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ARTIGO DO LIVRO PROFESSOR INOVADOR 2021

TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: AS TECNOLOGIAS DA GAMIFICAÇÃO COMO


FERRAMENTA DE ENSINO E APRENDIZAGEM DE ALUNOS NO CENTRO DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICO DO AMAZONAS

Sidney Socorro do Espírito Santo Ruiz


Simone Helen Drumond Ischkanian

Introdução: Este projeto tem o objetivo de dialogar sobre o uso das tecnologias digitais para o
ensino de pessoas com autismo no Centro de Educação Tecnológico do Amazonas. É um estudo
bibliográfico e exploratório, que busca levantar o conteúdo de recentes pesquisas sobre o tema e
discutir sobre seus resultados. A justificativa se dá a partir da importância das tecnologias digitais
na promoção de habilidades fundamentais para o desenvolvimento de pessoas com autismo. Como
metodologia, foi mapeado os trabalhos científicos em alguns bancos de dados digitais do CETAM
e com base nos resumos destes trabalhos, será observado os problemas das pesquisas e resultados
alcançados. Da análise dos dados será coletado à comprovação dos benefícios das ferramentas
digitais para o desenvolvimento de habilidades cognitivas e socioemocionais em autistas, no
entanto, no decorrer do projeto observou-se que os princípios do Ensino Estruturado podem ser
mais explorados para orientar a criação e uso das ferramentas digitais visando o aprendizado de
conteúdos escolares por pessoas com autismo. Objetivo: Dialogar sobre o uso das tecnologias
digitais para o ensino de pessoas com autismo no Centro de Educação Tecnológico do Amazonas.
Esclarecer as pessoas os resultados. Instruir na utilização da tecnologia. Promover o emprego da
aplicação de ferramentas tecnológica. Materiais e Método: O projeto apresenta nos materiais e
métodos utilizados, práticas realizadas no ano de 2001, sobre o uso das tecnologias digitais no
ensino de pessoas com autismo. Tal pesquisa pode esclarecer estudos posteriores que objetivem
tratar do tema, descrevendo em linhas gerais como o assunto é tratado. Pode inclusive auxiliar em
estudos diversificados, facilitando uma leitura rápida e fluída do tema do projeto, quando não
houver maior exigência de aprofundamento. O autismo e as tecnologias digitais no ensino - As
tecnologias digitais podem contribuir para o ensino de pessoas com autismo na medida em que
considerem as individualidades e reais necessidades desse público. As contribuições podem ser
muitas: a riqueza de ferramentas que possibilitam experiências visuais, tão essenciais às pessoas
com autismo; a não necessidade de enfrentamento presencial nas relações que podem ser
estabelecidas; os feedbacks sensoriais das expressões faciais e tons de voz não possuem a mesma
relevância no ambiente virtual; a facilitação da escrita quando esta não é possível por meios
manuais; e muitos outros. Resultados e Discussão: O projeto reflete uma base na abordagem
qualitativa, tendo em vista o objetivo de dialogar sobre os mais recentes avanços teóricos sobre o
uso de tecnologias digitais no ensino de pessoas com autismo no Amazonas. Sua base lógica de
investigação será o método dialético. Considerando que este modo de interpretação da realidade
entende que os fatos sociais não podem ser compreendidos isoladamente, sem considerar as
nuances políticas, econômicas, culturais etc. Lakatos e Markoni (2003, p, 101) afirmam que para a
dialética. [...] as coisas não são analisadas na qualidade de objetos fixos, mas em movimento:
nenhuma coisa está “acabada”, encontrando-se sempre em vias de se transformar, desenvolver; o
fim de um processo é sempre o começo de outro. Conclusões: No projeto o desenvolvimento de
ferramentas digitais para pessoas com TEA foi primordial, para que os alunos pudessem ser
incluídos de forma coesa. Uma dessas ferramentas é o game MOTIVAEduc, baseado na
metodologia Análise do Comportamento Aplicada (ABA), que se mostrou promissor no apoio do
desenvolvimento de habilidades e competências cognitivas. O Sistema de Comunicação
Alternativa para Letramento de pessoas com Autismo (SCALAWEB), desenvolvido em 2009, é
analisado por vários trabalhos (MONTE, 2015; COUTINHO; BEZ; PASSERINO, 2014;
PASSERINO; AVILA; BEZ, 2010; FRANCISCATTO et al., 2016) e demonstrou possibilitar um
novo modo de participação dos sujeitos com TEA. O sistema permite a participação autônoma,
ativa e criativa dos sujeitos e contribui para comunicação e interação. Outra ferramenta importante
no projeto foi o EDUKITO, um ambiente digital de aprendizagem, projetado para levar em
consideração os níveis de interação social e de mediação de pessoas com autismo. Este ambiente
revela como se dão os processos de interação de autistas em ambientes digitais. Durante esse
projeto foi verificado que ações mediadoras em formato de formação da idéias eficientes no
trabalho com autistas e demonstram estreita ligação entre apropriação e interação social. Além
disso, percebemos no decorrer do projeto a necessidade veemente de mais pesquisas destinadas a
propor e avaliar ferramentas digitais para o ensino de conteúdos escolares às pessoas com TEA.
Esse dado parece significativo, pois, mais do que ensinar habilidades motoras, cognitivas e
sociais, é preciso dar sentido ao aprendizado dessas habilidades. Os estudantes autistas devem
aprender habilidades básicas ao mesmo tempo em que são inseridos no mundo letrado, de
informação, de ciência e de cultura. Sobretudo, porque serão requeridos esses domínios na maior
instituição de socialização. Ressalta-se no projeto que um aspecto essencial para o uso das
ferramentas digitais é o preparo adequado dos professores/mediadores, ou seja, a formação de
professores merece maior atenção nas pesquisas relacionadas ao par tecnologia-autismo. Desde já,
podemos assinalar a carência de estudos que tenham como objeto principal a formação de
professores na mediação de ferramentas digitais utilizadas no ensino de pessoas com autismo, já
que essa necessidade é mencionada superficialmente apenas como resultados de estudos
interessados em avaliar os aspectos qualitativos das ferramentas digitais. Por conta dessa carência,
encontramos poucos estudos apontando orientações sobre como trabalhar com ferramentas digitais
no ensino de pessoas com TEA.

Figura 1: As tecnologias da gamificação como Figura 1: As tecnologias da gamificação


ferramenta de ensino e aprendizagem Fonte: Arquivo próprio 2021
Fonte: Arquivo próprio 2021

Referências:

ISCHKANIAN, Simone Helen Drumond. O lúdico: jogos, brinquedos e brincadeiras na construção do


processo de aprendizagem na educação infantil. RELEM – Revista Eletrônica Mutações, jan–jun, 2017
©by Ufam/Icsez.

PEREIRA, R. A.; MAIA, M. V. C. M. Jogos digitais contribuem para a prática pedagógica de crianças
com Síndrome de Asperger? Revista do Seminário Mídias e Educação, Rio de Janeiro, n.2, p.1-3, 2016.

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