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Sonoplastia

&
Pratica do Som

@culturainmovimento2021
Quem eu sou
@alicecinese

Alice Lira, maranhense, bissexual, fotógrafa plena, bacharel em Cinema e Mídias Digitais,
sócio-fundadora e atual diretora executiva da produtora independente Cinese
Audiovisual. Elaboro e gerencio projetos culturais, sou idealizadora e coordenadora dos
projetos de ações formativas Elas em Ação (2021) e Semana do Audiovisual (2021), dessa
forma, atuo na área da educação desde 2018, na coordenação de. Assino mais de 300
vídeos, 6 filmes de curta-metragem e o registro fotográfico de aproximadamente 70
eventos.

Respiro, escrevo, produzo e ensino audiovisual.


OFICINA DE SONOPLASTIA E PRÁTICA DO SOM

A oficina apresenta as etapas de OFICINA DE SONOPLASTIA E


PRÁTICA DO SOM no audiovisual. Com atividades práticas que
abrangem desde a captação a edição, aplicando na prática
técnicas por meio de aplicativos para computadores e
celulares. A oficina é livre e apresenta uma visão geral das
técnicas de sonoplastia dos vídeos. Os ciclos de pré-
produção, produção e pós-produção do áudio. Com intuito de
orientar e oferecer formação que permitam às pessoas
participantes a desenvolver suas habilidades, introduzindo
técnicas e estimulando a capacidade de refletir e aplicar. Cada
aluno opera seu editor e captação, lidando com diferentes
sonoridades e instigando a construção do conhecimento na
sonoplastia, com este contato com o som do audiovisual.
Duração: 5 aulas com 3h cada, totalizando 15h de oficina.
CRONOGRAMA

AULA 1
O SOM NO CINEMA, CONCEITO DE SOM, CARACTERÍSTICAS DO SOM, O DIÁLOGO, OS
EFEITOS SONOROS E A TRILHA SONORA
AULA 2
GRAVAÇÃO PARA AUDIOVISUAL: GRAVAÇÃO MULTIPISTA, GRAVAÇÃO DA MESA DE SOM,
GRAVAÇÃO DE SOM DIRETO, GRAVAÇÃO DE ENTREVISTAS E DIÁLOGOS
AULA 3
RECURSOS PARA TRABALHAR O SOM, SOFTWARES E HARDWARES, TIPOS DE MICROFONES,
CABOS, MESAS DE SOM E GRAVADORES
AULA 4
NÍVEIS DE GRAVAÇÃO, BITS, FORMATOS DIGITAIS, RELAÇÃO DE SINAL E RUÍDO,
ORGANIZAÇÃO
AULA 5
EDIÇÃO DO ÁUDIO, EFEITOS E AJUSTES SONOROS PARA APRIMORAMENTO OU
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS COM O ÁUDIO CAPTADO, EQUALIZAÇÃO DE SONS,
RENDERIZAÇÃO E EXPORTAÇÃO
AULA 01:

O SOM NO CINEMA
CONCEITO DE SOM
CARACTERÍSTICAS DO SOM
O DIÁLOGO
OS EFEITOS SONOROS
A TRILHA SONORA
“O som do cinema nunca é meramente um acompanhamento, nunca meramente o
que o gravador capturou quando a cena é rodada. O som de verdade não apenas
se adiciona à imagem, ele a multiplica” (sic).
AKIRA KUROSAWA
A PRODUCAO AUDIOVISUAL

Por trás das telas de cinema, da televisão e até mesmo do nosso computador
existe um grupo de profissionais preparados para construir a realidade que
chega até o espectador.
A imagem e o som estão associados a uma tecnologia que por sua vez tem uma
projeção comercial. Assim, através de uma série de dispositivos de áudio e
imagem é possível criar uma comunicação.
SONOPLASTIA

1. Efeitos sonoros empregados no cinema, rádio e televisão, a fim de enriquecer o programa


proporcionando-lhe mais realismo e vivacidade.
2. Sonoplastia é a comunicação pelo som. Abrangendo todas as formas sonoras - música,
efeitos sonoros e falas, e recorrendo à manipulação de registros de som, a sonoplastia
estabelece uma linguagem através de signos e significados, que se dividem em ruídos naturais
e ruídos de efeito.
3. Sonoplastia (do Lat. sono, som + Gr. plastós, modelado) é um termo exclusivo da língua
portuguesa que surge na década de 60 com o teatro radiofônico, como a reconstituição artificial
dos efeitos sonoros que acompanham a ação. Esta definição é extensiva ao teatro, cinema,
rádio, televisão e web.
BREVE HISTORICO

O termo Sonoplastia surgiu em Portugal na década de 60 por causa do teatro radiofónico com a
reprodução sonora artificial que acompanha as falas. Este conceito pode também ser usado em
outros meios de comunicação. Antes sonoplastia era chamada de composição radiofónica pois
tinha como função recriar sons da natureza e objectos. Este incluía também a captura e
montagem de diálogos e alinhamento da música.
Mais tarde, a sonoplastia também se associou à televisão e cinema, porém de maneira mais
sutil, dirigindo-se maioritariamente à selecção de músicas de fundo.
Todos os sons usados têm como função de ilustrar movimentos e acções que sucedem em
sucessão de uma cena/diálogo, etc.
NO CINEMA

O som é um daqueles elementos de montagem na realização de um filme que o espectador de


cinema ocasional não percebe ou não dá a devida importância, mesmo sentindo que imagem e
som são dois elementos indissociáveis na experiência cinematográfica.
NO CINEMA

Em 1910, aparece o som em disco, que pode ser copiado e fabricado em série por prensado.
Grande revolução de vitrolas, discos e cornetas nas vitrines. E como o disco funcionava, a
vitrola funcionava, foi natural contar com eles no cinema.
O sistema mais conhecido e que teve certo sucesso comercial foi chamado posteriormente de
Vitaphone. Era um sistema no qual se acompanhava o filme com um disco de 16 polegadas.
Embora dispensasse o pianista, o disco não era a solução ideal. Pensemos nas conseqüências
de um pulo da agulha no sincronismo, ou um risco na superfície, a logística
da distribuição, a dificuldade do transporte, a fragilidade, etc, além do custo de fabricação.
Cabine do sistema Vitaphone
E aqui está o famoso Vitaphone, 1915 . O sincronismo se conseguia mecanicamente, já que o
motor acionava tanto o projetor quanto o prato do disco. Dessa forma, mecanicamente, através
de engrenagens, conseguia-se que os dois rodassem juntos.
DOLBY DIGITAL
Em 1992 se lança Dolby Digital, e em 1995 a maioria dos
grandes estúdios de Hollywood adotam Dolby Digital como um
padrão. Algumas das vantagens deste sistema são:
A relação sinal/ruído é entre 90 e 96dB, que significa uma grande
faixa dinâmica.
A potência máxima disponível é 10 dB (dez vezes) maior em
cada canal em relação ao Dolby SR
O canal surround se divide em esquerdo e direito (Em Dolby
Digital Surround EX se divide em três canais) Como em 70 mm,
existe um canal exclusivo para as baixas freqüências chamado
LFE, com ainda 10 dB a mais de reserva de potência, suficientes
para chacoalhar as poltronas este canal é o ponto um quando
falamos do formato 5.1.
DOLBY DIGITAL
CANAIS
Os canais são separados tanto em função da faixa de frequências que devem reproduzir como
da posição dos alto-falantes utilizando-se para isso um circuito processador especial
denominado "Dolby Stereo Cinema Processor".

Este processador fornece 5 canais de som para amplificadores independentes.

Assim, temos um canal de baixas frequências ou graves que corresponde ao Subwoofer que em
alguns casos é opcional.

Como o ouvido humano não consegue separar muito bem os canais de baixas frequências, não
é necessário ter dois canais de graves no sistema mesmo sendo estéreo. O único alto-falante
de graves (subwoofer) é então posicionado junto à tela.
Depois temos dois canais estéreo frontais convencionais que alimentam dois alto-falantes
dianteiros junto à tela.
Um canal adicional é para o centro, e alimenta mais um alto-falante junto à tela.
Finalmente temos os alto-falantes que envolvem todo o ambiente ou "surround" e que dão
nome ao sistema que se espalham pelas laterais e por trás do ambiente reproduzindo uma faixa
de médios e agudos eventualmente com um bom grave.
Os alto-falantes "surround" reproduzem o mesmo som dos canais frontais, mas com um retardo
de aproximadamente 20 milissegundos para dar justamente a sensação de volume, como se o
som tivesse um "eco" na parte de trás do ambiente. Isso dá a sensação de um ambiente grande
(mesmo quando ele não é, no caso do Home Theater) que os cinemas têm.
CARACTERISTICAS DO SOM

Intensidade, timbre e altura são características, ou propriedades dos sons.

A intensidade sonora refere-se à potência da fonte emissora, bem como à quantidade de


energia que o som é capaz de transportar; o timbre diz respeito ao formato das oscilações
sonoras e a altura, por sua vez, é determinada pela frequência do som.
Apesar de a unidade de intensidade sonora ser o watt por metro quadrado, a intensidade
sonora é comumente medida em uma escala logarítmica conhecida como escala de Bell, criada
pelo inventor do telefone, Alexander Graham Bell.
A escala de Bell utiliza as propriedades do logaritmo de base 10 para comparar sons de
diferentes intensidades, para tanto, o menor valor existente nessa escala é também o menor
valor de intensidade sonora audível (chamada de I0), cerca de 10-12 W/m², também conhecido
como limiar de audibilidade.
FORTE (F)
MEIO FORTE (MF) E
FRACO OU PIANO (P).
TIMBRE

O timbre é a característica dos sons que nos


permite diferenciar uma nota musical emitida por
um piano de um violino, por exemplo. O timbre é o
formato da onda sonora, cada instrumento musical
apresenta um modo de vibração próprio, que
resulta na produção de um som característico.
O timbre também garante que a voz humana seja
diferente em cada indivíduo, permitindo que
ativemos dispositivos por meio de comandos de
voz, por exemplo.
ALTURA

A altura de um som diz respeito à sua frequência, que mede o número de oscilações que a
onda sonora produz a cada segundo. A medida de frequência é dada em hertz (Hz). A
frequência do som pode ser obtida por meio da velocidade de propagação e do comprimento
de onda do som. Os seres humanos não são capazes de ouvir qualquer frequência sonora, na
verdade, a nossa percepção é bastante limitada: só somos capazes de ouvir frequências que
se encontrem em intervalo que vai de 20 Hz a 20.000 Hz, esse intervalo é conhecido como
espectro audível.
RITMO
É a propriedade rítmica da música. Permite a distinção entre uma nota curta
de outra longa.

As figuras rítmicas determinam a duração de cada nota. Utilizamos sete


figuras musicais para representar a duração dos sons: Semibreve, Mínima.
Semínima, Colcheia, Semicolcheia, Fusa, Semifusa e ainda Quartos de fusa.
BREVE HISTORICO

Por volta de 1930, o cinema falado (os “talkies”) já era realidade nos Estados
Unidos. Durante vários anos, os estúdios relutaram em adotar o som nos filmes,
embora os métodos de gravação por disco (Vitaphone) ou por banda ótica
(Phonofilm) já estivessem em estágio adiantado e prontos para uso. Mas a Warner
Brothers convenceu-se que a inovação traria mais público ao cinema, e assim se
lançaram nesta empreitada, debaixo de grande risco financeiro.
O cinema falado não veio sem trazer consigo vários
tipos de problemas, alguns até inusitados: muitos
atores tinham voz inadequada ou sotaque caipira
muito forte, inaceitáveis para o teatro, mas
admissíveis para o cinema mudo. Na mídia gravada,
isto se provou um total desastre. O fato é citado
inclusive em um segmento de Cantando na Chuva,
produção M-G-M, de 1952, que parodia o cinema
falado.
(trecho 5"50 a 7"37)
- Ligação Afetiva
- Ve-se a imagem e se completa o som
- Dialogos
- O cinema sonoro
- A entrada do som x a Linguagem do som
- A imagem e o som estão relacionadas
- O som também é expressão
- O som ambiente - realismo
- Extracampo do som
- Signos e Significados do Som
- Desmascarado o cinema-mudo
- Musica tema/A musica te remete a imagem
- A Musica pontua as emoções
- Símbolos, signos e significados
- A musica como transição de cena, de tempo, de plano
- O ritmo da musca e das imagens
O áudio pode ser gravado simultaneamente com as imagens (som direto) ou pode ser
inserido depois, no estúdio. O som direto traz mais fidelidade para a acústica, porque tem
características que são difíceis de serem recriadas.
Alguns elementos sonoros são gravados utilizando as próprias câmeras de vídeo, quando
são digitais. Entretanto, quando a captura da imagem é feita em película, o som é,
necessariamente, gravado em um equipamento separado (double system). Longas
metragens utilizam a configuração double system com equipamentos de som mais
portáteis.
Considerando as produções em vídeo digital, a opção por registrar o som em double
system significa arcar com custos de locação de um gravador de som, além do custo
obrigatório com a câmera de vídeo. Além do custo de locação, o double system acarreta
um custo a mais ao processo de realização audiovisual, pois cria a necessidade de
sincronizar som e imagem antes de iniciar a edição; em contraposição, no single system
som e imagem são fisicamente sincronizados no momento da captação. Nos projetos em
que o tempo para a pós-produção é escasso, o carregamento do material na ilha de edição
já sincronizado é um argumento fortíssimo em favor do single system.
• Single system – som e imagem gravados no mesmo suporte.
Microfones conectados diretamente à câmera de vídeo.
Microfones conectados a um mixer portátil que se conecta à
câmera de vídeo.

• Double system – som e imagem registrados em suportes


independentes.
Microfones conectados a um mixer portátil que se conecta a
um gravador digital portátil. Equipamentos presos ao corpo do
técnico de som. Alta portabilidade.
Microfones conectados a um mixer ou console de mixagem
que se conecta a um gravador digital. Equipamentos instalados
em plataforma fixa ou em um carrinho de som. Baixa
portabilidade.
SETORES
PRE-PRODUCAO
O técnico de som ou SOUND DESIGNER ou desenhista de som
Deve elaborar estratégias que corroborem as premissas da direção e que permitam obter
registros sonoros tecnicamente adequados e esteticamente coerentes com a proposta de
realização. É também função do profissional do som o alerta ao diretor/produtor executivo
sobre as proposições de direção que possam comprometer a captação de som direto com
qualidade técnica para integrar a trilha sonora final.
Na fase de pré-produção, além da análise técnica, o técnico de som direto é responsável
por avaliar as condições acústicas das locações (casas, apartamentos, escritórios e
galpões) potencialmente interessantes para a demanda do roteiro e para a proposta de
direção. São dois os parâmetros empregados nesta avaliação: o nível de ruído ambiente e
o grau de reverberação. O baixo nível de ruído ambiente e um pequeno grau de
reverberação são decisivos na escolha dos locais de filmagem. Nessa etapa do trabalho,
cabe ao profissional do som apontar e solicitar soluções para melhoria das condições
acústicas das locações.
A rotina do método de trabalho do som direto
se caracteriza pela aplicação sistemática de
procedimentos que visam criar as condições
necessárias para a captação do som sincrônico.
Integrando a equipe de realização, o técnico de
som direto define, junto às demais áreas
técnicas, as demandas operacionais e
infraestruturais para a obtenção das condições
que viabilizem o trabalho. A conquista da
atenção e o cuidado da equipe de realização
para as especificidades do som no processo de
realização cinematográfica são condições
necessárias para a obtenção de “um bom som
direto”.
A última etapa conjunta da fase de preparação é constituída pelas visitas técnicas a cada uma
das locações previamente escolhidas. Essas visitas ocorrem pouco tempo antes do início das
filmagens. Em cada vista o diretor apresenta a proposta de decupagem das cenas da locação.
A decupagem apresentada na visita técnica é uma informação preciosa, pois é a referência
mais palpável, desde o início da preparação, de como o diretor pretende materializar a cena
descrita no roteiro, permitindo que cada departamento defina detalhadamente as
necessidades para a concretização da proposta de direção. A partir da decupagem, o técnico
de som direto revê as estratégias de captação elaboradas durante a análise técnica e detalha
os procedimentos para a realização da cena. Ainda durante as visitas, o técnico de som
discrimina as intervenções necessárias para criar as condições acústicas adequadas para a
prática do som direto e solicita a execução das tarefas aos departamentos responsáveis.
PRODUCAO
Nessa etapa, a equipe de som é constituída pelo técnico de som, um ou dois microfonistas e
um assistente. Como chefe de equipe, o técnico de som responde perante a produção
executiva pela qualidade do trabalho e pela eficiência de sua equipe. No set, as atribuições
dos integrantes da equipe seguem um esquema definido, o qual pode ser resumido da
seguinte forma: a) antes da tomada da cena, o técnico orienta sua equipe na execução da
estratégia de captação e durante a tomada; monitora o sinal de áudio, garantindo o nível
correto de gravação e avaliando a qualidade técnica e estética dos sons registrados; b) o
microfonista auxilia o técnico na implementação da estratégia de captação, quando a opção
for o uso do direcional suspenso pelo boom, é ele quem garante o posicionamento correto do
microfone em relação à fonte sonora durante a tomada da cena; c) o assistente de som é
responsável pela montagem/desmontagem e a organização dos equipamentos no set.
As estratégias de captação de som nas realizações
ficcionais podem ser ordenadas segundo quatro
arranjos básicos:
• Microfone direcional sustentado pelo boom por cima
da cabeça dos atores, posicionado sobre a linha
superior do quadro;
• Microfone direcional sustentado pelo boom abaixo
da cabeça dos atores, apontando para cima,
posicionado sob a linha inferior do quadro;
• Microfone direcional fixo (“plantado”), cobrindo uma
área de captação no interior do cenário;
• Microfone de lapela, preso ao corpo dos atores.
Os microfonistas são os responsáveis por cuidar dos equipamentos de gravação
de áudio e fazer a utilização destes. E, para complementar, os assistentes de
som, são aqueles que acompanham fazendo anotações relevantes sobre os
áudios gravados para ajudar, futuramente, a entendê-los.
Existem outros profissionais que podem estar presentes envolvidos diretamente
com a captação, como o técnico de PA, técnico de monitor e o técnico de
gravação. Além disso, o tamanho dessa equipe vai variar de produção para
produção e, principalmente, pelo orçamento destinado.
CONFECÇÃO DO RELATÓRIO DE SOM
Durante as tomadas de cena, o técnico de som direto registra em boletins impressos – com
diagramação adequada ao suporte de gravação utilizado –, as informações sobre o processo
de captação, as quais serão posteriormente usadas para orientar os profissionais da
montagem e da edição de som. Nos “boletins de som”, como é possível ver na Figura a seguir
são indicados, entre outros: a configuração dos parâmetros de digitalização do som; a
plataforma de gravação utilizada; as sequências, os planos, as tomadas realizadas e os
respectivos microfones utilizados; o roteamento empregado nos gravadores multipista; a
realização de coberturas, gravações de ambientes ou ruídos; todas as observações relevantes
sobre a qualidade dos registros sonoros. Os “boletins de som” são os mapas de gravação que
trazem as principais informações sobre o som captado.
POS-PRODUCAO
MIXAGEM
Após todos os sons serem inseridos nas cenas, devem passar por um processo de pós-
produção, conhecido como mixagem de som. Seu principal objetivo é fundir os diálogos
captados durante as gravações com os “barulhos”, de forma equilibrada e natural.
Seu objetivo é equilibrar as diversas camadas de som, como diálogos, efeitos sonoros e
música entre si.
Qual som fica em primeiro plano? De onde ouviremos este som surgir? Considerando que boa
parte do que se produz para cinema é finalizado em 5.1 (5 canais de som) é na mixagem que
se escolhe o palco sonoro de cada um dos sons presentes em uma cena. Lembrando que
também é possível combinar os níveis de áudio dos diálogos que foram gravados em ocasiões
diferentes.
POS-PRODUCAO
Se a Edição de Som compõe tudo o que será ouvido em um filme, cabe
à Mixagem de Som definir como esses sons serão ouvidos.
MIXAGEM
Após todos os sons serem inseridos nas cenas, devem passar por um processo de pós-
produção, conhecido como mixagem de som. Seu principal objetivo é fundir os diálogos
captados durante as gravações com os “barulhos”, de forma equilibrada e natural.
Seu objetivo é equilibrar as diversas camadas de som, como diálogos, efeitos sonoros e
música entre si.
Qual som fica em primeiro plano? De onde ouviremos este som surgir? Considerando que boa
parte do que se produz para cinema é finalizado em 5.1 (5 canais de som) é na mixagem que
se escolhe o palco sonoro de cada um dos sons presentes em uma cena. Lembrando que
também é possível combinar os níveis de áudio dos diálogos que foram gravados em ocasiões
diferentes.
Depois dos materiais terem sido trabalhados pelas três equipes (diálogos, efeitos e música),
um outro profissional irá fazer a mixagem. É válido relembrar, que muitas vezes, dentro de
cada área já pode existir uma pré mixagem, que irá facilitar parte do trabalho do mixador.
Dentre suas obrigações principais temos:
1 - Ajustes de Volume
2 - Ajustes de Timbre
3 - Ajustes de Espacialidade
4 - Organização das “stems” ou camadas para dublagem em caso de versões internacionais
5 - Ajustes de distribuição para diversas mídias (internet, tv, cinema, etc).
Todas as áreas retratas até aqui podem estar ligadas diretamente ao sound designer, que no
sentido puro da palavra, é o responsável pela idealização sonora desde a pré até a pós-
produção.
Manipulação de registros de som

1. Dialogo
2. Música
3. Efeitos sonoros
4. Ruídos
O diálogo é considerado como o elemento mais importante da trilha sonora porque
geralmente é o que vem em primeiro plano. Existe um trabalho minucioso para captar as
vozes de maneira clara e limpa. No estágio da pós-produção, os demais sons só são
trabalhados quando os diálogos já estão editados.

A função dessa equipe é tornar a fala inteligível. O editor de diálogo, propriamente dito, é
aquele(a) que irá ter contato com o material bruto e fará seu tratamento. Quando por
alguma razão técnica não for possível utilizar nenhum take do som direto, esse áudio
passará para o departamento de ADR, que significa (Automated Dialogue Replacement)
substituição automatizada do diálogo, ou em outras palavras, dublagem. Nesse
departamento, geralmente, há um supervisor, que dirigirá ou direcionará o ator para realizar
a dublagem e o editor.
EFEITOS - DAO VIDA AO CONTEUDO
A equipe de efeito talvez seja a maior entre todas e pode ser subdivida em 4 categorias, já
que o foley para alguns acaba sendo tratado isoladamente. Tratando esse grupo como tudo
aquilo que não é diálogo e nem música, o foley acaba ficando dentro da categoria
“efeitos”, mas independente de divisões, até porque como já foi explicado isso é apenas
um exemplo de organização, já que muitas variantes podem acabar influenciando nisso,
podemos entender da seguinte forma
1.Foley: São os sons pós produzidos em sincronia com a imagem, resultantes da interação
do personagem com o meio. Esse nome deu-se em homenagem ao seu idealizador Jack
Foley. A prática de foley geralmente é dividida em três partes que são: sons de passos
(steps), roupa (cloth) e objetos de cena (props). Uma dica para criar um bom foley é juntar
diversas camadas sonoras para trazer, por exemplo, mais impacto, profundidade, etc.
Nessa categoria é comum ter mais de um profissional atuando, como o artista de foley, o
técnico de som, responsável pela gravação, e um editor, que será responsável por fazer os
ajustes ajustes de sincronia e em alguns casos uma pré mixagem do material.
2. BG: O backgroud são os sons ambientes. Costuma ser contínuo e sem intervenções dos
demais sons que vimos ou iremos ver.
Hard Effects: São os sons que NÃO são produzidos diretamente pelo homem, tais como
máquinas, veículos, etc.
3. SFX: São sons que não remetem necessariamente a algo físico ou real. São produzidos
pelo sound designer com base em manipulação digital. Talvez, entre todos os demais, seja
o mais complexo de ser produzido, pois está diretamente ligado à subjetividade de quem o
produz e escuta. Em motion graphics, é um dos elementos mais usados.
MUSICA

Na equipe de música, há essencialmente a figura do compositor e editor de música, porém


como os demais setores vistos anteriormente, podem existir mudanças, por exemplo, em
um grande projeto além do compositor, pode existir um arranjador, maestro, músicos,
profissionais do estúdio de captação, entre outros.
Alinha a narrativa em relação ao que o espectador deve sentir.
No mundo musical, por exemplo, o sonoplasta também tem papel fundamental. Não na
composição das músicas, mas sim na forma como ela é integrada na ação e,
principalmente, na reação do público.
O profissional compreende o conteúdo e, assim, consegue captar quais momentos da
música necessitam de efeitos mais suaves, e quais os momentos em que os efeitos devem
ser mais fortes. Aflorando determinados sentimentos e emoções de sua audiência.
E com o cinema não é diferente. Pensa-se, em cada cena, como será a imagem e o som –
este último sempre complementando o conteúdo da imagem.
1. As características do som provocam sentido
2. Ritmo e Melodia nos constituem afetivamente
3. A organização ou desorganização das
sonoridades
4. A musicalidade possui uma constancia e essa
estabilidade modula o hemisferio direito com o
hesmiferio esquerdo (logica e emocao)
5. Compatibilidade sonora entre frequências que
vibram (por segundo) e essa dimensao criada
pontua os sentidos
6. Visualizar o som
7. A musica instaura ordem
José Miguel Wisnik - O som e o Sentido
ATIVIDADE

1. Conteúdo com inicio, meio e fim


2. Analise tecnica
3. Baixar o RecForge II
4. Inserir: Dialogo, Efeito Sonoro e Trilha
5. Seja um podcast, seja trazer vida pra uma animação e recriar os sons,
ou vídeo independente pra internet mesmo
DICAS DE APP
1. Audiosdroid
2. WaveEditor
3. Lexis Android
4. Lexis iOS
FONTES BIBLIOGRÁFICAS
https://webinsider.com.br/a-importancia-do-som-no-cinema/
https://anasoares1.wordpress.com/2011/01/31/composicao-audio-e-sonoplastia/
https://www.rosebud.club/post/18062019
https://abcine.org.br/site/a-pratica-de-captacao-do-som-direto-parte-1-2/
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/intensidade-timbre-altura.htm
https://www.newtoncbraga.com.br/index.php/como-funciona/12357-como-
funciona-o-dolby-surround-e-prologic-art967.html
https://www.avmakers.com.br/blog/como-a-equipe-de-pos-producao-em-som-e-
organizada
https://quartaparedepop.com.br/2020/02/03/edicao-e-mixagem-de-som-qual-a-
diferenca-entre-as-duas-categorias/
https://abcine.org.br/site/a-pratica-de-captacao-do-som-direto-parte-2/
https://blog.hotmart.com/pt-br/sonoplastia/
MENTORIA

EXPOSIÇÃO E ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS, DEBATE E


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