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A “Comissão de Linhas Telegráficas e Estratégicas do Mato Grosso ao Amazonas”, conhecida como

Comissão Rondon, iniciada em 1907, foi um projeto do Governo brasileiro que tinha como
finalidade assegurar a comunicação dos dois estados com a capital, o Rio de Janeiro. Com seus
valores positivistas e republicanos, a Comissão, comandada pelo Marechal Cândido Rondon, à
época tenente-coronel, ultrapassou seu propósito inicial e tornou-se símbolo de contato com as
populações indígenas, levando à criação do seu primeiro órgão de assistência. Nascia, assim, no
Governo do presidente Nilo Peçanha, em 20 de junho de 1910, o Serviço de Proteção aos Índios
(SPI), sob a direção do Marechal Rondon.

Com a fundação do SPI, a política indigenista passou a ser de responsabilidade do Estado brasileiro
e não mais de instituições religiosas, como era realizado desde o período colonial. Várias
expedições de reconhecimento no território nacional foram organizadas, recolhendo grande
quantidade de informações e objetos dos índios brasileiros. O principal objetivo do órgão era prestar
assistência a todos os índios do território nacional, bem como integrá-los à sociedade.

O SPI foi criado por uma lei que, pela primeira vez, estabelecia como princípio o respeito às tribos
indígenas como povos com direito a conservar sua individualidade e cultuar suas crenças. Enfim,
tinham o direito de viver como aprenderam com seus antepassados e só muito lentamente poderiam
mudar. Outro princípio firmado na legislação era o da proteção aos índios em seu próprio território,
respeitando sua organização tribal e proibindo desmembrar sua família sob o pretexto de educar, de
converter ou qualquer outro. O SPI foi extinto em 1967, quando da criação da Fundação Nacional
do Índio (FUNAI).

O Exército Brasileiro, seguindo as tradições do Patrono da Arma de Comunicação, Marechal


Rondon, continua firme na missão de contribuir para a garantia da soberania nacional,
salvaguardando os interesses nacionais e cooperando com a integração nacional, como instituição
de Estado.

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