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O festival mais famoso, o Ratha-yatra, ou o festival das carruagens, tem sido celebrado
na cidade santa de Jagannatha Puri, Índia, por milhares de anos, tornando-o uma das
celebrações religiosas mais antigas do mundo.
O festival mais famoso, o Ratha-yatra, ou o festival das carruagens, tem sido celebrado
na cidade santa de Jagannatha Puri, Índia, por milhares de anos, tornando-o uma das
celebrações religiosas mais antigas do mundo. Em 1968, o fundador-acharya da
ISKCON, A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, organizou na cidade de São
Francisco, nos Estados Unidos, o primeiro Ratha-yatra do Ocidente. Hoje em dia este
antiquíssimo festival religioso é realizado todos os anos em diversas das maiores
cidades do mundo, incluindo Nova Iorque, Los Angeles, Washington, Londres, Paris,
Zurique, Calcutá e Sidney.
Quem é o Senhor Jagannatha?
A procissão de Ratha-yatra tem como modelo o milenar festival do mesmo nome em
Orissa, Índia, e apresenta três carruagens belamente ornamentadas, pesando cinco
toneladas e medindo dezesseis metros. Com seus reluzentes dosséis de seda colorida, os
veículos de madeira com torres elevadas são puxados bem devagar numa fila única
através de uma multidão de milhares de
pessoas. Elefantes decorados, carros alegóricos, dança e canto, fazem parte da ocasião
festiva. Em todas as comemorações de Ratha-yatra nas diversas partes do mundo, as
pessoas presentes ao festival assistem a uma grande variedade de eventos e exibições
culturais. As apresentações incluem peças de teatro, músicas, danças, belas artes e
exibições primorosa sobre reencarnação, vegetarianismo e ciência védica. Além disso,
às centenas de milhares de visitantes é servido um autêntico banquete contendo
diversos tipos de preparações.
Banquetes semelhantes são servidos todas as semanas nos festivais de domingo que os
centros da ISKCON comemoram no mundo inteiro. Nas últimas duas décadas, durante
o ano todo, os membros do movimento Hare Krishna distribuíram mais de oitenta
milhões de pratos prasadam, alimento vegetariano preparado como oferenda
devocional a Krishna, Deus.
Se tiver de acontecer uma fusão da ciência com a religião, será preciso existir um
genuíno desejo e uma necessidade de cooperação. E uma área onde a necessidade de
cooperação entre ciência e religião é mais profundamente percebida é aquela que se
preocupa com o meio ambiente.
Natureza Divina
A Aplicação Prática dos Princípios Morais Védicos na
Solução de Crises Ambientais
Se tiver de acontecer uma fusão da ciência com a religião, será preciso existir um
genuíno desejo e uma necessidade de cooperação. E uma área onde a necessidade de
cooperação entre ciência e religião é mais profundamente percebida é aquela que se
preocupa com o meio ambiente.
Babbitt continuou relatando que ele compreendeu que o consumo excessivo era a causa
subjacente da maioria dos problemas ambientais. Havia um consenso geral na
conferência que o problema real não era a superpopulação do mundo, mas o consumo
excessivo, particularmente nos países desenvolvidos e progressivamente nos países em
desenvolvimento. Babbitt disse que, como político, ele não podia apresentar às pessoas
um programa que realmente resolvesse o problema do meio ambiente. Isto exigiria
muito sacrifício dos eleitores, tanto que eles votariam contra qualquer pessoa ou
partido que dissesse para eles o que realmente seria necessário.
Então, o Secretário Babbitt se voltou aos religiosos presentes e disse apenas que eles
deveriam produzir, em larga escala, necessárias mudanças de valores para reverter o
processo de degradação ambiental.
Essas declarações são de algum modo irônicas, pois a própria ciência, ou digamos, um
ramo particular da ciência é largamente responsável pela eliminação do sagrado na
nossa visão do universo. Entre os signatários da declaração estavam Carl Sagan e
Stephen J. Gould. E eu devo dizer que foi fascinante vê-los encorajando tal linguagem
como “crimes contra a criação”. Em seus escritos, ambos são geralmente muito hostis à
palavra “criação” como é a mais conservadora ciência. É interessante notar, entretanto,
como a ciência e a religião tendem a adotar a terminologia uma da outra quando lhes
convém, freqüentemente redefinindo os termos. Uma das missões diante de nós é
encontrar uma linguagem comum para a ciência e a religião, e usá-la com
imparcialidade para o diálogo construtivo.
Quando eu uso a palavra ciência, eu quero dizer a ciência governada por determinado
grupo de hipóteses metafísicas. A ciência de hoje é governada por um grupo de
hipóteses metafísicas que elimina o sagrado de nossa visão do universo, se entendemos
por sagrado as coisas associadas a um Deus pessoal e distinto das almas individuais. É
perfeitamente possível, entretanto, ter uma ciência governada por um grupo de
hipóteses metafísicas que incorpore uma visão genuína do sagrado.
Mas para a ciência atual, governada por suas presentes hipóteses metafísicas, a
natureza é um objeto a ser não apenas compreendido, mas dominado, controlado e
explorado. E é a própria ciência que nos fornece os instrumentos para tal dominação,
controle e exploração. É claro, eu estou falando de tecnologia. Vamos considerar o
automóvel. Ele certamente é uma conviência, mas também tem a sua desvantagem. Ele
é um dos principais contribuintes para a poluição da atmosfera, e somente nos Estados
Unidos aproximadamente 50.000 pessoas por ano são mortas em acidentes de carro.
Para efeitos de comparação nós podemos considerar que em todos os 8 anos do
envolvimento militar americano no Vietnã, 50.000 soldados americanos foram mortos.
O mesmo número de americanos são mortos a cada ano em suas próprias auto-
estradas.
Então, se não podemos afirmar, com base nas suposições científicas modernas, que
qualquer estado particular de nosso meio ambiente é naturalmente bom e, deste modo,
digno de preservação, talvez possamos abordar o problema de outra maneira. Podemos
olhar a natureza, o meio ambiente, como um instrumento útil, ou uma fonte de bons
subprodutos. Em outras palavras, a natureza é algo que produz coisas de valor às
criaturas vivas. Comumente falando, nós adotamos uma visão antropocêntrica, e
consideramos a natureza como um instrumento para a felicidade de nossa própria
espécie humana. Mas, de acordo com as suposições da ciência evolutiva moderna, a
nossa espécie humana é o produto acidental de milhões e aleatórias mutações
genéticas. Então, não existe nada de especial sobre a espécie humana e suas
necessidades. Certamente poderíamos adotar uma visão mais ampla e apelar à natureza
como um instrumento útil para todo o ecossistema, composto de muitas espécies. Mas
novamente encontramos o mesmo problema. Por que o ecossistema de hoje é melhor
do que o ecossistema que existiu durante o período pré-cambriano quando, segundo os
cientistas, não existia vida alguma sobre a terra, e nos oceanos apenas água-viva e
crustáceos?
Jack Weir apoiou a sua declaração de que a natureza era um componente útil com
apelos ao “holismo científico e coerência epistemológica”. Mas ele admitiu que “outros
apelos” poderiam ser feitos, tais como para “estórias e mitos, tradições religiosas e
crenças metafísicas”. Certamente alguém poderia também apelar para uma ciência
diferente baseada em um sistema diferente de suposições metafísicas e talvez chegar a
conclusões diferentes sobre a origem da vida e do universo.
Mas o que tudo isso tem a ver com o meio ambiente, com a natureza? Tem tudo a ver,
por que se nós vamos formular uma ética ambiental, devemos primeiramente
compreender o que é o nosso meio ambiente. E a partir do ponto de vista védico e, em
particular o vaishnava, diríamos que é uma energia divina, uma energia que emana de
um Deus sublime que é, no entanto, imanente à natureza, que é por si só povoado com
entidades conscientes e estruturado de uma forma definida para um propósito definido,
ou seja, dando oportunidade para essas entidades conscientes voltarem ao seu estado
original puro. E existe um corpo de evidência científica que é consistente com vários
elementos dessa visão. Em outras palavras, a religião deve ser algo mais do que um
sistema de crenças socialmente úteis que podem ser utilizadas pela ciência para ajudar
a solucionar certos problemas, tais como a crise ambiental. Eu considero isso como
uma falsa união da ciência com a religião. Pode ser que a religião tenha percepções
decisivas sobre a natureza da realidade que possam ser fundamentais para sua
verdadeira ligação com a ciência, para o bem da humanidade.
De posse dessas concepções fundamentais torna-se fácil formular uma ética ambiental.
Supondo que, de acordo com os ensinamentos vaishnava, esse mundo seja um reflexo
diversificado da realidade espiritual, e essencialmente como um jardim, nós podemos
dizer que existe algum valor intrínseco na tentativa de manter uma condição de meio
ambiente que mais estreitamente se assemelhe com o original. Quando as crianças
aprendem a escrever, elas geralmente são convidadas a copiar cartas, e se a tentativa
delas parece com o original diz-se que está bom; se não, diz-se que está ruim. Da
mesma forma, nós podemos pedir que exista uma bondade intrínseca voltada a uma
determinada condição das questões ambientais.
Além disto, existem certos princípios védicos que contribuem de várias formas para
uma ética ambiental viável. A primeira delas é athato brahma-jijnasa. Isso é o mantra
de abertura do Vedanta-sutra. Isto significa que o propósito da vida humana é o cultivo
da consciência, inclusive o cultivo do relacionamento amoroso entre a consciência
individual e a suprema consciência.
Eu quero interromper aqui para dizer que não é todo doutrinamento religioso que leva
a uma ética ambiental viável. Existem muitas manifestações de religião que, como a
ciência materialista moderna, encorajam o processo destrutivo de dominação,
exploração e interminável consumo. Mas o sistema védico enfatiza o estudo e o
desenvolvimento da consciência mais do que o estudo e o desenvolvimento da matéria.
A matéria não é ignorada, mas é vista em sua conexão com a suprema consciência. De
qualquer modo, o princípio de brahma-jijnasa encoraja uma ética de moderação que
contribui para consideráveis níveis de desenvolvimento econômico e de consumo, que
não colocaria uma sobrecarga tão grande no ecossistema.
O Vedanta-sutra também afirma: anandamayo 'bhyasat. Nós formos feitos para
sermos felizes, e pelo do cultivo da consciência através dos meios adequados, nós
podemos obter a satisfação espiritual. E isso também sustenta uma ética de moderação.
O Gita afirma: param drishtva nivartate. Quando você alcança o mais alto estado de
consciência espiritual desenvolvida, você automaticamente priva-se da gratificação
material excessiva. Um correto equilíbrio é alcançado.
Pode se ver, deste modo, que a filosofia védica fornece muitos apoios para uma ética de
preservação ambiental. Semelhante apoio pode ser obtido dos ensinamentos de outras
grandes tradições religiosas do mundo. Mas colocar essa sabedoria em prática é difícil.
Em muitas áreas de interesse ético, nós podemos adotar uma atitude objetiva. Se
falarmos sobre abuso infantil, por exemplo, nos sentimos seguros de que vários de nós
não são culpados por tal coisa, e podemos confortavelmente discutir as implicações
éticas de tal comportamento e sobre que passos devem ser tomados para controlar isto,
sem aparentar sermos hipócritas. Mas quando falamos de crise ambiental, descobrimos
que quase todos nós estamos diretamente implicados. Torna-se, portanto, difícil falar
sobre éticas ambientais sem aparentar sermos hipócritas. Entretanto, nós devemos
falar. E isto causa em nós um sentimento de humildade, e também um sentimento que
mesmo pequenos passos em direção à verdadeira solução, que deve ser uma solução
espiritual, são bem vindos e valorizados.
Após ter discursado aos físicos em Budapeste, eu tive a oportunidade de visitar uma
destas comunidades. Eu tenho de confessar que fiquei muito surpreso ao encontrar tal
comunidade rural fundamentada nos princípios védicos nas planícies do sudoeste da
Hungria. O centro da comunidade era uma espécie de templo modernista, mas ao
perguntar, fui informado que o mesmo foi construído usando paredes de terra socada,
usando outras técnicas tradicionais. Nenhuma eletricidade era usada no templo ou em
qualquer outro lugar da comunidade. Ao longo das paredes do templo eu vi lâmpadas
de latão, que queimavam óleo espremido das sementes de colza cultivadas no local. Era
um dia bastante frio de novembro, e eu vi que o prédio era aquecido com fogões à lenha
supereficientes, usando madeira colhida dos 50 acres de floresta de propriedade da
comunidade. Ofereceram-me, então, uma refeição vegetariana que exibia vegetais
cultivados localmente, chapatis feitos de trigo cultivado e preparado na comunidade, e
queijo das vacas da comunidade. Fui informado que os bois são treinados para fazer o
trabalho da fazenda e o transporte. As pessoas que eu conheci não pareciam nem um
pouco carentes.
Eu disse a alguns deles, “Vocês estão fazendo a coisa certa". E não é isto mesmo o que
significa éticas ambientais, não apenas falando sobre, mas fazendo a coisa certa?
Para resumir, do ponto de vista dos princípios védicos, eu diria que os seguintes
elementos são necessários para uma completa solução para a crise ambiental:
(1) uma ciência que reconheça diferentes seres conscientes, provenientes de um ser
consciente original, como entidades essenciais.
(2) uma religião que vá além do dogma e do ritual para fornecer reais fontes de
satisfação espiritual pela prática da meditação, yoga, etc.
(3) respeito pelos seres vivos, enxergando-os como seres conscientes como nós.
Notas:
5. Bhagavad-gita, 10.25. As traduções citadas nesse ensaio são de Sua Divina Graça A.
C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada, O Bhagavad-gita Como Ele É, edição completa,
revisada e ampliada, Bhaktivedanta Book Trust, Los Angeles, 1989.
6. Bhagavad-gita, 10.31.
9. Bhagavad-gita, 16.8.
10. Bhagavad-gita, 16.11.
11. Bhagavad-gita, 16.12.
12. Jack Weir (1995) Bread, Labor: Tolstoy, Gandhi, and Deep Ecology. Apresentado
no Institute for Liberal Studies por ocasião da 6ª Conferência Interdisciplinar Anual
sobre Ciência e Cultura, na Universidade do Estado de Kentucky, Frankfort, Kentucky.
Não publicado.
O Trator e a Ecologia
O Trator e a Ecologia
Muitas idéias do Movimento Verde parecem se encaixar com a Consciência de Krishna.
Esses movimentos apóiam a não-violência, a democracia, a responsabilidade social, e a
ecologia. Eles também enfatizam a descentralização, ou seja, delimitam a política e a
economia. Finalmente, eles buscam, na orientação espiritual, harmonizar a civilização
humana e a Terra.
Em A Alternativa Verde: Criando um Futuro Ecológico, Brian Tokar descreve “o
problema no modo como nos alimentamos” como “argumentavelmente o componente
mais vital na estratégia do movimento ecológico”. Em uma seção denominada
“Agricultura verde – um lugar para começar”, eu encontrei isso:
“Uma enorme porção de nossa comida é atualmente produzida por enormes ‘fazendas’
industriais fortemente mecanizadas sob o controle de um punhado de gigantescas
indústrias agrícolas. A sua produção é barata, tanto para o cultivo como para a compra,
mas é progressivamente deficiente em nutrientes básicos. São transportados
freqüentemente milhares de quilômetros até os consumidores, tanto urbanos quanto
rurais. Enquanto isto, o aumento do uso de fertilizantes químicos, herbicidas e
inseticidas sacrifica a fertilidade básica de nossos solos e espalha veneno em nossas
terras e na cadeia alimentar”.
Mas eu fiquei surpreso ao constar que Tokar, em sua crítica à agricultura centralizada,
não se manifestou a respeito da ferramenta básica de destruição: o trator movido a
petróleo.
O papel do trator na sociedade moderna foi prenunciado na Idade Média, quando os
fazendeiros começaram a substituir o boi de tração por cavalos de batalha europeus. O
cavalo permitiu aos fazendeiros trabalharem maiores pedaços de terra. Fazendas
maiores, pertencentes a uma minoria, fizeram mais dinheiro e cultivaram o alimento
mais barato. Camponeses deslocados forneceram mão-de-obra barata para as fábricas.
Mão-de-obra barata alimentada com comida barata marcou o período da revolução
industrial. E o trator impulsionou as coisas muito mais longe.
Srila Prabhupada nos contou que o trator ajudou a romper o sistema indiano de
aldeias. Similarmente, o inventor agrícola Jean Nolle alerta os aldeões dos países de
terceiro mundo que a maioria deles perderá sua terra para as indústrias agrícolas se
eles permitirem que suas comunidades sejam fisgadas pelo trator.
O trator, a meu ver, serviria como um símbolo de quase tudo que os movimentos
ecológicos são contra. Eu pensei se Brian Tokar pudesse conversar com meus amigos
da Carolina do Norte, Balabhadra dasa e sua esposa, Chaya-devi dasi. (Eles são
agricultores conscientes de Krishna de fazendas movidas por bois.) Ele aprenderia
muito sobre o que o trator faz para arruinar o meio ambiente e estragar a vida humana.
Então, Brian Tokar, por favor, conheça Balabhadra e Chaya e permita-os proporcionar
a você algum discernimento sobre o papel do trator moderno.
Qual é a alternativa? Quando a vaca dá à luz, na metade das vezes a cria é boi. Esses
bois são os tratores de Krishna, produzidos na “fábrica” do útero materno. Essa fábrica
não polui ou provoca condições infernais de trabalho. E opera pelas leis da natureza, as
quais Krishna organizou.
O trator de Krishna pode cultivar o seu próprio combustível – aveia e grama. E com
esse trator, mesmo os resíduos são aproveitáveis. O estrume da vaca pode ser
processado para produzir metano, um combustível que não gera substâncias nocivas. O
resíduo pode ir para o solo como um fertilizante de primeira classe e um aditivo para o
mesmo. Sem necessidade de subprodutos dos matadouros para construir material
orgânico.
E sobre as condições de trabalho? A relação entre o fazendeiro e o gado é baseada no
amor e na confiança. Quando os bois vêem o fazendeiro, eles esperam ser acariciados e
afagados embaixo do pescoço. Quando retornam, eles gostam de trabalhar, e trabalham
bem com um fazendeiro experiente. É o tipo mais de mão-de-obra mais gratificante que
alguém pode querer.
Quando usamos o trator de Krishna não existe poluição. E nem violência. O fazendeiro
trabalha lado a lado com o boi para produzir as melhores comidas naturais. Este tipo de
trabalho – inspirado na Consciência de Krishna – proporciona a base correta para
qualquer grupo que queira um mundo mais verde.