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DUDH Art. 12 Ninguém será sujeito à interferência em sua vida privada, em sua
família, em seu lar ou em sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação.
Todo ser humano tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou a ataques.
Com o tempo, muitos agentes do SPI foram cooptados a agir em prol de interesses
econômicos e políticos, facilitando práticas de exploração ilegal de recursos naturais e
abusos contra indígenas. Esse processo se acentuou a partir de 1964, com a instalação
do Regime Militar.
Ainda no ano de 1967, extinguiram o órgão, que seria substituído pela FUNAI –
Fundação Nacional do Índio. Esse novo órgão surge como uma proposta mais respeitosa
em relação às demandas indígenas, mas ainda imbuído do ímpeto de assimilar os índios
à nação. Paralelamente, movimentos indígenas começavam a se organizar na defesa de
suas terras e costumes.
A atuação da FUNAI durante o regime militar era pautada nos mesmos moldes do
antigo SPI, apenas com mais ênfase na intensidade do trabalho. Propunha-se a
demarcação das terras indígenas, o contato dos povos (ainda) autônomos/isolados; a
educação formal desses grupos e (por fim) a viabilização econômica dessas terras, para
integrar os índios ao mercado. As rendas auferidas ajudariam a sustentar não apenas os
índios, mas a própria
FUNAI. Nenhuma dessas metas foi plenamente atingida, embora vários tenham sido os
estragos causados.
A SPI foi um órgão que seguiu políticas assimilacionistas e o mesmo pode ser dito da
FUNAI até a década de 1980. Logo, nenhum desses órgãos atua na promoção do
movimento indígena.
O Estatuto do Índio de 1973 seguia a linha assimilacionista do Regime Militar, logo não
houve qualquer incentivo ao surgimento de movimentos indígenas.