogos – Eduardo La Cava

A EDIÇÂO DE DIÁLOGOS é feita a partir do filme montado editado


e liberado pelo diretor, assim ele segue para o departamento de
som, lá emuma produtora especializada emcuidar de todo o
acabamento sonoro dofilme, oprimeiro profissional a pegar no
material é o editor de diálogos, que assiste todo o filme na íntegra
e anota pontos de atenção para qualquer detalhe sonoro,
geralmente esse detalhamento é sobre, problemas de ruídos
inadequados a cena, problemas de syncronismo labial entre audio
e imagem, problemas entre posicionamento de microfone,
podem estar ainda com problemas de eixo de microfone,
problemas de falhas de audio na captação, ele anota todos os
problemas e identifica no texto e inicia o trabalho, procurando
outros takes da mesma cena que não foram utilizados para
substituir trechos ou frases na sua íntegra, resolvendo alguns
problemas sem a necessidade de dublar a cena.
Logo em seguida ele parte para homogeneizar as falas, nivelando
todas as falas no mesmo nível (volume), claro sem perder a
dinâmica e a interpretação dos atores.
Logo na sequência o nosso editor de diálogos inicia o processo de
limpeza (de-Noise) dos diálogos, nesse caso é bem específico e
ele vai retirando os ruídos indesejados cena por cena, plano por
plano ou até mesmo fala por fala, tornando o trabalho lento e
minucioso, mantendoo maior cuidado para retirar apenas os
ruídos e não descaracterizar a voz dos atores, mudando timbres e
afinações da voz que é a característica de cada ator. Imagine só,
você modificar o tom da voz de Tony Ramos ou Antônio Fagundes,
ou até mesmo de atores desconhecidos, é o que devemos nos
preocupar ao máximo quando estamos mexendo com limpeza
sonora e equalização.
Após essa limpeza que chamamos de No-Noise, entramos na
parte de equalização corretiva ou artística, também cena a cena,
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ou fala a fala, cabendo ao editor de diálogos dar o tom (caminho)


do seu som, uma espécie de assinatura do seu som.
Logo em seguida uma definição de compressão já vem
estabelecida na sua cabeça,
“aqui vale a maxíma que não existe preset para compressão nem
na edição de diálogos nem na mixagem final,”
sabendo para qual mídia ele vai produzir o seu som direto, ele
poderá sabiamente usar o compressor com muita parcimônia,
lembrando sempre que o seu som direto será novamente
comprimido na mixagem final que falaremos com muito mais
detalhes nas nossas aulas

Ah, o Tempo gasto no trabalho é de geralmente 1 semana de 8h


de trabalho para cada 17 minutos, ou seja, gastamos cerca de
40horas para produzir 17 minutos, muito tempo, mas assim
garantimos a qualidade da entrega.

Eu sou Eduardo LaCava


Da LASCA SOUND

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